Vancouver a Edmonton

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03/04/02 São cerca de 22h e aguardamos no Guarulhos o embarque no voo RG 8836 para Los Angeles num MD-11 da Varig. A viagem começou às 14h, quando saímos de Pelotas no Golden Class do Expresso Embaixador e, após conhecermos o terminal novo do Salgado Filho, embarcamos no MD-11 do voo RG 8740 para São Paulo.

04/04/02 Depois de cerca de 12 horas contínuas de voo, estamos no Terminal 2 do Aeroporto de Los Angeles aguardando o embarque em um Airbus A320 da Air Canada para o voo AC 535, o terceiro e último que faremos para chegar a Vancouver.

05/04/02 São cerca de 8h e o tempo aqui em Vancouver está chuvoso, como sempre. Do nosso quarto no 2º andar do Hotel Days Inn, vemos as montanhas nevadas do outro lado do braço de mar chamado Burrard Inlet.

05/04/02 Caffé Artigiano - conhecido não só pela qualidade do produto servido, mas também porque o café com leite é servido com o desenho de uma folha em cima, feito com o próprio leite derramado artisticamente sobre o café.



05/04/02 No Burrard Inlet, o braço de mar que separa o centro de Vancouver (Downtown) de North Vancouver, está situado o porto de Vancouver e há um grande movimento de barcos de vários tipos e tamanhos, desde pequenas lanchas até navios de grande porte, e também de hidroaviões que fazem voos panorâmicos e de ligação com Victoria e outras localidades costeiras. Detalhe interessante são os postos de combustível no meio d'água.

05/04/02 Na foto da esquerda temos uma vista do centro de Vancouver desde o Canada Place. Este é o nome dado a esse complexo turístico, visto nas fotos da direita e abaixo, que engloba ancoradouros para navios de cruzeiro, centro de convenções e de exposicões, escritórios comerciais, hotel e um cinema IMAX.



05/04/02 Também na zona do Waterfront, junto ao Canada Place, fica The Station, antigamente uma estação da Canadian Pacific Railway. Hoje serve como estação de integração entre a ferrovia Westcoast Express, o Seabus e o Skytrain, metrô sem condutor, controlado por computador, que percorre a Grande Vancouver por linhas elevadas em sua maior parte.

05/04/02 Passarela de acesso ao ancoradouro do Seabus, a balsa de passageiros que liga Downtown a North Vancouver através do Burrard Inlet.

05/04/02 Grande escultura em madeira no largo em frente a The Station.

05/04/02 Hall da antiga Canadian Pacific Railway Station.

05/04/02 Cordova Street na zona do Waterfront e, ao fundo, The Station.



05/04/02 Water Street - Gastown Gastown é o centro histórico de Vancouver, pois foi aí que nasceu esta metrópole, quando, em 1886, um amontoado irregular de choupanas de lenhadores e de saloons foi elevado à categoria de cidade. O nome Gastown originou-se do apelido "Gassy Jack" (Jack Tagarela) dado a John Deighton, que construiu o primeiro bar do local.

05/04/02 No cruzamento da Water Street com a Cambie Street, fica o relógio a vapor, único no mundo; construído em 1977, usa um mecanismo projetado em 1875. O relógio, que é um símbolo da restauração de Gastown na década de 70 e um marco turístico de Vancouver, é acionado pelo vapor produzido por caldeiras subterrâneas, que também provêem o aquecimento dos prédios circunvizinhos.







05/04/02 São cerca de 17h30 e estamos partindo da Main Station, em Vancouver, para Edmonton, a bordo do trem da VIA Rail denominado The Canadian, que liga Vancouver a Toronto.

06/04/02 Agora são em torno de 5h e dentro do Transcontinental, o carro-salão em que viajamos, ainda está escuro, com a iluminação reduzida para a noite, e a maioria das pessoas ainda dorme, mas lá fora já está clareando; o sol vai nascer aí pelas 5h30.

06/04/02 Passamos por Clearwater há cerca de uma hora e dentro de mais uns 45 minutos devemos passar por Blue River. Há algum tempo se observam acúmulos esparsos de neve, que se tornam cada vez mais contígüos à medida que avançamos em direção às Rochosas. O trem segue rumo Norte, ao longo do rio North Thompson, em cuja superfície se observa a formação de banquisas.



06/04/02 Já amanheceu e o trem segue ao longo do rio North Thompson por entre as florestas de coníferas das encostas, subindo lentamente as montanhas. Para termos uma visão panorâmica da paisagem, subimos para o domo do vagão Skyline.

06/04/02 À medida que avançamos, as encostas vão ficando mais e mais íngremes e o The Canadian vai serpenteando por entre as montanhas.



06/04/02 São em torno de 6:15 da manhã e chegamos a Blue River, onde, se houver passageiros para embarcar ou desembarcar, o trem pára, como foi o caso. Inicialmente um núcleo ferroviário, Blue River, hoje com pouco mais de 400 habitantes, transformou-se em um centro de atividades ao ar livre, especializado em heli-skiing.

06/04/02 Deixamos para trás Blue River, que está a 680 m de altitude, e a paisagem tornou-se mais montanhosa, pois a ferrovia agora acompanha a cadeia de montanhas Monashee. De Blue River em diante, o acúmulo de neve atinge umas dezenas de centímetros de altura e cobre todo o terreno; só permanece descoberta a ferrovia, como se vê neste desvio, onde o vagão-tanque parado nos permite avaliar a altura da neve acumulada ao lado da linha.

06/04/02 Estamos parados em um desvio e, enquanto observamos a neve cair mansamente, cruza por nós um trem cargueiro. Embora aqui ocorra com maior intensidade, neva desde Blue River e os pequenos flocos que caem, ao entrarem em contato com os vidros do trem se convertem rapidamente em gotas d'água, as vezes prejudicando bastante a visão da paisagem.



06/04/02 O trem deixou o curso do rio North Thompson para trás e segue pelas Montanhas Monashee em direção a Valemount, por onde passa cerca das 8 horas. Valemount é uma pequena povoação madeireira com cerca de 1300 habitantes, situada a 1100 metros de altitude em um extenso vale entre três cadeias montanhosas: Monashee, Cariboo e Rochosas.

06/04/02 Logo após Valemount, vê-se à esquerda do trem, a oeste, por sobre as nuvens mais baixas, os picos nevados da Cadeia Premier das Montanhas Cariboo. Poucos quilômetros adiante, a ferrovia reencontra o rio Fraser, agora na altura de suas cabeceiras, e muda a direção de norte para leste: finalmente, começamos a cruzar as Rochosas.

06/04/02 O trem continua serpenteando entre as montanhas e passa pelo que parece ser um pequeno túnel: na verdade, é uma espécie de telheiro de concreto para proteção contra avalanches (snowshed). Seguimos pelas montanhas cobertas de neve e cruzamos com outro trem; este trecho da ferrovia, que vai de Redpass Junction a Jasper, é duplicado para evitar congestionamentos e serve também ao The Skeena, que liga Jasper a Prince Rupert.



06/04/02 Estamos atravessando uma região de lagos e montanhas, seguindo ao longo das nascentes do rio Fraser. O trem margeia primeiro o lago Moose, com cerca de 13 Km de comprimento, e depois o Yellowhead, com uns 6 Km. Ambos estão com sua superfície congelada. Mais uns poucos quilômetros e cruzamos o divisor de águas continental no Passo Yellowhead, a 1131 m de altitude. Nessa linha imaginária que une os cumes das Rochosas, passamos da Hora do Pacífico para a da Montanha e da província da Colúmbia Britânica para a de Alberta. Cerca de 28 Km adiante, chegamos a Jasper um pouco depois das 11h (Hora da Montanha).

06/04/02 Estação da VIA Rail em Jasper e a Connaught Dr. que passa em frente. Jasper, criada no início do século XIX como um posto de comércio de peles, é hoje uma pequena cidade turística com cerca de 5000 residentes, que serve de base de serviços para o parque nacional homônimo, o maior dos quatro existentes nas Rochosas canadenses.



06/04/02 Antiga locomotiva a vapor em exposição ao lado da Estação Ferroviária de Jasper e, no outro lado da estação, um totem pole – mastro de madeira em que são entalhadas e pintadas figuras estilizadas, comumente de animais, representando mitos e lendas religiosas, que identifica cada tribo nativa do noroeste da América do Norte.

06/04/02 O nosso The Canadian, com suas duas locomotivas diesel e o carro Transcontinental em que viajamos, parado na estação de Jasper.

06/04/02 É cerca de meio-dia e quinze, a temperatura exterior deve estar um pouco abaixo de 0°C e já embarcamos de novo em nosso vagão; enquanto aguardamos a partida, passa por nós mais um trem de carga.



06/04/02 Conforme nos afastamos de Jasper, as Rochosas vão ficando para trás e o terreno vai se tornando plano: estamos adentrando a região das Pradarias. Ao longo do percurso de 373 km e cerca de 5 horas e meia de duração até Edmonton, o trem desliza preguiçosamente pela imensa planície ainda congelada, passando por pequenas cidadezinhas, como Hinton, Edson e Evansburg.

06/04/02 Destacam-se na paisagem a pequena Igreja Ortodoxa Russa de cúpula dourada e, quando já nos aproximamos de Edmonton, os poços de petróleo.



06/04/02 São cerca de 5:30 da tarde e estamos nos arredores de Edmonton, podendo-se ver ao fundo os edifícios do centro (Downtown). Capital da Província de Alberta, Edmonton tem em sua área metropolitana uma população de 800.000 habitantes e deve sua riqueza ao trigo e aos milhares de poços de petróleo espalhados em torno dela em um raio de 160 km. Atualmente se destacam também a exploração florestal e as indústrias farmacêutica e eletrônica.

06/04/02 Depois de cerca de 1200 km e praticamente 24 h de viagem, finalmente chegamos: estamos no exígüo saguão da simples e acanhada estação da VIA Rail em Edmonton.

06/04/02 07/04/02 Zona sudoeste de Edmonton vista desde a janela do nosso apartamento no 12º andar do Fantasyland Hotel no West Edmonton Mall. A foto da esquerda foi tirada no fim da tarde e a da direita, onde se vê um caminhante solitário, aí pelas 9 h da manhã seguinte. Embora estejamos em abril e, portanto, já seja primavera e neste fim de semana, de certa forma ironicamente, comece o horário de verão, a temperatura exterior é de alguns graus abaixo de zero e ainda há muita neve acumulada.









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