Maio 2014 | Ano XX | Nº129
Um jornal para novos tempos
Complexo Eólico Campos Neutrais Investimentos somam R$ 3,5 bilhões Págs. 6 e 7 Págs. 6 e 7
ENGENHARIA
INCLUSÃO
SUSTENTABILIDADE
CULTURA
Desafio das obras de infraestrutura
RS terá cinco novos telecentros
Cresce mercado de renováveis
Teatro ocupa ruas de Porto Alegre
Pág. 3
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Pág. 11
Pág. 9
2 editorial EXPEDIENTE
Crescer investindo Com investimentos de R$ 3,5 bilhões, a Eletrosul, em conjunto com empresas parceiras, está erguendo no Rio Grande do Sul o maior complexo eólico da América Latina e construindo o sistema de transmissão que irá escoar essa energia para abastecer cerca de 3,3 milhões de habitantes. São obras grandiosas que envolvem muitos desafios para a enge-
nharia e números que impressionam. A presente edição destaca, na matéria principal, os empreendimentos no extremo Sul, que colocam a empresa na liderança dos investimentos eólicos e mostra também um pouco das dificuldades das obras de infraestrutura energética, que são superadas com capacidade técnica e criatividade. Boa leitura!
Diretoria Executiva Diretor-Presidente Eurides Luiz Mescolotto Diretor de Engenharia e Operação Ronaldo dos Santos Custódio Diretor Financeiro Antonio Waldir Vittori Diretor Administrativo Paulo Afonso Evangelista Vieira Conselho Editorial Cleiton Luis Rezende Cabral Laércio Faria Luiz Ricardo Machado Ronaldo Bauer Lessa Rubem Abrahão Gonçalves Filho Gerente ACS Sandra da Silva Peres speres@eletrosul.gov.br Coordenação Jonatas Andrade jonatas.silva@eletrosul.gov.br Edição Andréa Lombardo andrea.lombardo@eletrosul.gov.br Jonatas Andrade jonatas.silva@eletrosul.gov.br Textos Anahi Gurgel Andréa Lombardo Cleusa Frese Gilberto Del Pozzo
Doze anos após o lançamento do primeiro Atlas Eólico do Rio Grande do Sul, a Eletrosul, em conjunto com o Governo do Estado, deu início à atualização do mapeamento. As medições serão mais detalhadas e irão aferir, também, o regime dos ventos que sopram sobre o oceano – offshore – a uma altura de até 100 metros.
Edição de Fotografia Hermínio Nunes Fotos
Elaborado entre 2000 e 2002, o primeiro Atlas Eólico gaúcho foi coordenado pelo engenheiro Ronaldo Custódio, atual Diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul. Com informações coletadas a 50 metros de altura, na época os estudos apontaram um potencial de 15.840 megawatts (MW), resultado que serviu de base para a expansão do aproveitamento eólico no Estado.
Anselmo Cunha Arquivo DDOM/DGI Arquivo CHTP Arquivo Construtora Integração Arquivo Costa Oeste Transmissora Arquivo Eólicas do Sul Arquivo ESBR Arquivo Marumbi Transmissora Arquivo TSBE Arquivo TSLE Cauê Mendonça Divulgação Prefeitura de Porto Alegre Eduardo Granda Hermínio Nunes Joel Vargas Luciano Lanes Nelio Catharina Pinto Roberto Samper Projeto Gráfico Agenciamob Conteúdo e Projeto Editorial Giusti Comunicação Integrada Tiragem 6.000 exemplares Periódico editado pela ACS – Assessoria de Comunicação Social e Marketing Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, Pantanal Florianópolis/SC CEP 88040901 Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075 www.eletrosul.gov.br
DESTAQUE 3
Eletrosul agora - Maio 2014
OBRAS NO TAIM
Desafios da engenharia Por trás de grandes obras de infraestrutura, há desafios que a engenharia busca superar com soluções que muitas vezes envolvem, além da técnica, uma boa dose de criatividade e ousadia. Um exemplo claro disso são as obras do linhão de quase 500 quilômetros, que irá escoar a energia do Complexo Eólico Campos Neutrais, no extremo Sul do País, e integrar a região ao sistema elétrico nacional. Aproximadamente 15 quilômetros do trecho Sul da linha de transmissão – que vai da Subestação Povo Novo (RS) à Subestação Santa Vitória do Palmar (RS), em uma extensão total de 200 quilômetros – passam pela Estação Ecológica do Taim. Dez quilômetros estão dentro da Lagoa Mirim, condição que exigiu alternativas construtivas até então inéditas em obras da Eletrosul. Uma das exigências do órgão ambiental para a obra dentro da reserva foi que o traçado seguisse em paralelo a uma linha de 138 kV já existente, pertencente à CEEE Distribuição. Por essa razão, foi necessário projetar a rede na parte alagada. No entanto, quando o traçado foi definido, apenas seis torres ficavam dentro d’água. Quando a obra começou de fato, esse número subiu para dezoito, em função das peculiaridades da hidrologia da
região. Como a Lagoa Mirim sofre forte influência do mar, da pressão atmosférica e dos ventos, as variações no nível e extensão da lâmina d’água são constantes. “Essas torres que estão dentro da Estação Ecológica do Taim são de circuito duplo, isto é, mais reforçadas e ficarão com os cabos para-raios e condutores lançados, prontos, antecipando a passagem de um segundo circuito e evitando, dessa forma, outra intervenção ambiental nessa área tão adversa”, explicou o engenheiro Eduardo Cabane, da Transmissora Sul Brasileira de Energia (TSLE) – empresa constituída pela Eletrosul (51%) e Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT (49%), responsável pela obra.
Desafios As condições ambientais adversas impuseram uma série de adaptações para a instalação das torres. As principais dificuldades para fazer as fundações têm sido a profundidade da lagoa – 60 centímetros em média – e o tipo de solo, que é bastante arenoso. “Não há calado suficiente para as balsas que carregam os materiais, o concreto, e são usadas como bases de trabalho”, relatou o engenheiro. O jeito foi apelar
Condições ambientais adversas exigem soluções técnicas inéditas no sistema de transmissão da Eletrosul para a criatividade. Uma escavadeira hidráulica em cada balsa faz a movimentação e abertura de calado onde é necessário. Para garantir sustentação adequada, as fundações foram projetadas com estacas tubulares de 60 centímetros de diâmetro, que são cravadas com bate estacas, atingindo profundidades de 12 a 38 metros. Em cada um dos quatro pés da torre são instaladas pelo menos cinco estacas que, depois de cravadas, são preenchidas com concreto e “coroadas” por blocos do mesmo material. O volume de concreto usado nas fundações de cada torre varia de 80 m³ até 180 m³. A concretagem foi outro desafio. Para as torres mais próximas à margem, foi usado um caminhão-bomba de concreto com tubulação modulada instalada a partir da margem até as fundações mais próximas. Para as mais afastadas da margem, a saída foi transportar, em uma balsa maior, dois pequenos caminhões betoneiras com capacidade de 4 m³ de concreto cada. Segundo Cabane, considerando as dificuldades encontradas, as obras estão caminhando em bom ritmo, com o trabalho em série e um contingente maior de trabalhadores envolvidos. A conclusão da implantação da linha de transmissão em toda sua extensão está prevista para o segundo semestre deste ano.
4 canteiro de obras
MAIO de 2014 lt sul LITORÂNEA
525 kV RS
Extensão: 468 km
N
Subestação Marmeleiro: vista da entrada da linha de transmissão vinda da Subestação Santa Vitória do Palmar.
LT SUL BRASILEIRA
Com 100% dos equipamentos dos pátios de 230 kV e 69 kV montados, está sendo iniciado o comissionamento na SE Camaquã 3.
AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO EÓLICO CERRO CHATO
525 230
78 MW
kV kV
781 km de extensão: RS N
494 km em 525kV 287 km em 230 kV
Segue a montagem mecânica dos aerogeradores. Na foto, as três primeiras unidades montadas da Usina Cerro Chato VI.
RS N
Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes
uhe teles pires
se curitiba leste
1.820 MW
Canaleta de passagem de cabos da casa de comando para equipamentos.
PA MT
Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes
N
Curitiba
672 MVA
+LT
525 kV
Extensão: 29,4km
N
Capacidade de atendimento: 900.000 habitantes
Vista de montante da montagem da cobertura metálica e fechamento lateral da casa de força.
canteiro de obras 5
Eletrosul agora - Maio 2014
canteiro de obras megawatt solar
Obras nos estacionamentos da Eletrosul em fase final para início da operação em teste já autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
PARQUE EÓLICO GERIBATU
1
258 MW
MW
Capacidade de atendimento: 540 residências
SC N
LINHÃO DO MADEIRA - CIRCUITO 2
Pórticos de entrada e saída, e barras de proteção sendo montadas no pátio da Subestação Geribatu. À direita, a casa de comando em construção.
Capacidade de atendimento: 1.600.000 habitantes
RS N
INTERLIGAÇÃO BRASIL – URUGUAI
600 kV N
Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensão
Obras de barramento aéreo da SE Candiota.
Torre número 2142/2, tipo estaiada, sendo montada com guindaste e localizada no município de Itarumã (GO).
525 230
kV kV
60 km em 525 kV 3 km em 230 kV SE Candiota: 525/230 kV 672 MVA
UHE JIRAU
PARQUE EÓLICO CHUÍ
144 MW Chuí
Obras de drenagem no acesso principal Norte.
Capacidade de atendimento: 900.000 habitantes
RS N
SISTEMA DE TRANSMISSÃO COSTA OESTE
À jusante da casa de força da margem direita, estão sendo executadas obras civis em 14 unidades geradoras. Das outras 14 turbinas que compõem essa estrutura, três já estão em operação comercial, uma em comissionamento e dez em montagem eletromecânica. Até meados de maio, a usina tinha oito unidades geradoras em operação comercial, totalizando 600 MW.
3.750
SE Umuarama
MW
RO N
Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantes
300
(230 kV)
Cabos já lançados no município de Iracema do Oeste (PR), entre a SE Umuarama e SE Cascavel Norte.
LT Cascavel Oeste Umuarama (230 kV)
MVA
SE Cascavel Oeste (230 kV)
+LT
230 kV
Extensão: 142 km N
Capacidade de atendimento: 400.000 habitantes
6 ESPECIAL campos neutrais
Maior complexo eólico Empreendimento receberá R$ 3,5 bilhões em investimentos
O Rio Grande do Sul, que tem despontado no cenário nacional como um dos estados que mais contribuem com o crescimento da energia eólica na matriz elétrica brasileira, será também o detentor do maior empreendimento da América Latina no segmento. O lançamento do Complexo Eólico Campos Neutrais pela Diretoria da Eletrosul aconteceu no início de maio em Santa Vitória do Palmar que, junto do município vizinho de Chuí, abrigará os parques eólicos. Serão investidos 2,7 bilhões em geração e mais R$ 800 milhões no sistema de transmissão. Diante da importância desses investimentos para o Estado, o governador Tarso Genro esteve presente na cerimônia, assim como várias outras autoridades e moradores da região. O Complexo Eólico Campos Neutrais reúne três grandes parques: Geribatu,
Chuí e Hermenegildo – que somam 583 megawatts (MW) de capacidade instalada, o suficiente para atender ao consumo de 3,3 milhões de habitantes. “Com esse gigantesco complexo, a Eletrosul consolida sua presença como maior empreendedora em energia eólica no Sul do País”, afirmou o presidente da estatal, Eurides Mescolotto. Quase metade da potência instalada de geração eólica no Rio Grande do Sul, contratada nos leilões desde 2009, é de empreendimentos da Eletrosul e parceiros, que somam aproximadamente 800 MW. O Parque Eólico Geribatu, com 258 MW divididos em dez usinas, está em implantação. No Parque Eólico Chuí, que terá 144 MW de potência instalada em seis usinas, as obras estão em fase inicial (a ordem de serviço foi assinada na mesma solenidade). Para a mobilização do canteiro de obras do Parque Eólico Hermenegildo, que terá 13 usinas com 181 MW de capacidade, a expectativa é que a licença de instalação seja emitida ainda neste semestre.
Parque Eólico Geribatu
Capacidade Instalada: 258 MW Capacidade de Atendimento: Área: 4,7 mil hectares Investimento: R$ 1 bilhão
Empregos: 1,7 mil diretos e ind
Empreendedores: Eletrosul e R
Parque Eólico Hermen
Capacidade Instalada: 181 MW Capacidade de Atendimento: Área: 2,5 mil hectares Investimento: R$ 900 milhões
Empregos: 1,6 mil diretos e ind
Empreendedores: Eletrosul e R
Parque Eólico Chuí
Capacidade Instalada: 144 MW Capacidade de Atendimento: Área: 3,2 mil hectares Investimento: R$ 800 milhões Empregos: 1,5 mil diretos e ind Empreendedores: Eletrosul e Rio Bravo Energia I - FIP
especial 7
Eletrosul agora - Maio 2014
o da América Latina
u
W – 129 aerogeradores 1,5 milhão de habitantes
diretos
Rio Bravo Energia I - FIP
negildo
W – 101 aerogeradores 1 milhão de habitantes
diretos
Renobrax
W – 72 aerogeradores 800 mil habitantes
diretos
Valorizando a região A denominação do complexo eólico remete ao período da colonização. A área compreendida entre os banhados do Taim e o Arroio do Chuí, onde foram posteriormente instalados os municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, foi palco de várias disputas entre tropas portuguesas e espanholas. Para evitar mais conflitos, com a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso, em 1777, a região ficou sendo um território neutro e, portanto, conhecida como Campos Neutrais. “Temos procurado valorizar a cultura e história das regiões ao nominar nossos empreendimentos. Por isso, a escolha por Campos Neutrais. É dessa forma que as populações de Santa Vitória do Palmar e Chuí, e muitos outros gaúchos, como eu, conhecem a região”, lembrou o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio. Para o executivo, a geração de energia eólica é perfeitamente compatível com
o perfil econômico dos municípios, uma vez que não interfere na atividade predominante na região, que é o cultivo agrícola, principalmente, de arroz. “Empreendimentos como os que estamos trazendo para a região acabam impactando de forma muito positiva na economia dos municípios, pois geram empregos, movimentam o comércio local e reforçam a renda dos proprietários das terras onde os aerogeradores são instalados”, acrescentou Custódio. Outro efeito da implantação de parques eólicos em Santa Vitória do Palmar e Chuí é a movimentação do turismo. Os aerogeradores, que chegam à altura de um prédio de aproximadamente 25 andares, têm atraído centenas de visitantes, tanto brasileiros como uruguaios. Fomentando o turismo regional, a Eletrosul implantou um Centro de Visitantes que, de fevereiro até agora, recebeu mais de 1,6 mil pessoas.
8 GEral
Implantação das unidades é resultado de parceria entre Eletrosul e Procergs
INCLUSÃO DIGITAL
Novos telecentros no RS O planejamento para instalação de cinco novos telecentros para uso gratuito, no Rio Grande do Sul, foi apresentado pela Eletrosul e Companhia de Processamento de Dados do Estado (Procergs), durante audiências públicas realizadas, em maio, em Santa Rosa e Santo Ângelo. A implantação das unidades, que deve ocorrer ainda este ano, é resultado da parceria entre as duas instituições para compartilhamento de infraestrutura de telecomunicação, que tem permitido ampliar a oferta de internet de banda larga no Sul do País. As unidades serão instaladas nos municípios
de Santa Rosa, Santo Ângelo, Ijuí, São Luiz Gonzaga e São Borja. Utilizando o sistema de comunicação óptica de alta capacidade da Eletrosul, que tem 80 gigabits por segundo (Gbps), cada unidade deverá ser atendida com links de até 150 megabits por segundo (Mbps) fornecidos pela Eletrosul. Dois pré-contratos de fornecimento de internet já foram assinados com provedores locais, totalizando 1 gigabit. A Procergs ficará responsável por toda a infraestrutura física, de computadores e controle de acesso, utilizando links de comunicações da Eletrosul nessas regiões para ofe-
recer, com qualidade e menor custo, internet de banda larga a órgãos públicos e a pequenos provedores locais. A parceria entre Eletrosul e Procergs viabilizou o primeiro Telecentro Binacional da América Latina, inaugurado em junho de 2013, em Sant’Ana do Livramento (RS), divisa com Rivera, no Uruguai. O espaço dispõe de 20 computadores conectados à internet de alta velocidade (300 Mbps), com configuração especial nos dois idiomas e para acesso por portadores de deficiência visual. Por mês, cerca de 20 mil usuários passam pelo telecentro.
Energia do lixo: em busca de parceiros Está em andamento o processo de seleção de empresas que se cadastraram para participar dos estudos de aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos coordenados pela Eletrosul, que tem como fim a implantação de uma Pequena Central Termelétrica, de 1 megawatt (MW) de capacidade instalada, em Seberi, no Rio Grande do Sul. O projeto conceitual já foi elaborado, em parceria com a Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), e a Univer-
sidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Laboratório de Análises de Combustíveis Automotivos (LACAUTets). A Eletrosul abriu a possibilidade de inserção da indústria nesses estudos para o desenvolvimento de uma solução nacional em termos de equipamento para o tratamento térmico de resíduos. A planta deverá usar o processo de gaseificação, desenvolvido pela UFPR/LACAUTets. Esse método evita a formação de gases
tóxicos e poluentes, e permite melhor aproveitamento térmico para geração de energia elétrica. A região de Seberi foi escolhida por dispor de uma estrutura de reciclagem bastante consolidada. Cinquenta e dois municípios formaram três consórcios para a gestão dos resíduos sólidos urbanos. Os rejeitos provenientes do processamento realizado pelos consórcios abastecerão a Pequena Central Termelétrica.
CULTURA 9
Eletrosul agora - Maio 2014
INCENTIVO AO TEATRO
A arte nas ruas de Porto Alegre A arte dos palcos tomou conta das ruas, parques e praças de Porto Alegre. A capital gaúcha sediou, entre os dias 20 e 27 de abril, o 6º Festival Internacional de Teatro de Rua, considerado um dos maiores do gênero no País, que este ano teve apoio da Eletrosul. Contemplado com patrocínio no edital do Programa Cultural das Empresas Eletrobras 2014, o evento tem o intuito de aproximar o público das artes cênicas, oferecendo espetáculos gratuitos e atividades de formação em espaços não convencionais. No total, 24 companhias nacionais e internacionais apresentaram 61 performances interativas em 28 bairros da cidade. Entre as atrações do festival, que contou com 27 espetáculos, estava o grupo francês Generik Vampeur, com a peça Bivoac – uma procissão de atores pintados de azul juntamente com um trio elétrico – e também Roger Bernat, da Espanha, com a montagem A Sagração da Primavera, que convida a plateia a assistir à peça com fones de ouvido em três canais de som, onde diferen-
No Festival Internacional de Teatro de Rua, 61 performances são levadas a 28 bairros da Capital
tes vozes se misturam. Companhias do Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Itajaí, Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas marcaram presença. Além da programação teatral, o festival ofereceu oficinas formativas, uma rodada de negócios e um seminário. Foram 300 inscrições de 22 estados e 11 países. Nas seis edições do evento, foram realizadas 180 apresentações por 68 grupos de artes cênicas de rua. O festival é uma realização do Centro de Pesquisa Teatral do Ator e da Associação Rede do Circo das Artes, do Rio Grande do Sul, com financiamento da Lei de Incentivo à Cultura.
10 ESPORTE JOGOS DO SESI 2014
Destaque nas ondas
Representando a Eletrosul, empregado conquista 4º lugar em campeonato de surf O administrador Daniel Flores Caldas é o empregado da Eletrosul que obteve a melhor colocação nas etapas local e estadual do Sesi Surf 2014, realizado no final de abril, na Praia do Santinho, em Florianópolis. Ao vencer três baterias, o surfista acumulou 656 pontos pela Federação Catarinense de Surf, conquistando o quarto lugar na regional. A disputa contou com 44 participantes, representando 16 empresas de nove municípios. “O resultado me surpreendeu porque o nível dos competidores estava muito elevado. Foi uma injeção de ânimo para eu me preparar para outros desafios, especialmente pelo excelente suporte que a Eletrosul oferece aos atletas. Espero que nos próximos campeonatos cada vez mais empregados surfistas participem”, afirmou Caldas, destacando o apoio lo-
gístico dado pelo Departamento de Gestão de Pessoas e pela Associação dos Empregados da Eletrosul (Elase). Daniel Caldas começou a pegar onda aos 15 anos e, um ano depois, já dava aulas em uma escola de Florianópolis. O “manezinho da ilha”, hoje com 30 anos, já surfou nos lugares mais tradicionais para o esporte, como o Peru, Havaí, Uruguai e Califórnia. A última aventura foi em abril do ano passado, quando retornou ao Peru para surfar em Lobitos, cidade famosa pelas grandes ondas. Um mês depois, teve problemas na coluna e ficou sem praticar atividade física até outubro. Foi somente durante as férias, em março deste ano, que Daniel pôde se dedicar ao treino, poucas semanas antes da competição. Com a conquista, a Eletrosul acrescentou 80 pontos para a somatória final dos Jogos do Sesi 2014, que acontecem até o mês de setembro. No Sesi Surf deste ano, a empresa foi representada, ainda, pelos empregados Rodrigo Galvão e Wellington Pendrak, que obtiveram a 13ª e 15ª colocação, respectivamente. Na Grande Florianópolis, a Eletrosul é tetracampeã consecutiva dos Jogos do Sesi. Além de Santa Catarina, os empregados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia têm ativa participação no campeonato.
SUSTENTABILIDADE 11
Eletrosul agora - Maio 2014
MERCADO VERDE
Compartilhando experiências
Participação em evento de energias renováveis mostra que profissionais estão atentos ao crescimento do setor
Mais de 200 acadêmicos, profissionais e especialistas do Brasil e do exterior participaram da 5ª edição do Seminário Energia + Limpa, realizado pelo Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) nos dias 13 e 14 de maio, em Florianópolis. O evento, que contou com apoio da Eletrosul, teve o objetivo de apresentar soluções inovadoras ao setor de energias renováveis e promover o diálogo no meio empresarial, que vem adotando postura cada vez mais sustentável para se adequar às exigências do chamado “mercado verde”. O recente estudo Energias Renováveis e Empregos, elaborado pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena na sigla em inglês), reflete essa nova realidade nacional. O relatório aponta que o Brasil é o segundo país que mais emprega na indústria de energia renovável, com aproximadamente 894 mil postos de trabalho: a maioria ligada à bioenergia. O número representa 13,75% de 6,5 milhões de empregos diretos e indiretos do setor em
todo o mundo. Na pesquisa, a China aparece em primeiro lugar, com 2,6 milhões de empregos relacionados a fontes verdes, sendo a energia solar a área que mais emprega na indústria renovável mundial. “A demanda faz com que o setor exija mão de obra qualificada e, felizmente, os profissionais estão atentos a isso, participando de seminários, treinamentos e capacitações para preencherem vagas específicas. As oportunidades de trabalho só tendem a aumentar”, afirma o empresário Hewerton Martins, diretor executivo da Solar Energy, indústria especializada em projetos de energia fotovoltaica, que participou de uma mesa redonda sobre geração distribuída, durante o Energia +Limpa. No seminário, a Eletrosul foi representada pelo assistente da Diretoria Financeira, Tomé Gregório, moderador da mesa redonda “Financiamento de Renováveis”. Também fez parte da programação do evento uma visita à Usina Megawatt Solar, na sede da Eletrosul, com a presença de mais de 60 pessoas.
Fonte: Irena
ESPAÇO DA GESTÃO AMBIENTAL
Ações positivas O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, é o principal veículo das Nações Unidas para estimular a conscientização ambiental, que passa por diversos segmentos da sociedade, dentre os quais o ambiente de trabalho. A data tem crescido e se tornado uma importante oportunidade para fazer as pessoas perceberem que o meio ambiente pertence a todos e por todos deve ser cuidado.
A Eletrosul, ciente de que o conhecimento contribui para a mudança de comportamento, programou atividades, que buscam proporcionar aos seus empregados um momento de reflexão, visando estimular a percepção das responsabilidades individuais e coletivas em prol de iniciativas positivas para preservação do meio ambiente. Mostrar boas ações e bons exemplos sustentáveis é um desafio que se impõe de forma constante a todos os cidadãos. No dia 5 de junho, empregados e seus familiares terão oportunidade de participar de ativida-
des, com foco principalmente nas crianças, que são consideradas os principais agentes no processo de transformação. Neste ano, além da programação interna, que incluirá palestra, teatro de sensibilização, oficina de educação ambiental, entre outras ações alinhadas às questões de sustentabilidade ambiental, a empresa também participará da programação da Fundação de Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), que cedeu a sua coleção de animais nativos da Mata Atlântica para exposição durante o Dia Mundial do Meio Ambiente na Eletrosul.
12 RESPONSABILIDADE SOCIAL
campeões da vida
Esporte como inclusão Instalações da Eletrosul são usadas por programa do Instituto Guga Kuerten, que visa o estímulo ao esporte e reforço no aprendizado
Inspirados na trajetória de sucesso do tenista catarinense Gustavo Kuerten, o Guga, cerca de 100 crianças e adolescentes da Grande Florianópolis com idade entre 7 e 15 anos estão se dedicando à prática do tênis no contraturno escolar. As aulas, que acontecem duas vezes por semana, na sede social da Eletrosul no Sertão do Maruim, em São José (SC), fazem parte do Programa Campeões da Vida, promovido pelo Instituto Guga Kuerten. Além do estímulo ao esporte, o programa oferece atividades culturais e educacionais, que servem como reforço no aprendizado. Outros 200 estudantes já passaram pelo programa nos sete anos em que é realizado nas instalações da Eletrosul. Segundo a coordenadora social do projeto, Suelen Virgilino, o trabalho é interdisciplinar e envolve profissionais de Pedagogia, Psicologia, Serviço Social, Informática, Biblio-
teconomia e de Educação Física. “O esporte é uma estratégia educacional, mas o objetivo é integrar várias atividades que assegurem o desenvolvimento integral dessas crianças e adolescentes”, revelou. “Embora o trabalho seja muito mais abrangente, o tênis, sem dúvida, é um fator preponderante na atração dos estudantes”, completou o professor de Educação Física, Renato Faphael Paupitz Dranka, que ministra as aulas de tênis. Alguns alunos, segundo o educador, pensam, inclusive, em seguir no esporte e se tornar atletas profissionais. Adelcio Koester, 10 anos, é um dos que sonham em ser um tenista. “É o que eu mais gosto”, diz o garoto, que não perde as aulas por nada. Já a aluna Vitória Laís Pereira, 13 anos, apesar de assídua às aulas, não tem a mesma aspiração. Ela afirma gostar muito de jogar tênis, mas apenas como passatempo.
Integração As crianças e adolescentes que participam do Programa Campeões da Vida, no Sertão do Maruim, são alunos da Escola Estadual José Matias Zimmer, que fica no mesmo bairro. A seleção dos estudantes é feita com base em critérios socioeconômicos, com o apoio da escola e de uma equipe multidisciplinar. A maioria dos estudantes permanece no projeto até o término da educação básica, por volta dos 15 anos. O Instituto Guga Kuerten mantém outros seis núcleos do programa em Santa Catarina com apoio de empresas e instituições parceiras: três em Florianópolis e os demais em Palhoça, Biguaçu, na Região Metropolitana, e Campos Novos, no Meio-Oeste do Estado. Cada núcleo atende aproximadamente 50 crianças no período da manhã e outras 50 à tarde. Uma vez por ano, os familiares são convidados a participar das aulas e conhecer o ambiente, o que possibilita uma melhor integração.