Trilhar na Escola do Meio Ambiente Trilhar na Escola do Meio Ambiente tomou um novo rumo... Estamos educando para o sentir, para o cuidar e para o viver com sentido em cada momento de nossa vida. Através da sensibilização buscamos despertar em nossos trilheiros um vínculo amoroso com a Terra, não para explorá-la, mas para amá-la. Nosso objetivo com isso é a formação ecológica de nossos visitantes. Mas, para que essa transformação ocorra é preciso que todos compreendam que “intersomos” ou somos interdependentes na natureza. Daí a necessidade de, aqui, educarmos para uma vida solidária no planeta, porque a solidariedade não é hoje apenas um valor, mas uma condição de sobrevivência de todos os seres vivos. Sabemos que não aprendemos a amar a terra apenas lendo livros sobre ecologia. A vivência conta muito, com suas múltiplas formas de encantamento e de emoção, frente às maravilhas que a natureza nos reserva. Nosso desejo é que todos os visitantes da Escola do Meio Ambiente possam um dia, de coração, se expressar como o poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Sou um homem dissolvido na natureza. Estou florescendo com todos os ipês”.
Paz e Bem!
Eliana Gabriel
Sobre o trabalho desenvolvido pela Escola do Meio Ambiente “Um dos grandes desafios deste século é a construção de uma sociedade socialmente justa, em perfeita harmonia com um ambiente saudável. Em Botucatu, temos procurado fazer a lição de casa, priorizando os investimentos na melhoria da condição de vida das pessoas e desenvolvendo ações voltadas à preservação e educação ambiental. E os avanços que temos comemorado só foram possíveis por contarmos com espaços como a Escola do Meio Ambiente (EMA), uma de nossas jóias. Um local que todo botucatuense deveria conhecer. Um espaço de valorização da natureza, que nos enche de orgulho.”
João Cury Neto Prefeito Municipal de Botucatu
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Sobre nossa metodologia: A sensibilização ambiental ... Desenvolvida pela Escola do Meio Ambiente, a partir de sua própria realidade, essa metodologia tem como inspiração a simplicidade da natureza, a qual se encontra dissolvida nos pilares da escola (caminhos ecopedagógicos, vivências socioambientais e pesquisas). Konrad Lorenze, prêmio Nobel de Medicina de 1973, sabia que é na sensibilização dos sentidos que o pensamento começa. Ele advertiu que as esperanças da humanidade repousam em uma educação que deve ter a natureza como mestra. A Escola do Meio Ambiente tem buscado, através da utilização de uma metodologia específica, sensibilizar para a percepção da natureza que a constitui, com suas particularidades, biodiversidade, simplicidade e tudo o que ela pode nos ensinar. Embora respaldados pela ciência, através das pesquisas realizadas na área da escola, nosso objetivo não é o de transmitir conteúdos na área de Ciências Biológicas ou de qualquer outra disciplina específica, mas o de apresentar a nossa interdependência com a natureza. Para isso nos fundamentamos na ética de que não somos os únicos seres vivos do planeta, no resgate de valores, na transdiciplinaridade e na afetividade com a natureza. Pretendemos conquistar, através de singelas vivências, um vínculo amoroso entre nossos visitantes e a Escola do Meio Ambiente. Deve ser lembrado que ninguém será capaz de amar o que não conhece e ninguém será capaz de preservar uma natureza com a qual não convive. Assim, na EMA, tudo tem sido preparado com muito carinho e responsabilidade para que esse vínculo possa ser estabelecido. E o que queremos com o nosso trabalho? Que todos que por aqui passarem compreendam o valor de se educar para a vida, pela paz e pela solidariedade planetária. Afinal, o objetivo principal do método empregado pela Escola do Meio Ambiente é o de mostrar que, infinito é o valor da VIDA!
Eliana Gabriel e Equipe da Escola do Meio Ambiente
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Ensino Infantil
“ Aproveitar a natureza para desenvolver experiências alegres e divertidas para as crianças... Nós comungamos com a natureza diretamente pelo toque, olfato, paladar, visão e som.” Joseph Cornell
Trilha Encantada Realizada com alunos do Etapa I (4 anos) As fadas Alegria e Carinho recebem as crianças num cenário aconchegante onde contam histórias, ensinam canções, e, assim, acabam conquistando a confiança dos pequenos trilheiros. Juntos seguem para a floresta com uma missão: encontrar o pássaro azul, um brinquedo do amigo Espantalho, que fora perdido em uma de suas aventuras pela mata. Dentro da floresta chamam a criativa fada Esperança para ajudá-los em sua missão. Ela os acompanha no sinuoso caminho dentro da floresta, em busca do tal pássaro. Os pequenos brincam enquanto conhecem a casa das fadas, uma floresta cheia de encantamentos, pelas belas plantas e animais que vivem ali. Neste percurso, a luneta e o porta-retrato mágicos divertem os alunos com as múltiplas formas e cores da natureza. Assim, eles são incentivados a brincar juntos e a expressar valores fundamentais para a preservação da vida, como a amizade, o amor e o respeito. Realizados e com a sensação de missão cumprida encontram o amigo Espantalho, que fica muito feliz por terem achado seu brinquedo preferido. Como forma de agradecimento, o Espantalho oferece a eles um delicioso piquenique com frutas do seu pomar encantado. Em seguida, se divertem juntos enquanto plantam sementes no Viveiro Pedagógico da EMA. Num momento mágico onde o faz de conta se mistura à realidade, recebem, da Escola do Meio Ambiente, uma singela lembrança artesanal. Durante os momentos vivenciados, os brincantes se divertem e aprendem como é prazeroso o contato com a natureza.
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Trilha Indígena Realizada com alunos da Etapa II (5 anos) O entusiasmo com que os trilheiros chamam pela índia Potira marca o início desta trilha. É na sua oca, localizada na entrada da mata, que ela os recebe e ensina palavras de seu vocabulário, canta canções e mostra objetos e elementos que fazem parte da cultura indígena. A simpática índia pinta o rosto de seus novos amigos, assim, entram no clima da trilha que irão percorrer. No decorrer do caminho, os cinco sentidos são despertados para o reconhecimento da natureza e, é através de uma canção que os alunos aprendem um pouco mais sobre a vida das árvores. Em meio ao cenário proporcionado pela floresta, eles escutam uma sábia história indígena e aprendem palavras do vocabulário tupi. Ao se aproximarem de um pequeno riacho que corre pela mata, os alunos constatam que ali as águas do Ribeirão Lavapés são límpidas e abrigam muitos seres vivos. Curiosos, observam, nas proximidades do riacho, objetos feitos com argila. Ali, os brincantes também experimentam a sensação de manipular e dar forma a este elemento da natureza. Ainda na floresta brincam de balanço com a jiribana, corda presa à uma árvore. No Jardim Aromático da EMA plantam sementes e deixam no local as alegrias de cada um, além do aroma e do sabor de tudo o que foi plantado naqueles canteiros. Os pequenos finalizam suas vivências com o delicioso sabor da mandioca cozida, da cenoura e da beterraba cruas e do refrescante abacaxi.
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Ensino
Fundamental I
“Da janela do quintal podemos ver o mundo.� Moacir Gadotti
Trilha do Peabiru
Realizada com alunos do 1º ano (6 anos)
O auditório da Escola do Meio Ambiente torna-se o Reino de Aquilândia, palco da história de Botucatu. É ali que a bela Rainha, o preguiçoso Rei e a divertida Trombetina apresentam os encantos e os personagens desta história. Os indígenas se apresentam como os primeiros moradores da nossa cidade, e nos encantam com seus costumes, sua sabedoria e a beleza de sua relação com a natureza. Os tropeiros também marcam sua passagem, com suas longas e cansativas viagens. Com toda simplicidade, buscavam em Botucatu e Sorocaba o tão merecido descanso. Muitos acabaram encontrando um lar no aconchego da princesinha da serra. Assim, também contribuíram para a formação da cidade dos bons ares. Os imigrantes também tiveram papel fundamental na construção de nossa história! A sofrida viagem de navio, o esforço do trabalho na lavoura do café, ou mesmo no cultivo de terras inférteis. Essa diversidade de povos e culturas e a contribuição de cada um desses ilustres moradores de Botucatu fizeram a nossa cidade se modificar dia após dia, até se tornar o que é hoje! Num passeio pelo jardim de Aquilândia os alunos aprendem e se divertem interagindo com os personagens. Os pequenos príncipes e princesas de Botucatu pintam o que mais gostaram durante a visita e participam de brincadeiras. Dentro da floresta, sentem o delicioso aroma de café torrado, enquanto participam de um piquenique com todo reinado de Aquilândia.
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Trilha do Tatu Realizada com alunos do 2º ano (7 anos)
Os educandos adentram a mata em busca de um bem da natureza fundamental para a vida no planeta, a água. No decorrer do caminho, os diferentes tipos de vegetações, o cupinzeiro e as tocas de tatu (Dasypus novemcinctus) ali existentes, chamam a atenção dos alunos. No aconchego da floresta, encontram um personagem. Ele conta uma história que leva a refletir sobre a importância da água para todos os seres vivos. Num momento especial, percorrem vendados um pequeno trecho do caminho. Quando retiram a venda, se deparam com a belíssima paisagem da Mata de Brejo. Ali, a passagem pela nascente do Ribeirão Lavapés (curso d’água que atravessa o município) e, uma dinâmica simples com tecidos, facilitam a compreensão de como são formados os rios, ressaltando-se também a importância das matas ciliares. Enquanto brincam e se divertem, pendurando-se em uma corda, presa a uma das árvores da floresta, expressam aprendizados e sentimentos que os marcaram durante o caminho e, que, ficarão registrados na memória. Ao observarem e ouvirem a respeito de uma ibirá (árvore, em tupi-guarani) encontrada na trilha, podem compreender a importância e o valor de cada ser vivo. Os alunos saem da mata e conhecem um novo personagem, um violeiro que os ensina uma canção sobre os sons da natureza. Enquanto cantam, participam de uma vivência de desenho. Para repor a água no organismo, os brincantes partilham um lanche composto por deliciosas frutas aquosas servidas pela Escola do Meio Ambiente.
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Trilha do Jequitibá Realizada com alunos do 3º ano (8 anos) Os alunos iniciam suas atividades na EMA aprendendo sobre a cadeia alimentar através de uma divertida canção. Na entrada da trilha que irão percorrer, são apresentados ao Jequitibábranco (Cariniana estrellensis), árvore símbolo de Botucatu. Tocar este ser tão importante e valioso é um sinal de carinho e respeito para com todos os seres vivos. Iniciam o caminho e, utilizando o sentido da audição, descobrem o significado da palavra guira, ave em tupi-guarani. Brincando os alunos aprendem sobre algumas aves características do local. Mais adiante, num espaço acolhedor, encontram uma contadora de histórias. Ela conta, encanta e ajuda os alunos a perceberem a beleza e o valor de uma amizade verdadeira. Um grande tronco caído no chão da floresta evidencia que na natureza nada se perde, tudo se transforma. As águas límpidas e a vida no Ribeirão Lavapés, ainda na forma de um fio de água que corre pela mata, chamam a atenção dos participantes. A confiança e a sensibilidade são estimuladas através de uma brincadeira, em que um dos alunos é vendado para conhecer a exuberante copaíba (Copaifera langsdorfii), exercitando seus outros sentidos. Na saída da trilha a barriguda paineirarosa (Ceiba speciosa), com sua paina macia, desperta o interesse dos brincantes. Sentados à sombra das árvores, ilustram o momento que mais gostaram no decorrer do caminho. Os alunos encerram suas atividades saboreando um lanche, servido pela Escola do Meio Ambiente, durante um piquenique.
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Trilha do Sujão Realizada com alunos do 4º ano (9 anos) Para iniciar as atividades, antes de seguirem para a trilha, os alunos se divertem participando de uma dinâmica em que cada um recebe um nome indígena. Durante todo o percurso, enquanto caminham e observam o ambiente ao seu redor, escutam o som de um instrumento confeccionado por índios da tribo tupi. Em uma pequena clareira na mata, encontram a contadora de histórias, que de maneira singela ensina aos pequenos que cada um pode contribuir para fazer a diferença pela vida no planeta. Na toca do tapiti (Sylvilagus brasiliensis), aprendem sobre o simpático mamífero, também conhecido como coelho brasileiro e escutam uma história que mostra a diferença entre o nosso modo de vida e o dos indígenas. Fica evidente o nosso consumismo relacionado ao acúmulo de lixo e aos prejuízos acarretados ao meio ambiente, aos demais seres vivos e a nós mesmos. Um abraço na copaíba (Copaifera langsdorfii), grande árvore em destaque no caminho, simboliza o respeito pela natureza e por todas as formas de vida. A brincadeira na jiribana, corda pendurada em uma das árvores da floresta, é um desafio divertido para os alunos, que relembram o nome indígena que receberam no início da trilha. Ao encerrarem a caminhada na trilha participam de uma vivência de pintura, assim, podem expressar seus sentimentos e aprendizados, brincando com as cores. Encerram interagindo entre si e com os professores, enquanto saboreiam um suculento abacaxi e uma deliciosa raiz, a batata doce.
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Trilha Agroecológica
Realizada com alunos do 5º ano (10 anos)
As experiências dessa trilha são desenvolvidas no Espaço de Vivência Agroecológica da Escola do Meio Ambiente. Para chegarem até o local, os alunos percorrem um caminho dentro da mata, onde observam a natureza e aprendem sobre a ciclagem de nutrientes e a manutenção da floresta. Quando chegam ao espaço onde ocorrerão as atividades da trilha, são recebidos no Auditório da Natureza. Ali escutam uma canção e uma envolvente história que ensina a importância de se respeitar todos os seres vivos. Para compreenderem e praticarem alguns conceitos agroecológicos, os alunos são divididos em três grupos: Anelídeos, Caxinguelê e Saúva Os participantes do grupo Anelídeos aprendem que com três ingredientes básicos: o esterco bovino, o lixo orgânico da cozinha e a palha, podem produzir um adubo de excelente qualidade para o cultivo das hortaliças. O grupo Caxinguelê utiliza esta terra fértil para plantar hortaliças, imitando a natureza, sem o uso de agrotóxico. Os alunos do grupo Saúva, colhem os alimentos fresquinhos, lavam e temperam, preparando o lanche da turma toda de forma divertida e carinhosa. Todos se reencontram para uma conversa descontraída, partilhando suas experiências. Com uma canção indígena agradecem o alimento que irão receber e, em seguida, saboreiam um lanche natural com folhas, raiz e frutos. Tomam, também, um caldo de milho para complementar a reposição de energias. Para encerrar, registram as experiências mais marcantes através de um desenho.
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Ensino Fundamental II
“O educador ambiental é como uma estrela no sentido de alimentar esperanças e motivar realizações” Extraído da Metodologia da EMA
Trilha da Água Realizada com alunos do 6º ano (11 anos)
Os alunos adentram a floresta e logo recebem seu primeiro desafio, relatar, em forma de desenho, o que imaginam encontrar na trilha. Num lugar aconchegante escutam a história do cavaleiro e seu gavião. Ela deixa uma mensagem e ressalta o valor da água para todos os seres vivos e a importância de sua preservação. A turma é então dividida em três grupos, e cada qual estudará um dos ambientes da EMA onde há água e, portanto, vida. O grupo Nascente segue para a floresta paludosa, onde encontram a nascente do Ribeirão Lavapés. Ali observam suas características e a importância de se preservar o berço das águas, fonte de vida no lugar. Na represa do Ribeirão Lavapés o grupo aprende sobre bacias hidrográficas e sobre a formação da represa. Com o auxílio de uma peneira podem observar pequenos seres vivos existentes ali. Paralelo à represa, num canal com água temporária o terceiro grupo estuda os animais e plantas do lugar. Os pesquisadores da vida se reúnem novamente e levam consigo as informações aprendidas e o material coletado em seu local de estudo. Numa conversa informal os participantes de cada grupo trocam experiências e aprendizados. Fica evidente a importância de cada ser vivo e a inter-relação entre eles e o ser humano. Os alunos encerram as atividades na EMA ouvindo músicas relacionadas ao tema enquanto recebem um lanche natural.
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Trilha da Biodiversidade Realizada com alunos do 7º ano (12 anos) A turma deixa sua marca na Escola do Meio Ambiente semeando nova vida, com o plantio de uma árvore e a revoada de sementes. Em seguida os alunos são divididos em dois grupos. O grupo Bio segue em busca da vida e da beleza escondida no bioma cerrado. O grupo Diversidade vai a procura das diferentes formas de vida que habitam e caracterizam a floresta estacional semidecídua. Munidos de instrumentos usados por pesquisadores (armadilhas, lupa, binóculo, tesoura de poda, saco de coleta) iniciam a caminhada e as descobertas... Na floresta estacional semidecídua o grupo Diversidade desvenda o significado do nome que caracteriza essa vegetação. Os alunos se encantam com a beleza da paineira-rosa (Ceiba speciosa), do jequitibá-branco (Cariniana estrellensis) e da copaíba (Copaifera langsdorfii). Para estudar a fauna do local, preparam armadilha de solo e observam, com binóculos, nos galhos das árvores, inúmeras aves. No remanescente de cerrado existente na área da EMA, o grupo Bio observa o tamanho da vegetação. O sol quente que incide no local, pode ser sentido pelos educandos que, atentos, utilizando uma lupa, pesquisam as caracteristicas e adaptações das plantas. O solo seco e arenoso esconde as raízes profundas, que buscam água e sais minerais que nutrem a vida existente ali. As tocas, flores e frutos encontrados no caminho evidenciam a presença de animais que habitam este rico bioma. O reencontro da turma ocorre dentro da mata. Em um lugar aconchegante escutam uma história que estimula a reflexão sobre a postura do ser humano em relação às demais formas de vida. Os grupos relatam suas experiências e compreendem a relação delicada de interdependência que há entre todos os seres vivos. Ainda em meio a esta belíssima paisagem, os educandos se sensibilizam enquanto escutam uma canção. O inestimável valor da biodiversidade também é expressado nas diferentes texturas, aromas e sabores das frutas compartilhadas por todos no final da trilha.
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Trilha da InterAÇÃO Realizada com alunos do 8º ano (13 anos)
A turma é recebida pelos monitores e logo é dividida em cinco grupos (Coração da Floresta, Terra, Fogo, Água e Ar ) Cada qual irá conhecer melhor as características, os animais e as plantas de um dos diferentes ambiente existentes na área da EMA (floresta estacional semidecídua, floresta paludosa, cerrado, represa do Ribeirão Lavapés e espaço de vivência agroecológica). Para desvendar as particularidades de cada ambiente, os educandos participam de várias vivências que têm como objetivo principal despertar neles uma postura investigativa, buscando-se um novo olhar para a natureza. Após as vivências realizadas, os alunos se reúnem novamente e, num clima de descontração, partilham as experiências e os aprendizados com os demais grupos. Essa produtiva reunião ocorre no Espaço de Vivência Agroecológica da EMA, onde também ouvem uma história que os leva a refletir sobre o valor da humildade e a importância da união quando se quer resolver um problema comum a todos. Encerram as atividades com um piquenique, saboreando folhas, raízes e frutos.
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Trilha do Reconhecimento Realizada com alunos do 9º ano (14 anos)
Na entrada da trilha uma cortina estampada contrasta com a paisagem e chama atenção dos alunos. Curiosos tentam avistar o que há por traz de tal cortina, espiando através de pequenos furos existentes nela. A cortina se abre, agora observam o lugar com mais nitidez, então os alunos, que são os protagonistas desta história, seguem caminho floresta adentro. Na primeira parada da trilha, dentro da mata, participam de uma dinâmica simples e através dela podem perceber que possuem muitas coisas em comum. Assim fica claro que, apesar de suas diferenças, há algo que os une, fazem parte do mesmo grupo, partilhando gostos, dificuldades e interesses de uma mesma fase da vida comum a todos, a adolescência. Uma história sobre a vida no planeta Terra deixa uma mensagem e permite que os alunos reflitam sobre a importância de todos os seres vivos e sobre o futuro da nossa espécie. Na floresta de brejo ocorre um momento de profunda interação com a natureza. Sentir-se terra, água, ar, sol, planta e animal, possibilita que os alunos se aproximem mais daquele ambiente, e reconheçam o valor de cada ser vivo do lugar. Em meio às belezas da floresta, numa vivência musical, os sons da natureza se confundem com a musicalidade que podemos tirar do nosso próprio corpo. Num momento descontraído, uma divertida encenação mostra que a vida deve ser tratada com respeito. Ainda neste clima, expressam, através de um desenho coletivo, sentimentos e aprendizados. As atividades são encerradas num momento de interação entre professores, monitores e alunos com um lanche natural.
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Ensino Médio “Enxergar além é ter a sensibilidade de se observar que das nossas atitudes de hoje dependerão as futuras gerações!” Extraído da Metodologia da EMA
Trilha do InterSER com a Natureza Realizada com alunos do 1º, 2º e 3º anos (15 a 17 anos) Para percorrer este caminho de sensibilização os educandos são convidados a contemplar as belezas que a natureza nos proporciona gratuitamente. Logo no início da trilha, num momento de relaxamento, os encantos do lugar são traduzidos em som. Uma reflexão leva ao entendimento da palavra, até então desconhecida, InterSer. Os estudantes compreendem que não podemos viver sozinhos, somos interdependentes e vivenciamos todos os dias o significado desta palavra. Na floresta paludosa podem observar e se imaginar como uma das árvores existentes ali. A beleza e o valor da vida que pulsa no lugar, silenciosamente, tocam o coração do trilheiro. Ainda na mata, os alunos montam juntos um quebra-cabeça. A imagem formada traduz a interdependência entre os seres vivos. Esta atividade mostra também a importância de cada um deles em sua turma e da união de todos. No auditório da EMA uma história revela que, independente das dificuldades, vale a pena se lutar para realizar nossos sonhos, e que estar mais próximo da natureza revigora o corpo e a alma. Nos desenhos de cada um, ficam registrados os momentos vivenciados. A turma repõe as energias com um lanche a base de frutas, encerrando, assim, as atividades na EMA.
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Outros Públicos “O papel do sujeito ecológico é semear o belo, não só o estéticamente belo, mas o belo do agir, do querer, do fazer, do sonhar...” Extraído da Metodologia da EMA
Caminho de Reverência à Vida
Realizada com o público adulto
Antes de adentrarem a trilha, por meio de uma conversa descontraida o grupo pode perceber que, constantemente, quando mergulhamos nos problemas gerados pela correria do dia a dia e nos sentimos esgotados, buscamos descanso junto à natureza. Ao entrarem na trilha, são convidados a vivenciar verdadeiramente o momento de paz em meio à tantas belezas. Enquanto caminham com os pés descalços, deixam suas marcas e sentimentos, renovando suas energias na fonte: a natureza. Com os olhos vendados e guiados pela confiança no próximo, a percepção da natureza ganha outros sentidos, evidenciados pelo cheiro, pelo som e pelas texturas deste ambiente. Quando retiram a venda, se deparam com a paisagem majestosa da Mata de Brejo. Ali, durante um exercício de respiração, podem sentir o frescor e o ar puro do lugar. Ao inspirá-lo, acalmam o corpo e a alma e, tranquilizados, ao expirarem estampam um bonito sorriso no rosto. O movimento e o som das águas da nascente do Ribeirão Lavapés, trazem a tranquilidade e a paz que somente a simplicidade da natureza pode nos proporcionar. Através de um exercício simples é resgatada a importância do olhar e de se olhar nos olhos, para que sejam resgatadas relações de amizade e de respeito entre as pessoas. A partir do olhar pode surgir naturalmente um sorriso, uma palavra, um abraço, ou uma vontade de agradecer e reverenciar a vida que existe naquele lugar. Este momento torna-se ainda mais belo com uma revoada de sementes. Deitados sobre tatames, estendidos no chão da floresta, os trilheiros podem ainda constatar como somos pequenos diante da grandiosidade da natureza que compõem aquele cenário. Neste momento se imaginam como pássaros livres sobrevoando aquela área, assim relembram tudo o que foi vivenciado desde a chegada à Escola do Meio Ambiente. Sensibilizados, depositam na caixa de emoções da trilha, palavras que expressam o que estão sentindo após percorrerem este caminho tão especial e se despedem do lugar tateando com os pés as diferentes texturas da natureza. Uma dança circular seguida de um lanche, preparado com muito carinho encerram, emocionadamente, as atividades do grupo.
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Para Finalizar...
“A Escola do Meio Ambiente está localizada num lugar que eu chamo de ‘cantinho do céu’. É uma riqueza dentro da Secretaria Municipal de Educação, a qual tem nos ensinado o quanto podemos melhorar como cidadãos, formando crianças e jovens, como também envolver a comunidade na preservação do meio ambiente.”
Prof. Narcizo Minetto Júnior Secretário Municipal de Educação de Botucatu
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