Catalogo novo

MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL CAPÃO DA IMBUIA

O

local aonde se encontra o “Bosque” e o próprio bairro, nos primórdios de Curitiba era uma área muito extensa de mata, contendo em grande quantidade a imbuia, um tipo de árvore de excelente qualidade para a marcenaria. Com o passar os anos o desmatamento e a extração da imbuia, reduziram significativamente a mata nativa na região e foi neste contexto que a família Reginato doou para a cidade de Curitiba a atual área do “Bosque”, isto no ano de 1955.

A

prefeitura transformou o local em área de preservação ambiental e posteriormente transferiu para o bosque alguns setores da administração municipal que estudavam a fauna e a flora.

Em uma nova etapa o local foi alterado para receber os curitibanos e turistas com a criação do museu e as áreas de entretenimento, como o “Caminho das Araucárias” que consiste em uma trilha de aproximadamente 400 metros percorridos mata adentro e que apresentam painéis espalhados em toda a sua extensão detalhando plantas e animais aos visitantes.

O que mais chama a atenção dos visitantes é o lobo-guará, ele está logo na entrada, numa das oito grandes vitrines que exibem os animais taxidermizados, inseridos em réplicas de seus habitas naturais.

O lobo-guará, ao lado do gavião fumaça e de uma dezena de outros animais, está no espaço que representa o Cerrado.

Há ainda a réplica do Banhado, que abriga a capivara e a cuíca; da Floresta Tropical, onde está uma onça pintada, e da Floresta com Araucárias, onde são exibidas a Jaguatirica e a Cotia, entre muitas outras espécies.

Existe também um espaço destinado aos Animais dos Andes, onde estão um condor e um enorme urso de óculos.

TAXIDERMIA: Palavra de origem grega, Taxis=disposição e Derma= pele, é a arte de conservar a pele dos animais vertebrados em sua forma característica, com aparência de vida. A finalidade da taxidermia é o aproveitamento dos animais que morrem, visando sua utilização em estudos e exposições, dando às pessoas a oportunidade de conhecer e estudar diferentes animais.

O

acervo de espécies da fauna terrestre do museu ainda exibe uma vitrine com animais ameaçados de extinção, como arara vermelha, tucano bico-preto e tamanduábandeira; e outra com vetores de zoonoses urbanas. Ao todo, são cerca de mil animais. Além dos que estão em exposição, o museu conta com uma reserva técnica que empresta material para aulas e exposições externas.

As pesquisas abrangem o cadastro das espécies terrestres e aquáticas que compõem o ecossistema local. No museu são expostos animais empalhados em vitrines temáticas, imitando seu ambiente natural, por meio de dioramas, animais taxidermizados e vegetais desidratados, além de fósseis, aves, moluscos e um aquário com peixes provenientes da bacia do Rio Iguaçu.

Atualmente o acervo é um dos mais importantes do Brasil.

Apresenta uma coleção de 100 mil exemplares de vertebrados e invertebrados, sendo 30 mil somente de peixes. A coleção de serpentes é uma das mais importantes e significativas da América do Sul. São encontrados vivos no bosque: tiriva, grimpeirinho, arredio, canário-da-terra, pássaro-preto, morcego, cutia, ouriços cacheiro, caxinguelê, entre outros, além dos animais empalhados.

O Bosque abriga imbuias, canelas, pinheiros centenários e pitangueiras.

O Museu de História Natural desenvolve pesquisas em zoologia, principalmente voltadas para espécies em extinção. Trabalha-se, também, no cadastro dos elementos do ecossistema urbano, em Curitiba.

Pode-se caminhar pelo Bosque tranqßilamente, cercado de natureza, e aprender sobre as relaçþes entre a fauna e a flora.

A árvore mais velha - A árvore mais velha da capital paranaense é uma Imbuia localizada dentro do Bosque do Capão da Imbuia e sua idade pode passar dos mil anos, portanto, sua germinação ocorreu no longínquo século XI.

GRALHA AZUL

É uma ave com aproximadamente 40 cm de comprimento, de coloração geral azul vivo e preta na cabeça, na parte frontal do pescoço e na superior do peito.

Sua alimentação é composta de insetos, frutos e pequenos invertebrados.

Ela é o principal animal disseminador da araucária uma vez que, durante outono, quando as araucárias dão frutos, bandos de gralhas estocam os pinhões para se alimentar.

Neste processo, as gralhas-azuis encravam fortemente os pinhões no solo ou em troncos caídos no solo, sempre em local propício para a formação de uma nova árvore.

Como a floresta das araucárias tenha sido reduzida a cerca de 4% do que fora antes, a perpetuidade desta espécie de aves é vista com preocupação.

LOBO GUARÁ

Pode ser encontrado na América do Sul, principalmente no Brasil. Como possuem pernas compridas e ágeis, pode facilmente subir em morros e montanhas.

Essa característica física favorece também os saltos no momento da caça.

Alimentam-se principalmente de aves, roedores, raízes e algumas espécies de frutos. É uma espécie de hábitos solitários, não formando alcateias como fazem outras espécies de lobos.

Doenças transmitidas por cães domésticos, atropelamentos e derrubada de matas são os principais motivos que estão provocando a extinção desta espécie animal. É um mamífero de comportamento tranquilo, porém pode atacar para defender-se em situações de ameaça.

ONÇA PINTADA

Esse animal é carnívoro, chega aos 2,10 metros de comprimento, pesa em média 150kg e sua altura chega a 90 cm. Em cativeiro come cerca de 2,5 kg de carne por dia, porém em liberdade, como gastam mais energia, comem bem mais.

Vivem às margens dos rios e também nos ambientes campestres. São excelentes nadadora, e tem um grande poder de caça. Suas patas lhe proporcionam uma força extraordinária e sua mandíbula é uma das mais poderosas.

O desmatamento, o envenenamento dos rios e a caça tem dizimado a população em diversos lugares. Sua expectativa de vida vária entre 10 e 20 anos, esta oscilação de idade se deve ao fato de viver em liberdade ou em cativeiro.

Um detalhe curioso é a “calçada da fauna”, com pegadas de animais gravadas em cimento.

RUA PROFESSOR BENEDITO CONCEICAO, 407 Capão da Imbuia - Curitiba - PR CEP: 82810-080 Telefone: (41)3313-5584 Email: mhn@smma.curitiba.pr.gov.br SMMA - Secretaria Municipal do Meio Ambiente Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna