III Congreso Internacional de Geografía Urbana Mesa Temática: Nº 5 - Movimientos urbanos, género, etnicidad y derecho a la ciudad A SEGREGAÇÃO RACIAL E OS PADRÕES DE OCUPAÇÃO URBANA EM ERECHIMRS. RACIAL SECREGATION AND URBAN OCCUPATION PATTERNS IN ERECHIM-RS. SECREGACIÓN RACIAL Y PATRONES DE OCUPACIÓN URBANA EN ERECHIM-RS. Silva, Emerson dos Santos, emersonssilva@ufrgs.br Zampieri, Fábio Lúcio Lopres, fabio.zampieri@ufrgs.br Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Resumo O Brasil é um país muito diverso e miscigenado. A população brasileira é composta de 47% de brancos e 53% de não-brancos, ou seja, pretos, pardos, amarelos e indígenas, segundo a auto-declaração dos informantes extraída através dos dados do último censo do IBGE. Este artigo pretende desenvolver uma metodologia exploratória de análise sobre a ocupação da população conforme sua raça através dos dados sociais para avaliar, quantificar e geolocalizar estas informações. Busca-se analisar a locação das diferentes populações por raça e avaliar sua localização na malha urbana em busca de possíveis padrões de ocupação, tomando-se como base a densidade demográfica e rendimentos médios. Parte-se da hipótese que a população não-branca, ou seja, pretos, pardos, indígenas e amarelos concentram-se em algumas partes do território, segregados sócioespacialmente e consequentemente, configurando-se enquanto clusters concentrados na periferia. Desta forma, através das análises realizadas pode-se afirmar que a metodologia proposta é pertinente com relação ao uso e manipulação dos dados. Com o uso da plataforma do Sistema de Informações Geográficas (SIG) e do geoprocessamento é possível analisar a relação entre raça e densidade demográfica como também rendimentos, e, localizar os possíveis padrões de ocupação. Destaca-se que a população branca se concentra nas áreas de maior infraestrutura, enquanto a população não-branca encontra-se localizada em pequenas áreas, cerca do equivale a apenas 5% da área urbana municipal e, consequentemente, encontram-se em clusters, configurando-se segregados sócio-espacialmente e corroborando a hipótese inicial. Portanto, pode-se afirmar que a população não-branca é então uma minoria neste estudo e, consequentemente, terá menores condições de ascensão social. Desta maneira, aponta-se a necessidade de um estudo mais detalhado, avaliando-se as tipologias de ocupação, como também o número de moradores que residem em uma determinada área considerada cluster, para que se possa avaliar as condições de qualidade do espaço urbano e salubridade. No entanto, cabe ressaltar que os dados são muito claros e permitem a visualização de onde se localizam cada parcela da população e,