Edição 55 100 por cento janeiro 2018

Page 1

www.revista100porcentocaipira.com.br Brasil, janeiro de 2018 - Ano 6 - Nº 55 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

KIWI - UMA FRUTA EXÓTICA DESDE SUA ORIGEM

Das cores vibrantes ao sabor da fruta com seu valor nutritivo REVISTA 100% CAIPIRA |


| REVISTA 100% CAIPIRA


REVISTA 100% CAIPIRA |


6 16 22

Fruticultura:

Safra da laranja tem alta na produtividade no interior de São Paulo

24

Nutrição animal:

Produção de ração no Brasil deve bater recorde em 2017 e crescer de 2% a 3% em 2018

Agricultura: Cebolas híbridas garantem plantio o ano todo com qualidade Máquinas e implementos: Tratador móvel elimina a perda de suplementos para pecuária

4 | REVISTA 100% CAIPIRA

8

Artigo: Kiwi - uma fruta exótica desde sua origem


30

Agricultura de precisão: Drones otimizam resultados em usinas de Cana

33 36 42 48

Biodiversidade: Peixes do Tocantins conservados para a posteridade

Governo: Reformas econômicas e ajuste fiscal criam condições para o crescimento

Culturas florestais: Secretaria de Agricultura quer fomentar o cultivo de noz pecã Receitas Caipiras: Tortinhas de Kiwi REVISTA 100% CAIPIRA |

5


FRUTICULTURA

Safra da laranja tem alta na produtividade no interior de São Paulo Brasil, janeiro de 2018 Ano 6 - Nº 55 Distribuição Gratuita

EXPEDIENTE Revista 100% CAIPIRA®

www.revista100porcentocaipira.com.br

Clima com chuvas regulares e reserva energética contribuíram para o número positivo na produção As chuvas que caíram desde maio no interior de São Paulo favoreceram a produtividade da laranja na região. Segundo Vinícius Trombin, coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), realizada pelo Fundecitrus, as precipitações são essenciais para o bom desenvolvimento do fruto. “Ela é necessária para a fixação (de meados de outubro a dezembro), influencia no peso (quanto mais chuva, especialmente próxima à colheita, mais pesado o fruto fica) e na queda (uma seca severa pode implicar em maior queda, o que pode ser agravado pela porta-enxerto)”, explica. Além do alto nível de pluviosidade, outro fator essencial para a produtividade foi a boa reserva energética. Na safra anterior, as árvores tinham produzido pouco e acumularam energia. “Ainda estamos avaliando os números 6 | REVISTA 100% CAIPIRA

coletados no campo. Em breve teremos uma reestimativa”, afirma Trombin. O florescimento da laranja se inicia em outubro em grande parte das regiões, e a colheita é normalmente feita em maio do ano seguinte. “O clima ideal para a plantação é o inverno: seco, com temperatura amena e chuvas regulares e bem distribuídas a partir da primavera”, finaliza o especialista. De acordo com o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, a chuva no interior de São Paulo deve ser regular em dezembro e janeiro, com algumas interrupções (de no máximo uma semana), o que não irá prejudicar o desenvolvimento do fruto. “Esta primeira quinzena será bastante irregular, mas na segunda volta a chover bem. Já em janeiro, podemos ter mais uma semana seca e quente”, afirma o meteFonte: Climatempo orologista.

Diretor geral: Sérgio Strini Reis - sergio@ revista100porcentocaipira.com.br Editor-chefe: Eduardo Strini imprensa@ revista100porcentocaipira.com.br Diretor de criação e arte: Eduardo Reis Eduardo Reis eduardo@ revista100porcentocaipira.com.br (11) 9 6209-7741 Conselho editorial: Adriana Oliveira dos Reis, João Carlos dos Santos, Paulo César Rodrigues e Nilthon Fernandes Publicidade: Agência Banana Fotografias: Eduardo Reis, Sérgio Reis, Google imagens, iStockphoto e pxhere Departamento comercial: Rua das Vertentes, 450 – Vila Constança – São Paulo - SP Tel.: (11) 98178-5512 Rede social: facebook.com/ revista100porcentocaipira A revista 100% Caipira é uma marca registrada com direitos exclusivos de quem a publica e seu registro encontra-se na revista do INPI Nº 2.212, de 28 de maio de 2013, inscrita com o processo nº 905744322 e pode ser consultado no site: http://formulario. inpi.gov.br/MarcaPatente/ jsp/servimg/validamagic. jsp?BasePesquisa=Marcas. Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião desta revista, sendo eles, portanto, de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.


GESTÃO

Setor de Hortaliças movimenta agronegócio e gera emprego e renda, afirma Presidente da CNA

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA/SENAR

João Martins destacou a importância da cadeia produtiva durante lançamento de estudo inédito sobre o setor “Esse evento é o coroamento de tudo que idealizamos pela dimensão da cadeia de hortaliças, que gera empregos e movimento econômico para o agronegócio brasileiro”, afirmou o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, durante o lançamento do estudo inédito Mapeamento e Quantificação da Cadeia Produtiva de Hortaliças, na CNA, em Brasília. De acordo com o presidente, o setor está entre as prioridades da CNA e o estudo irá contribuir para a entidade ter um diagnóstico mais preciso e poder buscar políticas públicas que o tornem mais competitivo, gerando mais renda e aumentando o consumo de hortaliças no País. “Estamos evoluindo e não podemos deixar nenhum segmento para trás. Queremos aproximar da CNA o pequeno e médio produtor para evoluirmos juntos e contamos com a participação de todos para transformar essas propostas em resultados para o horticultor brasileiro”, afirmou Martins. A Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM) é parceira da CNA na elaboração do mapeamento. Para o presidente da entida-

de, Steven Udsen, é um estudo muito importante para o agronegócio nacional. “Agradecemos a confiança que a CNA depositou nessa parceria e esperamos que sirva para trazer melhorias para o setor como um todo.” O estudo foi elaborado com base nas culturas de abóbora cabotiá, abobrinha, alface, alho, batata, beterraba, cebola, cenoura, coentro, couve-flor, pimentão, tomate mesa e tomate indústria. As informações para o documento vieram de diversas entidades, entre elas, a Embrapa. “É um levantamento fiel dessas culturas e servirá para nortear nossa agenda de pesquisa, dando subsídios para que a Embrapa possa traçar melhor seus objetivos e resolver alguns problemas que foram levantados durante a elaboração desse trabalho”, afirmou o chefe-geral da Embrapa Hortaliças, Warley Marcos Nascimento. O Diretor-Geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara, ressaltou que a Assistência Técnica e Gerencial ofertada pela entidade tem como foco a cadeia das hortaliças e, por meio dessa assistência, os produtores têm percebido

mudanças fundamentais na propriedade. “O produtor precisa de conhecimento tecnológico para saber como proceder e é onde entra o SENAR, instituição mantida pelo produtor, para oferecer assistência técnica que dê segurança e rentabilidade a ele.” De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Hortaliças e Flores da CNA, Luciano Vilela, o estudo foi desenvolvido para mostrar ao produtor o potencial desse segmento na produção agrícola nacional. “Tivemos R$ 66 bilhões de faturamento de hortaliças no Brasil em 2016, daí podemos ver o tamanho do potencial desse mercado. Isso empodera o produtor de uma informação e faz com que ele tenha mais autoestima no que faz.” Segundo Vilela, hortaliças é um setor que tem pouca organização no Brasil. “A criação da Comissão da CNA foi um pleito dos produtores rurais e isso faz com que ele valorize as iniciativas de associação, se organize melhor e passe a buscar aquilo que é de direito dele junto ao governo, ao mercado e a todo mundo que compõe essa cadeia produtiva no Brasil”. REVISTA 100% CAIPIRA |

7


ARTIGO

KIWI - UMA FRUTA EXÓTICA DESDE SUA ORIGEM

Das cores vibrante com seu valo 8 | REVISTA 100% CAIPIRA


es ao sabor da fruta or nutritivo

Por: Sérgio Strini

REVISTA 100% CAIPIRA |

9


O Kiw i é um f r uto d a esp écie do gênero Ac t inídi a e s eus híbr idos. E ste f r uto é or ig inár io d a C hina, e j á foi de cl arado como f r uto naciona l neste lo c a l, de onde s e esp a l hou p ara o mundo, p elo que s e s ab e foi pr imeiro p ara a Nova Z el ândi a e de l á levado p ara a Europ a, Amér ic a do Nor te e Amér ic a do Su l onde s e esp a l hou. E st a f r ut a é t ípic a de climas temp erados s e des envolvendo mel hor em temp eraturas de até 15°C. E ste f r uto é ova l com c as c a f ina e f ibros a, de coloraç ão c ast an ho esverde ado, que re veste a p olp a verde br i l hante, qu ando at inge a maturaç ão. É macio, suc u lento e p ossui um s ab or do ce ligeiramente ácido (aze din ho do ce). O k iw i come çou a s er con-

10 | REVISTA 100% CAIPIRA

sumido p elos brasi leiros há p ouco temp o. O pl ant io do k iw i est á concent rado nos est ados do Paraná, R io Grande do Su l e Sant a C at ar ina p or ter a temp eratura mais amena e mel hor ad apt aç ão do k iw izeiro ao clima su list a. Q u ando era nov id ade p or aqui a cerc a de t rês dé c ad as o k iw i at ing i a pre ços a ltos nas feiras e f r ut ar i as varejist as, no ent anto com o p ass ar do temp o a exp ans ão d a pro duç ão brasi leira foi aument ando e cons e quentemente o pre ço c aindo ajust ando-s e a demand a de merc ado e o comércio cont inu a s endo muito at raente pr incip a lmente na ag r ic u ltura fami li ar. A maior p ar te dos k iw is vendidos no Brasi l or iund a de imp or t aç ão de p aís es como C hi le,

Nova Z el ândi a e It á li a, o c u lt ivo domést ico cont a aind a com um b om p otenci a l de merc ado p ara s er explorado. Pro duç ão e pro dut iv id ade: o k iw i é uma c u ltura de int roduç ão rel at ivamente re cente no Brasi l. Os est ados de Sant a C at ar ina Paraná R io Grande do Su l, São Pau lo e Minas G erais s ão os maiores pro dutores d a f r ut a, mas o p aís aind a imp or t a g rande p arte de su as ne cessid ades do C hile. A pro dut iv id ade em a lgumas propr ie d ades de Sant a C at ar ina chega a 25 tonel ad as p or he c t are. Os maiores pro dutores mundi ais s ão: It á li a, C hina, Nova Z el ândi a, C hi le, Irã, Franç a e Gré ci a. A lém diss o, p or muitos anos, o pl ant io e o des envolv imento do k iw izeiro no p aís foram limit a-


dos, de v ido a p ouc a disp onibi lid ade de infor maçõ es esp e cíf ic as s obre adub aç ão, pragas, do enç as e out ros asp e c tos imp or t antes d a c u ltura. E ste f r uto é uma ót ima fonte de v it aminas A, C, E, de s ais minerais como o fosfato, cobre, p ot ássio e mag nésio a lém do complexo B, p ossui t amb ém propr ie d ades ant i-inf l amatór i as, ant ioxid antes e ant ic ancer ígenas. Possui uma qu ant id ade resp eit ável de f ibras. E le p o de s er consumido em natura, do ces, geléi as, s or vetes, sucos e com b ebid as a lco ólic as. Ar tes ana lmente s ão feitos licores e v inag res com s ab ores singu l ares. O maior pro dutor mundi a l de k iw i é a It á li a s eguid a p el a Nova Z el ândi a, C hi le, Franç a, Gré ci a, Jap ão e E st ados Unidos. Emb ora a f r ut a ten ha or igem na C hina, este p aís nunc a foi um g rande exp or t ador d a mesma. Na reg i ão do C ent ro Su l do Paraná tem o município de Ma llet que est á s endo considerad a a c apit a l do k iw i que em su a 20ª k iw i fest re ceb eu mais de 30 mi l v isit antes e af ir mam que ao longo dess es anos ag r ic u ltores do Paraná e out ros est ados v isit am os est andes d a fest a e s eminár ios em bus c a de infor maçõ es té cnic as s obre su a pro duç ão, com o ap oio do Inst ituto EMATER (Inst ituto Paranaens e de Assistênci a Té cnic a e E xtens ão Rura l). S egundo o ag r ic u ltor Si lvest re Gabr iel Przybisz, que p ossui hoj e 2,5 he c t ares de áre a pl ant ad a com o k iw i, come çou col hendo 1,5 qui lo d a f r ut a em 1998 e hoj e é o sustento do pl ant io. “Nós t ivemos con he cimento de que o clima aqui na reg i ão é b om p ara a pl ant aç ão de Kiw i e ent ão bus c amos s ab er como era feito o pl ant io em Sant a C at ar ina e no R io Grande do Su l”, cont a ele. A f r ut a pre cis a de p er ío dos

de f r io p ara um b om c u lt ivo e o clima subtemp erado d a reg i ão cont r ibui muito p ara iss o e hoj e é col hido cerc a de 25 tonel ad as p or he c t are. Em 2014, a cid ade gan hou uma áre a de s ete he c t ares p ara uma nova pro duç ão d a f r ut a e foi com a inici at iva de Si lvest re Gabr iel Przy bisz que surg iu a KIWI FEST. A KIWI FEST nas ceu com o obj et ivo de incent ivar out ros pro dutores ag r ícol as d a reg i ão p ara c u lt ivar a f r ut a, as qu at ro pr imeiras fest as foram feit as no p av i l hão d a Ig rej a São Pe dro, a p ar t ir d aí a prefeitura comprou uma áre a e const r uiu um ga lp ão p ara a re a lizaç ão d a fest a est adu a l. Hoj e a cid ade p ossui aproximad amente 40 pro dutores que vendem s eus pro dutos p ara a própr i a reg i ão e p ara o nor te c at ar inens e. Em Ma l let, a f r ut ic u ltura é b em diversif ic ad a, pro duzem vár ios c u lt ivares, como: ameixas, c aquis, p êss egos, uvas, morangos, maç ãs, s empre cont ando com o ap oio do Inst ituto EMATER , com té cnic as de adub aç ão, manej o, c urs os té cnicos, sistemas de p o d a, e qui líbr io do s olo ent re out ras açõ es de v it a l imp or t ânci a p ara a ag r ic u ltura. “Q u ando eu come cei com a ag r ic u ltura, t ive g rande p ar t icip aç ão d a EMA-

TER , que ajudou com c urs os, incent ivos em re a lizar as aná lis es de s olo, or ient aç ão s obre como fazer adub aç ão, ent re out ras cois as”, dest acou o ag r ic u ltor Si lvest re Przy bisz. “A EMATER s empre or ientou os pro dutores e hoj e j á est amos est r uturados, mas s empre que surge a lguma dúv id a nós pro c uramos os té cnicos d a reg i ão” completou o ag r ic u ltor. Em Ma l let e Inácio Mar t ins, as merend as es col ares s ão reforç ad as com f r ut as d a reg i ão ent re maio e novembro. “Mais dois municípios est ão em nego ci aç ão com a prefeitura p ara re ceb er noss as f r ut as nas merend as escol ares”, af ir mou Sr. R ogér io d a Si lva A lmeid a prefeito de Ma l let (PR). A reg i ão é resp ons ável p or mais de 47% do va lor br uto d a pro duç ão ag r ícol a do est ado do Paraná com a f r ut ic u ltura e recon he cid a naciona lmente p el a pl ant aç ão do k iw i s em p elo. O k iw i com p elo é verde, tem acide z e p o de s er col hido a p ar t ir de abr i l, j á o s em p elo amarelo, não tem acide z e a col heit a come ç a em fe vereiro. A 20ª Kiw i fest envolveu p equenos, mé dios e g randes pro dutores de f r ut as de to do est ado do Paraná, pr incip a lmente d as reg iõ es d a AMCESPAR (Ass o ci aç ão REVISTA 100% CAIPIRA | 11


dos Municípios do C ent ro Su l do Paraná), d a AMSULPAR (Ass oci aç ão dos Municípios Su l Paraens e) e AMC G (Ass o ci aç ão dos Municípios dos C amp os G erais). Neste encont ro reuniram-s e mais de 180 pro dutores incluindo ag r ic u ltores de São Pau lo, que foram con he cer a te cnolog i a de manej o do k iw i. O ut ra g rande cid ade pro dutora do k iw i é Far roupi l ha no R io Grande do Su l, com um c u lt ivo muito promiss or e um p otenci a l de cres cimento que exige invest imentos na prof issionalizaç ão do pl ant io e manej o d a f r ut a. A const at aç ão foi re a lizad a p or p es quis adores té cnicos de extens ão r ura l e os própr ios ag r ic u ltores durante o s eminár io re a lizado em ju l ho, no qu a l foram ava li ad as as condiçõ es de pro duç ão e comerci a lizaç ão d a f r ut a. O encont ro foi na cid ade de Far roupi l ha mesmo, que é o maior pro dutor gaucho de onde s ai mais d a met ade d a pro duç ão de k iw i do E st ado, contou t amb ém com p a lest rantes e té cnicos de Sant a C at ar ina, São Pau lo e d a It á li a. S egundo o p es quis ador Paulo Simonetto d a FENAGRO (Fund aç ão E st adu a l de Pes quis a Ag rop e c u ár i a) de Veranóp olis, a c u ltura, p or s er b asic amente r úst ic a, vem s e ad apt ando muito b em as condiçõ es climát ic as e de s olo gaúchas, no ent anto os produtores pre cis am f ic ar atentos a a lguns itens impres cindíveis; a b o a pro duç ão e muit a qu a lid ade, como a s ele ç ão de mud as, e v it ar comerci a lizaç ão d a f r ut a antes de at ing ir o p onto de maturaç ão, etc. “o ag r ic u ltor pre cis a pro c urar um v iveir ist a idône o, t anto do p onto de v ist a s anit ár io qu anto d as var ie d ades que ofere ce”, af ir ma o p es quis ador ag rônomo, indic ando que méto dos como 12 | REVISTA 100% CAIPIRA

este, é uma for ma de obter uma maior pro dut iv id ade gerando um maior retor no no invest imento. Simonetto fa lou aind a de que a lguns pro dutores est arem antecip ando a col heit a do k iw i e colo c ando-os à vend a, antes do p er ío do de maturaç ão ne cess ár io, vem prejudic ando o merc ado, p ois os consumidores p ass am a e v it ar o f r uto p or não apres ent ar um s ab or ide a l. R io Grande do Su l, Sant a C at ar ina e Paraná s ão resp ons áveis p or 80% d a pro duç ão naciona l do k iw i. O mot ivo é que o f r uto ne cessit a de f r io p ara s e des envolver. C om 25% de cres cimento na pro duç ão dos ú lt imos t rês anos d á um s a lto de 4,5 mi l tonel ad as p ara 6,5 mi l tonel ad as em médi a p or ano. No ent anto, o Brasi l aind a imp or t a mais d a met ade do que o merc ado inter no cons ome, emb ora diminuindo ano a ano. C onfor me o pro dutor G ervásio Si lvest r in, de Far roupi l ha (RG), a ampli aç ão d a c u ltura de ve s er considerad a est ratég ic a p ara o p aís. “Os pro dutores t radicionais como: a It á li a, Nova Z el ândi a e C hi le, não tem como ampli ar as áre as de pl ant io e a demand a vem cres cendo inter naciona lmente, p ois os consumidores come ç am a con he cer mel hor a f r ut a e s ab er mais s obre os b enef ícios p ara a s aúde”, e aind a complement a: “dest a for ma, est a s e abr indo um merc ado e o Brasi l p o de invest ir p ara ab aste cer o merc ado inter no e t amb ém s e p osicionar como um novo exp ort ador”. Atu a lmente, muitos pro dutores de uvas d a s er ra gaúcha est ão t ro c ando su as pl ant açõ es p elo c u lt ivo do k iw i, mesmo que a f r ut a apres ente um maior invest imento na impl ant aç ão d a áre a a s er c u lt ivad a, mas tem um

menor c usto com os t rat amentos f itoss anit ár ios. D e acordo com Si lvest r in, em comp araç ão com a uva t radiciona l (var ie d ade de menor ne cessid ade de t rat amento), o k iw i p o de ter o dobro de rent abi lid ade, ent re R$ 0,80 a R$ 1,00 p or qui lo, enqu anto a uva comum a rent abi lid ade var i a ent re R$ 0,30 a R$ 0,40 p or qui lo. Para o pro dutor o incent ivo ao aumento d a pro duç ão dep ende de invest imentos em p es quis as em ad apt açõ es e cr i aç ão de novas var ie d ades d a f r ut a e na impl ant aç ão de uma p olít ic a dire cionad a ao s eg mento e v it ando a ltos gastos com as imp or t açõ es. Tudo é exót ico no k iw i, desde su a or igem: as reg iõ es f r i as e úmid a d a C hina; a denominaç ão d ad a ao f r uto é em homenagem a ave símb olo d a Nova Z el ândi a com a qu a l s e aproxima na forma e nas cores v ibrantes, até no s ab or ext ravagante d a f r ut a com s eu va lor nut r it ivo. E st a qu a lid ade ele vou o k iw i aos buf fets de f r ut as que or nament am as fest as e j á faz p ar te do dicionár io dos gour mets e dos ing re dientes dos pratos mais re quint ados e s ab oros os. Favore cido p el a su a condiç ão exót ic a e p elo fator diferenci a l abre c ad a ve z mais esp aços p elo a lto va lor nut r it ivo e a excelente cot aç ão no merc ado inter naciona l. A comp osiç ão de 100g . de p olp a de f r uto é: proteína (1g .), c arb oidratos (15g .), f ibra (1g .), Vit amina A (17g .), Vit amina C (80-300mg .), ferro (0,4g .), c á lcio (26g .), s ó dio (5,2g .), mag nésio (30g .), p ot ássio (280-340g .) e fósforo (2040g .). As pr incip ais for mas de consumo do k iw i s ão: in natura, sucos naturais ou indust r i a lizados, em cons er vas, em p olp as s e c as (p ass as), s or vetes, geléi as, v inag res, v in hos, agu ardentes, etc.


Os f r utos e fol has aind a apres ent am propr ie d ades me dicinais. E m e stu d o s fe ito s p e l a F DA ( Fo o d an d D r uy Ad m i n i st r a t i on - U S ) , órg ã o qu e c ont rol a o s m e d i c am e nto s e a l i m e nto s n o s E st a d o s Un i d o s , o k iw i foi c om prov a d o c om o u m a e xc e l e nte fonte d e v it am i n a C e u m a b o a fonte d e v it am i n a E , p ot á ss i o e f i br a s d i e té t i c a s . Po ssu i p ou c a gordu r a e n e n hu m c ol e ste rol. Po ss u i c ap a c i d a d e ant i ox i d ante, e fe ito s ant i c an c e r í ge n o s , e fe ito s ant i - i n f l am atór i o s e l e ve s e fe i to s l a x at ivo s . Um k iw i m é d i o te m 1 3 8 mg d e v it am i n a C e c on s i d e r áve l qu ant i d a d e d e v it am i n a E , qu e ju nto c om v it am i n a C p o d e re du z i r o r i s c o d e c ân c e r, d e d o e n ç a s ar té r i o - c oron ar i an a s e m e l h or a o s i ste m a i mu n ol ó g i c o. Po ssu i t amb é m t rê s nut r i e n te s e ss e n c i ai s p ar a o org an i s m o : fo s f ato, m ag n é s i o e c obre. As v ar i e d a d e s d o k iw i m ai s

c on h e c i d a s s ã o : Kiw i Abb ot , te m f l or a ç ã o e f r ut i f i c a ç ã o pre c o c e s , s e u s f r uto s s ã o ov ai s d e t am a n h o m é d i o. Br u n o, p o ssu i f r uto s a l ong a d o s c om o s p e l o s c u r to s . Hay w ard, su a f l or a ç ã o e f r ut i f i c a ç ã o s ã o t ard i a s , s e u s f r uto s g r an d e s e ov a l a d o s , mu ito s s a b oro s o s , su a c or é u m m ar rom ave r m e l h a d o. Mont y, t amb é m c om a f l or i f i c a ç ã o e f r ut i f i c a ç ã o t ard i a s , s e u s f r uto s s ã o ov ai s e a ch at a d o s n a s b a s e s . A i n d a p o d e m - s e e n c ont r ar v ar i e d a d e s c om f r uto s c ob e r to s c om e spi n h o s ( s e to s a ) , f r uto s c om p e l o s du ro s ( h í s pi d a ) e o s f r uto s c om p e l o s m a c i o s ( ch i n e s i s ) . O ut ro t ip o d e k iw i é o G ol d ou k iw i A m are l o, d e p olp a m ai s te n r a e su c u l e nt a te m for m ato e a sp e c to d i fe re nte d o k iw i ve rd e, p oi s é m ai s ar re d on d a d o qu a s e i g u a l a o f i go e p o ssu i a c a s c a m ai s l i s a , qu e o tor n a f a c i l m e nte re c on h e c i d o m e s m o s e m s e r ab e r to.

Por f i m o k iw i é u m a f r ut a d e e xc e l e nte s ab or e e l e v a d o v a l or nut r i c i on a l d e v i d o a o s a lto s te ore s d e v it am i n a C . É u m a e s p é c i e d e e x pl or a ç ã o re c e nte n o p aí s , c om u m a áre a d e c u lt ivo d e aprox i m a d am e nte 6 0 0 h a , c uj a pro du ç ã o é i ns i g n i f i c ante f re nte a o m e rc a d o c onsu m i d or qu e e s t á e m f r an c a e x p ans ã o. A e s p é c i e te m b o a a d apt a ç ã o n a s re g i õ e s Su l e Su d e ste d o p aí s , n e c e s s i t an d o ap e n a s u m a qu e br a ar t i f i c i a l d a d or m ê n c i a , d e v i d o a f a lt a d e h or a s d e f r i o p ar a a l g u m a s c u lt iv are s e m d e te r m i n a d o s l o c ai s . É u m a e sp é c i e mu ito pro dut iv a qu e pr at i c am e nte d i s p e n s a t r at am e nto s f ito ss an it ár i o s e s e apre s e nt a c om o u m a a lte rn at iv a mu ito prom i ss or a p ar a a f r ut i c u ltu r a n a c i on a l, t r a z e n d o a o s pro dutore s i nte re ss a d o s u m a a lte r n at iv a d e pro du ç ã o t anto e m l arg a e s c a l a c om o ag r i c u ltu r a f am i l i ar.

REVISTA 100% CAIPIRA |13


AGRICULTURA FAMILIAR

14 | REVISTA 100% CAIPIRA


GESTÃO

REVISTA 100% CAIPIRA | 15


NUTRIÇÃO ANIMAL

Produção de ração no Br em 2017 e crescer d

Fonte: Reuters

Para 2018, apesar da expectativa de uma safra menor de milho, principal componente da ração, o Brasil poderá atingir a marca de 70 milhões de toneladas, com um crescimento de 2 a 3 por cento, disse o vice-presidente-executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani 16| REVISTA 100% CAIPIRA


rasil deve bater recorde de 2% a 3% em 2018 A produção de ração animal no Brasil ficou abaixo das projeções iniciais em 2017, mas ainda assim deve bater recorde anual, diante de uma grande safra de milho e soja e de exportações de carnes que só não foram melhores por conta de escândalos políticos e sanitários que atingiram a indústria frigorífica brasileira, estimou a associação Sindirações. A expectativa inicial era de que o setor pudesse atingir uma produção de 69 milhões de toneladas neste ano, mas deverá fechar um pouco abaixo disso, em 68,6 milhões de toneladas, com um crescimento de 2 por cento na comparação com 2016, ano em que a indústria foi afetada por uma quebra de safra. Para 2018, apesar da expectativa de uma safra menor de milho, principal componente da ração, o Brasil poderá atingir a marca de 70 milhões de toneladas, com um crescimento de 2 a 3 por cento, disse o vice-presidente-executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani. “Esperamos continuar crescendo a taxas de 2 a 3 por cento em 2018, considerando uma tendência de ânimo econômico, muito embora em ano eleitoral... Tem que estar no radar que será ano de instabilidade política agravada por pesquisas que revelam uma certa tendência de radicalização à direita ou à esquerda, o que traz turbulência econômica”, disse Zani à Reuters, antes do jantar de final de ano da associação. Embora as exportações de carnes tenham influência no setor, o mercado interno de proteína animal responde pela maior parte da demanda por rações, acrescentou Zani. Outra conjectura para 2018 é a safra de milho e soja, que deve ser menor

ante 2017, quando o clima perfeito levou a uma produção recorde, aliviando custos para a indústria de ração e de carnes, que caminham em sintonia. Zani disse que apesar da expectativa de uma colheita menor das principais matérias-primas da ração, há estoques que poderiam compensar eventuais problemas climáticos. Contudo, “tem que estar no radar” a exportação de milho. No caso de uma aceleração dos embarques, “especuladores” que negociam o cereal que responde pela maior parte da produção de ração poderiam segurar o grão em busca de preços mais altos, afetando o desempenho da indústria. “Se a demanda pelo milho brasileiro exceder em muito ou alcançar um novo recorde, pode inflacionar o preço do grão aqui e outra vez diminuir a rentabilidade ou comprometer o setor de ração”, disse ele, lembrando-se de uma situação vivida em 2016. 2017 As indústrias de carnes e de ração sofreram os impactos dos desdobramentos da operação Carne Fraca da Polícia Federal, que investigou apurou um esquema de corrupção envolvendo fiscais sanitários e empresários e resultou na suspensão temporária de importações por alguns países. As indústrias também foram afetadas pela delação de executivos da JBS, que prejudicou os abates na maior processadora de carnes do mundo, e até mesmo pelas discussões relacionadas ao tributo Funrural, declarado constitucional pela Justiça em março, o que gerou um passivo bilionário para agricultores. “O setor este ano nos pregou pe-

ças, quando a gente ficou convencido de que poderia ser pior, começou a recuperar”, disse o executivo do Sindirações, ressaltando que a leve melhora da economia e a grande oferta de grãos, que reduziu custos, ajudaram no crescimento da produção de ração em 2017. Além disso, exportações de carnes se recuperaram após a poeira dos escândalos ter assentado. “Quando veio a Carne Fraca achamos que o impacto seria avassalador... E mais recentemente houve uma recuperação das exportações e do consumo doméstico, que é grande no Brasil... O orçamento da família brasileira está tão comprometido que ela se privou (na recessão), quando o dinheiro começou a aparecer ela foi comprar comida.” A produção de 68,6 milhões de toneladas de ração projetada para este ano não inclui o sal mineral, cujo setor deve registrar um crescimento de apenas 0,4 por cento, para 2,8 milhões de toneladas, segundo o Sindirações. Em rações, o segmento de alimentação para galinhas poedeiras foi o grande destaque, com crescimento de 9 por cento ante 2016. Mas o segmento que responde pela maior parte de produção de ração (frangos de corte) deve fechar o ano com aumento de apenas 0,5 por cento ante o ano passado, para 32,3 milhões de toneladas. O também importante mercado de ração para suínos deve fechar o ano com alta 1 por cento, a 16,5 milhões de toneladas. No caso de bovinos, o destaque ficou por conta do gado de leite (alta de 6,3 por cento), que compensou estagnação da produção de ração para bois confinados. REVISTA 100% CAIPIRA |17


SAÚDE ANIMAL

REPRODUÇÃO: Como atingir o real potencial do rebanho? Fonte: AtitudeCom Estratégia em Comunicação

Resultados apontam que a mineralização injetável e vacinação contra doenças reprodutivas surgem como medidas promissoras para obtenção de melhores índices reprodutivos nas propriedades Aumentar a eficiência reprodutiva é um desafio constante na bovinocultura. A baixa eficiência nos programas de reprodução causa prejuízos e impacta diretamente a lucratividade das fazendas. Dentre as muitas causas dos baixos índices reprodutivos, as mais comuns são problemas sanitários e deficiências nutricionais. Hoje, sabemos que aproximadamente 50% das perdas embrionárias e fetais em bovinos podem estar relacionadas a agentes causadores de doenças reprodutivas. “No Brasil, os agentes mais prevalentes são os vírus da diarreia bovina (BVD) e da Rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), as Campilobacterioses e as Leptospiroses. Repetições de cio, abortos, mortalidade e reabsorção embrionária são as principais causas da baixa taxa de natalidade”, destaca Bruno Lima, veterinário da Virbac, empresa multinacional francesa dedicada exclusivamente à saúde animal. Essas doenças podem ser controladas nos rebanhos com a adoção de calendários sanitários com vacinas reprodutivas, como a Bovigen Repro Total SE. “Em um trabalho realizado com 323 vacas sob condições de pastagens e sem histórico de vacinação para doenças reprodutivas, comparou-se a taxa 18| REVISTA 100% CAIPIRA

de gestação dos animais vacinados com um grupo de animais não vacinados. No diagnóstico gestacional realizado no D30 (30 dias após a inseminação artificial), o grupo vacinado com Bovigen Repro Total SE apresentou 54,49% das vacas gestantes contra 46,16% do grupo não vacinado. Realizou-se o diagnóstico gestacional novamente no D67 (67 dias após a inseminação artificial) e 53,89% das vacas vacinadas apresentaram-se gestantes, contra 41,67% das vacas do grupo não vacinado. Quanto a perdas embrionárias, os resultados foram 1,10% do grupo vacinado contra 9,72% do grupo não vacinado”, explica o veterinário. Deficiência mineral Outro gargalo importante para a melhoria da eficiência produtiva dos rebanhos são as deficiências minerais subclínicas. No quesito produtividade, o caráter subclínico é tão perigoso quanto deficiências com manifestações clínicas, já que é praticamente impossível identificar esses animais subclínicos que puxam a régua da média do rebanho para baixo. Os minerais exercem diferentes funções sobre a reprodução dos bovinos.

Esta deficiência pode causar o desequilíbrio hormonal, resultando em falta de cio (anestro), baixa função ovariana, cios irregulares e outras patologias relacionadas com a infertilidade, tanto nos machos como nas fêmeas. O conceito Mineralização Injetável com Fosfosal®, multimineral injetável formulado especialmente para atender às necessidades do rebanho brasileiro e melhorar o seu potencial produtivo, visa a suplementação rápida de nutrientes essenciais em momentos de alto desafio metabólico-nutricional, como a reprodução. Em um trabalho realizado com 809 vacas subdivididas em novilhas e primíparas, no diagnóstico gestacional das novilhas realizado no D30, constatou-se que 61% das tratadas com Fosfosal apresentaram-se gestantes, contra 56% do grupo não tratado. Quanto às primíparas, foram 53% das vacas tratadas contra 47% do grupo controle. Buscando exemplificar a importância da mineralização injetável não só durante a gestação, mas em todas as etapas da reprodução, foi realizado um trabalho com 374 vacas, objetivando mensurar a taxa de ovulação (expressão de estro), com 67% das vacas tratadas com Fosfosal expressando estro, contra 51% do grupo não tratado.


ANÁLISE DE MERCADO

País ruma para sua 2ª maior safra de grãos, mas há riscos

Segundo a Conab, a área cultivada total alcançará 61,5 milhões de hectares em 2017/18, em baixa de 0,9%, e a produção deverá recuar 4,7%, para 226,5 milhões de toneladas Embora as principais projeções do governo e de consultorias indiquem que os produtores brasileiros estão semeando aquela que será a segunda maior safra de grãos da história do país, menor apenas que a colhida neste ano, há riscos climáticos que poderão comprometer parte do grande volume previsto, principalmente de milho. Não é novidade, nem surpresa, que o clima “ideal” do ciclo 2016/17 não esteja se repetindo na temporada atual, o que justifica as quebras - modestas - previstas nos levantamentos divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a possibilidade de formação do fenômeno La Niña que ainda poderá resultar em problemas maiores. Segundo a Conab, a área cultivada total alcançará 61,5 milhões de hectares em 2017/18, em baixa de 0,9%, e a produção deverá recuar 4,7%, para 226,5 milhões de toneladas. Com o clima menos favorável, a produtividade média de todas as culturas está estimada pela estatal em 3.686 quilos por hectare, 5,6% mais baixa, puxada por uma retração de 9% prevista para o milho que será colhido no verão. De acordo com o IBGE, a produção vai totalizar 219,5 milhões de

toneladas, uma redução de 9,2%. Mesmo que prevaleça o maior percentual de queda estimado pelo IBGE, tendem a ser moderados em 2018 tanto o reflexo negativo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira quanto a pressão dessa menor oferta sobre a inflação, já que ainda será uma safra polpuda e há estoques de diversos produtos à disposição. O sinal de alerta vai acender, nas duas frentes, se o rombo por acaso se aprofundar. Para Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima, no momento não há motivos para que ninguém perca o sono, apesar de o Escritório de Meteorologia da Austrália ter identificado condições para o La Niña se formar. “Claro que a produtividade não será igual à da safra 2016/17. Mas, até agora, tudo indica que vamos voltar a registrar um resultado dentro da média, com algumas quebras pontuais. Mas isso é normal”, afirmou ele. O La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais da porção equatorial do oceano Pacífico, está associado a uma menor regularidade de chuvas no Sul do Brasil. Em anos nos quais o fenômeno mostra os dentes, não são incomuns precipitações abaixo da média ou veranicos no Paraná e no

Rio Grande do Sul, segundo e terceiro maiores Estados produtores de grãos do país. A liderança é de Mato Grosso, que costuma enfrentar mais problemas com o El Niño. “O que está acontecendo é a presença de um bolsão de água fria no Pacífico, onde as temperaturas estão realmente bem abaixo da média. Mas ainda não se pode falar oficialmente que estamos passando por um La Niña”, afirmou Santos. Segundo ele, essas condições deverão se manter até o começo do ano que vem. Assim, observou, haveria boas condições pluviométricas no Sul no verão - e as perdas da produção seriam contidas. É confiando nesse cenário que a Conab estima que a colheita de soja do país vai atingir 109,2 milhões de toneladas em 2017/18, 4,3% a menos que no ciclo anterior, e que o volume total de milho chegará a 92,2 milhões de toneladas, em queda de 5,7%. Mas aqui há uma “armadilha”: a estatal ainda não mediu as intenções de plantio para a segunda safra de milho da temporada e repetiu, no levantamento que divulgou ontem, a área de 2016/17, a maior da história. Dessa forma, a colheita prevista também está no mesmo patamar recorde alcançado (67,2 milhões de toneladas). Fonte: Avisite REVISTA 100% CAIPIRA | 19


PESQUISA

Pesquisadores adaptam tecnologia espanhola para combater mosca-dasfrutas nos parreirais

Fonte: Embrapa Uva e Vinho

Uma tecnologia limpa empregada na Espanha e em Israel para controle de pragas tem sido utilizada com sucesso contra o ataque da mosca-das-frutas nas uvas A chamada captura massal apresenta o simples princípio de disponibilizar uma fonte de alimento que seja mais atraente ao adulto do inseto do que a uva no parreiral. O conhecimento foi adaptado pela Embrapa Uva e Vinho (RS) para o manejo da mosca-das-frutas sul-americana (Anastrepha fraterculus) e já está à disposição dos produtores. “O método garante a produção sem resíduos de inseticidas, pois o produto não é aplicado nos frutos: apenas é colocado numa armadilha que atrai os insetos adultos, evitando que eles danifiquem os frutos”, esclarece Marcos Botton, pesquisador da Embrapa que coordenou as pesquisas. O controle da espécie tem sido desafiador, tanto para produtores que adotam o sistema convencional, com a aplicação de inseticidas sintéticos, como para os orgânicos, pois a mosca20| REVISTA 100% CAIPIRA

-das-frutas é uma das principais pragas associadas à cultura da videira, mas que também tem outros hospedeiros, o que garante a sua reprodução ao longo do ano. Além da busca por métodos mais limpos e sustentáveis, a equipe da Embrapa Uva e Vinho buscou uma alternativa para substituir os tradicionais inseticidas organofosforados, que não estão mais autorizados para uso no cultivo da videira no Brasil. Os danos causados pela mosca-das-frutas geralmente começam com lesões decorrentes de um ferimento na baga da uva, feito pela fêmea para depositar seus ovos. Depois, em função do desenvolvimento das larvas, surgem as galerias, que geralmente estão associadas às podridões causadas por microrganismos que infectam as bagas e aumentam as perdas no período da pré-colheita. Segundo a equipe de pesquisadores, em

muitos casos a perda pode ser de algumas bagas ou até de todo o cacho. No primeiro caso, é possível fazer um raleio de bagas, retirando as que estão danificadas, porém, essa prática exige mão de obra adicional, o que aumenta os custos da produção. A Embrapa Uva e Vinho, com instituições parceiras, tem realizado diversos trabalhos de pesquisa visando desenvolver tecnologias limpas para o manejo da praga, e a captura massal foi uma das que apresentou melhores resultados. A técnica consiste em distribuir uma grande quantidade de armadilhas por área de pomar, nas quais os insetos adultos são capturados, reduzindo a infestação nos parreirais. Segundo Botton, a técnica já é utilizada há vários anos na Espanha e em Israel para o controle da mosca-das-frutas do mediterrâneo (Ceratitis capitata), inseto que também ocorre na re-


gião Nordeste do Brasil e ocasiona danos similares aos da Anastrepha fraterculus, principal espécie de mosca-das-frutas que ocorre na região Sul do Brasil. O pesquisador relata que já houve tentativas no Brasil de utilizar essa técnica para o controle da mosca-das-frutas em diferentes cultivos. No entanto, não obtiveram sucesso pois os atrativos utilizados, principalmente sucos de frutas, eram pouco eficientes e tinham de ser repostos semanalmente nas armadilhas. Após cinco anos de pesquisas avaliando e ajustando o manejo com uma proteína animal comercial como atrativo, foram alcançados os melhores resultados. Isso porque a mosca adulta tem necessidade de ingerir compostos proteicos para o desenvolvimento e maturação dos óvulos, que originarão as larvas, ou seja, a sobrevivência dos seus descendentes. O produto também apresenta uma alta estabilidade, não sendo necessária a reposição frequente, além de ser seletivo, não prejudicando outros insetos benéficos, como as abelhas. Testes da captura massal são bemsucedidos no campo Há mais de dez anos, Clari Boff produz uvas finas de mesa, como a Itália e a BRS Morena, na Serra Gaúcha no Município de Caxias do Sul (RS), um dos principais polos de hortifrutigranjeiros do Sul do País. Ela ajudou na validação da tecnologia e hoje comemora os resultados. “Com a ajuda da Embrapa conseguimos controlar a mosca-das-frutas e já pensamos em começar um cultivo orgânico”, relata a produtora, que é responsável por uma produção anual de cinco mil quilos de uvas de mesa vendidas diretamente aos consumidores. Ela complementa que os bons resultados obtidos ao longo dos experimentos foram decisivos para que ampliasse sua área de produção Antes da captura massal, a alternativa para o controle da mosca-das-frutas no sistema orgânico era o ensacamento individual dos cachos de uva com sacos de papel, que apesar de ser eficiente, demanda muita mão de obra, cada vez mais escassa no meio rural. A colocação das armadilhas e do atrativo para uso na

captura massal também é uma técnica que exige trabalho manual, no entanto, bem menor em comparação ao ensacamento. Por ser uma tecnologia “resíduo zero”, a captura massal é viável em sistemas de produção com alto valor agregado, como é o caso das uvas de mesa em que a exigência dos consumidores por produtos com ausência de resíduos, é maior, segundo análise do pesquisador da Embrapa. instalaçao Armadilhas Como funciona a captura massal A técnica consiste na instalação de 100 a 120 armadilhas por hectare em todo o parreiral (o produtor pode aumentar a densidade nas bordas mais infestadas), utilizando como atrativo a proteína hidrolisada de origem animal em seu interior. Depois de entrar na armadilha, o inseto não localiza mais a saída e morre afogado, sem a necessidade de uso de inseticidas químicos. Existem armadilhas que podem ser compradas, mas, para baratear o uso da técnica, a equipe de pesquisa ensina a fazer armadilhas caseiras, com a reutilização de embalagens transparentes de refrigerantes (veja circular técnica). “Para utilizar as embalagens, basta fazer dois orifícios de sete milímetros em lados opostos. Depois colocar o atrativo e pendurar a armadilha no parreiral”, orienta Ruben Machota Junior, pós-doutorando na Embrapa Uva e Vinho que integra a equipe de pesquisa. Ele revela que, inicialmente, eram recomendadas as embalagens de dois litros, no entanto, pesquisas demonstraram a mesma eficácia com o uso de embalagens de 600 ml, trazendo o benefício adicional de utilizar menor quantidade de atrativo por armadilha. “É necessário colocar cerca de 40% do volume da embalagem, ou cerca de 250 ml do atrativo alimentar. O produto é estável e demora a evaporar, mas o produtor deve ficar atento e repor o líquido sempre que for necessário”, alerta Machota Junior. Estima-se que sejam gastos aproximadamente 500 ml de atrativo por armadilha por safra, considerando um ciclo de três meses.

As armadilhas devem ser distribuídas de modo a alcançar a densidade recomendada de 100 a 120 unidades por hectare. A instalação deve ser nos ramos do terço médio da planta, ou seja, a cerca de 1,5 m no solo, em lugares mais sombreados, que recebem menor incidência dos raios solares, principalmente no período da tarde, reduzindo assim a evaporação do atrativo. Ferramenta do Manejo Integrado de Pragas (MIP) A captura massal é uma das técnicas que compõem o Manejo Integrado de Pragas (MIP) para combater a mosca-das-frutas. Aliada a ela também são recomendados o uso de armadilhas para monitoramento da praga e de iscas tóxicas (que é a associação de um atrativo alimentar com um inseticida aplicado em faixas, principalmente na borda dos pomares, buscando reduzir a infestação). Para fazer apenas o monitoramento, pode-se utilizar a mesma armadilha e o atrativo, mas em menor número e somente com o objetivo de identificar o nível de infestação do inseto na área de produção. Quando detectada a mosca-das-frutas no parreiral, é o momento de usar a captura massal e as iscas tóxicas. Marcos Botton comenta que, em breve, os produtores irão contar com outras opções de armadilhas para o combate à praga, incluindo novos modelos e formulações de iscas tóxicas mais resistentes à lavagem pela água da chuva. Essas tecnologias irão auxiliar a controlar as diferentes espécies de moscas-das-frutas viabilizando o manejo da praga após a retirada de diversos inseticidas organofosforados do mercado. Segundo a equipe, as tecnologias “resíduo zero”, como a captura massal, são cada vez mais importantes no controle de insetos especialmente no Manejo Integrado. Os cientistas antecipam que outras tecnologias visando produzir frutas sem resíduos e com o mínimo de impacto ambiental estão sendo pesquisadas e em breve estarão disponíveis. Entre as novidades, eles citam os sistemas automáticos de monitoramento, o alerta das infestações, o controle biológico e a técnica do inseto estéril. REVISTA 100% CAIPIRA |21


AGRICULTURA

Cebolas híbridas garantem plantio o ano todo com qualidade para produtor e consumidor Portfólio Topseed Premium atende mercados de norte a sul do país

Fonte: Attuale Comunicação

22| REVISTA 100% CAIPIRA


Com um mercado cada vez mais competitivo, os produtores precisam ser estratégicos no momento do plantio e na escolha dos materiais. Nesse contexto, o vasto portfólio de sementes da linha Topseed Premium, com 11 variedades de cebolas, consegue oferecer a opção certa, no momento certo, levando para o campo produtividade, rusticidade, tecnologia e conhecimento, garantindo o semeio o ano todo com qualidade para o produtor e o consumidor. Segundo o especialista em bulbos e raízes da Agristar do Brasil, Samuel Sant’Anna, o trabalho de desenvolvimento de produtos é incessante. “Estamos sempre em busca de materiais de elevado potencial produtivo e que ao mesmo tempo sejam resistentes a pragas e doenças e que possuam ainda formato, coloração de bulbo e qualidade de casca desejáveis, visando atender as necessidades dos produtores e também do mercado consumidor. Como desenvolvemos sementes de cebolas híbridas que se adaptam ao cultivo em diversas regiões do país, isto proporcionou grandes avanços neste setor, uma vez que nossos híbridos podem atender as particularidades de cada região desde que respeitado o calendário de semeio de cada material. Com isso a produção de cebolas no Brasil se torna constante e de qualidade”. No Cerrado brasileiro, área que engloba os estados de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, a topografia, temperatura e clima fazem com que a área seja uma das melhores para se produzir cebolas no Brasil. Segundo Douglas Machado, Representante Técnico de Vendas Cerrado, a linha Topseed Premium permite ao produtor ter opções para toda a época de plantio. “Conseguimos posicionar a variedade correta de acordo com o objetivo do produtor. Para as primeiras áreas de plantio, o destaque da linha é o material Andrômeda F1; a partir de meados de janeiro, temos a

Aquarius F1, a Sirius F1 e, logo em seguida, a Optima F1, um dos materiais com melhor formato de bulbo do mercado; e a Perfecta F1, que possui o maior potencial produtivo para a região; a Soberana F1, material de alta adaptação em vários tipos de solo; e por fim, nas últimas épocas de plantio, contamos com a Lucinda F1, para o mercado que exige melhor qualidade de casca”, explica Machado. No estado de São Paulo, a região de Monte Alto tem predominância de pequenos produtores, que normalmente semeiam a cebola após a safra de cereais. “Os híbridos ajudaram os produtores a resolver problemas como doenças foliares e obter uma melhor uniformidade dos bulbos. Isso é possível porque todas as variedades lançadas são testadas e adaptadas em estações experimentais próprias em Santo Antônio de Posse (SP), Mossoró (RN), Orizona (GO) e Ituporanga (SC), além de uma estação de pesquisa localizada em Guimarânia (MG), fundamentais para que cada material chegue ao mercado com o manejo adaptado a cada região e período do ano. As variedades mais plantadas são a Aquarius F1, Optima

F1 e Soberana F1”, destaca o Representante Técnico de Vendas São Paulo, Renato Souza. Para o Representante Técnico de Vendas Nordeste, José Francisco Albuquerque, dos 11 materiais da linha é possível destacar para os estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Paraíba cinco já reconhecidos no mercado e com janelas de semeio definidas: Aquarius F1, Andrômeda F1, Fernanda F1, Predileta F1 e Serena F1. “Todos são ótimos materiais e são inúmeros os casos de sucessos, isso graças aos bons resultados obtidos com produções que chegaram a patamares jamais vistos ou esperados. Já tivemos áreas de lavoura da cebola Fernanda F1 com 150 ton/ha e Serena F1 com 140 ton/ha, por exemplo”, diz. Em 2018 a Topseed Premium lançará no mercado a cebola roxa Gamay F1. Sant’Anna explica que é um material muito produtivo e resistente a doenças foliares. “Os bulbos apresentam coloração roxa intensa, tanto interna quanto externamente e é adaptado para o cultivo na região Nordeste, tendo uma janela de semeio que vai de agosto até dezembro. Será uma excelente opção para os produtores nordestinos”.

REVISTA 100% CAIPIRA | 23


MÁQUINAS E IMPLEMENTOS

Tratador A móvel elimina a perda de suplementos para pecuária

A startup brasileira Tryber Tecnologia desenvolveu um tratador de animais, o chamado cocho, móvel e com capacidade própria de armazenamento de ração ou grãos. Lançado em setembro, o equipamento proporciona economia, ao praticamente eliminar a perda de alimento, otimização de mão de obra e frete, além de acelerar o ganho de peso dos rebanhos. A inovação, patenteada pela Tryber Tecnologia, possui dois modelos, um de 10 m³ e outro de 5 m³ de capacidade do reservatório. O maior comporta 6 toneladas de ração ou 8 toneladas de grãos-inteiros, que, em um compartimento fechado, ficam protegidas do ambiente externo e sem contato com as seções onde os animais se alimentam. O abastecimento é automático, por gravidade, nos 20 metros lineares de cocho (modelo de 10 m³). O alimento é disponibilizado aos animais conforme a demanda, evitando assim que deteriore por contato com saliva. Também é protegido da chuva ou sol pela sua cobertura superior. Dessa forma, o abastecimento do tratador pode ser realizado uma única vez em períodos que chegam a três se24 | REVISTA 100% CAIPIRA

ideia parece simp resultados são surp

manas, enquanto que, em cochos fixos, deve ocorrer três vezes ao dia. Por ser móvel e ter capacidade de armazenamento, o tratador da Tryber Tecnologia pode ser deslocado até o campo e lá, abastecido por caminhão, bigbag ou carreta graneleira. “O equipamento é capaz de armazenar 8 toneladas, mais da metade do que um caminhão ‘truck’ carregado de milho transporta”, diz Daniel Zacher, sócio fundador da Tryber Tecnologia. A mobilidade também atende às necessidades da Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, sistema de manejo que vem representando uma revolução no campo. “Como o tratador pode ser deslocado, permite que a terra tenha diferentes usos ao longo do ano”. O fazendeiro Rubem Kudies, no município de Chiapeta (RS), destaca também como fator favorável à integração Lavoura Pecuária o fato de a mobilidade do sistema permitir que os animais se aglomerem em pontos diferentes do terreno por períodos determinados, o que evita a compactação do solo e surgimento de lamaçais. “Em qualquer estrutura de confinamento ou de suplementação que utilize cochos fixos, a chuva resul-

ta em problemas de barro, o que força a mudança de local a cada 15 dias”, diz. “A mobilidade do tratador Tryber facilita muito, além favorecer o manejo do próprio esterco, possibilitando que diferentes pontos do terreno sejam fertilizados periodicamente.” O pecuarista diz que a solução da Tryber praticamente eliminou a perda de suplementos. “Quando se aproveita os dois lados do cocho comum, sempre há a possibilidade de o animal pisar nele ou salivar o que, como a chuva, resulta na perda do alimento”, diz. “No caso do tratador da Tryber, como há um fluxo contínuo e a extensão do cocho para cada animal é reduzida, as chances de se perder produto ficam muito reduzidas. Já aconteceu de chover forte e apenas parte da ração de um dos lados do cocho ficar úmida. Mas, como os animais voltam para se alimentar antes que o processo de deterioração tenha início, não houve perda”, afirma. Kudies também destaca a redução da necessidade de mão de obra com o tratador da Tryber. “Ao invés de estar de duas a três vezes por dia alimentando os animais com meio metro de cocho


FRIGORÍFICOS E ABATEDOUROS

ples, mas seus Balanço da carne de preendentes frango em novembro de 2017 Comparativamente ao mês anterior, outubro de 2017, o volume nominal de novembro recuou perto de 5%. Como, porém, o mês tem um dia a menos, a queda real foi menor, de pouco mais de 1,5%.

Fonte: AviSite

para cada um deles, adotamos a solução de um tratador de alto consumo, que pode ser manejado e abastecido uma única vez por semana”, diz. “Os cochos são abastecidos automaticamente com milho, grão inteiro e aveia para fazer a complementação, principalmente de animais que saíram da pastagem de inverno e não ficaram prontos”, afirma. Segundo o pecuarista, como o alimento permanece sempre à disposição do rebanho, é possível administrar, pelo menos,150 animais em 20 metros de borda de cocho. “Ou seja, uma estrutura pequena que, pela eficiência, faz com que os animais não precisem se alimentar todos ao mesmo tempo. Essa flexibilidade permite que cada um se desenvolva em seu ritmo próprio”, diz. Segundo Zacher, a mobilidade do tratador resultou em outro benefício aos seus proprietários. “Pode-se levar a suplementação de ração ou proteinados até o gado na pastagem, que, assim, acaba se alimentando com uma melhor nutrição, o que resulta em ganho de peso, maior ritmo de crescimento e melhor taxa de lotação (UA/ha)”, afirma. Fonte: Compilance Comunicação

A projeção efetuada pela APINCO a partir do alojamento interno de pintos de corte indica que – pelos parâmetros de produtividade adotados – em novembro de 2017 foram produzidas no País pouco mais de 1,057 milhão de toneladas de carne de frango, volume que significou aumento de 2,15% sobre o mesmo mês do ano passado. Comparativamente ao mês anterior, outubro de 2017, o volume nominal de novembro recuou perto de 5%. Como, porém, o mês tem um dia a menos, a queda real foi menor, de pouco mais de 1,5%. Como, no mês, as exportações de carne de frango apresentaram regressão – de 1% em relação a novembro de 2016 e de mais de 11% em relação ao mês anterior – isso se refletiu diretamente na disponibilidade interna do produto que, após quatro meses sucessivos de redução, voltou a apresentar aumento – superior a 3,5% – em comparação ao mesmo mês do ano passado. Já na comparação com o mês anterior o que houve foi uma redução ligeiramente superior a 1,5%. Mas, novamente, é preciso considerar que o mês foi mais curto, teve um dia a menos. Assim, a oferta real foi, na verdade, maior, apresentando incremento de 1,7%. O que caberia perguntar a esta

altura é “por que, apesar da oferta maior (aliás, a maior do corrente semestre até aqui), o mercado do frango abatido permaneceu em alta, alcançando no mês o melhor preço do ano?”. A resposta mais plausível é a de que, aparentemente, parte dos frangos produzidos e abatidos no decorrer de novembro não chegou ao mercado, ou seja, foi estocada para comercialização no mês de dezembro. Ou, então, tiveram seu tempo de criação alongado, transformando-se nos “frangões” que invadem o mercado no período de Festas. A realidade é que, em dezembro corrente, ocorre forte concentração na oferta interna de aves prontas para o consumo, fato que, aliado à perspectiva de baixa exportação, tende a interferir nos preços do produto. Por sinal, próximo do encerramento da primeira quinzena de dezembro (teoricamente, o melhor momento de comercialização não só do mês, mas do ano), os preços do frango abatido não deslancham e, até aqui, mantêm-se abaixo do registrado na mesma quinzena de novembro passado. Isso, porém, não surpreende. Afinal, o frango deixou de ser prato exclusivo das Festas. Tornou-se o alimento nosso de cada dia. REVISTA 100% CAIPIRA |25


26 | REVISTA 100% CAIPIRA 2624


REVISTA REVISTA100% 100%CAIPIRA CAIPIRA || 27


ALGODÃO

Mercado aquecido para o algodão

Fonte: Assessoria Imprensa Abapa

Perspectivas positivas para a fibra brasileira na última reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados (CSAD) em 2017 28 | REVISTA 100% CAIPIRA


O crescimento do consumo de produtos têxteis e confeccionados, da ordem de 4 a 5%, no mercado interno, ante a previsão de aumento de 12% na safra de algodão e 20% de incremento na área plantada no Brasil garantiram o tom de otimismo da última reunião de 2017 da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados (CSAD), realizada na quarta-feira (5/12), na sede do Instituto Pensar Agro (IPA), em Brasília. Em contrapartida, a ascensão das importações de produtos acabados – que foram em média 50% superiores este ano, chegando a bater em 70% em novembro, na comparação com 2016 – também preocupa os membros, sobretudo pelo alto índice de informalidade. A câmara setorial do Ministério Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) reúne representantes dos produtores, indústria, exportadores, Governo e entidades de crédito para discutir o setor e buscar alternativas e soluções para seu desenvolvimento. Atualmente, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) preside o colegiado. Entre os membros, além das associações estaduais de produtores da fibra, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abrapa), Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Embrapa, dentre outras. De acordo com o presidente da Abit, Fernando Pimentel, o consumo em alta aquece também a demanda pelo algodão, que segue sendo a principal fibra têxtil no Brasil. “É muito importante manter esse status, mas precisamos estar atentos ao crescimento da participação do poliéster e outras fibras, seja por questões de preço ou de desempenho, na indústria”, disse Pimentel, acrescentando que, atualmente, tecidos como o denin estão ficando mais leves, com menos concentração da fibra na trama, e participação de outras matérias-primas na composição. “O jeans está deixando de ser 100% algodão, principalmente no segmento feminino”, afirmou. “Temos de ser capazes de, através da inovação, fortalecer o consumo do algodão no Brasil e no mundo para enfrentar a compe-

tição com os fios sintéticos”, disse o presidente da Abit, elogiando a Abrapa pelo movimento Sou de Algodão. Aumento de safra não vai ser problema para as exportações Os indicativos de arrefecimento da crise econômica, que, segundo a Abit, já refletem no aumento de consumo de têxteis e confecções, também deverá ser positivo para as exportações de algodão, de acordo com a Anea. Isso porque o fim da recessão ocasiona o aumento das importações e, consequentemente, a disponibilidade de contêineres e rotas de navegação no país. Este ano, menos contêineres em circulação e linhas reduzidas de navios provocaram atraso nos embarques de algodão, cujo principal destino são os países asiáticos. Questionado pelo presidente da Abrapa, Arlindo de Azevedo Moura, se o crescimento estimado de 20% na produção da fibra não irá afetar os embarques, o vice-presidente da Anea, Marco Antonio Aluisio, disse que o aumento será absorvido, como também o foi na safra 2016/17. “Estamos preparados para suportar esse aumento de produção de cerca de 200 mil toneladas. De 2016 para 2017, já houve um crescimento de quase 150 mil toneladas. Esse é um problema que os traders têm de administrar, mas vale ressaltar que os atrasos não são um problema específico do algodão, e, sim, do Brasil de uma maneira geral”, explica. Aluisio diz que as companhias de navegação estão se preparando para uma safra maior. Segundo o terceiro levantamento da safra 2017/2018, o país deverá produzir 1,8 milhão de toneladas de pluma de algodão, em um milhão de hectares de lavouras, com produtividade média estimada em 1,6 mil quilos por hectare. Embarques pelo N/NE Uma das alternativas para reduzir a pressão sobre o Porto de Santos é exportar a produção da região do chamado Matopiba (Maranhão,

Tocantins, Piauí e Bahia), pelos portos do Norte/Nordeste. A proposta tem sido defendida pela Abrapa, e, na reunião, o vice presidente da entidade, Júlio Cézar Busato, que está à frente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA), explicou que um estudo de viabilidade será elaborado, com a participação da CTIA, da Câmara Temática de Infraestrutura e logística (CTLOG) e da Câmara do Algodão. Busato afirmou que algumas experiências já vêm sendo conduzidas com sucesso na Bahia, via Porto de Salvador. Mapeamento da cadeia produtiva O professor Marcos Fava Neves, da Universidade de São Paulo (USP) e Markestrat, detalhou na reunião alguns dos resultados mais representativos do estudo A Cadeia Produtiva do Algodão – Safra 2016/2017, Desafios e Estratégias, lançado esta semana, durante o jantar de confraternização da entidade em Brasília. Segundo Fava Neves, o PIB da cadeia produtiva foi de US$74 bilhões, composto principalmente pelas atividades pós-porteira”. A movimentação financeira do setor alcançou US$135,5 bilhões, sendo US$1,3 bilhão no elo de insumos para a produção agrícola, US$3,2 bilhões nas fazendas, US$ 131 bilhões no “pós-porteira” e ainda US$48 milhões em empresas facilitadoras do funcionamento da cadeia, como corretoras e classificadores de pluma. “Com o lançamento dessa terceira edição, a Abrapa dá mais um passo no sentido de se diferenciar dentre as organizações do agronegócio, disponibilizando conhecimento, cultura, dados, e, cada vez mais, buscando a sustentabilidade, a certificação da qualidade e da rastreabilidade do algodão brasileiro. São aspectos muito importantes de governança da associação para o Brasil ampliar sua participação no mercado internacional”, disse Fava Neves. REVISTA 100% CAIPIRA |29


AGRICULTURA DE PRECISÃO

Drones otimizam resultados em usinas de Cana

Fonte: Comuniquesse

A agricultura está cada dia mais adepta à tecnologia digital, pois efetivamente podem melhorar a produtividade, aumentar a lucratividade e diminuir os desperdícios, ou seja, gerir a propriedade

C

om a re a l i z a ç ã o de pesquisas e proj e t o s ju nt o a o s pro dut ore s rurais, é possív e l d e s e nv o l v e r s o lu ç õ e s e s p e c í f i c a s p a r a c a d a c u lt i v o. S e p a r a a pro du ç ã o d e a r ro z é re l e v a nt e re a l i z a r o e nt a ip a m e nt o a p a r t i r das cur vas de nível, para a can a - d e - a ç ú c a r é e s s e n c i a l i d e nt i f i c a r a s f a l h a s l i n e a re s e , a s s i m , p o d e r t om a r d e c i s õ e s a s s e r t i v a s e m u m c u r t o p e r í o d o d e t e mp o. E m t e r m o s d e i n ov a ç ã o t e c n o l ó g i c a , o s VA N Ts , p opu l a rm e nt e c on h e c i d o s c om o d ron e s , s ã o a t e c n o l o g i a d o m om e nt o. O s e t or s u c ro a l c o o l e i ro f oi u m d o s pr i m e i ro s a a d ot á - l o s p a r a m o n it or a r c a n av i a i s e ap l i c a r s o lu 30 | REVISTA 100% CAIPIRA

ç õ e s p a r a p l a nt a s c om o d e s e n v o l v i m e nt o a l é m d o e s p e r a d o. O u s o d e s s e s e qu ip a m e nt o s e m c a mp o v a i a l é m d o m on it o r a m e nt o : o s pro dut o s t op o g r á f i c o s o bt i d o s n a c o l e t a d e i m a g e n s f a c i l it a m a i mp l e m e nt a ç ã o d e n ov a s á re a s d e c u lt i v o e re f or m a s d e t a l h õ e s , p or e x e mp l o. Ao s o bre v o a r u m a á re a , o VA N T re g i s t r a i m a g e n s s e qu e n c i a i s d a re g i ã o d e i nt e re s s e , c om c â m e r a s R G B ou mu lt i e s p e c t r a i s . Ap ó s o pro c e s s a m e nt o d a s f ot o g r a f i a s , p o d e - s e ap l i c a r d i v e r s o s í n d i c e s d e v e g e t a ç ã o, c a p a z e s d e or i e nt a r o s pro dut ore s r u r a i s a t om a r d e c i s õ e s a c e rc a d a s aú d e d a v e g e t a ç ã o, qu a l i d a d e d o s o l o, nut r i ç ã o, pr a g a s e t c . A l é m d i s s o, c om a t e c n o l o g i a

d e pre c i s ã o g e o g r á f i c a RT K / P P K é p o s s í v e l g e r a r a rqu i v o s d e s h a p e f i l e s p a r a o pi l ot o aut om át i c o d o s t r at ore s e a ap l i c a ç ã o d e a l g or it m o s i nt e l i g e nt e s d e a n á l i s e s d e i m a g e m , p e r m it i n d o a i d e nt i f i c a ç ã o aut om at i z a d a d e l i n h a s e f a l h a s d e p l a nt i o. E s t i m a - s e qu e a g i l i d a d e e a pre c i s ã o n a c o l e t a d e d a d o s d o s VA N Ts c ont r i bu i p a r a qu e a s u s i n a s d e c a n a p o s s a m apr i m o r a r a qu a l i d a d e e a pro dut i v i d a d e d e s u a m at é r i a - pr i m a e m at é 20%. C om o u s o d a t e c n o l o g i a d o s VA N Ts n a a g r i c u ltu r a , o pro du t or t e m m a i or aut on om i a , pr a t i c i d a d e , s e g u r a n ç a , e c on om i a , t om a d a d e d e c i s õ e s e s t r at é g i c a s e a s s e r t i v a s e m s e u t r a b a l h o.


AVICULTURA

Pintainhas de postura comercial superam novamente os 9 milhões de cabeças Dados apanhados no mercado indicam que o alojamento de pintainhas de postura comercial levantado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) superou novamente os 9 milhões de cabeças em junho O total alojado atingiu 9,043 milhões de cabeças, equivalendo a aumento de 21,6% sobre o mesmo período de 2016. Em relação ao mês anterior, maio, a queda ficou próxima dos 3,8%. Entretanto, considerando que junho é mês mais curto, o alojamento real representou redução de apenas 0,5%, se confirmando como o segundo maior volume alojado no setor.

O volume acumulado nos primeiros seis meses do ano alcança 50,494 milhões de cabeças, significando aumento de 9,2% sobre o mesmo perío do do ano p ass ado. Proj et ado p ara o rest ante do ano, o a lojamento médio atual indica a superação dos 100 milhões de cabeças de pintainhas alojadas - atingindo 101 milhões -, representando 8,9% de cresci-

mento anual. Po r o r a , o v o l u m e a c u m u l a do nos últimos doze meses – julho de 2016 a junho de 2017 – alcança 97 milhões de cabeças e equivale a 4,7% de aumento sobre o mesmo período i m e d i a t a m e n t e a n t e r i o r. D e s se total, 81,3% das pintainhas são destinadas à produção de ovos brancos. No p erío do anterior era de 79,7%.

Fonte: AviSite

REVISTA 100% CAIPIRA |31


BIODIVERSIDADE

Peixes do Tocantins conservados para a posteridade A conservação de material genético de peixes já ocorre na Embrapa desde o início dos anos 2000, e no ano passado houve um incremento na quantidade de amostras armazenadas. “Até 2015 eram trabalhos pontuais, principalmente realizados pela Embrapa Pantanal Fonte: Embrapa Pesca e Aquicultura

32 | REVISTA 100% CAIPIRA


A “Arca de Noé” da Embrapa foi incrementada com peixes de Tocantins. Nos últimos dias 28 e 29 de novembro, em Brejinho de Nazaré, no Centro-Sul do estado, pesquisadores dos centros de pesquisa da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas, TO), Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF) e Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) coletaram 450 amostras de sêmen de 25 peixes, entre tambaquis (Colossoma macropomum) e caranhas (Piaractus brachypomus). A iniciativa visa conservá-los em nitrogênio líquido, a uma temperatura de 196 graus celsius negativos, no Banco Genético da Embrapa, em Brasília. O objetivo é garantir a variabilidade genética e a manutenção de características de interesse econômico que podem se perder com o tempo, após sucessivos cruzamentos das espécies. Segundo Luciana Nakaghi Ganeco Kirschnik, pesquisadora da Embrapa Pesca e Aquicultura, foi a primeira vez que a Unidade fez a coleta. “Selecionamos os reprodutores que estavam aptos, coletamos o sêmen e criopreservamos em nitrogênio líquido”, explica ela, que faz parte da equipe de pesquisadores que realizaram a coleta em Brejinho. A conservação de material genético de peixes já ocorre na Embrapa desde o início dos anos 2000, e no ano passado houve um incremento na quantidade de amostras armazenadas. “Até 2015 eram trabalhos pontuais, principalmente realizados pela Embrapa Pantanal, com espécies daquela região. Mas desde o ano passado a coleta ficou mais sistematizada, com amostras para o banco de sêmen, de tecido e de DNA”, explica Alexandre Nízio Maria, pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros. Segundo ele, no Nordeste espécies como o tambaqui já estão sofrendo com o problema de endogamia. “Após 30 anos de criação intensiva para comercialização, observamos a reprodução de indivíduos aparentados, o que prejudica a variabilidade da espécie”, destaca Nízio. Com a conservação no Banco

Genético da Embrapa, será possível retomar características perdidas e usar o material em programas de melhoramento genético. Diferentemente de certos mamíferos, como os bovinos, que possuem um sistema de conservação e reprodução in vitro já dominado pela ciência, no caso dos peixes só é possível a coleta e armazenamento de material reprodutivo masculino. Para Alexandre Floriani Ramos, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) e curador do Banco de Germoplasma Animal, há um longo caminho a ser percorrido pela piscicultura. “Ainda não é possível coletar e armazenar gametas femininos ou embriões com a qualidade necessária para a conservação, apenas masculinos. Assim, para reproduzir determinada espécie de peixe é necessário utilizar o sêmen congelado juntamente com óvulos de fêmeas vivas daquela mesma espécie. A técnica da conservação e reprodução de peixes in vitro ainda precisa avançar bastante, tal como ocorreu com a pecuária”, opina. Banco genético da Embrapa vai conservar material de pecuaristas No caso dos bovinos, a Embrapa quer integrar ao seu banco genético o material dos animais considerados formadores das principais linhagens de raças comerciais no Brasil, como nelore, angus ou gir. A empresa pretende fazer acordos com criadores e associações para uso e transferência de material genético, como sêmen, embriões ou amostras de DNA. “Precisamos conservar o material dos fundadores dessas raças e dos grandes reprodutores”, diz Ramos, acrescentando que a variabilidade genética do rebanho bovino está menor. A Embrapa prestará o serviço de conservação gratuitamente. Isso é possível porque a empresa é autossuficiente na produção no nitrogênio usado nos tanques de conservação. Os termos dessa custódia serão definidos por um contrato com o

proprietário do material. O documento, explica Ramos, estabelece condições de uso e disponibilidade. O pesquisador da Embrapa pondera, no entanto, que será feita uma seleção criteriosa do material, com base na genealogia e na importância para a conservação e melhoramento genético. Ramos reforça que a intenção é preservar as referências das diversas linhagens presentes no rebanho bovino do Brasil. A Embrapa começou a formar o banco de germoplasma animal em 1983, como sequência da conservação de amostras vegetais, iniciada em 1974. Atualmente, a divisão de Recursos Genéticos tem mais de 90 mil doses de sêmen, 450 embriões e 12 mil amostras de DNA. Do total, 80% são de bovinos, mas há também caprinos, ovinos, suínos, equinos e asininos. Diversificar ainda mais essa reserva de material se tornou possível com a ampliação do Banco Genético da Embrapa. Chamado pela própria empresa de “Arca de Noé dos tempos modernos”, o banco genético visa preservar em um só lugar espécies animais, vegetais e microrganismos. O local funciona como um “backup” do que é pesquisado nas unidades da empresa pelo Brasil e que, a depender da necessidade, pode ser compartilhado com redes de pesquisa das quais ela é participante. s informações do Banco Genético da Embrapa estão disponíveis para o público por meio do sistema Alelo Animal, que dispõe de ferramentas de gestão de dados de recursos genéticos animais, que possibilitam cadastrar animais e seus descritores, imagens, taxonomia, dados fenotípicos, genotípicos e genômicos. Além de propiciar o gerenciamento de coleções biológicas, o sistema permite que informações públicas sobre diferentes grupos de animais estejam disponíveis para a sociedade: equinos, bubalinos, bovinos, suínos, asininos, caprinos, ovinos, peixes de água doce, além de outras espécies de animais silvestres. REVISTA 100% CAIPIRA |33


EQUIDEOS

Criadores buscam por cavalos nacionais devido a boa genética e a alimentação adequada Fonte: LN Comunicação

Mercado de cavalos nacional cresce no Brasil e movimenta 16 bilhões de reais por ano O Brasil está enfrentando uma crise econômica que afetou diferentes setores, porém, o mercado de cavalos continua crescendo e se tornou um dos mercados mais lucrativos dentro do agronegócio. Segundo a ABCCMM Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador - o setor fatura aproximadamente 16 bilhões de reais por ano, emprega 3 milhões de pessoas e cresceu 12% em apenas 10 anos. A perspectiva é de que o mercado nacional permaneça aquecido. De acordo com a FAO – Federação Internacional da Agricultura - o Brasil possui a quarta maior tropa de cavalos do mundo. Atualmente, a tropa brasileira possui 5.496.817 cavalos e esse número é reflexo do alto investimento em melhoramento genético, nutrição, medicamentos, profissionais e treinadores. Em 2017, o setor de equinos também recebeu um grande investimento em eventos, entre eles, competições, 34 | REVISTA 100% CAIPIRA

circuitos de hipismo e leilões. Com uma média de 10 eventos por semana, segundo a ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha - os eventos têm sido um grande sucesso e cada vez conseguem atrair mais público. Em média, o Brasil recebe 4 mil eventos de cavalos por ano. A qualidade da tropa nacional tem se destacado tanto que o país está valorizando cada vez mais os cavalos nacionais ao invés de buscar cavalos importados. Segundo o zootecnista Sigismundo Fassbender, esses animais se destacaram graças à boa genética aliada a nutrição. “Um dos principais fatores para o desenvolvimento de melhoramento genético é a nutrição adequada. Todos os nutrientes ingeridos pelo animal colaboram para o funcionamento adequado do organismo dos equinos, sem uma dieta balanceada os genes do animal são comprometidos e eles, consequen-

temente, podem desenvolver doenças e prejudicar seu desempenho. ” Mas qual é a nutrição adequada para os cavalos? Segundo Fassbender, a nutrição adequada varia de animal para animal. A melhor dieta deve ser indicada por um profissional de nutrição, que vai levar em consideração uma série de questões, entre elas: a intensidade das atividades praticadas pelo animal, a fase de crescimento em que ele se encontra e o ambiente. De modo geral, os cavalos precisam de uma alimentação rica em energia, proteína, contendo a quantidade suficiente de vitaminais, minerais, aminoácidos, fibras de boa qualidade, óleos e água limpa à vontade. Esses nutrientes, em quantidades ideais, são capazes de manter o animal saudável e explorar o melhor desempenho do mesmo.


R

A REVISTA DE AGRONEGÓCIO QUE RESGUARDA A CULTURA CAIPIRA

ACESSE: WWW.REVISTA100PORCENTOCAIPIRA.COM.BR

https://www.facebook.com/pages/100porcentocaipira 35 REVISTA 100% CAIPIRA |


GOVERNO

Reformas econômicas e ajuste fiscal criam condições para o crescimento sustentado do agronegócio na próxima década, aponta estudo da Fiesp Cenário brasileiro para 2018 é de retomada mais consistente da economia, sendo o agronegócio um destaque Por: Cristina Carvalho, Agência Indusnet Fiesp

36 | REVISTA 100% CAIPIRA


O agronegócio brasileiro, responsável em grande parte pelo início da recuperação econômica brasileira em 2017, continuará como um dos protagonistas no cenário internacional. Essa é uma das conclusões do “Outlook Fiesp 2027 – Projeções para o Agronegócio Brasileiro”, levantamento elaborado pelo Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp, que reúne as projeções do setor para a próxima década, em termos de produção, produtividade, área plantada, consumo doméstico e exportações. O documento, divulgado nesta sexta-feira (15/12), destaca que o cenário brasileiro para 2018 é de retomada mais consistente da economia. “O desemprego deve continuar a trajetória de queda e a taxa básica de juros tende a ficar em patamar historicamente baixo. No curto prazo, o setor de alimentos estará entre os mais beneficiados pela recuperação do poder de compra da população, com impacto positivo no consumo de produtos que dependem mais do mercado interno. É o caso das proteínas animais, como as carnes e os derivados do leite, e também dos alimentos mais elaborados”, aponta o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Para Skaf, no horizonte projetado, as reformas estruturais já feitas e as que ainda virão darão maior eficiência ao Estado e abrirão caminho para implementar políticas públicas mais eficazes. “A agrícola, por exemplo, poderá iniciar sua migração para um modelo mais robusto. Com novos cortes na taxa básica de juros – e sua permanência em nível adequado –, o custo do governo para a equalização do crédito rural tenderá a cair, o que abrirá espaço para finalmente haver um seguro de

renda”. Por outro lado, o estudo aponta que neste cenário, o real tende a ficar mais valorizado em relação ao dólar, o que deve significar margens apertadas aos produtores, como ocorreu em 2017, exigindo investimentos cada vez maiores em tecnologia e gestão. Nesta edição do Outlook Fiesp, o cenário foi marcado pela grande variação entre as safras 2015/2016 e 2016/2017. Na primeira, as baixas produtividades tanto da soja quanto, principalmente, de milho, provocaram escassez no mercado interno. No caso do milho, os preços explodiram, prejudicando as cadeias das carnes. Na safra 2016/2017, a oferta

no, apesar do risco político devido às incertezas quanto as eleições de 2018, trabalhamos com o cenário de retomada do crescimento econômico”, observa o gerente do Deagro, Antonio Carlos Costa. Segundo o estudo, a produção brasileira de carne bovina deve alcançar 11,2 milhões de toneladas em 2027, alta de 21% no período projetado. A perspectiva para o produto é também positiva em relação ao consumo doméstico, que deve atingir 8,7 milhões de toneladas e às exportações líquidas, com 2 milhões de toneladas, aumentos de 14% e 53% na próxima década. Já o segmento de lácteos deve alcançar a produção de 46,2 bilhões de litros de leite, o que representa um incremento de 37%. Para a soja, uma das principais culturas do país, a projeção do Outlook Fiesp para a safra 2026/2027 é de crescimento de 27% na produção. O consumo doméstico e as exportações também devem se manter em ascensão, com 15% e 43% de crescimento, respectivamente. “Se o documento avalia que a continuidade da agenda reformista tende a manter a moeda brasileira valorizada, alguns produtos como o açúcar, o café e o suco de laranja não sentirão tanto o efeito da valorização do real, posto que seus preços internacionais tendem a subir em dólar com o fortalecimento da moeda nacional, dada a alta participação das exportações brasileiras no mercado mundial. Para essas culturas, esse cenário tende a manter os insumos com preços mais baixos, além de promover a desalavancagem das empresas que detêm dívidas cotadas em dólares. Nesse sentido, as margens podem até melhorar”, observa Costa.

alguns produtos como o açúcar, o café e o suco de laranja não sentirão tanto o efeito da valorização do real foi abundante, fruto das excelentes produtividades em praticamente todas as principais regiões produtoras do País, que proporcionaram uma safra recorde. Também houve boas safras em outros países importantes, como os EUA, o que pressionou para baixo os preços internacionais. Da mesma forma, no açúcar, as cotações recordes em 2016 passaram para um cenário de preços mais baixos em 2017. A valorização da moeda brasileira em relação ao dólar também não contribuiu para uma melhor precificação dos produtos agrícolas em geral. “Apesar do risco climático inerente ao setor, projetamos uma menor volatilidade externa nos mercados agrícolas, após uma estabilização dos preços das commodities em geral. No mercado inter-

REVISTA 100% CAIPIRA |37


ADUBOS E FERTILIZANTES

Fertilizantes: aumentando a produção de forma responsável e sustentável Esclarecer a sociedade sobre os benefícios dos fertilizantes na produção de alimentos é a principal missão da Nutrientes Para Vida (NPV)

Coirmã da americana Nutrients For Life, a iniciativa brasileira baseia-se exclusivamente em evidências e dados científicos para conscientizar os cidadãos sobre a relevância dos fertilizantes na luta contínua da humanidade para elevar a produção agrícola com qualidade e de forma sustentável. “A fertilização desempenha, cada vez mais, um papel-chave na produção de alimentos de boa qualidade e em larga escala. Isso porque as demandas são crescentes e precisamos aumentar a produtividade em termos globais. A ideia é articular práticas para garantir a alimentação das gerações futuras norteadas por ações que, ao mesmo tempo, priorizem as questões ambientais. Este, aliás, é um grande desafio”, declara o engenheiro agrônomo Alan Bojanic, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil. Existem duas opções para produzir mais alimentos: aumentar a área plantada ou aumentar a produtividade. No primeiro caso, significa desalojar outras coberturas vegetais do planeta, como as florestas, o que deve ser evitado. Já com 38 | REVISTA 100% CAIPIRA

o aumento da produtividade, decorrente do emprego de práticas agrícolas mais eficientes, incluindo o manejo adequado de fertilizantes, é possível aumentar a oferta de alimentos e, ao mesmo tempo, reduzir a necessidade de explorar novas áreas para a agricultura, preservando a biodiversidade e os outros usos do solo, explica Dr. Heitor Cantarella, engenheiro agrônomo, Coordenador da NPV e ganhador do IFA Norman Borlaug Award de 2017, um dos mais importantes prêmios do universo agro em nível mundial. Nesse sentido, a utilização adequada dos nutrientes, principalmente de nitrogênio e fósforo, é essencial para o aumento da produtividade com sustentabilidade, destaca Dr. Luís Ignácio Prochnow, diretor-geral do Instituto Internacional de Nutrição de Plantas (IPNI), no Brasil. Ele pontua ainda que, com o manejo responsável dos fertilizantes no campo, evita-se a perda de nutrientes para os corpos d’água e a contaminação dos mananciais. Com isso, evita-se a eutrofização e a proliferação de organismos, como as algas, que podem afetar o equilíbrio do ecos-

sistema. Segundo ele, o IPNI faz um trabalho permanente de conscientização, divulgando o conceito do manejo de nutrientes 4C. Desenvolvido durante uma longa história de cooperação entre a indústria e a comunidade científica, fomenta, desde 1988, a aplicação da fonte certa de nutrientes, na dose certa, na época certa e no lugar certo. Portanto, para controlar a perda de nutrientes nas áreas de exploração agrícola e impedir a eutrofização dos mananciais, a adoção do manejo 4C é indispensável. O uso de práticas conservacionistas, como, por exemplo, plantio em curvas de nível, barreiras de vegetação e terraceamento, também são exemplos de cuidados a serem tomados. “Outra recomendação importante aos agricultores é que busquem orientação, junto aos consultores e agrônomos competentes, sobre as técnicas agronômicas que permitem aumentar a produção de alimentos nas áreas já existentes e que apresentem menor pressão sobre o ambiente”, orienta Dr. Prochnow. Fonte: Acontece Comunicação e Notícias


GESTÃO

Energia elétrica precária prejudica plantações gaúchas de arroz Produtores do grão relatam problemas de equipamentos queimados e falta de equipe para reparar danos no sistema

Fonte: Assessoria de Comunicação da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz)

Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul têm convivido nos últimos meses com as mais variadas adversidades para conseguir produzir nesta safra. Depois do clima e preços, os problemas de energia elétrica também atrapalham a implantação das lavouras no Estado. A falta de luz e precariedade dos equipamentos tem sido um empecilho muito forte para que os arrozeiros mantenham as lavouras

irrigadas e consigam fazer o correto manejo das plantas. Produtor em Santa Vitória do Palmar, Marcio Silveira relata que a situação é crítica, pois falta luz e há a demora do restabelecimento devido a falta de equipes. “As redes de distribuição internas estão em péssimas condições de conservação. Temos visto que existem vários postes queimados, travessas queimadas,

equipamentos reguladores de tensão estragados e bancos capacitores desligados”, explica. Silveira destaca que a situação complica mais ainda porque não há como manter o nível de água nas lavouras, o que prejudica as plantas. “As plantações estão com grandes dificuldades de manter o nível da água e muitos produtorea acabam tendo prejudicados também os manejos de herbicidas e fertilizantes nitrogenados, pois com esta situação não estão conseguindo encher a lavoura”, observa. Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, além do Brasil possuir uma tarifa consideravelmente superior aos demais competidores, há o agravante da bandeira vermelha, além do detalhe da qualidade do serviço entregue ao consumidor. “Inexiste manutenção preventiva nas redes de distribuição da concessionária CEEE e sequer equipes para atendimento na zona rural”, ressalta. Dornelles enfatiza que os produtores de arroz, além de todas as desvantagens tributárias, que oneram diretamente a produção, precisam conviver com uma entrega deficiente de energia elétrica que exige maiores manutenções pela queima de equipamentos e manejo inadequado de fertilizantes, como ureia e herbicida, inclusive com a necessidade de aplicações adicionais. REVISTA 100% CAIPIRA | 39


FLORICULTURA

40 | REVISTA 100% CAIPIRA


REVISTA 100% CAIPIRA | 41


CULTURAS FLORESTAIS

Secretaria de Agricultura quer fomentar o cultivo de noz pecã

Fonte: JORNAL BOA VISTA

O cultivo da noz pecã é uma interessante ferramenta para diversificação da propriedade e integração com outras atividades No dia 12 de dezembro, foi realizado o I Simpósio de Pecanicultura do Alto Uruguai, através de uma parceria da Secretaria Municipal de Agricultura e Emater. O evento foi realizado na propriedade dos irmãos Coan, na comunidade de Coxilha Seca. As palestras da parte da manhã foram ministradas pelo assistente técnico da Emater e engenheiro agrônomo Luiz Ângelo Poletto, e pelo tecnólogo em agropecuária, Júlio Carneiro, representante da empresa Divinut, de Cachoeira do Sul. Depois do almoço, os agricultores puderam conhecer sobre as entidades de crédito, Banco do Brasil, Sicredi, Cresol e Banrisul, que apresentaram as linhas disponíveis relacionadas ao financiamento e implantação do cultivo de noz pecã. Os produtores também puderam conhecer mais sobre a cultura, com a aula prática de poda e manejo da cultura ministrada durante a tarde, quando foi feito o plantio de uma nogueira. 42 | REVISTA 100% CAIPIRA

Durante o seminário foi salientado pelos técnicos que o cultivo da noz pecã é uma interessante ferramenta para diversificação da propriedade e integração com outras atividades como ovinocultura, bovinocultura de corte e leite, além de atividades agrícolas como a cultura do milho e da soja. O RS importa 70% do que consome e o Brasil 94%. Neste sentido, o secretário de Agricultura, Leandro Basso, afirma que há um mercado para o cultivo de noz pecã. “Erechim quer ser o indutor de políticas de desenvolvimento regional, por isso incentiva esse projeto para o Alto Uruguai. ” A meta, de acordo com ele, é de que a região tenha 100 hectares de produção da amêndoa, pois ela não nasce em todo território nacional, é uma peculiaridade da região Sul do país. “Vamos usar essa característica para ganhar dinheiro com uma atividade econômica que usa pouco defensivo agrícola. A noz é uma cultura permanente e que pode viabilizar economicamente as pequenas propriedades. In-

felizmente, o nosso pequeno produtor está concentrando tudo na monocultura da soja, e quem acompanha sabe o risco da concentração da atividade feita pela pequena propriedade,” completa Basso. Os rendimentos do hectare por ano são bastante significativos se levado em consideração que a atividade tem baixa demanda de mão de obra, pois o trabalho no pomar é esporádico e pontual, e o custo pode ser diluído em outras ações da propriedade. A Secretaria de Agricultura de Erechim tem interesse em fomentar a pecanicultura e, para isso, convida os interessados que compareçam na sede da secretaria para receber informações junto ao setor de fomento. Participaram da atividade os secretários de Agricultura dos municípios de Erechim e Três Arroios, Leandro Basso e Laércio Tobin, respectivamente, o chefe do Escritório da Emater Erechim, Walmor Gasparin e o gerente regional da Emater, Gilberto Tonello.


REVISTA 100% CAIPIRA43 |


ARTIGO

44| REVISTA 100% CAIPIRA


REVISTA 100% CAIPIRA45 |


Os verdadeiros guardiões das culturas sertanejas

RUA CIRIEMA Nº 100 - VILA AYROSA - OSASCO - SP Fone: (11) 97464-9622 E-mail: contato@abasertanejo.com.br http://www.abassertanejo.com.br/

Agende sua participação pelo Whats App: (11) 94487-2513 Confira também nosso site: www.guarufama.com.br e também nas mídias sociais 46 | REVISTA 100% CAIPIRA


AGÊNCIA BANANA PUBLICIDADE PROPAGANDA E MARKETING

A AGÊNCIA BANANA DE PROPAGANDA E PUBLICIDADE LTDA, é uma agência que atua em vários segmentos, além da publicidade clássica, m a r k e t i n g e s t rat é g i c o , f e i ra s e v e n t o s e n o v o s m e i o s , e m b o r a a s m a i o r e s p r e o c u p a ç õ e s s ã o : A excelência no atendimento e a qualidade nos serviços.

CRIAÇÃO E PLANEJAMENTO

MÍDIA EXTERIOR MÍDIA TELEVISIVA ANÚNCIOS IMPRESSOS

FEIRAS E EVENTOS

CAMPANHAS PROMOCIONAIS MARKETING ESTRATÉGICO REVISTA 100% CAIPIRA47

| fones: (11) 2951-2919 - (11) 99322-8555


RECEITAS CAIPIRAS

48| REVISTA 100% CAIPIRA


Tortinha de Kiwi INGREDIENTES

Massa 2 xícaras de farinha de trigo 3 colheres (sopa) de açúcar 1/2 colher (chá) de sal (caso a manteiga seja sem sal) 150g de manteiga gelada cortada em cubinhos 1 ovo Recheio 1 lata de leite condensado (395g) 1 caixa de creme de leite (200g) baunilha 250g de kiwi picado (deixe algumas fatias para decorar)

PREPARO

Em uma vasilha, misture bem a farinha, açúcar e sal (se estiver usando). Junte a manteiga e vá desfazendo os cubinhos nos ingredientes secos usando a ponta dos dedos até formar uma farofa úmida. Adicione o ovo e junte tudo em uma bola homogênea. Se necessário, acrescente 1 ou 2 colheres (sopa) de água gelada. Embrulhe a massa em um plástico e leve a geladeira por 30 minutos, caso o dia esteja muito quente. Pré aqueça o forno a 190ºC. Forre formas individuais de tortinhas; ou uma grande de 22 cm de fundo removível ou refratária; com a massa e asse por cerca de 15 minutos ou até dourar ligeiramente. Recheio:Numa panela de fundo grosso, misture o leite condensado e o creme de leite e leve ao fogo mínimo, sempre mexendo até que o fundo apareça. Não deixe engrossar demais. Deixe esfriar por 10 minutos e junte a baunilha e as frutas picadas, misturando bem. Montagem:Encha cada massa de tortinha com o recheio, decore com fatias de kiwi e leve para a geladeira. Sirva geladinho. REVISTA 100% CAIPIRA | 49


50 | REVISTA 100% CAIPIRA


REVISTA 100% CAIPIRA |51


Onde seu cavalo ĂŠ mais feliz

Baias amplas e higienizadas Pista de treino Ambiente familiar Transporte especializado de animais

Rodovia Arthur Matheus km 2,5 Santa Isabel Fone: (11) 96404-7694 | REVISTA 100% CAIPIRA


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.