Expediçþes:
Escola do Meio Ambiente
Natureza verde e amarela
Botucatu/SP 2014
O Núcleo de Desenvolvimento Humano auxilia a Diretoria Executiva no planejamento e execução das atividades educativas da Unimed. Seu foco é organizar e monitorar as ações de integração entre a Unimed de Botucatu e seus vários públicos: colaboradores, cooperados, prestadores de serviço, clientes e comunidade em geral. Em Botucatu as primeiras atividades do Núcleo de Desenvolvimento Humano voltam-se para a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável e por isso foi desenvolvida a parceria com a Escola do Meio Ambiente - EMA - da Secretaria Municipal de Educação. A Unimed de Botucatu já é certificada com o Selo de Responsabilidade Social desenvolvido pelo Sistema Unimed e também apoia a Fundação Abrinq. Além disso possui 5 programas sociais de grande alcance local, desenvolvidos pela AMUB - Associação da Mulher Unimed de Botucatu. São eles: SOMMAR, para o público interno da cooperativa; INTER@ÇÃO, para inclusão digital; VIDA ILUMINADA, para deficientes visuais; AMMA, para coleta de leite materno e ACREDITAR, apoio a projetos comunitários desenvolvidos para integração social através do esporte ou da cultura. A AMUB ainda realiza várias ações para atender as necessidades da sociedade botucatuense. No âmbito do Meio Ambiente busca a experiência da EMA para implementar ações que farão a diferença na qualidade de vida de toda a comunidade. Afinal, Saúde e Qualidade de Vida são valores cultivados pela Unimed de Botucatu. 2
Escola do Meio Ambiente: natureza verde e amarela Paz e Bem! Nesta publicação, apresentamos através de fotos a natureza verde e amarela encontrada na Escola do Meio Ambiente (EMA). Entre voos de borboletas e pássaros, ipês e cássias florescem ao longo do ano colorindo de verde e amarelo a vegetação da escola. Embora estejam distribuídas pelas páginas a seguir fotos de plantas nativas e cultivadas, nosso objetivo, neste ano de copa do mundo, é mostrar que o Brasil, mais do que o país do futebol verde e amarelo, é o país da biodiversidade vegetal e animal de todas as cores. Preservá-la deve ser missão de todo brasileiro. Como na edição anterior, as fotos se fazem presentes para que na Escola do Meio Ambiente a natureza continue perpetuando cores, sons e movimentos. É a nobreza da fotografia que, em Expedições, possui dois olhares (o meu e o da Sibele) num único contexto: valorizar a VIDA! Abraço fraterno,
Eliana Gabriel Diretora da Escola do Meio Ambiente
Rosa-amarela (Rosa sp.) perfumando a horta da Escola do Meio Ambiente. 3
Biodiversidade “Bio” significa “vida” e diversidade significa “variedade”. Então, biodiversidade ou diversidade biológica compreende a totalidade de variedade de formas de vida que podemos encontrar na Terra (plantas, animais, fungos, microorganismos...). A biodiversidade possui três grandes níveis: 1) Diversidade genética - os indivíduos de uma mesma espécie não são geneticamente idênticos entre si. Cada indivíduo possui uma combinação única de genes que fazem com que alguns sejam mais altos e outros mais baixos, alguns possuam os olhos azuis enquanto outros os tenham castanhos, tenham o nariz chato ou pontiagudo. As diferenças genéticas fazem com que a Terra possua uma grande variedade de vida. 2) Diversidade orgânica - os cientistas agrupam os indivíduos que possuem uma história evolutiva comum em espécies. Possuir a mesma história evolutiva faz com que cada espécie possua características únicas que não são compartilhadas com outros seres vivos. Os cientistas já identificaram cerca de 1,75 milhões de espécies. Contudo, eles estão somente no começo. Algumas estimativas apontam que podem existir entre 10 a 30 milhões de espécies na Terra. 3) Diversidade ecológica - As populações da mesma espécie e de espécies diferentes interagem entre si formando comunidades; essas comunidades interagem com o ambiente abiótico formando ecossistemas, que interagem entre si formando paisagens, que formam os biomas. Desertos, florestas, oceanos, são tipos de biomas. Cada um deles possui vários tipos de ecossistemas, os quais possuem espécies únicas. Quando um ecossistema é ameaçado todas as suas espécies também são ameaçadas. Por que a biodiversidade é importante? Qual é o valor de um metro cúbico de água liberado por uma floresta, por evaporação, que retorna em forma de chuva? Qual é o valor dos nutrientes acumulados nos troncos e nas cascas de árvores centenárias? Quanto vale um quilo de carbono que deixa de ser liberado para a atmosfera por estar estocado nas florestas? Quantas espécies ainda desconhecidas pela Ciência podem ser utilizadas na alimentação e produção de novos medicamentos? Se a maior parte da vasta extensão de vegetação nativa existente hoje fosse removida, além do desaparecimento de número enorme de espécies, a atmosfera da Terra passaria a ter muito mais gás carbônico, agravando o efeito estufa e o consequente aquecimento global. Portanto, a biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza por ser responsável pelo equilíbrio e pela estabilidade dos ecossistemas. Além disso, a biodiversidade é fonte de imenso potencial econômico por ser a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras, florestais e também a base da indústria da biotecnologia, ou seja, da fabricação de remédios, cosméticos, enzimas industriais, hormônios, sementes agrícolas. Portanto, a biodiversidade possui, além do seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo... Com tamanha importância, é preciso conhecer e evitar a perda da biodiversidade! José Luís Chiaradia Gabriel
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Vista geral da borda da floresta estacional semidecidual (Escola do Meio Ambiente).
Vista geral da borda da floresta paludosa (Escola do Meio Ambiente) com a floração do ipê-amarelo. 5
Vista geral da floresta contornando a Represa Prof. Jorge Jim (Escola do Meio Ambiente).
Espelho de água refletindo o verde e amarelo da Floresta Municipal Irmãos Villas Bôas (Escola do Meio Ambiente).
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São Francisco
Vinicius de Moraes e Paulo Soledad
Lá vai São Francisco Pelo caminho De pé descalço Tão pobrezinho Dormindo à noite Junto ao moinho Bebendo a água Do ribeirinho. Lá vai São Francisco De pé no chão Levando nada No seu surrão
Dizendo ao vento Bom-dia, amigo Dizendo ao fogo Saúde, irmão. Lá vai São Francisco Pelo caminho Levando ao colo Jesuscristinho Fazendo festa No menininho Contando histórias Pros passarinhos.
A estomalina (Tithonia diversifolia), também conhecida por margaridão ou girassol mexicano, foi introduzida no Brasil, sendo cultivada devido à beleza de suas flores. 7
A singela margarida-do-brejo (Leptostelma maxima) florindo no banhado da escola.
A vara-dourada (Solidago canadensis) é nativa da Europa e espalhou-se pela Ásia, América do Norte e do Sul. Na EMA é encontrada ao longo da estrada empedrada que dá acesso aos visitantes. 8
Embelezando a frente da sede da escola, os cachos amarelos da canafĂstula (Senna multijulga).
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Característica das florestas do estado de São Paulo: a araruva ou araribá (Centrolobium tomentosum).
Margarida-melada (Senecio oleosus). Cruz-de-Malta (Ludwigia tomentosa) Nativa do Brasil, é conhecida no sul florescendo intensamente durante o verão quente e seco deste ano. do país como arnica-da-serra. 10
Pau-tucano (Vochysia tucanorum), característica do cerrado onde o solo é ácido e com altos teores de alumínio.
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Chapéu-de-napoleão (Thevetia peruviana): arbusto de origem centro e sul americana, na EMA é encontrado no jardim próximo à porteira da escola. O fruto é do tipo drupa, formato subgloboso, como uma castanha com 2 a 4 sementes grandes e venenosas.
Ludwigia leptocarpa, encontrada em brejos e campos encharcados. Na EMA é encontrada nas áreas de banhado que circundam a estrada que dá acesso à porteira da escola. 12
Alamanda amarela (Allamanda cathartica). Essa espécie é nativa do Brasil, da região costeira do norte, nordeste e leste do país, sendo atualmente cultivada no mundo inteiro.
Macela-do-campo (Achyrocline satureioides): arbusto da flora brasileira, possui flores com aroma agradável, reunidas em inflorescências. É a planta medicinal símbolo do Rio Grande do Sul (Lei 11.858 de 05 de dezembro de 2012). 13
Ingá de folha peluda (Inga striata) iluminado pelo sol após intensa polinização de suas flores pelas abelhas.
Floração do ipê-amarelo (Handroanthus ochraceus) embelezando os dias de inverno no cerrado da Escola do Meio Ambiente. 14
Inflorescência do Picão (Bidens pilosa), herbácea de ocorrência no Brasil, apresentando capítulos em forma de botões amarelos.
As flores amarelas em meio às folhas e também o fruto verde da guiso-decascavél (Crotalaria anagyroides).
Flor do pequi (Caryocar brasiliense) atraindo polinizadores. 15
A touceira verde de bambu (Bambusa vulgaris) com seus colmos amarelados, um dos locais prediletos das brincadeiras do macaco-prego (Cebus apella).
O desebrochar do girassol (Helianthus annuus) no Espaço de Vivências Agroecológicas. 16
Em breve os frutos do caraguatรก (Bromelia pinguin) estarรฃo amarelos e prontos para o consumo dos animais, inclusive do homem. No pomar da EMA, as cultivadas: goiabas e abacates colorindo o cenรกrio de verde e amarelo.
Goiaba (Psidium guajava).
Abacate (Persea americana). 17
As inflorescências da erva-doce (Pimpinella anisum) que resultarão sementes as quais serão utilizadas nos chás servidos na escola. Os canteiros da horta da escola aqui representados pelo verde e amarelo das cucurbitáceas: pepino e abóbora.
Flor do pepino (Cucumis sativus). Flor da abóbora (Cucurbita moschata). 18
As Borboletas
Vinicius de Moraes
Borboletas brancas São alegres e francas.
Brancas Azuis Amarelas E pretas Brincam Na luz As belas Borboletas
Borboletas azuis Gostam de muita luz. As amarelinhas São tão bonitinhas! E as pretas, então Oh, que escuridão!
O pousar da borboleta amarela (Tegosa claudina) na larga folha verde. 19
Camuflando-se em meio as flores amarelas: Emesis russula.
Siproeta stelenes pousando junto às folhas e aos galhos próximo à Represa Prof. Jorge Jim.
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Visitando as flores da lantana (Lantana camara) do jardim da escola: Eurema arbela.
A primavera vermelha (Bougainvillea spectabilis) atraindo a Phoebis philea. 21
As Cores de Abril
Toquinho e Vinicius de Moraes
As cores de abril Os ares de anil O mundo se abriu em flor E pássaros mil Nas flores de abril Voando e fazendo amor O canto gentil De quem bem te viu Num pranto desolador Não chora, me ouviu Que as cores de abril Não querem saber de dor
Olha quanta beleza Tudo é pura visão E a natureza transforma a vida em canção Sou eu, o poeta, quem diz Vai e canta, meu irmão Ser feliz é viver morto de paixão
O colorido Tucano-toco (Ramphastos toco) apresentando seu amarelo-ouro exuberante. 22
Pousando na estomalina (Tithonia diversifolia) o casal de saí-andorinha (Dacnis cayana).
Pousando para a foto sobre um galho seco, o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus).
Mãos cuidando da vida: missão do Ser humano. Na foto acima, jardim da escola e vasos do Viveiro Pedagógico sendo cuidados, respectivamente, pelos auxiliares de serviços gerais, sr. Rildo e sr. Edmir. 23