EMcantos_Portugal

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Ficha Técnica

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Directora: Luísa Fernandinho |emcantos.magazine@gmail.com| Subdirectora: Sílvia Coelho |emcantos.magazine@gmail.com| Redacção: Sílvia Coelho, Luísa Fernandinho |emcantos.redaccao@gmail.com| Edição: Sílvia Coelho |emcantos.magazine@gmail.com| Design e Paginação: Sílvia Coelho Edição Online: Sílvia Coelho, Luísa Fernandinho www.emcantos-produções.pt Colaboradores: Maria Avelina Almeida,Convento do Espinheiro A Luxury Collection Hotel & SPA, Patronato de Turismo de la Diputación de Cáceres, Diputación Provincial de Cáceres, Turismo Zamora, PROVIVER, Adega Cooperativa do Fundão, UDACA - União Demarcada das Adegas Cooperativas do Dão, UCRL, Latitude 41. Departamento Comercial: Luísa Fernandinho |emcantos.comercial@gmail.com| Sílvia Coelho |emcantos.comercial@gmail.com| Fotografia: Sílvia Coelho; Luísa Fernandinho; Marco Romão Assinaturas: Sílvia Coelho |emcantos.assinaturas@gmail.com| Luísa Fernandinho |emcantos.assinaturas@gmail.com| Tradução:Luísa Fernandinho Foto CAPA: Diputación Provincial de Cáceres Impressão: Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas SA Registo ERC: 125934 Depósito Legal: 316664/10 ISSN N.º 1647-8290 Tiragem: 9.000 Exemplares Propriedade: EMcantos produções Lda. Urbanizaçao da Boavista Lote i Sítio do Roncão 6200 - 567 Boidobra Tel: +351 275 322 132 | Fax: +351 275 322 132 Contribuinte: 509463924

Editorial A EMcantos – Magazine de Informação Turística quer assumir-se como uma revista de turismo diferente e atenta ao mundo actual. Um mundo cada vez mais ligado às novas tecnologias esquecendo das suas raízes e tradições. Aquelas que nos deram o Ser! Consideramos que devemos aprender com o antigo e adaptá-lo à modernidade quotidiana. A partir desta premissa decidimos avançar com o nosso projecto editorial. Queremos desvendar lendas, tradições e histórias e a partir delas dar a conhecer aos nossos leitores o que de mais belo existe no Mundo. O nome da revista EMcantos, com “M” nasce no facto de apostarmos nos “cantos” desconhecidos deste planeta tornando-os em grandes “encantos”, perdidos no tempo e que, por vezes, passam despercebidos aos nossos olhos. Somos uma equipa jovem, mas com muito sentido de proactividade, responsabilidade e dinamismo. Sedeados no interior do País, queremos crescer junto com os nossos leitores e parceiros. É para eles que trabalhamos. Aos nossos leitores queremos deixar uma palavra especial de agradecimento por escolherem ler a nossa Revista. Como não podia deixar de ser, aos nossos colaboradores e parceiros queremos agradecer o voto de confiança e o apoio demonstrado. A direcção

Agradecimentos Convento do Espinheiro A Luxury Collection Hotel & SPA, Fundação Mata do Buçaco, Associação de Produtores de Frutos Secos e Passados, Diputación de Salamanca, Diputación de Cidade Rodrigo, Diputación de Zamora, Diputacion Provincial de Cáceres, Patronato de Turismo de la Diputación de Cáceres, Douro à Vela, Calcaterra Agroturismo, Quinta das Escomoeiras, PROVIVER, Latitude 41, Câmara Municipal de São João da Pesqueira, Tabuaço e Armamar, Museu do Douro CODINFOR e Rúbrica.


Setembro/Outubro 2010

Sumário

Sugestão Bem a meio de Portugal, com pouco mais de 12 mil habitantes Torres Novas dá-se a conhecer ao mundo através das suas gentes simpáticas, dos seus costumes e das suas tradições. É a estas tradições que vai buscar a denominação “Torres Novas: capital dos Frutos Secos”, muito graças à sua forte produção do Figo Preto de Torres Novas.

Pág. 8-9

Escapadinhas Fazendo fronteira a norte com o Rio Tejo e a sul com as serras do Algarve, partilhando a leste fronteira com Espanha e a oeste com o oceano Atlântico, o Alentejo é a área mais extensa de Portugal Continental. É pois entre as planícies, os intermináveis sobreiros, as vinhas e olivais que se pode encontrar o Convento do Espinheiro A Luxury Collection Hotel & SPA.

Pág. 10-12

SOS Meio Ambiente O Tempo anda maluco! Cada vez mais aumentam as ameaças e os perigos para o nosso planeta e é ver os fenómenos naturais aumentarem. Damos-lhe dez conselhos para que se torne mais amigo do ambiente.

Pág. 41-42

Partidas & Chegadas Três destinos de sonho para que possa passar um fim de semana como nunca imaginou.

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Pág. 14-24


Desporto Escalada Fomos conhecer este desporto e desvendar-lhe os mistérios. Fique a conhecer quais os melhores locais para a sua prática.

Pág. 25-26

Trilhos & Trilhas Infanta D. Urraca, filha de D. Afonso Henriques, na sua desditosa vida de rainha de Leão percorreu e esteve por longas temporadas em três cidades espanholas, a sós e muitas vezes com o seu marido, o rei de Leão Fernando II. Inspirando-nos nos seus itinerários, decidimos descobrir os três locais por onde terá vivido e talvez recebido do Papa a anulação do seu casamento.

Pág. 30-36

A não perder Vila Verde, terra dos Lenços de Namorados, é um dos maiores e mais pitorescos concelhos do Minho. Rodeada pelos municípios de Ponte da Barca, Barcelos, Ponte de Lima, Terras de Bouro, Amares e Braga, tem nos rios Neiva, Homem e Cávado, um dos motes para as paisagens de ‘cortar a respiração’ e desfrute. Para apreciar o melhor de Vila Verde apure dois dos seus sentidos: a visão e o paladar.

Pág. 28-29

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Br eves

22 de Setembro Dia Mundial SEM CARROS Não podíamos deixar passar em branco esta data. Lembre-se do Meio Ambiente e no próximo dia 22 de Setembro, deixe o seu automóvel em casa, e experimente um passeio até ao trabalho. Se estiver de férias faça uma caminhada, Vai ver que não lhe fará mal. No final, a Natureza agradece. Em várias cidades do mundo este dia é assinalado. Portugal também não é excepção, Lisboa, Porto, Tomar são alguns dos exemplos. Mas há mais!

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1 de Outubro Dia Mundial da Música 27 de Setembro Dia Mundial do Turismo O Dia Mundial do Turismo será celebrado este ano no próximo dia 27 de Setembro e terá como tema central “Turismo e Biodiversidade”. Para além dos diversos eventos que se vão realizar por todo o Mundo, as celebrações oficiais acontecerão, na China. No nosso país, são muitos os locais onde a data será celebrada. Se estiver pelo Algarve passe por Lagos. A Câmara Municipal de Lagos irá presentear os seus visitantes hospedados nas principais unidades hoteleiras com uma lembrança comemorativa. O Forte Ponte da Bandeira e o Museu Municipal Dr. José Formosinho vão abrir as suas portas proporcionando, nesse dia, entradas gratuitas a todos os visitantes. A Caravela Boa Esperança, sediada na Marina de Lagos, também pode ser visitada gratuitamente. Além destas iniciativas, o Grupo “Vivarte” vai actuar, com uma animação histórica, alusiva ao Festival dos Descobrimentos, no Mercado da Avenida, pelas 09:30 horas, e na Praça Gil Eanes, às 10:30 horas.

A Fundação INATEL e a Câmara Municipal de Lisboa convidam-no a comemorar o Dia Mundial da Música, através de uma mostra pública do trabalho desenvolvido pelas Bandas Filarmónicas numa apresentação musical revivalista nos diversos Coretos da Cidade de Lisboa. O Dia Mundial da Música foi instituído a 1 de Outubro de 1975 pelo International Music Council, uma organização não governamental fundada em 1948 sob o patrocínio da UNESCO. Esta celebração visa a promoção de valores de paz e amizade através da linguagem universal que é a música.

5 de Outubro Centenário da República Comemora-se no próximo dia 5 de Outubro o primeiro centenário da República Portuguesa. A Movijovem e a CP–Comboios de Portugal promovem, pelo segundo ano consecutivo, a iniciativa Intra_Rail RTP/Centenário da República, este ano com o objectivo de comemorar os 100 anos da República Portuguesa. Começou no dia 13 de Setembro, com uma visita à exposição Viva a República, na Cordoaria Nacional, a aventura dos cem jovens participantes no Intra-Rail RTP/ Centenário da República, que durante seis dias vão viajar pelo país, praticar desporto e conhecer o património histórico e cultural português. No arranque do Intra-Rail RTP/Centenário da República estará presente o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias e o Secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca.


O meu passapor te Texto: Maria Avelina Almeida

Não me apetecia ir mas no fim foi muito gratificante… Após o fim da Guerra dos Balcãs desafiaram-me para uma viagem. Destino Croácia. Como disse não estava muito animada para esta aventura. Mas lá fui eu…! A primeira paragem foi Zagreb. Cidade de “prender a respiração”. Fiquei admirada com a vida desta cidade que tinha estado em guerra há pouquíssimo tempo. De salientar que falo de uma viagem na década de 90. Como dizia, Zagreb impressiona pelas sua gente muito simpática, cheia de mercados a cheirar a flores e fruta de todas qualidades. Quem diria! Esplanadas apinhadas de gente vinda de muitos lados e ruas comercias com as suas bonitas lojas onde podíamos comprar muitas recordações. No meu segundo dia foi até ao Parque Nacional de Plitvice. Tudo aqui respira beleza. Quando lá estive caía uma enorme chuvada e “ribombadas” de trovoada. E nós numas pequenas passagens suspensas! Confesso que ia cheia de medo, mas chegámos a um certo lugar para o qual descemos entre toda aquela tempestade, e vimos umas quedas de água impressionantes e lagos de uma beleza raríssima. Ao todo contabilizavam-se noventa e duas quedas de água! 7 Daí fizemos um recorrido por algumas localidades históricas e terminar em Dubrovnik. Lembro-me que a diferença era enorme na altura entre o interior e o litoral. Este último muito turístico e cheio de ilhas, ao contrário do interior menos desenvolvido e não tão cheio de vida. Regressada a Zagreb e já no aeroporto pronta para o meu regresso a Portugal lembro de ter sentido alguma melancolia. Quando saí da Croácia os meus olhos ficaram “naquele parque”. E ironia das ironias foi lá que começou a guerra.


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Sugestão

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À boleia do Figo Preto de Torres Novas

Bem a meio de Portugal, com pouco mais de 12 mil habitantes Torres Novas dáse a conhecer ao mundo através das suas gentes simpáticas, dos seus costumes e das suas tradições. É a estas tradições que vai buscar a denominação “Torres Novas: Capital dos Frutos Secos”, muito graças à sua forte produção do Figo Preto de Torres Novas. Até há alguns anos atrás, a variedade de Figo Preto de Torres Novas era responsável pela subsistência económica da maior parte das famílias daquela região. Graças às suas características nutricionais únicas, a sua árvore sobrevive em terrenos pobres e encostas difíceis de aproveitar. Actualmente, este factor económico outrora de extrema relevância denota uma pequena queda. Mas nem por isso tem caído no esquecimento. Porque o mercado apesar de mais exigente ainda existe. Daí que muita das vendas actuais sejam directas. As restantes sobras destinam-se ao sector das rações e da cosmética. Existe também o aproveitamen-

to do Figo Preto de Torres Novas e dos restantes frutos secos para a gastronomia. Visitar Torres Novas e não provar os seus doces de frutos secos é para a sua população uma verdadeira ofensa. E existe muito por onde escolher! Desde o Figo em Calda, Pastéis de Figo passando pelo Bolo Cabeça, muito tradicional da região até às Broas, muitas são as opções.

Mas há mais razões para visitar Torres Novas… Entre os dias 1 e 10 de Outubro o concelho veste-se a rigor para receber mais uma edição da Feira Nacional dos Frutos Secos e Passados. Organizada pela Associação Nacional de Produtores de Frutos Secos e Passados (ANPFSP), o certame conta este ano com 150 expositores, distribuídos pelos frutos secos de venda directa, a doçaria regional e o artesanato. Desde o mais pequeno até mais adulto existe animação para todos os gostos. Há os carrinhos de choque, as tasquinhas

É a estas tradições que vai buscar a denominação “Torres Novas: capital dos frutos secos”, muito graças à sua forte produção do Figo Preto de Torres Novas.

de gastronomia regional, onde estarão representadas as regiões do Alentejo, Beiras, Trás-os-Montes e Ribatejo. Há ainda uma boa oferta de produtos regionais e muita animação. Tal como nos anos anteriores, esta edição conta ainda com os concursos de Doçaria com Frutos Secos, das Montras da Cidade, de Fotografia e de Moda tudo alusivo à temática. Os interessados podem ainda participar no Seminário que será levado a cabo e que terá por finalidade dar a conhecer todas as potencialidades dos frutos secos, especialmente no que toca à saúde. Como vê razões não lhe faltam para que visite Torres Novas por estes dias…


Fotos: ANPFSP


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Esca padinhas Escapadinhas

Convento do Espinheiro A Luxury Collection Hotel & SPA

Um oásis em pleno Alentejo

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Fazendo fronteira a norte com o Rio Tejo e a sul com as serras do Algarve, partilhando a leste fronteira com Espanha e a oeste com o oceano Atlântico, o Alentejo é a área mais extensa de Portugal Continental. Essencialmente rural e com baixa densidade populacional oferece aos seus visitantes uma paisagem plana e conservadora imperando a beleza e a abundância dos seus monumentos arquitectónicos e gastronómicos tornando esta região um excelente retiro. É pois entre as planícies, os intermináveis sobreiros, as vinhas e olivais que se pode encontrar o Convento do Espinheiro a Luxury Collection Hotel & SPA.

A sua origem, conta a lenda, está ligada à aparição de uma imagem da Virgem sobre um espinheiro, por volta de 1400. Em 1412 foi mandada edificar uma ermida em honra de Nossa Senhora e dada a crescente importância deste local como ponto de peregrinação, no ano de 1458, durante o reinado de D. Afonso V, foi fundada a igreja e posteriormente o convento, o qual foi povoado por monges da Ordem de S. Jerónimo. Recebia frequentemente este Convento a visita dos nossos reis, sobretudo os da Dinastia de Avis que tinham uma grande devoção à Virgem, tais como D. João II (que aqui realizou as cortes em 1481), D. Manuel I, D. Afonso V e D. Sebastião, que, quando em Évora, aqui se hospedava a convite dos monges. A 1999, a SPPTH Lda., detida pela família Camacho adquiriu o Convento do Espinheiro vindo a torná-lo numa unidade hoteleira de 5 estrelas. A 3 de Junho de 2005, após 3 anos de obras, é então inaugurado ao público dando a conhecer ao mundo todo o seu potencial.

Situado a dois quilómetros de Évora, o hotel está rodeado por oito hectares de magníficos jardins e o seu interior está luxuosamente decorado, mantendo no entanto o seu carácter. O convento em si dispõe de 17 quartos e 6 suites, enquanto que a ala nova dispõe de 36 quartos com vista para a piscina ou jardim interior. A partir de Setembro de 2008, foram inaugurados mais 33 quartos, oferecendo uma decoração mais contemporânea e totalizando assim 92 quartos.

Numa combinação perfeita entre o antigo e o novo, o hotel oferece um restaurante Gourmet localizado na antiga adega do convento, um Piano Bar resultante da reconversão da cozinha utilizada pelos monges e na cisterna gótica foi criada uma área para prova de vinhos e produtos regionais. O Convento do Espinheiro dispõe ainda de um conjunto de salas especialmente vocacionadas para diferentes tipos de reuniões e eventos. Integrada neste ambiente existe uma imponente igreja com valiosos retábulos de talha dourada e azule-

jos de várias épocas. Ao dispor dos seus hóspedes tem ainda um leque alargado de actividades. Desde os pequenos aos mais graúdos tudo foi pensado para que passe uma estadia relaxante. Nos seus sumptuosos jardins localiza-se a piscina exterior, ladeada por uma mais pequena para crianças. Se preferir pode optar pela piscina interior com luz natural e vista para os jardins. Pode também descontrair-se pelo campo de ténis e paddle, basta passar pela recepção e pedir as raquetes de ténis e de paddle. Para quem gosta de se manter em forma pode sempre passar pelo healthclub, que com uma vista agradável sobre a piscina exterior e os olivais e totalmente equipado com a mais moderna tecnologia são uma escapadinha perfeita. Estão ainda à disposição dos hóspedes o jacuzzi, sauna, banho turco e o heliporto. A pensar nas crianças, o Convento do Espinheiro tem também um Parque infantil e um mini club. Dê um passeio pelos seus jardins, relaxe e desfrute da paisagem alentejana.


Claustro

Foto: Convento do Espinheiro A Luxury Collection Hotel & SPA


Foto: Convento do Espinheiro A Luxury Collection Hotel & SPA

Restaurante Divinus

Imerso em história, o Convento do Espinheiro, A Luxury Collection Hotel & SPA oferece um ambiente calmo e tranquilo, ideal para uma estadia relaxante. Foto: Convento do Espinheiro A Luxury Collection Hotel & SPA

Quarto Deluxe

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O pecado que faz bem ao corpo Devendo o seu nome ao Templo Romano de Diana em Évora, o Diana Spa é o retiro perfeito para quem procura um ambiente relaxante, num local onde as modernas terapias se encontram com a história. Os tratamentos do Diana Spa foram criados pela E’SPA, de forma a oferecer uma experiência terapêutica total e luxuosa. O conceito E’SPA é uma fusão de vários elementos: os ingredientes naturais de alta qualidade, conhecidos pela sua pureza e integridade, e a combinação de técnicas terapêuticas actuais e ancestrais, para oferecer tratamentos de luxo com resultados. Entre massagens e terapias, ao todo são mais de cinquenta possibilidades de escolha que tem à sua disposição. Pode optar por tratamento com pedras quentes ideais para aliviar tensões e stress, por tratamentos corporais totalmente pensados de forma a responder às necessidades de cada um. Para os que se preocupam com a pele, sistema imunológico podem sempre usufruir dos envolvimentos que o Spa tem para lhe oferecer. Existe ainda os tratamentos especiais, a hidroterapia, os tratamentos localizados de reafirmação e tonificação, os faciais intensivos, a bambuterapia, os rituais míticos e de rejuvenescimento, a chocoterapia, mimos para as mamãs e para os bebés e ainda pequenas extravagâncias conventuais. Tudo isto está à sua espera 365 dias por ano!


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Par tidas & Che gadas

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Mat a do Buçaco

Um pedaço de Céu….na Terra Existem no mundo autênticos paraísos, locais mágicos deixados ao cuidado do Homem para que este se possa deliciar. Sítios onde o barulho de fundo é o dos pássaros e onde o tempo parece ter estagnado. Paisagens idílicas capazes de cortar a respiração a quem as contempla. Uma desses locais é a Mata do Buçaco. Localizada no concelho da Mealhada a 40 quilómetros do litoral atlântico no extremo da Serra do Buçaco, este pequeno pedaço do céu conta com 105 hectares de área vedada, ricos em história, fauna e flora.

Foto: Fundação Mata do Buçaco


ão se conhece ao certo toda a sua cultura histórica, sabe-se que no século II foi provavelmente refúgio para os primeiros cristãos. Em 1604 era posse do Bispo de Coimbra que em 1628 a vendeu à ordem dos Carmelitas Descalços sendo estes os responsáveis pela construção do Convento, ermidas, muros e caminhos, para além de terem plantado e tratado as inúmeras árvores da mata. Em 1810 ocorreu a Batalha do Buçaco, onde Portugueses e os seus aliados ingleses lutaram contra as tropas de Napoleão. Actualmente como memória dessa batalha existe o Obelisco e o Museu. Em 1834 a Mata passou a propriedade do estado que introduziu muitas outras espécies de árvores novas. Actualmente é dirigida pela Fundação Mata do Buçaco.

São cedros, abetos, sequóias, tílias, ulmeiros, loureiros, faias, rodoendros, fetos gigantes, acácias e freixos provenientes da América, da Austrália, dos Himalaias que tornam a Mata do 15 Buçaco num bosque digno de uma visita. Mas a verdade é que os anos passaram, no entanto os perfumes e essências que abundam no ar foram ficando para delícia dos visitantes. Ao todo são mais de 700 tipos de árvores diferentes oriundas de todos os lados do Mundo. São cedros, abetos, sequóias, tílias, ulmeiros, loureiros, faias, rodoendros, fetos gigantes, acácias e freixos provenientes da América, da Austrália, dos Himalaias que tornam a Mata do Buçaco num bosque digno de uma visita.

Fotos: EMcantos

Pela floresta existem ermidas que evocam os Passos da Via Sacra, capelas votivas, e alguns tugúrios, outrora refúgios dos frades em meditação, para além de pequenos lagos e muitas fontes, acompanhados por uma frescura e sabor mítico quase divino. De quando a quando podem ver-se ninhos para as inúmeras espécies de aves que fazem da Mata do Buçaco o seu lar, para além de esquilos, javalis e mais de 30 espécies diferentes de morcegos.

Existe ainda o Vale dos Fetos e a idílica Fonte Fria. No cimo da colina sagrada, está o miradouro da Cruz Alta, com um admirável panorama da floresta a guardar no seu coração o Convento das Carmelitas e o sumptuoso Palace Hotel do Buçaco, outrora residência dos reis e que actualmente recebe todos aqueles que na busca da tranquilidade, têm o prazer de pernoitar num dos mais belos hotéis românticos da velha Europa. Partidas & Chegadas


Foto: Fundaçao Mata do Buçaco

O que visitar Quer seja em família, com um grupo de amigos, sozinho ou a dois muitas são as opções de escolha que farão com que esta seja uma experiência a não esquecer. Pode começar por visitar o Vale dos Fetos onde como o próprio nome indica poderá encontrar inúmeros exemplares de fetos. Depois pode seguir até à Mata e as suas imensas árvores seculares. Existem ainda os jardins do palácio, e a Via Sacra - réplica de Jerusalém, o Convento de Santa Cruz onde se pode ver presépios, e sepulturas de alguns dos monges carmelitas que aí viveram. Outros dos locais que não pode deixar de visitar é o Museu Militar, o Obelisco e as Portas de Coimbra. De quando a quando encontram-se lagos e fontes ou ermidas de meditação. Por isso já sabe não se esqueça da máquina fotográfica. A Fundação Mata do Buçaco coloca à disposição dos visitantes uma série de actividades. Existem visitas guiadas quer ao património construído ou não, visitas nocturnas, actividades ambientais, como é o caso do apadrinhamento de aves, colóquios, concertos e congressos. Em épocas festivas, como a Semana Santa existe também a Via Sacra recriada numa experiência única e digna de se ver.

Onde Ficar Com tanto para visitar a melhor opção é mesmo passar o fim-de-semana. As opções de escolha são muitas e para todos os gostos e carteiras. Existe o Hotel Palace do Buçaco dentro da Mata para quem pernoitar e assim descobrir as suas maravilhas à noite. Pode ser uma opção mais cara. No entanto, pode sempre optar-se por um dos hotéis existentes no Luso a menos de 5 minutos da Mata do Buçaco, incluindo a sua estância termal ou então quem preferir uma opção mais barata pelo Parque de Campismo. Partidas & Chegadas

De quando a quando encontram-se lagos e fontes ou ermidas de meditação. Por isso já sabe não se esqueça da máquina fotográfica.

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Foto: EMcantos

Onde Comer Ao longo da Mata do Buçaco existem inúmeros locais para que os visitantes possam fazer piquenique com mesas espalhadas, mas isto para quem preferir levar o farnel. Para os restantes existem vários restaurantes no Luso, onde pode degustar especialidades gastronómicas da região e não só.


Douro: Património Mundial Intenso, embriagante, envolvente! Tudo num só rio e numa só região… Foto: EMcantos

Partidas & Chegadas


Rio de águas violentas, o Douro foi sempre um marco natural para todos os seus habitantes. Já o próprio Estrabão (geógrafo romano) se referia a ele como uma fronteira natural entre os Lusitanos que habitavam a margem direita, e outros povos, denominados Galaicos, que viviam a norte do Douro. Nasce nos picos de Urbión, Soria (Espanha) a 2080 metros de altitude e vem morrer junto do Porto, lançando as suas águas no Atlântico. De difícil navegabilidade sempre se tentou vencer as suas rápidas correntes. Um dos seus grandes apaixonados foi o Barão de Forrester, escocês oriundo de uma família abastada de negociantes de Vinho do Porto, que por infortúnio da vida nele viria a desaparecer misteriosamente, mas não sem antes ter elaborado um mapa do Douro, em exposição no Museu com o mesmo nome. Subindo o rio, em direcção à fronteira de Espanha, acompanhanos uma paisagem avassaladora e embriagante, dominada pelas vinhas que dão origem ao famoso Vinho do Porto e que podem ser apreciadas através de comboio, carro ou então numa escolha mais romântica através de um passeio de barco. O Douro apresenta uma paisagem natural única no mundo, reconhecida pela UNESCO, como património da Humanidade. Quem não conhece as famosas amendoeiras em flor que por épocas da sua floração enchem as estradas, vilas e concelhos com visitantes sedentos por conhecerem mais de perto estas culturas.

Barcos Rabelos: barco de rio de montanha, fundo chato, leme comprido e grosso em forma de pá de remo. O nome rabelo vem da sua configuração com a sua imensa espadela, em forma de rabo. Após a formação de Portugal são muitos os documentos que se referem ao barco típico do Douro que se tornou num verdadeiro símbolo. Crê-se que seja de influência Viking. Partidas & Chegadas

Foto: EMcantos

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No Peso da Régua, o Museu do Douro dá-nos uma imagem viva da região e das suas populações. É o lugar para o turista perceber a grandiosidade da mais antiga região demarcada do mundo. A sede situase precisamente no antigo edifício da antiga Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro Vinhateiro, tendo sido sujeito a uma reabilitação conjugando-se tradição e modernidade. A poucos metros do edifício sede do museu encontra-se a exposição permanente com o nome «Memória da Terra do Vinho», no antigo armazém 43 da Quinta da Ameixoeira que foi propriedade da famosa D. Antónia Adelaide Ferreira, mais conhecida como Ferreirinha e mais tarde passou para Instituto da Vinha e do Vinho que a cedeu à Fundação Museu do Douro. Aqui o visitante pode aperceberse de todo o processo da produção do vinho, desde as vinhas passando pela construção da paisagem, tradições de vindima, quintas históricas, os barcos rabelos, património histórico, imagens de marcas de vinhos até à fauna e flora da região.

O Museu assume-se como um espaço colectivo de memória e identidade da região vinhateira e simultaneamente como pólo dinamizador da cultura.

Foto: EMcantos


A VISITAR São João da Pesqueira São João da Pesqueira encontra-se no centro da Região Demarcada do Douro, localidade antiga e uma das primeiras a receber Carta de Foral antes mesmo da formação de Portugal. O seu topónimo deriva de uma pesqueira que se situava no Douro, mais tarde tornou-se numa vila acastelada. Actualmente ao percorrer as suas ruas observamos casas brasonadas, igrejas seculares, mas podemos igualmente admirar belíssimas paisagens, amendoeiras em flor e claro o rio Douro. Todas estas singularidades, ficam marcadas e reconhecidas em 2001 com a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial, sendo S. João da Pesqueira o concelho que maior área classificada detém (cerca de 20%).

Visite a Praça da República situada no centro histórico da vila, onde se situa a Capela da Misericórdia de estilo barroco, outrora pertença da família Távora, o edifício dos Paços do Concelho destacando-se no átrio painéis de azulejos, que ilustra as diversas fases da vinha e do vinho. A Casa do Cabo considerada o mais notável exemplar da arquitectura civil do concelho. Setecentista foi o solar da família Sande e Castro. No

seu interior podem admirar-se no átrio, dois altos-relevos incrustados nas paredes da autoria do escultor Eduardo Tavares. Para além de vários monumentos por todo o concelho, São João da Pesqueira oferece ao visitante o Museu Eduardo Tavares e o Museu Etnográfico de Trevões. Anualmente em fins de Agosto princípios de Setembro, acontece a “Vindouro”. Aqui os visitantes poderão encontrar no centro histórico, expositores de produtos tradicionais durienses e divertir-se com a animação de rua que recupera a época do século XVIII, época de uma figura histórica nacional mais relevante e que permaneceu em São João da Pesqueira alguns anos: Marquês de Pombal. No Palácio do Sidrô, outrora propriedade do Marques de Soveral (crê-se que a Casa Real aqui estanciou nas vindimas) é servido um jantar pombalino, não esquecendo o cerimonial e glamour da época.

Tabuaço Vila ocupada há muitos séculos deve o seu nome segundo se crê a um passadiço de madeira. Em 1527 surge mesmo o nome tavoaço, passado dez anos é já pertença da coroa. No século XVIII era uma vila com alguma importância em termos populacionais e administrativos. Situado entre os Concelhos de S. João da Pesqueira e Armamar tendo a norte o rio Douro que molda a sua paisagem com as vinhas, amendoeiras e olivais. A sul conflui com os Concelhos de Moimenta da Beira e Sernancelhe podendo apreciar-se uma paisagem mais beirã com searas, castanheiros e pinhais

Com muito património a visitar podemos entrar na capela de Santa Bárbara na vila de Tabuaço e admirar o seu retábulo renascentista e a Igreja Matriz de origem românica. Imponentes solares e casas senhoriais carregadas de história e nobreza que merecem uma atenção do visitante. Porém o seu núcleo patrimonial mais significativo é aquele que reúne a Igreja de Barcos, primitiva sede do concelho, o Santuário de Sabroso e a Igreja

de S. Pedro de Águias. O visitante não se poderá esquecer de degustar a cozinha tradicional onde não faltam pratos de peixe do rio, o vinho maduro, enchidos e outros produtos como a uva de mesa e a castanha.

Armamar Armamar é o município de toda a região do Douro com mais quilómetros de fronteira com o leito do rio Douro. A paisagem a norte do concelho é marcada pelas vinhas em socalcos que nos fazem lembrar os antigos anfiteatros romanos. A sul é nítido o contraste onde o xisto dá lugar ao granito e as vinhas às macieiras e soutos. Vila povoada há muitos séculos os primeiros vestígios remontam ao Neolitico, registando-se a passagem dos romanos na arquitectura. Em 1514 através de um foral manuelino ficamos a conhecer a riqueza desta terra em cereais, castanhas pisadas e picadas e linho. Comece por visitar o património de Armamar pela Igreja Matriz que é Monumento Nacional e cuja construção está associada ao celebre aio de D. Afonso Henriques, Egas Moniz. Passe pela Ermida de São Domingos, em Fontelo, que foi muito provavelmente reconstruída por D. Afonso V no seculo XV. Conta a lenda que aqui existe uma pedra propiciatória, junto das escadas da sacristia, que terá satisfeito os desejos de casais impossibilitados de terem descendência. Entre eles aqui estiveram com esse fim D. Afonso V e a sua segunda esposa após a batalha de Toro 1476 e D. João II e a sua mulher D. Leonor, protectora das Misericórdias portuguesas. Não deixe de provar igualmente as iguarias regionais de Armamar. O prato de eleição é o conhecido cabrito à moda de Armamar com arroz de forno, delicie-se com as falachas, o bolo podre, bolos amarelos e não de deixe de comprar um folar. Aproveite para apreciar o queijo de cabra e barrar o pão com um excelente doce de maçã, uma das frutas mais características da região. Partidas & Chegadas


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Sugestão

Fotos: Douro à Vela

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“Converse com o Douro…”

Momentos no Douro (aluguer de embarcação com /sem Skipper Serviço disponível durante todo o ano)

Programas Standards: 1 hora 2 horas 3 horas Dia todo com/sem almoço Raids fotográficos Mergulhos no rio

Programas à sua medida: Comemoração a bordo: dias especiais, aniversários e despedidas de solteiro; Momentos a dois Noites românticas com jantar a bordo Jantares/almoços de negócios O amanhecer no Douro Piquenique a bordo O por do sol no Douro

Partidas & Chegadas

Conhecer o Douro de barco pode ser uma das experiências mais sensacionais que já experimentou. A “Douro à Vela”, com sede em Lamego proporcionalhe uma vivência íntima com o Rio e a sua paisagem. Num convite à aventura propõe-lhe uma viajem entre Caldas de Aregos e a Régua, num percurso de 25 quilómetros, todos eles feitos numa estreita relação com “harmonia cultural do Vale do Douro”. À sua disposição está o “LIBERTU’S”, um veleiro com 10,60 metros de comprimento e com um mastro que se eleva até aos 14 metros de altura. Tem capacidade para 10 pessoas e o seu interior é constituído por dois quartos, um salão, mesa de cartas, uma cozinha e um WC, condições que tornam este veleiro, único do Douro.

Douro à Vela, Unipessoal Lda. Lugar da Curvaceira – Penajóia 5100 – 662 Lamego Portugal Telemóvel: 918 793 792 info@douro-a-vela.pt www.douro-a-vela.pt


Fotos: EMcantos

Sugestão

Setembro/Outubro 2010

Graças à sua privilegiada localização a Quinta da Calcaterra encontra-se rodeada por pequenos paraísos terrestres. Sugerimos uma visita até à aldeia Histórica de Marialva, onde se pode deixar absorver pela sua magia, encantamento e história, ou Moreira de Rei.

365 dias de puro prazer A Quinta de Calcaterra pela sua privilegiada localização geográfica na Região Demarcada do Douro é não só uma estância de repouso para quem aprecia o contacto directo com a natureza, como também uma excelente escolha para quem pretender desvendar os fabulosos universos do interior de Portugal. Situada no concelho da Mêda, tudo à sua volta respira tradição e história garantindo a quem a visita uns dias bem passados. As opções para partir à descoberta são variadas. Pode-se sempre visitar as Gravuras paleolíticas, as inúmeras aldeias históricas com os seus castelos medievais. Inaugurada em 2000, este pe-

queno paraíso terrestre conta ao todo com seis quartos, dois apartamentos com kitchenet e dois apartamentos com sala comum, numa capacidade máxima de 20 adultos. A Quinta de Calcaterra tem também imensas actividades lúdicas à sua espera. Pode sempre alugar um todo-o-terreno ou então se preferir uma bicicleta. Existem caminhos para se percorrer e se deixar perder pelo seu encanto e magia. Para os amantes dos animais existe ainda um galinheiro com inúmeras espécies de aves, um burro e uma burra. De salientar que pode contar com este pequeno paraíso 365 dias por ano.

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Calcaterra Agroturismo Tel.: (+351) 279 859 488 Tlm.: (+351) 934 273 778 geral@calcaterraturismo.com Nota: Para estadias de pensão completa é obrigatória marcação. Partidas & Chegadas


Rota das Judiarias

Os Sefarditas são os descendentes de judeus que viveram na Península Ibérica até 1492, data oficial da expulsão desta cultura de Espanha, através de um Édito dos Reis Católicos. Durante a sua permanência estiveram ligados à cultura hispânica pela língua e tradições. Desenvolveram prósperas comunidades na maior parte das cidades espanholas. A Rede de Judiarias de Espanha integra os municípios e cidades que mais influências tiveram na cultura hebraica. Entre elas encontram-se Cáceres e Hervás.

Pelos caminhos dos Sefarditas 22

Cáceres

Texto: Patronato de Turismo de la Diputación de Cáceres

O Bairro Judeu de Cáceres está situado na parte mais baixa e funda do recinto intramuros, próximo das casas e palácios da cidade mas separados convenientemente destes. Este é um dos aspectos mais chamativos da judiaria cacerenha : o contraste entre a arquitectura das casas nobres, imponentes, com predomínio da cantaria e mampuesto, dando uma cor ocre ao urbanismo nobiliárquico e um traçado sinuoso às ruelas do bairro judeu adaptados ao terreno desnivelado, com habitações que por vezes estão apoiadas na muralha e se mostram, sem excepção, branqueadas com a cal. A segunda metade do século XV é a fase mais próspera da judiaria. Foi nesse tempo que a cultura hebraica em Espanha sofre uma quebra com o Edito de expulsão dos Reis Católicos. Alfonso Golfín, Senhor de Torres Arias, levantará precisamente no mesmo sítio onde se encontra a sinagoga, a ermida de Santo António que dá o nome ao novo bairro «Bairro de Santo António da Quebrada». Cerca de 1478, anos antes da expulsão, estava-se a construir um novo bairro judeu em Cáceres,

A gastronomia de Cáceres é muito variada e rica, influenciada pelas culturas árabe e judia. Partidas & Chegadas

muito próximo da Plaza Mayor e portanto fora dos muros da cidade, entre as ruas de Santa Cruz e Paneras. A sinagoga situou-se onde hoje vemos o palácio do Marques da Isla.

Gastronomia O prato de cozinha tradicional, elaborado a partir de ingredientes vindos do campo, numa economia claramente de subsistência, confecciona estufados saborosos como as migas Cacerenhas, cordeiro frito ou sopas de tomate com figos entre outros. A cozinha das Ordens Militares reflecte-se nos pratos de caça, cozinha refinada ao serviço de reis famosos como o caso do Imperador Carlos V. Os fornos dos mosteiros tostavam amêndoas, douravam os doces herdados de árabes e judeus e impregnavam com os seus aromas as ruas labirínticas da cidade. Consciente das excelentes propriedades dos produtos tradicionais da província de Cáceres, a gastronomia possui alimentos de alta qualidade, com Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP): Pimentão de Vera, Azeite de Gata-Hurdes, Mel Villuercas-Ibores, Queijo Torta del Casar, Queijo de Ibores, Cerejas de Jerte, Cordeiro da Extremadura, Vinho Ribera del Guadiana, Vitela da Extremadura ou Presunto de Dehesa de Extremadura são as jóias da gastronomia de Cáceres e por extensão de toda a Extremadura.


Fotos: Diputaciรณn Provincial de Cรกceres

Em cima: Cรกceres Lado Oriental Em baixo da esquerda para a direita: Cรกceres Porta Romana da Ponte Concejo; Casa Mudejar.

Partidas & Chegadas


Foto: Diputación Provincial de Cáceres

HERVÁS

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Este município do norte da província de Cáceres tem um dos bairros judeus melhor conservados de Espanha. Declarado Conjunto Histórico Artístico em 1969, a sua comunidade hebraica data do século XIII. Em 1492 Hervás era uma aldeia com pouco mais de 200 vizinhos, na qual viviam em harmonia e mútuo respeito, cristãos e judeus. Os hebreus chegaram a Hervás fugindo dos conflitos existentes noutras zonas de Espanha, atraídos pela generosidade do Duque de Béjar, que lhes permitiu possuir propriedades no município. A judiaria é constituída por ruas estreitas e casas salientes, com cuidadas varandas construídas com materiais autóctones como a madeira de castanheiro, adobe e granito. A ponte da Fuente Chiquita é um dos lugares mais atractivos deste bairro harmonioso e homogéneo que soube manter o seu encanto desde o século XV até aos nossos dias. È interessante, todos os verões, assistir à representação da obra teatral “Los Conversos” cujos actores são habitantes de Hervás. Toda a comunidade se envolve na organização de actividades para vários dias, onde a cultura judia é a protagonista.

Hervás

Partidas & Chegadas

Gastronomia Os presuntos e enchidos, os hornazos (bolos recheados de chouriço, morcela e ovo), o zorongollo (salada de pimentos assados), o cordeiro assado ou o bolo de San Antón, as cerejas e castanhas, os cogumelos e fungos são alguns dos pratos e produtos mais representativos da zona.

Artesanato As três actividades artesanais mais importantes de Hervás são os trabalhos de couro, móveis artesanais de madeira e cestaria de castanheiro.

Hervás pode vangloriar-se de ter um dos soutos de castanheiros mais impressionantes da Península Ibérica. O seu nome “Castañar de los Gallegos” deve-se ao facto de se assemelhar às florestas da Galiza, muito frondosos com grande quantidade de castanheiros. Este espaço conserva-se praticamente intacto desde o século XIX. Por este motivo a economia Hervasense gira à volta da cultura tradicional do castanheiro.


Foto: EMcantos

Despor to Setembro/Outubro 2010

ESCALADA


O desejo de subir e de chegar cada vez mais alto, de alcançar o topo foi e é um dos maiores desafios colocados ao Homem. Inicialmente por necessidade hoje por querer testar os próprios limites, muitos são aqueles que procuram na escalada a possibilidade de verem até onde conseguem chegar. O objectivo geral é, conseguir subir o mais alto possível em superfícies praticamente verticais quer sejam em gelo, rocha, ou paredes artificiais construídas especialmente para a prática deste desporto. Não se trata de uma actividade dispendiosa, mas que exige muito esforço, concentração, capacidade de resistência, grande controlo mental, grande conhecimento e controlo corporal. Requer apenas uma pequena base de formação teórica prévia, antes de começar a actividade propriamente dita.

Em Portugal existem muitos locais para a prática deste desporto, destacando-se Leiria, Pombal, Desporto

Situada no Porto, a Latitude41 é uma empresa dedicada a desportos de aventura com o objectivo de divulgar e tornar acessível aos amantes das actividades radicais o canyoning, escalada, surf, hidrospeed, paintball, orientação, caminhadas, BTT, rapel e slide. Os programas que têm disponíveis abrangem Portugal de norte a sul tendo como cenários as suas mais belas paisagens naturais, como são exemplos, as serras do Gerês, Alvão, Arga, Peneda, Cabreira, Montemuro, Freita, Arada, Caramulo, Lousã e a Costa Vicentina. Dispõe também de um variado leque de opções de forma a responder às diferentes características físicas, técnicas e psicológicas de cada pessoa.

Foto: EMcantos

Não se trata de uma actividade dispendiosa, mas que exige muito esforço, concentração, capacidade de resistência, grande controlo mental, grande conhecimento e controlo corporal.

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Cascais e Arouca, aqui em concreto a Serra de Freita – local privilegiado e de referência nacional para a prática deste deporto. As melhores épocas do ano para se praticar escalada são a Primavera e o Outono, aproveitando-se desta forma o tempo mais fresco.

Alguns dos equipamentos utilizados: Arnês é uma espécie de cinto revestido que amarra o corpo do escalador à corda, de modo a que em caso de queda esta seja protegida, evitando lesões ou pressões irregulares no corpo (deve ser escolhido algo justo e nunca folgado);

Pés de gato, que são nada mais do que uns sapatos firmes e ajustados ao pé, importantíssimos para a aderência (por exemplo, em vias

como o granito áspero, são indispensáveis, porque a força de braços é secundária e a aderência dos pés é aí muito importante. Em geral são comprados dois números abaixo do calçado normal. Isto permite que o sapato não dobre nas pequenas fendas e se mantenha rijo contra a rocha);

Magnésio , para evitar a humidade das mãos e facilitar a sua aderência às paredes; Capacete, uma protecção indispensável, que protege a cabeça do escalador, da queda de pequenas pedras ou outros objectos;

Mosquetão, que tem função de elo de ligação e não é mais do que uma peça metálica em forma de aro com um troço de abertura em mola a fim de se proceder à fixação e fecho. Um mosquetão de segurança leva um dispositivo roscado que não permite que se abra inadvertidamente.


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Casa de Santa Vitória

“Aroma de um estilo de vida…” Agora que o Verão está a acabar e que o Outono bate à porte já imaginou tirar uns dias de folga e experimentar um fim-de-semana diferente. O que propomos é a recordação de tradições seculares intimamente ligadas às vindimas, não fosse Setembro e Outubro dois meses indiscutivelmente ligados à prática. Portugal foi e continua a ser um país rico em vinhos. De norte a Sul é ver-se um desfilar de quintas, solares e herdades que ostentam com vaidade as suas vinhas e que uma vez por ano abrem portas para que visitantes possam, por uns dias, tornar-se autênticos agricultores. A ideia é não deixar morrer esta tradição enraizada na cultura portuguesa e não só. Sendo o Alentejo uma das regiões nacionais mais rica em tradições vinícolas e onde o Enoturismo está em alta, muitas são as escolhas para quem pretende conhecer mais de perto a arte de vindimar. Nos últimos anos têm pois surgido espaços dedicados ao Enoturismo, pensados para que os seus visitantes possam ao mesmo tempo que descansam e se divertem conhecer de perto e inclusivamente participar em vindimas. Por isso já sabe, tudo o que precisa trazer é boa disposição e vontade para passar um fim-de-semana em cheio com a certeza de que se irá divertir.

Fundada em 2002, a Casa de Santa Vitória é uma empresa do Grupo Vila Galé focada na produção e comercialização de vinhos e azeites Alentejanos de qualidade. Fruto de uma paixão pelo “Campo”, este investimento no sector do vinho e noutros produtos ligados à terra proporciona a todos os que o visitam um contacto directo com o que de melhor se produz no Alentejo, combinando, de uma forma única, grandes vinhos, uma cuidada gastronomia regional e inúmeras actividades lúdicas, em plena planície alentejana, num ambiente marcadamente rural. Por preços bastante agradáveis e os programas que a quinta apresenta são bastante diversificados sempre direccionados para o contacto directo com a natureza. O Hotel conta com 80 quartos todos eles com vistas privilegiadas para os campos, um SPA, um jacuzzi entre outras actividades relacionadas totalmente com a vinha.

Enoturismo

Setembro/Outubro 2010

Escapar à rotina...

Marcações: Casa de Santa Vitória - Sociedade Agro-Industrial, SA Herdade da Malhada 7800 – 730 Santa Vitória Telefone: (+351) 284 970 170 Fax: (+351) 284 970 175 Email: info@santavitoria.pt www.santavitoria.pt

Outras Opções Para quem pretender usufruir apenas dos programas disponíveis pode sempre optar pelas Pousadas da Juventude situadas na Região do Alentejo. No Alentejo existem neste momento três, sendo que está para breve a abertura da Pousada da Juventude de Évora. Pousada da Juventude de Beja Rua Professor Janeiro Acabado 7800 – 506 Beja Telefone: (+351) 284 325 239 Beja@movijovem.pt Horário Recepção: 08h00 às 24h00 Funcionamento: Aberta 24 horas Refeições: Não

Pousada de Juventude de Portalegre Av. do Bonfim, Edifício IPJ 7300-067 Portalegre Portugal Telefone: (+351) 245 208 204 portalegre@movijovem.pt Horário Recepção: 08h00 às 24h00 Funcionamento: Aberta 24 horas Refeições: Não Pousada da Juventude de Almograve Rua do Chafariz – Almograve 7630-017 Odemira Telefone: (+351) 283 640 000 almograve@movijovem.pt Horário Recepção: 08h00 às 24h00 Funcionamento: Aberta 24 horas Refeições: Informações no acto da reserva.


Setembro/Outubro 2010

A não per der perder

Vila Verde, terra dos Lenços de Namorados, é um dos maiores e mais pitorescos concelhos do Minho. Rodeada pelos municípios de Ponte da Barca, Barcelos, Ponte de Lima, Terras de Bouro, Amares e Braga, tem nos rios Neiva, Homem e Cávado, um dos motes para as paisagens de ‘cortar a respiração’ e desfrute. Para apreciar o melhor de Vila Verde apure dois dos seus sentidos: a visão e o paladar. Percase nas paisagens pujantes, nos aglomerados rurais graníticos do norte e nos bucólicos postais do encontro do Homem com o Cávado, no sul. O património histórico do concelho prova quão antiga é a atracção que Vila Verde exerceu, desde sempre, no homem. Desde o Castro de Barbudo, à Citânia de S. Julião de Caldelas, passando pela Torre Medieval de Penegate, às casas rurais como a herdade da Pequenina, da Idade Média, os edifícios religiosos barrocos e maneiristas como a Capela de Sto António, até aos solares e quintas que hoje acolhem os turistas. Na alegria dos sentidos, as festas e romarias, com destaque para as comemorações do Santo António, reflectem a riqueza cultural e sentido de preservação de usos e costumes, que hoje constituem o atractivo turístico do concelho.

Vila Verde…

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Mil e um Encantos por descobrir!.. O QUE VISITAR Praias Fluviais

Texto: PROVIVER

ONDE FICAR As Casas de Turismo Rural são uma extensão do espírito bucólico, romântico e tradicional de Vila Verde. O conforto, a simpatia, a fruição dos prazeres da mesa e dos ícones culturais locais, como o ‘Lenço de Namorados’, está patente em cada ambiente rústico.

ONDE COMER Vila Verde revela uma forte tradição na restauração e na pastelaria. Dificilmente o turista se ‘engana’ e não fará uma boa escolha quando resolver entrar num restaurante. À mesa, para muitos, está o melhor de Vila Verde: Arroz Pica-no-Chão (do qual o município é a capital), Papas de Sarrabulho, Rojões à Moda do Minho e ainda o Pudim Abade de Prisco e o ‘Pink Cake’ (Bolo de Namorados, que só se encontra em Vila Verde), são as nossas sugestões para ‘comer e chorar por mais’.

Mixões da Serra Conhecida como ‘o pequeno Gerês’, Mixões da Serra é um paraíso para os amantes do turismo rural, paisagístico, ecológico, cinegético, e de montanha. O passeio por Mixões da Serra inclui encontros com animais de pasto, espigueiros em granito e vestígios arqueológicos como relógios de sol. Outro dos atractivos é o Santuário, de arquitectura exótica, no topo da Serra. Mixões da Serra é também famoso pelo ritual da bênção de centenas de cabeças de gado, por altura das festas antoninas.

Praça da República Ponto de encontro dos vilaverdenses, a Praça da República é o coração da vila. Com os edifícios da Câmara Municipal, Biblioteca e Casa da Justiça como fundo, é delimitada por espaços comerciais de arquitectura tradicional. O que marca o visitante são as filas de frondosas árvores que ladeiam a avenida proporcionando um extenso manto de sombra.

Os três rios (Neiva, Homem e Cávado) que atravessam Vila Verde proporcionam espaços de lazer e desporto, com qualidade e características distintas. Destacamos o Faial, em Vila de Prado, que sobressai pela prática de canoagem e onde tem sede o Clube Náutico de Prado, um dos melhores do país; a Malheira, em Sabariz, mais familiar e bucólica; a Ponte Nova, em Loureira, com características especiais para a prática de caminhadas e corridas; e o Mirante, em Soutelo, no desaguar do Homem no Cávado, vocacionado para o convívio e divertimento nocturno.

Santuário de Nossa de Senhora do Alívio Local de grande devoção religiosa, este Santuário, património nacional, atrai todos os anos em Setembro, milhares de devotos para homenagear Nossa Senhora do Alívio. Destaque para a capela das oferendas, com exemplares de gigantescas cobras que antigos combatentes trouxeram de África.


Eventos marcantes

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Em Vila Verde não pode perder o Mês do Romance, em Fevereiro, dedicado aos Lenços de Namorados e à marca ‘Namorar Portugal’; a semana cultural de celebração ‘Sá de Miranda, Por Terras de Vila Verde’ e a Feira Quinhentista, em Maio; as monumentais festas antoninas, em Junho; a Bienal Internacional de Arte Jovem, em Julho, assim como iniciativa Na Rota das Colheitas’, que vai de Agosto a Novembro e que engloba a Festa das Colheitas, que este ano se realiza de 5 a 10 de Outubro. Todos os anos estes eventos arrastam centenas de milhares de turistas e visitantes.

Festa das Colheitas

‘Vila Verde, Capital do Pica-no-Chão’ é marca registada pelo município e pretende celebrar esta iguaria minhota, de sabor intenso e inesquecível. Fotos: PROVIVER

Praia da Malheira, rio Homem, um dos cenários mais deslumbrantes de Vila Verde. Bucólico e inebriante.

A “Festa das Colheitas”, de 5 a 10 de Outubro, no centro de Vila Verde, é um dos maiores eventos nesta época em Portugal. Atrai cerca de 100 mil visitantes que vêm apreciar o melhor do artesanato, da agricultura e da Gastronomia, num evento com um programa rico e versátil. O destaque vai para a Feira Mostra de Produtos Regionais e para o Festival Gastronómico, que reúne restaurantes de todo o país. Este ano, os protagonistas serão o Linho, peçachave na confecção dos Lenços de Namorados, patente no Espaço ‘Namorar Portugal’, e ainda o Pica-noChão, iguaria celebrada no Espaço ‘Vila Verde, Capital do Pica-no-Chão’. Durante seis dias também poderá provar outros sabores, como os doces típicos; visitar as tasquinhas; ver práticas agrícolas, como desfolhadas, pisadas de uva e espadeladas de linho; ouvir a música tradicional e folclore, num evento que pretende celebrar a ruralidade e unir a tradição à modernidade. Veja mais informações sobre o evento em www.proviver.pt/colheitas.


Setembro/Outubro 2010

Trilhos & Trilhas

Infanta D. Urraca, filha de D. Afonso Henriques, na sua desditosa vida de rainha de Leão percorreu e esteve por longas temporadas em três cidades espanholas, a sós e muitas vezes com o seu marido, o rei de Leão Fernando II. Inspirando-nos nos seus itinerários decidimos descobrir os três locais por onde terá vivido e talvez recebido do Papa a anulação do seu casamento.

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D. Urraca Afonso foi a primeira filha de D. Afonso Henriques e de D. Mafalda de Sabóia , nasceu provavelmente cerca do ano 1150. Devido aos intensos conflitos entre Portugal e Leão, D. Afonso Henriques estabelece com o rei de Leão, D. Fernando II, um acordo no qual compromete-se a ceder a mão de sua filha ao então rei de Leão. Apesar de tudo, as contendas entre os dois reis não cessarão ao longo dos anos. Mais tarde, o próprio Papado movido por interesses políticos e religiosos ordena a anulação do casamento entre D. Urraca e D. Fernando II, argumentando com a proximidade de parentesco entre os dois. Após a anulação D. Urraca recolhe-se a um convento, julga-se que na região de Zamora, onde falecerá já no reinado do seu filho e de D. Fernando II, Afonso IX de Leão.

Cidade Rodrigo Foto: EMcantos

Zamora

Salamanca Foto: EMcantos

Foto: Diputación de Zamora


Entre o Passado e o Presente 31

Zamora

Ponte de Pedra

Foto: Diputación de zamora

Zamora é mais conhecida entre os portugueses pelo célebre Tratado de Zamora de 1143 celebrado entre D. Afonso Henriques e seu primo D. Afonso VII Rei de Leão e Castela. É um dos eventos que marca o início do reino de Portugal. Mas, ao visitá-la vemos uma cidade formosa, tranquila e muito agradável. Uma pequena cidade, mas

A nível turístico tem uma localização estratégica bastante importante, estando no cruzamento dos caminhos da famosa Via da Prata.

com história, cultura e património. Situada no noroeste peninsular, encontra-se a 248 km de Madrid, 62 de Salamanca, 90 de Valladolid e a 85 da fronteira portuguesa de Bragança. A nível turístico tem uma localização estratégica bastante importante, estando no cruzamento dos caminhos da famosa Via da Prata. Trilhos & Trilhas


Fotos:Diputación de Zamora Em cima Moinhos no Rio Douro; em Baixo Vista nocturna da cidade, ao fundo pode verse a Catedral

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Aprecie também o rio Douro, visitando as Moinhos de Olivares agora recuperados como também os seus engenhos... Trilhos & Trilhas

Como Cidade do Românico há que visitar a sua catedral construída no século XII, expoente máximo do românico em Zamora, não se esquecendo das suas igrejas. Outro destaque vai para o magnífico castelo, agora completamente renovado e inaugurado há pouco tempo ao público. Aqui pode descansar um pouco num miradouro e contemplar a partir das suas muralhas a catedral e o rio Douro que passa pela cidade. Dê um salto ao museu de Baltasar Lobo na Casa dos Gigantes, um dos melhores escultores de Zamora do século XX. Aprecie também o rio Douro, visitando as moinhos de Olivares agora recuperados como também os seus engenhos, próximo encontra-se o centro de interpretação das cidades medievais onde poderá compreender a relação medieval que existiu entre o rio e a cidade. Mas o passado é apenas uma pequena parte da cidade de Zamora, com um total de 19 edifícios, alberga igualmente uma ampla representação da arquitectura modernista de Castela e Leão o que permitiu a sua inclusão da Rota Europeia do Modernismo, onde estão incluídas 58 cidades e 49 instituições de todo o mundo. A nível cultural Zamora possui um cartaz deveras atractivo para os turistas com festivais de música como o Festival Jazz “Noites de Viriato” que se realiza desde 2008 com uma iluminação interpretativa que transforma a Praça de Viriato num lugar mágico; destaque também para o Festival de Musicas do Mundo “Som Zamora” que leva ao átrio da catedral todo o tipo de sons. Não nos podemos esquecer do “Cerco de Zamora” que são representações teatrais realizadas em lugares históricos, uma atracção para muitos visitantes, entre outras actividades culturais.


Salamanca

A cidade Dourada Foto: EMcantos

Conquistada pelos árabes no inicio do século VIII, Salamanca foi recuperada pelo rei D. Afonso VI, encarregando o seu genro, Raimundo de Borgonha, de a colonizar. Este daria à cidade o seu primeiro foral em 1096. Actualmente e já há muito tempo que a cidade é conhecida pela sua universidade, uma das mais antigas da Europa. No entanto Salamanca possui um património digno de registo e visita obrigatória para quem a quer conhecer. Ao observar o centro histórico reparamos na cor dourada dos seus edifícios, tendo sido em tempos chamada Cidade Dourada. Devido à pedra utilizada para a construção, pedra Villamayor, composta com muito ferro que lhe dá o aspecto dourado. Como forma de preservação do centro histórico não é permitido construir sem ser com esta pedra e é obrigatório manter as fachadas características de Salamanca. Declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1988 e Cidade Europeia da Cultura em 2002, Salamanca tem à disposição do visitante um grande número de edifícios de beleza indescritível. Sugerimos que se vista confor-

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No caminho paramos na Rua Mayor fundada no século XI por uns dos primeiros povoadores, muitos deles portugueses. O povoamento era outrora uma forma de os cristãos afirmarem a sua supremacia nos territórios ameaçados pelos mouros durante a Reconquista Cristã. Aqui podemos aproveitar e comprar algumas recordações típicas de Salamanca como pequenas rãs da sorte e os botões charros.

tavelmente e venha connosco conhecê-la! A primeira paragem é na Plaza Mayor construída no início do sec. XVIII. Edifício de arquitectura barroca situado na antiga praça de San Martin. A sua construção decide-se em 1710 sob a alçada do arquitecto

Alberto Churriguera no reinado de Filipe V Bourbón. As casas do lado oriental denominado Pavilhão Real concluíram-se em 1733, ao norte encontra-se o Auyntamiento. Ostenta 88 arcos e sob as portadas encontravam-se vários estabelecimentos comerciais, onde decorria a vida da cidade. Podemos observar nas portadas vários medalhões com imagens de reis no edifício do Pavilhão Real. Apenas um deles representa a imagem de uma personalidade não pertencente à monarquia: Francisco Franco. Nos outros edifícios os medalhões ilustram personalidades ligadas à cultura. saindo da Plaza Mayor deparamo-nos com a igreja de San Martin de Tours construída no século XII tendo sido restaurada no século XVI. As catedrais de Salamanca são um dos muitos ex-libris da cidade a par com a Universidade, paragem obrigatória para uma observação atenta. Facto de relevância é estarem as duas catedrais lado a lado. Conta a lenda que se construiu a nova porque acharem a catedral velha muito pequena para toda a população, para de seguida destruiriem a velha. Mas a forte oposição das mulheres de Salamanca fez com que Trilhos &T rilhas &Trilhas


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Algo que realmente distingue a cidade é a universidade que arranca no século XIII, quando Afonso IX fundou Escola de Salamanca, mais tarde Afonso X, o Sábio, criou em 1254 a primeira universidade da Espanha e uma das quatro mas antigas da Europa.

Trilhos & Trilhas

Fotos: EMcantos

a Catedral velha perdurasse até aos nossos dias. Perto encontra-se o Colégio de Anaia, primeiro colégio de Espanha. A catedral nova construída entre 1513 e 1733 é considerada a última catedral gótica, detectando-se diversos estilos arquitectónicos como barroco, plateresco e neoclássico. Dentro existem muitas capelas privadas, pertença das famílias nobres que desejavam uma proximidade com a entidade divina. A cúpula possui uma altura de 82 metros, tendo no centro a pomba, símbolo máximo da paz. Diz a tradição que cúpula da catedral no dia do célebre terramoto de Lisboa de 1755 caiu não ferindo nem matando ninguém. Nasceu assim o costume dos porteiros da Catedral, na época da família Mariquero, subirem à torre e dar graças a Deus por não ter morrido ninguém naquele fatídico dia. Hoje, a tradição continua. No dia 31 de Outubro exactamente na véspera de 1 Novembro, dia do terramoto de Lisboa, um homem sobe à torre onde solta uma pomba, reza e toca os bombos com o traje típico salamantino. Nas Portas de Ramos podemos observar a curiosidade da existência de um astronauta lá colocado quando em 1991 se procedeu a um restauro, elaborando-se um friso com motivos contemporâneos. Ao lado está a catedral Velha de estilo protogótico, construída no século XII, aqui poderemos admirar um retábulo com a função de ensinar à maioria da população que não sabia

Em cima da esquerda para a direita: Vista interior da Cúpula da Catedral dos Jerónimos; Casa das Conchas. Em baixo da esquerda para a direita: Jardim da Universidade e Catedral dos Jerónimos

ler. De destacar nesta catedral a torre galo de inspiração bizantina. Não podemos passar à frente sem dizer que os claustros da catedral velha foram a origem da Universidade de Salamanca. Aconselhamos a apreciar a fachada da universidade em estilo plateresco, onde podemos observar um medalhão com os reis católicos. Conta a tradição que aos novos estudantes, os mais velhos obrigavam a que encontrassem uma rã na fachada. tarefa Dificil mas concretizavel. É de destacar as Escolas Maiores, de estilo gótico, bem como as Escolas Menores com um pátio com arcos miscelaneos, estilo típico de Salamanca. Outrora na Universidade reflectiam-se as categorias sociais e era usual os servos levarem os livros do seu senhor de manhã cedo, por serem muito pesados. Ou no Inverno antes da sua chegada sentaremse no seu lugar de forma a aquecerem-no para quando o senhor chegasse não sentisse frio. Recorde-se que nesta época estudar era apenas privilégio dos homens. No entanto, sabe-se que, nesta Universidade tera estudado uma mulher, chamada Beatriz. La Latina, como ficaria conhecida mais tarde e que viria dar

nome a uma rua, desafiou tudo e todos ao vestir-se de homem para estudar. A façanha foi descoberta e chegou aos ouvidos dos reis, resultando num enorme escândalo social. Outro facto curioso é que ao longo das ruas de Salamanca, junto da Universidade podemos observar é o “V” de vitória pintados a vermelho nas paredes dos edifícios. Trata-se de um costume dos estudantes que quando aprovavam, pintavam com sangue de touro este símbolo. Não deixe de visitar a Casa das Conchas. Edifício construído no século XV. Pertencia a um professor da Universidade da Ordem dos Cavaleiros de Santiago. A razão pela qual existem nas fachadas imensas conchas de vieiras, deve-se ao facto de esta serem o símbolo de Santiago. Justamente em frente situa-se o caminho de moçárabe de Santiago utilizado pelos peregrinos cristãos vindos do sul da península. Devido a muitas intrigas e invejas reza a lenda que numa das conchas está um tesouro. O objectivo era que todos aqueles que pudessem, retirassem as conchas na expectativa de encontrar o tesouro e assim destruíssem o edifício. Actualmente a bonita Casa das Conchas alberga bibliotecas para estudantes.


Estava um dia quente de Agosto quando chegámos a Cidade Rodrigo. Apesar do calor desejávamos conhecer a cidade que foi fundada por Fernando II de Leão e sua mulher, a Infanta Portuguesa D. Urraca Afonso, agora rainha de Leão. Construída com uma pedra autóctone, principalmente a parte mais antiga, tanto casas de ricos, como de pobres impressionam a notável conservação dos edifícios. Começaremos as nossas deambulações partindo do centro da cidade, a chamada Plaza Mayor. Local onde estão situados estabelecimentos comerciais e esplanadas, nas quais poderá sentar-se e apre-

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As três colunas, símbolo da cidade, encontram-se actualmente na entrada de Cidade Rodrigo, recebendo o visitante na estrada de Salamanca. Anteriormente situavam-se na parte mais alta da cidade, mais tarde foram trasladadas para junto do Auyntamiento, sendo novamente mudadas para o campo de Toledo e mais tarde já na década de 70 do século XX para o sitio onde presentemente se encontra.

lo XVI patrocinou a construção da igreja e do convento, tendo depois o privilegio de possuir um panteão familiar na Igreja. Com a guerra peninsular e a invasão dos exércitos franceses, os Agostinhos foram expulsos e não mais voltaram a este edifício. Como não regressaram o bispo cedeu o espaço à Ordem Santa Teresa de Jesus, que a partir de 1906 inaugurou um colégio que continua a funcionar nos dias de hoje. Há que acrescentar que na guerra o convento foi transformado num armazém de palha. Mais à frente, a Casa Vasquez seduziu-nos pela sua arquitectura com a porta a abrir em esquina.

Cidade Rodrigo A eleita

Foto: EMcantos

ciar a vida da cidade. Aqui celebrase o Carnaval, tradição que já vem do século XV e que é considerada de Interesse Turístico Nacional. Os touros são uma peça muito importante no Carnaval, podendo o visitante assistir a uma típica largada de touros. Nesta mesma praça antigamente realizava-se o Mercado chico com os pregões e sob as portadas estavam os notários. Perto situavamse também as carniceiras públicas construídas no século XVI. Actualmente, lá se encontra o

ayuntamiento. O edifício construído no século XVI com dois pisos, um pórtico inferior e uma galeria superior. Numa das torres estão três escudos: o do Imperador Carlos V, o do Corregedor (governador da cidade) e o escudo da cidade com as três colunas. Deixámos a Plaza Mayor e deslocamo-nos para uma rua onde se nos depara o ex-Convento dos Agostinhos. Com uma historia curiosa à volta de uma família de nome Chaves de origem portuguesa, que no sécu-

Edificada século XVI por Francisco Vazquez. Mais tarde foi restaurada no século XX por aquele que é hoje conhecido como o Bom Alcaide. Registamos que o escudo da família encontra-se inclinado, coisa habitual como se comprova na maioria das casas brasonadas. Contase que a população atribui este pormenor estilístico ao facto de o proprietário ser filho ilegítimo. No entanto os especialistas afirmam tratar-se de uma moda vinda do Norte da Europa, mais concretamente dos Países Baixos. Trilhos &T rilhas &Trilhas


Foto:EMcantos

Da direita para a Esquerda: Actual Posto dos Correios (Casa Vasquez): Catedral de Cidade Rodrigo

No interior da Casa Vasquez Ao regressar à rua chamou-nos poderá contemplar uma decoração a atenção a Casa da Marquesa de muito bonita e apreciar os actuais Cartago. Edifício do século XIX de Serviços de Correios de Cidade estilo neogótico com uma decoração Rodrigo. Acrescente-se que nesta muito bonita. Destacámos as varanhospedou-se o rei D. Afonso XIII. das de esquina e as janelas ornaAo passar pelo Convento das mentadas. A proprietária, Marquesa Franciscanas Descalças detenha-se de Cartago, faleceu antes de concluir e aprecie a porta decorada em estilo a obra. Os novos os proprietários barroco do século XVIII. Hoje é um reformaram-na e concluíram-na em centro de dia para idosos. 1953. A última proprietária doou o Ao percorrer as ruas de Cidade edifício ao bispado e actualmente ali Rodrigo chegamos às muralhas da funciona a Fundação da Cidade fortificação construídas por Fernando Rodrigo 2006. II de Leão no século XII. Foi o rei de Ex-libris de Cidade Rodrigo é Leão que repovoou o local e o transsem dúvida a catedral. Edifício formou numa praça forte, vigiando a construído por Fernando II e D. fronteira portuguesa e muçulmana. Urraca de Leão. Ao longo dos sécuDois séculos, depois com o conflito los sofreu modificações, sendo posde Henrique de Trastâmara e D. sível verificar vários estilos Pedro I de Castela a cidade um duro arquitectónicos desde o românico assédio por er tomado partido deste com a sua rosácea, o gótico com as último. Como resultado Henrique de suas cúpulas e capelas do século Trastâmara saiu vencedor, tomando XVIII. a cidade. Na contenda destruiu as A Porta das Candelas de estilo muralhas. Mais tarde, recuperou-as gótico distingue-se com seu friso e aumentou a sua altura, conscom esculturas de doze persotruindo-se uma torre. No sécunagens do Antigo Testamento, lo XV o alcaide do castelo, entre elas a Rainha do Sabá. 36 António de Aguila, irá acrescenAo lado encontra-se uma catar uma torre de menagem. pela do século XVIII. Actualmente o castelo pertenNa parte ocidental erguece a uma pousada de turismo, onde se uma torre do século XVIII que de o visitante poderá ficar e sentir-se pricerta maneira protegeu a Porta do vilegiado com as paisagens, tendo Perdão, que se crê construída no como pano de fundo o rio Águeda . século XIII, dos ataques Trilhos & Trilhas

napoleónicos. É visível na fachada ocidental os ataques dos canhões dos exércitos franceses. A população após a guerra restaurou o edifício mas deixou para recordação as marcas. No interior da catedral logo na nave central encontramos nas cúpulas junto aos capiteis as esculturas que representam D. Fernando II e também da rainha D. Urraca, o primeiro bispo e São Francisco Assis. Este último julga-se ter estado na cidade, se assim for é a primeira imagem que se conhece elaborada em vida. No centro, encontra-se também o coro datado do século XV de madeira de nogueira. Caso curioso num edifício religioso é o facto de terem motivos ornamentais profanos e mesmo obscenos. Pode-se observar nas cadeiras esses ornamentos. Ao sairmos da Catedral podemos ver à esquerda o Museu dos Penicos e em frente a Praça de Herrasti. Na muralha existe a Porta do Rei que está fechada há muitos séculos para defender a cidade de exércitos de inimigos. Esta parte da muralha é conhecida por Brecha por ali terem entrado os franceses. É curioso que as praças que encontramos ao longo das nossas deambulações, e são muitas, devemse ao facto da população ter transformodo em espaços públicos os bairros que foram destruídos nas sucessivas guerras. Não deixe de visitar a praça do Buen Alcaide, onde se realizam muitas actividades lúdicas para as crianças, assim como a Igreja de Cerralbo com um estilo muito sóbrio mas de uma grandeza que rivaliza com a catedral.


Situada nos arredores de Lyon, a Região de Pays de Pierres Dorées é considerada por muitos daqueles que a visitam como um dos locais mais belos desta zona. Ao percorrer as ruas pode impressionar a cor dos edifícios. Permanece o ocre claro ou escuro provenientes das inúmeras pedreiras da região. Esta jóia que alegra a paisagem deve a sua cor essencialmente ao óxido de ferro. Actualmente a única pedreira em actividade é a de Ville-surJarnioux e Marcy. A título de curiosidade é de salientar que a pedreira de Saint-Jean-de-Vignes originou o lugar a que hoje se chama de Pierres Folles. Trata-se de um espaço geológico e enológico aberto todo o ano ao público. Os apaixonados pela vinha e pela sua história podem aqui encontrar um verdadeiro paraíso. Castelos , aldeias fortificadas são um dos postais da região. Sugerimos também, caso tenha oportunidade um passeio até Bagnols e o seu castelo datado do século XV. Chanay é outro dos locais que merece uma visita. Aqui tem a oportunidade de vislumbrar a 360 graus, uma vista de “encher a alma”. A oeste de Beaujolais a paisagem altera-se radicalmente. Prevalecem aqui as terras mais selvagens e rudes, cobertas de florestas e atalhos. Para melhor conhecer a região experimente um percurso de burro. Entre 300 a 400 euros duas

pessoas poderão desfrutar de um fim-de-semana em Beaujolais com estadia de duas noites e pequeno-almoço e jantar, piquenique na hora de almoço no sábado e domingo. A estadia inclui igualmente uma rápida mas necessária formação dedicada exclusivamente à forma como se deverá relacionar com o animal assim como outras informações.

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Inter nacional Internacional

Uma jóia na França

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Setembro/Outubro 2010

PAYS DES PIERRE DORÉES


Setembro/Outubro 2010

Esca padinhas Escapadinhas

Quinta das Escomoeiras

Entre vales e serras escondem-se por vezes pequenas maravilhas perdidas, lugares prazenteiros de profunda inspiração capazes de transmitir a quem por lá passa sensações de grande deleite. A Quinta das Escomoeiras é disso um excelente exemplo. Localizada no concelho de Celorico de Bastos é a solução ideal para quem procura uma escapadinha à rotina do dia-a-dia. 38

Onde o prazer e a história caminham de mãos dadas Rodeada por belas paisagens e ladeada pelo rio Tâmega, aqui pode encontrar paz, harmonia e descanso sempre aliados à simpatia das suas gentes. Ao todo são nove quartos totalmente equipados e prontos a receber os seus visitantes. Existe ainda um restaurante e um bar para que quem fica possa saborear os prazeres da gastronomia regional. Cercada de história, os seus hóspedes têm à sua disposição uma imensidão de locais a visitar como a Ponte de Arame em Lourido que apesar de não ser possível atravessar, não deixa de ser um local interessante para visitar, não fosse ela também um ex-líbris desta zona. Por outro lado, e graças à sua excelente localização pode ainda visitar-se Celorico de Basto e aí descobrir os seus diversos solares e jardins de caméli-

as, o Castelo e Mosteiro de Arnoia, a Biblioteca Municipal Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, Senhora da Graça, Fisgas do Ermelo e o Parque Natural de Alvão. Para os mais aventureiros também não faltam actividades em pleno contacto com a natureza. Rica em património natural a Quinta das Escomoeiras propicia a prática de actividades como a pesca, canoagem ou realização de passeios pelas margens do rio. Os menos aventureiros podem percorrer as vinhas da propriedades, dar um mergulho na piscina, caminhar pelo bosque ou então deixar-se deliciar pelo passeio de bicicleta pelas margens do Tâmega. Não descurando a fama da região, a Quinta tem ainda à disposição dos seus visitantes uma Adega

para quem quiser visitar e provar os excelentes vinhos. O convite está feito!

Contactos Quinta das Escomoeiras – Lourido 4890-055 Arnoia – Celorico de Basto Telefone: (+351) 255 322 785 Telemóvel: (+351) 935 322 786 Fax: (+351) 255 322 785 Coordenadas GPS : Latitude: 41°20.668' N |Longitude: 7°59.890' W


Fotos: EMcantos


Setembro/Outubro 2010

Pratos & tantos

“Fundanus Prestige” DOC 2005

Arroz de Pato

Origem: Beira Interior Tipo: Tinto – Colheita: 2005 Denominação de Origem: DOC Beira Interior Castas: Aragonez e Jaen Vinificação: Curtimenta prolongada, com temperatura de fermentação a 28º. Envelhecimento: Estágio em barricas novas de carvalho durante um ano e posteriormente em garrafa, pelo mesmo período. Prémios: Medalha de Ouro no Concurso Mundial de Vinhos Wine Masters Challenge 2008 – Prova cega

Análise Sensorial Cor: Ruby acentuada com nuances acastanhadas.

Aroma: Frutos silvestres, caramelo e tabaco.

Sabor: Macio, denso, com bom equilíbrio entre o seu corpo e os taninos, terminando com boa persistência.

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- 500g de arroz - 1 pato - 250 g de bacon - 2 cebolas - 1 chouriço pequeno - 1 cenoura - Sal e pimenta - Um limão - Uma colher de sopa de manteiga Prepare o pato e coza-o em água juntamente com chouriço e cenoura. Quando as carnes estiverem cozidas, retire-as do caldo e desfie o pato. Coe o caldo, retire o excesso de gordura e reserve. Meça o arroz e o caldo; o caldo deverá ter duas vezes e meia o volume do arroz. Leve o caldo ao lume tempere com o sal e pimenta e assim que levantar fervura junte o arroz, o sumo de limão, a cenoura e o bacon. Deixe o arroz abrir um pouco mude-o para um alguidar de barro achatado próprio para este prato e leve-o ao forno até acabar de cozer. Quando o arroz estiver quase pronto enterre levemente o pato desfiado muito bem untado com manteiga. Deixe acabar de cozer o arroz. Retire do forno, corte o chouriço em rodelas e disponha sobre o arroz. Sirva o arroz no próprio alguidar.

O Fundanus Prestige deve ser aberto 30 minutos antes de ser consumido e deve ser servido a uma temperatura de 16ºC. Este vinho está sujeito a criar depósito pelo que deve ser decantado. Acompanha muito bem cabrito assado na brasa e queijos ou outros pratos de carne. É aconselhável manter o vinho em locais frescos e arejados, sem exposição directa ao Sol. Grau alcoólico: 14% Vol. PH: 3,34 Acidez Total: 6,6 g/l SO2 livre: 13 g/l


SOS Meio Ambiente Foto: EMcantos

O Tempo anda maluco! Cada vez mais aumentam as ameaças e os perigos para o nosso Planeta e é ver os fenómenos naturais aumentarem. São as tempestades, os furacões, a extinção de animais, as enxurradas, os incêndios em grandes proporções que sem motivo aparente aumentam cada vez mais de intensidade causando destruição e prejuízos pelos quatro cantos do mundo.


Apesar dos vários esforços levados a cabo pelas instituições e outras entidades na prevenção e na chamada de atenção para questões relacionadas com os elevados níveis de poluição, esta ainda continua a ser uma batalha não ganha. As campanhas publicitárias, os avisos às populações vão surtindo algum efeito mas não o necessário. E como as crianças são os Homens de amanhã é muitas vezes por aqui que a batalha tem começado. Tentam-se mudar hábitos enraizados, incentiva-se à reciclagem numa tentativa de pelo menos marcar a diferença. No entanto, o problema maior continua a vir das entidades dirigentes. Existe ainda a falta de ecopontos e de mentalização dos governantes das nossas cidades no incentivo para este tipo de práticas. Existe a falta de ecopontos espalhados pelas vilas e cidades o que muitas das vezes origina comentários do género “não faço reciclagem porque o ecoponto fica muito longe”. Mas a reciclagem é sim um hábito essencial, mas não é tudo. Existem muitas outras maneiras de tentarmos baixar os níveis de poluição atmosférica. E se todos contribuíssemos ajudávamos não só o meio ambiente, como também a nós próprios.

Energias renováveis… Sejam bem-vindas!

de energia. Ora, existem no mundo uma quantidade diversificada de formas de energia alternativa. O sol, o vento, a água são apenas algumas das possibilidades que se têm vindo a explorar nos últimos tempos. Nos últimos anos tem se vindo a assistir a um esforço de Portugal no que concerne especialmente ao aumento da energia eólica. Hoje é Comum observar-se parques eólicos nas nossas paisagens. Existe no entanto ainda muito caminho por percorrer! E porque o ambiente tem uma importância inegável na nossa qualidade de vida e na sustentabilidade de vida das gerações futuras é necessário conhecer e ter consciência das consequências da vida moderna sobre o planeta. É preciso informar das causas e consequências directas das alterações climáticas sobre a vida humana, animal e vegetal. Não basta reciclar o lixo, é preciso tomar consciência de cada gesto diário!

Existe ainda, muito caminho a percorrer na educação dos cidadãos no que concerne aos cuidados a ter com a “mãe natureza”. 42

Dez práticas a adquirir na preservação do Meio Ambiente. Separação do papel, plástico, e vidro dos restante lixo orgânico, e depósito dos mesmo nos respectivos contentores;

Recolha de pilhas e entrega no pilhão; Utilização de temporizadores para poupança de água e luz; Procurar efectuar uma condução o mais económica e amiga do ambiente possível, sem travagens e acelerações bruscas;

O Homem é um devorador de energia. Hoje tudo o que faz é movido por ela, tornando-a certamente numas das palavras-chave mais importante da Humanidade. Actualmente, as necessidades energéticas da humanidade são fundamentalmente satisfeitas a partir dos chamados combustíveis fósseis, como o Carvão, o Petróleo, ou o Gás Natural. Em regra, esses recursos são transformados por via da combustão noutras formas de energia, como a eléctrica, o que os torna em produtos altamente tóxicos e poluentes. Por outro lado existe ainda a tendência para acabar deste tipo

Utilizar papel reciclado e procurar não usa-lo desnecessariamente; Não deitar lixo para o chão. Se for para o campo, praia ou andar de barco leve um recipiente para guardar o lixo. As embalagens de plástico e outro lixo que se deita ao mar matam, por ano, mais de 1000 animais marinhos. Por vezes estes ingerem-nos pensando que é comida. Não deixe lixo na praia. O fundo de uma garrafa pode provocar um incêndio por fazer convergir os raios solares quando nele incidem. Não abandone garrafas no campo ou nas bermas das estradas. Ao comprar um novo aparelho electrodoméstico procure escolher o que gastar menos energia. Quando levar o seu cão à rua remova as fezes, porque elas são geralmente portadoras de bactérias, vírus ou parasitas que podem contaminar as águas ou provocar doenças. Andar de bicicleta em vez de conduzir um automóvel poupa energia, reduz a poluição e contribui para o seu exercício físico. Adira a iniciativas como “o dia sem carros”.



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