ESCOLA MUNICIPAL ADROALDO RIBEIRO COSTA
Robson Luis 3ยบ Oliveira de Jesus
MARCADOS
pela
cor
da
PELE
3º Robson Luis Oliveira de Jesus
MARCADOS
pela
cor
da
PELE
Esse texto é vencedor do Concurso Municipal de “ Literatura Prêmio Jorge Amado - 2014, promovido pela Prefeitura do Salvador.
Professora orientadora
EDVANIA LIMA
ESCOLA MUNICIPAL ADROALDO RIBEIRO COSTA GRE: CABULA
”
Comissão Organizadora: Célia Oliveira de Jesus Sacramento Vice Prefeitura José Antonio Nascimento Fundação Gregório de Matos (FGM) Lourdes de Fátima Santos Pinto Plano Municipal do Livro, da Leitura e da Biblioteca de Salvador (PMLLB) Roseli dos Santos Andrade Araújo Secretaria Municipal de Educação (SMED) Solange Sousa do Espírito Santo Biblioteca Comunitária
Comissão Julgadora: Antonio Alberto da Silva Monteiro de Freitas Universidade Católica do Salvador (UCSAL) Antonio Luiz M. Andrade Fundação Gregório de Matos (FGM) Daniel Dourado Nolasco Universidade Federal da Bahia (UFBA) Elton Linton Oliveira Magalhães Universidade Católica do Salvador (UCSAL) Jones Oliveira Mota Universidade Federal da Bahia (UFBA) Liliane Vasconcelos de Jesus Universidade Católica do Salvador (UCSAL) Lourdes de Fátima Santos Pinto Plano Municipal do Livro, da Leitura e da Biblioteca de Salvador (PMLLB) Maria Clara de Luz Vasconcelos Secretaria Municipal de Educação (SMED) Maria de Jesus Ribeiro B. Oliveira Universidade Católica do Salvador (UCSAL) Norma Lúcia Reis Souza Universidade Católica do Salvador (UCSAL) Tereza Cunha Sales de Almeida Fernandes Secretaria Municipal de Educação (SMED)
Marcados pela cor da pele
personagens Carlos- um jovem de 29 anos que fica a maior parte do tempo sozinho, ele mora no Bairro do Caminho das Árvores, um dos bairros mais nobres de Salvador, não tem família, nem amigos, não fala com os pais, tem um bom emprego na UFBA. Trabalha de professor de Biologia, tem doutorado em Biologia e mestrado em química, fez cursos de literatura, filosofia e arte moderna. Vitor- idade 38 anos, um policial investigativo com um alto número de casos solucionados. Vitor tem um temperamento muito forte, gosta de correr de manhã cedo, tem uma mulher chamada Lúcia e uma filha chamada Clara de 13 anos, a esposa esta grávida de 9 meses. Vitor trabalha na policia federal da Bahia e acabou de sair de um caso. Marcos- idade 25 anos, estagiário novato do departamento da policia federal da Bahia Um parceiro de casos de Vitor, tímido e engraçado, está sempre com uma piada na mão, sua família mora no nordeste da Bahia, ele mora em Salvador. Raimundo- idade 42 anos, delegado do departamento da policia federal da Bahia tem uma família; mulher e filhos. Está sempre trabalhando, e nunca dá atenção para a família. Famoso no passado quando solucionou muitos casos, agora fica se perguntando se ele ainda é o mesmo.
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CENÁRIOS: -Quarto do Carlos -Departamento da Policia Federal da Bahia - MAM Museu de Arte Moderna da Bahia
(Carlos) - Não suporto mais essas lembranças terríveis daquele tempo do colégio, é demais para mim. Mas mesmo assim, a raiva terrível que eu sinto não vai embora. Por isso jurei que vou me vingar. No momento certo, poderei finalmente me vingar deles. Vitor no escritório com o seu parceiro. Marcos vai pegar a pasta do último caso na gaveta do chefe. Marcos- (Bate na porta do chefe) Chefe, posso entrar? Raimundo- (sentado na cadeira) sim, o que você quer? Marcos- Vim pegar uma pasta do último caso, Vitor quer dar uma olhada. Raimundo- Ok! Entre e pegue, chame Vitor quero falar com ele. Marcos- Sim senhor, chamarei ele. Marcos (na sala de Vitor)- Vitor o chefe quer falar com você. Vitor (sentado na beira da mesa)- Nossa! O que ele quer comigo agora?
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Marcos- Não sei. Talvez ele queira falar com você sobre o último caso. Vitor- Mais que DROGA!!! Carlos- Finalmente, o dia chegou, vou iniciar este começo. (Carlos rir) Vitor- O senhor me chamou? Raimundo- (apagou o cigarro) Sim, chamei você aqui hoje, porque no seu último caso, você desobedeceu a uma ordem direta. Vitor- (sentou na cadeira) Eu solucionei o caso, não foi senhor? Então pra que esse sermão? Raimundo- Você acha que é simples assim? Desobedeceu a uma ordem direta. Simplesmente você acha que pode fazer isso sempre que você quiser? Pare para pensar Vitor, a vida é uma só. Como a Lúcia ia ficar sabendo que ela e a filha estariam sozinhas nesse mundo podre, responda Vitor! Vitor-(se levanta) Agora você se preocupa comigo SENHOR, não preciso disso, e fique longe da Lúcia, sei que você ainda gosta dela. Raimundo- Você esta cego, meu amigo. Vitor- Não somos amigos. Raimundo- Pare de agir como se fosse um herói. Vitor- Eu mesmo cuido da minha vida.
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MAM Museu de Arte Moderna da Bahia. 01: 34 da manhã, Carlos entra no museu. Carlos- (Olha para alguém rondando o museu) Totalmente diferente do menino que fez aquilo comigo. Agora ele é um homem simples, porém morto. (Carlos jogou uma moeda perto do vigilante, este foi checar o barulho. Carlos chegou por trás e o matou. Ele caiu. O vigilante antes de falecer, olhou o rosto do seu assassino). Carlos começou a limpar tudo, quando acabou, foi embora do museu as 03h05min. (Vitor, em sua casa, assistindo a um programa de TV, não mostrou muita reação quando a jornalista falou que houve um assassinato no MAM- Museu de Arte Moderna da Bahia- mas, sua mulher ficou espantada com aquilo) Vitor- Fique calma! A policia militar vai cuidar bem disso, é só mais um psicopata nas ruas. Lucia- Tem certeza ? Vitor- Sim amor, fique tranquila. Carlos no seu quarto Carlos- Tudo está saindo como eu planejei, só vou dar um tempo, a jornalista disse que eu queria a letra R, os policiais estão todos confusos sem saber quem é.
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(Carlos riu compulsivamente da perfeição do seu crime). Carlos- Um já foi! Vitor chega ao escritório da policia federal Raimundo- Gente !!! Este assassinato não foi da classe da Policia Militar, simplesmente um pedido foi enviado para nós do Distrito Federal. Eles querem alguém no caso, eles acham que pode ser um assassino estrangeiro. Vitor- Mas por que eu e o Marcos? Raimundo- Vocês dois são bons, ou pelo menos um de vocês dois. Então eles acham que vai ser bom um caso novo pra vocês dois. Marcos- Sim senhor. Vitor riu e levantou Vitor- Não tenho escolha mesmo, não é? Marcos desmanchou o sorriso Raimundo encarou Vitor Raimundo- Vocês devem ir agora para o Museu de Arte Moderna da Bahia. Investiguem tudo lá. Marcos- Sim Senhor.
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Vitor e Marcos estão no Museu. É cedo, e já está cheio de policiais. Vitor- Quem mataria assim? Marcos- Não sei, mas vamos pegar esse assassino. Pode estar associado com a vitima, ou sua família talvez. Vitor- Vamos investigar a família dele toda, um por um, isso pode ser sério. O que o legista falou? Marcos- Que o assassino usou uma lâmina, e também limpou tudo antes de ir. Vitor- Certo, vamos! O cheiro está forte aqui, quero que você investigue cada parente, ou amigo desse cara. Ok ? Marcos- Ok !!! Seis dias passaram após o primeiro assassinato, porém a cabeça de Carlos chama pela morte. Carlos- Acho que está tudo bem agora. A próxima vitima é hoje, finalmente estou cansado de esperar. Raimundo- Então o que vocês descobriram? Vítor- Não muita coisa, ele foi bem esperto. A lâmina não foi achada, e o R na testa foi bem feito. Porém, ele errou em uma coisa, tenho certeza que ele é daqui de Salvador. Ele sabia quando o Museu fecharia, e achamos uma moeda de cinco centavos alguns centímetros depois, esse cara vai errar
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da próxima vez, então... eu vou estar lá. Carlos no quarto às 15:36. Carlos- Hoje à noite vou matar aquele idiota, a policia daqui pode ser esperta, mas nunca vai pensar como eu penso. Carlos- Uma pessoa como ele vencer na vida... Agora ele é um policial. Vou matá-lo e depois vai ser menos um. Preciso ter cuidado, ele pode ser esperto, mas posso matá-lo antes que perceba. Ele esta saindo com o carro, vou segui-lo. Carlos o seguiu perto da Igreja Nosso Senhor do Bonfim, a sua vitima parou o carro, e percebeu que estava sendo seguida, então a vitima saiu do carro. Vitima- Algum problema meu chapa? Carlos- Não senhor policial, nenhum. Vitima- Espera ai, como você sabe que eu sou policial? Ei cara, é melhor o senhor sair do carro agora !!! Carlos- Calma, estou saindo. (Carlos sai do carro) Ei senhor policial posso fazer uma pergunta? Vitima- Pode, ande e fale. Carlos- Então qual o gosto do seu sangue, hein? Carlos rapidamente acerta a vitima, que cai no chão. A vitima conseguiu puxar a arma em tempo e atira contra Carlos. O tiro acerta a sua perna, Carlos se joga no
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no chão. Sem mira exata, a vitima atira para todos os lados, com os olhos fechados. Até que as balas acabam e Carlos começa a rir. Carlos- Bom você sempre foi o mais corajoso, não é? Vou tirar uma coisa sua. Embora você fosse um completo idiota, pelo menos você lutou pela sua vida, agora é menos um. Carlos riu muito, tanto que o mundo parecia perfeito pra ele novamente, na mesma hora que ria sua perna sagrava. Carlos tratou do ferimento a noite toda, nem foi trabalhar no dia seguinte. Vitor com Marcos no escritório da policia federal. Vitor- Então o que você descobriu sobre a vitima do museu? Marcos- Quase nada senhor, sem ficha criminal. Homem humilde e trabalhador, a família esta totalmente abalada, ele tá limpo. Raimundo entra no escritório. Raimundo- Gente ele matou de novo! Vitor- Como Assim? Marcos- Há... qual é? Raimundo- Vocês vão pra lá agora. Marcos- Sim senhor!!!
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Marcados pela cor da pele
Vitor e Marcos chegam ao local do crime e ficam surpresos com o que veem. Vitor- Meu Deus! Marcos- Fala chefe, diz logo, esse caso vai ser um dos piores. Vitor- Vamos investigar logo e dá o fora daqui certo? Olha, tem uma arma perto do corpo. A Vitima tentou se defender, acho que não deu muito certo. Marcos- Tenho certeza que ele acertou um tiro, olha o sangue, vai seguindo até ali, depois some, acho que o assassino estava de carro. Vitor- Seja quem for, fez o que queria, vamos mandá-lo para o necrotério. Esse desgraçado tenho evidencias perfeitas para achá-lo . Marcos- Vamos para o escritório. Vitor e Marcos vão para o escritório de carro. Vitor- Senhor pegue as digitais da vitima, vamos pegar esse desgraçado. Raimundo- Infelizmente o corpo está sem as digitais, parece que ele sabia o que estava fazendo na hora de matar. Vitor- Droga, será que esse cara vai ficar a solta por ai? Ei Marcos Verifique se as vitimas não tem nada em comum. Marcos- Certo !!! Vitor- Quanto tempo isso vai demorar? Marcos- Não muito.
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Vitor e Marcos chegam ao local do crime e ficam surpresos com o que veem. Vitor- Meu Deus! Marcos- Fala chefe, diz logo, esse caso vai ser um dos piores. Vitor- Vamos investigar logo e dá o fora daqui certo? Olha, tem uma arma perto do corpo. A Vitima tentou se defender, acho que não deu muito certo. Marcos- Tenho certeza que ele acertou um tiro, olha o sangue, vai seguindo até ali, depois some, acho que o assassino estava de carro. Vitor- Seja quem for, fez o que queria, vamos mandá-lo para o necrotério. Esse desgraçado tenho evidencias perfeitas para achá-lo . Marcos- Vamos para o escritório. Vitor e Marcos vão para o escritório de carro. Vitor- Senhor pegue as digitais da vitima, vamos pegar esse desgraçado. Raimundo- Infelizmente o corpo está sem as digitais, parece que ele sabia o que estava fazendo na hora de matar. Vitor- Droga, será que esse cara vai ficar a solta por ai? Ei Marcos Verifique se as vitimas não tem nada em comum. Marcos- Certo !!! Vitor- Quanto tempo isso vai demorar? Marcos- Não muito.
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Carlos acorda no quarto dele. Carlos- A minha perna ainda esta doendo muito. Os policiais devem ter achado que tinha minha digital ali. Mas eu estava com as luvas o tempo todo, tive mito cuidado. Finalmente dois já pagaram por tudo que eles fizeram comigo no passado. Tenho certeza que onde estiverem agora estão sofrendo muito. Eles me humilharam tanto, eu só tinha oito anos, e mesmo assim, eles acharam que eram melhores que eu. Como um ser humano pode cometer tal atrocidade? Eu sou igual a eles, como eles podem me ver de outro jeito? Estão pagando um por um, mas claro que no fim, todos vão saber o que esses idiotas fizeram comigo. Vitor- Então o que você conseguiu com os resultados? Marcos- Não muita coisa, as vitimas são brancas, sem ficha criminal, com família e amigos, idades diferentes e estrutura social bem diferentes. Mas estudaram na mesma escola quando eram crianças. Vitor- Ache a classe dele, o assassino pode ser um conhecido. Marcos- De acordo com o computador, havia trinta e quatro alunos na classe deles senhor. Vinte e oito ainda estão vivos, mas só quinze moram aqui em salvador, e só seis, moram suficientemente perto das vitimas. Vitor- Quero que você investigue todos os seis hoje, agora achei todos eles. Raimundo- Um desses seis é o assassino? Vitor- Talvez, se não for, perdemos as pistas. Vitor- (Toca o ombro de Marcos). Vamos conseguir !!!
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Marcados pela cor da pele
Raimundo- Tenho certeza. Marcos achou alguém ai? Marcos- Sim, dois pra falar a verdade. Um é Yuri Sousa mora a uns doze metros, e o outro é Carlos Matheus, mora a uns dezenove metros da primeira vitima. Vitor- Eu vou investigar esse Yuri, e você vai nesse Carlos. Chefe o senhor fica aqui pra encontrar mais coisas. Marcos- Certo! Raimundo- Ok. Vitor- Ei Marcos toma cuidado. Marcos- Vou ficar bem. Marcos Bate na porta da casa de Carlos, este abre a porta. Marcos- Policia Federal, posso lhe fazer perguntas se não se incomodar? Carlos- Tudo bem, entre! (Mas que droga, eles me acharam, tenho quer ficar calmo e me livrar desse idiota). Carlos- Sente- se policial. Marcos- Obrigado. Marcos- Então senhor Carlos onde esteve na noite passada ? Carlos- Eu sai para uma festa. Marcos- Qual?
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Carlos- Um show, eu ainda estou de ressaca, então não me lembro do nome. Marcos- Certo, que foi isso na sua perna ? Carlos- Eu me machuquei na festa. Marcos- Soube do assassino das Letras? Carlos- Que é isso? Marcos- Um assassino que quando mata, desenha letras nas suas vitimas, eu dei esse nome pra ele. Carlos- Nome estranho, não acha? Marcos- Nome bom para um psicopata, não acha? Carlos- Policial por que você esta aqui? Marcos- Um homem que foi morto morava bem perto de você, ele estudou com você, ele teve queixas de briga com você. Carlos- Como você sabe disso? Marcos- Fiz meu dever de casa. Carlos- Eu não matei ninguém, policial !!! Marcos- Talvez, mas você vai comigo até a delegacia, vamos conversar sobre isso lá.
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Carlos- Vamos então. Quando esse idiota se virar, eu vou matá-lo, da mesma forma que matei os outros. Marcos se vira então Carlos o ataca pelas costas, Marcos e Carlos começam a brigar. Carlos bate em Marcos a todo o momento, Marcos puxa a arma. Carlos então segura a mão dele. Eles começam a atirar para todos os lados da casa, quase sem munição. Marcos estava sozinho ali, Carlos bate com sua cabeça na de Marcos, e este cai. Carlos então atira na cabeça de Marcos, depois Carlos pega a sua lâmina e escreve na testa de Marcos a letra C. Carlos- Você e igual a eles, tentando me destruir não e? Mas eu venci você. Eu sou melhor do que você. Eu vou matar todos aqueles que me julgaram ou me machucaram. Vitor- (Chega ao escritório da policia federal) Chefe não consegui nada, esse cara Yuri não é um assassino, tenho certeza, e o Marcos ? Raimundo- Não, ele ainda não chegou, tentei ligar pra ele, mas só deu na caixa. Vitor- Eu vou procurá-lo, fique aqui, para se for o caso dele ligar, certo chefe? Raimundo- Certo, mas tome cuidado, eu descobri que esse cara ai Carlos foi vitima de RACISMO, na mão das vitimas no tempo de escola. Vitor- Abra Carlos, aqui é a Policia Federal abra a porta, agora. (Vitor arrombou a porta e entrou na casa, aparece Carlos por trás dele, e o nocauteia. Vitor acorda no porão da casa de Carlos, ele estava amarrado, Carlos aparece na sua frente) Vitor- Me solta agora, seu doente de merda.
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Marcados pela cor da pele
Carlos- Não posso fazer isso, você acha que eu sou burro? Vitor- Onde ele está, onde está o Marcos ? Carlos- Morto, eu matei ele. Vitor- Não, não, não pode ser verdade, eu vou matar você seu canalha. Carlos- É a pura verdade. Vitor- Por que você matou aqueles homem ? Carlos- Eles quase me mataram. Eu só devolvi o favor, eles eram RACISTAS faziam brincadeiras comigo quando nós éramos crianças. Certa vez, eles encheram um túnel de alvejante e depois me jogaram dentro, gritavam a toda hora que era pra eu deixar de ser negro. Deixar de ser negro Diziam que aquilo ia me ajudar. Eu parei de respirar, eles acharam que eu estava morto, mas eu estava muito vivo ali. Eles correram, eu consegui sair do túnel, mas quase morto, foi quando eu decidi me vingar de todos. Venho matando eles durante anos, essas duas vitimais foram as últimas, mas vocês, os federais tinham que me atrapalhar, não é? Vitor- Eu vou te matar seu desgraçado psicopata. Vitor tem um canivete no bolso, ele pega sem que Carlos veja, e começa a cortar, enquanto Carlos fala, ele finge que esta prestando atenção. Vitor consegue se soltar das cordas e depois ele vai em cima de Carlos e começa a bater sem parar, Carlos não consegue reagir. Vitor se levante.
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Marcados pela cor da pele
Vitor- Você está preso por assassinato. Vitor se descuida e Carlos se levanta rapidamente, pega a faca que está em cima da mesa no porão. Carlos tenta acertar Vitor, mas não consegue então Vitor tenta subir as escadas para ir pra cima, quando Carlos pega seu pé. Vitor chuta Carlos e sobe as escadas, encontra a sua arma em cima da mesa na sala da casa de Carlos. Vitor pega a arma, mas Carlos já está bem atrás e então, acerta a barriga de Vítor, este entra em choque e atira na perna de Carlos, que cai no chão com muita dor. Carlos- Policial, a minha perna! Você ferrou com ela. Vitor- Fique parado agora mesmo! Carlos se levanta rápido, então Vitor atira no seu peito, Carlos cai no chão. Carlos- Eu sofri na minha infância e agora vou sofrer depois da morte. Então Carlos morre, seu coração para, e então sua alma deixa seu corpo. Vitor observa a tudo, atentamente.
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