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SEI EM QUEM Nร O VOTAREI
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Autรกrquicas 2017 - Guarda
SEI EM QUEM NÃO VOTAREI Nunca exerci, nem tenciono exercer, qualquer cargo político. Também não estou, nem tenciono estar, filiado seja em que partido político for. O meu direito e obrigação de cidadão sempre me obrigaram a votar. Em consciência! Tanto quanto possível, nunca no partido, sempre no candidato, manifestei a minha preferência nas urnas. As eleições autárquicas que se aproximam não serão, para mim, excepção. Votarei! Não sei, ainda, quem receberá o meu voto. Sei, já, quem não o receberá. Abraham Lincoln disse: "Podem todos ser enganados por algum tempo; alguns podem ser enganados todo o tempo; mas não podem ser todos enganados, todo o tempo." Fui enganado por algum tempo! Porém, o mesmo candidato que me enganou não voltará a enganar-me. Não votarei em Álvaro Amaro. A minha decisão, já tomada, nada tem a ver com partidos políticos, nem com preferências partidárias. Tem a ver, apenas, com o candidato. Os aparentes egocentrismo e egoísmo, soberba e falsa modéstia, altivez, simpatia superficial, a falta de respeito que, com tanta frequência, parece demonstrar para com aqueles que com ele discordam, são várias de muitas razões que me obrigam a não votar em Álvaro Amaro. O que me leva a não votar em Álvaro Amaro é a arrogância e prepotência com que, constantemente, numa tentativa de querer 1
fazer realçar a sua importância (“presunção e água benta…”), gasta dinheiro de uma forma escandalosa e extravagante, “gostem ou não gostem”, como ele gosta de dizer. O que me leva a não votar em Álvaro Amaro foi ele ter ido para fora da Guarda, algumas vezes para fora de Portugal, e até da Comunidade Europeia, com a maioria das adjudicações, não valorizando a economia local. O que me leva a não votar em Álvaro Amaro são as muitas e constantes adjudicações directas, tantas com falta de transparência. O que me leva a não votar em Álvaro Amaro são as despesas supérfluas com “obras de requalificação” desnecessárias, que resultam em festas (“eventos”) de “inaugurações”, que são sempre um pretexto para afixar mais uma placa com o seu nome, acompanhadas por discursos rebuscados, braços no ar, gesticulando, tons de voz elevados, em tentativas de apagar o passado histórico da Guarda. O que me leva a não votar em Álvaro Amaro foi ele não ter resolvido o problema da falta de instalações dignas que tanto a PSP como a Guarda Nacional Republicana há tanto tempo carecem. O que me leva a não votar em Álvaro Amaro são as suas constantes tomadas de decisão inadequadas que vão contribuindo para a destruição de património com séculos de história. O que me leva a não votar em Álvaro Amaro é o seu hábito de se “colar” a empresas que vieram para a Guarda e que nada lhe dizem respeito, para que o eleitorado pense que foi ele, Álvaro Amaro, a força por trás da fixação de essas empresas na Guarda. Usa rotundas, nas quais coloca estátuas caras e sem gosto, como parte da sua campanha política, tentando mostrar “obra feita”. Na realidade pouco ou nada fez. Rotundas ornamentadas com estátuas de mau gosto, florinhas nas zonas com mais movimento e festas… muitas festas! Não, não são “eventos” (sei que “eventos” soa melhor). São festas, festinhas e festarolas… 2
Festas não são obra, Senhor Presidente. O Senhor não fez obra nenhuma. Não deve continuar a iludir a Boa Gente da Guarda. Para uma Guarda com mais postos de trabalho, com menos despesas supérfluas, onde se queira viver, menos desertificada, com mais hipóteses de emprego para os vossos filhos e netos, digam “basta!” Alguns, que se ‘venderam por umas quantas lentilhas’, ainda estão a tempo de recuar. Outros, já não. Uns continuam à procura de um tacho na Câmara Municipal, para eles ou para familiares; outros vendem-se para proteger os empregos de familiares que já trabalham na Câmara Municipal. «As árvores são propriedade da Câmara», “declarações do vereador Sérgio Costa num esclarecimento à população a propósito do abate de dezenas de cedros na Avenida Cidade de Salamanca”. Senhor Vereador, entenda: as árvores pertencem aos munícipes e o Senhor faz parte de um órgão da autarquia. Lá, não é dono de nada! Cito o Dr. José Manuel Romana: “...o Executivo da Câmara é um órgão da Autarquia. Mais nada. Não é uma entidade com direitos soberanos para dispor, vender...de qualquer forma e feitio. Há regras. Há leis.” O Senhor Presidente é culpado de ter permitido o abate destas árvores. É também culpado de ter permitido o abate de árvores no Parque Municipal…e no Jardim do Solar Teles de Vasconcelos. Um envidraçado substituirá o gradeamento dos antigos Paços do Concelho, cuja construção data do século XVI (sede do Município no século XVII). O Senhor Presidente é culpado de permitir que este edifício seja adulterado. Não, Senhor Presidente, não é “requalificando” o que não tem que ser requalificado, não é colocando uma placa com o seu nome numa 3
rua que existe há muitos, muitos anos, outra placa num jardim que nada tem a ver consigo, ainda outras placas por tudo quanto é sítio, não é colocando estátuas e enfeites caros em rotundas, não é com a compra, fora da Guarda, de flores e florinhas, não é pagando à SIC, à RTP e à TVI para que publicitem as suas festarolas que a economia da Guarda vai mudar. Senhor Presidente: queira ou não queira, a Câmara da Guarda é a maior devedora à ‘Águas do Vale do Tejo’. Em 2016 a dívida ultrapassava 25,7 milhões de euros! Em vez de tanta festa, pague o que deve! É uma questão de prioridades. Elementar, Senhor Presidente!
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