www.revista100porcentocaipira.com.br Brasil, setembro de 2017 - Ano 5 - Nº 51 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
O AGRONEGÓCIO PAULISTA ESTÁ NO BOM CAMINHO, DE VENTO EM POPA O estado de São Paulo registrou uma alta de 3,9% nas exportações no Agronegócio
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Fruticultura: Nove espécies de uvas serão cultivadas em Araçatuba
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Agroindústria:
Braskem apresenta solução para a pecuária brasileira
Nutrição animal: De Heus inaugura Laboratório de Qualidade em Rio Claro Mercado florestal: Madeira é tão resistente quanto o aço, diz engenheiro
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Artigo: O agronegócio Paulista está no bom caminho, de vento em popa
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Análise de mercado: Produtores brasileiros ficam sem espaço em silos
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Energias renováveis:
Propriedades investem em energia solar Bovinos de corte:
Pecuarista busca parceiros no Brasil para elevar produção de gado wagyu
Pesquisas:
Laboratório de fertilizantes tem boa avaliação Receitas Caipiras: Ambrosia REVISTA 100% CAIPIRA |
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FRUTICULTURA
Brasil, setembro de 2017 Ano 5 - Nº 51 Distribuição Gratuita
Fonte: Facilita Conteúdo
Nove espécies de uvas serão cultivadas em Araçatuba Desde maio, acontece em Araçatuba um programa de viticultura promovido pelo Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com a Prefeitura O programa é composto por sete módulos e termina em dezembro. Os produtores já receberam orientações sobre a escolha da área, produção de mudas e implantação de vinhedo. O sistema adotado na propriedade-modelo, onde as aulas práticas são ministradas é o de parreira, também conhecido como latada. Trata-se de uma estrutura onde as videiras se apoiam em grades. Odenir Rossafa Garcia, instrutor do Senar, explica que a aceitação do programa entre os produtores foi muito positiva e, devido à demanda, foi necessário estabelecer alguns critérios para formar a primeira turma. “Estão participando as lideranças de bairro e de associações de produtores rurais. Nos próximos anos, vamos replicar o programa, para isso, teremos uma unidade-modelo, para mostrar os manejos e variedades”, conta o instrutor. Neste ano, os participantes trabalharão com pelo menos nove variedades apropriadas para se desenvolver na região: centenial (sem semente), benitaka, itália, rubi, brasil, núbia, moscato, a red globe e niagara rosada. Garcia explica que a safra da uva é anual e que cada pé produz em média 15 a 20 quilos da fruta. A área de implantação do vinhedo-modelo fica no bairro rural Córrego da Divisa, possui 940m² e será composta por 150 videiras. A expectativa é de uma produção superior a uma tonelada. Embora o custo de implantação seja alto, o especialista diz que é um investimento que se dilui ao longo dos 40 a 50 anos de vida útil produtiva de cada planta. O quilo da fruta pode ser vendido no ata-
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cado entre R$ 5 e R$ 6. PRÓXIMOS PASSOS: As próximas aulas serão de 23 a 25 de agosto. O módulo será sobre manejo e tratos culturais. No último encontro, sobre a implantação do parreiral, realizado de 26 a 28 de julho, os participantes já realizaram o plantio de porta-enxerto. Daqui a quatro meses, eles estarão realizando o processo de garfagem, onde escolherão as variedades. O instrutor explica que o enxerto escolhido e mais apropriado é o IAC 572 Jales, desenvolvido pela Embrapa de Jales (Vinho e Uvas Jales), resistente à praga chamada Filoxicera. FUTURO: Cristiane Sakuma, que trabalha na propriedade rural da família, no bairro Água Limpa, está entusiasmada com a novidade e já tem planos com o cultivo. “É uma coisa nova pra gente, nosso conhecimento era mais sobre bananas, estou gostando da viticultura. Eu quis participar porque adoro a fruta e, como já fiz o programa do Senar de produção de orgânicos, quero aliar os aprendizados e ter uma plantação bem natural”, disse Cristiane. O foco do programa é a produção de uvas de mesa, para venda in natura e para grandes redes de supermercados. A maioria da fruta consumida na região, atualmente, vem do Paraná e Rio Grande do Sul. Para os próximos anos, a ideia é criar novas capacitações e difundir a cultura em toda a região. Quando houver uma produção razoável, também proporcionarão aprendizagem para agroindústria, para processamento de sucos e vinho.
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ANÁLISE DE MERCADO
Diferença entre arroba e carcaça favorece indústria
Fonte: DCI
Cotação do boi gordo recuou 16% desde o começo do ano e indica que os frigoríficos alcançaram margem de lucro positiva em um ano de dificuldades para o segmento A diferença entre os preços do boi gordo e da carcaça do animal no atacado tem garantido ganhos aos frigoríficos em meio a um ano turbulento para a pecuária. Em julho, esse spread foi positivo em 5,7%. A diferença média costumava ser negativa em 5,5%. “É um recorde histórico ter uma diferença positiva por tanto tempo”, afirma a sócia-diretora da Agrifatto, Lygia Pimentel. Ela explica que, normalmente, os frigoríficos compram o boi gordo por um valor maior do que vendem a carcaça no atacado, o que gera uma diferença que costuma ser negativa. O valor da carcaça é uma média ponderada dos preços de dianteiro, traseiro e agulha. A analista observa ainda que as contas das empresas se equilibram com a venda de subprodutos, como couro, miúdos e sebo, entre outras partes. Esse cenário mudou no final do ano passado. Com a queda de oferta de animais para abate e da demanda por carne, gerada pelo encerramento de atividades de vários frigoríficos, a arroba recuou. Lygia Pimentel estima que mais de 50 unidades tenham fechado as portas. Neste ano, a queda dos preços do boi gordo se intensificou após a deflagração da operação Carne Fraca, em
março, na qual foram investigadas irregularidades envolvendo fiscais e empresas. Desde janeiro a cotação da arroba do boi gordo recuou 15,9%, na média, saindo de R$ 149,05 para R$ 125,38, em agosto, segundo levantamento da Agrifatto. Já os preços da carcaça no atacado recuaram, em média, 8,3% entre janeiro e o começo de agosto, de R$ 150 para R$ 137,50. O resultado foi uma diferença média positiva de 4,5% entre os dois preços. Essa diferença chegou a bater 7,8% em junho. “E isso nos leva a crer que as margens dos frigoríficos estão melhores”, pondera a sócia-diretora da Agrifatto. Recuperação Ela acrescenta que, além dessa diferença, outros fatores levam a crer que as empresas atuam com margens positivas. “Os frigoríficos reativaram unidades e estão trabalhando com escalas mais longas. Ninguém faz isso se não estiver em uma situação mais confortável”, avalia a sócia-diretora. Nos primeiros dias de agosto, essa diferença entre preço de arroba e de
carcaça no atacado voltou ao patamar próximo do de janeiro e está positivo em 1,4%. “Ainda é cedo para saber se esse será o resultado do mês, mas isso já é reflexo do aumento dos preços da arroba”, afirma Pimentel. Essa valorização do preço do boi gordo pode ser explicada justamente pela capitalização dos frigoríficos. “Com mais dinheiro, as empresas aumentam a demanda e voltam a comprar gado”, ressalta . Outro fator que contribui para um segundo semestre de preços maiores para o boi gordo, na avaliação da consultora, é a expectativa de que o número de animais confinados neste ano seja menor do que o volume registrado em 2016. “Os criadores estão adiando a entrada dos animais no cocho”. A Agrifatto estima uma redução de 13% no número de animais confinados neste ano, para 3,9 milhões de cabeças. No ano passado, conforme cálculos da consultoria, 4,5 milhões de animais foram terminados no cocho. Na visão dela, para o segundo semestre a tendência é que essa relação entre arroba e carcaça volte à normalidade. REVISTA 100% CAIPIRA |
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O agronegócio no bom camin em p ARTIGO
O estado de São Paulo reg nas exportações 8 | REVISTA 100% CAIPIRA
o Paulista está nho, de vento popa
gistrou uma alta de 3,9% no Agronegócio Por: Sérgio Reis
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i ante d o s e stu d o s fe ito s p el o Inst itu to d e E c onom i a Ag r í c ol a ( IE A ), que é v i nc u l a d o a S e c re t ar i a d e Ag r i c u ltu r a e Ab astecime nto d o E st ad o d e S ã o Pau lo, no pr i me i ro qu a d r i me st re de 2 0 1 7 (d e j ane i ro a Abr i l ) , as e x p or t a ç õ e s d o ag rone gó cio p au l ist a at i ng i r am c e rc a d e US $ 5 , 8 2 bi l hõ e s , s e nd o 3 , 9 % maior que no me s mo p e r í o d o me d i d o e m 2 0 1 6 , ond e o s re su lt a d os d e e xp or t a ç õ e s d o s e tor for am d e U S $ 5 , 6 0 bi l hõ e s . Tamb é m mo st r am as e st a t íst ic as que as i mp or t a ç õ e s subi r am 1 2 p onto s p e rc e ntu ais s omand o uma c i f r a d e U S $ 1,68 bi l hõ e s , re su lt a d o e m u m au me nto d e 1 % no s a l d o d a b a l anç a c ome rc i a l e m c omp ara ç ão a o me s mo p e r í o d o d o ano ante r i or 2 0 1 6 , qu e at i ng iu US $ 4 , 1 4 bi l hõ e s . E ste e stu d o t amb é m re vel ou qu e as i mp ort a çõ e s p au l ist as no s d e mais s e tores i nclus ive o ag rone gó c i o s omar am um tot a l d e U S $ 1 5 bi l hõ e s , e as e x p or t a ç õ e s for am de U S $ 9 , 6 0 bi l hõ e s , for mand o u m d é f i c it d e U S$ 5 , 4 0 bi l hõ e s . “O d é f i c it d o c omé rc i o e x -
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te r i or p au l ist a s ó nã o foi b e m mai or d e v i d o a o d e s e mp e n ho d o ag rone gó c i o e st a du a l, c uj o s a l d o mante ve - s e p o s it ivo e c re s c e nte”. Af i r mou o p e s qu i s a d or d a S e c re t ar i a qu e atu a no I E A , Jo s é R ob e r to Vi c e nte. D e a c ord o c om o l e v ant ame nto, as e x p or t a ç õ e s d o ag rone gó c i o br as i l e i ro au me nt ar am 3 , 9 % e m rel a ç ã o a o me s mo p er í o d o d o ano d e 2 0 1 6 che g and o a U S $ 2 9 , 1 9 bi l hõ e s , o qu e e qu iv a l e a 4 2 , 8 % d o tot a l d as e x p or t a ç õ e s d o p aís . Já as i mp or t a ç õ e s c re s c e r am e m 2 1 %, qu e t amb é m e m c omp ar a ç ã o c om o s pr i me i ro s qu a t ro me s e s d e 2 0 1 6 , qu e s omou U S$ 4 , 8 4 bi l hõ e s , 1 0 , 3 % d o tot a l i mp or t a d o. O sup e r áv it d o ag rone gó c i o no pr i me i ro qu ad r i me st re d e 2 0 1 7 foi d e U S $ 2 4 , 3 5 bi l hõ e s , 1 % mai or qu e o me s mo p e r í o d o d o ano anter i or ( 2 0 1 6 ) ond e o re su lt a d o foi d e U S $ 2 4 , 1 1 bi l hõ e s . “O d e s e mp e n ho d o ag rone gó c i o, foi d e c is ivo p ar a e v it ar qu e o c omé rc i o e x te r i or br as i l e i ro nã o fo ss e d e f i c it ár i o. Os d e mais s e tore s , c om e x p ort a ç õ e s d e U S $ 3 8 , 9 3 bi l hõ e s e i mp or t a ç õ e s d e U S $ 4 1 . 9 3 bi l hõ e s pro du z i r am no p e r í o -
d o ; u m d é f i c it d e U S $ 2 . 9 8 bil hõ e s”, e x pl i c ou o p e s quis ador. A B a l anç a C ome rc i a l p au l ist a é a c omp an ha d a p el o I EA qu e é u m i mp or t ante i ndi c a d or d o ag rone gó c i o, e ste s e tor ve m s a lv and o a l avou r a di ante d a c r is e e c onôm i c a atu a l c omo d i z o s e c re t ár i o d e Ag r i c u ltur a e Ab aste c i me nto Sr. Ar na l do Jard i m . “A aná l is e d as i n for maç õ e s pro du z i d as p el o s i nst ituto s de p e s qu is a , p e r m ite à S e c re t ár i a for mu l ar p ol ít i c as públi c as e s p e c í f i c as p ar a o s e tor. Aprox imar o s e tor pro dut ivo do c o n he c i me nto é u ma or i e nt aç ão d o gove r na d or G e r a l d o A l k im i n p ar a a Past a”, f i na l i zou o s e c re t ár i o. Nã o p o d e mo s f a l ar d e ag ro ne gó c i o p au l ist a s e m d e st ac ar u ma d as mai ore s fe i r as mund i a l d o s e tor a F E I R A I NERNAC IONA L DE TE C NOLO G IA AG R ÍC OL A mais c on he c i d a c omo AG R I SHOW, e m su a 2 4 ª e d i ç ã o c om u m f atu r ame nto de R $ 2 , 2 bi l hõ e s e m 2 0 1 7 ( b al anç o p arc i a l ) , te ve u m c re s c ime nto d e 1 3 % e m c omp ar aç ão c om o ano ante r i or 2 0 1 6 , uma d i fe re nç a d e R $ 2 5 0 m i l hõ e s, qu and o a fe i r a f i c ou e qui l ibr a-
d a c om a e d i ç ão d e 2 0 1 5 . As ex p e c t at iv as d a org an i z a ç ã o era que ne ste ano, che g ass e e m até 1 5 % mai or qu e no ú lt i mo ano ; p or t anto o s nú me ro s reg ist r ad os f i c ar am d e nt ro d as pre v is õ e s , ou até sup e re, u ma ve z que houve mais fe chame nto s d e ne gó c i o s ap ó s o te r m i no d a fe i r a c omo o c or re norma lme nte. D e a c ord o c om a org an i z aç ão, c e rc a d e 1 6 0 m i l p ess o as p ass ar am p el a fe i r a e s eg und o a Ass o c i a ç ã o C ome rci a l e Indust r i a l ( AC I R P ) , iss o repre s e ntou mais d e 9 0 % d e o c up a ç ão no s hoté is d a c i d a d e de R ib e i r ão Pre to. No s qu at ro pr ime i ros d i as de AG R I SHOW, o B anc o d o Br as i l sup e rou e m 62,7% o volume f i nanc i a d o e m rel a ç ão ao me s mo p e r í o d o d e 2016 . E m t rê s d i as d e fe i r a foram l ib e r a d os R $ 6 4 6 m i l hõ e s du rante o e ve nto, v a l or qu e sup era e muito os R $ 3 9 7 m i l hõ e s
f i nanc i a d o s no s pr i me i ro s qu a t ro d i as d e AG R I SHOW no ano p ass a d o. O ut r a fe i r a i mp or t ante d a re g i ã o é a F E NASU C RO ( Fe i r a Inte r na c i ona l d e Te c nol o g i a Su c ro e ne rgé t i c a ) , qu e a c onte c e e nt re o s d i as 2 2 e 2 5 d e ago s to e m S e r t ã oz i n ho, p ar a a su a 2 5 ª e d i ç ã o as e x p e c t at iv as d a org an i za ç ã o é qu e s e j am ne goc i a d o s R $ 3 . 1 bi l hõ e s , c e rc a d e R$ 2 0 0 m i l hõ e s a mais qu e e m 2 0 1 6 e re c eb e r 4 0 m i l p e ss o as d e 4 3 p aís e s d i fe re nte s . E ste ano a org an i z a ç ã o e st á b e m ot i m ist a , iss o p orqu e a a d e s ã o d o p aís a o Ac ord o d e C l i ma d e Par is foi o propu ls or d o R E NOVA BIO ( e f i c i ê nc i a e ne rgét i c a na pro du ç ã o e no us o d e bi o c ombust íve is ) , pro g r ama d o Mi n isté r i o d e Mi nas e E ne rg i a p ar a a d i m i nu i ç ã o d a e m iss ã o d e g ás c ar b ôn i c o p el o p aís , o qu e i mpl i c a na e ne rg i a me no s
p olu e nte, c omo o e t anol e a e ne rg i a ge r a d a c om o b ag aç o d a c ana , p oré m , o mome nto p ol ít i c o v iv i d o p el o Br asi l chamou a ate nç ã o d o s i nte g r ante s d o s e tor, qu e, ap e s ar de ap on t are m p ar a u m ano b om p ar a a ag r i c u ltu r a , nã o ap e nas na áre a d a c ana - d e - a ç ú c ar, a cre dit am qu e as i nd e f i n i ç õ e s d e ve m f ic ar p ar a t r ás . O ag rone gó c i o d e S ã o Pau l o ai nd a re g ist r a as g r ande s produ ç õ e s ag r í c ol as c omo a c ana d e a ç ú c ar c om : 4 5 3 . 4 9 1 . 5 1 1 ton . ; l ar anj a : 1 2 . 3 4 0 . 7 5 1 ton . ; s oj a : 2 . 5 3 0 . 4 2 5 ton . ; Tomate : 1 . 1 9 7 . 9 3 7 ton . ; C afé : 2 5 0 mi l ton . ; B anana : 1 m i l hã o de ton . , e nt re out ro s . Te mo s t amb é m a su i no c u ltu r a na c i d a d e de Itu na re g i ã o d e S oro c ab a que te m a mai or c r i a ç ã o d e su í no s do e st a d o, d a d o s d o I B G E ( Inst i tuto Br as i l e i ro d e G e o g r af i a e E st at íst i c a ) . E m s e g u ndo lug ar REVISTA 100% CAIPIRA | 11
temo s a c i d ad e d e C e rqu e i r a C és ar e d e p ois Br ag anç a Pau list a . A l i d e r anç a d e Itu o c orre p or te r a mai or f a c i l i d a d e de ab aste c e r a c apit a l qu e é o maior c e nt ro c onsu m i d or d o p aís . O E st ad o d e S ã o Pau l o é o qu i nto pro dutor d e su í no s d o Bras i l, mas é o ú n i c o qu e te m 100% d e c r i a d ore s i nd e p e n dente s . Já S ant a C at ar i na qu e é o mai or pro dutor br as i l e i ro, tem su a pro duç ã o i nte g r a d a a out ras c r i a ç õ e s . A l é m d iss o, S ã o Pau l o te m u m e xe mpl o d e suste nt abi l i d ade com a un i ã o d a su i no c u ltu r a e com a ag r i c u ltu r a , a ond e as f a z end as vê m ut i l i z and o bi o d igestore s p ar a t r at ar d o s d e j e to s do s an i mais e ut i l i z ar na produ ç ã o ag r í c ol a c omo a dub o s , a lém d e ge r ar e ne rg i a b ai x and o o s c usto s d e pro du ç ã o e c ol a b or and o c om o me i o ambi e nte. O ut r a i mp or t ante áre a d o ag rone gó c i o p au l ist a é a av i c u ltu r a, t anto p ar a c or te s qu anto p ar a ovo s s e nd o re sp ons ável p or 2 2 , 7 % d a pro du ç ã o na c i ona l. A p ar t i r d aí é p o ss ível f a l ar s obre o PI B d o E st a d o d e Sã o 12 | REVISTA 100% CAIPIRA
Pau l o no Ag rone gó c i o. O PI B ( Pro duto Inte r no Br uto ) d o ag rone gó c i o d e S ã o Pau l o c re sc e u 7 , 5 % no ano d e 2 0 1 6 ap ó s te r qu e d a d e s d e 2 0 1 0 , at i n g i nd o R $ 2 7 6 bi l hõ e s e c om e x p e c t at iv as d e mai or c re s c ime nto p ar a 2 0 1 7 , s e g u nd o o D e p ar t ame nto d o Ag rone gó c i o d a Fe d e r a ç ã o d as Indúst r i as d o E st a d o d e S ã o Pau l o ( DE AG RO / F I E SP ) e d o C e nt ro Av anç a d o e m E c onom i a Apl ic a d a ( C E PE A / U SP ) . O PI B d o s e tor re pre s e nt a 1 3 , 8 % d o tot a l d o E st a d o e 1 8 , 7 % d o PI B d o ag rone gó c i o br as i l e i ro. O PI B d o s e g me nto d e at iv i d a d e pr i már i a ( as at iv i d a d e s pr i már i as s ã o a qu el as ond e s e pro du z e m maté r i as pr i mas , p or e xe mpl o : a p e c u ár i a , a ag r i c u ltu r a , a p e s c a , o e x t r at i v is mo m i ne r a l e ve ge t a l e tc . ) , c re s c e u 1 9 , 7 % nas propr i e d a d e s r u r ais , pr i nc ip a l me nte na áre a d a ag r i c u ltu r a , c om a lt a d e 2 5 , 4 % e m 2 0 1 6 . S e g u nd o o l e v ant ame nto, a re c up e r a ç ã o d as l avou r as d a c ana d e a ç ú c ar e l ar anj a qu e s ã o as pr i nc ip ais c u ltu r as d o E st a d o, ju nt ame nte c om o au me nto d e c on f i anç a d o
pro dutor a p ar t i r d o s e g undo t r i me st re d o ano p ass ado que for am d e te r m i nante s a o s re su lt a d o s apre s e nt a d o s no c amp o. No s i nsu mo s ag rop e c u ár i o s houve u m c re s c i me nto de 4 , 8 % no ano e m S ã o Pau l o, c om de st a qu e e sp e c i a l p ar a o s i nsumo s p e c u ár i o s qu e foi qu as e o dobro c om 8 , 5 % e no s insumo s ag r í c ol as a a lt a f i c ou e m 2 , 9 % . Nas i ndúst r i as o av anç o foi d e 5 , 9 % e m rel a ç ã o a o ano de 2 0 1 5 , i n f lu e nc i a d o p el a ag r i c u ltu r a c om au me nto d e 6 , 8 % , j á qu e na i ndúst r i a p e c u ár i a houve u m re c u o d e 0 ,9 %. No ab ate d o g a d o b ov i no re c uou e m 4 , 6 % no s pre ç o s e 6 , 3 % na pro du ç ã o. “A f r anc a d e mand a d omé st i c a l i m itou o s pre ç o s d a c ar ne, e a c r is e e c onômi c a , c om i n f l a ç ã o ai nd a el e v a d a e a lto d e s e mpre go, l e vou a qu e d as no s pre ç o s d e to do s o s el o s d a c a d e i a”, i n for ma a DEAG RO / F I E SP. O ag rone gó c i o p au list a ge rou mais d e 2 m i l hõ e s de p o sto s d e t r ab a l ho for ma l em 2 0 1 6 . D e ss e tot a l, 1 7 % c or re sp onde m à at iv i d a d e ag rop e c u ár i a, 3 4 % à ag roi ndúst r i a e 4 5 % a o s s e r v i-
ço s . O s e gui me nto d e i nsu mo s ab s or ve u c e rc a d e 4 % . S e l e v ar em c ons i d e r a ç ão o t r ab a l ho i nfor ma l e ss e núme ro te nd e a aument ar e xp one nc i a l me nte. O PI B d o Ag rone gó c i o d e SP chega a 2 0 % e m rel a ç ã o a o PI B do Br as i l. A p ar t i c ip a ç ã o d o ag rone gó c i o na e c onom i a p aulist a é d e 1 5 % e t amb é m 1 5 % do s e mpre gos for mais d o e st a do. S e nd o a mai or p ar te d e ss e s empre gos e st ã o na ag roi ndúst r i a , c e rc a d e 3 6 % e e m s e r v iço s 4 7 % , s obr and o o s e g me nto pr i már i o c om 1 6 % . Ne ss as p orc e nt age ns nã o e st a i nclus a a mã o d e obr a f am i l i ar e s e u t r ab a l ho, e mb or a mu ito i mp ort ante nas propr i e d a d e s r u r ais . “Me s mo s e nd o u m E st a d o com a lto g r au d e i ndust r i a l iz a ç ã o, S ão Pau l o te m no ag ronegó c i o um s e tor b ast ante
e x pre ss ivo”, d i z G e r a l d o B arro s , c o ord e na d or d e p e s qu is as ma c ro e c onôm i c as d o C E PE A ( C e nt ro d e E stu d o s Av anç ad o s e m E c onom i a Apl i c a d a ) . O C E PE A , c om o ap oi o d a F I E SP ( Fe d e r a ç ã o d as Indúst r i as d o E st a d o d e S ã o Pau l o ) , fe z u m l e v ant ame nto d o s e tor e e st i mou o PI B d o ag rone gó c i o p au l ist a d o ano p ass a d o e m R $ 2 1 3 bi l hõ e s . A ag roi ndúst r i a d e S ã o Pau l o é l i d e r a d a p el a b as e ag r í c ol a , qu e te m a p ar t i c ip a ç ã o d e 8 8 , 1 % ne ss e s e g me nto. Já a p ar t i c ip a ç ã o d a b as e an i ma l é d e 1 1 , 9 % . A l i d e r anç a f i c a c om a indúst r i a su c ro a l c o ol e ir a , qu e re pre s e nt a mais d e u m qu ar to d o PI B ag roi ndust r i a l d o E st a d o. Já b ebi d as e c elu l os e tê m 1 2 , 4 % e 1 2 , 3 % re sp e c t i v ame nte.
Por t anto, S ã o Pau l o a l é m de u m g r and e p ote nc i a l na i ndúst r i a ( t anto l e ve qu anto p e s ad a ) , é t amb é m u m g i gante na ag roi ndúst r i a e ag r í c ol a, me smo nã o s e nd o c ont abi l i zad as as p e qu e nas propr i e d a d e s pro dut iv as , p o ssu i u ma g r ande i m p or t ânc i a na pro du ç ã o, pr i nc ip a l me nte no s c i ntu rõ e s ve rde s qu e ge r am e mpre go s e r i quez as for ne c e nd o s e us pro duto s a o s v ár i o s p ol o s d ist r ibui dore s ( C AG E SP, fe i r as l iv re s , dist r i bu i d ore s d e f r ut as ve rdur as e l e g u me s , e tc . ) , ai nd a te mo s out ro s f atore s pro dut ivo s que qu as e nã o s e me nc i ona nas e st at íst i c as , c omo : f l ore s, pro du ç ã o org ân i c a fe r t i l i zante s natu r ais ( hu mus d e m i n ho c a, d e j e to s d e ave s , e tc . ) . C om tu d o iss o S ã o Pau l o é o g r ande pro dutor d o BR ASI L .
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AGRICULTURA FAMILIAR
Cooperativa da PB garante produção com recursos do Pronaf
Fonte: Assessoria de Comunicação Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Investir em agroindústria, abatedouros e cooperativas está entre as prioridades de muitos agricultores que têm um olhar empreendedor A união e a organização ajudam nessa hora, no entanto, garantir uma produção efetiva é fundamental. Na Paraíba, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) é a base dessa matemática. Por meio da política, alguns agricultores familiares garantiram a fonte de recursos e conseguiram estrutura suficiente para abrir o abatedouro da Cooperativa Paraibana de Avicultura e Agricultura Familiar (Copaf), uma referência em frango caipira do Nordeste. A histórica de sucesso vem lá do município de São Sebastião de Lagoa de Roça, cerca de 110km de João Pessoa. Tudo começou porque os agricultores familiares precisavam de mais uma opção de renda. A agricultora Maria Nazaré Barbosa, uma das cooperadas da Copaf, conta que havia a necessidade de se manter no campo, mesmo nos períodos de seca. “A gente mora em uma região que é semiárida e, a cada ano, chove menos. Alguns profissionais de órgãos de pesquisa fizeram um estudo aqui e disseram que uma boa alternativa era a criação de aves de pequeno porte, pois elas não consomem muita água”, conta Maria Nazaré. Os agricultores decidiram, então, apostar na criação de aves. A iniciativa precisou de investimento por parte dos produtores. Foi aí que cada agricultor
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fez um projeto individual pelo Pronaf e construiu o próprio aviário. “A única fonte que o pessoal tinha era o Pronaf. Todos os nossos produtores aderiram. Eles construíram os aviários e compraram a alimentação para as galinhas. Foi tudo com o recurso do Governo Federal, tanto a estrutura quanto o custeio”, destaca Nazaré. Depois de conseguirem um bom número de frangos, os agricultores decidiram se reunir para entrar no mercado. Com 20 produtores interessados, eles fundaram a Copaf. Hoje, a cooperativa tem 159 cooperados e ainda conta com a produção de algumas associações, envolvendo, no total, cerca de 500 famílias, de 22 municípios. O investimento rendeu bons frutos e o abatedouro é referência na produção de frangos caipiras no Nordeste. São cerca de 6 mil aves abatidas por dia. Para manter a produção, o Pronaf continuou sendo um recurso para os agricultores. “Sem o Pronaf, a gente não conseguiria porque não teríamos produção. Nenhum dos nossos produtores tinha 15 mil para investir no aviário. Agora, com esse sucesso, tem gente que já está no terceiro Pronaf ”. Outras políticas públicas também ajudaram a alavancar os negócios, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de
Alimentação Escolar (Pnae), principais atores na área de comercialização da cooperativa. Maria Nazaré conta que os agricultores estão se preparando para entrar em um mercado ainda maior. Ela afirma que a expectativa é de que neste mês os produtos da cooperativa estejam na prateleira das redes de supermercados. A agricultora fica feliz em ver o crescimento dos negócios. Com as novas perspectivas, ela espera que a produção do abatedouro dobre. “Já ouvi falar que nós, agricultores familiares, somos responsáveis por cerca de 50% da produção de alimentos da cesta básica. Sei da nossa importância. Estou produzindo com qualidade, inclusive, minhas galinhas não tomam antibiótico. A ração é feita toda com vegetais, ou seja, garanto que é uma proteína saudável”, comemora. Crédito para continuar produzindo - O Plano Safra da Agricultura Familiar 2017/2020, lançado em maio deste ano, disponibiliza R$30 bilhões em crédito para esta safra para os produtores investirem e custearem as produções. Com o Pronaf, a Sead garante o acesso aos recursos, com juros diferenciados, variando entre 2,5% e 5,5% ao ano. Uma iniciativa que fortalece o trabalho de mais de 4 milhões de famílias agricultoras, que alimentam o Brasil e ajudam na economia do país.
GESTÃO
Comissão apresenta proposta para padrões de produção mudas de oliveira
Fonte: Assessoria de Comunicação Social MAPA
Registro de produtos para controle fitossanitário das plantações também foi tratado durante reunião O estabelecimento de padrões para produção de mudas de oliveiras e o registro de agrotóxicos para a olivicultura foram debatidos durante a segunda reunião ordinária da Comissão Permanente da Olivicultura Brasileira, em Brasília. Cerca de 30 técnicos e produtores dos estados do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e de São Paulo, onde se concentra a maior parte do plantio, participaram do encontro, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com o coordenador da comissão, o auditor fiscal federal Luís Pacheco, uma proposta de normatização de padrões de produção de mudas de oliveira foi apresentada durante a reunião, no dia 2 de agosto. Ela já foi validada pela Comissão Estadual de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul e agora será analisada pelo Mapa. Uma relação de produtos para controle fitossanitário dos plantios de oliveiras também foi encaminhada ao Ministério da Agricultura. “Esse tema ainda será discutido com os fabricantes de agroquímicos”, disse Pacheco. Outro assunto em debate na comissão é a pro-
posta para elaboração de um cadastro nacional sobre a produção de oliveira. Os participantes da reunião trataram ainda das normas de produção integrada para a cultura de oliveira; da importação e liberação de material genético de oliveiras; dos recursos genéticos e bancos de germoplasma de oliveiras; da vigilância fitossanitária; e da cultura da oliveira e zoneamento edafoclimático da oliveira. A comissão é vinculada ao Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável (Depros), da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo (SMC) do Mapa e é responsável por promover o desenvolvimento da olivicultura nos aspectos sociais, tecnológicos, econômicos e ambientais. Cultivo recente O cultivo de oliveira é recente no Brasil. Segundo Pacheco, o país tem mais de 200 produtores, que plantam em uma área de cerca de 4 mil hectares. Neste ano, o setor produziu 97 mil li-
tros de azeite, a partir de 950 toneladas de azeitonas. A projeção é que a produção chegue a 200 mil litros em 2018. Embora seja uma atividade recente, a olivicultura brasileira já se destaca no cenário mundial “Alguns de nossos azeites de oliva foram premiados em concursos internacionais”, destaca Pacheco. O Brasil tem atualmente cerca de 40 marcas nacionais de azeite de oliva. Além de renda, a cadeia produtiva tem potencial para geração de empregos. “No período de colheita, por exemplo, o setor precisa de trabalhadores de maneira intensiva. E o país ainda é carente de mão de obra qualificada para o serviço”, assinala Pacheco. Por ser uma cultura permanente, o cultivo de oliveiras é apropriado a pequenas propriedades. Isso contribui para adoção de boas práticas agrícolas – normas, princípios e recomendações técnicas aplicadas na produção, processamento e transporte que visam proteger o meio ambiente e promover o bem-estar dos trabalhadores e consumidores. REVISTA 100% CAIPIRA | 15
AGROINDÚSTRIA
Braskem apresenta solução para a pecuária brasileira
Fonte: Braskem
Resinas de polietileno são transformadas em filmes wrap, muito utilizados no setor para armazenamento e proteção de toneladas de silagem pré-secada A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, tem investido no desenvolvimento e fornecimento de soluções que oferecem competitividade e alto rendimento para a pecuária brasileira. Exemplo disso é o wrap, filme de polietileno para armazenagem de alimentação animal, como silagem pré-secada. Por muito tempo, o processo de produção de pré-secado – produzido pela mistura de plantas ceifadas e secas, geralmente gramíneas e leguminosas – era utilizado apenas para fornecer nutrição aos animais nos períodos de inverno ou seca em países de clima mais frio, como Chile, Estados Unidos e Europa. Contudo, com a mudança de modelo na pecuária do Brasil, que cada vez mais passa a ser realizada de forma intensiva, a necessidade de gestão de alimentos tornou-se essencial. “A pecuária está passando por um processo de transformação. Hoje, a agricultura tem demandado áreas que antes 16| REVISTA 100% CAIPIRA
eram ocupadas por pastagem. Desta forma, os pecuaristas estão vendo necessidade de produzir em áreas menores, alimentar diretamente os animais e utilizar novas tecnologias”, afirma Ana Paiva, especialista em Desenvolvimento de Mercado da Braskem. Frente a esses desafios, a demanda de silos-fardo por produtores rurais segue em tendência de alta. “O diferencial do produto está na altíssima exigência quanto a sua aplicação, uma vez que o produto final precisa formar um silo. Para isso, o produto tem que conter excelentes características químicas e mecânicas, para garantir proteção, resistência, durabilidade e um ambiente altamente vedado”, afirma Rodrigo Gerling, diretor da Extraplast, empresa de Carazinho (RS) parceira da Braskem para desenvolvimento do produto desde 2013. No caso da companhia gaúcha, alguns de seus maiores clientes são os produtores de leite de todo o Brasil.
Já paranaense a Manuli Fitasa comercializa os filmes desde 2016, para embalagem de fardos de silagem, e vê o mercado brasileiro com otimismo. Apostando no crescimento, a empresa espera alcançar participação de 30% no mercado doméstico de wrap neste ano. Martinho Hendrikx, produtor de fardos de silagem em Holambra (SP), comprova a eficácia do wrap no campo. Ele embala cerca de 20 mil fardos de silagem pré-secada por ano - cada fardo com 150 quilos e 100% adubado com adubos orgânicos - o que equivale a aproximadamente 740 bobinas. “O filme de PE protege o capim dos efeitos da luz e do ar, mantendo-o novo por até oito meses no campo”, afirma. Satisfeito com a demanda crescente pelos fardos de silagem, ele agora pretende dobrar sua produção de feno pré-secado até o final de 2018, para 110 hectares, com distribuição nacional e garantia de uma boa embalagem e proteção.
CONFRATERNIZAÇÕES ANIVERSÁRIOS CASAMENTOS FESTAS
ESPECIALIDADES: COSTELA DE CHÃO PORCO DE CHÃO PORCO NO ROLETE GALINHADA VACA ATOLADA FEIJOADA FEIJÃO TROPEIRO ARROZ CARRETEIRO
coelhoeventosembu@gmail.com
https://www.facebook.com/bardocoelho1 REVISTA 100% CAIPIRA |17
(11) 96706-2934
CANA-DE-AÇÚCAR
Cana-de-açúcar faz
economia
sair da crise Beneficiadas pela expansão do setor sucroalcooleiro nos últimos anos, as regiões Norte e Noroeste de São Paulo, representadas por Araçatuba, Bauru, Presidente Prudente e São José do Rio Preto, tiveram crescimento positivo do PIB (Produto Interno Bruto) de 1% em 2016 Fonte: Diário do Grande ABC
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e, com isso, “já saíram da crise”
B
eneficiadas pela expansão do setor sucroalcooleiro nos últimos anos, as regiões Norte e Noroeste de São Paulo, representadas por Araçatuba, Bauru, Presidente Prudente e São José do Rio Preto, tiveram crescimento positivo do PIB (Produto Interno Bruto) de 1% em 2016 e, com isso, “já saíram da crise”, segundo declarou o gerente de indicadores econômicos da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), Vagner Bessa, ao jornal Valor Econômico. O órgão, ligado ao governo estadual, acaba de divulgar análise sobre a evolução do PIB no Estado de São Paulo com projeção sobre as mudanças no perfil econômico das regiões. A tendência é que a cultura da cana-de-açúcar mantenha a expansão no Interior do Estado, acentuando a mudança que vem sendo registrada há uma década e meia. A cana-de-açúcar chegou para ficar, disse Bessa na entrevista, que sinaliza ainda a continuidade da desconcentração da atividade industrial para fora da Região Metropolitana da Capital, a curto e médio prazos. Incentivo a biocombustíveis No novo cenário, as culturas de soja e algodão, além de pastos para a criação pecuária, foram substituídas por plantações de cana-de-açúcar, que se transformou no principal produto da pauta exportadora do Estado. Na visão de Bessa, a agropecuária vem mudando “drasticamente” seu perfil no Estado de São Paulo, com redução da diversificação de culturas. Segundo ele, isso é explicado por política deliberada do governo federal de incentivar a produção de biocombustíveis derivados da cana. Açúcar pega carona Nos últimos anos, com a alta dos
preços no mercado internacional, o açúcar refinado também apresentou crescimento, o que levou à substituição de segmentos industriais mais tradicionais, como os de couro e calçadista. Em muitos municípios, o complexo sucroalcooleiro chega a ser a atividade hegemônica, aponta o estudo. O lado positivo dessa tendência é que, pelo menos no ano passado, a economia se recuperou em parte do Estado, nas regiões de Araçatuba, Bauru, Presidente Prudente e São José do Rio Preto. Cidades médias Em relação ao PIB industrial, houve crescimento desse indicador na faixa de cidades entre 100 mil e 500 mil habitantes - um salto de 32,4% para 37,5% no período estudado, de 2002 a 2014, com destaque para as situados nas regiões de Sorocaba, Jundiaí e São José dos Campos. Uma série de fatores ajudou, e deve continuar ajudando, essas regiões a atraírem investimentos industriais. Entre eles destacam-se os gargalos de infraestrutura da Capital, que tem menos espaços disponíveis para a instalação de indústrias, a infraestrutura, como rodovias, os incentivos oferecidos por algumas prefeituras e a proximidade com a Região Metropolitana de São Paulo.
ocorre também no setor de serviços, a favor especialmente das regiões de Sorocaba e de Campinas. Avanços e recuos Em relação ao PIB, Osasco teve forte avanço, se beneficiando por ser município com alto grau de concentração das atividades de intermediação financeira. Jundiaí aumentou sua representatividade no ranking estadual. De outro lado, Diadema e Mauá saíram da lista das 20 maiores participações no PIB estadual, cedendo posição para Mogi das Cruzes e Bauru. A região formada por Diadema, Mauá, Santo André, São Bernardo, São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra reduziu sua participação de 13,4% para 11,8% no PIB, no período de 2002 a 2014. Ainda não foram computados os dados de 2015 e 2016, nessa pesquisa. Os critérios
Para chegar às conclusões, a Fundação Seade empregou metodologia desenvolvida pelo IBGE e órgãos estaduais de estatística, baseada no rateio, entre os municípios, do valor adicionado das principais atividades econômicas contidas no PIB do Estado, por meio de indicadores de cada uma delas, calculados com Fuga da metrópole base em resultados de pesquisas econômicas e registros administraDe acordo com o relatório da tivos. Fundação Seade acessado por esta coluna Contexto Paulista, há nítida Desaparecidos preferência pelas empresas por se instalarem fora das áreas metropoSegundo pesquisa divulgada em litanas. Cresceram, por exemplo, as 2016 pelo Plid (Programa de Locaparticipações das regiões de Jundiaí lização e Identificação de Desaparee de Piracicaba (de 2,6% para 4,2% e cidos), a cada ano 250 mil pessoas de 4,1% para 5,4%, respectivamente) desaparecem no Brasil sem deixar e dos outros municípios do Estado rastro. “Apesar da gravidade do pro(de 15,3% para 18,3%) no valor adi- blema, o tema tem recebido poucionado industrial. Além disso, as ca atenção do poder público”, diz regiões metropolitanas de Sorocaba o deputado estadual Gil Lancaster e Ribeirão Preto mantiveram ou fi- (DEM). A Assembleia Legislativa zeram crescer a sua importância no avalia duas propostas relativas à puvalor adicionado da indústria, ao blicidade de imagens de pessoas decontrário da Região Metropolitana saparecidas, com o objetivo de ajude São Paulo. A desconcentração dar a busca de familiares e parentes. REVISTA 100% CAIPIRA | 19
AVICULTURA
Fonte: Agência Estado
Brasil amplia acesso a mercados importadores de genética avícola Os serviços veterinários de Myanmar e de Madagascar aceitaram propostas de Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) apresentado pelo Brasil para embarque de ovos férteis e pintos de um dia, informou o Departamento de Saúde Animal (DAS) do Ministério da Agricultura Com isso, Myanmar e Madagascar passam a integrar grupo de cerca de 50 países das Américas, Oriente Médio, África, Europa e Ásia que importam regularmente material genético avícola do Brasil. “O acesso e a manutenção de mercados importadores de ovos férteis e pintos de um dia possuem viés estratégico para o Brasil, na medida em que 20| REVISTA 100% CAIPIRA
evidenciam reconhecimento da condição sanitária do plantel avícola brasileiro na comunidade internacional”, disse em nota Rodrigo Padovani, coordenador substituto de Trânsito e Quarentena Animal. De acordo com o Ministério, as negociações sanitárias foram iniciadas no segundo semestre do ano passado, depois de ações de prospecção de merca-
dos realizadas pela pasta e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Na época, Myanmar e Madagascar demonstraram interesse em desenvolver cadeias produtivas de ovos e de aves. Entre os grandes produtores avícolas, o Brasil é o único país que nunca registrou ocorrência de influenza aviária de alta patogenicidade, lembrou Padovani.
CAFÉ
Exportação de café volta a cair e frustra expectativas As vendas externas de café voltaram a recuar em julho deste ano, frustrando as expectativas do setor exportador do país As vendas externas de café voltaram a recuar em julho deste ano, frustrando as expectativas do setor exportador do país. Os embarques caíram 11% na comparação com igual mês de 2016, para 1,752 milhão de sacas, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé). Os números incluem café verde, torrado e moído e solúvel. A receita com as exportações no mês passado também caiu, uma vez que a alta dos preços médios não foi suficiente para compensar o volume menor. O montante totalizou US$ 283,4 milhões, queda de 7,3% na comparação com julho de 2016. O preço na exportação no mês subiu 4,1%, para US$ 161,78 por saca. “Alguns fatores influenciaram o volume, que ficou foi abaixo do que havía-
mos estimado”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé, em nota. “Os estoques de passagem estavam em níveis reduzidos. Além disso, a nova safra entrou em velocidade reduzida, enfraquecendo a oferta”, acrescentou. Ele afirmou, contudo, que a expectativa é que até setembro as exportações retomem “os níveis normais”, com a entrada de café colhido no mercado. Do volume exportado em junho, 1,498 milhão de sacas foram de arábica, com queda de 6,9%. As vendas externas de conilon caíram 57,3%, para 16,346 mil sacas, ainda refletindo a menor oferta da espécie no Brasil, após a forte seca dos últimos dois anos no Espírito Santo. Os embarques de café solúvel caíram 25,4%, para o equivalente a 235,6 mil sacas.
Com o resultado de julho, as exportações nos primeiros sete meses do ano caíram 8% na comparação com o mesmo intervalo de 2016, para 16,787 milhões de sacas. A receita com os embarques de café no período subiu 7,2% na comparação com janeiro a julho de 2016, para US$ 2,891 bilhões. Do volume embarcado, 14,77 milhões de sacas foram de arábica, com recuo de 5,5%. As vendas externas de conilon despencaram de janeiro a julho, refletindo a menor oferta. Os embarques somaram só 135 mil sacas, com queda de 70,6% ante igual período de 2016. As exportações de café solúvel somaram o equivalente a 1,860 milhão de sacas no acumulado do ano, queda de 13,4% na mesma comparação, segundo o Cecafé. Fonte: Portos e Navios REVISTA 100% CAIPIRA |21
NUTRIÇÃO ANIMAL
De Heus inaugura Laboratório de Qualidade em Rio Claro
Laboratório que teve investimento de R$ 5 milhões, contará com integração global A multinacional De Heus, especialista em nutrição animal, inaugurou o seu Laboratório de Qualidade ontem, na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo. Esse é apenas o primeiro de uma série de três eventos que representam o crescimento da empresa no País – os demais serão em Toledo e em Londrina, no Paraná. Na comemoração estavam presentes Koen De Heus, CEO Global da empresa; e Ton van der Laan, membro do Board do Grupo Royal De Heus, que vieram especialmente da Holanda para prestigiar as novidades. Hermanus Wigman, presidente da empresa no Brasil, resumiu o sentimento de satisfação com os passos futuros da De Heus na região e no País. “A palavra que podemos usar para isso é evolução – em qualidade, competitividade e ren22| REVISTA 100% CAIPIRA
tabilidade. É um olhar para o futuro, dos nossos negócios e de todos aqueles que estão ao nosso redor. É exatamente isso que a De Heus se propõe a fazer desde o dia da sua fundação: ter um espírito inovador e a busca incessante pela evolução”, afirma. Ele salientou, durante o evento, o crescimento constante da empresa nos cinco anos de Brasil e o reconhecimento do mercado, que permitiu solidificar essa imagem e ampliar o número de funcionários em 60%. O prefeito de Rio Claro, João Teixeira Júnior, assim como outras autoridades locais, esteve presente no evento para conhecer o novo projeto. “As pessoas estão mais preocupadas com a questão de alimentação animal, e a De Heus vem agregar ainda mais em tecnologia e inovação para a região”, disse.
O novo laboratório conta com uma estrutura de 270 m², equipamentos de última geração, equipe especializada em análises nutricionais de alta precisão, e ampliará o espectro qualitativo das análises de ingredientes e produtos acabados da empresa. Um grande diferencial do laboratório da De Heus será sua integração à rede laboratorial mundial da empresa e também a processos internacionais de proficiência, em organizações como o BIPEA, alinhando-se aos melhores padrões laboratoriais do mercado internacional. Para implantar o novo laboratório, a empresa investiu cerca de R$ 5 milhões nas instalações, além dos investimentos em contratação e formação de equipe especializada. Jornalista Responsável: Euracy Campos Atendimento: Alessandra Sabbag 11 - 3031 6982 Ð? 99642 9338
SOJA
Exportação de soja do Brasil no ano já supera o total registrado em 2016
Embarques de milho também apresentaram alta; nas duas primeiras semanas de agosto a comercialização do grão somou 1,77 milhão de toneladas As exportações de soja em 2017 pelo Brasil, maior exportador global da oleaginosa, já superam os embarques registrados em todo o ano passado, de acordo com dados parciais de agosto divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Até a segunda semana de agosto, o Brasil havia exportado 53,37 milhões de toneladas de soja, ante 51,58 milhões de toneladas de janeiro a dezembro de 2016, segundo dados da Secex e do Ministério da Agricultura. Nas duas primeira semanas de agosto, conforme a Secex, as exportações somaram 2,424 milhões de toneladas de soja, o principal produto de exportação do país.
As exportações maiores ocorrem após a colheita de uma safra recorde no país, de 114 milhões de toneladas em 2016/17, ante 95,4 milhões na temporada anterior, atingida pela seca. As exportações, pelos dados do governo, estão perto de superar o recorde histórico de 54,3 milhões de toneladas, registrado em 2015. A Abiove, que representa a indústria de soja do Brasil, estima as exportações do produto em 64 milhões de toneladas. Isso significa que um volume de cerca de 10 milhões de toneladas de soja ainda disputará espaço com o milho nos terminais de exportação nos próximos meses --essa questão é apontada por alguns analistas como
um dos fatores para os embarques de cereal ainda não estarem mais acelerados. As exportações de milho nas duas primeiras semanas de agosto somaram 1,77 milhão de toneladas, o que leva o total no acumulado do ano para 7,30 milhões de toneladas. A Anec, que representa os exportadores de cereais, estima os embarques do cereal do país em 30 milhões de toneladas em 2017, o que representaria uma recuperação importante ante o ano passado, quando somaram 21,8 milhões de toneladas. O Brasil é o segundo exportador global de milho, atrás dos Estados Unidos, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Fonte: Reuters REVISTA 100% CAIPIRA | 23
MERCADO FLORESTAL
Madeira é tão resistente quanto o aço, diz engenheiro Alan Dias, da A Carpinteria, será um dos palestrantes do 4º Simpósio Madeira & Construção, que acontece entre os dias 20 e 21 de setembro, em Curitiba (PR) Escassez de água, p oluição crescente, problemas com a biodiversidade. Esses são temas que vêm sendo discutidos no mundo inteiro na busca p or s oluçõ es que p ossam mudar uma realidade preo cupante. A p ergunta que f ica é: como cuidar do planeta e deixar um legado para o futuro? Na opinião de Alan Dias, engenheiro e só cio-diretor da empresa C ar pinteria Estr uturas de Madeira, de São Paulo (SP), um dos grandes problemas hoje é que o homem vem extraindo pro dutos que não são renováveis, mesmo existindo na natureza op çõ es renováveis. “Recursos naturais não são inf initos, mas alguns são renováveis. S e continuarmos extraindo pro dutos que não são renováveis, em algum momento eles vão acabar”, garante. É com base niss o que o engenheiro resolveu ap ostar numa forma sustentável de trabalhar na constr ução civil, ap ostando 24 | REVISTA 100% CAIPIRA
na utilização da madeira como material constr utivo. Hoje, ele é um dos grandes incentivadores do tema no Brasil e um dos maiores esp ecialistas no assunto. Por conta da vasta exp eriência, Dias será um dos palestrantes do 4º Simp ósio Madeira & C onstr ução, que acontece entre os dias 20 e 21 de s etembro, no auditório do C entro de Ciências Florestais e da Madeira (Cif loma), lo calizado no campus Jardim B otânico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). “A constr ução civil é a segunda economia mundial mais antiga, mas, hoje, é um completo caos, uma bagunça total, com p oluição s onora e grande geração de resíduos. Numa obra, diversas p essoas estão fazendo um trabalho que p o deria ter sido pré-fabricado. Além disso, o concreto é o segundo material mais consumido p ela humanidade, algo p esado, de dif ícil transp or te, que traz um gasto de energia imenso e que é res-
p onsável p or 5% a 8% de to da a emissão de CO2 no meio ambiente. 47% da emissão de dióxido de carb ono do mundo vem da constr ução civil. Não p o demos ignorar esses números. Por isso, o que prop omos é uma esp écie de ‘dieta’ neste setor : menos concreto, menos aço e mais madeira”, declara. Para o engenheiro, a p opularização da madeira hoje esbarra na falta de conhecimento dos prof issionais de Arquitetura e Engenharia. No caso da madeira engenheirada, p or exemplo, uma madeira proveniente de f loresta plantada e utilizada p ela C ar pinteria em suas obras, Dias cita que p elo material ser colado, é p ossível eliminar todos os nós e, assim, alcançar p eças muito mais resistentes e mais homogêneas. “Po de-se conf iar nas propriedades deste material, p orque quando se cola a madeira, ela torna-se tão resistente quanto o aço. C om o aumento do uso da Ma-
Fonte: Interact Comunicação
deira L aminada C olada e do CLT, praticamente temos um pro duto 100% homogêneo e de alta conf iabilidade. Por tanto, para a madeira se tornar mais p opular, basta haver incentivos de informação. Uma vez que se quebra o preconceito, os prof issionais envolvidos nesta cadeia nunca mais s erão os mesmos! Aconselho acompanhar sites internacionais de Arquitetura, como p or exemplo o Dezeen e o Archdaily. 50% das publicaçõ es atuais são em madeira”, af irma. S obre os preconceitos que envolvem a constr ução com madeira, como p or exemplo o medo de o material não ser resistente ao fogo ou ser mais suscetível ao ataque de insetos, o engenheiro garante que esses já não são mais problema há muito temp o. S egundo ele, a madeira é extremamente s egura, p ois quando exp osta ao fogo, cria uma “crosta carb onizada como proteção natural ao miolo” e, p or isso, não deforma. “O aço, em
750°, deforma e cai. O concreto explo de. Mas com a madeira não acontece nada disso. Na Europa já s e sab e que a madeira é muito mais s egura que o aço e o concreto. No Brasil esse assunto ainda é um grande tabu, mas diversos estudos realizados no L ab oratório de Madeiras e Estr uturas de Madeiras (L aMEM), da Universidade de São Paulo (USP), mostram a evolução da madeira na exp osição ao fogo e provam o que estamos dizendo”, garante. Para garantir to da a qualidade deste material, Dias aler ta que é fundamental utilizar matéria-prima cer tif icada e legalizada. Ele sugere que o prof issional que vai esp ecif icar a madeira consulte ass o ciaçõ es, como o Green Building C ouncil Brasil (GB C Brasil), o L eadership in Energ y and Environmental Design (LEED) e o AQUA, p or exemplo, que p o dem auxiliar na escolha dos materiais e méto dos mais sustentáveis para
a obra. “O uso da madeira rende muitos p ontos, já que é o único material estr utural que sequestra CO2 na sua pro dução. Além disso, hoje é p ossível fazer tudo com madeira, inclusive prédios. Precisamos ap enas de estratégias que disseminem o uso desse material. Vamos ajudar a fazer isso, incentivando o uso e provando que a madeira p o de ser usada para f ins estr uturais. Fora do Brasil os países estão há muitos anos na nossa f rente. Na Europa, p or exemplo, é obrigatório que 30% de to da constr ução tenha madeira p or conta do sequestro de carb ono. Tenho esp erança que isso aconteça aqui no Brasil tamb ém. Por iss o, um evento como o Simp ósio Madeira & C onstr ução é fundamental para reunir prof issionais e entusiastas do uso da madeira na constr ução e, quem sab e, ditar o que s erá feito no futuro da constr ução em madeira no Brasil”, completa. REVISTA 100% CAIPIRA |25
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LOGÍSTICA E TRANSPORTE
Movimentação de açúcar por ferrovias cresce 187% em 10 anos no Brasil
No último mês de julho, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou o Anuário do Setor Ferroviário, com o objetivo de consolidar e divulgar os principais dados na movimentação de carga por ferrovias durante o período de 2006 a 2016 O Anuário indicou que a movimentação de açúcar, soja e farelo de soja por via férrea apresentou um crescimento de 28,9% durante o período de 2006 a 2016. No último ano, o açúcar foi responsável pela movimentação de 14,359 milhões de toneladas, enquanto a soja e farelo de soja totalizaram 22,820 milhões de toneladas na malha ferroviária brasileira. Thiago Guilherme Péra, coordenador do ESALQ-LOG - Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da ESALQ/USP -Piracicaba, comentou a situação da logística ferroviária para as cargas agrícolas no país, envolvendo soja, farelo de soja, e, principalmente, o açúcar. “É interessante notarmos que no período analisado, o crescimento do transporte ferroviário de açúcar foi na ordem de 187,2% em termos absolutos, passando de 4,9 milhões para 14,359 milhões de toneladas movimentadas. Tal crescimento é bastante expressivo e decorrente dos fortes investimentos em infraestrutura pelo setor sucroenergético, principalmente em grandes regiões de produção dentro 28 | REVISTA 100% CAIPIRA
do estado de São Paulo”, comenta Péra. Apesar de números expressivos, a situação para a movimentação da soja é oposta à do açúcar, que diminuiu a movimentação ferroviária de 23,849 milhões em 2006 para 22,820 milhões de toneladas em 2016. “Houve uma retração na movimentação do transporte ferroviário desses produtos no período analisado, algo oposto do que ocorreu no sistema de produção. No mesmo período tivemos um aumento da produção passando de 78,6 milhões em 2006 para 126,4 milhões de toneladas em 2016”, aponta o coordenador. Em 2006, a movimentação ferroviária representava 30,33% da produção de soja e farelo de soja no país, enquanto em 2016 tal relação passou para 18,05%. Para o açúcar, em 2006 a relação entre movimentação ferroviária e produção no Centro-Sul brasileiro era de 19,38% e passou para 40,30%, de acordo com análises do Grupo ESALQ-LOG, com base nos dados da ANTT. “Quando analisamos a relação entre movimentação ferroviária e produção agrícola nos dois diferentes
períodos, notamos que, para o setor de açúcar, tivemos uma efetiva diversificação da matriz de transporte com um crescimento ferroviário acima do crescimento da produção, algo oposto ao que tivemos para soja e farelo de soja, setor no qual a movimentação ferroviária não conseguiu acompanhar o aumento da produção ao longo do tempo.” Segundo Péra, diversificar a matriz de transporte é fundamental para aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro. “Precisamos aumentar a oferta de transporte ferroviário, principalmente em regiões com grandes volumes de produção associados a uma alta dependência do modal rodoviário em rotas de longas distâncias. Esperamos que o crescimento da movimentação ferroviária de cargas agrícolas no país seja superior ao aumento da produção, para termos uma efetiva diversificação da matriz de transporte e possamos ganhar competitividade, trazendo maiores benefícios econômicos, ambientais e sociais para o agroFonte: Esalq-LOG negócio.”
OGÂNICOS
Cresce a
comercialização de orgânicos com incentivos do Governo Alimento saudável, sem agrotóxicos e com garantia de qualidade. São produtos frescos, cultivados em hortas, indo direto para a mesa das famílias brasileiras Fonte: Assessoria de Comunicação Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Alimento saudável, sem agrotóxicos e com garantia de qualidade. São produtos frescos, cultivados em hortas, indo direto para a mesa das famílias brasileiras. Essa é a ideia de agricultores familiares da região de Campo Grande (MS), que, preocupados com a saúde da população, investiram em agricultura orgânica e aumentaram suas produções, graças a incentivos de programas do Governo Federal, executados pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead). A partir desse desejo de fornecer cada vez mais produtos orgânicos para a região, surgiu a ideia da Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Agricultura Familiar de Campo Grande (Organocoop). “Na nossa Cooperativa, tudo é oriundo da agricultura familiar. Isso valoriza nosso trabalho e certifica que aquele produto tem qualidade”, garante Vanderlei Azambuja Fernandes, 47 anos, presidente da Organocoop. Com o acesso ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), eles investiram em maquinários para facilitar o trabalho no campo, e passaram a comercializar por meio de chamadas públicas como a realizada, por exemplo, pela Central de Distribuição de Alimentos do estado e através de cotação para da Santa Casa - Associa-
ção Beneficente de Campo Grande. A Organocoop atualmente conta com 48 associados, sendo 90% agricultores familiares. Vanderlei participa do Pnae e do PAA desde 2012. Outros associados também seguiram esse caminho e, em 2017, a Cooperativa contabiliza 11 produtores comercializando para os programas, sendo o único grupo de orgânicos da região de Campo Grande a participar. Essa iniciativa reflete diretamente na produção: antes, eram colhidas pela Organocoop cerca 3,2 mil toneladas de alimentos por ano e, após o acesso aos programas, a produção subiu para 4 mil. Maria Aparecida Brito, de 45 anos, é uma associada que comercializa para os programas executados pela Sead. A agricultora investiu em sua propriedade com a compra de trator, roçadeiras e pulverizadora elétrica para dar conta de atender à demanda. “Antes eu vendia 12 caixas de banana na feira. Depois do PAA, tripliquei esse número. Isso me dá a oportunidade de produzir cada vez mais”, conta com orgulho. Parcerias Outro projeto de agricultura orgânica de Campo Grande é o Terra Benta, formado por um grupo de amigos, que tinha o anseio de trabalhar diariamente com a mão na terra. Para os
idealizadores, a terra é sagrada e a natureza precisa ser respeitada. O projeto, que está há quase dois anos sendo desenvolvido, iniciou seus trabalhos através de uma pesquisa de campo com o consumidor final. A partir daí, nasceu a Terra Benta e, garantir alimentos sempre fresquinhos é a principal missão da fazenda. A área de produção da propriedade foi pensada como estratégia para garantir, além da qualidade, agilidade e regularidade de entrega dos alimentos. “Tudo vem da terra. É originado por ela. O orgânico, nada mais é, do que o retorno às nossas origens”, diz um dos sócios da fazenda, Carlos Alberto Valle, 50 anos. O agricultor explica que a fazenda possui oito mil metros quadrados de área, com plantio de 12 espécies de hortaliças orgânicas e que já conta com dez pontos de vendas da produção na cidade. O projeto está buscando parceria com os cooperados da Organocoop com o objetivo de comercializar os alimentos cultivados pelos agricultores familiares da Cooperativa. “Todos que estiverem credenciados, poderão ser nossos parceiros. Vamos firmar parceria com os agricultores, sendo mais um elo de comercialização deles, como também comprando parte de suas produções”, finaliza Carlos. REVISTA 100% CAIPIRA |29
ANÁLISE DE MERCADO
Produtores brasileiros ficam sem espaço em silos com acúmulo de safras recordes Em um armazém na principal região agrícola do Brasil, o produtor Rafael Bilibio observa caminhões se enfileirando para descarregar milho no chão, a céu aberto, ao lado de enormes silos de armazenagem
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S eu própr io mi l ho, pronto p ara s er desp ej ado de um c amin hão de 50 tonel ad as que ac ab ou de chegar, est á dest inado a s e unir ao monte, que j á a lc anç a cerc a de 20 met ros de a ltura, uma ve z que os si los cont inu am cheios d a s oj a col hid a este ano no E st ado do Mato Gross o. “Pel a pr imeira ve z na histór i a, pro dutores aqui vão empil har uma col heit a em cima d a out ra”, diss e Bi libio, de 33 anos, que c u lt iva cerc a de 4.700 he ct ares de s oj a e mi l ho p er to de Vera , no mé dio-nor te do E st ado. D o Iowa à C hina, anos de s af ras re cordes e b aixos pre ços têm s obre c ar regado ar mazéns de mi l ho, t r igo e out ros a limentos b ásicos. A situ aç ão est á pressionando a rend a dos pro dutores e tor nando mais dif íci l p ara t radings como a Archer D aniels Mid l and e Bunge obterem lucros. Mas o Brasi l, maior exp or t ador mundi a l de s oj a e o s egundo em mi l ho, at rás dos E st ados Unidos, vê os g rãos s e amontorarem p or c aus a d a s egund a s af ra do cere a l, que histor ic amente é uma c u ltura de rot aç ão. A s egund a s af ra de mi l ho, ou “s af r in ha”, foi t ão g rande neste ano, e os pre ços est ão t ão b aixos, que os pro dutores não t iveram out ra op ç ão s enão deixá-l a exp ost a ao temp o. No Mato Gross o, a g rande col heit a tor nou as op çõ es p ara ar mazenagem p er manente aind a mais limit ad as, uma ve z que p arte d a pro duç ão re corde de s oj a aind a est á nos si los enqu anto pro dutores agu ard am uma re c up eraç ão dos pre ços. O ac úmu lo demonst ra os problemas de inf raest r utura na maior e conomi a d a Amér ic a L at ina, onde os crônicos garga los log íst icos foram piorados p el a re c us a de pro dutores a vender su a pro duç ão em meio à que d a
nos pre ços, com efeitos divers os. Os esto ques do Brasi l foram aind a aument ados p el a s af ra ext ra de mi l ho que s eu clima p ermite, e que de verá a lc anç ar 66,6 mi l hõ es de tonel ad as neste ano, de um tot a l de 97,2 mi l hõ es de tonel ad as. Pro dutores dizem que os estoques de g rãos p o dem aind a est ar l á qu ando a próxima col heit a de s oj a aconte cer em j aneiro, enqu anto os volumes de p ass agem p ara as du as commo dit ies ter minarão a temp orad a em máximas re cordes, s egundo est imat ivas do gover no e s etor pr ivado. A de cis ão de reter a s oj a o corre em out ros lugares do País, com os pre ços lo c ais d a s oj a cerc a de 23 p or cento mais b aixos, a 69 re ais p or s ac a, em rel aç ão a agosto de 2016, s egundo o Inst ituto Mato-g ross ens e de E conomi a Ag rop e c u ár i a (Ime a). A relut ânci a dos pro dutores em vender enxugou as margens de empres as como ADM e Bunge no ú lt imo t r imest re, uma ve z que as t radings de g rãos t iveram que p agar mais que o esp erado p el a s oj a p ara honrar compromiss os. “Eu vender i a min ha s oj a s e os pre ços a lc anç ass em 62 re ais p or s ac a”, diss e C ay ron Gi acomel li, out ro pro dutor do Mato Gross o. Houve ofer t as de 55 re ais na su a reg i ão, e ele aind a gu ard a de 15 a 20 p or cento d a s oj a col hid a na s af ra atu a l. S olu ç ão R ápi d a? Em dois ar mazéns próximos d as cid ades de S or r is o e Luc as do R io Verde, o mi l ho empi l hado à ceu ab er to d ar i a p ara a liment ar a lgo como 108 mi l p orcos p or um ano. C erc a de 3 p or cento do mi l ho deixado fora p o de s er p erdido, s egundo o presidente d a ass o ci aç ão de pro dutores Apros oj a, En-
dr igo D a lcin, mas o atu a l clima s e co re duz as chances d e o produto est ragar. As mont an has de g rãos s ão um testemun ho d a fa lt a de si los em Mato Gross o, onde o déf icit de ar mazenagem é est imado em 39 mi l hõ es de tonel ad as, diss e a Apros oj a. S endo assim, a lguns pro dutores est ão re cor rendo a uma s oluç ão rápid a e comum na Argent ina: os chamados “si los-b ag”, que consistem de longos re vest imentos de pl ást ico p ara esto c ar produtos no c amp o e protegê-los d a chuva e do vento. Mar i a Améli a Tirloni, que c u lt iva 5.500 he c t ares de mi l ho e s oj a em Tapura h, diss e que os problemas de inf raest r utura do E st ado colo c a os pro dutores no Brasi l em desvant agem. A lém d a dist ânci a ent re fazend as e merc ados consumidores, el a diz que as est rad as s ão r uins e insuf icientes. “A quest ão de ar mazenagem t amb ém tor na pro dutores reféns de t axas de f rete abusivas durante a col heit a”, diss e Tirloni. Tapura h, que f ic a longe d a fer rov i a, dep ende de c amin hõ es, os qu ais f re quentemente ro d am mais de 2.100 qui lômet ros até o p or to. S ej a como for, os pro dutores terão que ar ranj ar esp aço p ara su a próxima s af ra de s oj a, pl ant ad a em s etembro e col hid a em j aneiro, qu ando for tes chuvas p o der i am colo c ar su a g rande pro duç ão em r is co. C om o mi l ho d a s egund a s af ra, o Brasi l aumentou exp ort açõ es ent re ess es mes es, mas rest am dúv id as s obre s e os produtores s erão c ap azes de mover to d a su a pro duç ão agora. “E ss a situ aç ão p o de afet ar a próxima s af ra de s oj a s e o mi l ho não for vendido”, diss e D a lcin. “E st amos pre o c up ados com a fa lt a de esp aço.” Fonte: Reuters REVISTA 100% CAIPIRA |31
ENERGIAS RENOVÁVEIS
Propriedades investem em energia solar Micro e mini geração distribuída superam a marca histórica de 100 MW Fonte: LN Comunicação
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Segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) as linhas de geração distribuídas, produzidas pelo próprio consumidor, obtiveram um aumento de mais de 200% quando comparado entre junho de 2016 a junho de 2017. Neste um ano foram contabilizadas quatro mil conexões. Hoje já superou a marca de 12 mil conexões e ultrapassou 100 MW (Mega Watts). O sistema de energia fotovoltaica, ou seja, de energia solar, pode ser aplicado em qualquer negócio ou residência. Gradativamente, as pessoas e empresários estão se conscientizando sobre o valor de preser var o meio ambiente e buscam alternativas tecnológicas e eficientes para serem adotadas. O país dispõe de um benefício – principal produto para produzir energia solar - que vale ouro e, ao mesmo tempo, é de graça: o sol. Num cenário de 12 mil conexões, 42% estão instaladas em residência e logo em seguida vem o comercial com 37%. Outro segmento que tem aberto as portas para a sustentabilidade é o agronegócio. “Este sistema, quando conectado à rede, poderá atender toda a demanda de energia solar em diversas atividades: alimentação de bombas d´agua para irrigação; geração de energia em granjas; retiradas de águas de poços; gerar energia para máquinas; iluminação, além de outras variáveis”, comenta Denilson Tinim, especialista e vendedor técnico da
multinacional austríaca Fronius Investimentos - Muitas fazendas e propriedades rurais estão investindo neste sistema e tornando um grande aliado na redução do consumo de energia e de seu bolso. Uma das fazendas que adotou o sistema de energia fotovoltaica da Fronius foi a Fazenda Rio da Mata de Propriedade da Beabisa Agricultura Ltda , localizada em Morro do Agudo (interior de São Paulo). De acordo com o gerente de controladoria da fazenda, Alex Vicari, “valeu a pena instalar todo o sistema, principalmente, pela redução dos custos e pela questão da sustentabilidade”. A fazenda com 710 hectares, investiu cerca de R$163 mil em energia fotovoltaica. E desde a instalação em fevereiro de 2017, já economizou em torno de R$ 10.000,00. “Além da redução com gastos e com a emissões de gás carbônico, estamos contribuindo para a diminuição do desmatamento. Só neste período, ajudamos a preser var cerca de 200 ár vores e deixamos de lançar mais de sete toneladas de CO2 na atmosfera. A energia gerada é utilizada para consumo na própria fazenda geradora e também em nosso escritório, economizando cerca de 90% após a instalação” ressalta Vicari. Para ele é imprescindível pesquisar o assunto e buscar empresas idôneas para realizarem os ser viços. “Escolhemos a Fronius, principalmente, pela confiabilidade e pelo software de acompanha-
mento em tempo real da geração e do consumo de energia”, explica Alex. Economia na cidade - A conscientização caminha, paulatinamente, mas vem ganhando espaço com o decorrer dos anos. Um dos moradores da maior metrópole do Brasil abraçou a causa e implantou o sistema fotovoltaico em sua residência, como foi o caso do engenheiro Clemente Gauer, 36, do Campo Belo (SP). “Foi uma decisão muito bem pensada e válida. Investimos R$ 12 mil em abril de 2015 com os equipamentos da Fronius e hoje pago somente a assinatura da energia elétrica, que gira em torno de R$ 20,00. O sistema abastece toda a casa e estamos muito contentes. Soubemos escolher uma empresa com boa reputação no mercado”, ressalta Clemente. A multinacional austríaca Fronius - líder em tecnologia no setor fotovoltaico - já vendeu mais de sete mil inversores. De acordo com Denilson Tinim, os inversores para residências representam 75% das vendas da Fronius. As placas são conectadas aos inversores solares (inversor solar da Fronius), responsáveis por converterem a energia gerada em eletricidade. A energia solar fotovoltaica é uma das fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Países como Estados Unidos, Alemanha, China, Itália, Japão e Espanha já estão usando todo o potencial do Sol em grande escala. REVISTA 100% CAIPIRA |33
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FLORES
Plante suas flores desde a semente Saiba
como
cultivar
flores, os benefícios e dicas para deixar sua Fonte: Hochmuller Comunicação
Ter uma horta de flores traz muitos benefícios. Além de colorir e embelezar a nossa casa, algumas espécies como a Tagete funcionam como repelentes naturais, que ajudam a manter insetos longe da horta. Já a lavanda e a Calêndula perfumam a casa. A Amor-Perfeito, de sabor adocicado, e a Capuchinha, com gosto levemente apimentado por exemplo, são flores comestíveis que podem dar um toque todo especial nos seus pratos. São aproximadamente 100 espécies de flores oferecidas pela Isla Sementes, todas podem ser plantadas em vasos ou canteiros. Assim como uma horta de hortaliças, as flores também precisam de cuidados. Para isso, saber a melhor época para plantio, como adubar, podar, entre outros cuidados importantes ajudam a manter o seu jardim florido e saudável. Oldemar Diniz, idealizador do blog ‘Projeto Verdejar’ no Instagram já planta há muito tempo e dá dicas de como manter um belo jardim. “Aqui na horta do Verdejar já cultivei e cultivo algumas 36 | REVISTA 100% CAIPIRA
horta mais colorida flores, como: Cravo Chabaud, Zinias Gigantes da Califórnia, Zinias Lilliput, Girassóis tanto do amarelo como o vermelho, Onze Horas, Elegans Bicolor, Tagetes, Capuchinhas, entre outras. E o segredo para todo e qualquer tipo de flor está no substrato usado”, conta ele, complementando que o substrato é que vai ditar todo o ritmo de crescimento e também determinar a floração de cada um destes cultivares. Ele explica ainda que utiliza um substrato 2-1. Ou seja, para cada 2 partes de terra ele utiliza 1 parte de esterco de gado curtido. Segundo Oldemar, esta primeira adubação é fundamental para que quando a semente começar a germinar, as raízes encontrem os nutrientes necessários e a planta produza folhas saudáveis. Além disso, este substrato precisa ser leve, bem drenado e livre de sementes invasoras, pois ele conta que estes fatores influenciam e muito a qualidade das flores no futuro. Você pode encontrar o substrato e demais mate-
riais em agropecuárias, floriculturas e lojas especializadas. Outras dicas importantes vêm da Carol Costa, que comanda a Websérie #MinhaHorta. A especialista sugere a cobertura do fundo do vaso com uma camada de argila expandida, depois uma camada de areia e por último completar com terra. “Em um mesmo vaso é possível ter diferentes flores. Escolha um vaso grande o suficiente para que elas possam se desenvolver e faça seu arranjo natural. Plante primeiro em uma sementeira. Isso ajuda as mudas a receberem a quantidade ideal de água desde o primeiro dia de plantio. Outra vantagem é que na hora de transplantar para o local definitivo você terá uma noção melhor de quanto espaço cada flor precisa no vaso”. Depois dessas dicas é só escolher as flores que mais gosta, colocar a mão na terra e esperar seu jardim florescer lindo e colorido.
AQUICULTURA E PESCA
Resolução do CFMV regulamenta RT em estabelecimentos que cultivam ou mantêm organismos aquáticos
A resolução busca detalhar as obrigações do profissional responsável técnico, levando em conta as demais normas do CFMV que também tratam de responsabilidade técnica, como as resoluções nº 582/1991, nº 683/ 2001 e nº 1041/ 2013 Foi publicada na última terça-feira (15), no Diário Oficial da União, a Resolução CFMV nº 1165 de 11 de agosto de 2017, que regulamenta a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e o registro de profissionais de estabelecimentos que cultivam e mantêm organismos aquáticos. A resolução busca detalhar as obrigações do profissional responsável técnico, levando em conta as demais normas do CFMV que também tratam de responsabilidade técnica, como as resoluções nº 582/1991, nº 683/ 2001 e nº 1041/ 2013. A Resolução CFMV nº 1165 foi proposta pelo GT de Aquicultura, criado pelo CFMV em 2015. No início deste ano, passou por consulta pública e contou com contribuições de diversas entidades e da sociedade civil. Segundo o presidente do GT, o médico veterinário Eduardo Azevedo, a
resolução vem para facilitar as relações de trabalho e trazer maior segurança jurídica. “Com ela, pretendemos proteger quem está contratando e também o profissional, evitando problemas de relação de trabalho”, diz. Azevedo também explica que a resolução visa aumentar a produtividade e a competitividade entre os estabelecimentos. “Assim podemos garantir a saúde, o bem-estar animal e a qualidade dos alimentos, bem como a saúde coletiva”. Ele esclarece ainda que os estabelecimentos que já seguem a legislação não terão custos adicionais. Sobre a resolução O texto da resolução esclarece que os estabelecimentos de cultivo e manutenção de organismos aquáticos incluem aqueles usados para reprodução e produção, ensino, recreação, aquários
de visitação, entre outros. A resolução também lista as funções do RT, médico veterinário ou zootecnista, no exercício de suas funções. Entre elas, estão a de orientar e verificar que o estabelecimento tenha mecanismos de controle, regulação e avaliação dos serviços prestados; oriente a destinação de resíduos; seja responsável pela qualidade dos insumos produzidos; implemente ações de boas práticas de aquicultura; entre outras. O RT médico veterinário deve ainda ser responsável pela avaliação sanitária e saúde dos animais que ingressem no estabelecimento, pelo uso responsável dos produtos veterinários e pela prevenção e controle de doenças e infecções que podem causar danos à saúde pública. A resolução entra em vigor seis meses após sua publicação no Diário Oficial. Fonte: Assessoria de Comunicação CFMV REVISTA 100% CAIPIRA |37
BOVINOS DE CORTE
Pecuarista busca parceiros no Brasil para elevar produção de gado wagyu A raça de origem japonesa é famosa pelo marmoreio de seus cortes e chega a custar R$ 200 em restaurantes da capital paulista. No atacado, animais machos e puros valem até R$ 12 mil
O
alto valor da carne bovina de animais da raça wagyu nos restaurantes de grandes centros e a demanda crescente pelo produto levou o produtor Daniel Steinbruch, da Kobe Premium, Fazenda Agélica, em Americana (SP) a criar um sistema de parceria para ampliar o abate . Ele se dedica há 11 anos à criação de animais da raça de origem japonesa, famosa pela grande quantidade de marmoreio - que é a gordura entremeada da carne - que dá um sabor único aos cortes oriundos de animais wagyu. O rebanho brasileiro é de 3,5 38 | REVISTA 100% CAIPIRA
mil cabeças que pertencem a 25 criadores. Mas, segundo Steinbruch, há espaço para mais. “Tem muita oportunidade para quem quiser investir na raça”, garante. Ele abate 10 animais por mês na propriedade de 240 hectares das quais 80 são destinados à criação de um rebanho de 500 cabeças. O pecuarista pretende abater 60 animais por mês em três anos. Para isso, passou a oferecer um sistema de parceria para outros produtores, no qual vende animais e garante a compra dos bezerros a preços que variam entre 1,6 vez a 2,2 vezes a arroba, conforme a qualidade da carne. Ele já conta com
cinco parceiros nos Estados de Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso. De acordo com ele, a iniciativa visa, em partes, exportar carne da raça da japonesa a partir do Brasil. “A meta é que a propriedade tenha o volume necessário para isso em três anos”, planeja. O produtor explica que hoje, o bife ancho pode ser vendido por US$ 100 no Brasil o quilo. “No Japão, esse valor chega a US$ 1 mil o quilo e na Europa por 300 euros”, compara Steinbruch. Ele garante que o Brasil tem genética para fazer animais capazes de competir em qualidade com o produto australiano ou japonês. “No
ano passado fizemos um animal com marmoreio 12, criado da mesma forma que no Japão. Quando tivermos mais animais disponíveis para criamos desta forma, vamos apostar nisso e exportar”, afirma o pecuarista. Segundo ele, para criar um animal tão valorizado no mercado os custos não são pequenos. “O investimento médio por cada animal puro desde a fertilização até o abate é de R$ 5,5 mil”, afirma. O aporte compreende todas as etapas de criação (cria, recria e engorda) até o abate do animal, que dura quatro anos “Vendemos cada animal puro por até R$ 10 mil a fêmea e R$ 12 mil o macho no atacado. Garanto ao produtor que essa conta fecha”. Se no Japão os animais da raça são alimentados com cevada e arroz, e diz a lenda, até ouvem música clássica, no Brasil se alimentam a pasto
desde a desmana - quando o animal tem oito meses e pesa 230 quilos - até os 18 meses, quando o bovino ingressa no confinamento, onde permanece até 28 meses e recebem silagem de sorgo, farelo de soja, milho e trigo. O gado vai para o abate com 26 arrobas, o equivalente a 750 quilos. Steinbruch também planeja inaugurar, no primeiro semestre de 2018, um entreposto para a desossa dos animais e industrialização dos cortes, com capacidade para abate de 400 bovinos por mês. A intenção é oferecer um local capaz de atender às peculiaridades da desossa da raça e capaz de abater outros animais. Cruzados Há oportunidades também para quem investe no cruzamento do gado japonês com raças de origem europeia. É o caso de George de Toledo
Gottheiner, da Estância do Bosque, com propriedades em Aquidauana (MS) e em Boituva (SP), que produz gado wagyu cruzado com Brangus. “O mercado é exigente e não temos criadores o suficiente para atender a demanda. Precisamos de mais parceiros”. Ele abate de 10 a 15 animais por semana e vende os cortes para restaurantes de São Paulo, mas a partir de setembro terá também e-commerce. “Mesmo com a crise, o mercado de cortes nobres não sentiu tanto quanto o da carne commodity”, diz Gottheiner. O pecuarista revela que recebe aproximadamente de R$ 7 mil a R$ 9 mil por animal. Os cortes são certificado pela associação de produtores da raça, presidida por ele, que garante a procedência tanto para os animais cruzados quanto puros. “Nosso desafio é mostrar isso nos restaurantes.”
Fonte: DCI
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Laboratório de fertilizantes tem boa avaliação O Brasil tenta superar sua dependência externa de fertilizantes O laboratório de fertilizantes da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) obteve excelente resultado no mais recente ensaio de proficiência organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que avalia instituições do Brasil inteiro. “Participamos desde 2015 deste teste, são duas ou três avaliações por ano. Começamos com apenas 12 análises, atualmente enviamos 23 determinações”, conta a analista Bianca Braz Mattos, que ressalta a importância da também analista Silmara Bianchi e da técnica Viviane Escaleira na
obtenção do resultado. A relevância do resultado é ainda maior quando lembramos que a Embrapa Solos é a coordenadora da Rede FertBrasil, a rede de pesquisa em fertilizantes da Embrapa. O laboratório do centro de pesquisa carioca participou das seguintes determinações: Nitrogênio total pelo micrométododa Liga de Raney (%), K2O em fotometria de chama (%), Ca (%), Mg (%), Boro Total (%), Boro Solúvel em Ácido Cítrico (%), P2O5 solúvel em CNA+Água em fertilizantes minerais pelo método gravimé-
trico, P2O5 solúvel em CNA+Água em fertilizantes minerais pelo método colorimétrico, Cobalto Total (%), Ferro total (%), Manganês total (%), Molibdênio Total (%), Cádmio total em fertilizantes minerais, Cromo total em fertilizantes minerais, Chumbo total em fertilizantes minerais, Material Passante em 2 mm, Material Passante em 0,84 mm, Material Passante em 0,3 mm,Cádmio total em fertilizantes organominerais, Cromo total em fertilizantes organominerais, Chumbo total em fertilizantes organominerais, CTC e pH. Fonte: Embrapa Solos
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A AGÊNCIA BANANA DE PROPAGANDA E PUBLICIDADE LTDA, é uma agência que atua em vários segmentos, além da publicidade clássica, m a r k e t i n g e s t rat é g i c o , f e i ra s e v e n t o s e n o v o s m e i o s , e m b o r a a s m a i o r e s p r e o c u p a ç õ e s s ã o : A excelência no atendimento e a qualidade nos serviços.
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Ambrosia
Ambrosia ou ambrósia que significa divino e imortal, também conhecida como Manjar dos Deuses do Olimpo, um doce com um sabor único e maravilhoso com poder curativo e segundo a mitologia grega se algum mortal comesse morreria. Segundo a história, os deuses ofereciam a algum humano e este ao experimentar sentia uma sensação de extrema felicidade. Segundo a mitologia grega era o alimento dos deuses do olimpo.
INGREDIENTES 1 litro de leite 500 gramas de açúcar 6 ovos 1 limão 1 pau de canela 4 cravos da índia PREPARO Coloque em uma panela o leite e a canela e o cravo da índia, leve ao fogo médio e mexa devagar, com o leite já fervendo adicione o Açúcar e continue mexendo até que ele se dissolva por completo, adicione os ovos batidos e o limão sem parar de mexer até formar pequenos floquinhos deixe a calda reduzir. Decore com um anis estrela e raspas de limão, sirva quando estiver frio.
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