O poliádico desvio
Em física, na grande maioria das vezes, precisa-se de algo (uma fórmula, por exemplo) aplicável a um, dois, três etc., quem sabe dez objetos ou condições; a matemática fornece, logo, esse algo para qualquer n finito. É de índole matemática esse tipo de conduta. Assim, a soma dos dois primeiros inteiros é 1+2=3; dos três primeiros é 6, dos quatro primeiros, 10 e dos n primeiros n(n+1)/2. Agora, escolha o n para ter o resultado em fração de segundo. Essa postura ocorre na maioria das situações, mas nem sempre. Não temos solução exata para as equações de grau superior a quatro, exceto em situações particulares. A generosidade da matemática para com a física pode ser verificada quando se considera o conceito de poliádico desvio de dado poliádico P, para poliádicos de valência A, denotado por devA P (§08.05,Cap.IV,Vol.II,T.I). Quando o poliádico é um diádico , o conceito de poliádico desvio – de muita utilidade na mecânica dos corpos deformáveis (ou, Mecânica do Contínuo) – apresenta sua máxima simplicidade, pois o único valor possível de A é zero. Assim, existem apenas os diádicos desvio para escalares, e a eles reserva-se uma notação mais simples (existem diversas!); seria: dev0= -(E/3)I em que E é o escalar de e I é o diádico unidade (ver tabela na referência citada). Geralmente suprime-se o complemento "para escalares" porque os demais casos de poliádicos são irrelevantes por não terem utilidade. Os tetrádicos, por exemplo, têm dois tetrádicos desvio: um para escalares e um para diádicos (veja a expressão deles na tabela já referida). Para os tetrádicos em diante, surgem duas perguntas: 1 – Em que situações ocorrem em física poliádicos desvio para além do diádico?; 2 – Nesses casos, se forem aceitas as definições como exposto na referência, qual seria o significado físico dos poliádicos desvio definidos? Será ainda principiante a nossa "física de materiais"? Serão os materiais hoje conhecidos ainda muito "generosos"? Serão as teorias hoje conhecidas, que explicam comportamentos, ainda tímidas?