Ciclo da água 1º - Evaporação A água dos oceanos, mares, rios, ribeiras e lagos por acção do sol evapora-se (passa do estado líquido para o estado gasoso) e o vapor de água que forma-se por acção da gravidade sobe para a atmosfera. 2º - Evapotranspiração Os animais e plantas, por um processo chamado evapotranspiração, também libertam vapor de água para a atmosfera. 3º - Condensação Na atmosfera, o vapor de água arrefece. Este processo designa-se por condensação, isto é, o vapor transforma-se em gotas de água, formando as nuvens. 4º - Precipitação Quando as nuvens passam por zonas frias a condensação aumenta, que origina a precipitação. Esta pode ser sob a forma de chuva, neve, granizo ou nevoeiro. 5º - Infiltração Quando ocorre a precipitação, uma parte da água da chuva (ou neve, granizo, nevoeiro) cai directamente nos oceanos, rios, ribeiras e lagos, outra escorre à superfície e ainda outra infiltra-se no solo. Uma parte da água evapora mal cai no solo, especialmente em áreas aquecidas fechadas ou impermeabilizadas como as estradas, os parques de estacionamento e os telhados dos edifícios. Da água que infiltra-se no solo, uma parte é absorvida pelas raízes das plantas, outra abastece as nascentes dos rios e os reservatórios subterrâneos (aquíferos).
Ciclo da água
Disponibilidade hídricas: Águas superficiais e águas subterrâneas Água Subterrânea
A água é encontrada em todos os corpos do sistema solar nas formas de vapor ou gelo. A Terra porém, é o único que possui água no estado líquido e em abundância. Ela representa um recurso natural de valor económico, estratégico e social, além de ser um dos elementos fundamentais para existência e bem estar do homem e componente importantíssimo na manutenção dos ecossistemas do planeta. Apesar de, aparentemente, a Terra dispor de uma enorme quantidade de água, quase 97% estão representadas nos mares e oceanos e cerca de 2% congeladas nas regiões polares. Apenas 1% da água doce está efectivamente disponível para o consumo humano, uso agrícola e industrial. Ela encontra-se em regos, rios e lagos Água subterrânea constituindo os recursos hídricos superficiais, como o solo e subsolo, formando os recursos hídricos subterrâneos. Estes últimos, cerca de 97% do total de água doce existente no planeta Terra. Água superficial A hidrologia da água superficial inclui o estudo da movimentação da água na superfície da terra e sua distribuição no espaço e no tempo. Águas superficiais encontram-se em canais (regos e rios), corpos de água (lagos e reservatórios) e como escoamento (na superfície da terra fora do canal definido, normalmente depois de um evento pluviométrico). Fluxos excessivos devido a aumentos na precipitação ou na libertação de água dos reservatórios, que não podem ser absorvidos pela vegetação ou penetrar no solo, podem provocar que o rio exceda às suas margens e encha as áreas de inundação. Água superficial Nos climas áridos e semiáridos, a variabilidade da quantidade de água e do fluxo (durante cada ano ou entre anos) influenciam a disponibilidade da água. Esta variabilidade é largamente determinada pelo clima (precipitação e temperatura). Juntamente com características geomorfológicas (topografia, solos, uso do terra), a variabilidade hidrológica afecta o desenvolvimento e o carácter dos sistemas de água superficial, tais com lagos e rios.
Especificidades do clima português O clima de Portugal Continental, segundo a classificação de Koppen, divide-se em duas regiões: uma de clima temperado com
Clima português
Inverno chuvoso e Verão seco e quente e outra de clima temperado com Inverno chuvoso e Verão seco e pouco quente.
Recursos hídricos em Portugal: Rios, lagoas, albufeiras e oceanos Rios Um rio é um curso natural de água que nasce numa área montanhosa e desagua no mar, num lago ou noutro rio (afluente).
Rios
Lagoas A lagoa é uma das tantas formas aquíferas que podemos encontrar em nosso planeta Terra. A lagoa é um espaço aquático normalmente fechado e com água parada e estancada, diferente do que acontece com outros cursos de água como o mar e os rios. As lagoas, além disso, são caracterizadas pela água doce (não salgada como o mar ou oceano) que em geral se origina ou do derretimento das correntes de um glacial ou da acumulação de chuva.
Lagoas
Albufeiras Lago formado pelas águas do mar em que a salinidade pode resultar da infiltração lateral da água do mar ou de uma concentração local. A salinidade vária em função do clima e da frequência das invasões marinha.
Albufeiras
Oceanos Os oceanos são partes da superfície do planeta ocupadas pela água do mar que rodeia os continentes e que cobre actualmente por volta de 71% da Terra. Há cinco oceanos na Terra: o Pacífico, o Atlântico, O Índico, O Antárctico e o Árctico. Oceanos
Cursos de água lênticos e lóticos
Lênticos A ciência que estuda as águas continentais é chamada de limnologia, é responsável pelo estudo de lagoas, represas, riachos, rios, áreas alagáveis, brejos, nascentes e etc. Os ecossistemas aquáticos são classificados em ecossistema de água salgada e ecossistema de água doce. Os ecossistemas de água salgada são divididos em oceanos e mares (ocupam 70% de todo território da mundial), já os ecossistemas de água doce em Lênticos e Lóticos. Ambiente aquático de água parada corresponde a ecossistemas lênticos, como por exemplo, lagoas, lagos, Curso de água lêntico pântano, etc. Esse ecossistema é classificado como um importante distribuidor de biodiversidade, pois apresentam em particular suas fronteiras (ecótonos) bem definidas. Habitam províncias lênticas uma diversidade de espécies, porém estão susceptíveis a distúrbios devido ao curto espaço onde vivem e ao ciclo de vida curto.
Lóticos O ecossistema lótico é aquele cuja água é corrente, como por exemplo, rios, nascentes, ribeiras, e riachos. Esse ecossistema tem como características o movimento, o contacto água e terra e o teor de oxigénio. Já aqueles ambientes onde a água é parada em sua maior parte do tempo, são chamados de ecossistemas lênticos. Os rios se originam a partir de pequenos cursos de águas derivados de nascentes ou águas em demasia que escoam sobre a superfície formando córregos. Conforme o córrego se move, a temperatura da água vai elevando-se, a velocidade diminui e ocorre um aumento no número de nutrientes.
Curso de água lóticos
Cursos de água oligotróficos, mesotróficos e eutróficos. Processo de eutrofização. Oligotróficos A condição original (anterior aos impactos humanos) de muitos lagos, ribeiros, baías e estuários era oligotrófica, o termo aplicado à água que apresenta muito baixas concentrações de nutrientes, especialmente compostos de fosfato e azoto.
Mesotróficos Mesotrófico (ou mesotrófica), alimento ou nutrição, é a designação dada aos ecossistemas, em geral lacustres ou lagunares, que apresentam um estado trófico intermédio entre as situações de baixo teor em nutrientes (oligotrofia) e de grande enriquecimento em nutrientes (eutrofia). Quando aplicado a solos, significa que aqueles têm um nível moderado a alto de nutrientes N, P e K. Eutróficos Diz-se do solo caracterizado pelo excesso de saturação de bases ou muito fértil. Os lagos, rios em que suas águas possuem ausência ou escassez de oxigénio, mas excesso de nutrientes. Processo de eutrofização A eutrofização (ou eutrofização) é um processo normalmente de origem antrópica (provocado pelo homem), ou raramente de ordem natural, tendo como princípio básico a gradativa concentração de matéria orgânica acumulada nos ambientes aquáticos. Entre os factores impactantes, contribuindo com a crescente taxa de poluição neste ecossistema, estão: os dejectos domésticos (esgoto), fertilizantes agrícolas e efluentes industriam, directamente despejados ou percolados em direcção aos cursos hídricos (rios e lagos, por exemplo). Durante esse processo, a quantidade excessiva de minerais (fosfato e nitrato) induz a multiplicação de microorganismos (as algas) que habitam a superfície da água, formando uma camada densa, impedindo a penetração da luminosidade.
Usos e qualidade da água Qualidade da água A qualidade da água é um conjunto de características físicas, químicas e biológicas que ela apresenta, de acordo com a sua utilização. Os padrões de classificação mais usados pretendem classificar a água de acordo com a sua potabilidade, a segurança que apresenta para o ser humano e para o bem-estar dos ecossistemas. Assim, de acordo com a sua utilização, existe um conjunto de critérios e normas para a qualidade da água, que variam com a sua finalidade, seja ela consumo humano, uso industrial ou agrícola, lazer ou manutenção do equilíbrio ambiental. Usos da água Em termos gerais, os usos da água abarcam as actividades humanas em seu conjunto. Neste sentido, a água pode servir para consumo ou como insumo em algum processo produtivo.
A disponibilidade do recurso é cada vez menor, por um lado, porque deve ser compartilhado por actividades distintas e por outro, porque não é utilizado racionalmente. Assim, por exemplo, a indústria e a mineração utilizam tecnologias que demandam grandes quantidades de água, e em consequência geram grandes quantidades de água residual que são devolvidas às fontes de água sem tratamento prévio. No caso da agricultura, a demanda da água também é muito grande, especialmente nos lugares onde as chuvas não são constantes. Além disso, utilizam sistemas de irrigação que desperdiçam enormes volumes de água. Os fertilizantes químicos e agro-tóxicos também contribuem para a contaminação dos cursos de água. Finalmente, a água para consumo humano, que é captada de fontes superficiais e subterrâneas, é cada vez mais procurada pelas populações, mas a cada dia está mais escassa e cara. Água
Água como recurso: Padrões de consumo
Problemas de escassez e excesso de água. Secas e inundações: causas e consequências Causa da escassez Em geral nos países em desenvolvimento o maior problema que causa a contaminação é a falta de tratamento para os esgotos domésticos, agrícolas e industriais, incluindo os agro-tóxicos, o que deixa a água em total contaminação. Outro factor causador da contaminação é o contacto da água com produtos químicos tóxicos e ainda pela presença de microorganismos patogénicos que devido aos tratamentos de esgoto não serem de excelente qualidade resistem e permanecem na água. Esses produtos e substâncias poluentes podem ser classificados de duas maneiras, Biodegradáveis e Persistentes, sendo que a primeira contêm substancia que em determinado tempo ela se decompõe, por exemplo, insecticidas, detergentes, fertilizantes, petróleo, etc. Consequência da escassez Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das doenças que ocorrem nos países em desenvolvimento são pela contaminação da água, e que a cada ano, 15 milhões de crianças de zero a cinco anos de idade morrem directa ou indirectamente pela falta ou deficiência dos sistemas de abastecimento de águas e
esgotos. Ainda hoje, no Brasil, 55,5% da população não são atendidos por rede de esgoto, sendo 48,9% da área urbana e 84,2% da área rural (segundo relatório IBGE, 2000). No Brasil, 47,8% dos municípios não têm esgoto, o que afecta directamente a qualidade das águas de rios, mares e lagoas das cidades brasileiras. Esse grande número de águas contaminadas dão origem as doenças graves, problemas de saúde, como já mencionado, doenças como, por exemplo, as causadas por bactérias, vírus, vermes e protozoários como amebíase, febre tifóide, giardíase, hepatite tipo C e outras.
Escassez de água
Escassez de água