Paroles 13

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Paroles 

DÁDIVAS SÃO PARA OS MAUS E EDITORAL DA EDIÇÃO NÚMERO 13 ..................... 1

 CASAS BAHIA, UMA RESENHA DA PALESTRA NA SEMANA DE TECNOLOGIA UNINOVE VILA

 CRONICAMENTE VIÁVEL, ANÁLISE DO ENCONTRO COM VERÍSSIMO NO CCBB E RESENHAS DE CINEMA ...... 2

 UMA CARTA AO SOM DO EMOCORE, RELATO SINCERO E VERÍSSIMO, OS NOMES, NEM TANTO ............................. 5

MARIA ........................... 3  UTILIZANDO 100% SEU PALM. UM GUIA DE JOGOS

editorial

NESTE PRIMEIRO VOLUME DA SÉRIE .............................. 6

Paroles 13. Edição feita em tempo record, quatro dias, com quantidade de páginas record, seis, entrando no quarto mês e com recorde de participações: Cristiane Lisboa, Fabio Andrade, Marcos Claudino. Sem saberem que estão aqui: André Dahmer e Lílian Cunha, da IstoÉ Dinheiro. Temas diversos, cronicas, resenhas, filmes e Palm. E não pára de crescer. Quer contribuir, sem problemas, manda, leio e publico. Quer saber as novidades da Apple desta edição? Tá aqui também. Só não vale pular páginas, ok? Para continuar recebendo o jornalzinho não faça nada. Se quiser pode escrever-me dizendo que gostou, pode mentir também, não me importa, para sair, basta ir para Jerusalem e banhar-se no rio Jordão. emanuel.campos@gmail.com

dádivas são para os maus... Dádivas são para os maus Nunca fui boazinha. Jamais tive classe ao me levantar de tombos. Normalmente sangro ao vivo e, quando não quero, erro todos os passos e esqueço onde fica a saída. Tenho um coração burro, erro todas receitas, esqueço as datas, quebro os saltos e meu perfume sempre acaba quando não posso comprar mais. Cortam a luz porque não sei onde está o boleto. Quando acho, não foi pago. Os livros andam pela casa sabe-se Deus como. Gasto o que não posso em calcinhas que não uso porque sou alérgica a rendas. Tenho pesadelos. Aliás, sou péssima companhia noturna, porque dou risada sozinha, ando pela casa, falo, escrevo, leio, tenho acessos de tosse e meus pés são um gelo. Semanalmente, quebro todos os copos da casa. Acidente. Mudo os móveis de lugar quase todos os dias e tenho certo fascínio por pregos e martelos. Juntos. Sou birrenta, chata, cabeça dura. Não peço desculpas, não dou o braço a torcer e muito menos forço sorrisos. Mesmo assim, em um fim de tarde destes encontrei o Chico Buarque. E o abracei. E ele beijou levemente o local que fica entre meu lóbulo esquerdo e o começo do pescoço. Hum-hum. Cristiane Lisboa tem um blog, uma proza lírica e linda e uma editora, assim, gente como a gente, sabe? Acesse e veja: HTTP://CRISTIANELISBOA.ZIP.NET/ E HTTP://WWW.EDITORAFINAFLOR.COM


cronicamente viável *By Marcos Claudino. Muita gente, até demais. Eu, todo feliz, pensando que os assistiria bem de perto. Que nada, um auditório equipado com um telão, aos que não chegaram a tempo de apanhar uma senha para o auditório principal. O amigo Emanuel ficou de fora, chegou atrasado, mas adoraria, tenho certeza... Espaço Cultural Banco do Brasil, rua XV de Novembro, São Paulo, capital. Debate sobre humor em crônicas e cartoons. Paulo Caruso e Luiz Fernando Veríssimo, mediados por Marcelo Rubens Paiva, falaram durante pouco mais de uma hora sobre suas carreiras, suas leituras, seu trabalho, sua maneira de criar, aspectos de suas histórias. Antes do início, compareceram pessoalmente ao auditório onde eu me encontrava, para uma breve saudação, um carinho, um agrado, um quindim. Caruso, lógico, solta mais uma, ao informar-nos que não eram eles, pessoalmente, que se encontravam ali, mas uma imagem holográfica tridimensional. Uma leitura de uma crônica de Veríssimo, outra de Paiva, ambas interpretadas por atores, e a apresentação de alguns trabalhos de Caruso num telão. Algumas perguntas de Paiva aos dois, aspectos pessoais, atualidades, novas gerações que vêm surgindo, seus inspiradores, introduzindo o espectador no universo abordado.

CINEMA

Caruso tomou conta do evento. Falava muito, sempre com propriedade e acidez humorística. Interrompe as falas dos outros dois, sempre para apimentar ou satirizar. Cada resposta é mais longa, para nosso deleite. Paiva, o mais humano de todos. Perto dos gênios, uma pessoa quase normal. Confessa-se inexperiente no assunto, alguns pitacos simples, uma ou outra tentativa frustrada de comparação, impossível claro, de seu trabalho com os demais. Perguntas da platéia, um orgulho ao ver minha pergunta respondida pelo LFV, uma espectadora pergunta ao mesmo as previsões para o signo de virgem para o dia seguinte, e chegamos ao fim. Ao final uma impressão. Não se ensina ninguém a ter talento, trabalha-se o próprio, quando ele existe. Desenvolvem-se técnicas, abordagens e ângulos inversos, mas sobre algo que já existe, nunca do acaso.

O que você faria? Filme de produção conjunta Espanha/Argentina, narra a saga de sete profissionais que vão brigar por uma única vaga, numa dinâmica de grupo muito singular: eles se descobrem trancados numa sala, onde, através de um computador são propostos testes e aquele que o grupo escolher após o teste, deve sair da sala. O filme é insano, excelente, cheio de reviravoltas e difícil de torcer por um deles do começo ao fim, e isto é tudo que posso dizer desta peça que se passa, ao longo de quase todos os seus 90 minutos, dentro daquela sala, exibindo o pior do ser humano quando aguerrido à competição. Só em três salas da capital paulistana, infelizmente.

Marcos Claudino, sempre aprendiz. marcos.claudino@sptrans.com.br

Veríssimo, tímido e sagaz. Fala pouco. Pensa mais do que fala. Prepara melhor as falas, por conseqüência, os escritos. Tiradas bem humoradas, arranca gargalhadas ao contar que já escreveu até horóscopo em jornal. Marcos Claudino é profissional de contabilidade, escrever para uma infinidade de sites, entre eles, http://www.simplicissimo.com.br.

Novo s iP O D ’s A feira anual utilizada pela Apple para exibir suas novidades, este ano, deixou seus fãs desapontados. Esperava-se um iPOD vídeo com tela maior e tela de toque, esperava-se novo Hardware de iMAC ou um MacOS Leopart expondo todas as suas pintas, mas o que se viu foi uma n ova fam ília d e iP O D ’s, com mudanças lhufas da anterior. Um iPOD vídeo de 60Gb, um novo iPOD shuttle que prende na cintura, como se fosse uma presilha, e um iPOD nano com mais capacidade. O maior desafio da Apple, depois da revolução que causou, será reinventar-se anualmente para esta feira.


Semana de tecnologia na UNINOVE:

Palestra: Samuel Klein & as Casas Bahia Emanuel Campos Michel Klien chega a faculdade aclamado como a palestra da semana de tecnologia, a mais importante. Na chegada movimento para fila de inscrição, muitos segurança e filas. Borburinho acima do normal na platéia cheia. Logo sobe Klien com sua ajudante anunciando: palestra rápida, meia hora e depois espaço para perguntas. Ao som da voz do Fernando, coordenador do curso de Marketing das unidades Vila Maria e Barra Funda, o povo silência-se, Michel Klie limpa a garganta e começa sua palestra com um pequeno quis, perguntando ao público quantos funcionários as Casa Bahia têm, quantas lojas eles têm e afins. Ao som de suas risadas e dizers: "acho que vocês nâo leram o livro, heim?", aos felizardos que se aproximavam das respostas corretas, livros eram distribuidos. Michel Klien ainda aproveitou o momento para dizer, escondendo a mão esquerda, sobre os livros que ele deu à biblioteca, para garantir que todos os estudantes poderiam ler seu livro. Após o panes et circencis, começou a palestra realmente dita. A princípio com voz embargada, aparentemente demonstrando emoção, Klien confessa não ter feito esta palestra para uma faculdade e que estaria mesmo muito emocionado. Os primeiros slides, que mostrariam aquilo tudo que o livro já diz, seguiriam ainda com a voz ao som de motor dois tempos, dada a suposta emoção de sua voz. Hoje as casas Bahia têm 530 lojas no Brasil, concentradas fundamentalmente na região central, sudeste e sul, presente em oito estados ao todo. Mais de 52.000 funcionários agradecem os carneristas, devido à política de verticalização da fábrica de móveis, frota de caminhões e montadores dos móveis, além ,é claro, dos vendedores e administração da rede. Michel também lembrou neste momento de como seu pai começou, com "apenas " seis mil dólares que comprou uma cartela de 200 clientes de um mascate, aos quais vendia roupas de cama, artigos de banho, já no sistema de carnê, onde nos meses seguintes ele passava cobrando as dívidas. O livro nos mostrava depois que com os lucros ele compraria em São Caetano do Sul a primeira "Casa Bahia", que inclusive faz capa ao livro. A casa tem esse nome por objetivar o público nortista que trabalhavam na smontadoras do ABC. Na seqüência, Klien daria os nortes institucionais das Casas Bahia: MISSÃO: Realizar o sonho dos nossos fregueses por meio do acesso facilitado ao crédito e de rática de um modelo de gestão focado na solidez no negócio, no respeito e na dedicação total aos colaboradores: clientes, fornecedores e

parceiros. VISÃO: Ser uma empresa de atuação e reconhecimento mudial que atenda as necessidades das classes populares em mercados onde o nosso modelo de negócios seja aplicável. VALORES: Simpatia, respeito, dedica;áo, dignidade, responsabilidade, inovação (e outras três dúzias de bons adjetivos aleatoriamente expostos). BASE DE CLIENTES: 1953 – 800 2003 – 12.000.000 2004 – 14.000.000 2006 – 26.000.000 O salto no final de 2004 foi atingido através de parcerias como Bradesco, abrindo 100 lojas e gerando mais de 20.000 empregos. Hoje são 530 loas, da base de clientes, 13.000.000 circulam diariamente pelas lojas para pagamento de seus carnês. Entre os funcionários, o turn over gira em torno de apenas 1% e hoje eles têm 55.851 funcionários. São filosofias de Samule Klien, presidente e fundador da rede: “Fazer o p o ssível para minimizar o sofrimento e tratar tod os os cid ad ãos com o seres h u m an os”. “O créd ito é u m a ciên cia h u m an a, n ão é exata”. 70% dos clientes hoje vêm do mercado informal e as Casas Bahia tem acesso a 40% dos lares de baixa renda das regiões onde atua segundo pesquisa BoozAlen 2004. PARCERIAS ESTRATÉGICAS: As Casas Bahia criaram um curso de formação e Reciclagem de analistas de crédito, já foram treinados 5.037 funcionários em técnicas como: verificar se o juiz que assina o RG do candidato ao crédito de fato era juiz daquela vara naquela época. Tem mais crediaristas que o maior banco do Brasil, 25% financiado pelo próprio parceiro, o banco Bradesco e o resto foi obtido com recursos próprios. A parceria com o Bradesco foi estratégica pelos seguintes fatores: - lançado em 2005, na MegaLoja de final de ano, hoje tem 630.000 unidades de cartões, com ativação das contas em 65% destes. Previsão de chegar a 3.000.000 de unidades em um ano com características especiais: limite diferenciado para compra nas Casas Bahia e compras em outros lugares, 24 meses para pagar com juros fixo em 3.5%;

- As Casas Bahia e seu modelo de crédito foi objeto de pesquisa da Michigan Business School como Benchmark no mercado de baixa renda; - Exemplo de estudo de crédito para a Comissão sobre o Setor de Crédito Público; INOVAÇÕES: Michel Klien mostrou aquilo que o Saraiva já h avia m ostrad o com seu H ab ib ’s, ain d a q u e o mercado insista em dizer o contrário, a verticalização é o melhor canal, assim como o Habib`s era dono de todos seus fornecedores, as Casas Bahia são donas da fábrica de móveis Bartíria, da frota de caminhões que faz as entregas pelo Brasil (num raio de 2000km de cada Centro de Distribuição, para garantir a entrega em até dois dias) e os montadores, segundo Michel Klien, também seriam próprios. Falando em Centro Distribuição, as Casas Bahia para serem auto suficientes em logística e cumprirem a promessa da entrega em até dois d ias, tem seis C D ’s g ig an tescos esp alh ad os pelos estados que atuam: Jundiai, Ribeirão Preto, Betim, São Bernardo do Campos e os novos Duque de Caxias e São José dos Pinhais (PR). Outra inovação é a ampliação do foco de publico, ao chegar em shoppings as Casas Bahia passaram a atender também as classes B e parcela da A, com seus produtos novos e o evento de final de ano, as Super Casas Bahia, que também servia como laboratório para testar a aceitação de novos produtos dos fornecedores. O tícket médio deste mega evento foi de R$ 460,00. A CB é ainda o maior anunciante privado do País, gastando por volta de R$ 30.000.000,00 por mês em todas as mídias possíveis, a agência que cuida de suas propagandas é a YankRugbe, do Justos. Apesar de não vender pela internet, Michel Klien falou que a empresa já tem um site pronto e aguarando a oportunidada mais viável ou alteração nas leis, isto por que, em primeiro lugar, a filosofia de seu pai não é aplicável pela internet, não se olha nos olhos para dar crédito, nem se entrevista, através da internet. Legalmente falando, também não se assina nada pela internet, apesar dos diversos sites de venda que existem hoje. Para contato com as Casas Bahia: comunicacao@casasbahia.com.br.


Do site da revista Isto É dinheiro*

Casas Bahia refaz as contas By Lílian Cunha O comércio varejista brasileiro vive de ciclos. Na década de 90, com o Plano Real, houve a entrada das classes mais pobres no mercado consumidor. Elas ganharam poder aquisitivo e saíram às compras. No final daquela década, o varejo deu um jeito de segurar esses consumidores, vendendo caro, com juros altos, mas em suaves e inúmeras prestações. A Casas Bahia foi, nos dois casos, pioneira. A rede de Samuel Klein foi uma das primeiras a dar mais atenção aos novos consumidores da classe C e também a parcelar compras em 12, 24, 36 meses. Nos anos seguintes, outras redes, como Ponto Frio e Lojas Americanas, seguiram o exemplo. Em 2004 e 2005, o varejo todo, até mesmo pequenos lojistas, entraram para o mundo da compra financiada. Mas esse ciclo chegou ao fim. Com tanta oferta de crédito, a parcela mais pobre da população – que lotava as lojas em busca de eletroeletrônicos – agora está saturada de dívidas e deixou de comprar. E deve ficar afastada do consumo por algum tempo. Por isso, a Casas Bahia resolveu mudar. Os primeiros passos para uma nova Casas Bahia – que agora está bem mais focada na classe média que nas populares – foram dados há pouco meses, quando a companhia inaugurou, em São Paulo, seu primeiro call center, com 400 pessoas. A idéia é reforçar as vendas por telefone e ensaiar a entrada da rede – hoje com mais de 500 lojas e 54 mil funcionários – na internet. "Ter loja está caro demais", diz o professor da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro Ulysses Reis, também consultor da Treinasse Soluções em Varejo. Ele explica que, com a queda nas vendas causada pelo endividamento do consumidor de baixa renda, fica difícil arcar com os custos de funcionários, treinamento, estoque, impostos, segurança e até iluminação. Portanto, a Casas Bahia está no caminho certo. A rede teve uma forte diminuição no ritmo de vendas no primeiro semestre deste ano. Os resultados foram 5% menores que no mesmo período de 2005. Por isso, a empresa refez seus projetos e decidiu reduzir lojas e funcionários. Os planos para abrir 100 novas lojas até dezembro ficaram para trás. Após a revisão dos cálculos, a companhia optou por abrir 70 pontos, sendo 32 já inaugurados. Adiou as demais para 2007. A meta inicial de faturar R$ 13,5 bilhões – 17,4% a mais do que em 2005 – baixou para R$ 12 bilhões. Há algumas semanas, um corte de dois mil funcionários foi anunciado e a inadimplência subiu um ponto porcentual. A empresa não passava por tamanho enxugamento desde 2001, o ano do apagão. Diante desse cenário, a Casas Bahia e todo comércio varejista devem seguir a tendência adotada já há algum tempo pela rival Magazine Luiza: mudar o foco das vendas. A classe média e a média-baixa, mais amigas de canais eletrônicos de venda, tornaram-se o alvo do momento. Com seus quiosques de venda eletrônica montados nas lojas, o site e as lojas virtuais, o Magazine Luiza destoa do resto dos concorrentes, que choram a queda nas vendas. A rede de 350 lojas, 50 das quais virtuais, comemora os bons resultados do site, responsável no ano passado por 10% do faturamento da empresa, que deve fechar o ano com faturamento de R$ 2 bilhões, 42% a mais que o R$ 1,4 bilhão do ano anterior. No primeiro semestre do ano, o tíquete médio gasto no magazineluiza.com foi de R$ 450, cerca de 15% maior do que o valor observado em 2005. O varejo está mudando.

Michel Klein, presidente das Casas Bahia

*http://www.terra.com.br/istoedinheiro /469/negocios/casas_bahia_refaz_as_co ntas.htm


uma carta ao som de emocore *Texto Fábio Andrade

Lenora, boa noite ... Confesso que quando recebi aquela mensagem, sobre não querer magoar as pessoas, mensagem que meus olhos se encheram de água, mas eu pensava ser só mais uma mensagem bonita. Imagine agora, como ficaram meus olhos, quando eu entendi sua mensagem... Já sei que você se casou, recebi a notícia há poucos minutos, confesso que pelo tempo achei que aceitaria de maneira mais natural, mas estou muito triste... De um modo que você não imagina como estou triste... De certa forma, eu já tinha certeza que isso iria acontecer, um dia iria acontecer, mas algo dentro de mim esperava que qualquer dia desses você iria entrar em algum lugar que eu estivesse, dizendo para ficarmos juntos e eu iria, porque eu gosto muito de você. Sei que temos defeitos múltiplos, mas toda vez que a gente se via eu sentia algo muito legal e eu sempre ficava muito feliz. E quando você ia embora, sonhava com o próximo dia ou a próxima vez, ou com o dia que talvez a ficassemos juntos. No começo eu era muito encanado, e por isso que a gente brigava muito, tinha medo de me magoar e quantas vezes acabei te magoando, mas em compensação quantas belas páginas a gente escreveu juntos com a mesma caneta nos livros de nossas vidas... Sabe, lembro de todos os momentos, e tenho todos bem guardados comigo, acho que eles foram tão intensos que merecem sim, serem guardados .....

Lembro de diversos fatos que aconteceram entre nós, como do dia da cesta de fim de ano da nossa empresa, ou nossas brigas via email naquele ano do amigo secreto, ou depois quando comecei a te dar carona, ou até o dia a enchente. O primeiro beijo, a primeira briga, a primeira richa, a primeira vez que a Silvia veio dizer que você sentia a minha falta... O primeiro desprezo, a primeira gelatina, a nossa primeira reconciliação, o primeiro email, e tudo isso ia se repetindo como se fosse um ciclo, e eu esperava sempre que o ciclo mudasse.

mais. Eu fui me entendendo e compreendendo você. Esquecendo meus sonhos e preocupando em viver qualquer momento com você, por mais pequeno que fosse, mesmo que fosse você, a minha hora de almoço.

Teve o dia do sequestro, que só Deus sabe porque saimos vivos, até porque acho que foi uma reflexão para aquela sua atitude, mas não precisava ser tão sério assim, mas assim estava escrito.

Das vezes em que a gente se achava até nosso ultimo encontro há algum tempo atrás. Sabe, pensei em contar tanta novidade para você, tinha tantas coisas para contar, puxa experiências de uma vida legal que eu tive. Hoje elas estão em algum canto dentro de mim, como todas as lembranças que tenho sua...

Nesse meio tempo teve a morte do meu vô, e você sempre lá paciênte, firme, para me dar o consolo e eu com pedras nas mãos, aquele dia eu tinha perdido meu alicerse. Mas nem assim você me abandonou, me deu uma baita de uma força, você estava lá para me dar aquela mão quando eu precisei... Mas lá a gente se acertou, um amigo meu nos viu conversando aquele dia e disse "Fabio ... essa mina te ama" e eu disse "sou eu que a amo ", mas quantas vezes chorei por causa de você? Varias vezes, mas isso eu não lembro.

Até que veio sua demissão, naquele periodo antes da copa do mundo. Chorei aquele dia como uma criança, porque eu era uma criança, pois achei que tinha te perdido, mas a gente ainda se falava, quantas madrugadas a gente não perdeu um com os problemas do outro? Lembro desses pequenos detalhes.

Lenora, te desejo do fundo do coração que você seja muito feliz, vou rezar para Deus e nossa Senhora para que você seja muito feliz mesmo e que mesmo assim não se esqueça de mim, pelo menos bons amigos a gente pode ser, mas assim é a vida, mesmo quando esperava que esse dia chegasse, não acreditava na dor que sinto. Te amo mesmo assim, e isso é muito.

Aos poucos fui deixando de ser seco com você e te entender um pouco Fabio Andrade é engenheiro de produto da RS Engenheira, mas sensível e um amante platônico, por natureza. fandrade@rsgrupo.com.br.


Como utilizar 100% seu Palm A cena é clássica, você comprou um Palm, passou a primeira semana de entusiasmo, já ouviu três vezes cada música que salvou no parco cartão de memória que vem junto ao aparelho e agora começa a bater aquele arrependimento, afinal, Palm é mesmo só uma agenda eletrônica que toca músicas? Claro que não! Agora inicio uma série de artigos que objetivará ajudar aos iniciantes deste tecnologia a aproveitarem mais os recursos que têm na mão e que, provavelmente, ainda está pagando. Todas as dicas abaixo estão disoníveis no site: http://www.palmbrasil.com.br, aba programas, no menu a esquerda. HelFire: Excelente jogo de helicoptero, se passa numa suposta guerra entre EUA e URSS, onde o jogador escolhe o lado que quer jogar e parte para 20 missões de resgate a ataque direto, de reconhecimento e guarda costas, há salvamento da sua fragata. O quente do jogo são os inimigos, a inteligência virtual do jogo é muito boa e supreende com arremedos de estratégia, principalmente nos níveis mais difíceis onde não raro surgem inimigos te cercando e atacando pesadamente. A inteligência do canhão do seu próprio helicóptero já deixa um pouco a desejar, já que por vezes prefere atacar a cadeia com seus aliados presos a atirar na variedade de vilões que o cercam e lhe atacam. Mesmo assim, jogo nota 4! (de 5 possíveis). MicroQuad Divertidíssimo jogo de corrida, no melhor estilo "Mario Kart", com bombas, mísseis, turbos, óleos ou cólas para jogar na pista e corredores com suas especialidades. Apesar de ter versão em português, o interessante é fazer o download da versão 1.1 em inglês que adiciona, para aqueles que vencerem as 20 corridas, quatro corrida extras. Aquelas que vencerem mais estas, ganham um corredor extra, com um meio de transporte muito interessante e que, quando contralado pela máquina é um adversário ardiloso, mas muito difícil de se jogar com ele em sí. Curioso? A versão Trial só dá direito a uma volta e acesso ás quatro primeiras pistas da primeira copa, a Baby. Este jogo também tem versão para telas 160x160 como a Z22. WarFare Incorporated Gráficos alucinantes e uma jogabilidade de deixar Warcraft e starcraf para trás, este jogo de estratégia te coloca como controlador de uma das muitas empresas espaciais na busca de mais matérias primas para um mundo desesperado, num mercado altamente competitivo, com outras indústrias também buscando e dispostas a lutar por aquilo que você explora. Há um universo incrível de veículos, soldados, upgrades e tudo mais possível. Horas de diversão garantidas. A versão trial te dá direito às três primeiras fases e uma fase bastante avançada para testar os brinquedinhos avançados. Medieval Heroes - Free! Um jogo do estilo War de tabuleiro transplantado para a Palm. O jogo se passa na idade média, na região do Império Austro-Hungaro, uma região de muitos conflitos e seu objetivo é justamente colocar todos os pequenos reinos vizinhos sob sua tutela. Para isso conquiste territórios, castelos inimigos, sempre lembrando de deixar guardas nos terrenos conquistados, justamente como faria no WAR do tabuleiro. As opções de guardas são arqueiros, soldados, cavaleiros e catapultas. Apesar de ser gratuíto, o jogo tem uma versão pago menos limitada. Nesta versão só é permitida a criação de um cavaleiro por turno, uma limitação muito irritante, mas que ao mesmo tempo deixar o jogo mais difícil e desafiador. Disponível também para Palm's de resolução de 160 x 160, como a Z22. Presença em minhas Palm's obrigatória! A continuação, paga, fica por conta do WarNations, este sim, fica sem dever nada a nenhum jogo de PocketPC. Space War Um jogo extremamente tonto, simples, praticamente preto e branco, que funciona com bugs na versão 5 do PalmOS e mesmo assim, não sai da minha Palm de maneira alguma. O objetivo do jogo é destruir as demais naves no tabuleiro. Para isso cada nave conta com escudo, phasers e torpedos, além de uma potência de motor que permite acelerar mais a cada turno, conforme vai se ganhando velocidade com os turnos anteriores. Há a opção Team, que permite que naves da mesma raça joguem do mesmo lado, a parte ruim é que a experiência no final da rodada é dividida entre as naves vencedores. Feita por um fã da série StarTrek tem todas as raças do seriado alí representadas e quada qual com uma vantagem especial quando opta por não atirar, a StarTrek por exemplo só toma meio dano nas rodadas que não ataca, os borgs se teletransportam para qualquer lugar do tabuleiro e os klingons ficam invisíveis. Divertidíssimo e dá para jogar a dois. Desnecessário dizer que roda em Palm's antigas e de resolução de 160 x160, como a Z22.

Emanuel Campos é gerente de contas na RS Engenharia, mas já foi professor de PDA pela www.pdapersonal.com e continua apaixonado por esta tecnologia..

SUA PALM VIRA UM NINTENDO DS!


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