Projecto_Panfleto pais atl_2009-10

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Centro Social de Esgueira 2009/2010

A Contar e a Ler Aprendemos a Crescer

3º ATL / 4º ATL

Educadora Maria do Carmo Gonçalves

Auxiliares da acção educativa Júlia Sousa Júlia Mano 1


Setetembro 2009

Fundamentação Pelo conhecimento adquirido que o educador tem dos vários domínios que constituem o seu contexto de trabalho, consegue assim valorizar e inovar toda a sua concepção de infância. Nesta perspectiva de trabalho todo o projecto que foi delineado, será ao longo do ano investigado e analisado no sentido de melhorar a prática educativa. Desta forma, as crianças são sempre valorizadas em toda a sua essência, respeitadas como seres humanos carregados de experiências e vivências contextuais bem diferentes. Ao educador cabe assim assumir um papel de autenticidade e intencionalidade mas sempre reflexivo. O próprio projecto poderá sofrer alterações segundo os interesses e necessidades das crianças, pois estas são intervenientes no processo de ensino-aprendizagem em todo o processo educativo. . Este é um projecto que visa uma articulação de saberes e conteúdos vivenciados pelas crianças diariamente, dando ênfase a todo o conhecimento que é adquirido pela sua experiência e pela motivação em experimentar tudo quanto queiram. O projecto curricular de sala “A Contar e a Ler Aprendemos a Crescer” é baseado na importância que tem a leitura nestas faixas etárias, para que possam retirar dela alguns conhecimentos que lhes permitem reflectir, questionar, formular hipóteses e assim assimilar novas aprendizagens. Sendo a leitura uma forma exemplar de aprendizagem, é um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade. Favorece a remoção de barreiras educacionais, principalmente através da promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual, aumentando a possibilidade de normalização da situação pessoal de um indivíduo. Além destes pressupostos, este projecto visa, essencialmente, promover um conjunto de actividades que conduzam as crianças ao contacto com os livros, no sentido de os levar a desenvolver o gosto pela leitura e tendo como principal finalidade a promoção de literacia.

A A IIm mppoorrttâânncciiaa D Dooss L Liivvrrooss N Noo Q Quuoottiiddiiaannoo D Daass C Crriiaannççaass A infância é o melhor momento para o indivíduo iniciar a sua emancipação mediante a função libertadora da palavra. 2


A leitura é um bem essencial. Para viver com autonomia, com plena consciência de si próprio e dos outros, para poder tomar decisões face à complexidade do mundo actual, para exercer uma cidadania activa, é indispensável dominá-la. Determinante no desenvolvimento cognitivo, na formação do juízo crítico, no acesso à informação, na expressão, no enriquecimento cultural e em tantos outros domínios, é encarada como uma competência básica que todos os indivíduos devem adquirir para poderem aprender, trabalhar e realizar-se no mundo contemporâneo. A União Europeia e organizações internacionais, como a OCDE e a UNESCO, consideram-na um alicerce da sociedade do conhecimento, indispensável ao desenvolvimento sustentado e têm formulado recomendações, dirigidas aos governos, para que a sua promoção seja assumida como prioridade política. A presença do livro no quotidiano de uma criança é fundamental porque incentiva hábitos de leitura, além de ser uma actividade recreativa, um exercício de liberdade de escolha e uma diversão. Ler histórias aos mais pequenos pode ser uma ajuda importante, porque o livro ganha outra vida com a voz. «Podem fazer-se brincadeiras, mudar tonalidades, registos, e isso é, sem dúvida, um acréscimo a esta experiência», defende Rute Gil. Destinados a proporcionar prazer e entretenimento à criança, as cores, letras, imagens ou até o cheiro dos mais diversos livros infantis apelam aos principais sentidos que importa estimular na infância, contribuindo ao mesmo tempo para o desenvolvimento da competência literária e de leitura dos mais novos. Além disso, Alice Vieira defende que as histórias e personagens que levam ao sonho e ao imaginário ajudam «as crianças a tornarem-se adultos». José António Gomes, professor de Literatura para a Infância na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, considera o livro infantil o instrumento mais adequado para introduzir a criança no universo da literatura e da arte e também para a conquistar para a leitura. Além disso, a «abertura ao outro» - através da educação da sensibilidade, do gosto, da abertura para outras culturas e realidades - é uma das características que tornam o livro infantil cada vez mais imprescindível. Apesar de ainda se ler pouco em Portugal, José António Gomes defende que «há muitas crianças que lêem por gosto e que aprendem a melhorar as suas competências de leitura e de comunicação através do livro, estruturando, também, melhor o seu pensamento». Salienta ainda que as crianças aprendem «a ser mais solidárias e menos egocêntricas graças ao convívio com as personagens dos livros». O estudioso Richard Bamberger reforça a ideia de que é importante habituar a criança às palavras. "Se conseguirmos fazer com que a criança tenha sistematicamente uma experiência positiva com a linguagem, estaremos promovendo o seu desenvolvimento como ser humano. Inúmeros pesquisadores têm-se empenhado em mostrar aos pais e professores a importância de se incluir o livro no dia-a-dia da criança. Bamberger afirma que, comparada ao cinema, ao rádio e à televisão, a leitura tem vantagens únicas. Em vez de precisar escolher entre uma variedade limitada, posta à sua disposição por cortesia do patrocinador comercial, ou entre os filmes disponíveis no momento, o leitor pode escolher entre os melhores escritos do presente e do passado. Lê onde e quando mais lhe convém, no ritmo que mais lhe agrada, podendo retardar ou apressar a leitura; 3


interrompê-la, reler ou parar para reflectir, a seu bel-prazer. Lê o que, quando, onde e como bem entender. Essa flexibilidade garante o interesse contínuo pela leitura, tanto em relação à educação quanto ao entretenimento. A professora e autora Maria Helena Martins chama a atenção para um contacto sensorial com o objecto livro, que, segundo ela, revela "um prazer singular" na criança. Na leitura, por meio dos sentidos, a criança é atraída pela curiosidade, pelo formato, pelo manuseio fácil e pelas possibilidades emotivas que o livro pode conter. A autora comenta que "esse jogo com o universo escondido no livro "pode estimular no pequeno leitor a descoberta e o aprimoramento da linguagem, desenvolvendo a sua capacidade de comunicação com o mundo. Esses primeiros contactos despertam na criança o desejo de concretizar o acto de ler o texto escrito, facilitando o processo de alfabetização. A possibilidade de que essa experiência sensorial ocorra será maior quanto mais frequente for o contacto da criança com o livro. O estudioso Richard Bamberger reforça a ideia de que é importante habituar a criança às palavras. "Se conseguirmos fazer com que a criança tenha sistematicamente uma experiência positiva com a linguagem, estaremos promovendo o seu desenvolvimento como ser humano.” Inúmeros pesquisadores têm-se empenhado em mostrar aos pais e professores a importância de se incluir o livro no dia-a-dia da criança. Bamberger afirma que, comparada ao cinema, ao rádio e à televisão, a leitura tem vantagens únicas. Em vez de precisar escolher entre uma variedade limitada, posta à sua disposição por cortesia do patrocinador comercial, ou entre os filmes disponíveis no momento, o leitor pode escolher entre os melhores escritos do presente e do passado. Lê onde e quando mais lhe convém, no ritmo que mais lhe agrada, podendo retardar ou apressar a leitura; interrompê-la, reler ou parar para reflectir, a seu bel-prazer. Lê o que, quando, onde e como bem entender. Essa flexibilidade garante o interesse contínuo pela leitura, tanto em relação à educação, quanto ao entretenimento. Esses primeiros contactos despertam na criança o desejo de concretizar o acto de ler o texto escrito, facilitando o processo de alfabetização. A possibilidade de que essa experiência sensorial ocorra, será maior quanto mais frequente for o contacto da criança com o livro. Continua a reconhecer-se como insubstituível o papel dos educadores no desenvolvimento das competências de leitura e no incentivo ao gosto de ler, sobretudo nos casos em que as crianças foram, por esta ou aquela razão, subtraídas a um convívio regular e feliz com livros no meio familiar. A investigação tem confirmado que as crianças que melhor lêem na escola primária são as que se habituaram a ouvir ler histórias desde bebés e possuem um ambiente familiar onde a leitura e a escrita são actividade diária. A aprendizagem da leitura, pelas crianças pequenas, é uma «actividade diária que decorre em casa, na pré - escola e na rua, e em todas as circunstâncias». Os métodos que os pais usam para ensinar as crianças a ler diferem dos usados na escola primária. Os pais ajudam os filhos a aprender a ler todos os dias, quando os levam ao supermercado ou quando lhes apontam os sinais de trânsito, por exemplo. 4


A componente lúdica, antecipadora da leitura - prazer não pode, em caso algum, estar ausente do relacionamento inicial com o livro. Aos olhos da criança, este começa por ser um brinquedo. Tal facto favorece a ligação afectiva aos livros e ao acto de ler. Nesta pedagogia, a «hora do conto» ocupa um lugar importante, pelo que é importante elegê-la como uma das actividades capazes de, pela sua prática continuada, proporcionar o desenvolvimento do prazer de ler, resultante, numa primeira etapa, da simples satisfação do gosto pelas histórias.

A A IIm mppoorrttâânncciiaa D Daass H Hiissttóórriiaass Ler e contar histórias são actividades que potenciam as crianças como futuros leitores. 1. As histórias formam o gosto pela leitura - Quando a criança aprende a gostar de ouvir historias contadas ou lidas, ela adquire o impulso inicial que mais tarde a atrairá para a leitura. 2. As histórias são um poderoso recurso de estimulação do desenvolvimento psicológico e moral que pode ser utilizado como recurso auxiliar da manutenção da saúde mental do indivíduo em crescimento. 3. As histórias instruem – ao enriquecer o vocabulário infantil, amplia seu mundo de ideias e conhecimentos e desenvolve a linguagem e o pensamento. 4. As histórias educam e estimulam o desenvolvimento da atenção, da imaginação, observação, memória, reflexão e linguagem. 5. As histórias cultivam a sensibilidade, e isso significa educar o espírito. A literatura e os contos de fadas dirigem a criança para a descoberta de sua identidade e comunicação e também sugerem as experiências que são necessárias para desenvolver ainda mais o seu carácter.

As histórias facilitam a adaptação da criança ao meio ambiente, pela incorporação de valores sociais e morais que ela capta da vida dos seus personagens.

FFiinnaalliiddaaddeess D Doo PPrroojjeeccttoo # Despertar e sensibilizar para o mundo mágico das histórias # Proporcionar o gosto pela leitura e pelos livros para formar crianças leitoras # Estimular a criatividade e a capacidade de imaginação e imitação # Desenvolver a sensibilidade estética e o espírito crítico # Promover uma nova postura perante os livros, audiovisuais e informáticos # Aprender a utilizar/manusear os livros de forma adequada de forma adequada 5


# Promover a leitura como factor de crescimento individual/colectivo # Desenvolver a capacidade de manusear informação (pesquisar, seleccionar, tratar e apresentar informação) # Investigar, experimentar, concluir, registar, debater conteúdos de livros trabalhados ou lidos pelas crianças # Desenvolver o sentido crítico # Desenvolver o sentido de organização # Desenvolver os sentidos de responsabilidade e de sociabilidade; # Desenvolvimento de competências nos domínios da Leitura e da escrita, bem como alargar e aprofundar os hábitos de leitura. # Articular as actividades a desenvolver no CATL com os conteúdos do programa escolar do primeiro ciclo.

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