Edição 64 Revista 100% Caipira

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www.revista100porcentocaipira.com.br Brasil, outubro de 2018 - Ano 6 - Nº 64 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

GADO EM SISTEMA INTEGRADO COM FLORESTA PROCURA MENOS ÁGUA

A redução chega a 19%, de acordo com estudo desenvolvido na Embrapa Pecuária Sudeste (SP)

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Agrotóxicos e defensivos:

Capacidade “herbicida” do sorgo transferida para o arroz

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Bovinos de corte:

ANGUS: Qualidade de carne ajuda a driblar baixo preço

Tecnologia: Tecnologia descontamina circuitos hidráulicos e aumenta vida útil de máquinas Florestal: IBGE: Paraná é líder em florestas plantadas; valor de produção é de R$ 3,7 bilhões

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Artigo: Gado em sistema integrado com floresta procura menos água


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Frigoríficos e abatedouros:

Crise afeta as vendas de equipamentos de frigoríficos

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Brasil: PIB-volume deve crescer 1,7% em 2018, mas preço relativo cai 4,8%

Análise de mercado: Impulso que vem do novo

Logística e transporte: A redução de seu fardo regulatório é uma das prioridades da (ANTT)

Receitas Caipiras: Mousse de Chocolate com Cachaça REVISTA 100% CAIPIRA |

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AGROTÓXICOS E DEFENSIVOS

Capacidade “herbicida” do sorgo transferida para o arroz Brasil, outubro de 2018 Ano 6 - Nº 64 Distribuição Gratuita

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A pesquisa foi pensada para esclarecer o porquê algumas culturas lutam para sobreviver em áreas onde o sorgo cresce Cientistas do Serviço de Pesquisa Agrícola dos Estados Unidos (ARS) conseguiram transferir uma capacidade de controlar ervas daninhas presentes no sorgo para a cultura do arroz. De acordo com os pesquisadores, o composto sorgoleone, secretado pelo sorgo, consegue matar as plantas invasoras que sugam os seus nutrientes. A pesquisa foi pensada para esclarecer o porquê algumas culturas lutam para sobreviver em áreas onde o sorgo cresce e mantém uma produção considerável. Nesse cenário, cientistas da Unidade de Pesquisa de Utilização de Produtos Naturais da ARS (NPURU) em Oxford, Mississippi, começaram a estudar como as propriedades inibidoras de ervas daninhas do sorgo podem ser transferidas para outras culturas, como o arroz, e usadas como um bioherbicida. Segundo o biólogo molecular do NPURU, Scott Baerson e a bióloga molecular Zhiqiang Pan, o projeto marca 6 | REVISTA 100% CAIPIRA

uma mudança no modo de ver e produzir o arroz, impactando nas pesquisas e na produtividade a um menor custo. Para eles “as plantas de arroz que produzem sorgoleone devem exigir menos herbicidas para controlar as ervas daninhas”. “No mínimo, o composto natural poderia reduzir a quantidade de substâncias químicas sintéticas pulverizadas nas culturas alimentares. Em segundo lugar, os produtores gastariam menos na compra e na aplicação de produtos químicos, uma parte importante de seu custo indireto”, comentam. Eles também impediram que as plantas de sorgo produzissem sorgoleone, o que beneficiaria os agricultores que querem fazer a rotação de culturas diferentes com sorgo. O próximo passo é ver se as plantas de arroz cultivadas em laboratório produzirão sorgoleone à medida que crescem e têm a mesma capacidade de combate de ervas daninhas que o sorgo. Fonte: Agrolink

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AGROINDÚSTRIA

Aditivos para plástico proporcionam maior durabilidade aos filmes para cultivo protegido

Fonte: Assessoria de Comunicação BASF

O uso do plástico na agricultura, a chamada plasticultura, responde ao pedido de sustentabilidade para que se produza mais utilizando menos recursos

O uso do plástico na agricultura, a chamada plasticultura, responde ao pedido de sustentabilidade para que se produza mais utilizando menos recursos. A plasticultura visa aumentar a produtividade dos cultivos, reduzindo drasticamente o consumo de água e promovendo o uso mais racional de insumos agrícolas, sem esquecer que os plásticos usados na agricultura, especialmente os filmes para estufas, podem ser reciclados. Segundo o especialista em aplicações de aditivos para plásticos, Manuele Vitali, chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da BASF na Itália, há uma tendência em adotar filmes plásticos de maior durabilidade para reduzir a produção e o consumo total de plástico. “Pretendemos apoiar o crescimento atual e futuro do cultivo protegido, cuja maior parte é realizada por meio da plasticultura, oferecendo tecnologias que ajudam os agricultores a obter safras maiores com menor consumo de recursos”, afirma Vitali.

“O investimento em P&D para oferecer tecnologias criativas que contribuam para esse setor é um compromisso da empresa”. A partir de uma consultoria técnica especializada, a companhia customiza as soluções para que o fabricante alcance melhor qualidade e resultados efetivos. Essa orientação profissional cobre as características das diferentes regiões do mundo. Segundo Vitali, a Europa e o Oriente Médio são mercados maduros e que já exploram tecnologias mais avançadas. Entretanto, o crescimento do mercado é limitado pela extensão das terras cultiváveis. A América do Norte segue o mesmo padrão, embora em áreas geográficas limitadas. Para ele, a Ásia e a América do Sul mostram os maiores potenciais, embora com características diferentes. Na Ásia, a plasticultura já é muito utilizada, mas não há uma preocupação em adotar tecnologias que deixem o plástico mais durável. Na América do Sul, a busca dos produtores é, em ge-

ral, semelhante à da Europa, com requisitos técnicos para conferir maior durabilidade ao filme plástico, “Há um enorme potencial de crescimento, com o uso mais extensivo dos filmes de longa duração, além de silobags para armazenamento de grãos, uma área de foco para a BASF, uma vez que a empresa possui soluções que estão respondendo bem às necessidades emergentes”, considera o especialista. A BASF é líder em tecnologia na estabilização de plásticos e é a criadora da tecnologia NOR-HALS,para que os plásticos tenham longa duração em presença do uso intensivo de defensivos agrícolas, utilizados em todos os tipos de cultivos agrícolas. Com uma ampla gama de aditivos plásticos para a indústria do plástico, é possível melhorar a qualidade técnica dos materiais com antioxidantes, estabilizadores de luz e calor, a absorvedores UV, entre outras possibilidades, atendendo às necessidades específicas de cada aplicação. REVISTA 100% CAIPIRA |

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Gado em sistema int procura me ARTIGO

A redução chega a 19% desenvolvido na Embrap 8 | REVISTA 100% CAIPIRA


tegrado com floresta enos รกgua

%, de acordo com estudo pa Pecuรกria Sudeste (SP)

Por: Ana Maio (MTb 21.928/SP) - Embrapa Pecuรกria Sudeste Gisele Rosso (MTb: 3.091/PR) -Embrapa Pecuรกria Sudeste REVISTA 100% CAIPIRA |

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R e su lt a d o s d e p e s qu is a e nvolve nd o o c omp or t ame nto d e b ov i no s re vel am qu e an i mais cr i a d o s e m s iste mas i nte g r a d os com ár vore s f re qu e nt am me nos o s b eb e d ou ro s e m c omp ar a ç ã o com a qu el e s c r i a d o s e m s iste mas c onve nc i onais , a pl e no s ol. A re du ç ã o che g a a 1 9 % , d e a c ord o c om e stu d o d e s e nvolv i d o na E mbr ap a Pe c u ár i a Su d e ste ( SP ) . Tr at a - s e d e u ma d as v ant age ns d e s iste mas d e pro du ç ã o c omo a i nte g r a ç ã o l avou r a - p e c u ár i a-f l ore st a ( I L PF ) , qu e ve m s e nd o a d ot a d a g r a d at iv ame nte no País , che g and o a qu as e 1 2 m i l hõ e s d e he c t are s . E ss a e out r as v ant age ns d a e st r até g i a d e pro du ç ã o I L PF s ão rel at a d as p el o p e s qu is a d or A l e x and re R o ss e tto G arc i a , qu e t r ab a l ha c om bi ote c nol og i a d a re pro du ç ã o an i ma l. E l e i nte g r a uma e qu ip e mu lt i d is c ipl i nar qu e ve m c omp ar and o a c r i a ç ã o d e b ov i no s no s s iste mas i nte-

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g r a d os e c onve nc ionais. R o ss e tto é or ie nt ador d a dis s e r t a ç ã o de me st rado de A le ss and ro Giro, d a Un ive rsid ade Fe d e r a l do Pará (UF PA ), mé d i c o ve te r inár io qu e de s e nvol ve u a p e s qu is a s obre o c on for to té r m i c o do s b ov ino s c r i ado s e m I L PF. D urante a p e s qu is a, foram av a l i a d o s t amb é m o c omp or t ame nto do s an imais e a f re qu ê n c i a d e id a a b eb e dou ro s e c ocho s d e s a l m ine ra l. O c onsu mo d e ág u a e m volu me não foi diret ame nte me dido. O t rab a l ho de c amp o foi re a lizado de j ane iro a ju n ho de 2017 e a diss e r t aç ão foi d e fe ndid a e m ju l ho de 2018. O t r ab a l ho foi fe ito p or obs e r v a ç ã o v isu a l e m c amp an has me ns ais de dois di as c ons e c ut i vo s , a o longo de oito horas p or d i a . A e qu ip e f ic av a a u ma dis t ânc i a qu e não inte r fe r iss e no c omp or t ame nto do s an imais. O e stu d o c onst atou qu e, no p e r ío d o d a t arde, 87% do s an imais

qu e e st av am e xp o sto s ao s ol foram ao b eb e dou ro. Na áre a s ombre ad a, e ss e índice c aiu p ara 63% no me smo p er ío do. A dife re nç a foi maior nos me s e s de j ane iro a març o, qu ando as te mp e ratu ras, e m ger a l, s ão mais ele v ad as. Siste mas I LPF ot im i zam os re c u rs o s natu rais “Na áre a de I LPF, onde est ão as ár vore s, bus c amo s t amb ém ob s e r v ar s e o s an imais pro c u rav am mais o s e sp aç os s ombre ado s ou c om s ol. Me dimos o te mp o e m m inuto s em que ele s p e r mane c e ram no s ol e na s ombra. C onst at amo s que eles pre fe re m a s ombra, indep en de nte me nte do tu r no”, af ir mou A le ss andro. Os an imais que t ive ram p o ssibi lid ade de es col ha e nt re s ol e s ombra p ass ar am mais te mp o p aste j ando, em ó cio ou r u m inando s ob a c op a d as ár vore s. O an ima l qu e s of re c om o es-


t re ss e p el o c a l or re du z a i nge s t ão d e a l i me nto s . “Q u and o s e abr i g a na s ombr a , a c arg a té rmi c a s obre o an i ma l d i m i nu i e el e te m me nor ne c e ss i d a d e d e d iss ip ar o c a l or p ar a o me i o. Iss o re du z a ofe g a ç ã o e a t r ans pi r a ç ã o, m i n i m i z and o a d e man d a p or i nge st ã o d e ág u a”, e x pl i c a R o ss e tto. Q u and o pre c is a d iss ip ar c a l or, o an i ma l g ast a e ne rg i a e m pro c e ss o s nã o rel a c i ona d o s à pro du ç ã o d e l e ite e c ar ne e à re pro du ç ã o. S e g u nd o o p e s qu is ad or d a E mbr ap a , a I L PF p e r m ite o us o mais i ntel i ge nte d o re c u rs o natu r a l. O s ombre ame nto redu z a te mp e r atu r a ambi e nte e m até 5 º C , o qu e é rel e v ante p ar a o con for to té r m i c o e o b e m - e st ar an i ma l. Pre c is ã o no mon itor ame nto do gado R o ss e tto e x pl i c a ai nd a qu e a v ar i a ç ã o d e 0 , 5 º C na te mp e r atu r a i nte r na d o s an i mais é b ast an te e x pre ss iv a . Os te r móg r afo s

ut i l i z a do s p ara me dir as te mp er atu r as de sup e r f íc ie do s b ov inos s ã o mu ito pre c is o s, che gan d o a me nsu rar o s c e nté simo s de g r aus . S e gu ndo ele, dois fatore s i n f lu e nc i am o b e m -e st ar an ima l : o mic ro clima (c onju nto de i n for ma ç õ e s qu e p o de s e r av al i a d o c om au xí lio de e st aç õ e s me te oroló g ic as) e as c ondiç õ e s té r m i c as do s indiv ídu o s ne ss as áre as . E m estu do s mais re c e nte s, out ro s e qu ip ame nto s te m ajud a d o a c iê nc i a a le v ant ar d ado s p ar a mon itorar o gado. A E mbr ap a Pe c u ár i a Su de ste t amb é m c ons e g u e in for maç õ e s s obre c omp or t ame nto an ima l g raç as a a d apt a ç õ e s de té c n ic as disp on íve is no me rc ado. Pe s qu is adore s tê m t r ab a l hado e m proj e to s de p e c u ár i a de pre c is ão, ut i lizando u m s iste ma c omput ador izado qu e i d e nt if ic a o de slo c ame nto, o ó c i o e a r u m inaç ão a p ar t ir de c ol are s com s e ns ore s ac opl ado s.

Para qu e o s e qu ip amentos f u nc ione m e m áre as de p ast age ns p ara gado de c or te, inclusive e m I LPF, foi pre c is o inst al ar ante nas p ara e m it ir os s inais s e m f io e pl ac as de e nerg i a s ol ar p ara a lime nt ar o s istema. As pl ac as s ol are s p ara c apt aç ão de e ne rg i a foram de s e nvolv id as p elo c e nt ro de p e s qu is a como for ma de re du zir c ustos e v i abi lizar o us o de e qu ip amentos a c amp o. O r ig ina lme nte, a empre s a pr iv ad a qu e pro duziu o siste ma c omput ador izado dire c ionou o s e qu ip ame ntos p ar a mon itorar gado de le ite, que te m mov ime nt aç õ e s di ár i as mais pre v isíve is, c omo o mome nto d as orde n has. D e ac ordo c om E di ls on d a Si lv a Gu imarãe s, sup e r v is or do Nú cle o de Te c nolo g i a d a Infor maç ão, a E mbrap a Pe c u ár i a Su de ste indic ou a e ss a empres a ad apt aç õ e s p ara o s s istemas de e ne rg i a e de c omu nic aç ão. REVISTA 100% CAIPIRA | 11


“A t r ans m iss ã o d e d a d o s é fe it a d e u ma ante na a out r a , c omo s e fo ss e u ma ma l ha . Su ge r i mos qu e mu d ass e m o t ip o d e antena p ar a mel hor ar a c omu n ic aç ã o e nt re el as”, af i r mou. Os d ad o s c ol e t a d o s p el o s s e ns ore s s ão e nv i a d o s p ar a u ma c e nt r a l e p o d e m s e r a c e ss a d o s a d ist ânci a , e m c omput a d ore s . E ss e s e quip ame nto s for am a d qu i r i d os com re c u rs o s d o Mi n isté r i o d a Ag r i c u ltu r a , Pe c u ár i a e Ab asteci me nto ( Map a ) c om c ont r ap art i d a d a Embr ap a . O t r ab a l ho av a l i ou c omp ort ame nto d e fê me as b ov i nas d e cor te e m p ast age ns s e m ár vore s com o s iste ma w i rel e ss d e mo nitor ame nto e foi apre s e nt a d o 12 | REVISTA 100% CAIPIRA

no I I I Work shop Inte r nac iona l d e Ambiê nc i a de Pre c is ão, e m 2 0 1 7 , e m C ampinas. Pe s qu i s as mu lti d is cipli n ares A e qu ip e mu lt idis c iplinar d a E mbr ap a Pe c u ár i a Su de ste e stu d a na I LPF, a lé m do c omp or t a me nto an ima l, a disp on ibi lid a d e e qu a lid ade de for rage iras, a fe r t i l i d ade do s olo, o de s e nvolv i me nto do c omp one nte arb óre o, a pro dut iv id ade ag r íc ol a, o d e s e mp en ho e e f ic iê nc i a re produt iv a d o c omp one nte an ima l, a l é m d e a lgu mas aç õ e s qu e inve st i g am a e m iss ão de me t ano e a m i c robiot a do s olo. D e ac ordo c om R o ss e tto, o

c omp or t ame nto do s b ov inos e st á mu ito rel ac ionado à interaç ão e nt re ele s e à o c up aç ão do e sp aç o. Pe rgu nt as c omo “os an imais aprove it am a s ombr a? ” e “e m qu e mome nto s do di a pre fe re m as áre as s ombre ad as ? ” aju d am a c iê nc i a a e nte nder mel hor as dife re nç as e nt re os s is te mas inte g rado s c om ár vores e a c r i aç ão e xclusiv a no s ol. C on for to térmi c o e c ap ac i d ad e re pro dutiva A fe r t i lid ade de b ov inos t amb é m p o de s e r afe t ad a p el a e xp o siç ão a te mp e ratu r as ele v ad as e à radi aç ão s ol ar inten s a. S e mpre qu e a te mp er atur a


cor p óre a d o s b ov i nos d e c or te ou d e l e ite au me nt a , u ma s é r i e d e c ons e qu ê nc i as ne g at iv as s e d e s e nc a d e i a . Q u and o u m an ima l s e nte d e s c on for to d e v i d o ao c a l or, el e p ass a a pro du z i r uma qu ant i d a d e mai or d e c or t is ol, hor môn i o d i re t ame nte l i g a d o a o e st re ss e. D e a c ord o c om R o ss e tto, o au me nto d a c onc e n t r a ç ã o d e ss e hor môn i o f a z c om qu e o s an i mais s e a l i me nte m me no s , o qu e pre ju d i c a s i g n i f ic at iv ame nte a pro du ç ã o. E m u m an i ma l d e c or te, o c re s c i me nto é me nor e, c ons e qu e nte me nte, a pro dut iv id ad e. D o p onto d e v ist a re pro du t ivo, o s a lto s í nd i c e s te r mo-

c or p óre o s re pre s e nt am pre ju íz o s a o pro dutor. Por e xe mplo, qu and o a te mp e ratu ra c or p óre a d e u m tou ro au me nt a, a te m p e r atu r a inte r na do s te st íc u lo s t amb é m s ob e. Iss o faz c om qu e a qu a l i d ade do s ê me n re du za. Na fê me a, o pro c e ss o é sim i l ar. Q u and o su a te mp e ratu ra inte rna au me nt a, o s ovó c ito s pro duz i d o s s ão de b aixa qu a lid ade, i mp e d i ndo, mu it as ve ze s, a fec u nd a ç ão. C as o el a o c or ra, o e mbr i ão e x i ge c ondiç õ e s f avoráve is p ara s e u d e s envolv ime nto e a te mp er atu r a i de a l é u ma del as. O fe to é a lt ame nte s e nsível às o s c i l a ç õ e s té r m ic as e p o de até mor-

re r pre c o c e me nte, s e m que os prof issionais qu e ac omp an ham a ge st aç ão p e rc eb am . Aind a assim , e m situ aç õ e s de est res s e du rante a f as e ge st aciona l, o de s e nvolv ime nto e a f uncionalid ade d a pl ac e nt a s ão prejudi c ado s e o fe to p o de apres ent ar ma lfor maç õ e s. As p e s qu is as s obre confor to té r m ic o e e f ic iê nc i a re pro dut i v a foram fe it as c om nov i l has e fê me as adu lt as de c or te em proj e to f inanc i ado p el a Fund aç ão de Amp aro à Pe s qu is a do E st ado de São Pau lo (Fap e sp ). R oss etto e st á pl ane j ando a c ont i nuid ade de p e s qu is as ne ss a lin ha com macho s e m id ade re pro dut iva.

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AGRICULTURA FAMILIAR

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GESTÃO

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BOVINOS DE CORTE

ANGUS: Qualidade de carne ajuda a driblar baixo preço Criadores debatem rumos da produção de carne de qualidade Fonte: Jardine COmunicação

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Em tempos preços até 15% menores no gancho dos frigoríficos em função da superoferta de animais para abate que caracteriza este período do ano no Rio Grande do Sul, trabalhar com carne de qualidade dá ao pecuarista a “gordura” necessária para manter a criação lucrativa e ampliar a liquidez. Foi para debater as formas de qualificar cada vez mais a produção de carne premium que criadores de mais de 15 municípios de diversas regiões do Rio Grande do Sul reuniram-se no Encontro de Produtores Carne Angus, realizado sexta-feira e sábado (14 e 15/09). O circuito comemorou os 15 anos do Programa Carne Angus Certificada e incluiu visita a quatro propriedades referência na Metade Sul. Depois de passar pela Estância Tradição e Granja Mangueira, em Santa Vitória do Palmar, e pela Granja 4 Irmãos, em Rio Grande, o roteiro foi concluído com visitação à Estância Santa Eulália, em Pelotas. Mostrando que a produção de carne Angus é um projeto de amor e comprometimento em família, o criador Joaquim Bordagorry de Assumpção Mello recebeu o grupo de 250 visitantes ao lado da esposa Anna Helena, dos filhos e netos para visita pelos piquetes com vasta pastagem de azevém onde prepara seus animais exclusivamente a pasto para os concursos de carcaça Angus e para a temporada de primavera. “Sempre acreditei em produzir carne de qualidade e acho que fizemos um grande trabalho”, pontuou o criador que, além de integrar o grupo de 20 produtores que deu início ao projeto, foi seu grande incentivador quando presidiu a Associação Brasileira de Angus. Segundo o diretor do Programa Carne Angus, Reynaldo Salvador, a confiança dos pecuaristas foi essencial para essa trajetória. “Foi um caminho de sucesso construído com base em confiança e credibilidade e que hoje nos coloca em um mercado de excelência internacional que só tem a crescer”, frisou Salvador. Durante palestra, o gerente do Programa Carne Angus Certificada,

Fábio Medeiros detalhou os avanços do Programa Carne Angus ao longo dos últimos 15 anos. Os números impressionam. Além do universo de pecuaristas beneficiados, que saltou de 20, em 2003, para 5 mil, o Carne Angus certifica quase 500 mil animais ao ano nas 40 unidades fabris de 15 indústrias nos 12 estados onde atua. Em resposta aos avanços da carne Angus na preferência do consumidor, o uso da raça também ganhou força nos campos. Todos os anos, nascem 3,5 milhões de terneiros com sangue Angus no Brasil, cerca de 7% do total do país. “Lá no início, dizíamos aos pecuaristas: acreditem, nós vamos conseguir ganhar pelo novilho de qualidade. Hoje, mesmo com mercado ruim como está, o novilho Angus vale 10% a mais que o comum. É em momentos de superoferta como o que vivemos agora que o diferencial de preço obtido pelos novilhos Angus se faz mais importante, produzindo valorização e liquidez”, pontuou Medeiros. Cruzamento é caminho de qualidade e produtividade O caminho para ampliar a produção de carne de qualidade no Brasil é investir forte no cruzamento industrial, um processo que mantém os padrões de maciez e potencializa o ganho carniceiro das carcaças. Segundo estudo apresentado pela pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, de Bagé (RS), Elen Nalério, enquanto a média de força de cisalhamento (força que se precisa fazer para romper as fibras da carne) da carne de um animal 100% Angus é de 4,5 kgf/cm³, um Nelore atinge escore médio de 7,5 kgf/cm³, com extremos desde 2kgf/cm³ para cortes Angus de alta maciez e 11kgf/cm³ para zebuínos. O gado meio sangue (F1), explica a especialista, fica com índice de 5,2 kgf/cm³, o que não compromete o quesito maciez, mas amplia substancialmente o indexador de área de olho de lombo, que atinge a marca de 80 cm², enquanto a média em animais Angus puros é de 65cm² e em exemplares Nelore, de 60

cm². Os dados fazem parte de estudo elaborado pela Embrapa que avaliou 55 animais e correlacionou diferentes graus de cruzamento Angus com maciez e capacidade carniceira (área de olho de lombo). “Não há comprometimento de maciez significativo com o meio sangue, mas há grande ganho em área de olho de lombo”, explicou durante palestra no sábado (15/09) no Encontro de Produtores Angus. Elen informa que o melhoramento genético representa apenas 30% dos aspectos que determinam a produção de uma carne de qualidade. Há inúmeros outros fatores, como local de abate, acondicionamento e método de preparo que interferem na experiência sensorial dos consumidores e que precisam ser observados. A programação fetal, indica a pesquisadora, também atinge a qualidade do produto. Segundo ela, animais submetidos a restrições nutricionais durante a gestação podem comprometer a qualidade de carne, com concentração de gordura em alguns pontos do músculo, ou ainda a absoluta falta dele, diferente do índice de marmoreio uniforme almejado pelo consumidor. “Esses animais têm capacidade de acumular gordura, mas isso não ocorre de forma uniforme em função dessas dificuldades nutricionais na gestação”, ressaltou. Defendendo a qualidade da carne bovina em relação a outras fontes de proteína animal, lembrou que o índice de gordura da maioria dos indexadores nutricionais usados na análise de dietas no Brasil não considera padrões locais de produção, utilizando dados de gado confinado e padrões norte-americanos. Segundo ela, cortes de carne bovina produzidos a pasto têm índice entre 2% e 3% de gordura, abaixo até mesmo do frango. “Precisamos nos informar melhor sobre a carne que produzimos e passar mais essas informações às pessoas. Precisamos deixar de demonizar a carne bovina”, salientou, lembrando que o importante, sim, é focar na produção de carne de qualidade, independe do público e poder aquisitivo ao qual ela se destina. REVISTA 100% CAIPIRA |17


LOGÍSTICA E TRANSPORTE

Rumo quebra recordes de transporte de cargas em agosto

Mês registrou desempenhos positivos como o aumento do escoamento de grãos para exportação A Rumo encerrou agosto com várias quebras de recorde de desempenho em suas operações mantidas em seis estados. O volume total transportado pela Companhia nos 31 dias do mês passado foi de 5,3 milhões de toneladas de produtos agrícolas e industriais, 10% a mais do que o recorde anterior em agosto do ano anterior, que foi de 4,8 milhões. Em sua Operação Norte, a operadora ferroviária transportou 2,6 milhões de toneladas, 24% a mais do que os 2,1 milhões do mesmo período do ano anterior. Os aumentos foram nos dois grupos de produtos carregados: agrícolas e industriais. Foram 2 milhões de toneladas de grãos (soja, milho e farelo de soja) transportados para o Porto de Santos (SP), 11% acima do recorde anterior em agosto de 2017 que fechou com 1,8 milhão de toneladas. No segmento de produtos industriais, o aumento no volume transportado foi de 64%, com 328 mil toneladas 18| REVISTA 100% CAIPIRA

ante as 200 mil toneladas de agosto do ano anterior. Nesse nicho de mercado, são atendidos diversos clientes das áreas de construção civil, siderurgia, florestal, consumo, petroquímico e fertilizantes. Destaques da Operação Norte Com vias férreas que formam o principal corredor de exportação do País, a Operação Norte abrange os estados de São Paulo e Mato Grosso. Nela, a Companhia aumentou em agosto o transporte simultaneamente com o melhor consumo histórico de diesel em suas locomotivas. O índice obtido foi de 3,48 L/MTKB (Litros/Milhões Toneladas por Quilometro Bruto), 3,6% mais eficiente frente ao recorde anterior de 3,61 no mês de julho. Em Rondonópolis (MT), o terminal da Companhia movimentou 1,5 milhão de toneladas de grãos, 7% a mais do que o recorde anterior de julho, que chegou aos 1,4 milhão de toneladas. A unidade também descarregou 1.431 caminhões,

12% a mais do que os 1.271 de julho. Destaques da Operação Sul - A Operação Sul da Rumo abrange Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O principal destaque foi o aumento em 12% do volume total de grãos (soja e milho) transportados ante o mesmo mês do ano passado. Foi escoado 1,18 milhão de toneladas de produtos agrícolas para os principais portos da região, que são os de Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC). O desempenho de agosto foi o terceiro melhor resultado histórico da Companhia na Operação Sul. Os dois primeiros ocorreram também neste ano, nos meses de março (1,25 milhão) e abril (1,21 milhão). Logística com contêineres - As operações de transporte com contêineres (feitas pela Brado Logística) também se destacaram. Agosto teve o maior volume de movimentação desde outubro de Fonte: Rumo 2015, com 6.545 unidades.


AVICULTURA

Ovos: Excesso de oferta pressiona cotações no mercado interno Segundo a analista de mercado do Cepea, Maristela de Mello Martins, o grande volume de ovos disponíveis se deve aos investimentos que os avicultores fizeram no ano anterior. Fonte: Notícias Agrícolas

As referências para os ovos brancos e vermelhos recuaram no mês de setembro em função da oferta elevada no mercado interno. No entanto, a expectativa é que esse cenário melhore na primeira quinzena de outubro, já que as vendas costumam diminuir na segunda quinzena, devido ao menor poder aquisitivo da população. Segundo a analista de mercado do Cepea, Maristela de Mello Martins, o grande volume de ovos disponíveis se deve aos investimentos que os avicultores fizeram no ano anterior. “No ano passado, as cotações estimularam os produtores rurais a aumentar o plantel”, afirma. De acordo com as informações do Cepea, entre os dias 17 e 21 de setembro, a caixa com 30 dúzias de ovos bran-

cos, negociada em Ribeirão Preto/SP, teve uma desvalorização de 5,1%, sendo cotada a R$ 72,35. Já para os ovos vermelhos, os preços recuaram 5,30% no período, cotada a R$ 79,56/cx. Na região de Guaratinguetá/SP, a referência para a caixa com 30 dúzias de ovos brancos está em torno de R$ 67,89/ cx com um recuo de 2,20%. No caso dos ovos vermelhos, os preços registraram uma queda de 2,20% e a caixa está sendo negociada próxima de R$ 78,23/cx. Em Bastos/SP, as cotações dos ovos brancos tiveram uma desvalorização de 3%, sendo que a caixa está cotada a R$ 66,62/cx. Os ovos vermelhos estão ao redor de R$ 73,20 com um recuo de 4,20%. Já o levantamento realizado pela a Scot Consultoria, também aponta que-

da nos preços na granja e no atacado de São Paulo. Segundo a analista de mercado da consultoria, Juliana Pila, o excesso de oferta está deixando o mercado fraco. “Nós estamos observado queda nas cotações nas últimas semanas, sendo reflexo da demanda que está aquém da oferta”, aponta. Na comparação entre setembro/17 com a parcial desse mês (até 24/09), o poder de compra do produtor de ovos brancos de Bastos reduziu 41,9% frente ao milho e 43,8% frente ao farelo de soja. A analista da Scot Consultoria destaca que o poder de compra do avicultor já estava fragilizado com os preços do milho em alta na comparação anual. “Com as quedas de preços dos ovos, essa relação de troca ficou ainda pior”, completa. REVISTA 100% CAIPIRA | 19


AQUICULTURA E PESCA

Brasil é 13º na exportação de peixes ornamentais

Panorama da aquicultura ornamental foi um dos temas no terceiro dia do AquaCiência

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E les s ão p e quenos, color idos e est ão pres entes em mi l hares de c as as brasi leiras. São o qu arto p et prefer ido dos brasi leiros e su a pro c ura cres ce a c ad a ano. E st amos fa l ando dos p eixes or nament ais, merc ado dominado p elos t ig res asi át ico s, no qu a l Brasi l aind a tem muito a avanç ar. Os d ados s ão t ão cont rast antes qu anto as cores dos p eixes de aqu ár io. Para s e ter uma idei a, enqu anto p aís es como C hina s ão áv idos em p e didos de p atentes no s etor, com mi l hares de reg ist ros, a p ar t icip aç ão do Brasi l no Inst ituto Naciona l de Propr ie d ade Intele c tu a l (INPI) não p ass a de a lgumas de zenas. S egundo informaçõ es do Inter nat iona l Trade C ent re de 2016, Singapura fatura p or ano U$ 44.20 5 mi l em exp ort aç ão de p eixes or nament ais – o p e queno p aís asi át ico o c up a a lideranç a no ran k ing . Em cont rap ar t id a, o Brasi l o c up a ap enas o 13º lugar, com U$ 6.570 mi l em exp or t açõ es. E ss es e out ros números foram apres ent ados p el a Embrap a no terceiro di a do Aqu a Ciênci a 2018, cong ress o que reúne os maiores esp e ci a list as em aquic u ltura do p aís em Nat a l (RN), até o próximo di a 21 de s etembro. O merc ado inter no p or su a ve z p ossui números sub dimensionados. S egundo d ados d a Ass o ci aç ão Brasi leira d a Indúst r i a de Pro dutos p ara Animais de E st imaç ão (ABINPET), a qu ant id ade de p eixes or nament ais no p aís é de 18 mi l hõ es, enqu anto o número de c achor ros chega a 52,2 mi l hõ es e o de gatos, 22,1 mil hõ es. Para o p es quis ador Fabr ício R e zende, d a Embrap a Pes c a e Aquic u ltura, ess es números est ão sub dimencionados. “Há natura lmente uma dif ic u ld ade muito maior de s e c a lc u l ar o número de p eixes or nament ais e acre dit amos que na verd ade ess a qu ant id ade s ej a b em maior”, ap ost a ele na su a p a lest ra “Panorama d a Aquic u ltura Or nament a l”, no ú lt imo

di a 19. Mel horamento genét ico - O Brasi l tem hoj e 725 esp é cies lib erad as p ara comerci a lizaç ão, d as mais de 4 mi l c at a logad as na fauna lo c a l, e f igura ent re os pr incip ais p aís es com a lt a var ie d ade de esp é cies de f ina lid ade or nament a l e de aqu arof i li a, ao l ado de C hina, A leman ha, Singapura e EUA. As esp é cies de maior valor ent re os aqu ar iof i list as s ão t ípic as do Brasi l, como a rai a (Pot amot r ygon sp.), natura l d a Amazôni a. Atu a lmente, o Pará é o est ado que mais exp or t a, mas o C e ará é o que mais fatura no preço do p eixe, que f ic a na mé di a de U$ 42,19 a unid ade. Para R o dr igo Fujimoto, p esquis ador d a Embrap a Tabu leiros C osteiros, t amb ém pres ente no Aqu aCiênci a e que ab ordou o tema “Inovaçõ es Te cnológ ic as em Aquic u ltura Or nament a l”, o Brasi l pre cis a invest ir mais em mel horamento genét ico. “O p aís exp or t a ciclídios s elvagens p ara a C hina e dep ois imp or t a ess es p eixes com out ras cores, out ras mat izes e muito mais c aros, p ois p ass aram p or mel horamento genét ico. Até qu ando vamos f ic ar assim? ”, quest iona. E le dest acou a imp or t ânci a de s e haver esp aço p ara a p es quis a b ásic a p ara que el a le ve inovaçõ es antes mesmo de surg ir demand as de merc ado. “É o c as o dos p eixes t ransgênicos G oFish, com mater i a l genét ico ext raído de corais e

a lgas mar in has, que geram animais em vár i as cores f lores centes. E ss e foi o t ípico c as o em que a ac ademi a gerou um pro duto e ele p ass ou a s er demand ado p elo merc ado. Antes ele nem s on hava com um pro duto assim, mas dep ois p ass ou a consumi-lo”, af irma. S egundo Fujimoto, iss o s ó é p ossível qu ando a ciênci a não t rab a l ha ap enas p ara atender aos ans eios do merc ado. O p es quis ador l amentou a t ímid a p ar t icip aç ão do Brasi l com p e didos de p atente na áre a de aquic u ltura or nament a l, com ap enas 57 pro cess os e 24 em pis cic u ltura no Inst ituto Naciona l de Propr ie d ade Intele c tu a l (INPI). “Uma p es quis a no G o og le Patentes re vel a 52 mi l reg ist ros, s endo a maior i a d a C hina. O mundo est á invent ando. O Brasi l invent a, mas não cons egue proteger s eus inventos”. A fa lt a de va lor izaç ão do con he cimento naciona l, a aus ênci a de market ing ou market ing negat ivo, a lém d a desuni ão dos elos d a c adei a de aquic u ltura or nament a l s ão a lguns dos pr incip ais problemas que prejudic am o des envolv imento do p aís no s etor, s egundo Fujimoto. Para Fabr ício R e zende, a leg isl aç ão t amb ém prejudic a. “Há uma des conexão de ne cessid ades de merc ado e a leg isl aç ão v igente e iss o tem sido um ent rave p ara o des envolv imento dess e merc ado no Brasi l”, af ir ma. Fonte: Embrapa Pesca e Aquicultura

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TECNOLOGIA

Tecnologia descontamina circuitos hidráulicos e aumenta vida útil de máquinas e veículos pesados

Com tubos e mangueiras limpos com UC System, a performance dos componentes mecânicos é otimizada, já que válvulas, comandos, bombas, filtros e selos mecânicos precisarão de menos esforço para funcionar perfeitamente. A contaminação interna de tubos e mangueiras é um dos grandes responsáveis pelas falhas dos circuitos hidráulicos de máquinas e veículos pesados utilizados pelos mais diversos segmentos, como mineração, construção civil, agricultura, petróleo e gás, entre outros setores. Para resolver o problema, a Ultra Clean Brasil apresenta ao mercado a tecnologia patenteada UC System, um sistema de limpeza e descontaminação a seco – e em segundos - de tubos, tubulações e mangueiras, sem o uso de água ou produtos químicos. Estima-se que hoje 80% das falhas de circuitos hidráulicos de máquinas e equipamentos estejam associadas à 22| REVISTA 100% CAIPIRA

contaminação interna. Manter os tubos e mangueiras limpos significa aumentar a vida útil de tratores, colheitadeiras, guindastes, empilhadeiras, entre outros equipamentos e veículos. Desenvolvido nos Estados Unidos pela Ultra Clean Technologies, UC System limpa em questão de segundos tubos e mangueiras, colaborando para reduzir custos com a manutenção de equipamentos industriais e automotivos ao mesmo tempo em que aumenta a produtividade. O sistema da Ultra Clean utiliza um lançador pneumático que dispara em alta velocidade projéteis de espuma de poliuretano no interior das tubulações. A pressão exercida pelo projétil – mes-

mo em curvas, cotovelos e juntas em T ou Y - remove impurezas e resíduos indesejáveis aos circuitos hidráulicos. A tecnologia destaca-se também por ser ecologicamente correta e proporcionar uma série de economias para os usuários: redução do tempo gasto com a limpeza; economia com água e sanitizantes; além de melhoria das condições de trabalho dos operadores (insalubridade zero). “O grau de limpeza proporcionado pelo sistema supera as exigências das normas ISO 15/13/10 e NAS 4”, enfatiza Bruno Ract, diretor de marketing da Ultra Clean Brasil. “Devido a este alto padrão de qualidade, a tecnologia já é utilizada por grandes corporações no


TURISMO RURAL

Fonte: Diálogo Assessoria de Imprensa

mundo todo.” Segundo o executivo, outros métodos comuns no mercado para limpar tubulações, como o uso de água, solventes ou produtos químicos (flushing), não deixam as tubulações realmente limpas e livres de contaminantes, reduzindo assim a vida útil dos equipamentos. A limpeza proporcionada por UC System ajuda a evitar uma série de contratempos, como as paradas não programadas de máquinas para conserto e o desperdício de tempo e dinheiro devido a estas interrupções. Com tubos e mangueiras limpos com UC System, a performance dos componentes mecânicos também é

otimizada, já que válvulas, comandos, bombas, filtros e selos mecânicos precisarão de menos esforço para funcionar perfeitamente. UC System é ideal para todos os elos da cadeia produtiva de máquinas, veículos e equipamentos, desde fabricantes a concessionários, revendedores e usuários finais. Empresas como Odebrecht, Caterpillar, Bosch Rexroth, Gates, Alfagomma, Schwing, Parker, Comil, Marcopolo, Neobus, Wilson Sons, Vard, Oceana, Tess, entre muitas outras, já implantaram o sistema e estão obtendo expressivos benefícios, enfatiza a Ultra Clean Brasil. Sobre a Ultra Clean Brasil – No

mercado desde 1996, a Ultra Clean Brasil, em parceria com a Ultra Clean Technologies, disponibiliza para as indústrias soluções para o controle da contaminação através de produtos ecologicamente corretos de alta tecnologia. Os produtos levam a uma significativa redução de custos com manutenção de equipamentos industriais e automotivos. O portfólio da empresa engloba também filtros e secadores de ar comprimido, lacres para mangueiras e tubos, respiradores, flanges, só para citar algumas soluções. Desde que chegou ao país, a Ultra Clean Brasil vem registrando contínuo crescimento, fornecendo hoje para mais de 850 renomadas empresas. REVISTA 100% CAIPIRA | 23


FLORESTAL

IBGE: Paraná é líder em plantadas; valor de produ R$ 3,7 bilhões

Fonte: Agência Brasil

O Brasil tem 9,85 milhões de hectares de florestas plantadas, sendo 75,2% de eucalipto e 20,6% de pinus 24 | REVISTA 100% CAIPIRA


florestas ução é de

O Brasil tem 9,85 milhões de hectares de florestas plantadas, sendo 75,2% de eucalipto e 20,6% de pinus, mostra o levantamento Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs) 2017, divulgado nesta quinta-feira (20/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Concentração - A concentração está nas regiões Sul e Sudeste, que respondem, respectivamente, por 36,1% e 25,4% do valor da produção total, impulsionadas pelo setor de florestas plantadas. O líder entre os estados é o Paraná, com R$ 3,7 bilhões de valor de produção, seguido

por Minas Gerais, com R$ 3,3 bilhões, e Santa Catarina, com R$ 1,8 bilhão. Do total de áreas plantadas, 41,9% do eucalipto estão na Região Sudeste e 87,7% do pinus ficam na Região Sul. Municípios - De acordo com os dados, 4.837 municípios brasileiros tiveram produção primária florestal em 2017. Em valor de produção, o destaque é Três Lagoas (MS), com R$ 389,9 milhões no ramo de floresta plantada. Em extrativismo, o destaque é São Mateus do Sul, com produção de 67 mil toneladas de erva-mate e valor de R$ 100,5 milhões. Valor da produção - O valor da produção florestal subiu 3,4%, alcançando R$ 19,1 bilhões. Desse valor, R$ 14,8 bilhões, ou 77,3%, são referentes à silvicultura, um aumento de 5% em relação a 2016. O extrativismo vegetal foi responsável por R $ 4,3 bilhões, ou 22,7% do total, uma queda de 1,9%. Produtos madeireiros - Os produtos madeireiros respondem por 90% do valor da produção florestal do país e tiveram aumento de 3,6% no ano passado. Separados em categorias, os produtos madeireiros plantados para fins comerciais tiveram aumento de 5% e os de extração vegetal recuaram 2,7%. Segundo o IBGE, isso se deve ao maior controle na exploração das espécies nativas e ao incentivo à preservação das florestas. Silvicultura - Em silvicultura, o Paraná se destacou com crescimento de 8,6% em 2017 e valor de produção de R$ 3,3 bilhões. Só em madeira para papel e celulose, a produção paranaense cresceu 15,6%, devido à ampliação do parque industrial no estado. Carvão vegetal - Com isso, o Paraná superou Minas Gerais, que teve crescimento de 3,8% e alcançou R$ 3,2 bilhões, tendo o carvão vegetal como principal produto, que cresceu 7,4% e atingiu valor de produção de R$ 2,1 bilhões. Valor - Entre os produtos da silvicultura, o carvão vegetal teve queda de 0,8% na produção, mas registrou aumento de 4,2% no valor, chegando a R$ 2,6 bilhões, enquanto a madeira para papel e celulose cresceu 3% na produção, mas diminuiu 1,8% no valor total, com R$ 5,1 bilhões.

Outras finalidades - A produção para outras finalidades cresceu 16,6% em 2017, atingindo R$ 4,5 bilhões. O setor de lenha cresceu 4,1% na produção e 1,8% no valor, com R$ 2,3 bilhões. Na silvicultura, o único produto que teve retração em 2017 foi a casca de acácia-negra, que caiu 29,4%. Extração de madeira em queda - Nos últimos 20 anos, a participação do extrativismo e da silvicultura no total da produção primária florestal se inverteu. Se em 1996 o extrativismo era responsável por 60% da produção florestal do país, os números vêm caindo e, desde o ano 2000, a silvicultura ultrapassou o extrativismo e continua em expansão. Queda - Dos nove grupos de produtos extrativistas analisados, sete apresentaram queda. Os produtos madeireiros representam 64,1% do valor da produção da extração vegetal, após queda de 2,7% no ano passado. A produção de lenha de origem extrativista caiu 13,9% e a de carvão vegetal, 19,4%. Produtos alimentícios - A segunda maior participação no extrativismo é a de produtos alimentícios, que respondem por 27,7% do valor total da produção, após crescimento de 7,3% em 2017. O destaque é o açaí, que teve aumento de 10,5% no valor em 2017, com produção de 220 mil toneladas, e responde por 49,5% do total da produção do grupo alimentos. O maior produtor de açaí extrativo do país é Limoeiro do Ajuru (PA), com 18,2% do volume total nacional. Erva-mate - Em segundo lugar na extração de alimentos está a erva-mate, com 35,2% do valor da produção total do grupo, e em terceiro a castanha-do-pará, com 8,6% do valor após queda de 24,4% no volume na produção do ano passado, afetada por questões climáticas. O pinhão responde por 1,9% da produção, com volume total de 9,3 mil toneladas e valor total de produção de R$ 23 milhões. O pequi tem 1,7% do valor total no grupo, com produção total em 2017 de 21,4 mil toneladas e aumento de 39,9% no valor total da produção, que atingiu R$20,7 milhões. Ceras - As ceras são 4,8% do valor da produção extrativista e as oleaginosas respondem por 2,7% da produção. REVISTA 100% CAIPIRA |25


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FRIGORÍFICOS E ABATEDOUROS

Crise afeta as vendas de equipamentos de frigoríficos Os percalços pelos quais passa a indústria de carnes brasileira reverberam para além do Oceano Atlântico Os percalços pelos quais passa a indústria de carnes brasileira reverberam para além do Oceano Atlântico. As vendas ao Brasil da multinacional Marel, principal fornecedora de equipamentos para indústria frigorífica brasileira, com sede na Islândia, devem cair este ano para perto da metade do total de 2017. “A América Latina, em seus melhores momentos, representou nosso maior mercado, e o Brasil era o mais representativo. Neste ano, deve ser o sexto. As vendas crescem em outros países, mas caem no Brasil”, disse Lambert Rutten, holandês, gerente comercial da Marel Brasil. Em 2017, a Marel, que produz equipamentos sobetudo para a indústria de aves, teve receita de € 1 bilhão. O executivo recebeu jornalistas brasileiros na fábrica da Marel em Bramant Norte, província da Holanda conhecida como “capital agroalimentar”. “Minha avaliação é que, passados esses problemas da indústria brasileira, a demanda do país voltará a crescer e a dos outros países na América Latina continuará avançando”, ponderou Rutten. “O Brasil tem uma vantagem competitiva muito grande: menor custo de produção por quilo de frango do mundo e matéria28 | REVISTA 100% CAIPIRA

Fonte: Avisite

-prima [farelo de soja e milho] abundante e barata”. O recuo nas vendas de equipamentos é reflexo da Operação Trapaça, terceira fase da Operação Carne Fraca da Polícia Federal, que culminou no embargo das exportações de frango de 20 plantas brasileiras para a União Europeia. A operação investigou fraudes em testes para detectar a presença de salmonela em carne de frango para exportação envolvendo a BRF e laboratórios. “A Europa usou essa desculpa da salmonela para restringir a indústria brasileira, mas o Brasil já está encontrando outros mercados”. Segundo o executivo, o Brasil poderia ser ainda mais competitivo não fossem as regras do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que estabelecem que só podem ser processadas até 12 mil aves por hora no país. O maquinário já é capaz de processar 13 mil. “O custo de produção cairia de 10% e 15% apenas permitindo maior processamento por hora, isso já levando em conta que 75% do custo é composto por matéria-prima [insumos para ração]”, disse. Na Europa, as plantas podem processar até 15 mil aves por hora. Além disso, afirmou, o Brasil concorre

com a indústria da Argentina, que pode processar mais de 12 mil aves por hora. Em 2017, de olho no potencial do Brasil e da América do Sul, a Marel comprou a brasileira Sulmaq, que fornece soluções de processamento às indústrias de carnes suína e bovina da região e da América Central. Conforme o executivo, mesmo com o arrefecimento de vendas no Brasil, há incremento de demanda por linhas que produzam itens e cortes com maior valor agregado. “Vemos um aumento de mais de quatro vezes nos últimos cinco anos”, disse. Afora a questão conjuntural, problemas de financiamento também afetam as compras por empresas brasileiras, afirmou. Outro desafio é o imposto de 14% sobre a importação dos equipamentos que as companhias têm de pagar. “A indústria local tem produtos com tecnologia com 20 anos de defasagem, e o governo entende que já há produção de determinados produtos no país”. Segundo ele, o custo médio com equipamentos para a implantação de uma planta de processamento de aves é de € 50 milhões, mais 45% de custos com transporte e impostos.


GESTÃO

Cadeia produtiva do tabaco: “É preciso

garantir

uma

cultura

viável e rentável para diversificar” Para a cadeia produtiva do tabaco, acelerar a diversificação é garantir aos produtores uma alternativa competitiva e viável a médio e longo prazo Para a cadeia produtiva do tabaco, acelerar a diversificação é garantir aos produtores uma alternativa competitiva e viável a médio e longo prazo. Porém, a participação efetiva do governo brasileiro nesta demanda vem frustrando o setor nos últimos anos. Ao avaliar o anúncio da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e de seus Protocolos (Conicq) de que o Brasil irá formalizar um documento solicitando mais atenção e prioridade ao tema durante a Conferência das Partes para o Controle do Tabaco, a cadeia produtiva questiona dados e cobra soluções práticas da comissão que irá representar o Brasil no evento internacional. Em entrevista à Folha, a secretária-executiva da Conicq, Tânia Cavalcante, adiantou nesta semana que a formatação deste documento tem por objetivo convocar os outros 180 países que integram a Conveção-Quadro a fortalecerem e acelerarem as ações do artigo 17, que trata sobre alternativas economicamente viáveis para os produtores de tabaco. Para o presidente da Câmara Setorial do Tabaco e secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, esta mobilização é ‘uma válvula de escape, pois a maioria dos produtores de tabaco são diversificados. Aliás, o tabaco faz parte da diversificação.’ Ele recorda que a Afubra foi criada, em 1955, com o objetivo de garan-

tir suporte para o produtor diversificar, inclusive com o fornecimento de insumos para que possa apostar em outras culturas. ‘No entanto, o tabaco cresceu e outras culturas nunca tiveram mercado garantido e preço competitivo. Na época que o Brasil assinou a Convenção-Quadro, a proposta da Afubra era justamente essa: que o governo brasileiro garantisse mercado e preço por pelo menos dez anos, para então avaliarmos a segurança que o produtor teria e, só então, o País poderia exigir a redução do plantio de tabaco.’ “O governo só se beneficia da arredação de impostos que o setor gera e, por outro lado, impõe dificuldades.” ROMEU SCHNEIDER - Presidente da Câmara Setorial do Tabaco e secretário da Afubra Para o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, as políticas de diversificação ‘não andam’ pois as en-

tidades que conhecem o setor e a realidade do produtor não são convidadas para o debate. Por outro lado, sustenta Schünke, a maioria dos produtores já consorcia outra cultura na mesma propriedade, seja para a subsistência ou comercialização, de alimentos por exemplo. ‘Venâncio Aires é um exemplo positivo de município agrícola que diversifica, que aposta em muitas culturas’, acentua. O dirigente reforça que o Brasil, até hoje, não apresentou um programa eficiente e que compactue com a demanda e a realidade das pequenas propriedades. ‘O MDA [Ministério de Desenvolvimento Agrário] fala há anos de subsídios para os produtores, mas isso nunca se concretiza. As propostas do governo são muito vagas’, frisa. “O que o governo brasileiro sugere que o produtor plante, na mesma área, e que ofereça receita financeira no mesmo patamar que o tabaco?”

Fonte: Folha do Mate

IRO SCHÜNKE - Presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) REVISTA 100% CAIPIRA |29


Estudo da USP aponta que ® MinerBlock têm melho PESQUISA

Fonte: Attuale Comunicação

Experimento mostrou que produtor pode melhorar o rendimento financeiro, com maior ganho de peso do rebanho e utilizando menos suplemento 30 | REVISTA 100% CAIPIRA


animais suplementados com or eficiência alimentar Um estudo most rou que animais suplement ados com o minera l em blo co MinerBlo ck®, t iveram ef iciênci a a liment ar (qui los de gan ho de p es o p ara c ad a qui lo de suplemento consumido) 17% sup er ior em rel aç ão aos animais a liment ados com suplemento minera l em p ó t radiciona l. O exp e r imento foi conduzido p el a Fac u ld ade de Z o ote cni a e Engen har i a de A limentos d a USP (FZEA-USP), c ampus Pirassununga (SP), em p arcer i a com a Miner t ha l. Ao to do, 48 machos inteiros, nelore, com p es o mé dio inici a l de 290kg e 14 mes es de id ade, foram ava li ados durante 114 di as, no p er ío do chuvos o do ano. “O obj et ivo pr incip a l do estudo era ava li ar dois fatores: a diferenç a ent re suplementos com e s em adit ivo mel horador de des emp en ho (s a linomicina) e ent re as diferentes apres ent açõ es do pro duto (p ó e blo co).O incremento em ef ici ênci a f ic a e v idente qu ando ana lis amos os d ados f inanceiros, most rando que ut i lizando o MinerBlo ck® f ic a mais b arato engord ar os animais”, explic a Diego Henr ique Woits chach, coordenador d a lin ha MinerBlo ck®. Os animais foram s ep arados em g r up os de 12, s endo que c ad a lote re ceb eu um t ip o de t rat amento: suplemento minera l em p ó s em adit ivo, suplemento minera l em p ó com adit ivo, suplemento minera l em blo co s em adit ivo e MinerBlo ck® MD (suplemento minera l em blo co com adit ivo). O estudo ap ontou que a mé di a de consumo p ara o minera l em p ó foi de 147 g ramas ao di a e, a

do MinerBlo ck®, de 116 g ramas. Em rel aç ão ao gan ho de p es o, os animais que re ceb eram suplemento minera l com adit ivo (no for mato de blo co ou convenciona l) apres ent aram um gan ho 15% sup er ior, ou s ej a, 100 g ramas a mais p or di a em rel aç ão aos que re ceb eram ap enas o minera l s em adit ivo. Os animais suplement ados com MinerBlo ck® MD pre cis aram comer menos p ara chegar ao mesmo p es o, comprovando ef iciênci a e mel hor i a no resu lt ado pro dut ivo d a fazend a. Faz end o as c ontas Na mé di a, os animais do lote do suplemento convenciona l consumiram 147,15g de suplemento/di a p ara at ing ir um gan ho de p es o de 680g/di a. C om a ar rob a a R$ 130 o gan ho do pro dutor ao f ina l dos 114 di as s erá de R$ 2.732, t irando as desp es as com suplement aç ão. “Nas mesmas condiçõ es, os animais que consumiram MinerBlo ck®, gan haram 780g de p es o p or di a, inger indo 115,95g de suplemento/di a. Pes ando 11,4 Kg a mais e consumindo menos suplemento, os animais at ing iram o resu lt ado deR$ 3.131, t irando as desp es as com suplement aç ão. C om iss o, num reb an ho com 1 mi l c ab e ç as, o incremento f inanceiro at ing ir i a R$ 145.635”, explic a Woits chach. S egundo o C o ordenador, a lin ha MinerBlo ck® é uma nova te cnolog i a complement ar a suplement aç ão convenciona l ut i lizad a no di a a di a d as fazend as. “É ext remamente simples de s er ut i lizad a e muito conveniente

p ara qu a lquer sistema de pro duç ão de b ov inos. A c arac ter íst ic a pr incip a l dest a lin ha de pro dutos é o for mato em blo cos, que é c ap az de garant ir o consumo dos animais em qu ant id ade pre cis a e pres er var as qu a lid ades nut r icionais, mesmo com as chuvas”, ap ont a. Ent re as pr incip ais vant agens d a lin ha MinerBlo ck® est ão a b aixa f re quênci a de rep osiç ão, o consumo regu l ado, é s eguro cont ra intoxic aç ão, não há desp erdícios e não há ne cessid ade de est r utura de co cho. Iss o p er mite que o lo c a l de for ne cimento do suplemento p oss a s er faci lmente mo dif ic ado dent ro do p asto, re duzindo as áre as de ma l hadouros, comp ac t aç ão do s olo p or pis oteio e rej eiç ão de consumo de c apim p el a pres enç a de fe zes. A lém diss o, Diego Woitschach explic a que o suplemento p o de s er rep osto a c ad a de z di as, p oup ando c ustos com mão de obra e combust ível, p ossibilit ando mel hor des emp en ho em lugares remotos.“D e v ido a apres ent aç ão do pro duto, as p erd as p or ventos e chuvas s ão qu as e nu l as. O ut ro fator p osit ivo é que s ão mant id as as c arac ter íst ic as nut r icionais do suplemento até o f ina l. E le t amb ém é mais s eguro em rel aç ão à intoxic aç ão p or urei a, uma ve z que a urei a não di lui, mesmo com a incidênci a de chuva no blo co, a lgo comum em suplementos em p ó. D e v ido a dure za doMinerBlo ck ®, a ingest ão d a mistura f ic a limit ad a o que p er mite um consumo mais homogêne o do lote e, cons equentemente, uma p er for mance colet iva mel hor”, f ina liza. REVISTA 100% CAIPIRA |31


BRASIL

PIB-AGRO: PIB-volume deve crescer 1,7% em 2018, mas preço relativo cai 4,8% e pressiona renda

Segundo pesquisadores do Cepea, entre os segmentos (insumos, primário, indústria e agrosserviços), o destaque se mantém com os elos industriais e de serviços, embora também se estime crescimento dentro de porteira A estimativa de crescimento do PIB-volume do agronegócio brasileiro para 2018 foi reajustado em junho para 1,7%, segundo estudos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Segundo pesquisadores do Cepea, entre os segmentos (insumos, primário, indústria e agrosserviços), o destaque se mantém com os elos industriais e de serviços, embora também se estime crescimento dentro de porteira. As atuais estimativas sobre os preços relativos do agronegócio, por sua vez, apontam para perda de 4,8% – esse contexto indica que os produtos do setor estão se desvalorizando frente à mé32 | REVISTA 100% CAIPIRA

dia da economia brasileira. No balanço dos determinantes da renda, a redução em preços relativos se sobrepôs ao aumento estimado no volume, de modo que, para o PIB-renda do agronegócio, estima-se queda de 3,2%. CONTEXTO MACROECONÔMICO BRASILEIRO – O PIB total, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cresceu 1,1% no primeiro semestre de 2018 com relação ao mesmo período do ano passado – resultado aquém do esperado pelo mercado. Segundo o último relatório Focus do Banco Central, a estimativa de crescimento para o PIB, conforme média da análise de agentes do mercado, está em 1,4% para 2018, bastante abaixo dos 3,14% esperados no primeiro rela-

tório Focus do Banco Central, divulgado no início de janeiro. Segundo pesquisadores o Cepea, esse baixo crescimento econômico segue acompanhado pela manutenção do elevado déficit público, da alta taxa de desemprego e da tendência de queda do poder de compra da população brasileira, além das instabilidades do mercado associadas a especulações quanto às eleições. Este cenário é preocupante para todos os setores produtivos brasileiros, com destaque ao agronegócio, que também tem sofrido pressão de custos, notadamente no que se refere aos impactos da política de tabelamento de fretes imposta pelo governo federal em resposta à greve dos caminhoFonte: CEPEA neiros em maio.


FEIJÃO

Feijão

brasileiro pode ser gourmet na Índia

Fonte: Agrolink

Na ocasião, será a primeira vez que um cheff de cozinha brasileiro preparará pratos indianos com feijão-carioca Informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE) indicam que um grupo de oito exportadores brasileiros do grão, incluindo Arbaza, Cebal, Campo Real, Mercogrãos, Sorribras, All Beans, Coperaguas e BR Pulses, estão trabalhando em tratativas para levar o feijão-carioca para a Índia. As reuniões começaram no dia 20 de setembro e podem durar até dez dias. As informações indicam que participarão das reuniões o governo indiano, compradores, formadores de opinião e uma das mais importantes feiras de alimentos do mundo em Mumbai, além das empresas brasilei-

ras. Na ocasião, será a primeira vez que um cheff de cozinha brasileiro preparará pratos tipicamente indiano tendo como base o feijão-carioca. Intitulada de Missão Empresarial, a meta é liderada pela Agência Brasileira de Exportação e Investimentos (APEX) e pelo IBRAFE, além de contar com o apoio do Conselho Brasileiro do Feijão e Pulses (CBFP). De acordo com Marcelo Eduardo Lüders, presidente do IBRAFE, essa variedade de feijão só é consumida e produzida em solo brasileiro, sendo que as negociações representam um feito inédito na área. “Ou achamos exportação para ele, ou o produtor

brasileiro perderá muito nos próximos anos”, comenta. Ainda segundo Lüders, os produtores brasileiros estão conseguindo melhorar o desempenho e a competitividade do alimento no exterior a medida em que vão diminuindo os custos de produção. Além disso, Egon Schaden Júnior, membro do CBFP, destaca que, atualmente, o mercado mundial está passando por uma mudança rápida, podendo destacar a nova política norte-americana de impor taxas de importação, o que acaba fazendo com que vários países do mundo comecem a se interessar pelo feijão brasileiro. REVISTA 100% CAIPIRA |33


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ANÁLISE DE MERCADO

Impulso que

Considerando dados do Ministério da Agricultu produção agrícola brasileira, no período de 1975 fatores de produção foi o grande veto

Considerando dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre a produção agrícola brasileira, no período de 1975 a 2015, observa-se que a produtividade total dos fatores de produção foi o grande vetor da expansão de nossa agricultura. O crescimento da produção deu-se, principalmente, pelo aumento de produtividade advindo de técnicas, produtos e processos inovadores em biologia e nutrição de plantas, mecanização das operações, proteção fitossanitária, manejo dos cultivos e organização da produção. Uma prova viva, histórica, de que inibir inovações equivale a esmorecer, em algum grau, o ritmo de 36 | REVISTA 100% CAIPIRA

crescimento das atividades econômicas, pois leva a perdas de competitividade. O interessante estudo “Inovação Tecnológica e seus Impactos na Economia” (junho 2018), do economista Alexandre Mendonça de Barros, alerta sobre essa questão do que se ganha ou se perde quando estimulamos ou negligenciamos a pesquisa e a inovação. Para mostrar, o estudo começa por relacionar alguns riscos fitossanitários relevantes no país. Em soja, destaca três pragas com potencial para reduzir a produtividade entre 10% e 35%, caso não recebam adequado controle. Em milho, menciona três com potencial de dano na

mesma faixa. Entre as doenças, aponta três com 10% a 25% de risco para a produtividade da soja, situação que piora com o milho, em que há doenças com potencial de redução de 30%, 40% e até 50%. Segundo o trabalho, comparando tratamentos fungicidas para a ferrugem da soja, realizados durante a safra 2016/2017, envolvendo 39 ensaios e 27 instituições de pesquisa, a Embrapa apurou que os produtos fitossanitários que utilizavam moléculas de nova geração tiveram desempenho médio 16% superior, em relação àqueles formulados com moléculas antigas. Ou seja, houve um aumento de eficiência no controle da doença,


e vem do novo

ura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre a a 2015, observa-se que a produtividade total dos or da expansão de nossa agricultura.

decorrente da inovação tecnológica, sendo que em nenhuma situação as moléculas novas perderam para as moléculas antigas e o melhor resultado das novas – em comparação ao pior entre as veteranas – representou diferença da ordem de 30%. Claro que os produtos novos, por seu próprio tempo de vida, tendem a não ser os mais utilizados no início. Então, só por hipótese e para ter uma dimensão econômica da questão, vamos imaginar um recuo de 5% na produtividade e vamos ver o seu impacto sobre o Valor Bruto de Produção (VBP) dessas culturas (base 2017): se os danos à produtividade fossem de 5%, haveria queda de R$

1,9 e R$ 5,8 bilhões no VBP, respectivamente em milho e soja. E, se o recuo de produtividade fosse de 10%, o VBP cairia R$ 3,8 e R$ 11,7 bilhões, respectivamente. Perdas cujo impacto iria além, afetando o consumo do campo em bens e serviços diretos, indiretos, ou induzidos em outros setores da economia. Este é um exemplo pontual na área fitossanitária. Mas esse tipo de efeito agregador da inovação também ocorre na genética vegetal, na nutrição de precisão, na automação e inteligência artificial, entre outras tecnologias. E não se trata aqui de fé cega na inovação, pois o pensamento científico e a reflexão crítica a respei-

to de inovações deve existir sempre. Tecnologias interferem sobre a realidade e precisam ser avaliadas por suas vantagens comparativas e pela análise de seus riscos potenciais, com as métricas da ciência. Aliás, isso vale não só na produção do campo, mas também para um automóvel, avião, medicamento ou mesmo um prosaico celular. Tecnologia é motor da economia e inovação é motor da tecnologia. Ambas estão (junto com a educação) na raiz do crescimento da produtividade. Fonte: CCAS - Conselho Científico Agro Sustentável Por Coriolano Xavier, membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Professor da ESPM.

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CULTURAS FORESTAIS

Mudanças climáticas dão o tom para pesquisas com eucalipto Os efeitos para a agricultura mundial em função das mudanças climáticas estão deixando em alerta os cientistas que pesquisam a cultura do eucalipto Os efeitos para a agricultura mundial em função das mudanças climáticas estão deixando em alerta os cientistas que pesquisam a cultura do eucalipto. Em congresso realizado de 17 a 21 de setembro em Montpellier, na França, essa preocupação foi exposta em trabalhos que buscam alternativas para minimizar riscos à cultura. O pesquisador José Ricardo Pezzopane, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP), esteve no Eucalyptus 2018 e relata suas percepções. O congresso mundial foi promovido pelo instituto francês de pesquisa Cirad. O tema foi a gestão de plantação de eucalipto sob mudanças globais. Pezzopane disse que o evento foi dividido em três áreas: o papel do eucalipto como serviços ecossistêmicos, os efeitos de estresse abiótico (relacionado à seca) e os efeitos do estresse biótico (relacionado a pragas e doenças) sobre a cultura 38 | REVISTA 100% CAIPIRA

do eucalipto. Pesquisadores de várias partes do mundo estão estudando a vulnerabilidade de plantas sob os efeitos de mudanças climáticas. “O eucalipto corre riscos? Para escolher as espécies que serão utilizadas em sistemas integrados precisamos estar atentos às espécies mais tolerantes aos estresses bióticos e abióticos. Ele parece uma planta forte e resistente, mas têm ocorrido casos de perda de produção em situações de eventos extremos”, afirmou. A partir dessa participação no congresso, o pesquisador disse que pretende procurar o IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba (SP), para conhecer estudos sobre seleção de materiais mais tolerantes. EQUAÇÃO - Pezzopane apresentou um trabalho sobre o potencial do euca-

lipto nos sistemas integrados (silvipastoris) como forma de sequestrar carbono da atmosfera. Ele mostrou que, para calcular o sequestro de carbono pelas plantas, é preciso estimar a produção desta planta. “Quando fizemos um desbaste na área de sistema integrado da Embrapa Pecuária Sudeste, geramos uma equação alométrica que estima essa produção em sistemas silvipastoris”, disse. Explicando: de forma indireta, medindo-se com trena a altura da árvore e o diâmetro do tronco a uma altura de 1,30 metro, a pesquisa consegue estimar a produção daquela árvore. Com esse cálculo, é possível estimar também o teor de carbono que está sendo sequestrado (retirado da atmosfera). Já existem pesquisadores da Embrapa buscando automatizar esse processo, utilizando imagens como forma de esFonte: Embrapa Pecuária Sudeste timativa.


ALGODÃO

WTT desenvolve edital sobre a produção de algodão agroecológico

Em parceria com o Instituto C&A, o projeto busca superar desafios relacionados à agricultura agroecológica familiar e fomentar inovações tecnológicas e sociais na zona rural Há algum tempo, a indústria da moda está sendo redesenhada e a consciência mais sustentável está cada vez mais presente. Estas mudanças de comportamento impulsionam o trabalho do setor, para que se olhe mais para as pessoas e para o meio ambiente, usando materiais mais seguros e energia limpa, por exemplo. Pensando nisso, a World-Transforming Technologies (WTT) lançou em setembro, com apoio do Instituto C&A, o edital Inovação com Sentido para Agricultura Familiar Desafio Algodão Sustentável. O cultivo do algodão orgânico preserva a saúde tanto do solo, como do produtor, já que dentre seus benefícios está o não uso de defensivos químicos. A previsão para a safra brasileira de 2017/2018 é contar com 66 toneladas de pluma produzidas a partir do algodão orgânico, de acordo com dados

divulgados no relatório da Textile Exchange, organismo internacional que acompanha o mercado de algodão certificado. O projeto tem como objetivo superar alguns dos principais desafios relacionados à agricultura agroecológica familiar de algodão orgânico com aplicação de inovações tecnológicas e dar visibilidade às soluções para a agricultura familiar. O edital será eficaz na ampliação da exposição das soluções em formato de menu, além de os projetos serem avaliados por especialistas engajados. A premiação, que acontecerá em janeiro de 2019, contará com a implementação de pilotos das melhores propostas no campo. “Menos de 1% do algodão produzido no mundo é orgânico, esse dado é muito significativo para o varejo têxtil e para a cadeia de produção. Nós, do Ins-

tituto C&A, trabalhamos para tornar o setor da moda mais justo e sustentável, por isso acreditamos que a proposta da WTT terá um papel muito importante no desenvolvimento da produção do algodão orgânico e no fortalecimento da agricultura familiar, aproximando inovações das populações rurais”, completa Luciana Pereira, Gerente de Matérias-primas Sustentáveis do Instituto C&A. As inscrições começaram no dia 26 de setembro e se estendem até 02 de novembro de 2018. Os interessados em participar do edital podem se inscrever por meio da Plataforma de Inovação com Sentido, disponível aqui. Os finalistas serão anunciados no dia 3 de dezembro e os resultados finais serão divulgados no dia 14 de dezembro através do site http://inovacaocomsentido. Fonte: Imprensa Instituto C&A org/algodao. REVISTA 100% CAIPIRA | 39


FLORICULTURA

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LOGÍSTICA E TRANSPORTE

Fonte: Assessoria de Comunicação Social ANTT

ANTT deve reduzir R$ 350 mi em fardo regulatório até fim do ano A redução de seu fardo regulatório é uma das prioridades da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) 42 | REVISTA 100% CAIPIRA


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redução de seu fardo regulatório é uma das prioridades da Agência N a c i o n a l d e Tr a n s p o r t e s Te r restres (ANT T), que tem como pilares a redução dos custos oriundos da regulação e a garantia de que as ações regulatórias sejam suportadas por uma avaliação de seus impactos p r e v i s t o s . Vá r i o s p r o c e s s o s d e desburocratização e simplificação administrativa já foram implementados na ANT T e estão sendo mensurados para que se tenha a grandeza da redução de fardo para a sociedade e para o m e r c a d o r e g u l a d o . At é o f i n a l de 2018, a ANT T estima que o valor atingido por meio do programa de redução do fardo regulatório alcance a cifra de R$ 350 milhões. A gestão de seu estoque regu l atór io, a aná lis e do fardo regu l atór io, a lin had as a aná lis e de informações do mercado e da sociedade, identificadas na fisc a lizaç ão, p or meio d a ouv idoria e de pesquisa de satisfação dos usuários, são ferramentas necessárias para a construção de uma nova etapa para agência focada na Análise do Resultado R egu l atór io, que ava li a os resultados efetivos obser vados ap ós a edição de uma Norma Regulatória. Essa ferramenta de retroalimentação vem sendo utilizada pelas Agências Regulatórias como subsídio no processo de criação e revisão da Agenda Regulatória, construindo uma regulação baseada em evidências. O aprimoramento do acompanhamento da regulação e as novas análises em andamento estão sendo utilizadas pela ANT T na construção de uma nova etapa para Agência com

base nas melhores práticas de Governança Regulatória na busca constante por maior eficiência e resultados para a sociedade. Histórico – A ANT T vem, ao longo dos últimos anos, buscando aprimorar e fortalecer a sua Governança Regulatória, trazendo mais transparência para a sociedade e eficiência na sua regu l aç ão, gerando gan hos p ara toda a sociedade, impactando de forma positiva, principalmente, os usuários dos ser viços por ela regulados. Dessa forma, ainda em maio de 2010, uma das primeiras ações adotadas para efetivar essa nova forma de atuação foi a adoção do primeiro ciclo da Agenda Regulatória da Agência, referente ao biênio de 2011/2012. A Agenda Regulatória é uma ferramenta de planejamento voltada à efetividade e previsibilidade, direcionando esforços de forma eficiente, garantindo à sociedade o conhecimento dos temas mais relevantes que estão sendo tratados pela Agência. Assim, ela deve estar atualizada às alterações de cenário para que permaneça como instrumento contínuo de melhoria da qualidade regulatória, tanto no que diz respeito aos temas que a comp õ em a c ad a biênio, quanto aos procedimentos de su a el ab oraç ão, implement aç ão, acomp an hamento e re v is ão. Ainda com o mesmo o enfoque de melhorar a qualidade de suas Normas Regulatórias, a ANT T vem consolidando a Análise de Impacto Regulatório (AIR). Esse instrumento é de suma importância para se conceituar de forma adequada o problema a s er s anado, considerando e analisando todas as opções para a sua tomada de

de cis ão. A imp or t ânci a dess e procedimento foi evidenciada qu ando, em 2016, a Diretor i a C olegiada tornou-o obrigatório em atos normativos que tenham natureza regulatória, bem como p or tê-l a tor nado, p or meio de D elib eraç ão, um dos indic adores de desempenho institucion a l d a A N T T. Destaca-se que a ANT T vem acompanhando as propostas e os princípios de boas práticas regulatórias da Organização para a Coordenação e Desenvolvimento Econômico (O CDE) para sua adoção na Agência. Entre os vários critérios apresentados pela OCDE destaca-se a implantação da regulação baseada em evidências, a regulação responsiva e a visão de longo prazo, que vêm s endo ut i lizados como diretrizes no aprimoramento do acompanhamento regulatório na Agência, além da adoção de procedimentos de desburocratização e de redução de esto que e fardo regu l atór io, dando maior agilidade aos processos tratados na Agência. Um a d a s a ç õ e s a d o t a d a s r e centemente para desburocratizar procedimentos e melhorar o foco da regulação na agência foi a criação do Fórum Regul a t ó r i o d a A N T T, r e u n i n d o o s gerentes de regulação das áreas de transportes de passageiros, cargas, ferrovias e rodovias, propiciando um alinhamento regulatório entre as áreas finalísticas da Agência. Além do ganho direto no compartilhamento de metodologias regulatórias, a Agência proporciona maior consistência na sua regulação para os diferentes setores sob sua responsabilidade. O Fórum terá um importante papel no planejamento regulatório da Agência, subsidiando seu planej amento est ratég ico. REVISTA 100% CAIPIRA |43


ARTIGO

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FEIRAS E EVENTOS

Mercoagro

2018

encerra com êxito em negócios e visitação “A expressiva venda de bens de produção registrada na Mercoagro indica que os empresários da indústria estão dispostos a investir e que o País pode sair rapidamente da crise” O diretor de feiras da ACIC e presidente da Mercoagro 2018, Bento Zanoni, proclamou que essa “foi a melhor edição de toda a série histórica”. Para ele, as empresas de processamento da carne sabem que a feira se tornou o grande ponto de encontro do setor para troca de experiências e gestão, abertura de mercado, lançamento de novos produtos, apresentação dos avanços em robotização e automação industrial, além da transmissão de conhecimentos com seminários científicos. “É um evento essencial na prepa46 | REVISTA 100% CAIPIRA

ração de pessoas para compreender e atender os novos desafios, conquistar novos mercados e manter os atuais”, expõe. Como reflexo dos resultados positivos, 80% dos expositores renovaram pedido para expor na 13ª edição, em setembro de 2020, de acordo com levantamento da Enterprise, empresa contratada para comercializar os espaços aos expositores. “Os empresários renovaram contratos porque a feira atingiu plenamente o objetivo de vendas”, mostra a diretoraMaria An-

tônia Ferreira. A feira contribuiu com a criação de aproximadamente 3.000 empregos temporários e injetou R$ 14 milhões na economia local e regional. Reuniu 198 expositores (em 15.000 metros quadrados de área) que representaram 250 marcas com presença de empresas da Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Paraguai, Uruguai, França, Islândia, entre outros países. Recebeu visitanFonte: Foco na Notícia tes de 16 países.


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RECEITAS CAIPIRAS

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Mousse de Chocolate com Cachaça INGREDIENTES

300ml Leite 6 gemas 4 colheres (sopa) de açúcar 250g chocolate meio amargo picado 250g creme de leite fresco 20ml cachaça envelhecida PREPARO Derreter o chocolate em banho – maria ou no microondas (de 30 em 30 segundos, mexendo nos intervalos até que esteja completamente derretido) e reservar; Misture o açúcar as gemas; Em panela, levar o leite para ferver; Acrescentar pouco a pouco o leite sobre as gemas misturadas com o açúcar; Levar em fogo baixo mexendo sempre por 3 a 5 minutos, cuidando para que não crie grumos; Adicionar a esta mistura o chocolate derretido; Bater o creme de leite em ponto chantily; Resfriar esta mistura e então incorporar 1/3 do creme de leite batido em ponto de chantilly; Por último, incorporar os 2/3 restantes do creme batido e aromatizar com a cachaça; Porcionar nos recipientes em que será servido; Levar ao refrigerador por 1 hora para ganhar a consistência de mousse; REVISTA 100% CAIPIRA | 49


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Onde seu cavalo ĂŠ mais feliz

Baias amplas e higienizadas Pista de treino Ambiente familiar Transporte especializado de animais

Rodovia Arthur Matheus km 2,5 Santa Isabel Fone: (11) 96404-7694 | REVISTA 100% CAIPIRA


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