Edição 40 100 por cento caipira

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www.revista100porcentocaipira.com.br Brasil, outubro de 2016 - Ano 4 - Nº 40 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

AVIAÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL

Aviação agrícola, voos rasantes e exposição a vários outros perigos são aperitivos para os habilidosos pilotos desta profissão REVISTA 100% CAIPIRA |


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Fruticultura: Bioestimulantes podem contribuir na produtividade do pomar Avicultura:

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Desempenho do frango vivo em setembro e nos nove primeiros meses de 2016

Piscicultura: Ração ainda é o principal custo de produção da Aquicultura Flores: Pesquisa em Mato Grosso visa produção comercial de orquídeas no Estado

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Artigo: Aviação agrícola no Brasil: Conheça melhor esta modalidade


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Soja: Tempo seco está dificultando plantio de soja em MS

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Café:

A longa estrada entre a produção e a venda para cafeicultores Adubos e Fertilizantes:

O uso de corretivos e fertilizantes responde pelo incremento de grãos no trigo

Logística e Transporte:

Agricultores do Oeste baiano querem exportar pelo Porto de Aratu Receitas Caipiras: Pão de Batata Recheado com Frango e Catupiry REVISTA 100% CAIPIRA |

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FRUTICULTURA

Brasil, outubro de 2016 Ano 4 - Nº 40 Distribuição Gratuita

EXPEDIENTE Revista 100% CAIPIRA®

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Bioestimulantes podem contribuir na produtividade do pomar Produtos com base de materiais orgânicos e nutrientes agem na nutrição da planta e ajudam até no melhor rendimento da fruta O aumento da eficiência nas lavouras de citros nos últimos anos vem passando necessariamente pelo trabalho de pesquisa e desenvolvimento de novos métodos e produtos, como os bioestimulantes. Esses produtos à base de material orgânico, compostos por nutrientes e extratos minerais, que auxiliam a planta na nutrição e aumento de produtividade estão ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. O grupo Samaritá, por exemplo, apostou no desenvolvimento de um produto à base de extrato de algas, batizado de Bio Power Gold, que será lançado ainda nesta semana. Para tanto, a companhia firmou uma parceria com pesquisadores da Pon6 | REVISTA 100% CAIPIRA

tifícia Universidade Católica do Chile para desenvolver e testar a eficácia do novo produto. Segundo a pesquisadora Johanna Paola Martiz e o consultor em citros Julio Cesar Muñoz, os resultados das pesquisas apontam a grande capacidade de aumento na produtividade com o uso do produto. De acordo com a Samaritá, o extrato de algas pode ser utilizado em qualquer fase da planta, e é capaz de estimular a autoprodução de hormônios naturais, garantindo maior produtividade e qualidade nos frutos, com mais suco e nutrientes. Além disso, o produto tem efeito antiestresse, fortalecendo a planta e protegendo os frutos de intempéries como geadas e secas. Fonte: CitrusBR

Diretor geral: Sérgio Strini Reis - sergio@ revista100porcentocaipira.com.br Editor-chefe: Eduardo Strini imprensa@ revista100porcentocaipira.com.br Diretor de criação e arte: Eduardo Reis Eduardo Reis eduardo@ revista100porcentocaipira.com.br (11) 9 6215-8261 Conselho editorial: Adriana Oliveira dos Reis, João Carlos dos Santos, Paulo César Rodrigues e Nilthon Fernandes Publicidade: Agência Banana Fotografias: Eduardo Reis, Sérgio Reis, Paulo Fernando, iStockphoto e Shutterstock Departamento comercial: Rua das Vertentes, 450 – Vila Constança – São Paulo - SP Tel.: (11) 2951-2919 Rede social: facebook.com/ revista100porcentocaipira A revista 100% Caipira é uma marca registrada com direitos exclusivos de quem a publica e seu registro encontra-se na revista do INPI Nº 2.212, de 28 de maio de 2013, inscrita com o processo nº 905744322 e pode ser consultado no site: http://formulario. inpi.gov.br/MarcaPatente/ jsp/servimg/validamagic. jsp?BasePesquisa=Marcas. Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião desta revista, sendo eles, portanto, de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.


CERTIFICAÇÕES

Itaueira é a primeira empresa produtora de melões da América do Sul a receber a certificação Rainforest Alliance de sustentabilidade As Fazendas que ostentam esse selo precisam comprovar rotineiramente que estão em constante melhoria da gestão sustentável da propriedade. A Itaueira, produtora dos melões e mini melancias da marca REI, conquistou este mês, a certificação Rainforest Alliance. Produtos com esse selo são originários de fazendas com um rigoroso padrão ambiental e social, desenhado para conservar a vida selvagem, o solo e água, preservar o meio ambiente e proteger seus trabalhadores. Primeira produtora sul-americana a obter tal certificação, a Itaueira preza há muito tempo pela responsabilidade social e ambiental em suas fazendas. Para receber a certificação Rainforest Alliance, a fazenda necessita passar por um após detalhada auditoria em todas as suas propriedades, cujo objetivo é garantir a credibilidade da marca registrada Rainforest Alliance Certified. As normas desse sistema estão na fronteira da inovação para a sustentabilidade da agropecuária mundial. Apoiam o produtor na melhoria contínua da gestão da propriedade, aumento da eficiência e produtividade, cumprimento da legislação ambiental e trabalhista, conservação dos recursos naturais e na garantia de direitos e bemestar aos trabalhadores rurais. Entre

os quesitos avaliados estão, manter ou aumentar a cobertura por árvores e a qualidade do solo e prevenir erosão, redução no uso de químicos e assegurar o bem-estar de seus trabalhadores e suas famílias, facilitando o acesso à educação e serviços de saúde. Para Adriana Prado, Gerente de Marketing e Logística Internacional da Itaueira, essa certificação é a confirmação de que a maneira como a Itaueira espontaneamente escolheu para cultivar seus melões e mini melancias REI estão de acordo com o respeito pela natureza, prezando pela preservação e consideração com a vida humana e selvagem e o zelo em produzir e comercializar as frutas com a mais elevada qualidade e segurança. “Para nós, esse é o coroamento e a comprovação de que estamos no caminho certo em busca da melhoria constante”, completa a executiva.

At e n d i m e nt o à i m p r e n s a :

A Itaueira Agropecuária

Bruna Car valho -

Produtora de melões e mini melancias das marcas Rei, CEPI, Dunort e Turma da Monica, a Itaueira desenvolve seu

próprio método de plantio, incluindo o que há de mais moderno em termos de técnicas de preparo de solo, plantio, irrigação, fertilização, colheita e póscolheita, higienização e treinamento de pessoal, adotando sempre que possível o uso da mecanização agrícola, para produzir o melão mais Saboroso dos mercados nacional e internacional. A Sustentabilidade Social e a preservação do meio ambiente, sempre foram buscas constantes da empresa, que tem fazendas nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia, e produz o ano todo, só comercializando sua própria produção. Além de fornecer o Melão Rei e a Melancia da Magali para todo o Brasil, a Itaueira exporta para o Chile, Argentina, Estados Unidos, Canadá, Holanda, Espanha, Itália, Rússia e Oriente Médio.

b r u n a c a r v a l h o @ m e l h o r p a l av r a . com.br Me l h o r Pa l av r a C o m u n i c a ç ã o REVISTA 100% CAIPIRA |

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ARTIGO

Aviação agríc

Aviação agrícola, voos rasante perigos são aperitivos para os hab 8 | REVISTA 100% CAIPIRA


cola no Brasil

es e exposição a vários outros bilidosos pilotos desta profissão Por: Eduardo Reis

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A

aviação agrícola foi desenvolvida na Alemanha em 1911 pelo alemão Alfred Zimmermann em Berlin para combater pragas nocivas aos pinheiros, embora as primeiras documentações sobre o primeiro voo aeroagrícola foi nos EUA em 1921, também na produção florestal. O Brasil é o segundo país que mais utiliza a aviação agrícola para aplicação de defensivos e fertilizantes nas lavouras, atualmente a frota aérea chega a cerca de 2035 aeronaves segundo a ANAC (Agência Nacional da Aviação Civil). Todas as operações requerem muita habilidade dos pilotos e manutenção constante das aeronaves. A primeira turma de pilotagem agrícola no Brasil se formou em 1967 na fazenda Ipanema admi-

nistrada pelo Ministério da Agricultura em Iperó –SP, sendo que o primeiro curso deu-se início dois anos antes. Ainda a história conta que a primeira mulher piloto agrícola no Brasil foi a paulistana Ada Rogato (1910 – 1986) em 1948 e operava contra a broca do café e ainda foi a primeira piloto brasileira a atravessar os Andes em uma aeronave de pequeno porte e houve mais atos pioneiros desta guerreira brasileira. As operações agrícolas são usadas para aplicações de fertilizantes e pesticidas em lavouras e requerem voos em baixa altitude, manobras em curto espaço e muita precisão. As operações aéreas agrícolas, geralmente, acontecem entre três a quatro metros do solo, além disso, os pilotos têm que evitar matas próximas as plantações, fios e o próprio relevo do local. Estima-se

que cerca de 72 milhões de hectares são pulverizados pela aviação agrícola todos os anos no país. O piloto agrícola precisa da licença de piloto privado, depois piloto comercial e só depois com 370 horas de voo pode fazer o curso de piloto agrícola. As empresas agrícolas tem por obrigatoriedade manter um engenheiro agrônomo e técnico agrícola com especialização e o curso de coordenador em aviação agrícola (CCA) e o técnico deve ter o diploma de executor em aviação agrícola (EAA). Todos os equipamentos que são instalados e utilizados nas aeronaves tem que ser aprovados pelo Ministério da Agricultura e regulamentada pela ANAC através da Instrução suplementar (IS) 137001 Revisão A da ANAC. Um fato curioso sobre a aviação agrícola é que o primeiro avião

AG-1 da Texas A&M

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projetado para operar na agricultura foi desenvolvido em 1950 nos Estados Unidos, foi o modelo AG-1 da Texas A&M University por Fred Weick e até hoje alguns conceitos do projeto estão em uso, e o seu primeiro voo foi em dezembro de 1950 e em 1958 começou a produção do Piper PA-25 Pawnee que é até hoje usado no Brasil e a idade média da frota agrícola do Brasil é de 22 anos. Na piscicultura o primeiro trabalho aéreo de repovoamento de peixes no Brasil ocorreu em 1978 no Rio de Janeiro com um Ipanema BEM-201A da EMBRAER e foi um sucesso. O maior número de empresas de aviação agrícola está sediada no Rio Grande do Sul e a maior frota está localizada no Mato Grosso do Sul. O Ministério da Agricultura define a aviação agrícola como um serviço especializado que busca proteger ou fomentar o desenvolvimento da agricultura por meio da aplicação em voo de fertilizantes, sementes e defensivos, povoamento de lagos e rios com peixes, reflorestamento e combate a incêndios em campos e florestas. Regida pelo Decreto Lei 917, de 7 de setembro de 1969, e regulamentada pelo Decreto 86.765, de 22 de dezembro de 1981, a aviação

agrícola brasileira pode ser conduzida por pessoas físicas ou jurídicas que possuam certificado para esse tipo de operação. A emissão de registros das empresas e pilotos de aviação agrícola é de responsabilidade do Ministério da Agricultura. A solicitação deve ser feita nas Superintendências Federais de Agricultura (SFAs) nos estados ou Distrito Federal. Além disso, todos os registrados devem remeter, à superintendência de seu estado, relatórios mensais de suas atividades. Além das exigências, o aviador agrícola deve seguir as restrições para aplicar agrotóxicos. Áreas localizadas a até 500 metros de povoações, cidades, vilas, bairros e também áreas de mananciais de captação de água para abasteci-

mento não podem sofrer aplicação de agrotóxico por meio da aviação agrícola. Desde 2010, as empresas de aviação agrícola tiveram que se adequar às novas regras para adaptar os locais em que os aviões são lavados e descontaminados. A Instrução Normativa n° 02, de janeiro de 2008, informa que as empresas devem adotar equipamentos como o gerador de ozônio, que degrada as moléculas de agrotóxico para evitar a contaminação do local. Caso a empresa não cumpra essa adequação, haverá penalidade administrativa de até 100 salários mínimos mensais, suspensão ou cancelamento do registro da empresa, além de penas cível e criminal, em caso de crime ambiental. O uso da aviação agrícola atua

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nas mais diversas culturas, mas as que mais utilizam os aviões são soja, milho, arroz, algodão e cana-de-açúcar. Em torno de 25% das pulverizações de defensivos agrícolas no Brasil são feitas por aviões além de ter uma intensa atuação no controle de florestas e diversas ações em reflorestamento, combate a incêndio e até combate a mosquitos em áreas urbanas e também nas lavouras orgânicas. A aviação agrícola gera uma enorme cadeia de empregos aproximadamente 9.800, como pilotos, engenheiros, mecânicos, técnicos agrícolas e até químicos para que tudo funcione com perfeição para que o índice de acidentes e incidentes sejam os menores possíveis, fazendo com que a aviação agrícola no Brasil se torne uma das mais seguras do mundo. E todas as aeronaves agrícolas atualmente estão equipadas com sistema de DGPS (Sistema de Posicio-

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namento Global Diferencial) que mapeia precisamente as aplicações e operações que são realizadas durante o voo, esta precisão é muito importante para a preservação de áreas e da segurança dos pilotos. Além destas varias aplicações a aviação agrícola também é utilizada na atuação de contenção de derramamento de óleo e outros poluentes em rios, lagos e até no mar. Atualmente o Brasil é o único que tem um programa de Certificação Aeroagrícola Sustentável (CAS), mantido por três universidades públicas. Com tanta tecnologia a aviação agrícola é responsável por uma economia de 90% de água nas aplicações em lavouras, pois só é necessário de 10% de água na diluição dos produtos comparados com aplicações convencionais como tratores por exemplo. Não há na aviação agrícola perda gerada por amassamento de lavoura

reduzindo ainda mais os custos e prejuízos, só para se ter uma ligeira ideia, para 1.00 ha., apenas com a eliminação do amassamento causado pelos equipamentos terrestres podem ser realizadas em média 9 operações aéreas. Por não haver contato direto com as culturas não há disseminação de pragas e doenças nas operações e aplicações aéreas. Além de lucratividade e agilidade, boas práticas sustentáveis é o foco da aviação agrícola no Brasil, isso representa mais um avanço brasileiro no agronegócio que a cada dia se torna um dos melhores e mais necessários do mundo, pois sabemos que o Brasil é o “celeiro do mundo” e é responsável por produzir e exportar alimentos para boa parte do planeta. http://www.agricultura.gov.br/vegetal/agrotoxicos/aviacaoagricola http://www.sindag.org.br/noticias Assessoria de Comunicação da ANAC


EQUÍDEOS

Como minimizar o estresse em equinos?

Após a domesticação, o cavalo passou a ser utilizado em diversos segmentos, desde o trabalho em fazendas, policiamento, terapias (equoterapia), lazer e no esporte Por: Luzilene A. de Souza - Veterinária e Supervisora Técnica de Equinos no Nordeste, da Guab Fonte: LN Comunicação i

Mas é preciso lembrar que o equino é um animal de hábitos. Um deles extremamente importante é manter sua liberdade. Por ter nascido na natureza, há uma necessidade física de pastejar a maior parte de seu tempo. O animal que não desfruta deste habitat natural não dispõe de saúde mental e nem física. É preciso respeitar estas particularidades, porque há outros fatores que, no dia a dia, podem desencadear estresse no animal como: relação homem-cavalo, ambiente, transporte, aglomerado de animais, competições, treinamento inadequado, alterações na alimentação, desmame, manejo incorreto, procedimentos cirúrgicos, entre outros. O cortisol - considerado hormônio do estresse - está envolvido nos processos do metabolismo energético e, em respostas do corpo ante circunstâncias emergenciais, apresenta seus níveis séricos elevados. Com todo este cenário, o cavalo está propenso a desenvolver

alterações fisiológicas, que interferem diretamente no aproveitamento dos nutrientes da dieta; nas respostas imunológicas; no desempenho atlético; e ainda podem ocasionar distúrbios digestivos graves, como: gastrite, diarreias e síndrome cólica. Conhecendo o cavalo e os pontos críticos de sua criação e manejo, é imprescindível que algumas medidas sejam tomadas para contribuir com seu bem-estar (equilíbrio físico e mental) e alcançar o máximo de seu desempenho. - Cumprir os horários estabelecidos para as refeições; - Disponibilizar água limpa e fresca; - Ofertar um volumoso de boa qualidade, maior quantidade de folhas e pouco talo; - Fornecimento de concentrado (ração) de boa digestibilidade pré-cecal; - Mineralização adequada para suprir as grandes perdas dos eletrólitos pelo

suor; - Treinamento adequado em intensidade e duração com o nível em que o cavalo se encontra; - Condições satisfatórias de transporte; - Evitar alterações bruscas em seu regime alimentar. A Guabi Nutrição e Saúde Animal, buscando melhorar o bem-estar animal e consequente desempenho, possui em sua linha o Horsecrek. Um alimento funcional de alta qualidade e palatabilidade, composto de substâncias que atuam a nível de sistema nervoso e metabolismo energético, tais como o triptofano, magnésio, cromo, associados a vitaminas e minerais, resultando na diminuição do estresse e suas conseqüências. O Horsecrek também pode ser utilizado como recompensa nutritiva após trabalho e manejo com os equinos, valorizando estes momentos e aprimorando a relação homem-cavalo. REVISTA 100% CAIPIRA |13


APICULTURA

Evento da Codevasf sobre apicultura em Minas Gerais está com inscrições abertas As inscrições são gratuitas Estão abertas as inscrições para os interessados em participar do 13º Seminário de Apicultura do Norte de Minas, evento que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) realizará no próximo dia 06 de outubro, no auditório da Sociedade Rural de Montes Claros, que fica no Parque de Exposições João Alencar Athayde. As inscrições são gratuitas. Durante o encontro, cujo público esperado é de mais de 400 participantes, serão discutidas as potencialidades da apicultura no semiárido norte-mineiro, a organização da cadeia produtiva e a diversidade dos méis produzidos, com destaque para o mel de melato de aroeira, um típico produto da mata seca no norte de Minas que é produzido durante 45 dias do período seco e possui ricas propriedades medicinais. Ainda no evento, serão apresentadas experiências exitosas do setor apícola de outras regiões do Brasil e também palestras sobre manejo dos apiários, informações que contribuirão para elevar o conhecimento dos apicultores e o fortalecimento do setor. O público alvo do 13º Seminário de Apicultura do Norte de Minas são apicultores, produtores rurais e fornecedores de equipamentos, estudantes, técni14 | REVISTA 100% CAIPIRA

cos, professores, universitários, agentes financeiros e entidades públicas e privadas. As inscrições poderão ser feitas antecipadamente pelos telefones (38) 21047832, (38) 2104-7831 ou, ainda, no dia e local do evento. Para o superintendente da Codevasf em Minas Gerais, Rodrigo Rodrigues, a realização da 13ª edição do seminário, acompanhada de mais uma ação de capacitação técnica e gerencial dos apicultores mineiros, vem ao encontro das propostas de desenvolvimento sustentável regional que a Companhia desenvolve no Vale do São Francisco. “Mobilizações como essa não só permitem o acesso de pequenos produtores rurais a novas informações, tecnologias e contato direto com compradores, fornecedores de equipamentos e materiais apícolas, mas também proporcionam a troca de experiências entre os produtores”, afirma Rodrigues. Diversidade de floradas De acordo com relatório técnico da Codevasf, a rica diversidade de floradas e a atuação da Companhia neste arranjo produtivo, em parceria com instituições de fomento, permitiram o expressivo desenvolvimento da apicultura no Vale do

Rio São Francisco em Minas Gerais. Em 2006, a atividade apícola no Norte mineiro contava com apenas 651 produtores; hoje, o número já atinge 1.429, os quais produzem 730 toneladas de mel por ano, proporcionando uma renda de R$ 7,3 milhões a famílias de pequenos produtores rurais. Ainda segundo a equipe técnica da Codevasf que coordena essa atividade no semiárido de Minas, existem hoje mais 20 associações exclusivamente voltadas para a apicultura. Cooperativa de produtores No início deste ano, a Codevasf incentivou e prestou apoio técnico e financeiro para criação da primeira Cooperativa de Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi), cujo objetivo é prestar serviços aos cooperados, congregar os agricultores familiares de sua área de ação e fomentar a diversificação da produção, a produtividade e a qualidade de vida rural. “A região norte-mineira possui um contingente de profissionais na área agronômica altamente capacitado e que sempre esteve presente no segmento da apicultura”, frisa Fernando Britto, chefe de gabinete da Codevasf em Minas Gerais e


Fonte: Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf

vice-presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros Agrônomos (SMEA). Programação Com início previsto para as 8h da manhã e encerramento às 18h do dia 6 de outubro (quinta-feira), consta da programação do encontro a palestra Sistema de Produção de Apicultor com 600 Colmeias, que será proferida pelo produtor Nardely Ramos de Carvalho, da Associação Regional de Apicultores e Exportadores do Vale do Aço. Experiência da

Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (PI) será o tema abordado pelo apicultor Paulo José da Silva. No período da tarde, com o tema Experiências de Indicações Geográficas no Estado de Minas Gerais, falarão o consultor Nivaldo Gonçalves das Neves, da Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas, o produtor de queijos João Carlos Leite, da Associação dos Produtores de Queijo Canastra, e a diretora de pesquisas da Fundação Ezequiel Dias, Ester Margarida Bastos.

O produtor e empresário do ramo apícola Armindo Vieira Nascimento Jr fará seu pronunciamento na palestra Os Pilares da Apicultura de Alta Produtividade. Encerrando o seminário, os apicultores Luciano Fernandes de Souza e Adriano Pereira Santos farão uma apresentação sobre a recém-criada Cooperativa de Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas. Junto com a Codevasf, promovem o evento a Emater/MG, o Sebrae/MG, o Senar/MG e a Associação dos Engenheiros Agrônomos do Norte de Minas.

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AVICULTURA

Desempenho do frango vivo em setembro e nos nove primeiros meses de 2016

Fonte: Avisite

Como já havia ocorrido em março deste ano, o frango vivo passou pelo mês de setembro registrando absoluta estabilidade de preço Como já havia ocorrido em março deste ano, o frango vivo passou pelo mês de setembro (tanto em São Paulo como em Minas Gerais) registrando absoluta estabilidade de preço. Preço, aliás, herdado do mês anterior, agosto. Assim, o valor corrente em São Paulo – R$3,10/ kg – completou, em 30 de setembro, 31 dias de vigência. E o de Minas Gerais – R$3,30/kg – 33 dias. Porém, a estabilidade de preço não se traduziu em concomitante estabilidade de mercado. Pelo contrário, nem mesmo nos melhores momentos de negócios do mês (primeiro decêndio) foi registrada alguma firmeza de mercado. Este permaneceu entre fraco e calmo durante todo o período. Uma vez que, aparentemente, não houve aumento de produção, tal comportamento denota baixa procura pelas aves vivas dos independentes. E como, paralelamente a elas, houve contínua oferta de produto excedente das integrações, no decorrer do mês muitos negócios acabaram sendo concretizados por valores in16| REVISTA 100% CAIPIRA

feriores aos da cotação referencial. Partindo para o balanço (tendo como base as negociações efetivadas no interior paulista): o preço de setembro significou redução de quase 2% sobre o mês anterior. Isto, após três meses sucessivos de altas. O pior, porém, é que, em termos anuais, o incremento de setembro não chegou a dois dígitos (pela primeira vez nos últimos 11 meses), pois o incremento sobre setembro de 2016 foi inferior a 8% - índice que, embora muito próximo da inflação anual, se encontra visivelmente aquém do aumento de custos enfrentado pelo setor desde o início de 2016. Sob esse aspecto, aliás, nos nove primeiros meses do corrente exercício o frango vivo alcançou preço médio próximo de R$2,83/kg, valor que está menos de 15% acima da média registrada no mesmo período do ano passado (cerca de R$2,47/kg entre janeiro e setembro de 2015). Ou seja: consegue superar a inflação acumulada no período, mas, novamente, permanece com uma remuneração muito inferior à evolução dos custos

– que, de acordo com a Embrapa Suínos e Aves, foram (na média entre janeiro e agosto deste ano) quase 30% superiores aos de idêntico período do ano anterior. Como entramos no derradeiro trimestre do ano, as esperanças de recuperação deveriam se renovar, pois este é o período em que, tradicionalmente, se alcançam os melhores preços de cada exercício. Nos últimos 22 anos – entre 1994 e 2015 – o preço médio do 4º trimestre ficou cerca de 15% acima da média registrada nos três primeiros trimestres. Portanto, deveríamos alcançar, nestes derradeiros 92 dias de 2016, valor médio em torno de R$3,25/kg. Não que estejamos distantes, pois em relação ao valor atual isso implica em um aumento inferior a 5%. Mas, em função das condições de mercado, chegar e manter essa média nestes próximos três meses representará enorme desafio. Pois ainda que a produção siga restrita, as condições de consumo mostram crescente deterioração.


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TECNOLOGIA AGRÁRIA

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FRUTICULTURA

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AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO

Fonte: Embrapa Meio Ambiente

Produção brasileira de cana-de-açúcar é mais limpa do que se imaginava A pesquisa utiliza a metodologia de Avaliação de Ciclo de Vida de Produtos (ACV), uma ferramenta que permite avaliar o desempenho ambiental de produtos ao longo de todo o seu ciclo de vida O cultivo de cana-de-açúcar no Brasil impacta menos o meio ambiente do que se imaginava. Uma pesquisa apresentada no V Congresso Brasileiro de Gestão em Ciclo de Vida, realizado de 19 a 22 de setembro, em Fortaleza (CE), demonstrou que a produção da segunda mais importante commodity brasileira é mais limpa do que apontavam estudos internacionais. A pesquisa utiliza a metodologia de Avaliação de Ciclo de Vida de Produtos (ACV), uma ferramenta que permite avaliar o desempenho ambiental de produtos ao longo de todo o seu ciclo de vida. Trata-se de uma metodologia com forte base científica e reconhecida internacionalmente, padronizada pela série de normas ISO 14040. Em comparação com inventários de ACV de cana-de-açúcar anteriores, os pesquisadores brasileiros observaram menores impactos em categorias como ecotoxicidade terrestre e aquática, formação de oxidantes fotoquímicos (ou “névoa fotoquímica”) e degradação da camada de ozônio. Esses impactos têm efeitos negativos na qualidade dos ecossistemas e na saúde humana. Os pesquisadores caracterizaram o 20| REVISTA 100% CAIPIRA

sistema de produção de cana-de-açúcar de todas as regiões produtoras brasileiras e utilizaram para os cálculos de emissões as metodologias mais recentes com ajustes para a realidade local. O trabalho foi desenvolvido pelo projeto ACV cana, coordenado pela Embrapa, com a participação de vários parceiros, como o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE). A pesquisadora Marília Ieda da Silveira Folegatti Matsuura, da Embrapa Meio Ambiente (SP), responsável pela pesquisa, salienta que esse foi o primeiro estudo completo e regionalizado de ACV para a cultura. “Existem vários grupos brasileiros que abordam questões como eficiência energética e emissões de gases de efeito estufa, mas não avaliam outras categorias de impacto e nunca se adotou uma abordagem regional”, salienta. Os inventários de ACV de cana-de-açúcar brasileira existentes até o momento na maior base de dados internacional, a Ecoinvent, foram desenvolvidos no exterior por especialistas que não tiveram contato direto com a agricultura brasileira e utilizaram dados secundários disponíveis na literatura. Por este motivo, segundo a pesquisadora, os estudos não

refletiam as especificidades da cultura canavieira brasileira. O maior desafio dos pesquisadores brasileiros foi elaborar um inventário de ACV observando a atual realidade dos sistemas de produção praticados no País e, mais que isso, adaptar a metodologia à agricultura tropical. “Sempre que se faz um inventário, qualquer emissão para o meio ambiente é calculada por um modelo, mas esses modelos foram todos criados para países de clima temperado com realidade completamente diferente da nossa agricultura tropical”, explica Marília. Ela lembra que o inventário de cana-de-açúcar existente na Ecoinvent considerava que o Brasil ainda praticava a queima da cana na maior parte da área de produção no País, o que já não ocorre. “Conseguimos, de fato, definir as tecnologias de produção adotadas nas diferentes regiões do País, incluindo as práticas de colheita mecanizada ou manual, precedida por queima”, diz. Esse aspecto apresenta repercussões em categorias de impactos que afetam a saúde humana, como emissão de material particulado, por exemplo. Outra discrepância entre os estudos


que utilizam os inventários da Ecoinvent e o realizado pela Embrapa refere-se à ecotoxicidade. Nos estudos derivados dos inventários já presentes na base consideravam o uso de pesticidas altamente tóxicos que já não são utilizados no Brasil. Para realizar o projeto, os pesquisadores dividiram os estados produtores em nove regiões homogêneas, em função das condições de clima e solo. O Estado de São Paulo, que responde por metade da produção nacional, também foi subdividido em cinco regiões. O projeto envolveu experimentação a campo e medição da emissão de gases de efeito estufa em condição experimental. Assim, os pesquisadores chegaram a fatores de emissão mais adequados que o padrão recomendado pelo Painel Intergovernamental para Mudança do Clima (IPCC), a referência mundial para estudos de mudanças climáticas. “A própria documentação do IPCC diz que, caso haja uma metodologia mais específica para o País, desde que consolidada e robusta, pode ser preferida ao padrão do IPCC. O projeto ACV Cana trabalhou exatamente com esta questão”, salienta a pesquisadora. Impacto dos pesticidas

condições, pois frações de pesticidas podem alcançar diferentes compartimentos ambientais, como águas superficiais e subterrâneas e o solo. “Como você calcula essas frações? Esse modelo faz esse cálculo, baseado em informações sobre clima, solo, natureza química da molécula, todo um conjunto de informações que se não for adequado para a nossas condições não representará o que de fato acontece”, explica. Metodologia contribui para agricultura mais limpa A ACV pode contribuir para a promoção de uma agricultura mais limpa e para a defesa dos produtos agrícolas brasileiros no mercado internacional. A metodologia é empregada em vários países para a formulação de políticas públicas. Também é largamente utilizada pelo setor privado, no desenvolvimento de produtos e processos e de estratégias de negócios, bem como na comunicação sobre aspectos ambientais de produtos. A intenção dos pesquisadores brasileiros é fornecer os inventários produzidos sobre cana-de-açúcar para o banco nacional de inventários de ciclo de vida (SICV Brasil) e para a Ecoinvent, ambos parceiros da Embrapa. “Se alguém quiser comparar o etanol de cana brasileiro com o etanol de milho americano, por exemplo, vai procurar inventários em bases de dados como essas. Isso é um apoio para a competitividade da nossa produção”, explica Marília Folegatti. De acordo com a especialista, a avaliação dos impactos da cana-de-açúcar era uma demanda importante e outros países já olhavam para a cana brasileira e estavam gerando pesquisas. “A cana brasileira, assim como a soja, são duas culturas extremamente visadas por conta da suposta competição entre biocombustíveis e alimentos”. Marília esclarece que o estudo possibilita a identificação dos pontos críticos do processo de produção, indicando oportunidades de melhorias no desempenho ambiental.

Outro avanço obtido com o estudo foi a avaliação das emissões de pesticidas. A maioria dos grupos de pesquisa observa questões como desempenho energético e mudanças climáticas, mas ignora um conjunto de categorias de impactos relacionados à toxicidade. “O emprego de pesticidas na cultura de cana era muito pouco estudado, porque os modelos para entender esse comportamento eram bastante complexos”, conta a pesquisadora. Como solução, a equipe estabeleceu parceria com a Universidade Técnica da Dinamarca (DTU) que desenvolveu um software específico para modelagem de pesticidas, o PestLCI. O pesquisador Robson Rolland Monticelli Barizon, da Embrapa Meio Ambiente, coordenou a pesquisa que resultou na parametrização do software para o Brasil. Embrapa apresentou 20 trabalhos soMarília Folegatti explica que esse sof- bre ACV em congresso tware modela o comportamento de pesticidas no meio ambiente, observando o O estudo apresentado pela pesquique ocorre com a substância em diversas sadora Marília Folegatti Matsuura foi

um dos 20 artigos da Embrapa apresentados no V Congresso Brasileiro de Gestão em Ciclo de Vida. O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Ciclo de Vida e organizado pela Embrapa, pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Um público de 150 pesquisadores, representantes de órgãos públicos e empresas participaram desta edição, com 120 trabalhos apresentados. Marília lidera uma rede de pesquisa em ACV na Embrapa. Além de cerca de 20 projetos na área de ACV na Empresa, existem muitos outros com temas correlatos, como emissão de gases do efeito estufa e balanço de carbono. Conforme a pesquisadora, há um conjunto de projetos aplicando a ACV tanto no desenvolvimento tecnológico quanto na avaliação de commodities e produtos de exportação. Uma cadeia trabalhada pela AVC na região Nordeste é a fruticultura voltada para exportação, haja vista que os principais mercados consumidores desses produtos já exigem a avaliação do ciclo de vida. O diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto, que participou da abertura do Congresso, considera o tema fundamental e elogiou o fato de o evento ocorrer fora do eixo Sul-Sudeste e frisou a importância de considerar as características regionais na pesquisa. “A agropecuária é uma indústria com especificidades que demandam estudos, pesquisas e referenciais com métricas próprias para a nossa região”, declarou. De acordo com Maria Cléa Figueiredo, coordenadora geral do Congresso e pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical (CE), o evento buscou trazer um olhar para o Brasil. “A ACV precisa receber uma injeção de energia mais tropical. Muitas adaptações precisam ser feitas em métodos, e as políticas de incentivo precisam ser diferenciadas. Tudo isso precisa ser pensado para o Brasil, e um grande passo nesse sentido foi dado pelo Programa Brasileiro de ACV”, argumenta. REVISTA 100% CAIPIRA |21


PISCICULTURA

Ração ainda é o principal custo de produção da Aquicultura O tema será debatido no Dia de Mercado, evento promovido pela CNA e a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia, em Ariquemes Apesar do alto potencial hídrico do Brasil, os elevados custos de produção têm dificultado o trabalho dos aquicultores, especialmente no que diz respeito ao preço da ração. Com exceção da malococultura (cultivo de ostra), a despesa com o insumo varia entre 70 e 80%. Esse é um dos temas que será debatido no Sindicato Rural de Ariquemes (RO), no Dia de Mercado da Aquicultura, evento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (FAPERON). Para a economista e pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pesca e Aquicultura, Andréa Munoz, as demais despesas do setor aquícola dependem do sistema de produção empregado, sendo os principais viveiro escavado e tanque-rede; além de intensidade tecnológica, entre outros fatores. “Em geral, além da ração, outros itens de custo importantes são: gastos administrativos, alevinos, mão de obra, energia e combustível”, observa. 22| REVISTA 100% CAIPIRA

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

A pesquisadora destaca que, para melhorar o controle do custo de ração, alguns aquicultores utilizam diferentes tipos de insumos a fim de atender as exigências nutricionais dos peixes. “À medida que vão crescendo, vai se ajustando a quantidade de ração a ser ofertada, otimizando o uso deste insumo”. Além disso, complementa Munoz, é recomendada a realização de capacitações aos multiplicadores quanto ao manejo dos sistemas de produção (manejo alimentar, de qualidade de água, de biometria e despesca) para melhorar as taxas de conversão alimentar e, consequentemente, a rentabilidade e competitividade dos empreendimentos aquícolas. De acordo com a economista, infelizmente, nem sempre dá para os aquicultores repassarem esse alto custo de produção para o consumidor, pois vai depender das condições do mercado de pescado. “Se a oferta é maior que a procura, provavelmente o produtor não conseguirá repassar todo o gasto. Caso a procura seja maior, o produtor tem maior poder de barganha para repassar

custos”, finalizou. A palestra da pesquisadora da Embrapa tratará de custos de produção na aquicultura, com base na experiência de três anos de desenvolvimento do Projeto Campo Futuro da Aquicultura, uma parceria da CNA com a Embrapa Pesca e Aquicultura. Desde 2014, foram pesquisados 27 polos produtivos das seis espécies de pescado: tilápia, tambaqui, pintado, pirarucu, camarão e ostra dentre os principais polos das espécies comerciais importantes do país. “O estudo parte de um diagnóstico da situação financeira de cada polo, através de reunião técnica com produtores na qual é caracterizada a propriedade típica da região, seguido de monitoramento mensal de custos de insumos e preços de mercado em todos os polos”, explica Andréa Munoz. Serão apresentados alguns índices do último monitoramento mensal para diversos polos e espécies e a evolução de alguns indicadores para os três polos pesquisados em Rondônia em 2015: Ariquemes - tambaqui; Ariquemes - pirarucu; Pimenta Bueno - tambaqui.


AGRICULTURA FAMILIAR

Assistência Técnica e Gerencial do SENAR poderá contribuir com projetos de irrigação Fonte: Senar - Assessoria de Comunicação do SENAR

Reunião com representantes da Codevasf debateu possibilidade de parceria entre as entidades A metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) - que já atua em 60 mil propriedades do Brasil e conta com 2,5 mil técnicos - também poderá auxiliar projetos públicos de irrigação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A possibilidade de parceria entre as duas entidades foi debatida em uma reunião na última quarta-feira (28/9), na sede do SENAR Brasil, em Brasília. A proposta foi apresentada ao secretário executivo do SENAR, Daniel Carrara, pelo secretário executivo da Área de Gestão de Empreendimentos de Irrigação da Codevasf, Frederico Calazans. A ideia é oportunizar a ATeG do SENAR para pequenos produtores de frutas que não contam com assistência técnica e precisam desse serviço para produzir e

ter rentabilidade. Calazans informa que a assistência técnica foi interrompida em vários projetos de irrigação e esses produtores ficaram desamparados. Segundo ele, é preciso desenvolver um programa que permita a emancipação e um “desmame” da assistência técnica que é oferecida atualmente, considerada insuficiente. “Esses projetos de irrigação são responsáveis pela exportação de frutas, como manga, mamão e limão. Além disso, sem assistência técnica temos sérios riscos de perder mercados, por falta de um controle fitossanitário, pois estamos sendo inoculadores de pragas, como a mosca-da-fruta. Precisamos arranjar uma saída e sabemos que o SENAR vem desenvolvendo boas práticas nessa área”, declara. Durante o encontro, Daniel Carrara explicou a estrutura de ATeG do SENAR

e ressaltou a importância que o tema tem para a entidade através da apresentação do Programa Especial de Agricultura Irrigada. “O nosso programa tem três vertentes: ensinar o produtor a operar, ensinar a gerir perímetros irrigados e a participar dos Comitês de Bacias. Temos técnicos de ATeG que atuam na área da fruticultura e outros que já foram para Israel, Estados Unidos e Espanha aprofundar conhecimentos em irrigação. Essa área é uma das prioridades da casa e estamos preparados para isso”, garante Daniel Carrara. Também participaram da reunião o coordenador nacional de Assistência Técnica e Gerencial do SENAR, Matheus Ferreira; o assessor técnico do DEPS, Mauro Muzell Faria; e a gerente da Área de Gestão de Empreendimentos de Irrigação da Codevasf, Andréa Cruz Sousa. REVISTA 100% CAIPIRA | 23


FLORES

Pesquisa em Mato Grosso visa produção comercial de orquídeas no Estado

Foto: Arquivo Revista 100% Caipira Fonte: Agro Olhar

A produção comercial de orquídeas em Mato Grosso é estudada visando uma alternativa de geração de emprego e renda, principalmente para a agricultura familiar A pesquisa é inédita e busca promover a germinação de sementes da planta para tornar possível a produção de mudas mais resistentes a doenças. A pesquisa é realizada pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e parceiros. Os estudos estão sendo executados no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (CRPTT) da Empaer, em Várzea Grande. São realizados trabalhos de isolamento, seleção e identificação de fungos micorrízicos, a fim de selecionar os mais eficientes para multiplicação em laboratório. O primeiro passo da pesquisa foi a coleta das raízes da planta em Chapada dos Guimarães (Cerrado) e Poconé (Pantanal). Ao todo 24 amostras foram coletadas e encaminhadas para a 24 | REVISTA 100% CAIPIRA

Universidade Federal de Viçosa (UF), no Instituto de Biotecnologia Aplicada a Agropecuária no Estado de Minas Gerais, para realizar o isolamento do fungo. Segundo a coordenadora do Projeto de Avaliação da Viabilidade de Orquídeas por meio da Seleção de Fungo Micorrízicos, Eliane Forte Daltro, pesquisadora da Empaer, foram isolados 65 tipos diferentes de fungos. O projeto, conforme a Empaer, é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) e os resultados serão apresentados num período de dois anos. A pesquisa irá contribuir ainda para a reintrodução de orquídeas nativas, favorecendo desta forma o seu crescimento em habitar natural. Os pesquisadores revelam que o

cultivo acelerado pode reduzir a aplicação de fertilizantes químicos, beneficiando assim a planta, o meio ambiente e o produtor rural. A orquídea é uma flor tropical e de acordo com a bióloga e doutoranda em Agricultura Tropical da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Heiriane Martins Souza, o experimento deverá promover a multiplicação de orquídeas in vitro (laboratório), avaliando a taxa de germinação e eficiência dos fungos selecionados no crescimento vegetativo e no estabelecimento da planta adulta até a floração. O projeto, de acordo com a entidade de pesquisa, é executado também pelo pesquisador da Empaer, Marcílio Bobroff Santaella, a Bióloga da Empaer, Lefayete Michele Alves e a bolsista da Fapemat, Jaqueline Senabio.


INDÚSTRIA AGRICOLA

Pela sexta vez e com “conexão além de produtos”, John Deere é uma das cem marcas globais mais valiosas O ranking considera uma série de fatores na elaboração, como poder de influência da marca, agregação de valor, desempenho financeiro e expectativa do consumidor ao adquirir um produto ou serviço da companhia A John Deere foi eleita como uma das 100 marcas globais mais valiosas do mundo, em ranking elaborado pela consultoria internacional Interbrand e divulgado no início de outubro. Desde 2011 no ranking, a John Deere conquistou nesta edição a 91ª colocação, com valor de marca de US$ 4,815 bilhões. Sobre a John Deere, o destaque da lista foi a capacidade da companhia em estabelecer uma conexão com clientes e consumidores em geral que vai muito além dos produtos – não raro adquirindo o status de fãs da marca. Há duas décadas a Interbrand analisa como marcas podem ajudar a melhorar o desempenho dos negócios. O ranking considera uma série de fatores na elaboração, como poder de influência da marca, agregação de valor, desempenho financeiro e expectativa do consumidor ao adquirir um produto ou serviço da companhia.

Companhia presente em mais de 30 países, os 179 anos de história são refletidos na habilidade da John Deere ouvir seus clientes, sua rede de distribuição e seus funcionários para melhorar continuamente nas atividades em que atua, nos segmentos agrícola, florestal e de construção. “Parte da experiência John Deere é se vincular aos valores fundamentais da companhia e, ao mesmo tempo, ser inovadora para se adaptar a um mundo que muda rapidamente e que exige soluções cada vez mais complexas e criativas. Aparecer ano a ano na lista das cem maiores marcas globais renova nosso compromisso com o desafio dos clientes em prover o mundo com alimentos, combustíveis, habitação e infraestrutura”, cita Elisa Azevedo, embaixadora brasileira da marca John Deere no Brasil. A Interbrand, que classificou a John

Deere como companhia “icônica”, destacou ainda o alto nível de engajamento dos funcionários nas medições realizadas para a construção do ranking, proporcionando uma experiência de trabalho engajada e significativa. No Brasil, a empresa recebeu, nos últimos meses, uma série de reconhecimentos que demonstram que a companhia está alinhada globalmente em seus objetivos. Em julho, a companhia foi eleita a mais inovadora do País na categoria “Veículos e Peças” no prêmio Valor Inovação Brasil 2016, promovido pelo jornal Valor Econômico. Em agosto, foi eleita a 15º empresa do Brasil na premiação Melhores Empresas para Trabalhar, realizado pela consultoria global Great Place to Work. No mesmo mês, foi eleita a Marca do Ano pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (FenaFonte: Grupo CDI brave). REVISTA 100% CAIPIRA |25


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PASTAGENS

Cultivo consorciado de sorgo granífero e capins perenes tropicais Um estudo desenvolvido em Botucatu envolvendo o cultivo consorciado de sorgo granífero e capins perenes tropicais tem alcançado significativa repercussão no meio científico internacional voltado para a agropecuária Parte da tese de doutorado do engenheiro agrônomo Gustavo Pavan Mateus, pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA/ Andradina), orientado pelo professor Carlos Alexandre Costa Crusciol, da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, o trabalho foi inicialmente publicado na forma de artigo científico no Agronomy Journal, considerado um dos mais renomados periódicos da área agrícola no mundo. A pesquisa também saiu na revista de divulgação científica CSA News e acabou por se tornar o primeiro estudo da Unesp a ser publicada como uma “web story”, ou seja, uma matéria jornalística divulgada nos sites da American Society os Agronomy (ASA), Crop Science Society of America (CSSA) e Soil Science 28 | REVISTA 100% CAIPIRA

Society of America (SSSA) e divulgada junto a veículos de notícias ligados ao meio rural nos Estados Unidos. O destaque obtido pelo trabalho reflete a amplitude internacional das possibilidades de aplicação e o potencial de impacto econômico e social do sistema de cultivo integrado estudado pelo grupo responsável, que envolve pesquisadores da FCA, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA/USA) e a Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU/USA). A pesquisa O estudo com o sorgo consorciado faz parte de um conjunto de pesquisas

que teve início há cerca de 15 anos, sob a orientação do professor Crusciol e com apoio da Fapesp. São trabalhos que buscam estudar os mais diversos aspectos dos sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) tanto como alternativa na recuperação de áreas degradadas e sua reutilização eficiente para a agricultura quanto na sua introdução em áreas tradicionais de culturas graníferas. Neste trabalho, os pesquisadores testaram o cultivo do sorgo granífero consorciado com o capim-marandu (Urochloa brizantha cv Marandu), popularmente conhecido como braquiarião e também consorciado com o capim-mombaça (Panicum maximum cv Mombaça). O objetivo foi avaliar qual das duas espécies apresenta melhores resultados em termos de menor estres-


se por competição entre as plantas pelos nutrientes, produtividade de grãos, produção e qualidade de pastagem e eficiência do uso da terra. “No campo, precisamos diminuir ao máximo a competitividade entre as culturas consorciadas para que cada uma expresse plenamente seu potencial e traga o resultado esperado, ou seja, produzir a mesma quantidade que o sorgo produziria num cultivo exclusivo e ainda ter o capim no pasto”, explica Cristiano Magalhães Pariz, pós-doutorando pela FMVZ e um dos autores do artigo científico. O sorgo é uma excelente cultura para o sistema de semeadura consorciada. Ele é bastante tolerante a áreas com solos menos férteis e apresenta menor exigência hídrica em relação a cultura do milho, por exemplo. Os capins testados, por sua vez, podem ser utilizadas para a alimentação animal ou produção de palhada para o sistema de plantio direto. Tanto o capim-mombaça quanto o capim- marandu são tolerantes e bem adaptados a regiões de baixa pluviosidade e altas temperaturas. Os resultados alcançados pelos experimentos mostraram que a semeadura do sorgo consorciado ao capim-marandu teve um melhor desempenho em relação ao consórcio com o capim mombaça. A produtividade de grãos ficou em níveis similares aos obtidos pelo cultivo do sorgo “solteiro” (não consorciado). “Tivemos uma diferença considerável entre os capins testados. O capim-marandu é menos competitivo com o sorgo e proporcionou melhores resultados de produção de grãos, além de formar um bom pasto. O capim mombaça é mais agressivo e fez reduzir a produtividade de grãos, mesmo com uso da adubação nitrogenada em cobertura”, relata Pariz. A adubação também foi um dos objetivos centrais do estudo. Os resultados experimentais determinaram que a demanda de nitrogênio para a viabilidade do cultivo consorciado é acima de 100 kg por hectare, aplicado em cobertura na cultura do sorgo. A pesquisa de Mateus é a primeira a estabelecer um parâmetro para recomendações de adubação nitrogenada em cultivos de sorgo consorciado. “O trabalho mostrou que a quantidade de nitrogênio recomendada pelo boletim que temos no Estado de

São Paulo para o cultivo de sorgo “solteiro” não atende as exigências do sistema consorciado e, se for utilizada, não trará o resultado esperado”, explica o professor Crusciol. “É viável fazer o consórcio com capim-marandu. Mas é preciso adubar a cultura do sorgo consorciado com os capins visando o sistema como um todo, pois após a colheita dos grãos no verão e outono, o pasto também necessitará de nitrogênio para crescer”. Vantagens Segundo os pesquisadores, as vantagens do cultivo consorciado entre sorgo e capim-marandu são muitas. A primeira elencada por eles é a possibilidade de sua utilização em zonas do planeta com graves problemas de déficit alimentar. “Esse sistema é uma excelente opção para algumas regiões da África, onde se vive de agricultura de subsistência. No Brasil, o sorgo é usado principalmente para a alimentação animal, mas na África é muito utilizado para consumo humano”, conta Crusciol. “Como o sorgo e a capim-marandu são africanos, a implantação do sistema é muito viável ali, como também em algumas regiões da Ásia, na Austrália e no nordeste brasileiro”. A adequação das doses de nitrogênio requeridas pelo sistema também refletem positivamente no bolso do produtor, segundo Pariz. “Não é preciso adubar o sorgo e depois o pasto. A adubação correta do sistema perdura por maior período e o pasto continua produtivo, ou seja, aumenta a eficiência de utilização de fertilizantes na produção de grãos ou mesmo carne, no caso do uso para a produção animal”. A pesquisa também atestou a maior eficiência do uso da terra no sistema integrado, como afirma o professor Crusciol. “Com a aplicação de dose adequadas de nitrogênio para o sistema de integração lavoura-pecuária, a eficiência do uso da terra aumentou em até 27% em relação à área onde o sorgo foi cultivado sem consórcio. Isso indica que, com a adubação adequada, é possível obter os mesmos resultados de produtividade utilizando uma área menor”. Há ainda vantagens inerentes ao próprio sistema de consórcio de espécies. A recuperação de áreas degradadas, resga-

tando a produtividade e a rentabilidade desejada pelo produtor, a proteção do solo contra a erosão e o aumento da quantidade de matéria orgânica, proporcionando maior sequestro de carbono são exemplos de benefícios. O sistema também propõe que a área agricultável fique ocupada por um período maior do ano. “Quando se realiza o consórcio no verão é possível utilizar a forrageira como pasto para a produção de carne e leite ou como palhada para o sistema de plantio direto, porque várias áreas de produção de grãos no Brasil, principalmente em regiões com inverno seco permanecem ociosas no outono, inverno e parte da primavera”, enfatiza o professor Crusciol. O docente revela que há estudos que demonstram que pasto de inverno no sistema de integração lavoura-pecuária, em certos casos, proporciona maior rentabilidade do que uma lavoura de grãos na segunda safra. Repercussão Segundo Pariz, esse sistema de integração já é bem difundido no Brasil. Ele acredita que o fator determinante para o destaque dado ao trabalho tenha sido seu potencial de aplicação em áreas carentes, especialmente no continente africano. “Talvez o estudo não tivesse o mesmo impacto se fosse publicado no Brasil. Como saiu numa revista de inserção internacional e em razão das culturas e do manejo utilizado poderem ser adotados em diversas regiões do mundo, a repercussão tem sido ótima”. A pesquisa também marcou a primeira parceria da equipe do professor Crusciol com Alan Franzluebbers, do USDA e da Universidade Estadual da Carolina do Norte, considerado uma referência mundial no estudo de sistemas integrados de produção agropecuária. Atualmente há outros trabalhos em andamento que reforçam essa colaboração internacional. “O próprio Franzluebbers já se disse impressionado com a quantidade e a qualidade dos trabalhos produzidos no Brasil, envolvendo os sistemas integrados de produção”, atesta Crusciol. “É um exemplo de que o que fazemos tem sido interessante e inovador para a comunidade cientíFonte: UNESP Imprensa fica internacional”. REVISTA 100% CAIPIRA |29


SOJA

Tempo seco está dificultando plantio de soja em MS

Fonte: Agora MS

As dificuldades climáticas estão atrasando o plantio de soja em Mato Grosso do Sul e atualmente, o Estado está com 6% da área semeada, bem atrás do Paraná e Mato Grosso Conforme dados apurados pela AgRural, de Curitiba, publicada na Folha de São Paulo, as máquinas estão trabalhando em ritmo mais acelerado no Paraná, onde o plantio de soja da safra 2016/17, chegou a 29%. Já em Mato Grosso, o plantio do grão está com 19% de área concluída. No ano passado, devido às dificuldades climáticas, as máquinas haviam avançado em apenas 5% da área do Estado. O Segundo o site Campo Grande news, o plantio de soja da safra 2016/17 atingiu 11%, em média, no Brasil. Mato Grosso do Sul está bem abaixo da média e de acordo com a Embrapa Agropecuária Oeste, as chuvas de outubro ainda 30 | REVISTA 100% CAIPIRA

não são suficientes para deixar a umidade do sol em condição ideal para plantio. Em Dourados, um dos município com maior área de plantio de soja, a maioria das lavouras cultivadas está na fase de emergência, quando a planta começa a brotar. Segundo dados da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) prevê produção estadual de 7,79 milhões de toneladas do grão. A estimativa é de que sejam utilizados 2,520 milhões de hectares nesta safra e a produtividade alcance 51,5 sacas por hectare. Em relação ao plantio, cidades da região Sul estão mais avançadas, com

média de 8,3%. Porém, Ponta Porã, Sete Quedas, Laguna Carapã, Amambai e Aral Moreira apresentam 15% da semeadura concluída. Nacional – A AgRural prevê uma área de 33,5 milhões de hectares com soja no país, com aumento anual de 0,8%. A produção potencial é calculada em 101 milhões de toneladas, com alta de 5%. Os dados divulgados na quinta-feira (6) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam que o país deverá semear até 34,2 milhões de hectares com soja. Essa área poderá render até 104 milhões de toneladas.


ANÁLISE DE MERCADO

INFLAÇÃO: IPCA abranda para 0,08% em setembro, menor taxa para o mês desde 1998

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,08% em setembro, após se situar em 0,44% um mês antes, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Trata-se da menor variação para o mês desde 1998, quando o IPCA caiu 0,22%. É também a menor taxa desde julho de 2014, quando subiu 0,01%. Em setembro de 2015, o IPCA avançou 0,54%. Acumulado no ano - No ano, o IPCA acumula alta de 5,51%; em 12 meses, houve avanço de 8,48%, taxa inferior àquela marcada nos 12 meses imediatamente anteriores (8,97%). Abaixo da média - O IPCA de setembro ficou abaixo da média de 0,18% estimada por 25 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data. Também veio melhor que a estimativa mais otimista. O intervalo das projeções ia de alta de 0,11% a 0,23%. No acumulado em 12 meses, a expectativa era de que a inflação subisse 8,58%. Alimentos e bebidas - A maior in-

fluência para a desaceleração no mês foi dos alimentos e bebidas, grupo que registrou queda de 0,29% no nono mês deste ano, após alta de 0,30% em agosto, e tirou 0,07 ponto percentual do IPCA em setembro. Os preços do leite, que subiam sistematicamente desde o início do ano, caíram 7,89%, com impacto negativo 0,10 ponto percentual no IPCA de setembro. Mais - Batata­inglesa (­19,24%), leite longa vida (­ 7,89%), feijão carioca (­4,61%), cenoura (­5,34%) também contribuíram. Por outro lado, as carnes, que têm peso de 2,7% no orçamento das famílias, subiram 1,43%. Esse item acrescentou, sozinho, 0,04 ponto ao IPCA, sendo o maior impacto de alta do mês. Transportes - Outro grupo a contribuir para desacelerar a inflação foi o de transportes (0,27% para ­0,10%), benefi-

ciado pela queda de 0,40% na gasolina. Outros quatro grupos desaceleraram: artigos de residência (de 0,36% para ­0,23%), saúde e cuidados pessoais (de 0,80% para 0,33%), despesas pessoais (de 0,96% para 0,10%) e educação (de 0,99% para 0,18%). Aceleração - Houve aceleração em apenas três grupos: habitação (de 0,30% em agosto para 0,63% em setembro), vestuário (de 0,15% para 0,43%) e comunicação (de ­0,02% para 0,18%). Famílias - O IPCA mede a inflação para as famílias com rendimentos mensais entre um e 40 salários mínimos, que vivem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Vitória, Belém, Brasília, e nos municípios de Goiânia e Campo Grande. Fonte: Portal Paraná Cooperativo REVISTA 100% CAIPIRA |31


CAFÉ

A longa estrada entre a produção e a venda para cafeicultores que torram O consumo brasileiro deve crescer de 2016 a 2017 a taxa de 2,9%

Fonte: Por Thais Fernandes - CaféPoint

Dados de pesquisas como essa da Euromonitor International, divulgada no início deste ano e encomendada pela Abic, apontam que o mercado de cafés deve seguir aquecido no Brasil nos próximos anos. O movimento é acompanhado por produtores que estão descobrindo cada vez mais seu próprio potencial. Então, surge a vontade de dar um passo a frente. Investir no café além do campo. Mas, como saber se é mesmo chegada a hora? “O primeiro ponto que eu ressaltaria é buscar associações e cooperativas do setor”, pontua o consultor do Sebrae, Delmar Novaes Campos, que esteve na Semana Internacional do Café de 2016, em Belo Horizonte (MG). “Você precisa trabalhar os seus produtos. É uma tendência e uma área muito interessante, mas é preciso se estruturar”. O perfil desses produtores deve, ainda, determinar o grau de investimento, pontua a gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae Minas, Priscilla Magalhães. “Os produtores precisam analisar se têm o capital de giro necessário para investimento em máquinas, por exemplo. O ideal é ter dinheiro próprio”. A gerente pondera que o cafeicultor tem que estar preparado para ingressar em novo modelo de negócio. “Em momentos como o que estamos vivendo hoje, que 32 | REVISTA 100% CAIPIRA

o preço da saca não está ruim, é preciso lembrar que a torra e a comercialização são muito diferentes da produção”. Por isso, ter foco é outro importante ponto para se planejar. “Tudo depende muito do volume de capital que ele tem. Tem gente que tem limitação de capital, então é melhor trabalhar em vendas no seu entorno”, lembra Delmar. Para os produtores que estão avaliando se é mesmo a hora de investir em outro setor, elencamos alguns pontos, através das sugestões dos especialistas: – Participar de associações e cooperativas locais vai te ajudar a conhecer melhor as características do mercado regional; – Avaliar se sua reserva financeira te dá condição de desenvolver marketing e marca, embalagem, além dos equipamentos necessários; – Ser um torrefador legalizado. Você pode entrar em contato com o Sindicafé local, por exemplo, e entender todo processo; – Adquirir o torrador próprio ou de maneira coletiva; – Buscar mercado-alvo no entorno da sua produção é um bom primeiro passo comercial. Pense sempre na logística; – Para expandir, é preciso ter um representante comercial/ distribuidor e a

estrutura mínima comercial; – Se seu foco for o nicho dos cafés especiais, existem feiras voltadas para o setor; “Agregar valor parece fácil, mas é outro negócio. É novidade absoluta”, pondera Priscilla, lembrando que é possível recorrer ao Plano de Negócios disponível no site do Sebrae, gratuitamente. “A comercialização é um trabalho delicado e paciente. Tem que ser feito com carinho”, arremata Delmar. Conheça, abaixo, histórias de produtores que decidiram entrar nesta novidade da torra e comercialização utilizando diferentes estratégias para se adequar a suas realidades: Agricultura familiar + turismo O produtor que venceu o Coffee of The Year 2016, Afonso Lacerda, produz 600 sacas, em média, por ano. “Exportamos pra fora em média de 100 a 110 sacas. Uma grande parte fica em torrefações e cafeterias brasileiras”, revela. Mas há uma pequena quantidade que não sai da propriedade, localizada na Serra do Caparaó, em Espera Feliz (MG) fazendo divisa com Dores do Rio Preto (ES), sem antes passar pelo processo da torra. Ele, que é produtor familiar, decidiu ingressar em um campo antes pouco


desbravado pelos cafeicultores brasileiros. “Começamos torrar o café em 2014. Quem nos auxiliou foi a Cecilia Nakao, proprietária do Caparaó Coffee. E fizemos curso de capacitação de torra na Academia do Café, em Belo Horizonte, com Bruno Souza”. Assim, a família passou a investir no marketing do seu produto enquanto cuidava de sua produção. “Criar nossa própria marca e foi um avanço bacana para alavancar a identidade da propriedade, daí o nome Café Forquilha do Rio”. Apesar do bom início, Afonso conta que não seguiu um planejamento para a torrefação própria. “Quando começamos não sabíamos quanto iriamos torrar, pois varia com as vendas”. O negócio continua muito ligado a outras formas de se capitalizar. Hoje das 600 sacas por ano, a grande maioria vai para exportação, outra fatia fica em outras torrefações e cafeterias brasileiras. “Torramos na faixa de 15 a 20 sacas por ano, pois só trabalhamos com café fino para a torrefação”. Para fazer a marca ter visibilidade, a família Lacerda decidiu mais uma vez apostar em seu potencial. Em 2015, eles criaram a Cafeteria Onofre, nome inspirado no pai de Afonso. Se o espaço físico ajudou a vender o café torrado da propriedade? “Com certeza, pois na cafeteria as pessoas podem ver como e a qualidade de nossos cafés, tomando! E normalmente gostam e compram, pois temos um grande fluxo de turismo (até mesmo porque em nossa região se encontra o terceiro maior Pico do Brasil, o “Pico da Bandeira””, conta. Torra em comunidade Em Carangola (MG), nas Matas de Minas, uma comunidade realiza a torra. A ideia teve início quando, ao regressar ao Brasil, Julenia Lopes, que viveu em diversos países, retomou a atividade típica de seu município. “Meu marido, que é alemão, ficou muito preocupado em ver o povo torrando o café naquele modo antigo. É prejudicial à saúde já que as pessoas inalam a fumaça do café queimado”, explica. Assim, surgiu a vontade de ter um torrador de uso comum na região. Com a documentação do Centro Comunitário Rural de Conceição em dia, Julenia entrou em contato com um deputado e conseguiu apoio. “O Governo de Mi-

nas Gerais nos repassou R$25.000 e o Centro Comunitário deu R$1.670 em contrapartida. Foram ainda semanas de corre-corre atrás de mais papéis para celebrar o convênio”. Para operar o equipamento, dois jovens irmãos cafeicultores, Jane e Danilo Cireli Lopes, que já haviam feito curso de prova de café do Senar e do IMA, ficaram responsáveis pela torra. Já para batizar o café, a comunidade envolveu alunos da escola municipal rural da comunidade que contribuíram com 85 sugestões, e o nome Fruto Fino foi escolhido. “A vencedora, Zila Medeiro, é uma parceira agrícola e diz que na sua mão de meeira o café é fruto, mas na mesa de todos, seja rico ou pobre, ele é fino!”. A marca compartilhada guarda a individualidade em cada embalagem: “O pacote leva o nome do café e da região e informações da família que o produziu”, conta. A ideia veio do modelo de produtores de vinho da Alemanha, inspirada pelo marido de Julenia, Helmuth Martens. Com o processo em andamento, eles correram atrás de mercado para os cafés com nota acima de 80 pontos, quando conquistaram convites para participar de feiras e editais para produtos da agricultura familiar. “Na Copa do Mundo e nas Olimpíadas fomos selecionados para ambos, para nosso orgulho”, revela ela, destacando o apoio do Sebrae, especialmente na criação de design da embalagem, através do projeto Sebraetec. A produção da comunidade passa de 60 mil sacas por ano, sendo cerca de 10 mil de cafés especiais, de acordo com Julenia. “Tentamos vendê-los nestas feiras e temos participado do Programa Nacional de Alimentação Escolar e, além de frutas e legumes, entregamos 500 kg de café por ano”. No entanto, são apenas oito propriedades da comunidade que participam do Programa Certifica Minas. “Sonho em encontrar um mercado para esse café para assim motivar os outros produtores a participar também!”. Pé na estrada Na quarta geração de produtores, André Nakao está hoje à frente de uma propriedade no Cerrado Mineiro e traz consigo o sobrenome que é sinônimo de pioneirismo em café especial. O avô, Mitsuo Nakao investiu em produzir cafés de qualidade e dividiu a produção em

diversas propriedades. “O pai do André e ele ficaram à frente da Fazenda Serra Negra, em Patrocínio (MG), que já vinha sendo preparada para a torra de cafés especiais”, conta Ricardo Rodrigues, amigo de infância de André e, hoje, comercial da marca Café Mitsuo Nakao. Na Fazenda são 170 hectares de café plantados. A propriedade produz bourbon vermelho e amarelo, catuaí vermelho e amarelo, mundo novo e iac 125. Enquanto os demais familiares continuaram exportando café verde das outras propriedades, André e seu pai decidiram investir na torrefação própria. Ainda em 2013, a família já estava construindo a estrutura dentro da Fazenda Serra Negra. “Em 2014 o André iniciou a marca Mitsuo Nakao, que tem o nome em homenagem ao avô”. O investimento no torrador foi de, pelo menos, R$ 50 mil. Para inserir a marca no mercado de cafés especiais, a agência de publicidade que Ricardo tinha na época criou toda a identidade. “Tem uma pegada mais sustentável, assim como a fazenda”. Mas a principal estratégia adotada pelos empreendedores foi o bom e velho ‘olho no olho’. “Temos que ir onde consomem café. Para a gestão de marca você precisa conhecer seus clientes e depois vender”, explica Ricardo que fez com André uma maratona de constantes viagens de setembro de 2014 até julho de 2016. Buscando empresas e pessoas que são referência no café, a dupla falou com baristas, cafeterias e compradores em estados como Rio de Janeiro, São Paulo e em Minas Gerais através do projeto Origem Minas do Sebrae, quando também visitaram feiras do setor. “Saímos agendando reunião com todo mundo. A gente tem uma regra que não pode parar”, conta Ricardo. Ele revela que quando não foi possível agendar encontros pessoalmente também utilizou contatos por telefone e internet para buscar novos mercados interessados. “Inserimos o café em Recife, Maceió, Goiânia, São Luís, Florianópolis, Paraná, Rio Grande do Sul, Brasília”. Hoje, a propriedade consegue torrar pelo menos 8% de sua produção. Ainda em dezembro de 2014, o Café Mitsuo Nakao iniciou a produção de cafés em cápsula. “É preciso pensar mais para frente e investir. Contudo, lembro que tudo que nós geramos até agora foi reinvestido na própria marca”, esclarece. REVISTA 100% CAIPIRA |33


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HOMENAGEM

Uma justa homenagem ao Jot sitor e grande defenso No dia 08 de maio de 1953 nasceu na cidade de São Paulo, no bairro de Pinheiros, um menino, seu nome EVALDO CALIENTE PECORELLI, filho de Izidoro Pecorelli e Clarice Caliente Pecorelli, na época a família já possuia quatro filhos, Evaldo passou então a ser o caçula. Logo depois mudaram-se para o km 18 em Osasco-SP, em 1956 com 3 anos de idade, mudaram-se novamente desta vez para o Jardim Santa Helena na mesma cidade (Osasco), onde residiu até o fim de sua vida. Lá nasceram mais quatro irmãos formando uma enorme família, com 6 (seis) mulheres e 4 (quatro) homens. Hoje 5 dos 10 irmãos já faleceram. Seu pai trabalhava no período da manhã na extinta RILSAN do Brasil no km 18 em Osasco, e na parte da tarde levava os filhos homens para pescar no Rio Tiete, onde Evaldo e seus irmãos aprenderam também a nadar e até beber água do rio pois foi pura e cristalina até 1963 quando começou a ficar poluído e mal cheiroso. Posteriormente seu pai já estava em outro emprego, desta vez como chefe de almoxarifado no Hospital do Servidor Público, na Vila Mariana, onde trabalhou por mais 35 anos até se aposentar nos anos 1980. Evaldo estudou até a 5ª série do ensino fundamental, aos 14 anos de idade começou a trabalhar em uma pastelaria na Rua António Agú, largo de Osasco, onde hoje é o calçadão. Em 1970 aos 18 anos Evaldo foi trabalhar em uma confecção de roupas masculina onde conheceu aquela que seria sua esposa, que já trabalhava na mesma empresa há 13 anos e depois vieram a se casar em dezembro de 1974 onde tiveram 2 (dois) filhos, o mais velho André e o mais novo Renato que veio a falecer aos 14 anos vítima de bala perdida. Em 1975 Evaldo tornou-se caminhoneiro e nesta mesma época participou e ganhou um concurso para radialista cujo prêmio foi 1 (hum) ano de programa grátis das 20:00h às 21:00h na Rádio Difusora O’est de Osasco, onde permaneceu por mais de 6 (seis) meses e foi lá que Evaldo conheceu Fusco Neto e o Capitão Bernardo que o convidaram para a inauguração da A.B.A.S. (Assossiação Brasileira de Artistas Sertanejos), onde foi apadrinhado por Leone e Leonito. Com o pseudônimo de JOTA CAMPOS, se tornou um radialista muito conhecido e respeitado, além de ser empresário de duplas sertanejas e compositor. Foi com Fusco Neto que JOTA CAMPOS aprendeu a se profissionalizar, editando suas composições e cadastrando-se para o recebimento de direitos autorais na época (SICAM), posteriormente na ABRAMUS. Em 1978 JOTA CAMPOS teve a sua primeira música gravada pelos cancioneiros do O’EST, numa coletânea feita por Fusco Neto denominada de “Novos Valores da A.B.A.S. com as duplas: Trius e Quartetos, Trio os Astros Sertanejo, Trio Varzelândia, Trio Floresta, Trio Esportivo, Tenor e Tenorinho, Quarteto os Astros do O’est, Dupla Tubarão e Guaruja entre outros. Mesmo trabalhando como caminhoneiro, Jota Campos saia para prospectar shows e patrocinadores para os cachês de seus artistas e aos domingos a noite fazia seu programa chamado “ASSIM É O MEU SERTÃO”, que tinha como vinheta de abertura a música “Tema de Lara”. Jota Campos era muito requisitado para showmícios para políticos como: Prefeito Guaçu Piteri, para o Prefeito Francisco Rossi de Almeida, para o Vereador e Deputado Mário Luiz Guide, para a Vereadora Professora Mazé, para o Vereador Aloízio Pinheiro, para o Vereador Mané, entre outros. Sempre com artistas renomados como Duduca e Dalvan, Milionário e José Rico, Gilberto e Gilmar, Caçula e Marinheiro, Jacó e Jacozinho, Original, Alan e Aladim, Joaquim e Manoel, etc., além de Liu e Léu na Churrascaria Espetão em Perus, próximo à Rodovia Anhanguera, Chitãozinho e Xororó em Pirapora do Bom Jesus, nova formação de Duduca e Dalvan, em Jacareí na Casa da Cultura Zé mira, Chico Rey e Paraná na pizzaria na ponte da Casa Verde, Zé Bétio no Bailão do Jaçanã, Nonô e Noel em Cascavel - Paraná e muitos outros. Jota Campos também fazia shows beneficentes sempre com muito prazer e alegria, com a participação de Tenar e Tenael os filhos de Mirabela, Luiz do Ouro e Geraldo, Adil e Adiel, Del Porã e Del Morim, Luizinho, Ramos Vieira, Luiz Pedro e muitos outros. Jota Campos foi grato a Nivaldo Otavani por ajudá-lo a lembrar-se de sua trajetória no mundo dos artistas e com isso criar este release. E foi numa viagem de ida para Minas Gerais no dia 04 de julho de 1989 como empresário da dupla Del Porã e Horizon e apresentador, que Jota Campos começou a sentir fortes dores no dedão do pé direito, já há 18 dias na cidade de Itaobim e com um contrato de seis meses com o Prefeito Zé de Adélia e o Governador na época Nilton Cardoso com eventos marcados para dali há 10 dias. Não aguentando tantas dores, marcaram uma reunião entre: Jota Campos, a dupla Del Porã e Horizon, o Prefeiro Zé de Adélia, o Governador Nilton Cardoso, para o cancelamento do contrato dos shows, pois Jota precisava voltar para São Paulo para tratamento com urgência. Já em São Paulo foi constatado que ele era vítima de uma Tromboflebite Obliterante Aguda, diagnosticado em três grandes hospitais: Clínicas, Policlínica e Beneficiência Portuguesa e também na Policlínica Zona Norte. Segundo os médicos esta doença não tem cura e nem tratamento. De 25 de dezembro de 1989 até o ano de 2006, foram 45 cirurgias, só no Beneficiência Portuguesa em São Paulo. Em 1992 Jota Campos se aposenta por invalidez com o equivalente a um salário mínimo mensal. Até a data de seu falecimento Jota Campos dependia da ajuda dos amigos que uma ou duas vezes por ano organizavam shows beneficentes para ajudá-lo a se manter. No final de sua vida suas distrações eram o shows, onde os amigos o levavam e a internet. Durante os 10 anos últimos anos de sua vida Jota Campos não sentia mais as dores de sua doença, no entanto continuava com o acompanhamento médico, um paliativo a cada 3 meses no Hospital das Clínicas. Em 1994 Jota Campos perdeu sua mãe e em dezembro de 1996 perdeu seu filho caçula de 14 anos, vítima de bala perdida, em abril de 2010 perdeu seu pai e companheiro inseparável de jornada e anteriormente perdeu 3 irmãs e 1 irmão. Jota Campos tornou-se um dos maiores radialistas, empresário e compositor de moda sertaneja romântica e raiz de Osasco. Em vida quando criou este release pessoal, o dedicou em singela homenagem aos seus pais, ao Fusco Neto, ao Nivaldo Otavani, ao Vereador De Paula, ao seu chefe de gabinete Benedito André Costa e a todos aqueles que deixaram o conforto dos seus lares para o prestigiarem num momento solene que aconteceu em 12 de setembro de 2016 na Câmara Municipal de Osasco. Após esta homenagem a revista 100% Caipira resolveu que esta bela homenagem ganharia um espaço em suas páginas, por certo seria uma surpresa para o amigo Jota Campos, porém Jota Campos foi internado vitima de um infarto e no dia 12 de Outubro de 2016 veio a falecer, então que esta homenagem seja recebida pelos seus em forma de acalanto. 36 | REVISTA 100% CAIPIRA


ta Campos, radialista, compoor da cultura Caipira

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ADUBOS E FERTILIZANTES

Fertilizante na medida certa

Fonte: Embrapa Trigo

O uso de

corretivos e fertilizantes responde pelo incremento de grãos no trigo Determinar corretamente a demanda nutricional do trigo pode se traduzir em melhor rendimento com menor custo. Os fertilizantes têm a maior participação nos custos de produção no trigo, representando aproximadamente 25% do investimento na lavoura. Mesmo assim, o uso de adubação nitrogenada cresceu progressivamente na última década. Orientar para boas práticas no uso eficiente de fertilizantes na cultura do trigo é o objetivo do artigo publicado pelos pesquisadores da Embrapa Trigo no último boletim do Internacional Plant Nutrition Institute (IPNI Brasil). O uso de corretivos e fertilizantes responde por grande parte dos custos de produção do trigo, por outro lado esses insumos também são responsáveis pelo incremento na produtividade e podem impactar até na qualidade dos grãos. A ureia tem sido o principal fertilizante utilizado no trigo devido ao menor custo por unidade de nutriente dentre os adubos nitrogenados disponíveis no mercado. O acompanhamento das lavouras de trigo no Paraná durante mais de uma década (Emater/PR e Embrapa) mostrou aumento na adubação da cultura. Na semeadura foram utilizadas adubos formulados contendo N, P2O2 e K2O em 38 | REVISTA 100% CAIPIRA

9,8% da área de trigo no Paraná em 2002; subiu para 37,5% da área em 2012; e em 2014 esses fertilizantes na semeadura foram aplicados em 41,9% das lavouras. Já a adubação nitrogenada de cobertura foi realizada em 56,4% das lavouras em 2000; subiu para 85,2% em 2012; e foi registada em 74,8% das lavouras de trigo em 2014. Além da ampliação da prática no uso de fertilizantes, os dados apontam o aumento da dose aplicada, sendo que doses acima de 100 kg/ha de ureia (Nitrogênio) foram utilizadas em 50% da área de trigo monitorada na safra 2014. “O produtor sabe que a disponibilidade de N é o principal fator determinante do rendimento do trigo, mas nem sempre aumentar a dose significa maior rendimento de grãos” alerta o pesquisador da Embrapa Trigo Fabiano De Bona. Mas qual o limite de fertilizante para o melhor retorno econômico? A Embrapa Trigo avaliou a máxima eficiência econômica de cultivares semeadas em 32 experimentos, conduzidos durante dez anos (1990 a 2000) no Rio Grande do Sul. O melhor resultado foi alcançado com 83 kg/ha de N, o que produziu 3.410 kg/ha no rendimento de grãos.

A quantidade de N recomendada pela pesquisa é de 60 a 120kg/ha, aplicando de 15 a 20kg/ha na semeadura e o restante em cobertura (perfilhamento e alongamento do colmo das plantas). A aplicação de N no espigamento não aumenta o rendimento de grãos, mas pode favorecer a concentração de proteínas. De modo geral, a dose na adubação nitrogenada varia em função do teor de matéria orgânica, da cultura precedente, da região e da expectativa de rendimento. “A aplicação de N ao solo no cultivo do trigo é uma das práticas de manejo mais seguras em relação ao retorno econômico. As pesquisas têm demonstrado que a eficiência de uso do N oscila entre 12 a 21 quilos de grãos para cada quilo de N adicionado”, conclui De Bona. Segundo ele, além dos fertilizantes, o triticultor também não pode esquecer dos cuidados com o solo corrigindo deficiências de nutrientes, adequando características químicas e físicas antes da implantação da lavoura. O artigo “Manejo Nutricional da Cultura do Trigo”, de autoria dos pesquisadores Fabiano De Bona, Sirio Wietholter (Embrapa Trigo) e Cláudia De Mori (Embrapa Pecuária Sudeste) está no Jornal Informações Agronômicas, edição número 154, disponível no site do IPNI.


MERCADO FLORESTAL

Fonte: Jornal Agora (RS)

Celulose é o grande destaque do complexo portuário do Rio Grande

A celulose tem sido grande destaque na movimentação do complexo portuário do Rio Grande No geral, mais de 1,7 milhão de toneladas do produto já realizam movimentos de embarque e desembarque. Foram 30 países a receber o produto, entre janeiro e agosto de 2016. Quinta-feira (6), o navio Japin Arrow estava realizando o embarque do produto no cais do Porto Novo. Impulsionado pelos investimentos e o aumento de produção de uma empresa em Guaíba, a celulose disparou os dados do segmento de Carga Geral do complexo, com crescimento de 34,4%, em comparação ao mesmo

período de 2015. Apenas os embarques de longo curso somam mais de 890 mil toneladas, que seguem com destino a 30 diferentes países. Os cinco principais são: China (364.759 t); Estados Unidos (127.929 t); Itália (115.416 t); Coraia do Sul (75.098 t) e; Cingapura (27.428 t). “A celulose é um produto de extrema importância para o complexo, mas, sobretudo, no Porto Novo. O aumento da movimentação desse produto gera emprego, renda, tarifas portuárias e mostra, principalmente,

o potencial hidroviário do Rio Grande do Sul visto que a carga desembarca por navegação interior e embarca para o longo curso”, afirma o diretor-superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco. Apenas a navegação interior foi responsável por movimentar mais de 880 mil toneladas do produto. Por fim, também na quinta-feira, a barcaça João Mallmann estava descarregando o produto, mostrando a intensa rotatividade da celulose no cais público. REVISTA 100% CAIPIRA | 39


FLORICULTURA

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FEIRAS E EVENTOS

Mercoagro 2016 encerra em Chapecó com mais de US$ 160 milhões em negócios Com um montante de negócios fechados, agendados ou prospectados da ordem de 160 milhões de dólares, encerrou nesta sexta-feira (16) em Chapecó a décima-primeira edição da Mercoagro (Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne). O número de visitantes-compradores chegou a 20.000. Classificada como a maior do setor na América Latina, a feira foi organizada pela Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) no Parque de Exposições Tancredo Neves, na maior cidade do grande oeste catarinense. “Foi a melhor edição de toda a série histórica”, proclamou o presidente da feira Bento Zanoni. Para ele, as empresas de processamento da carne sabem que a feira tornou-se o grande ponto de encontro do setor para troca de experiências e gestão, abertura de mercado, lançamento de novos produtos, apresentação dos avanços em robotização e automação industrial, além da transmissão de conhecimentos com seminários científicos. “É um evento essencial na preparação de pessoas para compreender e atender os novos desafios, conquistar novos mercados e manter os atuais”, expôs. “A confiança está voltando lentamente 42 | REVISTA 100% CAIPIRA

ao mercado e, novamente, o agronegócio e a agroindústria vão puxar a retomada do crescimento”, assinalou o presidente da ACIC Josias Mascarello. Destacou que em um ano em que a crise econômica assola vastas áreas da atividade, a Mercoagro apresenta-se com vitalidade ímpar. “Não apenas porque todos os espaços se esgotaram, mas, essencialmente, porque esse evento traduz a ação, o dinamismo e o arrojo de uma das maiores e mais complexas cadeias produtivas da economia brasileira, com a presença dos principais atores do mercado”, realçou. Para o coordenador operacional Nadir Cervelin, “a feira confirmou sua vocação como celeiro de bons negócios do setor”. Como reflexo dos resultados positivos, 80% dos expositores renovaram pedido para expor na 12ª edição, em setembro de 2018, de acordo com levantamento da Enterprise, empresa contratada para comercializar os espaços aos expositores. A feira reuniu 200 expositores que representaram 650 marcas e recebeu visitantes da Alemanha, Argentina, Áustria, Austrália, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Para-

guai, Uruguai, Venezuela, Rússia, Canadá e China. Durante a Mercoagro, empresas fornecedoras dos mais diversos setores da indústria mundial da carne apresentaram suas inovações, entre eles refrigeração, automação industrial, ingredientes e aditivos, embalagens, transporte e armazenagem, equipamentos e acessórios. Também participaram da exposição fabricantes de máquinas, equipamentos, implementos, insumos e instalações para todas as etapas do processo industrial, desde o abate até o embalamento, congelamento, higiene, segurança e análise de processos. A Mercoagro está localizada no centro de uma região com mais de 600 pequenas, médias e grandes indústrias frigoríficas de abate e processamento de aves, suínos e bovinos. Nessa área frutifica uma malha de indústrias de bens de produção que oferecem 100% das máquinas e equipamentos necessários para construção e instalação de unidades frigoríficas. Chapecó é um dos principais polos tecnológicos de industrialização de carnes do planeta, situada em uma região com grande concentração de frigoríficos.


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ARTIGO

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LOGÍSTICA E TRANSPORTE

A g ri c u l t o re s e i r ri g a n t e s d o O e s t e b a i a n o q u e re m ex p o r t a r p e l o P o r t o d e A ra t u - C a n d e i a s

Fonte: Ascom Codeba

Agricultores e irrigantes do Oeste baiano estão à procura de formas para melhorar a exportação dos produtos que cultivam na região, principalmente da soja, e a recepção de fertilizante para reduzir o custo de produção das lavouras e os tornarem mais competitivos Com este objetivo, uma comitiva, liderada pela Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), esteve na sede da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), para pedir que seja licitado um berço do Porto de Aratu-Candeias para que empresas exportadoras possam se instalar. A comitiva foi recebida pelo presidente da Codeba, Pedro Dantas, e pelo diretor Comercial e de Desenvolvimento de Negócio, Élio Régis, que demonstraram muito interesse de atender ao pedido, pois não têm dúvidas de que terá impacto positivo, principalmente na região do Oeste baiano, que hoje cultiva uma 46 | REVISTA 100% CAIPIRA

área de 2,2 milhões de hectares e possui mais de 3,5 milhões/ha a serem incorporados ao sistema produtivo. De acordo com o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, os preços das commodities têm como base a produção em Chicago (EUA). O preço para o produto local é formado após a subtração dos custos do frete marítimo, do sistema portuário, do transporte para chegar até o porto e as taxas e impostos. Júlio Busato exemplificou que o produtor americano coloca uma tonelada de soja no navio ao custo de 25 dólares, com uma produtividade de 3,5 toneladas/ha, o que dá uma

vantagem para ele de 157 dólares/ ha. “Essa é a diferença que precisamos reduzir para aumentar o ganho do agricultor baiano e melhorar sua competitividade”, destacou. Ele observou que a Codeba ao disponibilizar um berço do Porto de Aratu-Candeias é de uma importância muito grande para o Oeste baiano, “porque irá ajudar a superar as limitações para o crescimento, facilitando a exportação do que será produzido no futuro”. Com sede em Barreiras, a Aiba representa 1,4 mil produtores, em área cultivada de 1,8 milhão de hectares e uma produção de grãos e fibras de mais de 8 milhões de toneladas.


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Pãozinho de Batata Recheado com Frango e Catupiry INGREDIENTES 300 g de batata cozida e amassada 2 tabletes de fermento biológico 100 g de margarina 2 colheres (sopa) de azeite de oliva 1 colher (sopa) de açúcar 1/2 xícara (chá) de leite morno 2 ovos 1/2 colher (sobremesa) de sal Farinha de trigo Recheio: 500 g de peito de frango cozido e desfiado Azeitonas a gosto 1 cebola grande picadinha 2 tomates sem pele e sem sementes picadinhos 1 dente de alho Salsinha, sal e pimenta a gosto Catupiry

PREPARO Coloque em uma tigela o açúcar, o sal e os tabletes de fermento Amasse até que se dissolvam no açúcar Acrescente o leite morno, a margarina, o azeite, a batata, os ovos e aos poucos a farinha de trigo, até dar o ponto Faça pequenas bolas, tamanho de um limão mais ou menos Recheie cada uma delas com catupiry e o frango Modele bem e pincele com gema Espere crescer um pouco e leve para assar em forno médio por 30 a 40 minutos em média Recheio: Cozinhe o peito de frango em água e sal até ficar macio, desfie e reserve Frite a cebola e o alho em um pouco de azeite, junte os tomates deixando refogar um pouco. Acrescente o frango desfiado, as azeitonas, a salsinha e um pouco de creme de leite só para deixar mais cremoso, sem exageros, 1/2 caixinha é suficiente. REVISTA 100% CAIPIRA | 49


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Onde seu cavalo ĂŠ mais feliz

Baias amplas e higienizadas Pista de treino Ambiente familiar Transporte especializado de animais

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