VENEZUELA ELEIÇOES PARLAMENTARES 2015 Embaixada da República Bolivariana da Venezuela No Brasil / Boletim informativo N° 6
Um povo em defesa permanente da democracia Lamentavelmente, o povo venezuelano tem suportado uma agenda política paralela por parte de setores que assumem a via eleitoral como uma rota secundária em sua estratégia para chegar ao poder. Agridem a legalidade, desrespeitam a vida e recorrem à violência de forma cíclica quando suas apostas eleitorais não resultam favoráveis. Muitos desses atores não democráticos nem mesmo tem experiência política e formam parte de uma elite protegida por interesses ocultos, diferentes do debate aberto na Venezuela. Contam com grandes recursos financeiros que lhes permitem escravizar os políticos e impor estratégias de luta e, em particular, resultam em um grande obstáculo para consolidar acordos entre os partidos para evitar a violência. Os setores antidemocráticos venezuelanos protagonizaram o primeiro golpe de Estado que viveu a América Latina no século XXI, quando em 2002 foi derrubado, por três dias, o governo constituído, e o país viveu terríveis consequências em perdas de vidas humanas. Logo após a tentativa de golpe, as ações violentas destes setores mostraram diversos sinais. Entre 2002 e 2003 houve uma estratégia que incluiu uma sabotagem à empresa petrolífera nacional, desemprego no comércio e a primeira aparição das agora conhecidas "guarimbas", caracterizadas por um padrão de violências nas ruas protagonizado quase sempre por jovens agressivos sem liderança aparente. O não reconhecimento é a estratégia A tensão acumulada desde 2002 e a dificuldade de preparar o caminho visando um mecanismo de entendimento político colocaram à prova pela primeira vez a Constituição de 1999: a ativação do mecanismo revogatório do mandato presidencial. Esta ferramenta foi essencial para livrar o país de tensão política vivida nos dois anos anteriores e em boa parte de 2004. Sua ativação foi inédita porque não havia regulamentação para implementar as disposições da Constituição, e essa situação gerou múltiplas interpretações sobre quais os requisitos para convocar as eleições. Após um grande debate público sobre a verificação e a retificação das assinaturas que acompanharam o pedido, finalmente convocou-se novas eleições. Sem dúvida, alguns setores consideraram que a eleição requeria a observação internacional para alegar uma suposta fraude contra a oposição. A OEA, cujo secretário geral, César Gaviria, coordenava uma mesa de diálogo político, organizou então uma missão, assim como o Centro Carter. A eleição se deu de maneira pacífica e o resultado favoreceu o governo. No entanto, alguns setores da oposição não reconheceram o resultado e o denunciaram por fraude eleitoral, sem mostrar prova concreta alguma. Esse foi o início de uma estratégia de não reconhecimento permanente dos resultados que, até o momento, só contribui para promover abstenção e violência. (Fonte: CNE)
Missão de Acompanhamento Eleitoral da Unasul começou nessa terça-feira A Missão de Acompanhamento Eleitoral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) foi formalmente instalada nessa terça -feira em Caracas, após técnicos e especialistas de organismos eleitorais da Unasul realizarem atividades de verificação no sistema eleitoral venezuelano, tendo em vista as eleições parlamentares que se realizarão no próximo domingo 6 de dezembro. A missão, que será liderada pelo ex-presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, acompanhará o processo eleitoral com o propósito de ver o desenrolar do evento sob os princípios da imparcialidade, objetividade, independência, legalidade, não-ingerência e transparência. Ao mesmo tempo em que Fernández será o Chefe da Missão, o órgão regional designou o ex-presidente da Corte Nacional Eleitoral da Bolívia, José Luis Exeni, como coordenador geral da missão de acompanhamento, informou a agência Efe citando fontes da Corte Eleitoral Uruguaia (CEU). "Fizeram consultas e houve consenso a respeito da postulação. Foi a única candidatura promovida e sobre a qual fizeram as devidas consultas. Não houve observações nem objeções", explicou o vice-presidente da CEU, Wilfredo Penco. O secretário geral da Unasul, Ernesto Samper, informou na segunda que viajaria a Caracas para o ato de instalação da Missão do bloco regional. "Amanhã estarei em Caracas acompanhando a Missão Eleitoral da Unasul para as eleições de 6D, quando os venezuelanos escolherão seu caminho", disse Samper em sua conta no Twitter. (Fonte: AVN)