O Núcleo de Desenvolvimento Humano auxilia a Diretoria Executiva no planejamento e execução das atividades educativas da Unimed. Seu foco é organizar e monitorar as ações de integração entre a Unimed de Botucatu e seus vários públicos: colaboradores, cooperados, prestadores de serviço, clientes e comunidade em geral. Em Botucatu as primeiras atividades do Núcleo de Desenvolvimento Humano voltam-se para a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável e, por isso, foi desenvolvida a parceria com a Escola do Meio Ambiente – EMA - da Secretaria Municipal de Educação. A Unimed de Botucatu já é certificada com o Selo de Responsabilidade Social desenvolvido pelo Sistema Unimed e também apoia a Fundação Abrinq. Além disso, possui 5 programas sociais de grande alcance local, desenvolvidos pela AMUB – Associação da Mulher Unimed de Botucatu. São eles: SOMMAR, para o público interno da cooperativa; INTER@ÇÃO, para inclusão digital; VIDA ILUMINADA, para deficientes visuais; AMMA, para coleta de leite materno e ACREDITAR, apoio a projetos comunitários desenvolvidos para integração social através do esporte ou da cultura. A AMUB ainda realiza várias ações para atender as necessidades da sociedade botucatuense. No âmbito do Meio Ambiente, busca a experiência da EMA para implementar ações que farão a diferença na qualidade de vida de toda a comunidade. Afinal, Saúde e Qualidade de Vida são valores cultivados pela Unimed de Botucatu.
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Conheça a Escola do Meio Ambiente (EMA) A Escola do Meio Ambiente, pertencente à Secretaria Municipal de Educação de Botucatu/SP, foi inaugurada no dia 12 de abril de 2005. Localizada no município de Botucatu, que fica na região central do Estado de São Paulo, sua sede conta com um auditório (espaço de encontros, vivências e palestras), uma cozinha pedagógica (reservada para a produção do lanche servido nas trilhas e para as vivências de culinária saudável) e uma Sala Verde. O Projeto Salas Verdes é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente concebido como uma “biblioteca verde” e possui um acervo de conteúdos socioambientais diversos. A partir de sua própria realidade, a Escola do Meio Ambiente desenvolveu uma metodologia que tem como inspiração a simplicidade da natureza, que está presente nos pilares da escola: caminhos ecopedagógicos, vivências socioambientais e pesquisas. Os caminhos ecopedagógicos, realizados na área externa da EMA, possuem como missão principal estabelecer um vínculo amoroso entre a Escola do Meio Ambiente e os seus visitantes. Sendo também conhecidos como trilhas temáticas, esses percursos são formados por pontos interpretativos. Nesse contexto, “trilhar”, na EMA, nem sempre é sinônimo de fazer longas caminhadas, mas, sim, de vivenciar a natureza em sua essência. Dessa forma, os alunos da rede municipal de ensino a cada ano conhecem um desses caminhos com suas respectivas vivências, preparadas com carinho e apropriadas para cada idade. Em 2009, a escola iniciou a parceria com a UNIMED Botucatu. No mesmo ano, recebeu o selo “Aqui se Brinca”, da Unilever. Em 2010, recebeu a certificação do Programa de Escolas Associadas à UNESCO, conhecido como PEA UNESCO. O espaço da escola: A EMA está inserida em uma área de vegetação nativa, com remanescentes de Cerrado, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Paludosa e Floresta Implantada de Eucalipto, ambientes que são as salas de aulas da escola e também locais de pesquisas. A Floresta Estacional Semidecidual recebeu o nome de Floresta Municipal Irmãos Villas Bôas para homenagear o trabalho desenvolvido pelos Irmãos Villas Bôas junto aos indígenas do Xingu. A Represa Prof. Jorge Jim é constituída pelas águas do Ribeirão 3
Lavapés e atrai uma fauna biodiversa para a EMA. O nome é uma homenagem ao pesquisador Prof. Dr. Jorge Jim, que foi docente do Departamento de Zoologia da UNESP de Botucatu. As nascentes do Ribeirão Lavapés, localizadas no interior da Floresta Irmãos Villas Bôas e nas áreas de banhado do Cerrado, são frequentemente visitadas por alunos e outros grupos, que participam das trilhas e das vivências socioambientais. O Bosque Educativo Frei Afonso é formado por plantas nativas da região de Botucatu. O bosque recebeu esse nome para homenagear Frei Afonso (Heriberto José Lorenzon), um admirador da Escola do Meio Ambiente. Na área do bosque é possível encontrar uma área livre para brincar: espaço de lazer após as trilhas para as crianças. A horta é destinada à produção de hortaliças e legumes, utilizados nos lanches servidos nas trilhas, nas vivências e nos eventos. O espaço de vivências agroecológicas é o local de realização da Trilha Agroecológica e de vivências socioambientais. As árvores frutíferas nele encontradas atraem pássaros e outros animais, inclusive humanos. O Oratório de São Francisco de Assis se localiza na entrada da Escola do Meio Ambiente, a qual tem como padroeiro São Francisco de Assis, patrono da ecologia. Na área de reflorestamento da EMA, há a Toca de Assis: um local de meditação e de reverência à vida. A Escola do Meio Ambiente, por meio de uma metodologia específica, tem buscado a sensibilização para a percepção da natureza que a constitui, com suas particularidades, biodiversidade e simplicidade. Embora respaldados pela ciência, nosso objetivo não é simplesmente transmitir conteúdos na área de Ciências Biológicas ou de qualquer outra disciplina através das pesquisas realizadas na área da escola. Queremos, contudo, apresentar a nossa interdependência com a natureza. Na EMA, tudo tem sido preparado com muito carinho e responsabilidade para que esse vínculo com o meio ambiente possa ser estabelecido. Outrossim, nosso desejo é que todos que por aqui passarem compreenda o valor de se educar para a vida, a paz e a solidariedade planetária. Afinal, o método empregado pela Escola do Meio Ambiente é o de mostrar que infinito é o valor da VIDA! Quando estivermos atendendo presencialmente, venha conhecer a Escola do Meio Ambiente, patrimônio natural de Botucatu. 4
Um abraço à Escola do Meio Ambiente Paz e Bem! De repente 2020 e seus desafios causados pela pandemia da COVID-19. E, em meio ao isolamento social, muitos talentos sendo desvendados entre a equipe de docentes que atuam na rede de ensino. Professores que, corajosamente, se reinventaram para que o processo educacional não fosse interrompido. Pais que aprenderam a ser mestres para fortalecer o trabalho dos professores junto a seus filhos. Crianças que aprenderam a viver no distanciamento de suas relações sociais. E nessa Epifania manifestada a partir de algo inesperado, a Escola do Meio Ambiente (EMA), que em abril de 2020 completou 15 anos, também precisou criar novos caminhos, percorrendo novas trilhas, possibilitadas pelo ensino remoto. Por meio dessas novas vivências/experiências, as nossas trilhas tradicionais acabaram sendo carinhosamente abraçadas por pessoas que possivelmente nunca estiveram na EMA. Vale ressaltar que, sem o auxílio e a motivação de muitos coordenadores e diretores das escolas da rede de ensino municipal de Botucatu, possivelmente o Prêmio EMA de Educação Ambiental para o Ensino Infantil não seria realizado em 2020. Por isso, para todos os envolvidos nesse processo, em especial à UNIMED pela parceria, e para os colaboradores da Escola do Meio Ambiente: reverência e gratidão! Afinal, nem mesmo o distanciamento permitiu este abraço à Escola do Meio Ambiente pelos seus 15 anos dedicados a mostrar a todos os seus visitantes que infinito é o valor da VIDA! Abraço fraterno, Eliana Gabriel Diretora da Escola do Meio Ambiente
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Centro de Educação Infantil
"Maria de Lourdes Torres Sardenberg” Etapa I A, II A, II B e II C
Diretora Lucilene Maria Eburneo Lourençon Coordenadora Pedagógica Aline Ap. Modesto dos Santos
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professoras Alessandra Mara Silva e Silva - Etapa I A / Multisseriada Keila de Oliveira e Silva Koller - Etapa II A Fernanda Zagatti Picoloto Tardim - Etapa II B Lis Amanda Darroz - Etapa II C
“O Planeta está em Nossas Mãos” Devido à pandemia do Covid-19 foi preciso reformular nosso projeto e adaptá-lo para que ele chegasse aos alunos através do ensino remoto. Para isso, foi necessário mais do que nunca, a parceria com a família. Nosso meio de comunicação foi o Whatsapp e procuramos explorar esse recurso da melhor maneira possível com vídeos, mensagens e áudios. Os vídeos foram produzidos pelas professoras e, auxiliados por materiais retirados da internet com o fim de enriquecer o assunto trabalhado. No primeiro momento foi explicado às famílias como iríamos trabalhar, ou seja, além das aulas que acompanhariam, eles também receberiam um kit de atividades impressas. Nosso projeto foi desenvolvido em quatro temas: reciclagem/melhor aproveitamento do lixo, água, flora e fauna. Iniciamos abordando a importância da reciclagem. Mostramos a eles uma caixa contendo diversos materiais já prontos para ir para o lixo, indagando-os: "O que fazer com tudo aquilo?", "Como poderíamos ajudar o meio ambiente?". Apresentamos as latas com cores diferentes e falamos sobre a coleta seletiva. Além da complementação com as atividades, eles também participaram dividindo experiências pessoais sobre a separação de lixo no seu cotidiano. Em seguida, foi comentado sobre os “3 Rs: Reutilizar, Reciclar e Reaproveitar" e os alunos foram instigados a fazer uma centopeia usando material reciclado (bandeja de ovos). A participação foi relevante e todos gostaram muito. Logo após, foi abordado o valor da água em nossas vidas e a importância de seu uso consciente. Foram utilizadas para isso algumas histórias sobre as quais as crianças nos deram devolutivas através de fotos dos desenhos que fizeram, áudios e vídeos. 7
No tema flora, foi solicitado que as crianças fizessem a "experiência do feijão plantado no algodão". Os alunos também compartilharam fotografias das plantinhas que eles tinham em suas casas. Conversamos sobre as partes das plantas e o que elas precisavam para crescer fortes e saudáveis, e, como complemento, eles fizeram um "jogo da memória". Conforme os dias foram passando, as crianças nos mostraram o crescimento de suas plantinhas. No tema fauna, a professora Alessandra produziu um vídeo com seus animaizinhos de estimação e estimulou as crianças para nos enviarem fotos com os deles. Conversamos também sobre os cuidados que devemos ter com eles e sobre o abandono dos animais. Em uma das atividades propostas, eles tiveram que montar uma dobradura em forma de cachorro usando apenas círculos e cantar junto a música "O pato", de Vinícius de Moraes. Ressaltamos também a importância do reino animal para nosso planeta, desde o mais mansinho até o mais feroz, do menorzinho até o maior deles, e a necessidade de respeitá-los, bem como ajudar a cuidar do meio ambiente em que vivem para que nenhum animal seja extinto. Na sequência, demos uma atenção especial a um animalzinho bem pequenino, mas com uma gigante importância para nosso planeta: as abelhas. A partir de um vídeo caseiro de uma abelhinha tirando o néctar da flor, motivamos as crianças a conhecer um pouco mais o trabalho maravilhoso que esses insetos realizam. Através de um contato feito pela professora Alessandra, nós professores conseguimos ir até um Apiário em Itatinga (Mel Cuesta) e produzir um material riquíssimo no formato de vídeo. Pudemos vestir a roupa adequada e conhecer bem de perto o trabalho que esses profissionais realizam para extrair o mel. As crianças puderam ver o local onde as abelhas produzem o mel, como trabalham, como se faz a retirada dos favos e diversas curiosidades. A cada vídeo enviado estimulamos as famílias participarem respondendo perguntas e nos enviando fotos das atividades. Passamos desde a culinária com o mel até a construção de um dedoche. Foi, sem dúvida, uma experiência
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enriquecedora, e as crianças ainda ganharam um sache de melzinho oferecido pelo apiário.
Acreditamos portanto, que, através de um conteúdo bem atrativo e interessante, conseguimos atingir e envolver boa parte das famílias, as quais se mostraram dispostas em compartilhar conosco suas descobertas. Referências: Agostine, Taise. Aula on-line – Especial Meio Ambiente. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=87q3J0JVWb4&t=2086s “Turma da Mônica: Cuidando do Meio Ambiente”. Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=mJ8nISBlqvE “Mundo Bita: Natureza sempre se transforma”. Disponível em https://www.youtube. com/watch?v=ntReWqrlYbE Vídeo “A gota Borralheira” – Sabesp. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=qiEsqSOxNFA Palavra Cantada: “De gotinha em gotinha”. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=bkr1wS8D-6A Varal de histórias – “Pingo de chuva”. Disponível em https://www.youtube.com/ watch?v=Yo5qVxWi1Nc&t=98s Varal de histórias: “João e o pé de feijão”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ECwNnndODpg Anderson, Judith – Gordon. Era Uma Vez Uma Semente Col. Milagres da Natureza. Scipione. Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=WzHry1tALgA Moraes, Vinícius. O pato. Interpretação MPB4. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CmEjwZMR1E4 Boisrobert, Anouck/ Rigaud, Louis. Na Floresta do Bicho – Preguiça. Editora Cosac Naify Vídeo “Por que as abelhas fazem mel?” Canal Ticolicos, EP.40. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_ OLkZbnhD1c&t=84s Vídeo “As abelhas”. O diário de Mika. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qrQlDs8Q_c4&t=25s
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Centro de Educação Infantil
"Prof. João Queiroz Marques" Etapa I A, B e C Etapa II A, B e C
Diretora Gisele Adriana Martinho Evangelista Coordenadora Pedagógica Ana Paula Zago
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professoras
Patrícia Adélia Rossetto Marques Luiz - Etapa I A Rosangela Aparecida Jurado - Etapa I B Soeli Aparecida Coelho - Etapa I C
“A Educação Ambiental na Educação Infantil em Tempos de Pandemia” A Educação Ambiental deve estar presente no cotidiano das pessoas e, para que isso aconteça, é importante que a consciência ambiental seja desenvolvida desde a infância. A preservação do meio ambiente depende de todos nós e é de suma importância para a nossa vida e de todos os seres vivos, afinal vivemos nele e precisamos que todos os seus recursos naturais sejam preservados. Pais e professores devem incentivar as crianças a cuidarem do meio ambiente desde cedo, afinal quanto antes tiverem esse aprendizado, melhor para o nosso planeta. Esse trabalho tem como objetivo conhecer e identificar as diferenças das espécies animais e vegetais e principalmente conhecer a fauna e flora da nossa região em especial os roedores da Escola do Meio Ambiente e a sua contribuição para a natureza. Este ano, o fechamento das escolas por conta da pandemia trouxe um desafio para a Educação Infantil: como manter as aulas à distância? O meio digital é hoje a principal ferramenta para as aulas, entretanto não é uma adaptação simples. Por tratar-se de crianças pequenas, um dos desafios é a necessidade da presença de um responsável para acompanhá-la nas atividades. Como estamos em tempo de distanciamento social, não foi possível realizar a Trilha Encantada como acontece todos os anos com as crianças de Etapa I da nossa escola, que vão até a Escola do Meio Ambiente (EMA) para fazer a trilha e ter o contato com a natureza ali presente. Desta forma, a Educação Ambiental foi realizada através dos vídeos que foram encaminhados pela Escola do Meio Ambiente com os temas sobre a fauna e flora da nossa região. Inicialmente, assistimos aos vídeos da EMA e a seguir elaboramos as atividades de acordo com o tema que desenvolvemos com nossos alunos e encaminhamos através de postagens no grupo de WhatsApp da sala. 11
Os vídeos levaram as crianças a refletir sobre os temas propostos pela Escola do Meio Ambiente e, depois, a realizar atividades propostas por nós professoras. Ademais, esses vídeos foram acompanhados às aulas que explicavam a atividade relacionada ao tema envolvendo desenhos e reconto das histórias. Para que a criança pudesse desenvolver a atividade, ela precisou primeiro assistir à videoaula do dia com a explicação da professora sobre o assunto a ser desenvolvido com a realização de desenhos e a leitura de histórias que incentivassem a curiosidade sobre o tema. Também realizamos conversas através do grupo de WhatsApp sobre o assunto. As atividades impressas que encaminhamos aos pais ou responsáveis para realizarem com seus filhos, de acordo com as videoaulas que foram elaboradas por nós professoras, focaram nas seguintes questões sobre os roedores: Quem são eles? Quais os seus habitats? Qual a contribuição deles para o meio ambiente? Foram realizadas atividades relacionadas a esse tema como a colagem de folhas no esquilo, carimbo com garfo na capivara e dobradura do ratinho silvestre e, também, vídeos sobre a vida de cada roedor abordado acima. Para concluir, os alunos plantaram uma mudinha ou sementinha em um vaso, de preferência em embalagem sustentável, com a missão de acompanharem o seu crescimento. As devolutivas das atividades propostas foram feitas através de postagens no grupo de WhatsApp e as impressas foram entregues na escola para os responsáveis pelas crianças. Os pais ou responsáveis encaminharam fotos dos desenhos realizados pelas crianças e gravaram vídeos do reconto da história trabalhada. Com o trabalho desenvolvido através das aulas remotas, as crianças puderam conhecer um pouco da fauna e da flora da nossa região e, principalmente, sobre os roedores que estão presentes na Escola do Meio Ambiente. Deve ser informado que esse trabalho só foi possível devido à parceria entre a escola e a família. Referências: Fada Abaré, Linéia e Espantalho em: Aprendendo sobre os mamíferos roedores. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8-sul93-P3Q&t=85s
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professoras
Antonia Guessada - Etapa II B Joelma Pinheiro - Etapa II C Josiane Fávaro Bravin - Etapa II A “Os Mamíferos Roedores e os Jardineiros da Floresta: Na Trilha do Jequitibá.” No início das aulas remotas, sentimos dificuldade em entender como seriam realizadas as atividades propostas, ou seja, se as famílias participariam e se teriam disponibilidade para auxiliar as crianças nesse momento tão delicado. Com o tempo, nós e a maioria das famílias de nossas salas conseguimos realizar uma parceria para que as crianças não perdessem o ritmo das atividades e, à medida que as histórias encaminhadas pela Escola do Meio Ambiente começaram a chegar, as ideias sobre o que propor para desenvolver a Educação Ambiental neste ano foram surgindo e se adaptando à nossa nova realidade. Como havíamos participado do Prêmio EMA 2019, sabíamos que o tema deste ano seria "os animais roedores", em especial o esquilo serelepe e, em uma conversa coletiva, pensamos em algumas atividades de artes e trabalhos manuais a serem realizados com as crianças após a visita à trilha na Escola do Meio Ambiente. Porém, a vida tomou outro rumo e as atividades tiveram de ser adaptadas de forma que as crianças pudessem realizá-las junto às famílias, em casa. Assim, montamos um vídeo com o objetivo de explicar o projeto às famílias e consolidar uma parceria que rendesse o envolvimento de todos. Após assistir ao vídeo: “Trilha do Jequitibá”, iniciamos a exploração por meio de atividades artísticas de cada animal da história, contando um pouco sobre seus hábitos e curiosidades e utilizando diferentes materiais, como tinta natural, folhas secas e lascas de lápis; estimulando, assim, o interesse e a criatividade de nossos alunos, juntamente com as suas famílias. Dessa maneira, através de atividades encaminhadas pelos grupos de WhatsApp, cada dia exploramos um animal e as crianças foram conhecendo mais sobre eles: onde moravam, o que comiam, se tinham hábitos noturnos ou diurnos, etc. Para consolidar essas informações, sentimos que mesmo vendo os 13
animais em fotos, vídeos e realizando atividades com diferentes materiais seria muito importante saber como os animais eram vistos pelas crianças. Então, montamos um livro onde cada um representou o animal segundo a sua percepção, valorizando as características que mais lhe chamassem a atenção e respeitando a criatividade na representação gráfica de cada aluno. A adesão foi unânime, colhemos muitas devolutivas. As crianças se empenharam na realização das atividades, as famílias deram todo suporte necessário e, juntos, mais uma vez pudemos trabalhar com alegria e adquirir novos conhecimentos. O tema em si foi apropriado e extremamente relevante, pois com uma linguagem simples e um jeito todo especial pudemos conhecer um pouco mais sobre os animais que estão presentes na nossa fauna e que podem ser encontrados na nossa região, especialmente na nossa querida Escola do Meio Ambiente. Referências: Trilha do Jequitibá - Etapa II (Resumo). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fN2Z gHk1A5g&feature=youtu.be
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Centro de Educação Infantil
"Ida Rosa Pilan Dell'Omo" Etapa I A e B / Etapa II A e B
Diretora Patrícia Fortes Lyras Coordenadora Pedagógica Patrícia Garcia Bianconi
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Solange Fátima da Silva Lima - Etapa I A
“Cuidadores do Meio Ambiente” A infância é o período mais importante da trajetória de um indivíduo, pois é nesse momento que se inicia a interação com a ideia de sociedade, aprendem conceitos, valores para toda sua vida, o que torna essa fase o melhor momento para trabalhar a Educação Ambiental. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação infantil precisa promover atividades em que as crianças sejam convidadas a fazer observações e manipular, investigar e explorar o seu redor. Tudo isso gera o levantamento de hipóteses e buscas ativas de respostas para suas curiosidades. Mas como trabalhar com os discentes em distanciamento social, visto que o CEI Ida Rosa Pilan Dell’Omo é o espaço onde a criança desenvolve as habilidades motoras, de comunicação e interação? Nesta instituição, o aluno recebe estímulos para desenvolver suas capacidades e tem a oportunidade de praticar o convívio social. A pandemia da COVID-19 transformou a vida familiar no mundo todo. Escolas suspenderam as aulas presenciais e passaram a buscar formas alternativas de manter o processo de ensino-aprendizagem durante a quarentena, usando principalmente aplicativos e plataformas on line. Diante de tais mudanças, também busquei me adaptar a esse novo formato de ensino e aprendizagem, entendendo que as famílias seriam as chaves para mantermos o elo entre a escola e a criança. A construção ocorreu ao poucos, procuramos alternativas para dialogar com os familiares, buscando o desenvolvimento de cada aluno ao tentar garantir o aprendizado e acima de tudo, manter o vínculo afetivo. A partir das devolutivas das famílias, percebi maior envolvimento quando os temas abordados estavam relacionados às questões ambientais. Portanto voltei o meu trabalho para contemplar o interesse e as curiosidades das crianças bem como o envolvimento de seus familiares. Esse início foi desafiador. Preocupada em como manter a curiosidade da criança, devido ao novo modo de ensino, planejei atividades lúdicas com vídeos de histórias voltados ao tema proposto, leituras, hora do conto e vídeos de minha autoria. Além desses materiais, as atividades impressas também foram disponibilizadas aos pais como materiais de apoio. Como já estava trabalhando com algumas temáticas voltadas à 16
Natureza, o convite da Escola do Meio Ambiente intensificou as propostas e serviu como ponto de partida para a realização do projeto: CUIDADORES DO MEIO AMBIENTE. As ações foram desencadeadas a partir de uma semente de girassol enviada para casa (com todo o material do projeto), onde eles, ao plantarem com ajuda da família puderam perceber a importância do cuidado, agregando conhecimentos sobre os quatro elementos da Natureza: terra, água, fogo e ar. A atividade de plantio auxiliou no entendimento da ação de cada um deles sobre o planeta, os seres vivos e sobre as nossas vidas. Foi muito gratificante construir todo esse conhecimento. À medida que cada criança construía seu diário ao acompanhar a germinação da semente de girassol (diário enviado para as crianças até o décimo dia para os pequenos observarem e desenharem cada estágio deste processo), percebi uma interação, mesmo não sendo na totalidade da sala, através de fotos, depoimentos, áudios, vídeos e, até mesmo, através de perguntas para saber ou descobrir um pouquinho mais sobre determinados assuntos. Nesse momento, a comunicação com a família foi elementar para manter a criança aprendendo. Houve o envolvimento e o interesse em relação aos objetivos de aprendizagem e a forma correta de trabalhar cada passo com seus filhos. A partir do projeto, as atividades propostas, realizadas em casa devido à pandemia, tornaram possível o desenvolvimento de hábitos, atitudes e costumes de preservação e cuidados com a Natureza e com o meio em que vivemos. Referências: Silverstein, Shel. "O menino e a árvore". Tradução de Fernando Sabino.
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Georgete Elisa Paganini Tavares - Etapa I B
“Produção de Tintas Naturais” “Semente misteriosa, que da planta cai no chão, que segredos ela guarda no fundo do coração?” (Ruth Salles). “A educação ambiental é fundamental para conscientização das pessoas, em especial das crianças, para que elas possam perceber a relação do mundo em que vivem e se conscientizar sobre a qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, buscando, assim, um equilíbrio entre o homem e o ambiente”. A pandemia pegou o mundo de surpresa. Repentinamente, vimo-nos exilados em nossas próprias casas, obrigados a aprender outras formas de trabalhar e de consumir, forçados a controlar o ímpeto afetivo de abraçar, beijar e tocar o outro. A doença nos trouxe a certeza de que nada está sob nosso controle. De improviso, as escolas ficaram fechadas, os alunos foram para suas casas, juntamente com seus pais que passaram a trabalhar do modo remoto ou perderam seus empregos, e, todos tiveram que se reinventar. Nem todas as escolas contam com a eficiência e assertividade de aplicativos profissionais de comunicação e de gestão escolar. A solução veio através da tecnologia e seus aplicativos, tais como: e-mails, redes sociais, Whatsapp etc. E nossa equipe escolar não ficou atrás: foram criados grupos, conforme as salas de aula, através de Whatsapp para que pudéssemos manter a programação, inclusive atividades ligadas ao meio ambiente e levar o ano letivo de forma não presencial, junto às crianças e suas famílias. Isso tem demandado grande esforço e pro-atividade por parte de todos os envolvidos, isso é, escola, professores e pais ou responsáveis, pois, nem todos estavam familiarizados com as ferramentas tecnológicas (software, aplicativos, navegadores webs, entre outros) e tiveram que se esforçar abrindo seus horizontes para a tecnologia, buscando soluções para a continuidade de seus trabalhos em sala e utilizando recursos próprios em suas residências. Através de projetos e sequências envolvendo vídeos de músicas, histórias e explicativos, explorando possibilidades de recontos, produção de desenhos, pinturas e modelagem, trabalhamos conceitos básicos e explorando temas como: • os animais domésticos e silvestres; 18
• conceitos básicos de reciclagem do lixo doméstico (recicláveis e orgânicos), isso é, o que pode ser reciclado, como reciclar e de que maneira as crianças podem auxiliar com a reciclagem em casa; • utilização correta da água no cotidiano (ao lavar louça, escovar os dentes, tomar banho). Trabalhamos também o cultivo das sementes, hortas e jardim, cores e aromas e tintas naturais manipuladas e extraídas da natureza (raiz, caule, folhas, flores e sementes), assunto que gerou o nosso projeto: “Produção de tintas naturais”. Nossas crianças têm correspondido e participado bem das atividades, dando retorno positivo através de mensagens de voz, vídeos e fotos mostrando a execução das atividades em que brincam, cantam, dançam, desenham, pintam, dentre outras atividades enviadas. O desafio maior é a disponibilidade dos pais no acompanhamento das tarefas, pois o tempo deles depende de muitas variáveis, tais como horário de trabalho, serviço de casa, disponibilidade de internet, às vezes para duas ou mais crianças, compreensão do que deve ser estudado, dentre outras. Para desenvolver as atividades pedagógicas enviadas, a presença da família foi importante, pois crianças pequenas precisam ser estimuladas, conduzidas e orientadas. Através de orientações e reuniões on line, temos feito o possível na orientação aos pais para que mantenham uma rotina de estudos com horários pré-estabelecidos e providenciem um local adequado com os materiais de escola, para que o aluno desenvolva o senso de responsabilidade e perceba que a atividade proposta poderia se tornar um momento agradável e prazeroso. Como os alunos do infantil necessitam de atividades mais lúdicas e menos complexas, que sejam interessantes e que despertem a sua atenção, foi necessário a formulação de atividades pedagógicas interessantes em casa, enviando material e vídeos com curta duração e chamativos, que atraíssem a atenção das crianças e a participação dos pais ou responsáveis nessas atividades. Afinal, o papel de cuidar do meio ambiente no futuro será assumido pelas crianças de hoje, portanto, incentivar atitudes positivas dentro de casa é essencial para a conservação do ambiente como um todo. Produção de tintas naturais: As tintas naturais são usadas pela humanidade há mais de 5.000 anos. Mas muitas de nossas crianças nem imaginavam que fosse possível pintar com materiais que temos em nossa casa ou mesmo no nosso quintal. Na verdade, a natureza nos dá muitos elementos e, com eles, podemos construir e criar muitas coisas diferentes e divertidas. As tintas naturais são ótimas para as pinturas, são criadas de forma 19
simples com os temperos que usamos na preparação dos alimentos, com folhas, legumes e até com a terra e o pó de café, e sem os produtos químicos da industrialização. Apenas usando água e um poquinho de cola, criam-se cores simples e belas. Foi um processo muito divertido e rico em aprendizagem para as crianças. Cores obtidas e especiarias ou legumes: Amarelo - açafrão / Vermelha - páprica ou coloral / Marrom - café ou terra / Marrom claro ou bege - canela ou gengibre / Rosa - beterraba / Verdes - folhas escuras como a couve manteiga Laranja – cenoura Como fazer a tinta natural em casa: Ingredientes: 1 colher (chá) de tempero 4 colheres (chá) de água 1 colher (chá) de cola 3 gotinhas de vinagre (para conservar) Modo de fazer: Misture 1 colher (chá) de tempero, 4 colheres (chá) de água, 1 colher (chá) de cola. Depois de misturar, amasse bem o tempero com garfo ou, se preferir, pode bater no liquidificador. Aos poucos, vá acrescentando a água e a cola, mexendo bem até ficar uma pasta e depois vá misturando aos poucos a água e a cola, pois a cremosidade vai depender da quantidade de tempero que você colocar. Por último, acrescente 3 gotinhas de vinagre para conservação da tinta produzida. Para pintar, use o pincel, o cotonete ou o próprio dedo na folha sulfite ou no tecido e use sua imaginação. Essa tinta artesanal é lavável, ou seja, se molhar mancha e ela sai, portanto, tome cuidado ao deixar secar o seu desenho. Referências: História da Sementinha. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=pHQuJJEMF_A A Sementinha Ansiosa. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=iZwS88rp6jo Descobrindo os animais do Pantanal. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=92GYT8hOv4U Tintas Naturais! Aprenda como fazer. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=OOigg2jQjZ4 Tintas Naturais Com Ingredientes Naturais (Café, Urucum e Açafrão). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5wXb7yW87Qg Tinta Natural (Beterraba / Cenoura / Espinafre. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qSIG49aPVkc "Tinta Caseira: Tinta Lama. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=jYd9Jr2Qq24 Por Que a Reciclagem é Tão Importante?. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=ZcymnW5NRYQ
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Helem Nunes Arruda - Etapa II A
“Minha Hortinha” Neste período em que nos vimos afastados, tivemos muitas coisas a aprender e a nos adequar. Vencemos muitas dificuldades juntos, criando uma rotina nova de estudos, uma grande novidade em experiência, muitas tentativas, erros e acertos assim como muita aprendizagem, priorizando práticas cotidianas e contextualizadas. Pensando nas questões ambientais, foi desenvolvido durante o 3º Bimestre o Projeto Minha Hortinha, que trouxe como essência as questões do cuidado e da relação homem-natureza. Para a realização do projeto usamos nosso canal de comunicação que é o "Grupo da Turma", no Whatsapp, onde já temos uma rotina de atividades bem consolidada. Sobretudo para esse projeto em especial, cada aluno recebeu seu Kit hortinha composto por terra, mudas de alface e diário. O trabalho foi apresentado e exposto aos pais em vídeo, também pelo Whatsapp, onde compartilhei com eles os objetivos e as demandas do nosso projeto. Com esta conversa/explanação objetivou-se não apenas dizer o que teríamos pela frente, mas envolvê-los de forma ativa no que seria desenvolvido, uma vez que eles são os responsáveis por direcionar tudo o que é enviado às crianças. A grande alegria foi perceber a adesão da maioria, podendo dizer que 90% das crianças retornaram com fotos do plantio, demonstrando alegria em poderem estar realizando a atividade. Durante o período de desenvolvimento, e antes mesmo de levar a proposta às crianças, já adiantava a eles (família) o que faríamos, prevendo algumas possibilidades e mostrando-lhes o quanto seus filhos estavam ganhando ao sentirem-se responsáveis (e serem de fato) por aquela planta. Ao finalizarmos, avalio que o trabalho só culminou graças aos familiares, que estiveram presentes apoiando seus filhos. A respeito do trabalho desenvolvido: recebidos os kits as crianças puderam acompanhar por videoaula a execução do plantio, sendo, além de plantar, motivadas a perceber as necessidades da planta enquanto ser vivo, bem como as relações que estabelecemos com ela. As atividades tinham ocorrência semanal, lembrando-os, sempre, dos cuidados 21
necessários para as plantinhas e reforçando em nossa videoaula, o quanto as mudinhas precisavam de nós para manterem-se vivas e nos fornecer vida. Assim tratamos sobre o ar, a alimentação (que inclusive foi tema de um projeto paralelo onde reforçamos o consumo de alimentos naturais), a nossa dependência em relação à natureza enquanto parte dela e, também, nossa responsabilidade em conservá-la e preservá-la. Outra questão estudada foi a produção de adubo orgânico. Em nossas videoaulas, organizamos e preparamos os ingredientes até a produção final do composto orgânico. Dentro desta temática, também foram exploradas questões como o destino correto de resíduos, visando não só reaproveitar como também oferecer-lhes subsídios para um descarte correto. As crianças sempre foram convidadas a compartilhar fotos da hortinha. Outras atividades propostas foram conversas em família e produção de textos onde sintetizaram seus aprendizados e puderam, ao mesmo tempo estar em contato com as orientações dos familiares. Para registro das ações, a turma foi construindo o Diário da Hortinha, onde semanalmente registrávamos o crescimento e outros acontecimentos das nossas observações. Aqui, mesmo as crianças que não tinham acesso às aulas remotas, puderam realizá-la, visto que, por estar bem definido no material que receberam, eles conseguiram fazer os registros solicitados. O Diário foi uma das devolutivas que pude acompanhar e as crianças puderam explorar vários conteúdos ao produzirem-no.
Ao final do período programado, retomamos nossa conversa para “colher” os frutos do trabalho. Descobrimos que nem todos conseguiram cultivar, pois alguns tiveram problemas. Esses, porém, retomaram com outras mudas. Outros alunos me contaram sobre a perda, o que motivou uma nova etapa, onde pude refletir junto a eles as consequências dos nossos atos, e, ainda que em pequena proporção, foi possivel sensibilizar a turma sobre o quanto somos responsáveis pela Natureza e como ela responde a tudo isso. 22
Enfim, o fechamento de nosso projeto baseou-se no preparo de uma salada ou do famoso X-Floresta, tal como eles preferissem. As crianças puderam compartilhar esta vivência mandando suas fotos (ainda que usando outro alface) e foram convidadas a um novo desafio: “continuar plantando!” A partir de uma história, fiz a tradicional experiência do plantio de um grão (milho de pipoca) convidando-os a perceber que há vida, ou seja, que plantamos vida! Tivemos, inclusive, a partir desta atividade, uma família plantando mudas frutíferas e compartilhando com as demais. Ao final, eles mesmos contaram, através de áudio e vídeo, o que tinham aprendido. Só o fato de organizarem esse discurso, foi uma vitória, uma vez que para isso é preciso agregar o conhecimento, às experiências para então sintetizar aquilo que iriam falar. Isso nos motivou muito mostrando que mesmo à distancia, o trabalho produziu bons frutos. Foi nítido o envolvimento das crianças e de seus familiares e, mesmo que ao final nem todos tenham chegado conforme o planejado, eles aprenderam e puderam ter a rica experiência da responsabilidade, encorajados e empoderados a fazer o bem. Posso concluir afirmando que nos deliciamos não só com a salada mas em especial, eu me emocionei com as palavras e o entusiasmo de ouvir: Eu aprendi… Referências: Guia de Plantio da Escola do Meio Ambiente: Mãos na terra. 2019. Disponível em: https://issuu. com/emabtu/docs/guia_de_plantio
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora Cristiane Aparecida Juncom Codello - Etapa II B
“Compostagem” Devido à pandemia e à necessidade de mantermos o distanciamento social, o projeto sobre compostagem teve que ser realizado de maneira remota. As aulas foram realizadas através de vídeos sobre o assunto. A atual situação tornou essencial a participação das famílias na realização das atividades escolares, assim foi fundamental essa parceria entre escola e família para execução do projeto. Os adultos responsáveis pelos alunos precisaram participar ativamente, desde apresentar os vídeos para as crianças até a realização efetiva da compostagem. Dessa forma, não posso garantir o fato de que todos os alunos tiveram um bom aproveitamento e conseguiram desenvolver plenamente a proposta do projeto. No entanto, posso afirmar que a maioria das crianças gostaram da proposta e das atividades. Trabalhei com esta mesma turma em 2018, quando estavam no maternal II e, na época, fizemos um projeto que envolveu a construção de um jardim na área externa da escola. Aquele trabalho foi muito gratificante e inspirador. Percebi, naquela ocasião, o quanto as crianças se interessam pela natureza e foi isso que me estimulou a escolher o tema compostagem para este ano. Através das videoaulas que gravei, pude mostrar às crianças que podemos tratar a terra e deixá-la boa para o plantio utilizando apenas materiais naturais, sem praticamente nenhum custo, e reduzindo o lixo produzido pelas famílias. Utilizamos a terra adubada naturalmente para plantar flores, fazer uma horta entre outras aplicações. Procurei colocar os conteúdos para as crianças de forma lúdica, explicando por exemplo, que assim como a gente, as plantas também precisam de vitaminas e que elas vêm através da terra, a qual precisa estar bem nutrida (adubada). Desta forma trabalhei várias habilidades previstas na BNCC. Referências: Guia de Plantio da Escola do Meio Ambiente: Mãos na terra. 2019. Disponível em: https://issuu. com/emabtu/docs/guia_de_plantio
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Centro de Educação Infantil
"Jardim Itamarati"
Instituto Anglicano de Botucatu Etapas I A e B / Etapas II A e B
Diretor Dionesval Santos da Silva Coordenadora Pedagógica Bruna de Fátima P. Honorato Colaboradora Prof.ª Maria Nazareth Gonçalves
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora Andressa Cristina Pereira de Oliveira Atendente Angélica da Silva Trindade Etapas I A e B
“Esquilo Caxinguelê e os Cuidados para Preservação do Nosso Planeta” O distanciamento social trouxe diversas mudanças nas nossas vidas, fazendo-nos vivenciar novos desafios e obrigando-nos a nos reinventar a cada instante. Com o fechamento das escolas, a educação não podia parar e nós educadores tivemos que nos atualizar dentro das novas tecnologias, que seriam, a partir de então, nossa porta de entrada para todo o conhecimento construído com nossos alunos. Sabíamos que o engajamento dos alunos seria um dos principais desafios da educação à distância e, por isso, organizamos nossas aulas remotas pensando sempre em temas motivadores para as crianças e também em materiais usuais na casa, que poderiam ser utilizados como item facilitadores para a realização das atividades solicitadas. No mês de março, estávamos nos preparando para ir à Escola do Meio Ambiente. Havíamos iniciado o estudo sobre o roedor “Esquilo Caxinguelê”, com vídeos e imagens do roedor, do seu habitat e sobre sua alimentação, em seguida realizamos uma roda de conversa sobre os conhecimentos adquiridos do assunto abordado e montamos um cartaz explicativo. Na aula seguinte realizamos a pintura do desenho do roedor e colagens de E.V.A. picado em sua cauda. Tendo em vista a animação das crianças por esse tema, decidimos dar continuidade ao projeto e planejamos aulas sobre os roedores da fauna brasileira, os cuidados com nossas florestas e animais, lixos que podem ser recicláveis e atitudes que podem prejudicar o nosso planeta. Entre os roedores apresentados, nossa turma escolheu o “ Esquilo Caxinguelê” para um estudo mais aprofundado e, no mês de julho, reiniciamos o Projeto EMA através do ensino remoto. A primeira aula remota recordou sobre o nosso roedor, seu habitat e alimentação, e os alunos tiveram que pintar e colar folhas de árvores secas na sua cauda. Na segunda aula remota trabalhamos o seu habitat, alimentação, 26
seu peso e altura. Usei um saco de polpa de tomate para demonstrar o tamanho e o peso do animal e os alunos tiveram que montar uma floresta com folhas, árvores, terra, esquilo, sementes, cascas de árvores e larvas. Usamos uma caixa de pizza para a base da floresta; rolinhos para troncos e o esquilo; folhas secas, demonstrando as árvores; terra, que é o solo; cascas de árvores e macarrão parafuso, imitando as larvas que fazem parte da sua alimentação. Na terceira aula remota, desenvolvemos a consciência sobre a coleta seletiva, a diferenciação dos rios sujos e limpos e começamos a fazer uma máscara do esquilo para realização da atividade. Foi dada a instrução para desenhar as lixeiras, orientando sobre a separação dos lixos para cada tipo de coleta, desenhar um rio limpo e desenhar um rio sujo (tinha que colocar objetos que demonstrassem poluição nas águas para os animais). Confeccionaram, em seguida, a máscara para usarem na demonstração da atividade como se fossem o esquilo caxinguelê. Na quarta aula remota, tratamos sobre um tema muito importante que prejudica muito as florestas, casas e fábricas, a queda dos balões, que causa diversas tragédias. Tiveram que criar uma floresta com rolinhos, esquilos e folhas secas e confeccionaram a dobradura de um balão. Eles gravaram um vídeo explicando sobre os perigos de se soltar balões. Muitos pais usaram a criatividade e colocaram em vasos plantas, demonstrando total interesse nas realizações das atividades. Os alunos interagiram muito bem com as aulas referente ao projeto junto aos pais. Realizaram com a diversidade de materiais recicláveis as atividades propostas. As famílias demostraram muito interesse em participar e, cuidadosamente, foram separando os materiais, junto aos filhos, para desenvolverem as vivências. Infelizmente nem todos os alunos puderam participar, por motivos tanto pessoais como de acesso e uso da tecnologia. Esse projeto, executado através das aulas remotas proporcionou um leque de conhecimentos aos pais, aos alunos e a nós, os educadores. O projeto buscou principalmente desenvolver nas crianças e nos pais uma cultura de sustentabilidade. Referências: As Aventuras do Espantalho: Seguindo os Rastros do Plantador de Florestas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iXTLx2bl9HQ Fada Abaré, Linéia e Espantalho em: Aprendendo sobre os mamíferos roedores. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8-sul93-P3Q&t=85s
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora Andreia Araújo da Costa Atendente Elisabete da Cruz Etapas II A e B
“Roedores da Fauna Brasileira Ouriço-cacheiro e suas Curiosidades” O distanciamento social trouxe grandes desafios para todos nós. Tivemos que nos reinventar para que a vida não parasse. Com a educação não foi diferente. Um grande desafio para Educação Infantil foi criar aulas que contemplassem as necessidades educacionais dos alunos e também ajudar a conviver com distanciamento tanto dos amigos de sala de aula, quanto da professora e demais funcionários da escola. Os alunos demonstraram muito interesse nas aulas, principalmente quando falamos sobre meio ambiente e os animais. Percebemos que esse tema despertou nos alunos um sentimento de amor e cuidado com o lugar em que vivemos. Infelizmente nem todos os alunos têm participado das aulas, porém, os que conseguiram participar interagiram com muito entusiasmo, realizando as atividades propostas com dedicação. As famílias também interagiram ativamente nas vivências, seja separando material para realizar a atividade quando o assunto foi reciclagem, seja auxiliando os pequenos na realização do que foi proposto. Dentro do planejamento das aulas sobre meio ambiente, escolhemos continuar o trabalho com o tema que tínhamos iniciado em sala de aula, falando sobre os animais pertencentes à fauna brasileira, especificamente os roedores, englobando dentro desse tema assuntos como reciclagem, preservação das florestas e o cuidado com os animais. Foram abordados vários assuntos relacionados aos roedores, especialmente sobre o ouriçocacheiro. No mês de março, na sala de aula, começamos com uma roda de conversa, verificando o conhecimento prévio de cada criança. A seguir, apresentamos aos alunos imagens e vídeos com as diferentes espécies de ouriço e as diferenças entre o ouriço-cacheiro e o porco-espinho. Produzimos um cartaz com as principais características do ouriço-cacheiro: tamanho (colei um pedaço de barbante com a medida aproximada), peso (usei um pacote com um quilo de sal, pra ter ideia do peso), comida (conversei 28
sobre os animais que vivem na floresta e os que são criados em zoológicos) e habitat (falamos sobre a nossa fauna e o que encontramos nela, além dos animais roedores). Na segunda aula fizemos um ouriço com argila e sementes de girassol e comecei a falar sobre reciclagem utilizando uma caixa de leite pra fazer um “ninho” para o ouriço confeccionado em argila. Na terceira aula, com um garfo e tinta guache, fizeram o detalhe dos espinhos em um desenho impresso. Com a pandemia, as aulas passaram a ser por ensino remoto e retomamos o tema "meio ambiente" no mês de julho. Na primeira aula, recordamos o que foi trabalhado em sala de aula e os alunos fizeram um desenho do ouriço e o lugar onde ele vive. Na segunda aula, falamos sobre o tamanho do ouriço e com o desenho de uma régua, trabalhamos também os números de 0 a 20. Na terceira aula, trabalhamos a reciclagem e os alunos produziram, em casa com seus pais, uma maquete com rolinhos de papel higiênico e folhas secas para as árvores; uma garrafa plástica e palitos de churrasco para o ouriço; uma caixa de leite e vegetal seco para o “ninho” e terra. Alguns usaram a criatividade e colocaram o ouriço no jardim da casa, ou em vasos de plantas. Outros utilizaram caixas de papelão para colocar a terra e acomodar o ouriço de garrafa. A experiência de trabalhar o tema meio ambiente em aulas remotas foi muito interessante, pois pude perceber nos alunos e em suas famílias uma grande satisfação em colaborar com as atividades e o interesse em produzir o que foi apresentado. Referências: Fada Abaré, Linéia e Espantalho em: Aprendendo sobre os mamíferos roedores. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8-sul93-P3Q&t=85s
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Centro de Educação Infantil
"Profª Azize Fadel Camargo" Etapa I A e B
Diretora Liliane Maria Joaquim Mendonça Coordenadora Pedagógica Catia Regina Fabbro Rocha
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professoras
Tamires Regina Teruel da Costa - Etapas I A Sílvia Helena Montanha - Etapas I B
“O Respeito pela Vida Começa na Infância” Diante do contexto em que estamos vivendo e observando a falta de investimento e o descaso do governo sobre as pautas do meio ambiente, principalmente neste ano de 2020, nós professoras da Etapa I A e B, do CEI “Professora Azize Fadel Camargo” com a sua mantenedora AFRAPE, localizada no distrito de Rubião Junior, Botucatu/SP, realizamos, por meio de videoaulas a conscientização dos nossos alunos sobre a preservação do meio ambiente, com a proposta de mudanças de hábitos. Em meio à essas aulas, realizamos várias vivências para que nossos alunos pudessem reconhecer a importância do nosso meio ambiente, aprendendo a respeitar a vida e a preservar os recursos naturais. Elaboramos aulas com as temáticas sobre: o meio ambiente; cuidados com o nosso planeta; recursos renováveis; meios de transporte que afetam menos o nosso planeta; cuidados com as plantas; cuidado com os animais domésticos e silvestres; cuidados coma a vida marinha (aquática). Trouxemos os assuntos complexos de forma lúdica, com músicas e atividades para que as nossas crianças conseguissem absorver esse rico conhecimento. Em uma das aulas, fizemos a proposta do plantio de grãos pelos próprios alunos e obtivemos bons retornos, os alunos cuidaram das suas plantas, regando e colocando em lugares onde poderiam pegar sol e realizaram todos os cuidados que elas necessitam para se desenvolverem. Resgatamos, como resposta, fotos e vídeos do crescimento das plantas, elaborados pelos familiares das crianças. Outra proposta trabalhada foi sobre os cuidados que temos que ter com os nossos animais domésticos. Acreditamos que, se o respeito pela vida começar na Educação Infantil, ele será multiplicado por onde essa criança passar. Nossos alunos nos deram devolutivas positivas cuidando dos seus animais, sendo eles cães, gatos, galinhas, cavalos e porcos, cada qual com 31
sua peculiaridade e necessidade. Outro assunto abordado, por nós professoras, foi a separação do lixo. Frisamos que essa atitude simples poderia mudar todo o futuro do nosso planeta, dando as informações de onde fazer os descartes corretamente e como separar o lixo. Nessa aula, convidamos as famílias para participar da atividade e continuamos levantando esse assunto sempre que possível para que ele não caísse no esquecimento. Tivemos muito cuidado ao falar sobre a água, salientando como esse recurso é fundamental para a existência da vida como um todo. Sobre isso, relatamos que os mares e rios estão poluídos pela nossa falta de cuidado e de consciência. Refletimos sobre quais atitudes devemos tomar para resolver alguns problemas relacionados ao tema. Os cuidados abordados nessas aulas abrangeram desde os pessoais, como o tempo no banho e a importância de se fechar a torneira na hora da escovação dos dentes, como também os relacionados à preservação da água no planeta. Apresentamos questões como: “Por que devemos cuidar do nosso meio ambiente?”; “O que acontece se não cuidarmos?”; “O que você está fazendo na sua casa que pode ajudar o nosso meio ambiente?”. Acreditamos que essas reflexões foram importantíssimas para o desenvolvimento crítico dos alunos e das famílias que atendemos. Quando um assunto como a preservação do meio ambiente é debatido, tanto em casa como na escola, os resultados ficam mais evidenciados e as atitudes mais positivas. Dessa forma, nossa proposta foi auxiliar os alunos e seus familiares a reconhecerem, na prática de posturas simples, a colaboração de cada um de nós com o meio em que vivemos. Referências: As Aventuras do Espantalho: Terra, nossa Casa Comum. Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=qJ93Psg0p0c&feature=youtu.be
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Centro de Educação Infantil
" Profª Maria Aparecida Caricati Passarelo" Instituto Anglicano de Botucatu Etapas I A e B / Etapas II A e B
Diretor Dionesval Santos da Silva Coordenadora Pedagógica Lizandra Rhivia de C. Freire Ambrósio Colaboradora Prof.ª Maria Nazareth Gonçalves
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora Atendente
Juliana Matos Bento Andréa Regina Paes Etapas I A e B
“Mamíferos Roedores” Com o distanciamento social, estamos praticando a Educação Ambiental através de vídeos postados pela Escola do Meio Ambiente e, também por nós, professoras da CEI. Antes do início da pandemia, já havíamos iniciado em sala de aula o estudo sobre alguns mamíferos roedores, tais como: o esquilo caxinguelê, ouriço-cacheiro e a capivara. Realizamos pinturas com tintas e brincadeiras como a do esquilo e da onça: um "coelho" saía da toca, enquanto o "esquilo" ficava em um círculo que seria a árvore, e a "onça" em outro que seria sua toca. Quando os "esquilos" saiam para colher as suas sementes, a "onça" aparecia, então, eles tinham que correr de volta para as árvores antes de as "onças" pegarem suas sementes. De forma lúdica, como a explicitada acima, iniciamos o nosso projeto. Registramos as atividades com fotos e desenhos. Com o início da pandemia, os alunos tiveram que interagir com os vídeos postados, filmando ou fotografando as atividades que estavam sendo realizadas. Iniciamos o projeto a partir de uma roda, onde juntamos as salas das etapas I e II e, através da conversa, explicamos para as crianças brevemente sobre os mamíferos roedores e como seria realizado o projeto. Iniciamos com os hábitos do animal escolhido. Nosso primeiro animal foi o esquilo caxinguelê, falamos sobre ele, apresentando fotos e vídeos. Após isso, os alunos, junto com os pais e responsáveis, deveriam fazer um desenho do esquilo usando a criatividade. Logo após, foi apresentado um vídeo, através de uma pequena história do esquilo com a atividade de plantio de sementes. A minha sugestão foi a de que eles plantassem sementes ou grãos, de milho de 34
pipoca ou feijão. A atividade consistia em plantar e cuidar por uma semana e, logo após, enviar foto de como sua plantinha crescia. Com essa atividade foi possível transmitir a importância do plantio de sementes e do reflorestamento de árvores. O vídeo sobre o esquilo foi produzido com fantoches de EVA, as nozes fixadas em tampas de garrafa pet e a árvore com garrafa pet de 250 ml. Tudo feito para a contação de história sobre o animal e como ele escondia suas sementes. O retorno foi bem sucedido: os pais ou responsáveis foram envolvidos nas atividades, auxiliando nas propostas e na confecção dos materiais. Enviaram ao diretor e às professoras, fotos e vídeos das crianças realizando as atividades. Trabalhamos também as palavras que fazem parte da vida do roedor e assim eles teriam que encontrar e circular as vogais encontradas. Além da contagem de sementes para relacionar o número à quantidade, elaboramos danças e imitações dos sons dos animais. O outro animal trabalhado foi a capivara, onde foi feita a explicação sobre o maior mamífero roedor. Abordamos os mamíferos roedores, e sugeri vídeos retirados do Youtube (A capivara do rio e A capivara Vera). A atividade proposta foi recortar imagens de animais com pelo, fazer a dança da capivara e imitar os sons dos animais. Já para o preá, falei sobre seu modo de vida. Sobre esse animal, enviamos a história: as pintas do preá, retirada do Youtube e, em seguida, os alunos fizeram um dedoche do preá com papelão e pintaram com os materiais que tinham em casa. Em todos os vídeos e atividades postadas, obtivemos a interação dos alunos e de seus pais e responsáveis. Nesse projeto onde trabalhamos a Educação Ambiental, com o tema mamíferos roedores e suas características, pude falar sobre o respeito à natureza e sobre a valorização da vida dos animais. Referências: A Capivara do Rio - O Baú da Camilinha. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=K8 dy8Brde74&feature=youtu.be Capivara Vera _ desenho animado para crianças. Disponível em: https://www.youtube.com/watc h?v=T8oipUiBVR4&feature=youtu.be Ouriço-cacheiro Igualdade e Amor. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rHTEZNh QJP8&feature=youtu.be
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Educadora Karina Pimentel Bartosek Atendente Adriana dos Santos Nunes Cabral de Almeida Etapas II A e B
“Internautas da Natureza: Uma Conexão sem Barreiras entre Aluno, Família e Meio Ambiente” Iniciamos nosso projeto em março de 2020 proporcionando aos alunos o conhecimento sobre os mamíferos roedores. Começamos com um vídeo lúdico que retratou a história vivida pela personagem Ouriço que, devido aos seus espinhos, era rejeitada pelos outros animais, que se afastavam dela por medo de se machucar. Até que numa noite de Natal, deram a ele um presente que ao abrir, viu que eram espumas. Cada animal espetou uma espuma nos espinhos do Ouriço, dando a ele um abraço, criando um laço de amizade apesar das diferenças. Com esse vídeo, as crianças puderam compreender que somos iguais, independente das diferenças e ao mesmo tempo conheceram o ouriço-cacheiro. Infelizmente fomos acometidos por um vírus que afetou a todos nós: professores e alunos. O aprendizado à distância tornou-se algo inusitado, desafiador. Quando retomamos, fizemos essa interação via internet, com ensino remoto, por onde foi levado às crianças vídeos sobre o meio ambiente que especificaram as principais características dos mamíferos roedores da nossa região, como o ouriço-cacheiro, um animal que possui espinhos pelo corpo caracterizando sua defesa, os quais são dóceis e vivem em cima das árvores. Com isso, pedimos às crianças que fizessem um desenho relembrando o início do projeto que foi interrompido pela quarentena. Em um outro vídeo, foi proposto que o ouriço fosse representado com materiais como: papelão e prendedores. As crianças formaram a cabeça e usaram os prendedores para representar os espinhos. Assim, os alunos aprenderam também o nome do roedor de forma divertida, fortalecendo a linguagem oral. Uma outra atividade foi proposta para representar o ouriço, agora 36
usando batata e macarrão espetado na batata. Como a quarentena fez as famílias ficarem dentro de casa e tirou a rotina escolar das crianças, propus uma história em vídeo que envolveu o ouriço-cacheiro como a principal personagem, a qual ensinou a importância da coleta seletiva do lixo e a sua separação correta para facilitar a reciclagem. De forma lúdica, na história, a personagem não gostava de ver seu habitat cheio de lixo deixado pelas pessoas, por isso ele espetava cada tipo de lixo com seus espinhos e levava para as lixeiras indicadas por cores, separando e colocando cada um no seu devido lugar, ensinando assim a importância da separação correta para a reciclagem e transmitindo a mensagem de preservação da natureza. Esta atividade proporcionou a compreensão por parte das crianças e de suas famílias a separar produtos orgânicos e não orgânicos nas lixeiras, deixando assim, como ensinado pelo ouriço-cacheiro, nosso lar mais organizado e limpo e colaborando com a preservação da natureza por meio da reutilização desses materiais descartados. Foi proposto, também, um desenho sobre a história.
Ressaltamos o mamífero roedor cutia, um animal muito importante que ajuda na preservação das matas devido a uma de suas principais características: enterrar sementes. Esse roedor desenterra essas sementes em tempos de escassez e é considerado um importante dispersor de espécies vegetais. Aproveitando essa característica bem peculiar, foi proposta a atividade de plantio de sementes e sua dispersão, caso as encontrassem em parquinhos ou jardins, fazendo com que os alunos se tornassem dispersores como a cutia. Demos assim, a continuidade a uma outra atividade que envolvia raciocínio lógico como a contagem de sementes. Foi proposta também uma atividade de recitar a parlenda Corre Cutia ritmando-a com garrafa pet. 37
Para finalizar o projeto, foi apresentado o mamífero roedor preá, um animal de pequeno porte, que vive perto de rios e riachos e que constrói trilhas na mata para se esconder e se alimentar. A atividade proposta foi o áudio livro: As Pintas do Preá, ao qual as crianças fizeram a releitura da história através de um desenho juntamente com um jogo que utilizou materiais recicláveis, reforçando o conceito ensinado. Nesse jogo, foram feitos diversos túneis numerados de 1 a 10 com rolos de papel higiênico e a criança teve que passar o cadarço seguindo a sequência numérica e aprimorando seu raciocínio lógico. Tivemos um retorno excelente, com a ajuda dos pais e responsáveis realizando as atividades com as crianças e, muita das vezes, participando de vídeos e fotos, a parceria foi inesquecível. O objetivo desse projeto, desta forma, foi levar compreensão da questão ambiental à criança e à sua família, por meio de atividades que proporcionassem o envolvimento de todos. Ao levar esse projeto adiante, com vídeos e atividades relacionadas a esses animais, percebemos que houve um interesse muito significativo, proporcionando uma conexão entre pais e filhos, resgate de uma relação interrompida pela falta de tempo e do cotidiano com suas muitas exigências antes da pandemia. Referências: França, Mary & França, Eliardo. As Pintas do Preá. Coleção Gato e Rato. Editora Atica. 1997. 16p. Parlenda Corre Cutia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Okz41Yrxag8.
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Centro de Educação Infantil
" Profª Mirva Curi"
Instituto Anglicano de Botucatu Etapa I e Etapa II
Diretora Maria Beatriz Soares da Rocha Coordenadora Pedagógica Giovana Aparecida de Mattos Domingues
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Jéssica de Campos - Etapas I
“Trilha Encantada” Antes de entrarmos em quarentena, iniciamos o Projeto EMA em sala de aula conversando com as crianças que iríamos passear numa floresta.A partir daí, introduzi alguns interessantes moradores dessa floresta, como o ouriço-cacheiro, a capivara e o rato silvestre. Levei várias fotos de animais roedores e exploramos suas características. Fizemos uma votação para que as crianças escolhessem qual roedor gostariam de conhecer melhor e, o vencedor foi o “ouriço-cacheiro”! Conhecemos suas características, alimentação e habitat e, a partir daí, fizemos um desenho, utilizando barbante para representar seus espinhos. Com as mudanças ocasionadas pela pandemia da COVID-19, o confinamento social estabelecido e o fechamento das escolas, em abril, iniciamos as atividades através do ensino remoto. A partir do recebimento do vídeo enviado pela Escola do Meio Ambiente sobre a Trilha Encantada, retomamos as atividades do PROJETO EMA, enviando-o para os responsáveis com orientações para as crianças assistirem. Realizei assim a montagem da Trilha Encantada em um painel e gravei um vídeo, onde expliquei como era a Escola do Meio Ambiente e que, por conta da pandemia, iríamos realizar o Projeto EMA com atividades domiciliares. Revisei as informações sobre o ouriço-cacheiro e posteriormente introduzi o ratinho silvestre conversando sobre seu tamanho, peso, alimentação e habitat. Foram encaminhadas várias ideias de atividades aos alunos onde eles poderiam escolher quais realizar, usando a imaginação e utilizando os vários tipos de materiais que tinham em casa. No dia 05 de junho comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, e exploramos esse tema, pois considerei muito importante alimentar a consciência ecológica das crianças. Gravei outro vídeo, fortalecendo a importância do cuidar, respeitar e valorizar o meio ambiente e enviei atividades domiciliares que enfatizaram a importância da preservação da natureza e dos animais que compõem a fauna. Após receber os trabalhos domiciliares, realizei outro vídeo explicando aos alunos a importância das florestas, dos bosques, das matas e que, 40
nestes ambientes, existem muitas árvores, rios e uma grande variedade de animais. Como atividade, solicitei para os alunos confeccionarem árvores, utilizando o que tivessem em casa. Confeccionei um cartaz com árvores, usando folhas para representar a copa, desenhei os troncos com lápis de colorir e encaminhei para os alunos. Sugeri que cuidassem das plantas em sua casa e que as reproduzissem através de desenhos. As atividades foram feitas com muito carinho, capricho e atenção. Cada criança construiu sua árvore com muita criatividade. Essa foi a minha primeira experiência de participação no PROJETO EMA. Iniciamos presencialmente com muita animação, com o objetivo de irmos ao passeio já tendo algumas informações sobre os animais que iríamos conhecer na Trilha Encantada. As crianças ficaram muito motivadas e esperavam ansiosas o dia de visitar a Escola do Meio Ambiente! A pandemia trouxe mudanças imprevistas e fomos obrigados a nos adaptar à elas. No primeiro momento considerei difícil vencer o desafio do ensino remoto mas, a união e apoio da equipe me ajudaram a vencer as primeiras adversidades e, no final, surpreendi-me ao ver que, quando queremos alguma coisa, os obstáculos são superados e alcançamos resultados muito melhores do que imaginávamos. A participação dos responsáveis foi muito importante durante todo esse projeto à distância: sem a colaboração deles não teríamos alcançado os bons resultados obtidos. Isso nos fez perceber que podemos, sim, contar com o apoio da família e não subestimarmos sua ajuda quando dela precisarmos. Foi o envolvimento dos responsáveis e dos alunos que me motivou a prosseguir o trabalho de forma cada vez mais criativa, responsável e dinâmica. Termino o PROJETO EMA 2020 com meus alunos com a maravilhosa sensação do dever bem cumprido e com a certeza de que cada criança levará os ensinamentos para sempre em sua memória. GRATIDÃO é meu sentimento final. Referências: Árvore Jequitibá. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Jequitib%C3%A1 Fada Abaré, Linéia e Espantalho em: Aprendendo sobre os mamíferos roedores. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8-sul93-P3Q&t=85s Música Fadas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3tdlFwTnpvA&t=65s Ouriço-cacheiro. Disponível em: https://animais.culturamix.com/alimentacao/ourico-cacheiroalimentacao e https://www.pinterest.pt/amorim0095/ouri%C3%A7os/?autologin=true Ratinho silvestre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rato_silvestre Sugestões para criar a árvore. Disponível em https://br.pinterest.com/pin/539376492854941400/ Sugestões para criar o ratinho. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/483644447460277256/ Sugestões para criar ouriço. Disponível em: https://animais.culturamix.com/alimentacao/ouricocacheiro-alimentacao e https://www.pinterest.pt/amorim0095/ouri%C3%A7os/?autologin=true Vi...Vendo a EMA: Mamíferos roedores. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=sGq8EXvLek0&t=16s
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Rebeca Mioni de Souza - Etapas II
“Trilha do Jequitibá” Trabalhar a Educação Ambiental com as crianças desde a Educação Infantil é muito importante. Conscientizar os pequenos sobre a necessidade de cuidar e preservar a nossa natureza é garantir um adulto consciente e protetor da Terra Mãe. No mês de fevereiro, comecei a trabalhar o Projeto EMA com as crianças em sala de aula, elas estavam aguardando ansiosas o dia da visita na Escola do Meio Ambiente, pois seria o nosso primeiro passeio juntos. Iniciei a atividade contando que, logo, iríamos conhecer uma floresta e apresentei o nome da Escola do Meio Ambiente, explicando que lá tinham várias trilhas onde moravam vários roedores e que cada uma tinha seu nome, sendo a trilha que iríamos conhecer chamada de Jequitibá. Em seguida apresentei aos alunos o ouriço-cacheiro, comentando sobre a sua alimentação e suas características e, como atividade, fizemos o ouriço com barbante. Todos se empenharam em fazê-lo. Infelizmente, logo em seguida, começou a pandemia e não tivemos mais aulas presenciais e, para dar continuidade ao projeto resolvi preparar algumas videoaulas. Pesquisei no Youtube e em sites, e com o auxílio do vídeo da Escola do Meio Ambiente sobre a Trilha do Jequitibá, enviei um material para os responsáveis com a orientação de que as crianças deveriam assisti-lo para reiniciarmos o nosso projeto. Preparei um painel em EVA, colei árvores, fiz o ouriço, o ratinho silvestre e o esquilo, tudo para parecer uma floresta e chamar a atenção das crianças, despertando o interesse e curiosidade nelas. Também fiz cartazes com a figura de cada roedor , colei uma linha com a medida de cada bichinho para que eles tivessem uma noção do tamanho, pesquisei algumas atividades de como fazer o ouriço e o ratinho com diversos materiais como: rolinhos de papel higiênico, batata com palitos de dente, dobradura. Comecei a organizar a primeira videoaula. Na primeira videoaula, colei o meu painel na parede e comecei explicando que iríamos reiniciar o Projeto EMA e seria muito importante a participação de todos, inclusive dos responsáveis. 42
Comentei sobre a floresta, apresentei os cartazes com as características dos roedores, e pedi para a criança, junto com o responsável, criar o seu roedor. Apresentei os roedores com sugestões de como poderiam representálos e quais materiais usar: - Ratinho Silveste: máscara, com massinha e rolinho de papel higiênico; - Ouriço-cacheiro: máscara, batata com palito de dente; Em seguida, solicitei para cada criança enviar uma foto com o roedor confeccionado.
Foi gratificante receber as atividades e ver o empenho das crianças e das famílias envolvidas realizando o ouriço e o ratinho com tanta criatividade. Continuando o Projeto EMA, preparei outra videoaula. Dessa vez, seria explicando a trilha que iríamos conhecer. Como sugestão preparei uma árvore colocando folhas e pintei o tronco com lápis de cor. Expliquei que deveriam fazer uma ávore bem grande e pedi para todos enviarem suas fotos. Recebi trabalhos lindos e os responsáveis auxiliaram, fornecendo materiais que tinham em casa para as crianças. Trabalhei o projeto no mês de julho e foi maravilhoso ver o empenho de cada um, a ajuda dos responsáveis e a criatividade de todos. Percebi que eles aprenderam muito e de uma forma lúdica. Não há dúvidas de que o Projeto EMA 2020 por conta da pandemia ficou muito comprometido. Sem o passeio monitorado, que representaria um ponto de partida excepcional para a motivação das crianças, perdemos esse primeiro impacto positivo. Como decidimos no planejamento do 1º bimestre iniciar as atividades de apresentação dos bichinhos que iriam conhecer no passeio, conseguimos dar um ponto de partida em sala de aula. 43
A frustração da suspensão das aulas presenciais nos fez assumir o desafio do ensino remoto e nos colocar na busca de alternativas para que o Projeto EMA não se perdesse durante esse período tão dificultoso para todos. Difícil, mas não impossível. Buscando todos os recursos ao nosso alcance, levamos à frente nossa proposta de trabalho. Vencendo, aos poucos, os desafios que nos eram colocados, chegamos ao fim do projeto EMA 2020 com a convicção de que somos capazes e os resultados que obtivemos nos levaram a acreditar que as crises trazem sempre novos aprendizados e habilidades. Chegamos ao fim do projeto esse ano com o sentimento de gratidão por tudo o que aprendemos com a NATUREZA. Finalizei o Projeto EMA enviando aos pais e aos alunos um vídeo agradecendo a participação de todos. Fiquei muito orgulhosa de ser a professora dessa turma que foi exemplar nesse desafio! Referências: Árvore Jequitibá. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Jequitib%C3%A1 Fada Abaré, Linéia e Espantalho em: Aprendendo sobre os mamíferos roedores. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8-sul93-P3Q&t=85s Música Fadas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3tdlFwTnpvA&t=65s Ouriço-cacheiro. Disponível em: https://animais.culturamix.com/alimentacao/ourico-cacheiroalimentacao e https://www.pinterest.pt/amorim0095/ouri%C3%A7os/?autologin=true Ratinho silvestre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rato_silvestre Sugestões para criar a árvore. Disponível em https://br.pinterest.com/pin/539376492854941400/ Sugestões para criar o ratinho. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/483644447460277256/ Sugestões para criar ouriço. Disponível em: https://animais.culturamix.com/alimentacao/ouricocacheiro-alimentacao e https://www.pinterest.pt/amorim0095/ouri%C3%A7os/?autologin=true Vi...Vendo a EMA: Mamíferos roedores. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=sGq8EXvLek0&t=16s
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Centro de Educação Infantil
"Profª Rita Maria Valença Luz Borgatto." Etapa I e II (multisseriada)
Diretor Charles Duruoha Coordenadora Pedagógica Elba Godoy
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Valdirene Fernandes Alves - Etapas I e II
multisseriada
“O Desmatamento na Amazônia, uma Breve Discussão sobre o Momento Atual” Sabemos, por meio de informações disponibilizadas pelas mídias televisivas, jornalísticas, acadêmicas e digitais, que o desmatamento na Amazônia enfrenta seu pior período da história. Isso se dá por vários motivos distintos que se cruzam no que tange aos interesses geopolíticos e econômicos. Dentre suas causas principais, destacam-se: o aumento das atividades pecuárias, que fomentam a importação da carne brasileira; o desenfreado aumento da exploração dos recursos naturais da região Amazônica; e as grandes queimadas “ilegais” para extração de madeira. Nos últimos meses, acaloradas discussões referentes aos interesses políticos e econômicos que favorecem o desmatamento tiveram grande repercussão. Inúmeras tentativas de órgãos governamentais e não governamentais, do Brasil e do mundo, aparentam estar engajados em conter a devastação da Amazônia. Ambientalistas e cientistas de diversas áreas apontam para os impactos negativos, que vão desde o aquecimento global ao desequilíbrio da vida ecológica. Nesse período de isolamento social, a educação tem se preocupado em levar o tema das questões ambientais para os alunos com a finalidade de gerar a consciência da importância da preservação e manutenção da natureza. Uma das grandes preocupações foi desenvolver na criança um senso crítico de responsabilidade por suas ações, bem como incentivar o entendimento da importância de respeitar os ciclos da terra e de fazer uso consciente dos recursos naturais (água, alimentos, minérios, etc.). Percebi grande interesse e envolvimento dos alunos nas atividades propostas, pois, de forma lúdica, foi possível trabalhar questões de cuidados com o meio ambiente. 46
Os alunos interagiram com as atividades trabalhadas de forma dinâmica através de jogos, leitura de histórias, brincadeiras e atividades familiares levadas pelo ensino remoto. Os responsáveis foram envolvidos de forma sempre dinâmica, cabendo-lhes a função de apresentar as atividades aos seus filhos e de orientá-los no processo de compreensão do que estava sendo proposto. Especificamente ao tema desmatamento, buscamos propor atividades que explorassem as áreas verdes locais e a interação dos alunos e de suas famílias com elas, objetivando demonstrar os benefícios de se cuidar da natureza. Ressaltamos, também, os malefícios que podem ocorrer no meio ambiente ao explorá-lo de forma irresponsável e as consequências oriundas dessa negligência na vida humana e biológica como um todo, bem como os riscos iminentes de um futuro incerto. Por meio de um tema global, ou seja, o desmatamento na Amazônia, foi possível despertar nas crianças o interesse pelo ambiente do local onde vivemos. Referências: As Aventuras do Espantalho: Terra, nossa Casa Comum. Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=qJ93Psg0p0c&feature=youtu.be
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