Reitora
Pró-Reitora de Ensino de
Maria José de Sena
Graduação - PREG
Vice-Reitor
Maria Ângela Vasconcelos de Almeida
Marcelo Brito Carneiro Leão Pró-Reitora de Pesquisa e Pró-Reitor de Administração
Pós-Graduação – PRPPG
- PROAD Moacyr Cunha Filho
Maria Madalena Pessoa
Pró-Reitor de Atividades de
Pró-Reitor de Planejamento
Extensão - PRAE
- PROPLAN
Delson Laranjeira Pró-Reitor de Gestão Estudantil - PROGEST Severino Mendes de Azevedo Júnior
Guerra
Luiz Flávio Arreguy Maia Filho Diretor Geral da Unidade Acadêmica de Garanhuns Airon Aparecido de Melo
Apresentação D
epois de apresentar textos de qualidade
produzidos por alunos de uma escola pública, o Projeto de Extensão Biblioteca Virtual de Livros Infantojuvenis (Edital Bext-2016 da Universidade Federal Rural de Pernambuco)
voltou à Escola Estadual Elvira Viana no ano de 2016 para, mais uma vez, realizar trabalho de leitura e escrita de contos de terror.
Assim, continuando com o propósito de ampliar a
competência comunicativa de estudantes de um 9º. Ano, a
bolsista Pâmella Almeida desenvolveu, ao longo de 2016, na referida escola, atividades de interpretação de texto e de escrita num contexto em que a produção textual foi vista
como um processo fundamentado em planejamento, revisão e reescrita.
Essas duas últimas etapas basearam-se em encontros
que concretizaram o dialogismo necessário entre a
bolsista/mediadora e os alunos-autores a fim de que esses refletissem sobre os diversos acertos e problemas de seus
textos em construção. Desse trabalho, desenvolveram-se 15
(quinze) textos que trazem histórias de mistério dos alunosautores, os quais se inspiraram em experiências pessoais e
em seu conhecimento de mundo para desenvolver os contos que amadureceram durante a realização do projeto no ano de 2016, numa atividade recursiva que resultou na
produção de textos de qualidade os quais são agora publicados em versão impressa e digital, disponível no site do projeto (http://projetosuag.wixsite.com/bibliovirtual).
Mais uma vez, agradecemos à direção da Escola
Estadual Elvira Viana, Elânia Monteiro, e da professora do
9º. ano, Oseane Cândido Rodrigues, por terem nos permitido
desenvolver esse projeto nas dependências da instituição e mostrar aos estudantes envolvidos que são capazes de
tornarem-se sujeitos de seu dizer por meio de atividades escolares que possibilitam a ampliação de sua competência comunicativa.
Agradecemos, por fim, à Universidade Federal Rural
de Pernambuco pelo apoio financeiro por meio do qual
pudemos ultrapassar os muros da universidade e realizar
um trabalho com a comunidade, estabelecendo, assim, um
elo com a sociedade, objetivo maior das atividades de extensão da instituição.
A vocĂŞ, leitor, desejamos uma excelente leitura!
Sumário A ARMADILHA, 08 A BIBLIOTECÁRIA, 12 A CAÇADA, 19 A CASA DA FLORESTA, 29 A CORUJA, 35 MALDICAO IMORTAL, 48 MAR ASSOMBRADO, 55 O BOSQUE, 64 O CORVO, 68
O ESPÍRITO DA ESCOLA, 76
O JOGO DEMONÍACO, 87
O PESADOR, 95 O ZOOLÓGICO
MACABRO, 101 OBSESSAO PROFANA, 108
Aarmadilha Por Jhonathan Junior
E
ra uma vez, um menino chamado João, que vivia
em uma cidade cujo nome era Brejão. Na rua em que ele
morava havia uma casa grande abandonada que tinha fama de ser mal-assombrada. Certo dia, João resolveu que iria entrar na famosa casa, só que à noite. Então, chegando a noite, ele pegou uma lanterna, saiu de fininho e foi para lá.
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Armadilha – Jhonathan Junior
9
Armadilha – Jhonathan Junior Chegando na residência, João arrombou o portão que,
na verdade, não foi tão difícil de fazer, e abriu a porta
devagarinho, mas fez um barulho imenso, o que o assustara um pouco, mas nada aconteceu.
Entrando na casa, ele percebeu que ela estava muito
suja e escura e que, no meio da sala, havia uma escada. João não pensou duas vezes e logo subiu. No andar de cima da casa, João tratou logo de seguir
uma sombra que foi direto para uma sala escura e tenebrosa. João ligou sua lanterna e revisou a sala inteira, que estava
cheia de livros velhos e teias de aranha. E no fundo da sala,
ele viu uma assustadora sombra, que estava entrando em um tipo de alçapão, escondido debaixo de uma mesa velha.
Como João queria desvendar esse mistério, seguiu até
lá, abriu uma porta estreita e entrou vagarosamente naquele lugar. Quando, de repente, João viu o que tinha dentro daquele quarto escondido, ele levou um tremendo susto. Havia vários corpos decapitados, desmembrados. Naquele
momento, João se arrependeu de ter entrado naquele lugar e disse:
- O que eu fiz, Deus!? Eu preciso sair daqui agora!
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Armadilha – Jhonathan Junior João tentou abrir a porta para sair correndo daquele
lugar e contar para os seus pais o que ele viu, mas a porta estava emperrada e não abria de jeito nenhum.
Sons
estranhos ecoaram no fundo da sala: “grrrm”, parecia um rosnado. João mirou o foco de luz da lanterna onde ele havia escutado o barulho, foi quando ele se deparou com uma estranha criatura, que o deixou ‘pasmificado’, era um homem metade lobo e metade homem: um lobisomem, na verdade.
Nesse momento, o lobisomem atacou e retalhou o
corpo de João, assim como fez com os outros corpos que ele havia encontrado. Do lado de fora da casa, que todos achavam ser mal-assombrada, passava um casal de jovens,
que ouviu os gritos de socorro. Então, eles fizeram uma ligação de emergência para a polícia.
No dia seguinte, vários policiais foram investigar o
ocorrido, mas eles acharam que era um trote, pois o casal de jovens havia desaparecido após o depoimento.
Até hoje, não se sabe o que aconteceu com aqueles
jovens. Talvez tenha tido o mesmo destino que João. À noite,
quando alguém passa em frente à casa, escuta algum pedido
de socorro, mas não tem coragem de ir lá devido à fama da casa. E quem se atreve a entrar, jamais sai dela.
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Abibliotecária Por Robson da Silva
H
á muitos anos atrás, na Escola Elvira Viana, que
fica na cidade de Garanhuns, ocorreu um assassinato. As
a
pessoas que estudavam e trabalhavam sempre falavam sobre uma mulher. Na verdade, a bibliotecária, que foi morta na
biblioteca, foi apunhalada no coração, mas nunca descobriram quem a matou.
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A bibliotecária – Robson da Silva Com o passar do tempo, os alunos da escola foram
ficando com medo de ir à biblioteca quando a professora lhes pedia para ir buscar um livro ou outro material, pois
diziam que o espírito da bibliotecária assombrava a biblioteca, e isso os assustava muito.
Certo dia, uma aluna do 6º ano, chamada Paloma, resolveu ir à biblioteca para pegar um livro. Ela estava com
um pouco de medo da história que contaram da mulher que assombrava a biblioteca, mas pensou que acreditar nela seria uma bobagem e resolveu ir assim mesmo.
Chegando à biblioteca, Paloma abriu a porta e,
imediatamente, teve uma estranha sensação, começando a
se tremer. Novamente, ela pensou ser aquilo uma bobagem
e seguiu até uma das prateleiras para pegar um livro. De
repente, Paloma começou a ouvir a voz de uma mulher sussurrando algumas palavras estranhas. Então, Paloma perguntou:
- Quem está aí? Nesse momento, aparece, na frene de Paloma, a figura de uma mulher muito pálida, vestindo uma saia preta, blusa
branca de botões, com cabelos curtos e escuros. Seus olhos
eram estranhos, o que impossibilitava Paloma de enxergálos. Então, a “assombração” falou o seguinte:
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A bibliotecária – Robson da Silva - Não corra! Todos devem pagar pelo que me fizeram! A menina saiu correndo pela escola: - Socorro, socorro! O espírito da bibliotecária quer me
pegar!
Toda a escola escutou os gritos de Paloma e foi
imediatamente ao seu encontro. Então, a professora Estefane perguntou o que tinha acontecido com Paloma, que respondeu:
- A bibliotecária que morreu na escola quer me pegar!
Eu estou com medo!
- Mas como você viu essa mulher, se ela está morta?
Indagou a professora Estefane.
- Mas professora... Eu vi! É verdade! - Paloma, tenha calma! Isso é tudo fruto da sua
imaginação! - disse a professora.
Os alunos da escola zombaram muito de Paloma e
começaram a falar que ela era maluca.
O tempo passou e as pessoas foram esquecendo o
acontecimento com Paloma. Até que, certo dia, um grupo de
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A bibliotecária – Robson da Silva
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A bibliotecária – Robson da Silva alunos foi à biblioteca pegar alguns livros e, quando eles chagaram ao corredor dos livros de literatura, viram uma mulher trajando as vestes da bibliotecária. Acharam tudo muito estranho, mas continuaram a procurar os livros. Então, a tal mulher falou:
- Vão embora da minha biblioteca, ou eu matarei todos vocês! - Quem é você? Você é maluca! Não temos medo de
você! - disseram os alunos, em meio a risadas.
De repente, as portas da biblioteca se fecharam e os alunos ficaram presos lá dentro, começando a gritar por socorro! O fantasma dá gargalhadas e, então, as portas se
abrem, e os alunos saem correndo. Então, quando chegam na sala, chorando e pedindo ajuda, a professora diz: - Calma, meninos! O que aconteceu? - Tem um fantasma na biblioteca, professora! Nos
ajude! Estamos com medo, professora! – disseram os meninos desesperados.
- Meninos, que coisa feia! Assuntando os seus colegas.
Vão já para a sala do diretor! – falou a professora irritada.
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A bibliotecária – Robson da Silva Depois que todos foram para a biblioteca, o diretor
suspendeu os alunos que fizeram o tumulto.
Uma semana depois, a escola já estava mais calma e
todos já estavam esquecendo o ocorrido. Porém, num determinado dia, quando as aulas terminaram e os alunos
estavam indo embora, a professora precisava pegar alguns livros na biblioteca. Chegando lá, ela foi até à prateleira em
que ficavam os livros de romance, pois, como era sextafeira, ela sempre levava um para casa. Nesse momento, ela ouviu uma voz sussurrando e perguntou: - Quem está aí? E no final do corredor, lá estava a bibliotecária. - Não tenha medo, Estafane! A sua hora chegou! Você
acredita em mim agora?
- Não é possível! Você é aquela bibliotecária que foi assassinada aqui na escola. Como pode ser? - É verdade, sim! Eu sou a bibliotecária que foi
assassinada na escola. Agora eu vou provar para todos a minha existência! Vamos terminar logo isso!
- Não, por favor! Não me machuque, pelo amor de
Deus! - disse a professora desesperada.
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A bibliotecária – Robson da Silva - Agora é tarde demais! As pessoas precisam saber que
eu existo!
- NÃAAAO!!! AHHH... Um aluno, que ainda estava na escola, escutou um
grito, e disse ao diretor para ir com ele na biblioteca, pois
estava com medo de ir até lá sozinho. Chegando lá, encontraram a professora Estefane estendida no chão,
inerte, com um buraco no meio de seu peito. Tudo que eles
perceberam em seu semblante foi o pavor em seu rosto do medo que ela sentira antes de morrer. Na escuridão da biblioteca, eles ouviram um sussurro de alegria. Depois
disso, a escola foi fechada para sempre, pois todos ficaram
com medo de ir trabalhar e estudar lá. E a história da bibliotecária que assombrava a biblioteca jamais foi esquecida.
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Acaçada Por André Felipe
U
m certo dia, um grupo de amigos, Marcelo,
Matheus, Mariana e Sara, estava viajando para a cidade de Bonito – PE e se hospedaria em um hotel para fazer turismo ecológico e conhecer a natureza do lugar. Eles estavam
muito felizes com a viagem e, chegando ao hotel, acharam o lugar lindo. Então, já lá, foram na recepção do hotel e começaram a falar com o dono:
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A caçada – André Felipe - Olá! Tudo bem? Eu gostaria de confirmar minha
reserva com os meus amigos para nos hospedarmos – disse Marcelo.
- Tudo bem, senhor! Vou confirmar sua reserva e de
seus amigos...
- Pronto! Está aqui a chave do quarto, nº 320. Espero
que tenha uma boa estadia – disse o dono do hotel, que era bastante misterioso.
Os amigos estavam muito felizes com o hotel em que
estavam hospedados, pois o lugar realmente era muito bonito. Havia muito verde e a floresta ao redor dele era
belíssima. Então, eles combinaram que iriam fazer uma trilha subindo a serra para tomar banho de cachoeira, no dia
seguinte. Como já estava tarde, todos foram deitar para acordar cedo.
No dia seguinte, os amigos acordaram bem cedo e
muito animados com a trilha. Tomaram café da manhã e depois foram até à recepção para pedir mais informações sobre ela. Chegando lá, Matheus perguntou se existia guia para levá-los à trilha. Então, ele disse: - Oi, bom dia! Eu gostaria de saber se existe um guia
para nos levar até a trilha da serra?
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A caçada – André Felipe - Bom dia, senhor! O guia já está esperando por vocês
na entrada do hotel – disse o recepcionista.
Os amigos, então, seguiram para a entrada do hotel, e
lá encontraram o guia:
- Olá! Tudo bem? Meu nome é Santiago e eu sou o
guia da trilha da serra. Vocês têm alguma pergunta sobre a trilha?
- Nós gostaríamos de saber se existir algum risco. A
trilha é perigosa? – perguntou Mariana.
- A trilha não é perigosa! Pelo contrário, é até muito
sossegada! Existe alguns animais, mas eles não representam risco – disse Santiago.
Os amigos começaram a subir a serra e o passeio
estava maravilhoso. A floresta estava muito verde e o canto dos pássaros era lindo. Porém, a trilha estava um pouco escorregadia e era preciso tomar cuidado. Os amigos estavam subindo, subindo, e, quando
chegaram em um certo ponto da serra, ouviram o grito de
Sara. O baralho era estridente. Ela havia caído, e todos
ficaram assustados, indo imediatamente ajudá-la. Então, Matheus disse:
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A caçada – André Felipe - Meu Deus! O que aconteceu com você, Sara? O que
foi isso?
- Minha perna... Está doendo muito! – exclamou Sara. Quando Matheus olhou, viu que Sara estava com a
perna banhada em sangue, e logo ele percebeu que ela havia levado um tiro:
- Sara, você levou um tiro na perna – disse Matheus,
muito nervoso.
Todos estavam muito assustados e muito confusos
com o que tinha acontecido. Até que Marcelo, muito nervoso, perguntou ao guia:
- O que está acontecendo? Por que estão atirando em
nós? Precisamos levar Sara agora para o hospital – disse Marcelo, visivelmente chateado.
- Eu não sei o que está acontecendo! Eu não entendo!
Talvez, tenha sido um caçador que, sem querer, nos atingiu – disse Santiago, também nervoso.
Enquanto as pessoas discutiam e falavam sobre o que
tinha acontecido, mais um tiro foi disparado, e Sara foi novamente atingida. Dessa vez, o disparo atingiu sua cabeça.
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A caçada – André Felipe
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A caçada – André Felipe - Não... Meu Deus, Sara! Isso não pode estar
acontecendo! – disse Mariana, aos prantos.
- O que está acontecendo!? Isso não foi um acidente!
Isso foi uma tentativa de assassinato! – falou Marcelo, com raiva!
- Quem está aí? O que você quer de nós? Maldito! –
exclamou Matheus, sem acreditar no que estava vendo.
- Eu acho que alguém está nos caçando. Isso não é
uma coincidência. Precisamos sair agora daqui! – decretou Santiago.
- Não, não podemos deixar Sara para trás, eu não vou
deixá-la – disse Mariana.
- Mas precisamos sair agora daqui! Estamos correndo
perigo de vida! – insistiu o Santiago.
Todos decidiram que era preciso sair de lá naquele
momento, pois corriam um grande perigo de vida. Então, decidiram fugir e somente depois voltariam em busca de Sara.
O grupo guiado por Santiago resolveu voltar para o hotel, pois precisavam chamar a polícia.
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A caçada – André Felipe Enquanto eles tentavam voltar para o hotel, mais um
tiro é disparado, e dessa vez Santiago foi atingido, morrendo imediatamente. Todos ficaram desesperados, pois sem um guia não havia como encontrar o caminho de volta, já que a trilha era difícil e a mata fechada. Naquele momento, saíram
correndo aleatoriamente pela mata e, em certo momento, pararam para conversar:
- O que nós vamos fazer agora? O guia está morto e
não sabemos voltar para o hotel. E se não fizermos alguma coisa, todos nós iremos morrer – concluiu Matheus.
- Meu Deus! Por favor, não quero morrer! – exclamou
Mariana, aos pratos.
- Mariana, para de fazer tanto barulho! Você não vê
que estamos sendo caçados!? Nós precisamos nos esconder, agora – decretou Marcelo.
Matheus, Marcelo e Mariana estavam procurando um
lugar para se esconder, pois o tempo se passara e a noite estava chegando. Era preciso encontrar um local seguro. Enquanto os três procuravam, repentinamente, Marcelo é
atingido por uma faca nas costas e cai no chão desacordado.
Nesse momento, Mariana grita, e Matheus já se prepara para um novo ataque. Imediatamente, Matheus escuta uma
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A caçada – André Felipe risada próxima do local onde eles estavam, e Mariana corre até o corpo de Marcelo para saber se ele está vivo.
Então, das sombras da floresta, sai um homem alto,
com roupas de caçar, com mascará em seu rosto e uma risada irritante, e diz:
- Olá! Estão se divertindo com meu jogo? Para mim
está sendo muito divertido! Eu adoro caçar! E a melhor presa é o humano! – disse o misterioso assassino.
- Ninguém está achando isso divertido! Você só pode
estar brincando! Por que você matou os meus amigos? – perguntou Matheus, enquanto Mariana chorava.
- Eu matei essas pessoas por puro prazer, pois eu amo
caçar e a coisa mais divertida de caçar são os seres humanos! – respondeu o assassino.
- Você é um louco psicopata! Como você pode fazer isso com outros seres humanos!? Eu deveria matar você! – falou Matheus, com muita raiva!
- Você não entende como esse sentimento é poderoso!
Você nunca vai entender porque você é só uma presa! – afirmou o caçador, com uma voz fria!
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A caçada – André Felipe Nessa hora, Matheus foi com tudo para cima do
assassino e os dois começaram uma luta muito violenta. O caçador aparentemente estava machucando muito Matheus, pois era muito maior e mais forte. Então, ele puxa uma faca, joga Matheus no chão e diz:
- Agora eu vou acabar com você, minha presa! Foi divertido enquanto durou! Mas Matheus reage e consegue dominá-lo: - Acho que não! Hoje você é a presa! Está ouvindo? Nessa hora, Matheus estava com uma pedra na mão e,
com toda força, bateu na lateral da cabeça do assassino, que ainda tentou se levantar para atacar Matheus, mas não teve
sucesso, morrendo pouco depois por conta da pancada que foi muito forte.
Tudo estava acabado! Então, Matheus chama Mariana que ainda estava muito assustada com a situação: - Vamos embora, Mariana! Precisamos sair daqui! –
disse Matheus.
Passadas algumas horas, com o dia já amanhecendo e Matheus e Mariana cansados, a busca pelo caminho certo
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A caçada – André Felipe continuava.... Até que a polícia os achou e eles puderam contar a terrível história do caçador de humanos.
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Acasada floresta
Por José Bruno
E
m um belo dia, saí de casa para caçar na floresta
que ficava perto da cidade de Venturosa, onde eu vivia. Essa
floresta estava a alguns quilômetros da cidade. Andei por umas
duas
horas enquanto caçava pássaros, mas
infelizmente a caçada não foi boa. Então, resolvi andar mais
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A casa da floresta – José Bruno um pouco, na tentativa de encontrar mais pássaros. Quando,
de repente, surge, em meio a uma clareira, uma casa com uma aparência de que era bastante antiga, mas era até bonita. Dei uma boa olhada na casa e percebi que dentro
dela havia um homem, e como eu estava com fome e sede, resolvi pedir ajuda. Então, bati na porta: Toc! Toc! Toc! - Quem é? – perguntou o homem. - Olá, meu nome é Jhon – disse para o dono da casa. - Eu me chamo Fred, o que você quer? - perguntou o
estranho homem.
- Eu estava caçando na floresta à procura de alguns
pássaros... Quando, de repente, vi a sua casa e resolvi pedir ajuda, pois estou com sede e fome. O senhor pode me ajudar? - indagou Jhon.
- Claro, pode entrar! E fique à vontade, por favor disse Fred. Nessa hora, achei estranho toda essa boa vontade, mas
resolvi aceitar, pois eu estava mesmo precisando de ajuda.
Então, mesmo com medo, eu entrei na casa e vi que ela estava muito malcuidada. Achei muito estranho, pois parecia até uma casa que não morava ninguém. O dono da
casa já era um idoso e o mais estranho é que ele vestia roupas
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A casa da floresta – José Bruno antigas, que pareciam dos anos de 1930. Suas roupas eram
muito antiquadas, talvez fizessem parte de seu estilo. Ao dirigir-se a mim, ele disse:
- Jhon, pode sentar-se em qualquer lugar! Não tenho
comida, mas posso lhe arrumar um pouco de água. - Tudo bem, obrigado! - disse Jhon. água.
Eu esperei Fred um pouco e logo vinha ele trazendo a - Obrigado, Fred! - Por nada, Jhon! Eu bebi aquela água, mas ela parecia ter um gosto
muito estranho, parecia ser amarga. E Fred, por sua vez,
sentou-se perto de mim, começando a falar sobre sua vida.
Falou sobre sua família, sua fazenda, que era logo ali onde estávamos, e sobre várias outras coisas. Então, percebi que,
quando Fred falava, parecia se referir a tempos muito distantes, além de retratar uma vida solitária. De repente, Fred falou:
- Minha família nunca mais veio me visitar... Como eu já lhe disse, eu fico muito sozinho. Você não gostaria de ficar comigo e me fazer companhia?
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A casa da floresta – José Bruno
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A casa da floresta – José Bruno Achei aquela conversa muito estranha, e é claro que
eu não iria querer morar na casa com um aspecto de abandonada. Logo, respondi:
- Senhor... Eu não posso viver aqui, eu preciso voltar
para a minha família.
- Por favor, Jhon! Eu não quero mais ficar sozinho! - Mas Fred, você não gostaria de ir embora desse lugar
tão solitário? - questionei.
- Não, eu jamais poderia ir embora daqui! - Fred
respondeu, de maneira categórica.
De repente, eu comecei a sentir uma forte náusea e a
ficar tonto. Então, Fred perguntou, com semblante sombrio: - Você está se sentido mal?
- Sim, estou me sentindo muito mal, mas não sei o que
é que está acontecendo comigo.
- Eu sei porque você está se sentindo mal... Deve ser
porque eu lhe dei veneno. Não achou o gosto da água engraçado!? - disse Fred suavemente.
- O quê? Por que você fez isso? Você é louco! – eu
disse em desespero.
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A casa da floresta – José Bruno - Eu já imaginava que você não aceitaria meu convite.
Então, essa era a única maneira de você ficar comigo - disse Fred.
- Como assim a única maneira? Por que você quer
tanto que eu fique aqui? E se você quer que eu fique aqui, por que está tentando me matar? - questionou Jhon.
- Eu não posso sair daqui e fico muito sozinho.... Você
ainda não percebeu, Jhon!? - perguntou Fred com ar de riso. - Perceber que você é um assassino? - indaguei,
ficando cada vez mais tenso.
- Não, Jhon. Eu estou morto... Há muito tempo, porém
estou preso aqui, sozinho. Mas agora tudo irá mudar porque você está aqui! Você ficará comigo por toda a eternidade!
Então, comecei a sentir meu corpo adormecer e tudo
começou a escurecer, permitindo-me, ainda, lembrar de alguns momentos de minha vida... Até que caí e passei a não sentir mais nada... A única coisa que ainda foi possível ouvir
foram as gargalhadas de Fred. E aquela passou a ser a minha realidade: morto e aprisionado por toda a eternidade, naquele lugar.
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Acoruja Por Juliana Milena
H
á muito tempo, existia uma casa antiga
abandonada, e em frente a ela tinha uma árvore velha e totalmente sem folhas. As pessoas diziam que naquela casa
havia acontecido coisas horríveis, uma família foi assassinada lá. Mas a casa finalmente foi vendida para uma
jovem chamada Gisela que estava muito feliz com a compra e se mudaria naquele dia. Quando Gisela chegou com sua
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A coruja – Juliana Milena mudança, encontrou na calçada de sua nova casa um de seus vizinhos, e então ela falou:
- Olá, eu sou a nova vizinha, meu nome é Gisela,
muito prazer em conhecê-lo. Qual o seu nome?
- Olá, meu nome é Arthur, seja bem-vinda a nossa
vizinhança. Nossa, você vai morar nessa casa sozinha? – disse o vizinho com receio.
- Sim. Só eu irei morar aqui. Qual o motivo do
espanto? – disse Gisela preocupada.
- Bom... Eu soube que, há alguns anos, a família que
morava nesta casa foi assassinada brutalmente e quem praticou o crime jamais foi encontrado. Eu achava que esta casa estava condenada à demolição – disse Arthur.
- Nossa, que horror! Quem me vendeu a casa não me
disse absolutamente nada sobre isso. Mas eu não acredito que haja nada de errado em morar aqui, acho que ter medo
do que aconteceu aqui há tanto tempo é uma superstição
boba. Agora que estou aqui quero trazer uma nova vida para esta casa! – disse Gisela confiante.
Gisela se despediu de seu vizinho Arthur e entrou para
arrumar a sua mudança. Anoiteceu e Gisela ainda estava
organizando a casa. Já estava bem cansada de todo o
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A coruja – Juliana Milena trabalho que fizera e, depois de terminar tudo, foi tomar um
banho relaxante e, em seguida, preparou um jantar simples
para se alimentar. Enquanto comia, começou a olhar para a janela e de repente assustou-se, pois, ela percebeu que na estranha árvore em frente à casa, havia uma enorme coruja
negra e com olhos amarelos que brilhavam no escuro.... O
animal era de uma beleza diferente. Depois disso, Gisela voltou a comer tranquilamente. Após o jantar, percebeu que a coruja continuava a observar o que ela estava fazendo e
isso a deixou com um pouco de medo, mas resolveu esquecer e foi se preparar para dormir. Gisela subiu para seu quarto e quando já havia se
deitado, novamente notou que a coruja a olhava pela janela
com seus enormes olhos esbugalhados e, imediatamente, ela levantou-se, fechou a janela e disse:
- Meu Deus! Que coruja horrível, por que olha tanto
a casa!? – questionou-se um pouco aborrecida.
Gisela deitou-se e dormiu. E, no meio da madrugada,
ela ouviu uma voz suave e infantil que dizia:
- Gisela, venha brincar comigo... Eu estou sozinha há
muito tempo e quero brincar com você – disse aquela voz sombria que, ao mesmo tempo, era risonha.
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A coruja – Juliana Milena Depois de ouvir a voz, Gisela sentou-se assustada
achando que alguém havia entrado na casa. Então ela olhou
em direção à porta do quarto e viu uma sombra que se aproximava da cama. Gisela ficou horrorizada e começou a gritar, mas antes que ela pudesse correr, seu corpo ficou
paralisado, a sombra se aproximou mais dela e chegou bem perto do seu rosto: era uma garotinha. Ela olhou no fundo
dos olhos da menina e, naquela hora, Gisela pôde ver que os olhos da garota eram castanhos claros intensos, quase
amarelos, seus cabelos negros como a noite e sua pele muito branca, sem vida. A menina olhou muito intensamente para a jovem por algum tempo e então sussurrou novamente:
- Vá embora, não quero mais brincar! Você está na
minha casa, se você não for irá morrer!
Depois disso, a garota subitamente desapareceu. Gisele ficou apavorada com o que aconteceu e não
conseguiu voltar a dormir, pois escutou barulhos dentro da casa durante toda a noite. No dia seguinte, Gisela enfim
entendeu o motivo de tanto barulho, a casa estava totalmente desarrumada. Ela ficou com medo e por isso
resolveu, nesse mesmo dia, ir à igreja em busca de
orientação. Chegando à igreja, Gisela foi à procura do padre da paróquia que se chamava João. Ela tinha ouvido falar
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A coruja – Juliana Milena muito bem desse padre desde que chegou à cidade. Assim que o avistou na igreja, foi ao seu encontro e o chamou:
- Olá, padre! Eu me chamo Gisela e estou precisando
da sua ajuda.
- Olá, minha filha, prazer em conhecê-la! Qual o
motivo de toda essa angústia? – perguntou o padre João, preocupado.
- Padre, eu acabei de me mudar para uma casa não
muito longe daqui e estão acontecendo coisas estranhas em minha casa. Me ajude, por favor! – disse Gisela aflita.
- Que tipo de coisas minha filha? O que lhe
atormenta? – perguntou padre João.
- Padre, minha casa está sendo atormentada por um
espírito maligno, não consegui dormir a noite toda e nem ter paz. Essa situação está fora do meu controle, não sei o que fazer – disse Gisela. - Minha filha, entendo a situação que você está
passando, às vezes o mal quer nos atormentar e nos fazer
sucumbir ao maligno. Acho que preciso abençoar a sua casa
e você também precisa rezar muito. Eu irei à sua casa amanhã – disse o padre.
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A coruja – Juliana Milena - Por favor, padre, não me abandone, eu não tenho
mais paz, aquela coisa maldita me observa o dia inteiro e me persegue, ela quer me vencer pela fraqueza.
- Tenha calma senhorita Gisela, amanhã eu irei à sua
casa e resolveremos isso. Hoje à noite, reze bastante para mantê-la afastada – disse o padre João.
Gisela despediu-se do padre e voltou mais aliviada
para casa. À noite, Gisela sentou-se no sofá depois de jantar, olhou para a janela e percebeu que a coruja continuava a observá-la. Aquele animal emanava uma aura de raiva e
ódio, que Gisela sentiu em sua pele, arrepiando-se. Naquele momento, ela começou a orar e pediu a Deus que a protegesse de todo o mal. Depois de rezar, Gisela conseguiu
adormecer, mas, ainda assim, teve pesadelos a noite inteira.
Na manhã seguinte, padre João foi até a casa de Gisela, como havia prometido, para abençoar a casa. O padre bateu na porta e, logo após, Gisela abriu a porta e disse:
- Bom dia, padre João! Que bom que o senhor veio!
Entre, por favor! – disse Gisela.
- Olá, minha filha! Eu vim abençoar a sua casa, como
prometido – disse o padre João.
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A coruja – Juliana Milena
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A coruja – Juliana Milena O padre João entrou na casa de Gisela e, no mesmo
momento, teve uma sensação estranha. Quando ele olhou
pela janela, percebeu a enorme coruja negra nos galhos da árvore e teve uma péssima sensação sobre ela. Então, o padre disse com temor:
- Tenho uma sensação horrível sobre essa coruja, ela me dá calafrios! Aliás, eu já estive nessa casa antes. - Como assim, padre, não entendi? – indagou Gisela. - Da última vez que estive aqui, eu velei uma família
inteira – disse o padre João.
- Eu fiquei sabendo o que aconteceu aqui. Mas não
tinha a plena ideia do que havia acontecido e quem eram
essas pessoas, apenas comprei a casa sem pesquisar sobre isso – afirmou Gisela.
- Nesta casa vivia a família Lins, uma família de quatro pessoas. A mãe chamava-se Laura, o pai chamava-se Roberto, o filho mais velho deles chamava-se Lucas e a filha mais nova chamava-se Beatriz. Eles foram assassinados
brutalmente a tiros durante a noite... E o mais estranho de tudo isso é que não roubaram nada da casa. Acharam que
havia sido um assassinato por pura maldade. O assassino
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A coruja – Juliana Milena nunca foi preso e isso atormenta nossa comunidade até hoje – disse o padre.
- Meu Deus! Que coisa horrível! Em qual lugar da
casa eles foram assassinados? – perguntou Gisela.
- Eles foram mortos no andar de cima. E também eles
tinham um animal de estimação, uma coruja. Provavelmente os espíritos das pessoas que moravam aqui nessa casa ainda estão aqui.
- O senhor acha que é a mesma coruja? – perguntou
Gisela.
- Não, a coruja da família era menor e com uma cor
castanha clara. A coruja foi levada para um santuário animal. – disse o padre.
- Então, de onde será que veio essa coruja? –
questionou Gisela.
- Não sei. Eu nunca vi essa coruja antes, mas os olhos
dela são muito peculiares, acho que já vi em algum lugar.
Vamos subir, eu irei abençoar a casa – disse o padre um pouco ansioso.
O padre começou a abençoar a casa, dizendo rezas em
latim. Ele orava e pedia a Deus que protegesse Gisela,
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A coruja – Juliana Milena quando, de repente, um armário no final do corredor começou a tremer e dele começaram a cair várias coisas, dentre elas uma boneca velha e suja. O padre começou a
orar mais alto, e Gisela ficou apavorada. A boneca então começou a falar:
- Você vai morrer, eu avisei! Hahaha! Naquele momento, a coruja negra entra voando pela
janela e pousa ao lado da boneca. Seus olhos brilhavam em um tom amarelo intenso, e então ela disse:
- Meu aviso foi dado e vocês não quiseram me ouvir... Agora vocês irão morrer e eu irei me vingar! Naquela hora, a coruja transforma-se em uma
menina muito pálida, com cabelos muito escuros e intensos olhos amarelos. Era a menina que Gisela tanto temia. Então, ela disse:
- Eu fui morta e ninguém me ajudou... Agora todos
irão pagar por todo o meu sofrimento e solidão! – disse a menina com a voz chorosa.
Depois que a menina terminou de falar, atacou o
padre empurrando-o com força na parede e, em seguida, o ergueu pelo pescoço tentando sufocá-lo. Gisela ficou
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A coruja – Juliana Milena desesperada com a situação e começou a falar com desespero:
- Por favor, Beatriz! Esse é seu nome, não é? Não faça
isso, não nos machuque, se não sua dor nunca terá fim! Deixe-nos ajudar você!
- Você não entende, todos devem pagar. Eu estou
sozinha. Minha família não está aqui - disse o espírito de Beatriz.
- Beatriz, se sua família não está mais aqui, você deve
partir! – disse Gisela.
- NÃO!!! VOCÊS VÃO MORRER!!! - disse a menina
que soltou o padre e, em seguida, agarrou o pescoço de Gisela.
Naquele momento, o padre estava no chão há um
tempo e começou a orar com mais força, usando um terço amarrado em sua mão, e então ele falou:
- VÁ PARA LUZ, BEATRIZ! JUNTE-SE À SUA FAMÍLIA,
DÊ PAZ AO SEU PRÓPRIO ESPÍRITO E A ESTA POBRE
MULHER, EM NOME DE JESUS! AMÉM! – disse o padre com toda sua força.
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A coruja – Juliana Milena - EU NÃO QUERO IR EMBORA!!! ESTA É A MINHA
CASA!!! – disse Beatriz com toda sua raiva.
- VÁ PARA A LUZ! EM NOME DO PAI, DO FILHO E
DO ESPÍRITO SANTO. AMÉM!!! AGORA VÁ! – disse o padre. Nesta hora, o espirito da menina solta Gisela, pois,
repentinamente surge uma luz que ilumina todo o recinto, uma luz divina, muito bonita. E dentro da luz, estava a
família de Beatriz que veio buscá-la. E, em meio a toda a emoção do reencontro, a menina fala com a voz calma:
- Mamãe... Papai... Lucas... Vocês voltaram! – nesse momento Beatriz tinha, com lágrimas em seus olhos, que
agora eram castanhos muito claros e brilhavam, não mais ar de ódio, mas sim de felicidade. Então, uma voz falou: - Vamos, Beatriz, nós estávamos com muitas saudades de você! – disse a mãe dela. Naquele momento, com uma expressão feliz em seu
rosto, Beatriz foi em direção à sua mãe, pegou na mão dela e todos foram em direção à luz. Gisela agora ficaria tranquila e em paz, e o padre estava muito feliz por ter
ajudado a alma de Beatriz a ir para à luz e ter acabado com a agonia de Gisela. E então, Gisela disse:
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A coruja – Juliana Milena - Obrigada, padre, agora eu e Beatriz poderemos ter
paz, finalmente!
- Fico feliz por ter ajudado vocĂŞs duas! Eu sei que esta
era a vontade de Deus!
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Maldição Imortal Por Sara Julião
J
á era meia noite e eu continuava acordada como
em todas as outras noites, pois eu geralmente tinha sono
apenas de dia. Porém, aquela era uma noite diferente, já que eu resolvi que o melhor a fazer seria dar um fim a minha
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Maldição Imortal – Sara Julião vida e ao meu sofrimento. Além de estar presa naquele lugar, eu costumava ter sonhos horríveis, pesadelos em que me via coberta de sangue, sangue das pessoas que eu havia matado. E, ao invés de sentir pavor de tudo aquilo, eu tinha uma sensação de felicidade. Quando o meu pesadelo terminava,
eu sentia uma dor agonizante na minha cabeça e consequentemente eu acordava aos gritos.
Eu me perguntava porque eu tinha aqueles sonhos.
Era tudo muito estranho para mim e meu pesadelo mais insistente era com uma garotinha de cabelos negros e pele
muito pálida cujo nome era Caroline, e junto dela também
havia um homem muito alto, magro e pálido que acariciava
a cabeça da garotinha, ambos tinham a íris de seus olhos em um tom avermelhado e juntos bebiam o sangue de inocentes criaturas. Mas, o que mais me incomodava neste pesadelo
específico era que a garotinha se parecia muito comigo de
certa forma e estranhamente o nome dela era igual ao meu.
Isso me perturbava profundamente. Não sei como tinha ido
parar naquele lugar tão escuro e sombrio. Na verdade, já havia perdido a noção de quanto tempo eu estava ali, era difícil até perceber se era dia ou noite, pois a luz que entrava
na cela era pouquíssima, mas isso não me incomodava tanto. Eu não sabia de onde eu vinha. Na verdade, não me
lembrava de quase nada, sabia apenas que a escuridão dali
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Maldição Imortal – Sara Julião era muito sombria e que sentia uma sede muito grande, que me queimava por dentro.
Quando eu estava prestes a desmaiar de fraqueza
causada pela fome e sede que eu estava sentindo e porque minha cabeça estava doendo muito, eu ouvi um barulho vindo do canto de minha cela e percebi que era um rato. E
antes que eu me desse conta do que eu estava fazendo, eu já estava com aquele rato nas mãos, meu corpo parecia ter se
mexido sozinho. Então, eu mordi aquele animal asqueroso e comecei a beber seu sangue, sorvi cada gota que pude
daquele pequeno animal. Ter bebido aquele sangue ajudou a passar um pouco da minha dor, e isso fez com que eu
pensasse com mais clareza e também me ajudou a perceber
melhor o ambiente ao meu redor, e naquela mesma noite eu
avistei um pequeno buraco na parede e, de repente, acabar com minha vida não me pareceu a melhor ideia. Então,
peguei um pedaço de metal que consegui, aos poucos, soltar das grades da cela, e comecei a perfurar a parede no local onde havia o buraco. Depois de algum tempo, enfim, eu consegui abrir um buraco com um tamanho bom o suficiente para que eu passasse. Eu não imaginava que eu teria força suficiente para fazer o que fiz, e quando eu finalmente saí daquela terrível cela, percebi que estava em
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Maldição Imortal – Sara Julião
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Maldição Imortal – Sara Julião um lugar muito alto e senti o vento batendo no meu rosto… E, então, eu sorri.
Lá fora ainda estava escuro, pois era noite, e sem que
eu percebesse, acabei escorregando em uma pedra e cai
daquele lugar alto e rochoso. Na verdade, minha prisão ficava no alto de uma montanha e eu ainda não sabia
explicar como eu havia parado naquele lugar. Escorreguei e rolei montanha abaixo e, alguns minutos depois, acordei deitada no chão, aos pés da montanha. Fiquei impressionada,
pois uma queda como aquela com certeza seria fatal, e, mesmo que não me matasse, os ferimentos causados por ela o fariam. Mas, felizmente, em mim só havia alguns
arranhões. Então, aos poucos, levantei e comecei a andar sem rumo, à procura de alguém que pudesse me ajudar, pois, com a queda, eu começara a ficar fraca novamente.
Depois de andar por quilômetros e nada encontrar,
avistei logo adiante uma pequena vila, e percebi que estava
acontecendo algum tipo de festividade. Fui em sua direção e, quando cheguei perto, comecei a sentir aquela dor e sede
insuportáveis, eu me sentia muito mal. Quanto mais eu me aproximava da vila, mais sede e dor eu sentia. Essa sede era
incomum. Eu desejava sangue, e uma vontade inevitável me invadiu. Quando eu cheguei na vila, aquela vontade me
venceu e, antes que eu me desse conta, eu comecei a atacar
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Maldição Imortal – Sara Julião as pessoas que via pela minha frente e a matá-las consequentemente. Era inevitável, cada uma delas que eu
capturava, estraçalhava com meus dentes. Eu matei todas aquelas pessoas, minha sede era incontrolável e, quanto mais eu bebia, mais eu queria sangue. Agora eu me sentia mais forte, invencível, como há muito tempo eu não me
sentia, porém eu ainda não entendia o que havia acontecido comigo.
Foi assim, então, que, depois de beber todo aquele
sangue, minha mente começou a clarear e eu percebi que os
pesadelos e sonhos que eu tinha, na verdade, eram lembranças da minha antiga vida, e, mesmo que aquilo fosse
abominável, eu não sentia remorso, o sentimento que me dominava era minha sede e eu só queria saciá-la, por isso recomecei a matança. Naquele momento, eu senti algo frio
atravessar o meu peito, meu coração, eu caí de joelhos e percebi então que algo pontudo e de metal havia me
atingido, mas ainda continuei viva. Nesse instante, eu me lembrei de tudo, minhas memórias voltaram. Eu era uma
criatura amaldiçoada, monstruosa e imortal. Eu era uma vampira, e agora eu me lembrava de tudo, de quem
realmente eu era. A pessoa que tentou me matar, na verdade, não sabia de minha imortalidade. Eu não poderia ser morta
dessa forma, e, sem piedade alguma, eu a matei e bebi todo
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Maldição Imortal – Sara Julião o seu sangue. Fiquei presa por mais de um século, por isso
minha sede era tão grande, e depois de ter matado todos e saciado minha sede, novamente me aventurei na escuridão
da noite, agora ainda mais forte e sabendo quem realmente eu era, uma poderosa vampira... Imortal!
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Mar Assombrado Por Gabriel Almeida
E
ra uma noite de lua cheia, coberta por uma
escura neblina, em uma pequena ilha da costa do Caribe.
Naquele local, havia atracado um navio, chamado “Ceifeiro”,
cuja única intenção dos tripulantes era roubar e matar até
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Mar assombrado – Gabriel Almeida não restar mais nada. A embarcação era um navio pirata,
mas esses tripulantes não eram exatamente como os clássicos piratas, pois se vestiam como pessoas normais,
embora saqueassem navios em alto mar e roubassem cidades e vilarejos juntos. Mas a intenção do capitão do Ceifeiro
naquela noite era roubar um rico negociante que atracaria
seu navio ali naquele mesmo dia, e por isso, assim que chegaram à costa, começaram a atacar. A destruição foi um verdadeiro caos. Então, o capitão disse:
- Ele não está aqui, roubem tudo o que quiserem e
puderem e não deixem ninguém vivo! Na próxima vez, nós o pegamos!
Os piratas, sem piedade alguma, mataram todos os
habitantes da vila e levaram tudo o que puderam. Um dia
depois de toda a carnificina, o senhor Antônio Fernandes, o rico comerciante que os piratas procuravam, chegou à vila. Seu navio havia se atrasado e ele só conseguiu chegar
naquela hora e se deparou com toda a morte e destruição deixada pelos piratas. Em meio a toda a tristeza da situação,
o Sr. Antônio avistou duas crianças que estavam perdidas entre os mortos. Elas haviam sobrevivido ao ataque e
estavam de mãos dadas, sujas e com muito medo. Ele foi em direção às crianças e perguntou:
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Mar assombrado – Gabriel Almeida - Vocês estão bem? O que aconteceu aqui? –
perguntou com ansiedade.
As crianças permaneceram em silêncio durante o dia
inteiro. Então, mais tarde, o Sr. Antônio perguntou
novamente sobre o acontecido. As crianças finalmente
disseram que se chamavam João e Lorena. Os dois eram irmãos, e relataram o que havia acontecido na vila em que eles viviam. Eles disseram o seguinte:
- Aconteceu algo horrível... eles eram piratas e
estavam atrás do senhor Antônio, eles queriam fazer algo ruim com o senhor. Eles querem algo que o senhor possui.
- Crianças, vocês ficarão comigo a partir de hoje, eu
cuidarei de vocês como filhos! – disse o Sr. Antônio emocionado.
O Sr. Antônio Fernandes levou os garotos com ele até
seu navio rumo à cidade em que ele residia. Ele cuidou, alimentou as crianças e pediu para que o marinheiro
navegasse mais rápido. Enquanto eles percorriam os mares, a noite chegou e, de repente, surgiu uma neblina escura não muito longe do navio. As crianças, João e Lorena, foram os
primeiros a avistar a neblina e, quando os dois olharam mais atentamente, perceberam que, em meio à neblina, estava o navio que havia atacado sua vila. Então os dois gritaram:
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Mar assombrado – Gabriel Almeida - O navio pirata voltou! Vamos fugir daqui! Nesse momento, todo olharam em direção ao navio
que se aproximava, e o capitão ordenou que os marinheiros
atirassem contra o navio inimigo, como medida de proteção. Porém, quanto mais eles atiravam, mais ficavam confusos,
pois nada acontecia com a embarcação. Então, o Sr. Antônio disse: - Como isso é possível!? Por que as balas não atingem
esse navio!? Não pode ser o que eu estou pensando!
Dessa maneira, ao observar melhor, pôde perceber que a bordo não havia pessoas vivas, mais sim homens mortos, fantasmas, espíritos da pirataria. E quanto mais o
navio se aproximava, mais as pessoas se desesperavam.
Então, repentinamente, os navios se aproximaram e ficaram um ao lado do outro. Os piratas fantasmas invadiram e todos perceberam que suas roupas estavam com a aparência de
suja, apodrecida e que pareciam antigas. Eles tinham uma aura de tonalidade azulada ao seu redor, que lembrava a cor do mar com a lua refletida em si.
Os piratas, imediatamente, começaram a atacar as
pessoas que estavam no navio e todas passaram a fugir pelos
botes salva-vidas. Algumas, porém, não conseguiram fugir e
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Mar assombrado – Gabriel Almeida
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Mar assombrado – Gabriel Almeida morreram pelas mãos dos piratas. Então, em meio a esse cenário, o capitão fantasma diz:
- Você tem algo que nós queremos! Entregue o livro
das almas! Sua avó nos amaldiçoou e a nosso navio! Mesmo depois da nossa morte, não podemos sair dele, estamos
ligados a esse navio por toda a eternidade! Queremos liberdade, pois só podemos, no máximo, ficar alguns metros longe do navio e nada mais que isso!
- Eu jamais entregarei o livro das almas para vocês! E
mesmo que o tenham em mãos, jamais conseguirão utilizálo, somente minha avó poderia desfazer esse feitiço! Vocês mataram muitas pessoas e destruíram muitas vilas e cidades! Foi preciso que ela parasse vocês com o poder que tinha!
- Então, será você que irá desfazer a maldição!? Você
tem o sangue da sua avó correndo em suas veias, você pode
desfazer essa maldição e nos libertar dela! Queremos voltar a saquear qualquer lugar que quisermos, nós dominaremos essa terra! Se você não fizer o que eu estou mandando, eu e minha tripulação mataremos essas crianças, que a proposito
nem deveriam ter sobrevivido ao nosso ataque! – disse o capitão do navio fantasma, pegando as crianças como reféns.
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Mar assombrado – Gabriel Almeida Antônio ficou muito preocupado com as crianças e
imediatamente foi buscar o livro das almas em sua cabine.
O livro estava selado em um cofre que só ele poderia abrir,
e também começou a pensar em uma forma de livrar-se daquela situação. Ao retornar com o livro nas mãos, Antônio falou:
- Fique onde estão! Eu irei conjurar este feitiço, mas
vocês precisam soltar as crianças primeiro! – disse confiante.
- Eu só irei soltá-las depois que você conjurar o feitiço
que nos libertará! Esse é o nosso trato, dou a minha palavra
que os deixarei vivos e livres se você fizer o que eu ordenei! – disse o capitão do navio fantasma com voz autoritária. - Então, que seja feito! - disse Sr. Antônio. Naquele momento, Antônio começou a conjurar o
feitiço. Ele falava palavras irreconhecíveis que ninguém
jamais ouvira. Os fantasmas, por sua vez, começaram a sentir, de alguma maneira, uma forte dor e agonia, e
repentinamente começaram a ser sugados para dentro do livro das almas, somente eles, nada que fosse vivo foi prejudicado. Então, o capitão fantasma gritou:
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Mar assombrado – Gabriel Almeida - O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! NOSSO TRATO
NÃO ERA ESSE, VOCÊ NÃO TEM PALAVRA! – disse o capitão do navio fantasma em meio à fúria.
- Eu jamais conseguiria libertar vocês! O feitiço da
minha avó é muito forte, eu nunca conseguiria desfazê-lo! Este feitiço que estou fazendo agora é outro, eu o conjurei e
ele é indestrutível! O livro é um portal, vocês ficarão presos
através do livro! Eu abri um portão para outra dimensão,
vocês ficarão lá, em meio ao nada, por toda a eternidade! disse Sr. Antônio com confiança.
Nesse momento, os piratas foram todos aprisionados
através do livro, e, por último, quando o capitão fantasma começou a ser sugado, ele arremessou sua espada contra eles
e acabou atingindo o pequeno João, ferindo-o mortalmente no peito. Depois que tudo acabou, Sr. Antônio correu até João e, então, falou desesperado: - Aguente firme, João! Eu vou ajudar você! - Por favor, João, eu amo você, não morra! Por favor,
meu irmão! Não me deixe sozinha! - disse Lorena aos prantos. - Eu amo você, irmã! Nunca esqueça de mim! Nós
ainda nos veremos novamente em uma nova vida!
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Mar assombrado – Gabriel Almeida Nesse momento, João morreu, e a tristeza tomou de
conta do Sr. Antônio e de Lorena. Aquilo era uma grande
tragédia, o João ainda era uma criança, todos que lá estavam
e sobreviveram ao ataque estavam muito tristes. E o Sr. Antônio continuou sendo o guardião do livro das almas,
aquele livro tinha muito poder e em mãos erradas poderia
causar muita destruição e morte. Então, Sr. Antônio continuou protegendo o livro até o dia de sua morte. Antes
de morrer, ele passou a responsabilidade para Lorena, que havia adotado como sua filha e tinha por ela um imenso amor. Então, ela se tornou a próxima guardião do livro das
almas, e jamais esqueceu daquele dia, quando seu irmão e
tantas outras vidas foram perdidas pelas mãos dos malignos piratas fantasmas.
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Obosque Por Fábio Guilherme
H
avia, há muito tempo, uma menina chamada
Marcela, garota doce e gentil, que amava sua família e
gostava muito de brincar com seus irmãos e vizinhos. Certo dia, Marcela saiu bem cedo para ir à escola. E todos os dias, no caminho de ida à escola, ela passava ao lado de um belo
bosque... Até que, naquele certo dia, quando passou ao lado
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O bosque – Fábio Guilherme dele, ela ouviu um barulho estranho. Na verdade, parecia
que alguém estava chamando-a. Ela ficou curiosa para saber o que era, mas teve um pouco de medo porque diziam que o bosque era assombrado. Por isso, continuou seu caminho.
No dia seguinte ao estranho acontecimento, Marcela
ia à escola novamente e, mais uma vez, escutou alguém chamar seu nome, no mesmo lugar em que havia escutado
no dia anterior. Então, ela resolveu entrar no bosque para
ver se tinha alguém e, quando chegou na beira do bosque,
olhou e só viu árvores. Com medo, não entrou naquele lugar e resolveu seguir seu caminho.
No terceiro dia em que Marcela passava em frente ao
bosque para ir à escola, novamente ouviu alguém chamar por ela e, dessa vez, a voz estava mais insistente. Assim, ela
resolveu entrar e, nesse momento, não teve medo e realmente entrou decidida em descobrir quem tato a chamava.
Quando Marcela entrou no bosque, viu em meio às
árvores uma linda mulher, com longos cabelos loiros, não muito alta e trajando um longo vestido branco. Sua pele
parecia brilhar de tão branca que ficava em meio às árvores. Então, esta lhe perguntou:
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O bosque – Fábio Guilherme
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O bosque – Fábio Guilherme - Quem é você? Por que resolveu entrar em meu
bosque?
- Meu nome é Marcela, eu moro aqui perto do bosque
e ouvi alguém chamar meu nome. Por isso, hoje resolvi entrar – disse a menina.
- Este bosque é amaldiçoado por mim, e aquele que
escuta seu nome ser chamado através da maldição e entra
no bosque jamais sairá dele! A partir de hoje, você ficará comigo aqui para sempre! – disse a assombração.
No momento em que a assombração falou aquilo para Marcela, ela não pensou duas vezes e saiu correndo desesperada. Porém, enquanto corria, ela tropeçou em um galho, caiu e bateu a cabeça numa árvore, desmaiando na mesma hora.
Quando Marcela despertou, não conseguia ouvir nem
falar nada. Próximo do onde estava, havia um pequeno lago, e ela foi em direção a ele... Assim que viu seu reflexo na água,
percebeu que já não tinha boca nem ouvidos. Dessa forma,
ela não ouviria ninguém nem poderia ser ouvida. Jamais iria conseguir pedir ajuda. Então, começou a chorar por causa
do seu triste destino, um choro lamentoso e silencioso. Assim, por causa da curiosidade, Marcela foi amaldiçoada para sempre, e tornou-se outra assombração do bosque.
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Ocorvo Por Marta Tenório
H
avia uma cidade chamada Águas Belas, muito
distante da capital, e um tanto sombria. A cidade ficava no interior de Pernambuco. Esta cidade sempre foi um lugar
sossegado, porém, as pessoas andavam um pouco assustadas
com comentários que surgiram sobre alguns de seus moradores. Os comentários eram sobre a família Nogueira
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O corvo – Marta Tenório que era constituída por Ester, seu filho Victor, e José, seu falecido marido, que morrera há pouco tempo. O que se
dizia era que José, o falecido marido de Ester, tinha tido um pacto com um demônio e, antes de sua morte, ele havia
levado seu filho Victor a também fazer um pacto com esse demônio.
Porém, o que não se sabia na cidade era que essa
história era realmente verdade. José selou um pacto através
de um ritual que misturava o sangue deles ao de um corvo e depois de dizer as palavras corretas para realizar o feitiço
em um círculo de velas. Quando o ritual terminou, algo
inesperado aconteceu, José caiu no chão e Victor correu para segurar seu pai, mas, inesperadamente José morreu nos
braços do filho. Victor nunca conseguiu entender porque
seu pai morreu dessa forma, depois de selarem um pacto que os tornariam bruxos tão poderosos.
Os comentários na cidade começaram a surgir depois
que um corvo negro passou a visitar a casa de Victor todos os dias após a morte de seu pai. As pessoas acreditavam que o corvo era um mensageiro do diabo, que sussurrava nos
ouvidos de Victor coisas malignas. Na cidade não se falava em outra coisa. As pessoas estavam com medo de Victor pelos
estranhos
acontecimentos
recorrentes.
Alguns
indivíduos estavam com tanto medo, que nem saíam de casa
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O corvo – Marta Tenório à noite, pois tinham temor que Victor lhes jogasse um feitiço:
não sabiam do que o jovem era capaz. Uma certa noite, um homem passava pela rua da casa de Victor, quando repentinamente passou em sua frente um vulto negro, era o corvo que sempre estava naquela rua. O corvo era totalmente negro e seus olhos eram brancos, um branco
nebuloso, e de tão branco não parecia ser uma criatura desse mundo. Então, com o susto que teve, o homem gritou:
- SOCORRO! Esta criatura do diabo quer me ferir! –
disse em pânico.
Nesse momento, o homem se virou e começou a
correr, mas o corvo atravessou em seu caminho e pousou na
sua frente. Então, naquele momento, o corvo transformouse em uma forma humana: era o falecido pai de Victor, José.
Victor fez um novo acordo com o diabo para que seu pai retornasse dos mortos. Porém, o demônio só permitiu que ele
retornasse por um mês. Assim, o pai de Victor finalmente
voltou com poderes sobrenaturais que o faziam se transformar em um corvo. Como pagamento desse novo pacto, ele precisaria oferecer algo precioso em troca, um
sacrifício de sangue de algum familiar, pois só um preço alto poderia trazer seu pai de volta. Assim, Victor ofereceu sua mãe como sacrifício. Ninguém sabia, mas Ester estava
desaparecida desde o enterro de José. Victor só fez isso
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O corvo – Marta Tenório porque precisava que seu pai retornasse para que ele o
ensinasse mais sobre a magia negra, pois o rapaz ainda não
conhecia todos os feitiços poderosos que o tornaria um bruxo tão poderoso quanto seu pai.
O homem não entendia como José poderia estar ali na
sua frente, como ele poderia estar vivo. Esse homem se
chamava Sr. David e era um detetive que estava
investigando Victor a mando da família de Ester, pois todos estavam muito preocupados com o seu desaparecimento
repentino e misterioso. Então, o Sr. David correu e José o perseguiu, mas felizmente o investigador conseguiu escapar. O Sr. David correu aos prantos pela cidade, dizendo que José
Nogueira estava vivo, e todos ficaram assustados com tal notícia. As pessoas ficaram chocadas e começaram a se
reunir na praça da cidade para decidirem o que seria feito. Por sua vez, o padre da cidade, Daminhão, disse:
- Isso é uma profanação, não podemos deixar essa
coisa maligna em nossa cidade!
- Estou preocupado, pois não encontrei Ester e temo
pela sua vida! José é um monstro que voltou do túmulo! Precisamos elaborar um plano para derrotá-lo e mandá-lo de volta! – disse o investigador Sr. David.
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O corvo – Marta Tenório
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O corvo – Marta Tenório Os moradores da cidade estavam apavorados, pois
acreditavam que José era o próprio mal encarnado. Por isso,
eles se reuniram e foram armados, da maneira que podiam,
para caçar o morto-vivo. Todos eles foram em direção à casa de José e Victor, e, quando chegaram lá, Victor estava em
frente à casa com o corvo em seu ombro. Mas diante de tantas pessoas, ele não entendeu o que estava acontecendo. Então, perguntou:
- O que vocês estão fazendo aqui em frente à minha
casa? O que vocês querem de mim?
- Nós queremos saber onde está a sua mãe Ester e
como seu pai voltou do túmulo – disse o Sr. David.
Nesse momento, o corvo, que estava no ombro de
Victor, voou e pousou ao seu lado, e então transformou-se em José na frente de todos que estavam lá, fazendo com que ficassem surpresos. Então, ele disse:
- Eu retornei da cova através de um pacto e um
sacrifício de sangue, e esse sacrifício foi justamente Ester. Por isso, ela está morta e vocês jamais encontrarão seu corpo!
Vocês jamais poderão me fazer mal, pois eu sou invencível e vocês são simples humanos!
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O corvo – Marta Tenório Naquele momento, todos ficaram enfurecidos e
começaram a atirar contra José com muita violência... E
antes que conseguissem atingi-lo, Victor jogou-se na frente do seu pai para protegê-lo e, com isso, levou tiros no peito,
caindo no chão. José se desespera e imediatamente vai até seu filho, que diz:
- Pai, me perdoe por isso, eu o amo e só queria o
senhor ao meu lado, para que me ensinasse a ser um bruxo tão poderoso como o senhor é! Agora, o senhor deve me vingar!
Nesse momento, Victor morre nos braços do seu pai,
assim como uma vez o pai morrera nos braços do seu filho. José sentiu uma fúria crescer dentro dele e, então, disse:
- Agora todos vocês irão pagar pelo que fizeram ao
meu filho! Todos vocês vão morrer!
Naquele momento, José se preparava para fazer uma
grande magia maligna e, de repente, o chão começa a tremer e um grande buraco se abre no chão, de onde saíam
labaredas de chamas ardentes. Dali, surgiu uma criatura monstruosa. Era o próprio “diabo”, que disse com uma voz cruel:
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O corvo – Marta Tenório - José Nogueira, é chegado o momento em que você
deve vir comigo, seu mês acabou e agora você precisa retornar para o inferno! Venha agora, não há escapatória!
- Por favor! Não me leve agora, eu preciso concluir a
minha vingança! – disse José amedrontado.
O demônio não deu ouvidos a José: agarrou o homem
e o arrastou para dentro daquele grande buraco de fogo.
Depois que eles entraram, o buraco foi selado, mas enquanto
ele fechava ainda podia-se ouvir a risada maligna da criatura. Todos que estavam lá ficaram assombrados e atordoados com o ocorrido, alguns até oravam e pediam
proteção a Deus. Depois disso, a cidade jamais esqueceria aquele acontecimento macabro e demoníaco, que levou a família Nogueira ao seu fim.
75
Oespírito daescola
Por Kethellyn Vitória
E
ra uma vez, na cidade de Garanhuns-PE, uma
escola que ainda estava em construção e que se chamaria Escola Municipal Antônio Gonçalves Dias (CAIC). Essa
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O espírito da escola – Kethellyn Vitória
escola seria muito ampla e bem equipada, por isso a população da região estava bastante ansiosa.
Naquele bairro, morava uma linda menina de cabelos
castanhos e pele branca, que, desde o início da construção da escola, sonhava em estudar lá. Porém, ultimamente
chovia bastante e, na construção, havia vários buracos e isso
preocupava a mãe de Laura, pois ela tinha bastante medo que sua filha caísse em um deles.
Certo dia, Laura queria muito ir brincar na
construção, mas sua mãe lhe disse:
- Laura, não vá brincar lá, pois está cheio de buracos
e parece que vai chover! Não vá, minha filha, por favor! - Tudo bem, mãe, não vou! – disse Laura.
Mas Laura queria muito ir brincar na construção.
Então, mesmo sua mãe tendo pedido que ela não fosse, a
menina foi até lá. Chegando ao local, Laura começou a
brincar com os materiais da construção e logo iniciou uma chuva e, mesmo assim, Laura continuou brincando sem se
importar com nada. Então a chuva ficou cada vez mais forte
e Laura resolveu ir para casa, mas, enquanto corria, acabou escorregando e caindo dentro de um buraco. Este estava
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O espírito da escola – Kethellyn Vitória
cheio de água, e Laura não sabia nadar. Mesmo gritando muito por socorro, ninguém escutou e ela acabou morrendo
afogada. Todos da comunidade ficaram tristes e a mãe de Laura entrou em desespero quando soube que sua filha, de
apenas 12 anos, havia morrido de uma forma tão trágica. O tempo passou e a construção foi terminada, tendo apenas a morte de Laura como o único acidente.
Dez anos depois de a construção da escola ser
concluída e inaugurada, coisas estranhas começaram a acontecer no local: as portas abriam sozinhas, os espelhos
apareciam quebrados, escutavam-se vozes estranhas e sons de alguém andando. Então, começaram a surgir várias
histórias na escola, muitas inventadas pelos próprios alunos para assustarem uns aos outros.
Certo dia, uma aluna estava no banheiro da escola se
maquiando, quando, de repente, ela ouviu uma voz: - Socorro! Por favor, me ajude!
Então, a menina ficou com medo daquela voz e olhou
todo o banheiro, mas não tinha ninguém e, quando se virou novamente para o espelho, viu uma menina no fundo do
sanitário, toda molhada, pingando água de suas roupas e cabelos, muito pálida e dizendo:
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O espírito da escola – Kethellyn Vitória
- Por favor, me ajude... Eu não suporto mais essa dor! A aparição, em seguida, cuspiu mais água e sumiu. A aluna, naquela hora, ficou tão assustada que saiu
correndo de lá pedindo socorro. Seu nome era Bruna e tinha 10 anos de idade. Os gritos dela assustaram todos os alunos
das turmas que assistiam à aula e, então, a professora de História, que se chamava Carla, foi ajudar Bruna e perguntou preocupada:
- O que houve, Bruna? Por que toda essa gritaria? - Professora, eu vi uma coisa horrível! Vi uma garota
no banheiro. Eu acho que era um fantasma... – disse Bruna, muito nervosa.
A professora ficou muito preocupada com Bruna e
resolveu conversar melhor com ela em outro lugar, pois percebeu que ela estava muito nervosa. Assim, a docente a levou até à biblioteca e pediu:
- Bruna, explique melhor o que houve! - Professora, eu estava me maquiando no banheiro,
quando, de repente, escutei uma voz pedindo ajuda. Eu
procurei pelo dono da voz, mas não vi ninguém. Então, quando olhei novamente para o espelho, vi uma menina
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O espírito da escola – Kethellyn Vitória
mais ou menos da minha idade, eu acho, e ela estava toda
molhada e pedindo ajuda, dizendo que não aguentava mais, e cuspia muita água. Eu fiquei tão assustada, que saí correndo e agora estou aqui – disse Bruna.
- Bruna, se você não estiver mentindo sobre isso, é
tudo muito estanho! Vou precisar conversar com o diretor sobre seu comportamento. Estou preocupada com você,
acho que deveria procurar um psicólogo – disse a professora Carla com ar de preocupação.
- Professora, eu estou falando a verdade, eu não preciso de psicólogo, não estou perturbada! – disse Bruna, chateada.
- Tudo bem, Bruna, eu vou ajudar você! Vamos,
juntas, descobrir o que aconteceu! Eu vou fazer algumas pesquisas para sabermos quem é essa garota.
A professora Carla fez algumas pesquisas sobre a
história da escola, para descobrir quem era a garota misteriosa e se realmente ela existia. Então, Carla foi
perguntar para a funcionária mais antiga da escola, que se chamava Aline, uma senhora muito simpática. Assim, Aline falou:
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O espírito da escola – Kethellyn Vitória
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O espírito da escola – Kethellyn Vitória
- Carla, existe uma história que, durante a construção
da escola, uma menina de 12 anos se afogou em uma das valas da construção... Não se sabe ao certo o que aconteceu,
mas, no dia, chovia bastante e acredita-se que ela tenha se afogado.
- Aline, você sabe mais alguma coisa sobre essa
menina? Tem alguma foto? – perguntou Carla.
- Olha, faz muitos anos que isso aconteceu, e ela nem
chegou a estudar aqui. Então, não temos registros sobre a criança, mas por que você está tão interessada nessa história? – perguntou Aline. - Não é nada. Eu apenas estou fazendo uma pesquisa
para o jornal da escola, junto com uma aluna. E será que a mãe dela ainda é viva? – perguntou a professora.
- A mãe dela ainda é viva e mora próximo daqui da
escola. Perto de uma padaria daqui – disse Aline com mistério na voz.
Então, a professora foi em busca da mãe de Laura, para
tentar descobrir mais sobre a garota. Logo, Carla conseguiu
o endereço da mãe da menina e foi até lá. À procura por
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O espírito da escola – Kethellyn Vitória
respostas, a professora Carla chegou à casa e bateu na porta. A mãe de Laura atendeu e falou: - Olá, quem é você? - Olá! Eu me chamo Carla e sou professora da escola
do bairro. Eu gostaria de falar com a senhora um assunto muito importante – disse Carla.
- O que você quer comigo? Eu te conheço de algum
lugar? – perguntou a mãe de Laura.
- Eu gostaria de conversa com a senhora sobre a sua
filha. A senhora permitiria? – questionou Carla um pouco apreensiva.
- Tudo bem... – disse a mãe de Laura com uma tristeza
na voz.
- Carla entrou na casa da mãe de Laura e as duas
começaram a conversar sobre Laura. Então, Carla perguntou:
- Eu gostaria de saber como exatamente a sua filha
morreu. Desculpe-me perguntar uma coisa dessa, mas eu preciso saber a verdade.
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O espírito da escola – Kethellyn Vitória
Carla começou a conversar com a mãe de Laura e
acabou contando os acontecimentos para ela. A mãe de Laura não acreditou no que estava ouvindo, mas a saudade
que tinha da sua filha era tão grande, que resolveu arriscar. Assim, ela concordou em ir até à escola, mas confessou:
- Eu não acredito em você, mas vou seguir meu
coração!
À noite, a mãe de Laura e a professora foram até lá
para tentar contato com a menina. Dessa forma, já na escola,
as duas andaram por vários corredores e não encontraram nada. - Não estou mentindo! – disse Carla com
determinação.
Então elas começaram a andar mais e mais na escola, e, então, de repente, elas viram uma luz saindo do banheiro
da escola. Elas foram até lá e viram um ser de luz que estava
muito triste e angustiado. Vindo do seu choro, ouvia-se a palavra “Socorro!”
A mãe de Laura, naquele mesmo minuto, caiu de
joelhos e começou a chorar e a rezar, pois ela estava
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O espírito da escola – Kethellyn Vitória
reconhecendo a voz de sua filha. Imediatamente, a mãe de Laura disse com lágrimas nos olhos:
- Filha, por que você está aqui? Você já se foi há
muitos anos.
O espírito de Laura ainda chorava em sofrimento,
mas, ao ouvir a voz de sua mãe, respondeu:
- Mãe... o que foi que eu fiz!? Por que eu não obedeci
à senhora!? Eu estou com saudade da minha família, mas
estou presa aqui por toda eternidade! – disse Laura chorando em seu lamento triste.
- Laura, eu posso ajudar! Você se liberta, mas você
precisa se desprender deste mundo! Deixe tudo para trás e vá para luz! – disse Carla preocupada.
- Eu não vou embora, eu só quero sair daqui e ficar
com a minha mãe, sinto muito a falta dela! – disse Laura com raiva.
- Filha, isso é impossível! Eu estou viva e você já não
pertence mais a esse mundo, você precisa ir! Todos nós já sofremos demais com tudo isso! - Eu não vou embora! Nós ficaremos juntas de
qualquer maneira! – respondeu o espírito da menina.
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O espírito da escola – Kethellyn Vitória
E, nessa hora, o fantasma de Laura ataca sua mãe e a
joga contra a parede e, então, disse com tom de alegria na voz:
- Nós finalmente ficaremos juntas para sempre! A mãe de Laura, de repente, começou a sentir uma
forte dor no peito e, então, perguntou em lágrimas: - O que você fez, Laura?
- Não faça isso, Laura! – disse Carla tentando impedir
Laura, mas não conseguiu ajudar a mãe da menina, pois estava tão assustada, que não se mexeu.
- Agora não nos separaremos jamais, eu a amarei para
sempre... – disse Laura. E, então, sua mãe lentamente para de respirar e morre.
Assim, Laura torna-se luz, e o corpo de sua mãe ficou
para trás. Carla ainda tentou socorrê-la, mas era tarde. Ela havia tido um ataque cardíaco e não se sabe o que houve com os espíritos de Laura e de sua mãe.
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OJogo demoníaco Por José Caio
E
ra uma vez, na cidade de João Pessoa, um grupo
de cinco amigos que se chamavam Léo, Alex, Rafael, Roberto e Renato. Todos eles estudavam na Escola Estadual Espírito Jovem, eram muito estudiosos e tiravam boas notas. Certo
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O jogo demoníaco – José Caio dia, chegou na escola um novo aluno na turma dos garotos. O novo aluno se chamava João. Ele era um garoto muito diferente e tinha uma aura misteriosa. Não procurava falar
com os colegas da turma, isolava-se com seus profundos olhos negros, sem brilho. Certo dia, Léo achou que seria legal tentar falar com João. Então ele perguntou:
- Oi, João! Tudo bem? Você quer jogar futebol com a
gente?
- Não. Obrigado! – disse João sem dar muita atenção. Passou-se mais uma semana de aula, e os meninos resolveram fazer mais uma tentativa de falar com João. Então, Alex perguntou:
- Ei, João, vamos jogar vôlei? - Não. Obrigado! – respondeu João um pouco irritado. Os garotos passaram várias semanas convidando João
para vários jogos. Certo dia, João cedeu à vontade dos garotos. Então, disse:
- Já que vocês insistem tanto para eu jogar, vamos algo
do meu interesse! Então, que tal tentarmos o Jogo do Compasso? – disse João finalmente parecendo animado.
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O jogo demoníaco – José Caio Os meninos, sem saber de que jogo se tratava,
disseram:
- Claro! Vamos jogar esse jogo! Como se joga? -
perguntaram os meninos com curiosidade.
- O jogo é simples! Usamos um tabuleiro com letras,
números e um compasso. Em seguida, faremos um círculo,
depois podemos perguntar o que quisermos e, então, algo ou alguém de nós responderá – disse João com animação.
- Como assim? O que vai responder as perguntas? E
como? – perguntaram os meninos muito desconfiados.
- Quem vai responder as perguntas provavelmente
será um espírito ou outra coisa, não sei – disse João tranquilamente.
- Gente, é só uma brincadeira! Acho que não tem
problema algum! – falou Renato.
- Vamos jogar! Vai ser legal! – complementou Alex. Os meninos sentaram em uma mesa e colocaram no
centro dela o compasso e o tabuleiro que João já carregava na mochila. Então, eles começaram a jogar. João iniciou as perguntas, e abriu o jogo animadamente:
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O jogo demoníaco – José Caio - Espíritos que estão aqui presentes, podemos iniciar
o jogo?
Logo depois que João perguntou, o compasso que
estava no centro do tabuleiro, misteriosamente, se moveu para cima da palavra “sim”. Porém, o compasso se moveu sobre outras letras também, que formavam a seguinte frase
“Não podem sair até eu permitir!”. Roberto foi um dos que
mais teve medo daquilo e, mesmo muito assustado, resolveu continuar a jogar. Então, João perguntou novamente:
- Qual é a sua intenção? O que você quer de nós? O compasso se moveu novamente e formou a seguinte
frase “Quero que vocês morram! Quero matar!”. Neste
momento, todos ficaram aterrorizados. Então, Roberto, que estava ainda mais apavorado, tirou o compasso do tabuleiro e o jogou na parede, partindo-o em pedaços. Depois disso,
todos os meninos saíram correndo, menos João... que permaneceu no lugar em que estava.
No final das aulas daquele dia, aconteceu uma
tragédia na escola, João foi encontrado morto atrás da escola e, em seu peito, havia uma mensagem gravada que dizia “Não esqueci o que vocês fizeram! Serão os próximos a
sofrer!”. Os garotos ficaram muito assustados e tristes com o
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O jogo demoníaco – José Caio
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O jogo demoníaco – José Caio que havia acontecido a João, mas eles não acreditavam que aquilo tinha algo a ver com o jogo.
Passou-se um mês depois do lastimável episódio com
o compasso, e os garotos já haviam até esquecido do
acontecido. Depois de mais alguns dias, Roberto e Alex
sofreram um grave acidente e morreram a caminho do hospital. Eles foram atropelados por um ônibus. Uma enorme tragédia se abateu sobre a escola, três de seus preciosos alunos haviam sido perdidos.
Depois da grande tragédia, Léo, Renato e Rafael
estavam desolados e se sentiam culpados pela morte dos seus amigos. Então, Léo disse:
- Nós precisamos resolver isso! É a única forma de
parar!
- O que está querendo dizer? Não é o que eu estou
imaginando, é? – questionou Rafael preocupado.
- Nós vamos jogar de novo e vamos acabar com as
mortes! Tudo isso deve ter uma ligação com aquele jogo maldito! – disse Renato.
Depois de conversarem, os garotos juntaram-se para
jogar novamente e, então, começaram. Então, Léo perguntou ao compasso:
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O jogo demoníaco – José Caio - Espírito, ou seja lá o que for, você está aí? Então, o compasso se moveu e formou a palavra “sim”.
Os garotos se entreolharam e, então, Léo perguntou novamente:
- O que você quer de nós? Foi você quem matou
nossos amigos? Por quê?
O compasso mais uma vez se moveu, formando as
palavras “Quero matar vocês... Vocês não cumpriram as
regras do jogo.”. Depois de uma pausa, o compasso voltou novamente a se mover e, então, formou a seguinte frase
“Agora vou matá-los, já é tarde demais.”. Nesse momento, Renato e Rafael saem correndo e abandonam o jogo mais
uma vez. Enquanto tentavam fugir, um dos meninos tropeça
na escada e leva o outro junto consigo, a queda é grave. Passaram-se alguns minutos e os dois não se moveram mais,
pois haviam quebrado o pescoço. Na escola, não tinha mais ninguém, ninguém ouviu nada.
Léo quase saiu correndo também, mais teve medo das
consequências de sua fuga. Ficou com medo de morrer também. Então, ele perguntou novamente ao espírito: - Por favor, me liberte dessa maldição! Eu posso sair
do jogo? Por favor, me liberte, espírito!
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O jogo demoníaco – José Caio O compasso, mais uma vez, se moveu no tabuleiro e
então formou a seguinte frase: “Seus amigos não cumpriram as regras do jogo, por isso mereceram morrer. Você pode
sair, mas precisa dizer a todos que eu sou real e como sou
poderoso.”. Nessa hora, depois de terminar de escrever, o compasso quebrou-se. Léo foi embora sem olhar para trás e nunca mais retornou para aquela escola. Porém, ninguém
jamais esquecera do que aconteceu, pois Léo disse a todos
que o jogo do compasso era real e podia ser fatal para aqueles que não soubessem jogar. Mas, cabe a cada um acreditar, “O jogo é real ou não?”.
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Opesador Por Vitรณria da Silva
E
ra uma vez, uma menina que se chamava Clara e
morava em Garanhuns, no bairro nobre de Heliรณpolis. Ela era uma menina muito divertida e brincalhona que gostava de fazer amizades.
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O pesador – Vitória da Silva No fim de um certo dia, Clara estava cansada, pois
tivera um dia bastante intenso. Então, procuraria dormir o mais cedo possível. No entanto, começou a conversar por meio do celular com amigos e ainda resolveu fazer suas
atividades escolares. Quando clara foi dormir já era por volta das 23h30. Ela logo tratou de deitar com a barriga
virada para cima, que era o jeito que ela mais gostava de dormir.
Clara começou a despertar de seu sono por volta das
3h manhã, e sentiu um peso esmagando-a, como se tivesse uma tonelada em cima dela. O peso era tanto, que ela estava ficando sem ar. Ela até tentou chamar a sua mãe, mas não
conseguiu gritar. E quando estava ficando ainda mais sem
ar, rezou e aquele peso começou a sair, permitindo-lhe que mudasse de posição para tentar dormir: agora, de lado.
No dia seguinte, Clara resolveu contar para a sua mãe
o que havia acontecido.
- Mãe, ontem à noite eu senti um peso enorme em
cima de mim, eu não consegui gritar e estava ficando sem ar. A senhora sabe o que é isso?
- Filha, isso foi só um pesadelo! É normal ter
pesadelos! - disse a mãe de Clara.
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O pesador – Vitória da Silva Clara foi para a escola e, naquela manhã, resolveu
pesquisar em seu celular sobre o que havia acontecido. O
resultado da pesquisa foi algo bizarro e sobrenatural que dizia o seguinte:
“O pesador é um homem. Na verdade, é um espírito
maligno, que procura pessoas de pouca fé e que não rezam
antes de dormir. Ele sobe na vítima escolhida e começa a
sufocá-la com o seu peso, e, mesmo que a vítima tente gritar,
não conseguirá. Porém, se a pessoa, antes de dormir, rezar e
pedir para seu anjo da guarda protegê-la, irá afugentar o espírito maligno do pesador.
Sua aparência é de um vulto preto de um homem que
usa um chapéu. Diz a lenda que aquele que tirar o chapéu
do pesador ficará rico, coisa difícil de fazer, pois depois que ele sobe numa pessoa, a imobilização é certa. Só pedindo proteção e rezando muito para ele ir embora. ” Clara se surpreendeu pelo que encontrou na
internet, e até achou que aquilo não deveria ser verdade.
Então, ela resolveu conversar com alguns amigos, mas todos riram dela e disseram que aquilo era só um pesadelo, coisa
da cabeça dela. Depois disso, Clara ficou ainda mais confusa,
pois ninguém entendia o que ela tinha passado e o medo que
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O pesador – Vitória da Silva
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O pesador – Vitória da Silva havia sentido. Mas a menina, realmente, acreditava que
tivera sido vítima do pesador e sentia isso dentro de si. Assim, quando a noite chegou, Clara estava com medo do que
poderia acontecer com ela enquanto estivesse dormindo, e resolveu seguir as orientações dadas na pesquisa que fez, indo deitar-se.
Naquela noite, preparou-se mentalmente para o que
poderia acontecer. Quando Clara começou a adormecer, ela
teve um sentimento ruim que lhe provocou um certo malestar: seu coração acelerou, sua mão começou a suar.... Ela
prestou atenção em tudo o que estava ao seu redor e, quando o relógio marcou 03h15 da manhã, achou que ele não apareceria, e resolveu beber um copo d’água na cozinha, voltando para o quarto tranquilamente. Porém, quando
estava chegando à sua cama, deu de cara com um vulto preto que usava um chapéu largo. Naquele momento, ela
quis gritar, mas isso não adiantaria nada. Então, ela disse em voz alta:
- Seu espírito maligno, você não vai mais me
machucar, eu tenho o meu Deus ao meu lado para me guardar e cuidar!
Depois que Clara falou isso, ela ganhou mais coragem
e começou a rezar. Então, falou:
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O pesador – Vitória da Silva - Agora, você terá o que merece, seu maldito! - “ Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a
ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine, AMÉM! ”
Assim, surgiu uma luz branca e pura que transmitia
paz e alívio para Clara. Com isso, o espírito maligno ficou perturbado e parecia sentir dor e aversão por aquela luz.
Clara sabia que era seu anjo protegendo-a. Então, o espírito maligno fugiu, e Clara, a partir daquele dia, voltou a dormir
tranquilamente, com a confiança de que seu anjo e Deus a protegiam sempre.
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Ozoológico macabro
Por Emile Estefáne
E
m um lugar muito distante, havia uma
cidadezinha, próxima a Recife, Pernambuco, na qual existia um pequeno zoológico, porém nenhum dos habitantes ia até lá.
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O zoológico macabro – Emile Estefáne
Um certo dia, um grupo de amigos que estava perdido,
resolveu parar na cidade para abastecer o carro e pernoitar
por ali mesmo. Então, quando amanheceu, eles decidiram visitar o zoológico. Ao chegar lá, encontraram uma van estacionada na frente. Não havia ninguém dentro dela, mas
os amigos acharam que a van deveria ser do dono do zoológico, e, então, seguiram adiante, avistando de longe um moço, que foi logo se apresentando:
- Olá, eu me chamo Vítor Teixeira e sou dono deste
pequeno zoológico.
- Olá, eu me chamo Matheus e esses são: Verônica,
Thaís, Alex e João. Nós gostaríamos de conhecer seu zoológico!
- Tudo bem! Venham que lhes mostrarei o lugar -
disse Vítor.
O dono do zoológico mostrou todo o lugar, e alguns
animais, que pelo que se percebeu, eram muito bem cuidados. Enquanto faziam a visita, eles estranharam não ter
outras pessoas no zoológico, mas continuaram mesmo assim. Então, uma das meninas disse:
- Senhor Vítor, eu gostaria de ir ao banheiro. Onde
fica? - perguntou Thaís.
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O zoológico macabro – Emile Estefáne
Vítor.
- Eu a levarei ao banheiro, senhorita - respondeu Durante o caminho ao banheiro, Vítor fez várias
perguntas a Thaís, distraindo-a. Então, quando ela menos
esperava, sofreu uma pancada na cabeça e desmaiou. Vítor, por sua vez, a levou para um lugar desconhecido. Tempos depois, Vítor volta do banheiro e Verônica pergunta por Thaís, ao que ele responde que ela está no banheiro e pediu
que eles continuassem o passeio. Durante o caminho, Alex pergunta a Vítor:
- Sr. Vítor, o senhor, por acaso, viu um grupo de
amigos que passeava por aqui? Eles eram de Recife e há mais ou menos uma semana estão desaparecidos. A polícia está à procura deles. Estou perguntando porque eu conheço a família de uma dessas pessoas e é muito triste. - Eu não estou sabendo de nada do que aconteceu com
elas - respondeu Vítor.
Então, continuaram o passeio, até que o Sr. Vítor Teixeira levou os visitantes a um lugar que ficava numa
região baixa do zoológico, parecia até uma espécie de porão.
Os amigos ficaram um pouco preocupados com aquilo, e, então, Matheus perguntou:
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O zoológico macabro – Emile Estefáne
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O zoológico macabro – Emile Estefáne
- Que lugar é este, Sr. Vítor? Aqui está um pouco
estranho.
- Nesse local, há uma surpresa especial para os
visitantes. É maravilhoso o que verão!
Assim que eles entraram na sala, Vítor fechou a porta
e, então, todos perceberam que lá era uma espécie de porão e que estava mais ou menos embaixo do zoológico. Assim, Vítor disse:
- Nesse local, há um animal especial, vocês ficarão
impressionados!
O local estava muito escuro e não se conseguia ver
muito bem as coisas. As luzes estavam apagadas, e, então, Vítor falou:
- Está escuro para que a surpresa de vocês seja maior. Quando Vítor acendeu as luzes, todos viram um
animal enorme. Na verdade, era um leão muito grande e ele devorava algo. Então, Vítor falou novamente:
- Este é o meu mais magnífico animal. Ele, porém, fica aqui, pois é muito difícil dominá-lo... Para que eu consiga dominá-lo, ele precisa de uma dieta especial.
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O zoológico macabro – Emile Estefáne
Nessa hora, todos ficaram assombrados e Verônica
começou a gritar, pois ninguém estava acreditando no que via.
O
leão
continuava
complementou sua fala:
se
alimentando
e
Vítor
- Para controlá-lo, eu preciso alimentá-lo com carne humana e é muito difícil fazer isso. Ninguém acreditava no que estava vendo e ouvindo.
O leão estava devorando a Thaís, e aquela cena era aterrorizante. Então, Alex grita:
- Por que você fez isso?! Você é doente! - Hahaha... Eu não sou doente, eu apenas quero criar
o animal mais perfeito que existe! - disse Vítor, com um ar maldoso.
Os amigos começaram a tentar escapar, mas a porta estava fechada, e Vítor falou: - Não adianta tentar escapar! O destino já está selado!
Agora, é o fim de vocês!
Nesse momento, então, Vítor libera da jaula o leão, que lhe obedeceu quando disse: - Mate-os! Hora de comer!
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O zoológico macabro – Emile Estefáne
E não houve escapatória! Matheus, Verônica e Alex
foram devorados pelo grande leão e ninguém jamais saberia o que aconteceu com eles.
Vendo as cenas de devoração do leão, Vítor disse: - Agora, mais quatro viraram comida de leão... A
polícia já estava procurando aqueles outros e agora
procurará estes. Vamos ter de maneirar um pouco a partir de hoje. Não aparecem muitos por aqui mesmo...
Dois anos depois, uma bela família, que passava na
estrada, resolve visitar o zoológico por curiosidade. Chegando lá, o dono se apresenta: - Sejam bem-vindos ao meu zoológico! E lá foram eles...
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Obsessão profana Por Estefane Marcela
N
a Cidade de Curitiba, mais especificadamente na
rua XV de Novembro, vivia um homem chamado Rafael. Ele era um brilhante e bem-sucedido médico cirurgião. Rafael
tinha apenas 28 anos de idade, era muito bem-educado e,
além de tudo, era muito rico. Na verdade, um milionário.
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Obsessão profana – Estefane Marcela Porém, mesmo rodeado de sucesso e riqueza, algo ainda o
fazia sentir um grande vazio, nada, até o momento, conseguia preencher.
Certo dia, Rafael convidou sua colega de trabalho
Samara para jantar em sua casa. Ela ficou muito feliz com o
convite e aceitou com muito entusiasmo. Ao chegar a noite, Samara foi até a casa de Rafael e o jantar aconteceu, eles conversaram e deram boas risadas. Então, quando ficou um pouco mais tarde, Samara disse: -
Rafael, a conversa
e a companhia estão
maravilhosas, mas já está ficando bem tarde e eu preciso ir para casa.
- Ah... Não vá agora, Samara! Fique um pouco mais e
beba mais uma taça de vinho comigo! – disse Rafael.
- Eu adoraria, Rafael! Mas, eu já bebi o suficiente e
realmente preciso ir para casa – disse Samara, decidida.
- Tudo bem! Eu vou levá-la para casa – disse Rafael
um pouco aborrecido.
Rafael estava chateado, porque ainda não queria levar
Samara para casa, pois ele tinha outros planos. Mas os dois
entraram no carro e foram embora. Rafael continuou
dirigindo pela estrada, mas, ao invés de seguir o caminho
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Obsessão profana – Estefane Marcela para a casa de Samara, ele entrou em uma estrada de terra.
Samara achou estranho o caminho que ele pegou. Então, perguntou um pouco nervosa:
- Rafael, para onde nós estamos indo? Minha casa não
é por esse caminho.
- Daqui a pouco você irá descobrir, querida! – disse
Rafael com uma voz fria.
Samara percebeu que Rafael estava um pouco
alcoolizado e ela começou a se sentir tonta. Então, disse:
- Rafael, eu não estou me sentindo bem, acho que bebi
além da conta. Por favor, me leve para casa!
- Então, já está fazendo efeito – disse Rafael para si
mesmo.
Samara não entendeu o que Rafael quis dizer. Ela
começou a se sentir muito mal e desmaiou. Rafael parou o
carro e finalmente chegou ao seu destino, sua chácara. Assim, ele pegou Samara em seus braços e a levou para
dentro da grande casa da chácara. Quando ele entrou, foi diretamente ao porão da casa, que se parecia com um
laboratório. Na verdade, parecia mais uma sala de cirurgia. Ele colocou Samara em uma mesa e disse:
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Obsessão profana – Estefane Marcela - Samara, me perdoe, mas eu não posso evitar, isso é
mais forte do que eu! Esse será seu fim! Agora você ajudará a preencher este vazio que existe em mim! – disse com a voz sombria.
Rafael vestiu Samara como se fosse operá-la, uma
espécie de vestido cirúrgico, e, em seguida, a matou lentamente, mas ela não sentiu dor alguma. Rafael desmembrou o corpo de Samara e o dividiu em pedaços
menores, colocando-os em potes e tigelas. Ele terminou de
despedaçá-la e subiu a escada do porão que dava acesso à cozinha. Então, disse:
- Agora finalmente saciarei minha fome! Vai ajudar a
preencher esse vazio!
Então, naquela noite, Rafael alimentou-se da carne do
corpo de Samara.
Alguns anos se passaram e Rafael continuava com sua
macabra dieta, nunca conseguindo preencher totalmente aquele vazio que sentia por dentro. Porém, ele nunca deixava vestígios dos seus crimes, suas vítimas eram
simplesmente consideradas desaparecidas. A polícia jamais encontrou pistas de algum crime.
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Obsessão profana – Estefane Marcela Certo dia, as coisas começaram a mudar para Rafael,
pois acabara de mudar-se para a casa ao lado da dele uma mulher chamada Melissa.
Melissa era uma mulher muito bela, com longos
cabelos negros ondulados e de pele morena. Naquele mesmo
instante, Rafael sentiu algo por Melissa, paixão, talvez, não se sabe ao certo. Mas ao reparar bem, ele percebeu que Melissa estava com a barriga um pouco saliente, ela estava grávida. Então, ele falou:
- Olá! Meu nome é Rafael. Seja bem-vinda a nossa
vizinhança! – disse com entusiasmo.
- Olá! Meu nome é Melissa. Estou muito feliz em me
mudar para este bairro, sei que aqui é um bom lugar! - disse Melissa também muito entusiasmada.
Depois que Melissa mudou-se para lá, ela e Rafael
começaram a se ver com bastante frequência e, então, aconteceu, eles se apaixonaram um pelo outro. E mesmo Melissa estando grávida, Rafael não se importou, pois
estavam muito apaixonados e não se desgrudavam nunca. Nesse momento, de certa maneira, Rafael se sentia feliz. Aquele vazio estava preenchido.
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Obsessão profana – Estefane Marcela Passaram-se alguns meses e o bebê de Melissa nasceu.
Era uma menina muito bonita como a mãe, seu nome era
Eloá. O bebê nasceu muito saudável e tornou-se a coisa mais
preciosa na vida de Melissa. Rafael começou a sentir falta da atenção que ele recebia de Melissa. Então, ele disse:
- Melissa, você agora só se dedica a esse bebê! Até parece que eu não estou aqui com você! Você precisa me dar atenção também! – disse Rafael irritado.
- Ela é minha filha, Rafael! Ela é a coisa mais
importante da minha vida! Você está sendo muito inconveniente! – respondeu Melissa descontente.
- Nada pode ser mais importante do que eu! Você é
minha e nada vai nos separar, farei de tudo para ficar com você plenamente! – comentou Rafael com uma expressão fria no rosto.
- Como você ousa falar assim comigo?! Minha filha é
tudo! Ela é a mais importante! – disse Melissa zangada.
- Meu amor, me perdoe pelo que eu disse! Eu quero
me redimir com você. Então, vamos passar o fim de semana na minha chácara! – argumentou Rafael confiante.
- Ok, meu amor! Vamos fazer isso por nós! — disse
Melissa feliz.
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Obsessão profana – Estefane Marcela
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Obsessão profana – Estefane Marcela Melissa e Rafael foram à chácara para passar o fim de
semana. Quando chegaram lá, Melissa disse:
- Meu amor, que lugar incrível! Não sabia que você
era dono de um lugar tão lindo...
- Você e Eloá vão adorar tudo aqui! Para mim, é o
lugar mais especial que existe! – comentou Rafael.
O médico mostrou a chácara a Melissa, que estava
muito feliz. Depois os três entraram na casa, Melissa subiu para o quarto principal e colocou o bebê na cama para dormir. Depois ela desceu para a sala. Assim que Melissa desceu, Rafael disse: - Meu amor, você está com sede? - Eu estou, queria beber um suco – falou Melissa. - Ok. Vou pegar para você – respondeu Rafael. Rafael traz o suco e os dois ficam um tempo
conversando. Durante a conversa, Melissa diz:
- Rafael, não estou me sentindo bem, estou tonta. - Você deveria ter me tratado melhor Melissa! —
declarou Rafael com uma voz sinistra.
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Obsessão profana – Estefane Marcela - Como assim, Rafael? Do que você está falando? –
perguntou Melissa confusa.
- Vou levar você a meu lugar especial – falou Rafael. O Médico levou Melissa, que estava bastante tonta, até
o porão, e, por incrível que pareça, ela se manteve acordada. Chegando lá, Melissa achou estanho aquele porão, pois parecia mais um laboratório médico. Então, perguntou:
- Que lugar é esse, Rafael? Você faz algum tipo de
experimento aqui?
- Aqui é o lugar onde eu me divirto, onde eu me sinto
completo! Antes eu me sentia completo com você, mas você estragou tudo no momento em que você passou a amar mais aquele bebê do que a mim! – falou Rafael muito sério.
- Eu não estou entendendo, Rafael! O que você quer
dizer com isso? O que você pretende fazer? – indagou Melissa chateada. - É simples, Melissa! Agora que você já não é mais tão
interessante para mim, então eu vou fazer com você o que
eu fiz com todas as outras mulheres por quem eu me interessei: primeiro, eu matarei você lentamente, mas não se
preocupe, pois você não sentirá dor alguma. Eu te darei um anestésico. Depois disso, eu vou desmembrar o seu corpo e
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Obsessão profana – Estefane Marcela finalmente irei fazer uma bela e saborosa refeição! – falou Rafael com naturalidade.
- Você só pode estar brincando comigo, Rafael! Que
palhaçada é essa!? Não estou gostando nada dessa sua piada! – disse Melissa muito nervosa.
Nesse momento, Melissa percebeu que Rafael não
estava brincando e, mesmo muito tonta, tentou correr.
Porém, Rafael foi mais rápido e a pegou, mas Melissa conseguiu soltar-se dele e subiu correndo as escadas. Ele a perseguiu e a puxou, com isso os dois caíram da escada. Com
a queda, Melissa se arrastou e, mesmo com efeito do remédio e machucada da queda, sua força de vontade de viver era
maior. Rafael ainda estava deitado no chão e ria descontroladamente, quando disse:
- HAHAHA... Você me diverte, amor! Mas é inútil
tentar fugir, pois com certeza não sairá viva daqui! Você é
mais forte do que eu pensava, é certo que sua carne deve ser muito saborosa! – disse em um tom zombeteiro.
Melissa não respondeu e continuou deitada no lugar até onde ela havia se arrastado. Vendo a situação dela, Rafael disse satisfeito:
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Obsessão profana – Estefane Marcela - Melissa? Parece que finalmente o remédio fez
efeito... Você me deu mais trabalho que as outras, foi divertido!
Rafael foi em direção a Melissa, que ainda continuava
imóvel. Quando tentou levantá-la e virá-la do chão, Melissa atacou Rafael com fúria usando uma faca que ela conseguiu
pegar no chão assim que caiu. Rafael tombou no chão com
o ataque, e Melissa enfiou a faca no pescoço dele. O médico ficou com um olhar incrédulo em seu rosto, e, então, disse com dificuldade, por conta do ferimento:
- O que você fez, sua maldita!? Agora como eu vou
conseguir parar esse sangramento!?
E quando Rafael menos esperava, Melissa aproveitou
a oportunidade e o atacou novamente, esfaqueando-o várias vezes. Rafael estava com um olhar de incredulidade no rosto e não tinha mais forças. Porém, ainda conseguiu dizer suas últimas palavras:
- Eu subestimei você... E ainda não entendo como você
conseguiu fazer tudo isso mesmo sob o efeito do remédio que coloquei no seu suco – disse Rafael já muito fraco.
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Obsessão profana – Estefane Marcela - Minha vontade de viver é muito grande, e agora que
eu tenho uma filha minha vontade é ainda maior! Você não é nada diante desse amor! – disse Melissa determinada.
Rafael sangrou até a morte. Depois que ele morreu,
Melissa correu em direção ao quarto principal em busca de sua filha, para verificar se tudo estava bem com ela. Depois
que pegou seu bebê, ela ligou para a polícia e explicou todo o acontecido a eles. Assim, finalmente a polícia descobriu
que as moças que estavam desaparecidas, na realidade, estavam mortas, assassinadas por Rafael. Naquele dia, todos os crimes foram solucionados e finalmente a verdadeira
natureza de Rafael foi revelada, um assassino frio e calculista, que devorava suas vítimas, um canibal, um verdadeiro monstro!
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