Edição 65 Revista 100% Caipira

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www.revista100porcentocaipira.com.br Brasil, novembro de 2018 - Ano 6 - Nº 65 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Cachaça: patrimônio cultural brasileiro A cachaça é nossa – arte, cultura e lazer num só gole REVISTA 100% CAIPIRA |


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Bovinos de corte: Devon lançará Programa de Certificação de Terneiros

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Análise de mercado:

Defensivo biológico já é usado em 10 milhões de hectares no Brasil

Meio ambiente:

O Estado empreendedor e a economia sustentável

T. da informação: AGROBIT BRASIL: Evento em Londrina reunirá soluções tecnológicas e público

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Artigo:

Cachaça: patrimônio cultural brasileiro


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Café:

Cooperativismo Cafeicultura: Amazônia produz robustas finos

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Laticínios:

Queijo do Serro ganha marca própria

Aquicultura e pesca: Solução para gerenciamento de piscicultura vence maratona tecnológica

Mercado: Os preços de frango, boi e suíno em outubro de 2018 Receitas Caipiras: Ossobuco ao molho de cachaça REVISTA 100% CAIPIRA |

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BOVINOS DE CORTE

Devon lançará Programa de

Certificação

de

Terneiros

Brasil, novembro de 2018 Ano 6 - Nº 65 Distribuição Gratuita

EXPEDIENTE Revista 100% CAIPIRA®

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O lançamento será no encontro anual dos técnicos da raça na Fazenda Palmeira, em Camaquã (RS) A Associação Brasileira de Criadores de Devon lançará no dia 20/10 o Programa Terneiro Devon Certificado. O programa visa fornecer uma certificação aos produtores que investem na qualidade genética e usam touros registrados para dar origem a terneiros que atendam aos padrões raciais estabelecidos pela Associação. O lançamento será no encontro anual dos técnicos da raça na Fazenda Palmeira, em Camaquã (RS). A expectativa é de que a certificação valorize os terneiros nos remates já que pelo menos o requisito do padrão da raça já estará preenchido, restando ao terminador trabalhar pela conformidade no acabamento do animal para que este ganhe o selo de certificação no 6 | REVISTA 100% CAIPIRA

abate. Em um primeiro momento, o programa será aplicado em Santa Catarina, já que este é o estado em que o programa Carne Devon Certificada está em execução, mas no futuro a ideia é expandir a certificação de terneiros para outros estados, explica o diretor técnico da ABCD, Lucas Hax. Na ocasião, também ocorrerá a seleção para preenchimento das duas vagas que estão abertas para os novos técnicos da raça. O processo está com inscrições abertas até o dia 16/10. A seleção consistirá de prova teórica, entrevista e avaliação prática. O edital se encontra no site da Associação Nacional de Criadores (ANC) www.herdbook. Fonte: Moglia Comunicação org.br.

Diretor geral: Sérgio Strini Reis - sergio@ revista100porcentocaipira.com.br Editor-chefe: Eduardo Strini imprensa@ revista100porcentocaipira.com.br Diretor de criação e arte: Eduardo Reis Eduardo Reis eduardo@ revista100porcentocaipira.com.br (11) 9 6209-7741 Conselho editorial: Adriana Oliveira dos Reis, João Carlos dos Santos, Paulo César Rodrigues e Nilthon Fernandes Publicidade: Agência Banana Fotografias: Eduardo Reis, Sérgio Reis, Google imagens, iStockphoto e Shutterstock Departamento comercial: Rua das Vertentes, 450 – Vila Constança – São Paulo - SP Tel.: (11) 98178-5512 Rede social: facebook.com/ revista100porcentocaipira A revista 100% Caipira é uma marca registrada com direitos exclusivos de quem a publica e seu registro encontra-se na revista do INPI Nº 2.212, de 28 de maio de 2013, inscrita com o processo nº 905744322 e pode ser consultado no site: http://formulario. inpi.gov.br/MarcaPatente/ jsp/servimg/validamagic. jsp?BasePesquisa=Marcas. Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião desta revista, sendo eles, portanto, de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.


FRIGORÍFICOS E ABATEDOUROS

Tendências das três carnes em 2019, segundo o USDA

Em suas primeiras projeções sobre as tendências das carnes em 2019, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) destaca, individualmente, as perspectivas dos três líderes mundiais na exportação das carnes bovina, suína e de frango Em suas primeiras projeções sobre as tendências das carnes em 2019, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) destaca, individualmente, as perspectivas dos três líderes mundiais na exportação das carnes bovina, suína e de frango. Nos três segmentos, o Brasil aparece com tendências otimistas. Em relação à carne bovina, o USDA sugere que a produção brasileira deve aumentar 3% e a exportação 5%, índices que, nos EUA, ficarão em, respectivamente, 4% e 3%. O incremento neutraliza a menor disponibilidade do produto por parte da Austrália e da Índia. Assim, as exportações mundiais tendem a crescer minimamente em relação ao previsto para 2018 – cerca de 10,558 milhões de toneladas. No tocante à carne suína é previsto que a União Europeia - maior exportador mundial (e segundo produtor mundial, atrás apenas da China, mas com um volume equivalente a pouco mais de um terço da produção chinesa) – enfrentará ligeiro declínio (menos de meio por cento) na produção,

mas aumentará suas exportações em cerca de 3%. Em ambos os casos – produção e exportação – esses índices serão neutralizados e superados por EUA (segundo exportador mundial) e Brasil (quarto lugar, após União Europeia, EUA e Canadá). Nos EUA, a produção tende a um crescimento de 5% e as exportações de 5%. Já no Brasil a perspectiva é a de um incremento de 3% na produção e de 7% na exportação. Porque – justifica o USDA – haverá firme demanda por parte da Ásia e da América Latina. Já em relação à carne de frango – cujas exportações o Brasil lidera há mais de uma década, colocando-se também como o segundo produtor mundial, atrás somente dos EUA e à frente da União Europeia e da China (que perdeu duas posições e agora é o quarto maior produtor mundial) – o USDA sugere que produção e exportação brasileira crescerão 2%, a norte-americana 2% e 3% e a europeia 1% e 5%. Notar que os índices de incremen-

to das exportações - de 2%, 3% e 5% para, respectivamente, Brasil, EUA e União Europeia correspondem, também respectivamente, a volumes adicionais de 90 mil, 75 mil e 50 mil toneladas. No caso brasileiro, o volume de 3,685 milhões de toneladas estimado para 2018 (exclusos desse total pé/ patas de frango) pode chegar a 3,775 milhões de toneladas em 2019. Na opinião do USDA, o incremento mais significativo nas exportações mundiais está reservado exatamente para a carne de frango. O previsto é uma expansão anual ligeiramente superior a 4%, índice impulsionado pelo aumento de consumo de países como Filipinas, Angola, Cuba e Gana. O USDA completa sua análise observando que a capacidade demonstrada pelo Brasil de responder aos novos requisitos de abate da Arábia Saudita (sem o pré-atordoamento por choque elétrico) vai permitir que o País recupere o volume exportado para o mercado saudita. Sem, porém, atingir os volumes históricos alcançaFonte: AviSite dos em anos anteriores. REVISTA 100% CAIPIRA |

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ARTIGO

Cachaça:

patri brasi

A cachaça é nossa – arte, c 8 | REVISTA 100% CAIPIRA


imônio ileiro

cultural

cultura e lazer num só gole Por: Adriana Reis

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Quando criança, aprendemos na escola através de nossos mestres que para tudo existe um ciclo onde temos início, meio e fim e muitas vezes esse ciclo é tão complexo que envolve diversos setores e equipes de multiprofissionais, assim não poderia ser diferente no agronegócio. De uma forma bem resumida para a produção de cachaça temos o seguinte ciclo: propriedade rural, adequação da infraestrutura, adaptação e correção do solo, instalação da cultura da cana de açúcar, manejo da cultura até a colheita, colheita, venda da cana de açúcar, moagem da cana, fermentação, destilação, envelhecimento e venda. Não podemos deixar de perceber o quão complexo é este ciclo, ainda mais sabendo que dentro de cada etapa são exigidos tantos outros “sub ciclos”. Mas aonde eu quero chegar com isso? Poucas pessoas se preocupam em conhecer que para degustar uma deliciosa cachaça existe toda uma história, e essa história esta no suor dos brasileiros, essa história tem uma origem, então cachaça é cultura, cachaça é agro. Falando em cultura você sabia que existe poesia de cachaça? Sem falar em quantas músicas podemos encontrar falando da “danada”. A cachaça tem muitos sinônimos, são apelidos carinhosos que mudam conforme a região do país, dentre eles temos os mais populares: abençoada, água benta, água bruta, aguardente, águas de setembro, baronesa, brasileira, cana, conhaque brasileiro, danada, dona branca, espírito, esquenta por dentro, imaculada, gasolina de garrafa, pinga, pura, branquinha e rum brasileiro. No site da IBRAC (Instituto Brasileiro da Cachaça) podemos encontrar o relato do tradicional costume de dar cachaça para o santo. Diz: “no Brasil, ao tomar uma cachaça, a pessoa tem o hábito de oferecer o primeiro gole ao santo. Em bares, botecos, roças e outros recantos, o santo recebe a primeira dose da bebida, como um pedido de proteção àquele que bebe. Um costume enraizado, engraçado até, mas que a maioria das pessoas, com certeza, desconhece a origem. De acordo com o jornalista Edson Borges, autor de uma pesquisa sobre a relação entre a cachaça e as religiões, esse hábito nasceu em um ritual 10 | REVISTA 100% CAIPIRA

chamado Libação, criado por gregos e romanos. “Consistia em uma oferenda aos deuses para que eles provessem os lares de felicidade, harmonia e fartura”, explica. Mas como esse costume chegou ao Brasil? De acordo com Borges, no Brasil a oferenda passou a ser praticada com os colonizadores portugueses. Com a “invenção” da cachaça, a bebida foi imposta aos escravos para combater o frio dos canaviais, como estimulante aos negros pouco produtivos e para curar doenças. “Com essa imposição de consumo da cachaça pelos negros, os portugueses também impuseram São Benedito, filho de um escravo, como padroeiro da aguardente, fazendo nascer daí uma relação bem mais ampla dos negros com o santo siciliano, a ponto de surgirem irmandades na Bahia”, explica o jornalista e pesquisador. Além da ligação com a religião católica, a cachaça passou a ser usada também pelas religiões africanas com a mesma finalidade: pedir proteção aos Orixás. Essa identidade cultural e religiosa da aguardente gerou todo um folclore em torno da bebida. Há orações para bebedores, apelidos e rituais, como o de fazer a cara feia, depois de beber a cachaça. “Para espantar o diabo”, ensina Borges. Para Wellington Sebastião, supervisor da Cachaça Chico Valim, produzida em Oliveira (MG), esse costume “dificilmente irá acabar no Brasil. Já é uma tradição muito antiga e, principalmente nas zonas rurais, é um hábito arraigado entre os bebedores de cachaça. Às vezes, é automático. “Mas eles não deixam de oferecer, de jeito nenhum, o gole ao santo”. Segundo o Prof. Jairo Martins “apesar de não haver um registro preciso sobre o verdadeiro local onde a primeira destilação da cachaça tenha sido iniciada, pode-se afirmar que ela se deu no território brasileiro, em algum engenho do litoral, entre os anos de 1516 e 1532, sendo, portanto, o primeiro destilado da América Latina, antes mesmo do aparecimento do pisco peruano, da tequila mexicana e do rum caribenho.” Na Instrução Normativa MAPA nº 13 de 29/06/2005, item 2.1.2, temos a definição de cachaça: “Cachaça é a denominação típica e exclusiva da Aguardente de Cana produzida no Brasil, com

graduação alcoólica de 38 % vol. (trinta e oito por cento em volume) a 48% vol. (quarenta e oito por cento em volume) a 20ºC (vinte graus Celsius), obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até 6g/l (seis gramas por litro), expressos em sacarose.” Pois bem; como lemos típica e exclusiva produzida no Brasil graças ao Decreto nº 4062, de 21 de Dezembro de 2001, desta forma alguns poucos países já reconhecem a cachaça como “nossa”, única e exclusiva, porém o caminho é longo a percorrer e muitos acordos para este reconhecimento ainda são necessários trabalho de formiguinha que permitirá a valorização dos nossos produtos. A cachaça por muitos anos sofria preconceito devido sua origem (conhecida como bebida de escravos), foi por muito tempo considerada uma bebida das classes sociais baixas, porém este rótulo já foi desmistificado e sabe-se hoje que a cachaça atende todas as classes sociais, sendo servida em ambientes diversos à seus apreciadores. A partir do momento em que a cachaça expandiu suas fronteiras forçou seus produtores a fabricar uma bebida de qualidade, com isso houve a expansão do mercado nacional e internacional criando assim legislações, portarias, decretos e instruções normativas que permitiram oferecer uma bebida de qualidade e com seguranças alimentares. Para a produção de cachaça devemos primeiramente dizer que não são todos os tipos de cana de açúcar que são adequados. A variedade ideal é aquela que atende as exigências quanto ao rendimento e a qualidade. Segundo a Dra. Eng. Agr. Elisangela Marques Jerônimo Torres “o que se deseja de uma variedade de cana para ser utilizada na fabricação de cachaça é que se tenha, basicamente, alta produtividade agrícola, alto teor de sacarose, ausência de doenças e pragas (broca da cana, cigarrinha), colmos sem tombamento, dentre outras características consideradas menos importantes. Para a obtenção do caldo de cana para o processamento, os colmos devem ser colhidos no ponto ideal de


maturação, com o máximo teor de sacarose e não serem queimados, além de ser em moídos preferencialmente no mesmo dia da colheita”. Ao analisar o tipo mais adequado que atenda as características desejadas deve-se atentar-se se a espécie escolhida se adapta as condições de clima e solo da região em que se encontra a propriedade que irá receber as mudas de cana. Existem dois tipos de produção de cachaça, o artesanal e o industrial. Segundo o Sebrae “em 2008, a COOCACHAÇA (Cooperativa de Produção e Promoção da Cachaça de Minas) avaliou que a relação entre cachaça industrial e artesanal era de 2,33:1. Dessa forma, considera-se que 70% do volume produzido é de cachaça industrial (840 milhões de litros) e 30% de artesanal. Somente em 2011, o volume produzido artesanalmente foi de 360 milhões de litros.” Embora haja muitas diferenças no processo de produção entre a cachaça de alambique e a cachaça industrial, podemos notar que a maior diferença entre os processos é a área de cultivo e

a mão de obra utilizada, normalmente a cachaça industrial é cultivada em grandes áreas para atender a demanda das empresas, já a artesanal normalmente é produzida por agricultura familiar em áreas bem menores. Ainda temos diferenças nos processos de colheita e produção. Por se tratar de grandes áreas de plantio a produção industrial faz a sua colheita com máquinas, além a prática muito comum da queima do canavial antes da colheita - que apesar de proibido ainda é utilizado. Este método de queima facilita a colheita da cana-de-açúcar, porém vai na contra-mão as boas práticas de manejo, pois além de ser prejudicial à qualidade da cachaça porque esta prática acelera a inversão da sacarose em glicose e frutose, e também é muito prejudicial ao meio ambiente, pois a queima do canavial elimina grande parte da matéria orgânica presentes no solo, fazendo com que o produtor aumente o custo com reposição de nutrientes do solo, contudo não podemos deixar de citar que é muito prejudicial á saúde do homem, pois polui o ar quan-

do a queima acontece enviando para o meio cinzas e fuligem atingindo muitas vezes a cidade inteira, quando a cidade é pequena e para o apreciador do líquido a queima afeta no sabor, pois as mesmas cinzas que as pessoas respiram podem acumular-se nas dornas de fermentação, interferindo negativamente neste processo causando grandes alterações diminuindo a qualidade do produto. Enquanto na artesanal é comum a colheita manual. Já no processo de produção, como as indústrias trabalham em larga escala, utilizando muitas das vezes colunas de destilação e tonéis de aço inox, além da adição de produtos químicos na fermentação e pelo tipo de processo não se separa a parte nobre do destilado. Algumas indústrias utilizam o processo de multidestilação, isto é, o líquido é destilado mais de uma vez, separando qualquer impureza, obtendo um líquido puro e cristalino Já no processo artesanal, a destilação é feita em alambiques de cobre, a fermentação ocorre de forma natural e ocorre a separação da parte nobre do destilado, com

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o intuito de separar as impurezas para dar mais qualidade ao produto, detendo assim maior valor agregado. De forma artesanal o processo é mais demorado. Após todo o processo temos também o envelhecimento da cachaça em tonéis de madeira. Esse processo deixa um aroma, cor e sabor diferenciado na cachaça de acordo com o tipo de madeira escolhido para envelhecer o produto. Cachaças artesanais requerem detalhes importantes para adquirir muita qualidade chegando até ser uma arte assim como o processo de degustação. Mesmo sabendo que cada alambique tem segredinhos passados de geração em geração, o processo base não diferencia de um para o outro, desta forma são eles. Cana de açúcar – é o princípio de tudo, pois é através da cana de extrairemos a cachaça. Sendo a matéria-prima para a fabricação do líquido, temos que dar uma atenção especial, desde a escolha do tipo de cana até todo o manejo do cultivo que é importantíssimo para obter cana de alta qualidade que influenciará no resultado final. 12 | REVISTA 100% CAIPIRA

Colheita – é importante executar este processo na época correta, desta forma os colmos devem estar maduros, neste momento possuem maior concentração de açúcares. O corte da cana deve ser feito rente ao solo e somente após atingir o mínimo de Brix, o Brix (quantidade de açúcar na planta) pode variar entre 18 a 24º. Moagem – após colhida, a cana fresca e limpa deve ser moída, este processo não pode ultrapassar 36 horas, pois com o passar do tempo acontece perda de açúcar, perdendo assim qualidade, além de considerar que nos períodos quente e úmido essa perda aumenta. O processo de moagem extraí o caldo, separando o caldo do bagaço, este caldo é filtrado passando por uma peneira e levado para a dorna de decantação que separa as impurezas, neste momento é separado o bagacilho, terra e areia. A presença de bagacilho poderá trazer elementos indesejáveis ao destilado como o furfural. Diluição – este processo é necessário para reduzir o Brix, adiciona-se água de boa qualidade para atingir o

teor de sacarose entre 14 a 16º Brix, resultando assim no mosto. Fermentação – o mostro entra em processo de fermentação quando estão sob o efeito das leveduras, neste processo temos dois tipos encontrados nos alambiques, um deles conhecido como fermentação caipira que consiste em acrescentar agentes catalisadores como o fubá, pode-se também utilizar farelo de arroz, farelo de trigo, soja ou milho; o outro tipo de fermentação usa-se leveduras compradas em padarias. Nesta fase é onde os microorganismos (leveduras) transformam o açúcar em álcool e gás carbônico. Este processo não pode ultrapassar mais de 24 horas, em média leva em torno de 18 horas, com temperatura ideal variando entre 25 a 32º. Quando o caldo esta nesta fase o alambiqueiro pode optar por fazer a infusão de frutas, ervas ou outros ingredientes que fermentarão junto e darão sabor ao álcool. Usualmente utiliza-se como método para verificar o fim da fermentação a verificação de borbulhas no caldo de forma uniforme e com cheiro agradável.


Destilação – Nesta fase o mostro que foi fermentado passa a ser denominado vinho e está pronto para ser destilado. O vinho é aquecido e como tem um ponto de evaporação mais baixo que a água, ele se desprende na fase inicial da destilação produzindo a “cachaça de cabeça”, que é extremamente forte e possui elementos não desejados como o metanol e outras substâncias mais voláteis do que o etanol, e não são recomendáveis para o consumo sendo descartadas, essa primeira parte é uma fração que correspondem de 5 a 10% do total do destilado. Conforme a destilação prossegue obteremos a segunda fração destilada a “cachaça do coração”, esta é a cachaça propriamente dita, é a fração ideal para consumo, pois obtém qualidade elevada, esta fração correspondem de 75 a 85% do total do destilado. A última fração da destilação a “cachaça de cauda ou “água fraca”, também não é própria para consumo, pois apresenta um maior teor de substâncias menos voláteis e indesejáveis e também é descartada, neste ponto praticamente não possui mais álcool. Após a destilação é um momento muito importante, pois a cachaça pode ser engarrafada, descansada ou envelhecida.

Engarrafada – armazenada em dornas de aço inox, é padronizado para que o teor alcoólico fique entre 38 e 54%, esta bem conhecida como “branquinha” apresenta aroma e paladar mais próximo da cana. Neste momento já pode ser engarrafada e comercializada. Descansada – neste processo a cachaça permanece por tempo indeterminado em tonéis de madeira, normalmente em madeiras que não soltam coloração – amendoim, freijó, jequitibá - desta forma a cachaça continua branca, porém influenciam no seu aroma e paladar, o resultado deste processo é o “amaciamento” da bebida. Como estas madeiras não alteram sua coloração ao produto final poderá adicionar expressões como clássica, tradicional ou prata. Estas madeiras são consideradas neutras. Envelhecida – esta é a etapa final do processo de produção da cachaça, isto é, depois do envelhecimento não existe mais nada que possa ser feito com a cachaça, somente degustá-la. O processo de envelhecimento permite a oxidação do álcool. O envelhecimento além de aprimorar a qualidade de sabor e aroma, também agrega valor comercial ao produto final, podendo adicionar a expressão ouro. Este envelhecimento é

feito em tonéis de madeira selecionada para cada fim, isto é, cada madeira agregará um sabor diferente à cachaça, por isso a escolha da madeira é importante, pois deixa a cachaça adocicada, mais ou menos suave e até perfumada, mas tudo isso depende do tipo de madeira e também do tempo que ficará nos tonéis de no máximo 700 litros envelhecendo por no mínimo 1 (um) ano. Existem mais de 20 tipos de madeiras que podem ser utilizadas, as principais madeiras brasileiras são: carvalho, cerejeira, umburana, jacarandá, ipê, araruva, pereira, castanheira, bálsamo ou cabreúva, cedro, pau d’água, garapa, jequitibá rosa, angelim-araroba, ipê-roxo, jatobá, peroba, grápia, entre outras além de espécies nativas do país. Neste momento torna-se importante dizer que alguns alambiques elaboram blends. Os blends são misturas de diferentes cachaças envelhecidas ou armazenadas em diferentes tipos de madeiras, isto é, quando um alambique utiliza duas ou mais espécies de madeiras para envelhecimento ou armazenagem das cachaças e depois misturam para que agregue complexos aromas e sabores únicos. Para as cachaças 100% envelhecidas de 1 (um) a 3 (três) anos recebem o título de premium e no mínimo de 3

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(três) anos extra-premium. Após o envelhecimento poderá ser engarrafada e comercializada. Segundo Leandro Batista, Sommelier de Cachaça, existem alguns passos para degustar a cachaça, é recomendável a utilização de cálice branco, liso e de boca larga, este primeiro passo é onde poderemos observar a viscosidade do líquido, ao balançar levemente o cálice, podemos observar que parte da bebida fica nas paredes do cálice, descendo lentamente, indicando a oleosidade do líquido, este primeiro passo demonstra que a cachaça é bem encorpada. O segundo passo é cheirar a cachaça, sentindo seu aroma agradável, isto permitirá uma leve salivação na boca, esta salivava deve aguardar o próximo passo. Respire fundo, guarde o ar e deguste, permitindo que a cachaça fique alguns segundos na boca e vá soltando vagarosamente o ar pelo nariz e assim engula a cachaça. Desta forma podemos descrever este processo como uma verdadeira arte, fazendo com que nossos sentidos fiquem apurados, pois temos a análise visual do

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líquido, a olfativa, gustativa, retro-olfativa e por fim a deliciosa sensação de leve ardência prazerosa quando a cachaça de boa qualidade que irá nos apresentar diversos sabores que são adocicado, ácido, amargo e salgado, além das sensações como aveludado, refrescância, adstringência, picância, metálico e queimação, sendo mais ou menos acentuados, dependendo da marca. O Sommelier além de dar uma verdadeira aula de história e de explicar o processo de envelhecimento da cachaça, nos apresentou as duas cachaças que levam seu nome, a cachaça assinada por ele Leandro Batista e a cachaça Umas e Outras, ambas fabricadas pela Weber Haus, que tive o prazer de degustar e me deliciar com estes tão diferentes sabores e sensações. A cachaça Leandro Batista é envelhecida pelo período de 1 (um) ano em madeiras amburana, bálsamo e canela sassafrás, de cor amarelada para o dourado, deixando um leve aroma predominante de canela, adocicado e de sassafrás, em seu sabor temos predominantemente amadeirado e seco, após o

retrogosto deixando na boca um sabor adocicado semelhante ao de um xarope de canela. Esta cachaça premida leva os selos do concurso mundial de Bruxelas, sendo “Gran Ouro-Spirits” (duplo ouro – premiação máxima) em 2017 e “Ouro-Spirits” (ouro) em 2018. Já a cachaça Umas e Outras, que tem uma proposta diferente, que é ser utilizada para preparar drinks, ela é transparente, com um suave aroma de cachaça tradicional, quando provada pura tem o gosto suave de cachaça, deixando um gosto de cana adocicado na boca, essa cachaça também é um blend como a outra, porém tem 90% de cachaça branca e um pouco de cachaça envelhecida em amburana e um pouco de cachaça envelhecida em canela sassafrás. Leandro Batista tem um currículo extenso no meio da cachaça, mas diferente de todos os sommeliers tem uma proposta que é levar a cultura da cachaça para pessoas de baixa renda, com um projeto chamado “cachaça na quebrada”, permitindo assim a propagação da história, da cultura e da arte que é degustar


uma deliciosa bebida e de tamanho bom gosto, afinal de contas além de preparar deliciosos drinks ele conta a história e como é fabricada a cachaça que serve. A Weber Haus empresa conceituada e de renome fez esta maravilhosa parceria com Leandro Batista com essas duas cachaças que foram feitas para atender todos os públicos, porém o projeto vai além, com a elaboração de uma cachaça de reserva especial com maior valor agregado, assim os apreciadores aguardam ansiosos com toda certeza! No Brasil os estados que mais se destacam na produção da cachaça são: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espírito Santo, Ceará, Pernambuco, Paraná, Goiás e Paraíba. Onde Minas Gerais comporta em sua maioria cachaças produzidas em alambiques e São Paulo produzida de forma industrial. Neste contexto estima-se que existam cerca de 40 mil produtores, onde 70% são produtores de cachaça industrial – também conhecida como cachaça de coluna – e 30% são produtores de cachaça artesanal produzidas em alambiques. Nas cachaças artesanais é onde encontramos o maior número de

produtores não cadastrados no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Não é aconselhado o consumo desta bebida de produtores não cadastrados, pois não há garantia de órgãos competentes pela qualidade do produto, isto é, para um produtor obter a licença de produção é necessário que seja apresentada uma análise físico química do líquido, para que ateste-se que os valores estejam dentro dos parâmetros permitidos por lei. Segundo o MAPA a produção brasileira de cachaça é de 1,2 bilhões de litros por ano. Se os produtores informais passarem para a posição de formal, estima-se que a produção de cachaça aumentaria para 2 bilhões por litro por ano. Os produtores de cachaça geram em torno de 600 mil empregos diretos e indiretos, considerando cerca de 1,5 mil produtores formais. Com estes parâmetros a cachaça torna-se a segunda bebida alcoólica mais consumida pelos brasileiros, perdendo apenas para a cerveja e a terceira bebida alcoólica mais consumida no mundo. Estima-se que - considerando a faixa etária entre 18 e 59 anos – é consumido 117 litros por habitante por ano de cer-

veja, enquanto 11,5 litros por habitante por ano para a cachaça. Com todos esses parâmetros o setor cachaceiro faturou em torno de R$ 10 bilhões em 2017 e US$ 15,80 milhões com exportação no mesmo ano, com crescimento de 13,43% em termos de valores e 4,32% em volume em comparação com o ano de 2016. De certa forma foi a caipirinha que popularizou a cachaça fora do país, levando para a Europa, Ásia e Estados Unidos, apesar disso o volume exportado é baixo, sendo cerca de 1% da produção. “O brasileiro ainda não internalizou a cultura exportadora. Talvez pelo tamanho de nosso mercado interno que é muito grande”, explicou Victor Maselli Neto coordenador-geral de Programas de Apoio à Exportação (Deaex) da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Esses números despertam a atenção de investidores que podem fazer com que haja um crescimento significativo para o setor, e é o que se espera para o agronegócio, valorizando a classe e aumentando a livre concorrência, além de difundir o consumo e a história. REVISTA 100% CAIPIRA | 15


ANÁLISE DE MERCADO

Defensivo biológico já é usado em 10 milhões de hectares no Brasil e movimenta R$ 528 milhões por ano

Os dados são resultados da mais ampla e inédita pesquisa realizada no Brasil e que foi encomendada pela ABC Bio - Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico Fonte: Mecânica Comunicação Estratégica

A ABC Bio – Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico, em parceria com a Informa FNP, acaba de concluir o maior e mais completo estudo sobre os biodefensivos do mundo sob a ótica dos agricultores, envolvendo 683 produtores que utilizam biológicos, distribuídos por 15 estados e que produzem 11 tipos diferentes de culturas, representando 80% do mercado agrícola brasileiro. Entre as conclusões da pesquisa inédita no país, destacam-se: a atual área tratada com biodefensivos no Brasil é de 10 milhões de hectares; sendo soja, cana, café, hortaliças e frutas as principais culturas que usam o insumo; e o segmento responde pela movimentação anual de R$ 528 milhões (US$ 164,9 milhões ao câmbio de fevereiro/2018). O levantamento encomendado pela ABC Bio constatou ainda que 39% dos agricultores brasileiros utilizam produtos biológicos em alguma área de plantio de suas lavouras, apesar de revelar, por outro lado, que 57% dos produtores rurais dizem desconhecer os biodefensivos. Mas a aceitação deles como importante arma para controle de pragas e doenças é quase que total por quem já 16| REVISTA 100% CAIPIRA

utiliza, pois 98% dos entrevistados que utilizaram defensivos biológicos na safra 2017-18, afirmaram que pretendem usá-los também na próxima safra. Entre os fatores mais citados para a decisão do uso está a eficiência do controle, mencionado por 76% dos produtores ouvidos; e a segurança da aplicação, apontada por 60% dos pesquisados. Para os que já utilizam biológicos, a expectativa é de maior crescimento do segmento nos próximos anos. Nada menos que 96% dos entrevistados afirmaram que deve haver crescimento no uso desse tipo de insumo no Brasil nos próximos cinco anos. Entre os ativos biológicos mais utilizados pelos agricultores brasileiro, o estudo da ABC Bio constatou que os preferidos são: Bacillus sp (diversos tipos), baculovirus, Beauveria, Cotesia, Metarhizium, Paecilomyces, Pochonia, Trichoderma e Trichogramma. A pesquisa foi feita com base em 90 questões respondidas, presencialmente, por 683 produtores de um universo de 1.900 agricultores abordados em 15 estados do país, o que representa cerca de 80% do agronegócio brasileiro. Em ter-

mos de ativos biológicos, o estudo constatou que microbiológicos predominam tanto em termos de área cultivada (80%), quanto em valores movimentos (89%) no mercado brasileiro de defensivos biológicos. Outra constatação do estudo: do valor de mercado encontrado (R$ 528 milhões), 92% se refere ao uso de produtos registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Além de levantar dados oficiais sobre o tamanho do mercado de controle biológico no País, o trabalho também tinha como objetivo conhecer as percepções e comportamentos dos usuários e de quem não usa produtos biológicos. As entrevistas foram feitas in loco, nas propriedades dos agricultores. No total, o levantamento envolveu 25 profissionais, durou 238 dias de trabalho, demandou 1.974 abordagens a agricultores, com 66.610 minutos de entrevistas. O levantamento entrevistou produtores de soja, milho, cana, feijão, uva, batata, tomate, café, hortaliças, morango, maçã e melão, com predomínio na cultura da soja, que teve o maior numero de propriedades analisadas.


MERCADO DE ORGÂNICOS

Adecoagro aposta em açúcar orgânico O volume é modesto, mas é o pontapé inicial para que, nos próximos anos, a companhia acrescente cerca de US$ 8 milhões ao seu faturamento, que alcançou US$ 933 milhões em 2017 e US$ 371 milhões no primeiro semestre deste ano O restrito mercado de açúcar orgânico ganhou um novo participante neste ano. A argentina Adecoagro, que conta com três usinas no Brasil e tem ações negociadas na bolsa de Nova York, está produzindo sua primeira safra de açúcar orgânico e espera encerrar essa primeira fase da aposta com produção de 7 mil toneladas. O volume é modesto, mas é o pontapé inicial para que, nos próximos anos, a companhia acrescente cerca de US$ 8 milhões ao seu faturamento, que alcançou US$ 933 milhões em 2017 e US$ 371 milhões no primeiro semestre deste ano. O objetivo é chegar em 2020 com uma produção de 14 mil toneladas de açúcar orgânico, quando o produto deverá ser totalmente direcionado para o mercado externo, onde há mais demanda. “A vantagem do orgânico é o prêmio [sobre o preço do açúcar]. Hoje se paga cerca de 40 centavos de dólar por libra-peso”, explica Renato Junqueira, diretor de Açúcar, Etanol e Energia da Adecoagro. O açúcar demerara, referenciado na bolsa de Nova York, está sendo negociado em torno de 13 centavos de dólar a libra-peso. A diferença entre o preço de cada produto também é gritante nas prateleiras. Um pacote de 1 quilo de açúcar orgânico da marca mais conhecida, a Native, chega a R$ 4,89 no varejo, cerca de 3 vezes mais que um pacote de açúcar

convencional de outras marcas. Nestes dois primeiros anos, a produção vai ser comercializada no mercado nacional, diz Junqueira. Inicialmente, o produto será vendido para outras empresas que atuam no varejo, como Camil, dona do açúcar União, e Tereos, que vende o açúcar Guarani. Mais para frente, Berridi diz que o açúcar orgânico pode ser vendido com a marca própria, a Monte Alegre. Com a produção estimada para este ano, a Adecoagro calcula acrescentar US$ 1,25 milhão à sua receita. No próximo ano, a expectativa é elevar a produção para 10 mil toneladas, incrementando a receita em 45%. “Quando alcançarmos nosso objetivo, serão agregados US$ 8 milhões ao ano, considerando o prêmio de hoje”, ressalta. Apesar das perspectivas positivas para o caixa da companhia, a entrada da Adecoagro no açúcar orgânico não deverá mudar muito a correlação de forças existente nesse nicho no Brasil. O maior produtor do país, o Grupo Balbo, dono da marca Native, produziu duas safras atrás (2016/17) mais de seis vezes (87 mil toneladas) o volume que a companhia argentina quer produzir daqui a dois anos. Em todo o país, deverão ser produzidas nesta safra (2018/19) 216,6 mil toneladas de açúcar orgânico, segundo o Ministério da Agricultura. E, de acor-

do com Junqueira, o mercado global de açúcar orgânico deverá movimentar em torno de 400 mil toneladas. O mercado de açúcar orgânico também ainda é ínfimo no Brasil, dado que a produção total de açúcar no país que deverá ser vendida no mercado interno deve ficar em cerca de 8 milhões de toneladas. Embora seja um mercado ainda pequeno, a Adecoagro não tem a ambição, ao menos por ora, de alcançar a participação de mercado que têm hoje os players já estabelecidos. Um dos motivos é a própria limitação de sua estrutura. O açúcar orgânico da Adecoagro será produzido na Usina Monte Alegre, na cidade de mesmo nome em Minas Gerais. No entorno, foram reservadas 3 mil hectares para cultivar cana de forma orgânica. Trata-se de uma área pequena em relação aos 168 mil hectares de canavial que abastecem a usina. Segundo Leonardo Raul Berridi, diretor Brasil da Adecoagro, a extensão teve que ser dimensionada para que a demanda por produtos naturais não tornasse o custo de produção impeditivo. No raio de produção orgânica, os químicos são substituídos por substâncias resultantes do próprio processo industrial, como a vinhaça e a torta de filtro no lugar dos fertilizantes. “Se a área fosse maior, precisaríamos comprar esses produtos”, diz. Fonte: Agência UDOP REVISTA 100% CAIPIRA |17


SOJA

Quais são os ganhos da u desde o início da Engenheiro Agrônomo, Ayrton Berger e o Gerente Sênior de Inovação, Rafael Pereira falam da importância da vigilância e da aplicação preventiva de multissítio quando o assunto é Ferrugem Fonte: UPL

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utilização de Multissítio a lavoura de soja?

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e n t re os p e s q u i sador e s , cons u l tores e té cnicos, do enç as como a fer r ugem d a s oj a p o dem apres ent ar s eus pr imeiros sinais des de o início d a fas e veget at iva d a c u ltura d a s oj a, mais esp e cif ic amente a p ar t ir do pr imeiro nó e fol has unifoli ad as ab er t as. A p ar t ir deste momento, a pl ant a inici a su a cons olid aç ão no c amp o e, cons equentemente, o pro cess o de const r uç ão do p otenci a l pro dut ivo d a l avoura come ç a. E é ness e p er ío do em que o ag r ic u ltor e s eus té cnicos resp ons áveis de vem s er v ig i l antes e não p o dem p erder a c u lt ivar de v ist a, monitorando e proj et ando a pr imeira aplic aç ão do f ung icid a ade qu ado. “Porém o f ung icid a ut i lizado nest a aplic aç ão de ve s er s elet ivo à c u ltura d a s oj a (não c aus ar f itotoxicid ade) e le var a combinaç ão de um mu lt issít io com os f ung icid as esp e cíf icos v is ando o início do cont role pre vent ivo d a fer r ugem, b em como j á inici ando as b o as prát ic as do Manej o d a R esistênci a d a Fer r ugem”, explic a o G erente S ênior de Inovaç ão e D es envolv imento d a UPL, R afael Pereira. Pens ando e s e ante cip ando às ne cessid ades do pro dutor, a UPL l ançou Tr idium, uma combinaç ão de t rês f ung icid as, com efeito de cont ato com aç ão mu lt issít io, o Mancozeb e, a Azoxist robina, que inter fere na respiraç ão mito con-

dr i a l e o Tebuconazol de efeito sistêmico que atu a como inibidor d a biossíntes e do ergosterol, o qu a l é um const ituinte d a membrana celu l ar dos f ungos, s egundo cl assif ic aç ão inter naciona l do FR AC. “Por su as c arac ter íst ic as dist int as apres ent a complet a aç ão f ung icid a de v ido a su a atu aç ão na inibiç ão d a ger minaç ão dos esp oros, p enet raç ão e des envolv imento no te cido foli ar e su a esp or ul aç ão. Por est a aç ão diferenci ad a tor na-s e excelente op ç ão no manej o d a resistênci a e que re comend a-s e adot ar j á no início do des envolv imento d a c u ltura, ou s ej a, antes do ap are cimento v isu a l dos sintomas e o que compre ende os est ádios fenológ icos”, explic a Pereira. O monitoramento, o manej o de resistênci a e a aplic aç ão de mu lt issít io s ão a lgumas d as obs er vaçõ es imp or t antes le vant ad as p elo Engen heiro Ag rônomo, Mest re e C o ordenador d a E st aç ão E xp er iment a l de Ituverava d a UPL, Ay r ton B erger, p ara a c u ltura d a s oj a: “A Fer r ugem Asi át ic a d a s oj a j á c aus ou muitos prejuízos ao ag r ic u ltor brasi leiro des de 2001, qu ando foi dete c t ad a p el a pr imeira ve z no Brasi l. E st a doenç a, ap ós inici ad a na l avoura, tem uma prog ress ão muito rápid a e o cont role químico não s e most ra muito ef ic az s e ut i lizado em áre as j á com incidênci a d a doenç a. Por este mot ivo o monitoramento const ante e a aplic aç ão pre vent iva de f ung icid as no início do ciclo d a s oj a s ão de ext rema imp or t ânci a”, explic a. A bus c a const ante d a UPL em

t razer novas s oluçõ es ao ag r ic u ltor brasi leiro e prolongar a v id a út i l dos pro dutos existentes, a lém dos f ung icid as com sít io de aç ão esp e cíf ico e su as combinaçõ es p ara o cont role d a fer r ugem, tem sido o t rab a l ho des envolv ido di ar i amente p el a empres a. “Fic a e v idente ao const at ar que existe a re duç ão d a ef iciênci a de muitos pro dutos em f unç ão d a ad apt aç ão de f ungos, pragas ou pl ant as d anin has at ravés de um pro cess o de s ele ç ão natura l destes organismos e que ao f ina l, t razem o cenár io d a con he cid a resistênci a. O número de op çõ es de molé c u l as t amb ém vem re duzindo, comprometendo dest a for ma o cont role efet ivo d a fer r ugem asi át ic a d a s oj a, p or exemplo, que é uma d as do enç as mais s e veras que incide ness a c u ltura”, a ler t a Pereira. R esistênci a de do enç as a produtos, aumento d a press ão de s ele ç ão d a Fer r ugem j á s er i am mot ivos de s obra p ara s e est ar em a ler t a. Mas, os gan hos p ara o pro dutor t amb ém s ão inúmeros não s omente na pro dut iv id ade, qu a lid ade d a s oj a, b em como no b ols o. “Há rel atos de que a Fer r ugem Asi át ic a p o d e re duzir a pro dut iv id ade em até 75%, com iss o le vando to do o lucro do ag r ic u ltor. Adot ando o cont role pre vent ivo dest a imp or t ante doenç a, junt amente com o us o de f ung icid as mu lt issít ios em to d as as aplic açõ es p ara o manej o de resistênci a, o s ojic u ltor est ará garant indo a manutenç ão de a lt as pro dut iv id ades em su as áre as, s em d anos c aus ados p or fer r ugem asi át ic a”, f ina liza B erger. REVISTA 100% CAIPIRA | 19


MEIO AMBIENTE

O Estado empreendedor e a economia sustentável

Neste momento em que muito se debate o papel do Estado no desenvolvimento sustentável Por: Maurício Antônio Lopes Pesquisador da Embrapa

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Neste momento em que muito se debate o papel do Estado no desenvolvimento sustentável, é muito simbólico o anúncio do Prêmio Nobel de Economia de 2018, compartilhado por dois cientistas americanos. Paul Romer e William Nordhaus foram reconhecidos por integrar, de forma independente, inovações tecnológicas e mudança climática às análises macroeconômicas de longo prazo. Muitos podem estranhar que o Prêmio tenha sido concedido a estudos aparentemente não relacionados, mas uma análise cuidadosa mostrará que, em conjunto, eles contribuem para o tratamento de um dilema bastante contemporâneo: como mobilizar inovações que impulsionem o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, ajudem a conter os riscos à sustentabilidade – em especial aqueles decorrentes das mudanças climáticas. William Nordhaus ficou famoso por desenvolver estudos e modelos que propõem taxações sobre a emissão de dióxido de carbono, um gás de efeito estufa emitido quando combustíveis fósseis são queimados. Segundo ele, o imposto faria os poluidores pagarem pelos danos que a emissão desses gases causa à sociedade e incentivaria as empresas a buscar formas inovadoras de reduzir a poluição. Aí há uma conexão com o trabalho de Paul Romer, que se dedicou a estudar a forma como as inovações impulsionam a prosperidade e de que maneira as nações podem incentivá-las. Joshua Gans, economista da Universidade de Toronto, interpretou bem como os trabalhos de Nordhaus e Romer se conectam e estão em sinergia: no caso das mudanças climáticas, “estimando os custos da inação” e no caso da inovação, “estimando os benefícios da ação”. De fato, os custos das emissões de gases de efeito estufa para a sociedade são altos e mais altos ficarão se não houver uma ação concreta para contê-las. Mas tentar tratar o problema da proteção ao meio ambiente de forma isola-

da pode significar impor ao sistema econômico dominante enormes custos e sacrifícios, tornando a missão tão difícil a ponto de muitos preferirem ignorá-la, ou até mesmo negar a existência do problema, como tem acontecido. Por sua vez, conhecendo e dimensionando o problema, nações podem se dedicar a formular e implementar políticas públicas e estímulos que levem ao surgimento de novas ideias e abordagens para fazer crescer a economia e ao mesmo tempo proteger o ambiente. Portanto, o grande mérito do Nobel de Economia de 2018 é mostrar como uma contabilidade cuidadosa das forças econômicas pode indicar caminhos interessantes para a superação de problemas considerados intratáveis. O Nobel de Economia deste ano estimula um olhar cuidadoso ao conceito de “Estado Empreendedor”, proposto pela economista ítalo-britânica Mariana Mazzucato, que defende que o investimento público persistente é um requisito fundamental para a inovação na sociedade. A autora refuta a visão de que o Estado não tem papel relevante a desempenhar no mundo da inovação, e demonstra que o setor privado estará mais propenso a investir, uma vez que o Estado Empreendedor tenha feito investimentos mais ousados e de maior risco. E esse parece ser exatamente o caminho para a construção de um futuro sustentável, com um modelo de criação de valor determinado por políticas públicas e investimentos estruturantes focados em crescimento econômico inclusivo e sustentável liderado pela inovação. O interessante é que em meio a todo o pessimismo associado à nossa persistente crise política e econômica, muitos não percebem, e pouco se fala, que o Brasil tem exemplos muito bem-sucedidos do Estado Empreendedor estimulando o desenvolvimento sustentável. O investimento público em pesquisa agropecuária, conjugado a políticas de estímulo e suporte adequado, deu ao Brasil a segurança alimentar

e o projetou como grande exportador de alimentos em apenas quatro décadas. Nesse caso, a ação do Estado, à semelhança de uma “locomotiva limpa-trilhos”, fez com que o mercado funcionasse bem, estimulando as empresas a criar e a adotar inovações que permitiram ao Brasil dispor da agricultura tropical mais avançada do mundo. Em função de investimentos públicos em inovação e políticas públicas adequadas, é cada vez mais harmônica a relação entre a produção agropecuária e o meio ambiente no Brasil. O país conta com uma das leis ambientais mais ousadas e sofisticadas do mundo — o Código Florestal —, além de arrojada política pública de descarbonização da agricultura — o Plano ABC —, com estímulos à incorporação de inovações tecnológicas para a recuperação de áreas degradadas, que são fortes emissoras de carbono, além de diversas tecnologias que reduzem a emissão de gases e fixam carbono em florestas ou no solo. Ao incorporar tais práticas sustentáveis, o Brasil já desponta como um competidor diferenciado, capaz de produzir, por exemplo, carne com emissão zero de carbono, conforme recentemente demonstrado pela Embrapa. Portanto, a agricultura brasileira expõe de forma inequívoca quão merecida foi a premiação do Nobel de Economia de 2018. Aqui, a ação do Estado Empreendedor, organizando o segmento de inovação e viabilizando políticas e investimentos estruturantes, feitos de maneira correta, conseguiu produzir crescimento econômico consistente a partir do campo. E, além dos avanços que nos deram segurança alimentar e capacidade exportadora, o Brasil construiu um arcabouço de políticas de proteção ao meio ambiente, com estímulo à incorporação de conhecimento e tecnologias, que não só reduzem as emissões de gases de efeito estufa, mas também contribuem para fixar carbono emitido por outros setores da economia. REVISTA 100% CAIPIRA |21


BOVINOS DE LEITE

Balde Cheio inicia nova fase no Maranhão A Embrapa Cocais está iniciando, no Maranhão, as atividades de campo referentes à nova fase do Balde Cheio Trata-se de um projeto que usa metodologia de transferência de tecnologias da Embrapa para capacitar profissionais da assistência técnica, extensão rural e produtores de leite em técnicas, práticas e processos agrícolas, zootécnicos, gerenciais e ambientais, visando fomentar a atividade de pecuária de leite e melhorar a qualidade de vida no campo. No estado, o projeto teve início em 2008, em uma parceria entre a Embrapa Pecuária Sudeste (Unidade da Embrapa líder do projeto) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE-MA, Regional de Imperatriz-MA. Durante esses dez anos de vida do projeto, mais de 2 mil produtores de leite foram beneficiados no Maranhão. Atualmente, cerca de 50 propriedades 22| REVISTA 100% CAIPIRA

são beneficiadas com o projeto em 16 municípios da Região Tocantina, mais os municípios de Presidente Dutra e Bacabal, incluídos nessa nova fase do projeto. Há dois anos, o Balde Cheio tornou-se projeto institucional em rede da Embrapa, abrangendo 16 Unidades da Empresa, incluindo a Embrapa Cocais. Nessa nova etapa, as ações estão sendo iniciadas com a abertura de novas frentes do projeto no Estado, em regiões mais próximas a São Luís. A equipe responsável pelo Balde Cheio no Maranhão - o pesquisador Joaquim Costa, o analista Talmir Quinzeiro e o técnico José Soares – foram, no final de setembro, a Presidente Dutra e Bacabal para realizar a seleção das propriedades e o envolvimento dos técnicos responsáveis, bem

Fonte: Embrapa Cocais

como prospectar a formalização e a revitalização de parcerias institucionais locais e regionais. Cada um desses dois municípios terá sua Unidade Demonstrativa – UD do Balde Cheio para desenvolvimento das ações previstas. A UD é a propriedade modelo participante do projeto e que serve como “salas de aula no campo” para capacitação continuada e visitas técnicas. “Os técnicos dessas novas UDs são capacitados nas práticas envolvidas em todas as etapas do processo de gestão da propriedade leiteira por um instrutor conveniado ao projeto, que, no Maranhão, é o agrônomo João Rosseto Ribeiro Junior, responsável por realizar visitas quadrimestrais às UDs do Balde Cheio no estado para acompanhar as atividades e avaliar o


trabalho do técnico. Os técnicos capacitados na metodologia, por sua vez, acompanham mês a mês as propriedades sob sua responsabilidade”, explica o pesquisador Joaquim Costa, da Embrapa Cocais. Em 2019, a Embrapa Cocais vai coordenar, no âmbito do Balde Cheio, evento de transferência de tecnologia voltado a técnicos e produtores da região dos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí (MATOPI). A atividade será realizada no Maranhão, abrangendo as UDs mais consolidadas na Região Tocantina. “O objetivo é a expansão do projeto Balde Cheio, um forte aliado para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite, por meio de um arcabouço consolidado de tecnologias simples e de fácil acesso, que são passíveis de adoção por produto-

res e técnicos de todos os tamanhos e situações”, informa Talmir Quinzeiro, analista da Embrapa Cocais. Saiba mais sobre o Balde Cheio Criado e desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sudeste há mais de 20 anos, o Balde Cheio conquistou reconhecimento, por contribuir para o desenvolvimento sustentável da pecuária leiteira, particularmente dos pequenos produtores, com ações em praticamente todo o Brasil, sempre em parcerias multi-institucionais, que o permitiram alcançar um número expressivo de técnicos e produtores. Para participar do projeto, o produtor deve cumprir os “combinados”: realizar exames anuais para detecção de brucelose e tuberculose; ter acompanhamento técnico na propriedade; registrar os controles básicos relativos

ao clima (chuvas e temperaturas máxima e mínima), às finanças (despesas e receitas com a atividade leiteira) e ao rebanho (parições, coberturas, pesagens mensais e controles leiteiros); e permitir que a propriedade seja visitada por outros produtores e técnicos para realização de dias de campo e reuniões. Os produtores que participam do projeto recebem as orientações dos profissionais da assistência técnica, bem como de um instrutor, capacitados por pesquisadores da Embrapa. Os direitos do produtor são: ser assistido pelo extensionista local e sair e voltar quando quiser ao programa. Mais informações sobre as parcerias e como participar podem ser obtidas na página eletrônica do projeto www.embrapa.br/balde-cheio REVISTA 100% CAIPIRA | 23


PESQUISA

Entidade europeia envia recursos para pesquisa sobre resíduos de agroquímicos realizada no Brasil

Fonte: Assessoria de Imprensa Programa IAC-QUEPIA

Novo método investigará a quantidade de resíduos retida em vestimentas de proteção empregadas no trabalho rural, e ensejará recomendações globais para descarte ou reaproveitamento de equipamentos de proteção A UIPP –des Industries de la Protection des Plantes -, entidade sediada na França, destinou a quantia de 10 mil euros (cerca de R$ 50 mil), a fundo perdido, para subsidiar a fase inicial de uma pesquisa liderada pelo laboratório de novas tecnologias do programa IAC-Quepia. Instalado na cidade paulista de Jundiaí, o centro de estudos desenvolve uma metodologia que investiga a proporção de resíduos de agroquímicos retida em vestimentas empregadas por trabalhadores rurais nas pulverizações agrícolas. De acordo com o coordenador do estudo, o pesquisador científico Hamilton Ramos, o objetivo do ensaio é gerar novas recomendações quanto ao descarte e ao reaproveitamento de vestimentas protetivas. Realizado em parceria com a cientista Anugrah Shaw, da Universidade de Maryland Eastern Shore (EUA), o trabalho contempla análises sobre o uso repetido desses equipamentos, lavagem e durabilidade de tecidos específicos, entre outros aspectos. “Saberemos ao final se os equipa24 | REVISTA 100% CAIPIRA

mentos de proteção individual devem ser descartados como lixo tóxico, lixo comum ou mesmo se não necessitam descarte, podendo ser reaproveitados como roupa de trabalho por períodos determinados”, explica Ramos. Segundo ele, para viabilizar a nova pesquisa a equipe do laboratório de novas tecnologias do programa Quepia desenvolveu em Jundiaí equipamentos inovadores, com tecnologia 100% nacional. A expectativa do cientista é a de no prazo de um ano apresentar um resultado parcial do estudo. “A meta é exportar conhecimento. Proporemos que esse método se converta no padrão global para ensaios de resíduos em vestimentas”, acrescenta Ramos. “Hoje em dia, no Brasil e no mundo, ninguém sabe ao certo o que deve ser feito com vestimentas protetivas após o término da validade dos produtos. O completo esclarecimento desse cenário, e a consequente adoção de novas recomendações técnicas na área, resultará em ganhos socioambientais à agricultura”, continua o cientista.

Membro do Consórcio Internacional de Qualidade de Equipamentos de Proteção na Agricultura, formado por 10 países, Ramos salienta que atraiu o interesse da UIPP para seu projeto após apresentar um outro trabalho de sua autoria, este ano, numa reunião oficial realizada na capital francesa. Criado há 12 anos por meio de uma parceria entre o Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA-IAC) e a indústria de equipamentos de proteção individual agrícola, o programa IAC-Quepia é financiado com recursos privados. A iniciativa reúne em torno de 10 fabricantes de vestimentas protetivas, que respondem por 60% do volume de produtos comercializado nesse mercado. “Trabalhamos em parceria com cientistas e entidades internacionais, em busca de certificação mundial para equipamentos de proteção ao trabalho rural. O Quepia une a inovação ao conhecimento com objetivo de reduzir continuamente a exposição do trabalhador rural a agroquímicos”, finaliza Ramos.


LOGÍSTICA E TRANSPORTE

Casemg:

Companhia

de

Armazéns e Silos de Minas Gerais será privatizada Fonte: Assessoria de Comunicação Social MAPA

Decisão foi tomada pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimento da Presidência da República A C omp an hi a de Ar mazéns e Si los do E st ado de Minas G erais (C as emg) s erá pr ivat izad a. A inici at iva é p ar te d a est ratég i a do gover no Fe dera l no âmbito do Prog rama Naciona l de D es est at izaç ão. A de cis ão d a pr ivat izaç ão foi tomad a p elo C ons el ho do Prog rama de Parcer i as de Invest imento d a Presidênci a d a R epúblic a, integ rado p elo Ministér io d a Ag r ic u ltura, Pe c u ár i a e Ab aste cimento (Map a). O pro cess o de diss oluç ão d a comp an hi a s erá co ordenado p el a

S e cret ar i a de C o ordenaç ão e G over nanç a d as Empres as E st at ais do Ministér io e Pl anej amento, D es envolv imento e G est ão e ob ede cerá aos prazos legais est ab elecidos p or L ei. O Ministér io d a Fazend a, p or meio de su a Pro c urador i a-G era l, vai convo c ar uma ass embléi a gera l de acionist as p ara diss olver a comp an hi a, nome ar o liquid ante, f ixar o va lor d a remuneraç ão mens a l do liquid ante, nome ar os membro s do C ons el ho Fis c a l e f ixar o prazo p ara a conclus ão do

pro cess o. A C omp an hi a faz os s er v iços de ar mazenagem, s e c agem, limp e za e comerci a lizaç ão de g rãos, a lém d a amost ragem de pro dutos, t rat amento f itoss anit ár io e t ransb ordo fer rov i ár io em Minas G erais. A C as emg foi cr i ad a p el a L ei est adu a l nº 1.643/1957, do est ado de Minas G erais e fe dera lizad a p or meio do C ont ato de C ompra e Vend a de Açõ es d a C omp an hi a f ir mado p or Minas G erais e a Uni ão em 28 de j aneiro de 2000. REVISTA 100% CAIPIRA |25


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T. DA INFORMAÇÃO

AGROBIT BRASIL: Evento em Londrina reunirá soluções tecnológicas e público do agronegócio

Londrina vai sediar, entre os dias 20 e 21 de novembro, o Agrobit Brasil 2018, evento criado para integrar produtores e empresários do agronegócio com soluções tecnológicas e inovadoras

Fonte: Assessoria de Imprensa AGROBIT BRASIL

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L o n d r i n a v a i s e d i a r, e n t r e os dias 20 e 21 de novembro, o Agrobit Brasil 2018, evento criado para integrar produtores e empresários do agronegócio com soluções tecnológicas e inovadoras disponíveis e capazes de contribuir com o desafio de aumentar a produtividade e rentabilidade do ag ronegó cio. Programação - O Agrobit tem uma programação intensa e dividida em várias vertentes: palestras e painéis com profissionais e cases nacionais e internacionais; além da Smart Farm AgroBit, área que reproduz uma fazenda onde o produtor poderá conhecer as inovações mais recentes das principais startups e empresas do Ag ro. Palestras - O evento será aberto às 9 horas, no dia 20 d e n ov e m bro. Ap ó s a s o l e n i dade de abertura, a programação de palestras será aberta, na Arena Ag roFuturo, p or Gi l Giardeli, professor e difusor de conceitos e atividades ligados à inovação. E le colab ora c o m o I n s p e r, F u n d a ç ã o D o m Cabral, PUC/RS e nos últimos anos lecionou nos MBAs da E S P M , F I A- L A B F I N / P R O VA R e d a I N E PA D - U S P e c o m o p r o fessor convidado em Stanford Un i v e r s i t y e M I T. Ta m b é m é colunista na BandNewsFM e membro do WFSF (Federação Mu nd i a l d e E stu d o s d o Futu r o ) e m P a r i s e d a Wo r l d F u ture Society em Chicago e faz parte do coletivo Repensador e s e Vo i c e r s . O t e m a d e G i a r d e l i s e r á “O Futu ro ch e gou n o C a m p o”. Mais - No primeiro dia, serão realizadas ainda palestras com José Paulo Molin, da E s a l q - U S P, s o b r e “A g r i c u l t u r a

de Precisão e o novo cenário a g r í c o l a” ; p a i n e l c o m a p a r t i c i pação de consultores e produt o r e s r u r a i s s o b r e “A g r i c u l t u r a Digital e visão dos produtores d e c u lt u r a s a nu a i s” ; Fe r n a n d o Martins, da FM Digital, falar á s o b r e “ Tr a n s f o r m a ç a o D i g i t a l d o A g r o n e g ó c i o” ; D r. L a v R . K h o t , d a Wa s h i n g t o n S t a t e Un i v e r s i t y, m i n i s t r a r á p a l e s tra sobre Sistema de Gestão D i g i t a l n a To m a d a d e D e c i s ã o do Agronegócio; painéis com a participação do secretário est adua l de Ag r ic u ltura e Ab astecimento do Paraná, George Hiraiwa, e empresários do ag ro, ab ord an d o o te m a “Q u ai s são os grandes desafios para iniciar o uso das tecnologias digitais no campo? ”; e sobre o “C e n ár i o d a s St ar tup s Ag r ite ch no Brasil”; e apresentação de modelo de Gestão de Israel, p o r I t z a h a k Ts a h i R e i c h Arena - As atividades na Arena AgroFuturo começam às 9 horas no segundo dia de evento e a programação também é bastante extensa. Quem a b r e é M a t e u s To n i n i E i t e l w i n , da Smart AgriControle, que f a l ar á s obre “C ont rol e l o c a l i zado de Ervas Daninhas – Ben e f í c i o s e D e s a f i o s d a Té c n i c a”. N a A r e n a , o d i a p r o s s e g u e com palestras de André Salv a d o r, d a B A S F / X a r v i o , s o b r e “S oluçõ es para Digital Farm i n” ; M a r c o s R a f a e l N a n n i , d a Un i v e r s i d a d e E s t a d u a l d e M a r i n g á , s o b r e “ Us o d e i m a g e n s e sensores em sistemas de prod u ç ã o” ; p a i n é i s s o b r e “ R a s t r e abi lid ade no c amp o e na Pec u á r i a” e “ C o n e c t i v i d a d e n o C a m p o” ; p a l e s t r a s o b r e “ I n o v a ç ã o , c i ê n c i a e a g r i c u l t u r a”, com Cleber Oliveira Soares, diretor-executivo de Inovaç ã o e Te c n o l o g i a d a E m b r a -

pa; “Inovações da consolidação dos Sistemas de Produção A g r o p e c u á r i o s ”, c o m L e o n a r do Menegatti, da InCERES; “Propriedade e segurança dos d a d o s ”, c o m A n a P a u l a B i a l e r, d a B a i l e r F a l s e t t i A s s o c i a dos; “Imagem e Persp e c t ivas de mercado internacional do A g r o n e g ó c i o B r a s i l e i r o”, c o m E du a rd o Au g u s t o G r a d i z F i l ho, da C OFC O Inter nat iona l; finalizando com o tema “Futur o , o q u e e s p e r a r ”. S oluções - Paralelamente às atividades da Arena AgroFuturo, haverá apres ent açõ es das soluções de startups de todo o Brasil no espaço Smart Farm Agrobit; Curso do Senar sobre Pilotagem de Drones, o espaç o S e b r a e L i k e a F a r m e r, o n d e o Sebrae realizará pits com as startups selecionadas que participam do Smart Farm; Espaço Brasil-Israel, entre out r o s . “ Tr a t a - s e d e u m e v e n t o bastante completo e que trará muitas informações importantes para todos os públicos envolvidos, visando um maior conhecimento e organização d o m e r c a d o”, c o m e n t a A n t o n i o Samp aio, presidente da S o ciedade Rural do Paraná. Público - O evento é dirigido a produtores e empresários rurais, profissionais da agroindústria, provedores de soluções e tecnologia, pesquisadores, startups, universidades, centros tecnológicos, empreendedores, investidores, imprensa e tem o apoio de diversas instituições. A realização é da Sociedade Rural do Paraná, F&B Eventos, Sebrae Paraná e Londrina C onvention Bureau. S i t e - To d a a p r o g r a m a ç ã o do evento pode ser conferida n o s i t e a g r o b i t b r a s i l . c o m . b r. REVISTA 100% CAIPIRA |29


CAFÉ

Cafeicultura: Amazônia produz robustas finos e cafés especiais com aromas diferenciados Rondônia reduz área plantada com café em 54% e produtividade cresce 154% na última década

A produção total de cafés no estado de Rondônia na safra 2018 foi calculada em 1,98 milhão de sacas de 60kg, volume que corresponde a um incremento de 2,1% em relação à safra anterior. Contudo, a área de cultivo, estimada em 63,9 mil hectares, representa decréscimo em torno de 14% em relação à área da safra passada e, mais que isso, demonstra produtividade média de 30,97 sacas por hectare, resultado superior em 18,6% ao ano anterior. O aumento expressivo da produtividade verificado nesta safra pode ser atribuído principalmente à renovação de lavouras antigas de Rondônia, formadas basicamente com mudas de propagação seminal (multiplicadas a partir de sementes), por materiais genéticos selecionados produzidos a partir de clones de alta produtividade. Além disso, o emprego de boas tecnologias, manejo adequado da cultura e, óbvio, condições climáticas mais favoráveis ocorridas, desde a florada até a fase de maturação dos frutos, também contribuíram favoravelmente para a performance positiva da safra. A revista Cafés de Rondônia – Edição Nº 3/Setembro de 2018, editada pela Embrapa Rondônia, disponível na íntegra no Observatório do Café do

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Fonte: Assessoria de Comunicação Social MAPA

Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, traz como destaque matérias e artigos que retratam essas transformações positivas em curso na cafeicultura de Rondônia, que têm colocado o café do estado em evidência nos cenários nacional e internacional. Outro ponto destacado na revista é que, a propósito de ter ocorrido redução na área plantada em torno de 54%, nos últimos 10 anos, a produtividade cresceu quase 154% devido à adoção de novas tecnologias nas lavouras. Além disso, a publicação demonstra que existe grande potencial na região Amazônica para a produção de robustas finos e cafés especiais com aromas e sabores diferenciados, atributos ainda pouco explorados e conhecidos pelos produtores locais, que já foram detectados por degustadores, como sabores que lembram manga, combinações de pimentas e doçura de maçãs vermelhas. Rondônia começa a colher os frutos de um processo de modernização da cafeicultura verificado nos últimos 20 anos, resultado do esforço de produtores, instituições de pesquisa, extensão rural e ações governamentais complementares. A reportagem traz trabalho inédi-

to da cafeicultura na região, realizado com os indígenas das Terras do Rio Branco, em Alta Floresta d’Oeste, que apostam na produção de robustas finos como oportunidade para a melhoria da qualidade de vida deles. Os resultados já estão sendo colhidos. O produtor indígena Valdir Aruá foi o 2º colocado no Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café de Rondônia 2018 (Concafé), promovido pela Emater-RO e parceiros. Conforme a revista Cafés de Rondônia, os estados da Amazônia, do Sul-Ocidental, incluindo Rondônia, Acre e porção Sul do Amazonas, apresentam terras com potenciais e também limitações diferenciadas para o cultivo do café, mas que podem ser sanadas com aplicação de tecnologias apropriadas. Assim, a variabilidade de solos e potencial agrícola de terras exigem soluções tecnológicas distintas a serem adotadas para proporcionar condições adequadas ao desenvolvimento da cafeicultura. Nesse caso, as terras aptas ao cultivo do café incluem as que têm solos profundos bem drenados, com boa capacidade de armazenamento de água e situados em locais de relevo de baixa a média declividade, o que também facilita a mecanização.


ALGODÃO

Exportação de algodão deve atingir recorde histórico de 1,2 milhão de toneladas, segundo a Anea

Fonte: Anea - Associação Nacional dos Exportadores de Algodão

Com desempenho excepcional, País pode se tornar o segundo maior exportador de algodão mundial, atrás somente dos Estados Unidos O mercado de algodão brasileiro está em um novo patamar. Com uma safra recorde de 2,1 milhões de toneladas registrada na temporada 2017/2018, a qualidade do produto ofertado no mercado internacional, preço competitivo e câmbio favorável, o Brasil tem o potencial de se tornar o segundo maior exportador mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. A previsão é da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Atualmente, o País ocupa a 4ª posição no ranking global da exportação desta commodity, depois de Estados Unidos, Índia e Austrália. “O Brasil está bem consolidado nos

principais mercados consumidores de algodão e ainda há espaço para expansão dessa atuação. Esse é um bom momento por conta da qualidade, da regularidade no fornecimento, da perspectiva de uma melhor absorção do produto brasileiro nos principais países consumidores”, afirma Henrique Snitcovski, presidente da Anea. A Associação prevê ainda que a exportação de algodão em pluma vai atingir a marca de histórica de 1,2 milhão de toneladas, com os embarques do período de julho de 2018 a junho de 2019. O último recorde histórico verificado com a exportação brasileira desta commodity foi de 1,03 milhão de tone-

ladas, entre julho de 2011 e junho de 2012. Desde então, o volume embarcado oscilava entre 500 mil e 900 mil toneladas. “O momento representa uma ótima oportunidade para o País, que produz algodão em grande escala com tecnologia e responsabilidade socioambiental, fazendo com que o Brasil seja o maior fornecedor de algodão certificado do mundo”, ressalta Snitcovski. De acordo com o presidente da Anea, o segmento é bastante unido e trabalha constantemente para superar os desafios e aperfeiçoar os processos existentes, o que possibilitou ao País galgar as atuais oportunidades neste cenário positivo.

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LATICÍNIOS

Queijo do Serro ganha marca própria

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sebrae Minas

“Região do Serro” é o selo que produzida numa região de queijos s No próximo di a 24 de outubro, o S ebrae Minas, em p arcer i a com a Ass o ci aç ão dos Pro dutores Ar tes anais de Q ueij o do S erro (Ap aqs) re a liza, na cid ade do S er ro, reg i ão C ent ra l de Minas, o l anç amento d a marc a R eg i ão do S er ro, o s elo que garante a qu a lid ade do leg ít imo queij o artes ana l. Trat a-s e d a va lor izaç ão d a reg i ão a p ar t ir do pro duto, um dos g randes repres ent antes d a gast ronomi a mineira, con hecido des de a ép o c a d a C oro a Por tugues a. A igu ar i a é reg ist rad a como Pat r imônio Cu ltura l e Imater i a l Brasi leiro e cer t if ic ad a p elo Inst ituto Naciona l de Propr ie d ade Indust r i a l (INPI) 32 | REVISTA 100% CAIPIRA

com o s elo Indic aç ão G e og ráf ic a (IG), na mo d a lid ade Indic aç ão de Pro ce dênci a (IP), que garante su a or igem. A reg i ão pro dutora do Q ueij o do S er ro é comp ost a p or 11 municípios : A lvorad a de Minas, C oluna, C onceiç ão do Mato D ent ro, D om Jo aquim, Materl ândi a, Paulist as, R io Ver mel ho, Sabinóp olis, Santo Antônio do It amb é, S er ra Azu l de Minas e S er ro. D e acordo com c ad ast ramento re alizado p elo S ebrae, em conjunto com a Universid ade Fe dera l de Viços a, a reg i ão p ossui aproximad amente 750 pro dutores que, juntos, s omam uma pro duç ão anu a l de 3,66 mi l tonel ad as, cer-

c a de 10 tonel ad as p or di a do famos o queij o ar tes ana l. Os pro dutores s ão, em su a maior i a, ag r ic u ltores fami li ares, de p e queno p or te, com pro duç ão mé di a di ár i a em tor no de 15 unid ades. C om o ap oio do S ebrae, eles est ão organizando su a ass oci aç ão e rep osicionando o produto no merc ado p or meio d a maturaç ão do queij o e d a va lor izaç ão d a or igem. A pro duç ão do queij o nas propr ie d ades r urais é to d a ar tes ana l. A a lt itude e o clima s ão determinantes p ara as c arac ter íst ic as do pro duto e cont r ibuem p ara def inir o ter roir, a exemplo dos mel hores queij os f rances es e it a-


garante a qualidade da iguaria, saborosos e de forte apelo turístico li anos. “A marc a R eg i ão do S er ro vem express ar a ident id ade do ter r itór io e faz p ar te d a est ratég i a de va lor izaç ão do queij o e de s eus pro dutores”, ress a lt a o analist a de Ag ronegó cios do S ebrae Minas, R ic ardo B os c aro. Ig u ari a premi ad a No ano p ass ado, o Q ueij o do S er ro gan hou dest aque inter naciona l ao conquist ar qu at ro med a l has – t rês de prat a e uma de bronze - no Mondi a l du Fromage, re a lizado na cid ade de Tours, na Franç a. A igu ar i a mineira concor reu com 700 pro dutos de 20 p aís es. As açõ es do S ebrae

p ara va lor izar o queij o do S er ro foram f und ament ais p ara o êxito em ter ras f rances as. A inst ituiç ão or ient a pro dutores s obre a imp or t ânci a do t rab a l ho em g r up o, o for t a le cimento do ass o ci at iv ismo, a re v is ão do regul amento de us o d a Indic aç ão de Pro ce dênci a e a aná lis e do merc ado, a lém de p ar t icip aç ão em feiras e e ventos. Q u eijo c om e c ol o g i a Localizado na porta de e n t r a d a d o Va l e d o J e q u i tinhonha (o histórico rio homônimo nasce em seu território), a 230 quilô-

metros de Belo Horizonte, Serro destaca-se também pelo potencial turístico: o município abriga parte do Parque Estadual do Pico do Itambé, berço de vegetação do cerrado, e é integrante do Circuito Tu r í s t i c o d o s D i a m a n t e s e da Estrada Real. Além das atrações históricas, como igrejas e casarões, o s d i s t r i t o s d e M i l h o Ve r de e São Gonçalo do Rio das Pedras, rodeados por serras, morros, rios e cachoeiras, têm atraído fortemente o turismo ecológico. REVISTA 100% CAIPIRA |33


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AQUICULTURA E PESCA

Solução para gerenciamento de piscicultura vence maratona tecnológica em Palmas Uma opção digital para o piscicultor monitorar e controlar melhor seu empreendimento

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Fonte: Embrapa Pesca e Aquicultura


Uma opção digital para o piscicultor monitorar e controlar melhor seu empreendimento. Foi essa a solução tecnológica vencedora do hackathon Desafios dos Peixes, realizado neste final de semana em Palmas-TO. Parceria entre a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a Embrapa Pesca e Aquicultura, a maratona tecnológica contou com cinco equipes que chegaram até o final e apresentaram suas soluções. Levi Barbosa Rodrigues Fonseca, Rômane Moreira Ribeiro Santos e Willyãn Arruda de Araújo são estudantes do primeiro período do curso de Ciência da Computação da UFT. A equipe deles, chamada Turing, sugeriu o Fish Tech: gerenciamento para piscicultura. Os alunos ficaram em primeiro lugar e, como premiação, irão para o Campus Party de são Paulo, evento que acontece entre 12 e 17 de fevereiro do ano que vem. Quem explica a ideia é Willyãn: “hoje em dia, quando se fala em tecnologia, já é comum pensar num software, voltado pra uma plataforma que desenvolve tarefas, ações pra facilitar o cotidiano; no caso, a piscicultura. Nós quisemos pensar um pouco além disso: desenvolvemos também uma parte de hardware. E juntamente com uma plataforma, que tem que existir obrigatoriamente, ela coleta essas informações simultaneamente de tanques de peixe da piscicultura semi-extensiva”. O estudante continua: “com base nesses dados, ela manda pra um ser vidor onde tem a nossa plataforma, que está gerenciando isso e mostrando de uma forma mais adequada pro agricultor que não tem tanto conhecimento sobre esse assunto. E ele pode estar sabendo como está sua propriedade, se ela está saudável, se todos os seus animais estão sendo alimentados corretamente, estão tendo as necessidades físicas atendidas”.

Ele acredita que a solução apresentada pode trazer benefícios para o produtor. “Na agricultura, a gente fala agricultura de precisão, que é obter os melhores resultados e mais precisos. Eu vejo isso também como aquicultura de precisão, em que melhorar a precisão desses resultados que a gente consegue obter atualmente por análises laboratoriais demanda um tempo pra isso ocorrer. Mas a gente está trazendo esse novo método, que é fazer uma análise através de sensores também confiáveis pra estar gerenciando isso de uma melhor forma”. Parceria que promete novos frutos – O hackathon foi a primeira ação efetiva da parceria entre a Embrapa e a UFT voltada ao desenvolvimento de soluções tecnológicas em áreas de atuação da empresa de pesquisa agropecuária. Os participantes da maratona tinham três eixos temáticos para proporem suas soluções: pesca artesanal; inteligência territorial; e piscicultura. A proposta era ajudar a responder à pergunta-tema “Como melhorar a experiência de pesca e aquicultura utilizando facilidades digitais no Tocantins? ”. O hackathon fez parte da XI Semana Acadêmica do Curso de Ciência da Computação da UFT, a Seccomp. Para o professor Tiago de Almeida, um dos organizadores tanto da semana como do hackathon, a maratona atingiu o objetivo: “eu acredito que ela foi muito produtiva, foi muito boa. As equipes apresentaram propostas muito interessantes e foi muito bacana que são equipes muito diversas, com características diversas, de outras instituições também, de períodos diferentes do curso. E todos eles trouxeram ideias interessantes. Então, foi muito produtivo, foi muito bacana o evento”. Opinião semelhante tem Alexandre Freitas, chefe geral interino da Embrapa Pesca e Aquicultura: “minha avaliação é que o evento foi extremamente posi-

tivo. Foi um primeiro feito aqui em Palmas em parceria com a UFT. Eu acredito que outros virão e também passarão a compor a nossa agenda de trabalho”. Tiago acredita que a realização desse primeiro hackathon abre uma perspectiva de estreitamento da parceria entre as duas instituições na área de tecnologia. “Espero que haja essa parceria mesmo, que a Embrapa traga as demandas e que a gente consiga suprir as demandas da Embrapa também. É uma parceria, uma sinergia que eu acho que tem tudo pra dar certo. Tem muito potencial”, afirma. Segundo Alexandre, a maratona atingiu seus objetivos: “primeiro: aproximar esses alunos de tecnologia da informação da realidade da aquicultura, colocando pra eles um desafio que eles buscassem junto com auxílio da nossa equipe buscassem solucionar algum problema. Das propostas que foram apresentadas, inclusive a campeã, eu particularmente acho que foi plenamente atendido. Acho que eles se debruçaram sobre o tema, apresentaram soluções”, explica. E completa afirmando que o hackathon também ser viu para mostrar à equipe técnica da Embrapa “as possibilidades que existem nesse mundo que se abre da agricultura 4.0, da internet das coisas, da necessidade de automação, de se buscar ferramentas digitais na solução dos problemas”. Além da equipe campeã, outras duas foram premiadas. Os estudantes que ficaram em segundo (Cassia Gabriela Silva Pereira, Denilson Santos Sobrinho Junior e R afael da Costa Silva, formando a equipe FabricaDeSoftware) e em terceiro (equipe Sharknado, com os alunos Adailson Aguiar Campos Junior, Daniel Arrais de Carvalho e Nareilson Bisbo de Souza) ganharão entradas para participar do V Startup Weekend Palmas, marcado para os dias 23, 24 e 25 de novembro na Faculdade Católica do Tocantins. REVISTA 100% CAIPIRA |37


GESTÃO

COMUNICADO PARA DIVULGAÇÃO PÚBLICA

Fonte: ABIOVE

Executar ações e programas para redução, visando a eliminação, no menor prazo possível, do desmatamento na Cadeia da Soja é prioridade para a ABIOVE Em vista de recentes declarações públicas, feitas por diferentes entidades, sobre desmatamento zero e Moratória da Soja, a ABIOVE considerou imprescindível reiterar os compromissos com a valorização da sustentabilidade na Cadeia da Soja, nos mercados doméstico e internacionais, que há mais de 12 anos têm pautado as ações das empresas associadas. A ABIOVE vem demonstrando para os países importadores que a legislação ambiental brasileira é uma das mais rigorosas do mundo e que o produtor brasileiro de soja é um grande conservacionista, pelas práticas de produção que adota e por ser responsável por parte considerável da vegetação nativa existente hoje no Brasil, conforme mostram os dados do Cadastro Ambiental Rural, implantado a partir do Código Florestal de 2012. 38 | REVISTA 100% CAIPIRA

Executar ações e programas para redução, visando a eliminação, no menor prazo possível, do desmatamento na Cadeia da Soja é prioridade para a ABIOVE. A entidade procura atender da melhor forma as crescentes demandas dos consumidores nacionais e globais, os quais querem informações sobre aplicação e respeito à legislação, sobre práticas de produção e rastreabilidade. É fato que o Brasil tem evoluído significativamente, ao longo dos anos, na governança ambiental. Mas sabemos que ainda há desafios para melhorar o enforcement da legislação ambiental brasileira. A ABIOVE reconhece que cabe aos produtores rurais e aos governos federal e estaduais implementar o Código Florestal e as legislações que regulam o desmatamento no Brasil. O

papel da ABIOVE e das empresas associadas é promover e viabilizar os entendimentos (transitórios e finais) para que o agronegócio brasileiro se mantenha e seja cada vez mais sustentável. Para isso, a ABIOVE reafirma seu compromisso de continuar executando e liderando os seguintes programas de sustentabilidade da soja: Moratória da soja no Bioma Amazônia Desde 2006, a ABIOVE, por meio do GTS (Grupo de Trabalho da Soja), monitora o desmatamento no Bioma Amazônia identificando plantio de soja em áreas desmatadas após 2008. Os resultados do desmatamento são divulgados pelo INPE, que se utiliza dos dados do PRODES Amazônia. Com estas in-


formações em mãos, as empresas associadas da ABIOVE garantem, por meio de procedimentos e auditorias, que não adquirem soja de fazendas em que tenha sido detectado desmatamento após 2008. É consenso de que, nesses 12 anos, a Moratória da Soja produziu dois resultados: I. Contribuiu para a queda do desmatamento no Bioma Amazônia associado à soja, uma vez que foram plantados apenas 50 mil hectares de soja em áreas desmatadas a partir de 2008. E não foram comercializados grãos de soja dessas áreas. II. Fomentou a expansão da soja no Bioma Amazônia somente nas áreas que se encontravam abertas, portanto, livre de desmatamento, dado que a área de soja no bioma passou de 1,7 milhão para 4,6 milhões de hectares de 2008 a 2018 (170% de expansão em 10 anos, ou 10,5% de crescimento ao ano). A Moratória da Soja será mantida pela ABIOVE! A manutenção da Moratória é importante enquanto não for possível o acesso às autorizações de desmatamento concedidas pelos órgãos ambientais federais e estaduais, viabilizando, assim, a implementação pelas empresas de controles eficazes de bloqueios de áreas com desmatamento ilegal. Essa é uma etapa da governança brasileira, fundamental para garantia do crescimento sustentável da produção de soja no Bioma. Enquanto essa etapa não for vencida, a ABIOVE mantém o compromisso firmado com as associações de produtores de levar para análise do GTS, caso a caso, os pedidos de sojicultores que foram bloqueados pela Moratória, mas que têm interesse em voltar a estar em conformidade com o programa, ou que tenham identificado incorreções no sistema de verificação. Ao assinar um compromisso com a entidade, o produtor tem a possibilidade de voltar a vender para nossas empresas. Grupo de Trabalho do Cerrado O Brasil tem avançado muito na gestão do monitoramento do desmatamento do Bioma Cerrado. A ABIOVE iniciou, em 2017, uma mesa redonda envolvendo não apenas as organizações

não governamentais, mas também os compradores dos nossos produtos, com o objetivo de buscar soluções para reduzir e, no menor prazo possível, eliminar o desmatamento do Cerrado associado diretamente à soja, conciliando a produção com os interesses ambientais, econômicos e sociais. O Cerrado é a região de maior relevância para a produção de soja no Brasil. Embora a cultura da soja ocupe apenas 8% de sua área total, cerca de 50% da área plantada no país encontra-se neste bioma (17 milhões de hectares). O crescimento da soja no Cerrado trouxe incontáveis benefícios econômicos e sociais para suas cidades e sua população. Em 2017, 93% da expansão ocorreu em áreas já abertas, e apenas 7% ocorreu com desmatamento. Apesar dos números demonstrarem que a soja não é um vetor importante do desmatamento, sabemos que é imprescindível a atuação empresarial no combate ao desmatamento e à garantia da sustentabilidade da Cadeia da Soja. Assim, a ABIOVE tem liderado a discussão da importância do combate ao desmatamento ilegal para obtenção de resultados efetivos para uma expansão responsável da soja. Os compromissos já defendidos pela ABIOVE e as empresas associadas passam: (1) pela fundamental continuidade de implementação do Código Florestal, por meio da exigência do Cadastro Ambiental Rural (CAR), (2) e pela manutenção de restrições de comercialização com áreas embargadas por órgãos de fiscalização ambiental e incluídas na lista de trabalho escravo. Outra ação essencial em debate no GTC é a inserção dos bloqueios de comercialização sobre áreas desmatadas ilegalmente, quando houver disponibilidade dessas informações pelos órgãos ambientais competentes. Além do avanço dos controles sobre o desmatamento ilegal, a ABIOVE tem feito sugestões no GTC sobre compensação financeira ao produtor. Essas compensações seriam destinadas àqueles que possuírem autorização de supressão e optarem por não desmatar. Além disso, se discute a disponibilização de outros incentivos financeiros para estímulo da expansão da soja sobre área já aberta, bem como para pro-

dutores rurais que optem por adotar práticas de produção mais sustentáveis. Por fim reforçamos que, além dos programas de combate ao desmatamento, a ABIOVE tem atuado fortemente em várias outras frentes para garantir a sustentabilidade da Cadeia da Soja: Política Nacional de Resíduos Sólidos: a ABIOVE tem alcançado excelentes resultados por meio da Coalizão de Embalagens, formada por produtores, usuários, importadores e comerciantes de produtos, que representam cerca de 70% do setor de embalagens brasileiro. Boas Práticas Agrícolas: atuando em parceria com entidades de produtores por meio do Programa Soja Plus, reforçando a importância e o constante aprimoramento de boas práticas agrícolas como mostra o crescimento do plantio direto, as técnicas de conservação de solo, o uso de fixação biológica de nitrogênio, o plantio de duas safras, a integração pecuária-lavoura-floresta. Aprimorar sistemas de produção significa criar valor para nossos produtos e produtores e, por isso, a Agricultura ABC precisa ser fortalecida como política governamental. Acordo do Clima: a ABIOVE, por meio do RenovaBio, está contribuindo também para transformar a redução das emissões de gases de efeito estufa promovidas pelo biodiesel em ativos financeiros para a indústria e os produtores. Em síntese, a ABIOVE reforça seu compromisso em apoiar uma agenda brasileira de governança e gestão ambiental visando assegurar o reconhecimento internacional da sustentabilidade do Agronegócio do Brasil e valorizar produtos e produtores que buscam práticas cada vez mais sustentáveis na produção da soja no país. Sobre a ABIOVE A ABIOVE – Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, há 37 anos representa as empresas que processam oleaginosas, produzem farelo, óleo vegetais e biodiesel. Nossos associados estão entre os maiores exportadores nacionais adicionando valor às cadeias das oleaginosas e grãos produzidos no Brasil, estimulando práticas sustentáveis na produção. REVISTA 100% CAIPIRA | 39


FLORICULTURA

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MERCADO

Os preços de frango, boi e suíno em outubro de 2018

Após atingir novo patamar de preços na segunda metade do ano o frango vivo negociado no interior paulista entra em período de relativa estabilidade: está fechando outubro com valorização inferior a meio por cento Após atingir novo patamar de preços na segunda metade do ano – média de R$3,10/kg nos primeiros quatro meses do corrente semestre, contra apenas R$2,51/kg no semestre inicial do ano – o frango vivo negociado no interior paulista entra em período de relativa estabilidade: está fechando outubro com valorização inferior a meio por cento. A mesma relativa estabilidade foi observada com o boi vivo, mas seus preços terminam o mês com redução em relação aos valores de abertura do período. Daí a redução mensal de 0,21% no preço médio de outubro. 42 | REVISTA 100% CAIPIRA

O suíno também completa o período com preços em decréscimo. Mas como durante bom tempo manteve preços superiores aos do mês anterior, completa o décimo mês de 2018 com um ganho mensal de 2,65%. Naturalmente, o ganho ora obtido pelo suíno não faz a menor diferença, visto que, na média de 2018, seus preços continuam negativos em relação a um, dois ou três anos passados. Mas o que pesa mais – tanto para o suíno como p ara o f rango – é a e voluç ão de pre ços d as du as matér i as-pr imas b ásic as dos dois

s etores, mi l ho e farelo. Pois aind a que, no mês, o pre ço de amb as ten ha re c u ado em rel aç ão a s etembro, no ac umu l ado do ano a lc anç am pre ços mais de 30% sup er iores aos dos mesmos de z mes es de 2017. Já em rel aç ão à inf l aç ão, o f rango é a únic a exce ç ão à reg ra. Mas s ó em no to c ante à inf l aç ão ac umu l ad a neste ano, infer ior a 5%, enqu anto os pre ços do f rango s ão cerc a de 7% sup er iores. No mais, b oi e suíno, junto com o f rango, p erdem de uma maneira que p o de s er c arac ter izad a como s of r ível. Fonte: AviSite


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Ossobuco com molho de cachaça INGREDIENTES

2 ossobucos 2 colheres (sopa) de farinha de trigo Sal e pimenta do reino a gosto Folhas de tomilho fresco 2 colheres (sopa) de óleo 1 colher (sopa) de manteiga 1 cebola picada 2 dentes de alho triturados 2 folhas de louro 1 colher (sopa) de orégano 1 copo americano de cachaça 1 xícara (chá) de água 1 colher de chá de coloral 1 colher de sopa de azeite

PREPARO Tempere a carne com sal, tomilho pimenta do reino, em seguida empane as carnes com a farinha de trigo. Em uma panela com azeite já quente doure as carnes de ambos os lados e reserve. Na mesma panela acrescente a manteiga e refogue o alho e a cebola e em seguida adicione os outros ingrediente e as carnes, tampe a panela e deixe cozinhar por mais ou menos uma hora em fogo médio e está pronto. REVISTA 100% CAIPIRA | 49


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