Porão

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MUNICIPAL SENADOR ANTONIO CARLOS MAGALHAES

Adriano Santos de Souza

PORテグ


Comissão Organizadora: Célia Oliveira de Jesus Sacramento Vice Prefeitura José Antonio Nascimento Fundação Gregório de Matos (FGM) Lourdes de Fátima Santos Pinto Plano Municipal do Livro, da Leitura e da Biblioteca de Salvador (PMLLB) Roseli dos Santos Andrade Araújo Secretaria Municipal de Educação (SMED) Solange Sousa do Espírito Santo Biblioteca Comunitária

Comissão Julgadora: Antonio Alberto da Silva Monteiro de Freitas Universidade Católica do Salvador (UCSAL) Antonio Luiz M. Andrade Fundação Gregório de Matos (FGM) Daniel Dourado Nolasco Universidade Federal da Bahia (UFBA) Elton Linton Oliveira Magalhães Universidade Católica do Salvador (UCSAL) Jones Oliveira Mota Universidade Federal da Bahia (UFBA) Liliane Vasconcelos de Jesus Universidade Católica do Salvador (UCSAL) Lourdes de Fátima Santos Pinto Plano Municipal do Livro, da Leitura e da Biblioteca de Salvador (PMLLB) Maria Clara de Luz Vasconcelos Secretaria Municipal de Educação (SMED) Maria de Jesus Ribeiro B. Oliveira Universidade Católica do Salvador (UCSAL) Norma Lúcia Reis Souza Universidade Católica do Salvador (UCSAL) Tereza Cunha Sales de Almeida Fernandes Secretaria Municipal de Educação (SMED)


2º Adriano Santos de Souza

PORÃO Esse texto é vencedor do Concurso Municipal de “Literatura Prêmio Jorge Amado - 2014, promovido pela Prefeitura do Salvador.

Professora orientadora

JAMILLE DA SILVA GONÇALVES ALMEIDA

MUNICIPAL SENADOR ANTONIO CARLOS MAGALHAES GRE: ORLA



PORÃO

Há muito e muito tempo atrás vivia um velho chamado Sr. Mário. Ele vivia sozinho em uma casa enorme que ficava numa fazenda, ela tinha uma porta de madeira na frente, um jardim sem nenhuma flor ou árvore, na parte de cima da casa ficavam os quartos e lá havia também um misterioso porão. De repente, ninguém mais viu Sr. Mário. Desapareceu completamente. Ele já não aparecia nas janelas e muito menos no jardim. Os meses foram passando e nunca mais nenhum outro fazendeiro soube do velho. Certo dia, uma família passeando naquela região viu a casa. Essa fazenda ficava bem distante da cidade. O menino disse todo animado: - Pai! Veja aquela casa! Que bonita! - Será que estão alugando? Vamos entrar? – falou a mãe muito interessada. Eles entraram e logo perceberam que não havia ninguém naquela fazenda. Notaram o jardim sem vida, sem flores. A madeira da varanda fazia um ruído aterrorizante quando eles pisaram nela. - Querido... já estou com medo! Que casa sinistra! - Calma, meu bem. Vamos bater na porta. Quem sabe tem alguém aí... - Papai! Já estou arrependido de ter saído do carro! Vamos voltar! - Calma meu filho! Cadê a coragem?

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PORÃO

Como num passe de mágica, a porta da frente se abriu sozinha. Todos se olharam, as pernas tremendo de medo. Ao entrar na casa viram que a casa era bem antiga e que há anos não se fazia uma faxina naquele lugar. Tinha teia de aranha em todos os móveis, os sofás eram velhos e rasgados, também tinha um piano todo empoeirado no canto da sala. - Vamos sair correndo daqui agora! Sinto que algo de muito ruim pode nos acontecer! Todos correram para o carro estacionado lá fora. Estavam muito assustados com aquele clima sombrio da fazenda. Quando entraram no carro o pai notou que estavam sem gasolina e que o motor estava pifado. Não havia outra saída para eles naquele momento, já tarde da noite. Resolveram voltar a casa. - Se vamos passar a noite aqui, teremos que fazer uma faxina geral! - Você, querido, fica lá com a cozinha. Nós limpamos aqui: a sala e os quartos.

Roberto, o pai, descobriu que no fundo da casa havia uma escada que levava a um porão. Curioso foi até lá. Encontrou um quarto. Nele tinha uma cama e uma cadeira de balanço. O visitante viu que tinha alguém sentado de costas nessa cadeira de balanço que parecia olhar pela janela. Era o desaparecido Sr. Mário. Assustado e desesperado Roberto saiu correndo até a sala e gritou:

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- Vamos!! Corram!! Larguem tudo aí! Essa fazenda está assombrada! Eu vi um velho, ele estava mortinho da silva, na cadeira de balanço! - Socorro!! Meu Deus! – falou a mulher apavorada. - Papai! Vamos fugir, papai! _ o pai, abraçou o filho nesse momento. - Roberto, a porta está trancada! Não consigo abrir! Eles só ouviram as janelas da casa sendo totalmente lacradas e tudo ficou muito escuro. Eles já não se enxergavam. Abraçaram-se todos. Lá fora começou uma forte tempestade com raios e trovões. A ventania assobiava tornando ainda mais aterrorizante aquela noite. Do piano saíram às notas musicais mais tristes. Até os dias de hoje ninguém mais soube daquela família, muito menos do velho, dono da fazenda.

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