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SindilojasRio e CDLRio na mídia
from Revista O LOJISTA - edição de maio/junho de 2023
by SindilojasRio - Sindicato dos Lojistas do Com do Mun do RJ
Sindilojas realiza palestra sobre legislação trabalhista.
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Além do artigo do presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, sobre a importância do comércio, foram destaques na imprensa a abertura das lojas nos feriados de abril e no Dia do Trabalho, os resultados do varejo no primeiro trimestre de 2023, a palestra sobre legislação trabalhista promovida pelo SindilojasRio e as expectativas de vendas para o Dia das Mães.
Vendas do comércio carioca crescem 1% no primeiro trimestre.
Expectativas do comércio para o Dia das Mães.
O PIB e o comércio. Artigo do presidente do SindilojasRio e do CDLRio reflete sobre a importância do setor para a economia do Rio de Janeiro.
Lojas do Rio podem funcionar nos feriados de abril.
Recuperação econômica à vista
Comércio do Rio aposta em dias melhores, mas, para isso, é preciso unir esforços para solucionar os problemas que atingem o setor.
No Rio de Janeiro, o comércio exerce impacto significativo na economia e no desenvolvimento social da capital e do estado, abrangendo uma grande variedade de segmentos e atividades e contribuindo para melhorar a qualidade de vida da população por meio da geração de empregos e renda, e dos impostos e taxas que paga, pois são esses recursos, essenciais, que o governo utiliza em áreas como saúde, educação, infraestrutura e segurança pública.
Nesse contexto, o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro -SindilojasRio e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de JaneiroCDLRio atuam continuamente na defesa das empresas lojistas, por meio do diálogo constante com o poder público e trabalhando em parceria com outras importantes organizações representativas do setor em busca de soluções para os problemas que afetam o comércio, principalmente o de rua.
Para o presidente do SindilojasRio e do CDLRio, Aldo Gonçalves (foto), para reverter o cenário ainda adverso para o comércio, depois da pandemia que aprofundou a crise financeira que já atinge a capital e o estado há anos, o momento exige que empresas e poder público se unam em torno do mesmo objetivo: a recuperação econômica do Rio de Janeiro.
“Hoje, grande parte dos lojistas do Rio luta contra sucessivos revezes, enfrentando dificuldades para manter os seus negócios. Para superar essas adversidades, o apoio efetivo do poder público ao comércio é fundamental. Tanto para coibir a violência e a desordem urbana que afastam os consumidores, como para criar um ambiente favorável aos negócios, por meio da redução da pesada carga tributária e oferecendo incentivos que deem fôlego às empresas e estimulem novos investimentos e empreendimentos, por prazo suficiente que permita a recuperação do setor”, destaca Gonçalves.
Em relação às expectativas para 2023, ele disse que os lojistas, ainda que moderadamente, apostam em resultados melhores no segundo semestre, mas lembra que isso dependerá de muitos fatores, como a queda da inflação e da inadimplência das famílias, a redução dos juros e de outros já citados, como o combate à violência e à desordem e a diminuição dos impostos.
Capa
Para traçar um breve panorama da atual conjuntura e das expectativas do comércio para o segundo semestre deste ano, a revista O Lojista entrevistou Guilherme Mercês, diretor de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, que avaliou dados recentes da economia do Rio.
Como o senhor avalia o desempenho do comércio do Rio de Janeiro nos primeiros meses de 2023, em comparação com o do ano passado?
Guilherme Mercês - O volume de vendas do comércio do Rio de Janeiro vem se recuperando de uma queda sofrida no 2º semestre de 2022. Segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, mesmo com o bom desempenho de janeiro, depois de um resultado ruim na Black Friday e no Natal, o primeiro trimestre de 2023 registrou um volume 1,4% menor que o mesmo período do último ano. No resultado de março, a comparação anual se mostrou estável, diferentemente dos dois meses anteriores que se mostraram negativos.
Quais foram os fatores que contribuíram para este resultado?
GM - O primeiro trimestre é o mais difícil para o varejo em geral, passadas as festas de fim de ano, momento sazonal mais importante para as vendas. O desempenho abaixo do esperado das vendas fluminenses está relacionado ao alto endividamento dos consumidores. Mesmo com um bom desempenho do mercado de trabalho e uma inflação decrescente no primeiro trimestre, o endividamento freia o consumo das famílias. Segundo os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), o Rio de Janeiro tem 89,7% da sua população endividada, ocupando o 4º lugar no ranking dos estados mais endividados do país. A pesquisa ainda revela que as famílias do Rio de Janeiro comprometem aproximadamente 30% da sua renda mensal apenas para o pagamento de dívidas, que juntamente com as despesas fixas não deixa espaço para o consumo da população.
Em relação ao segundo semestre, com datas comemorativas importantes para o varejo, como Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal, quais são as expectativas para o comércio do Rio?
GM - Considerando o saldo positivo de contratações de funcionários com carteira assinada no primeiro trimestre, uma inflação estadual cada vez menor e uma possível queda na taxa básica de juros, o cenário é positivo para a recuperação do varejo. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de maio mostra que os consumidores fluminenses pretendem intensificar as compras nos próximos meses. Não só isso. Esse resultado é maior que o do mesmo período do ano anterior, evidenciando uma percepção de condições de consumo melhor. A CNC projeta que o comércio no Rio de Janeiro encerre 2023 com crescimento de 0,7% no volume de vendas.
Considerando os resultados dos primeiros meses deste ano e as perspectivas para o segundo semestre, o senhor acredita que o comércio do Rio de Janeiro está se recuperando e poderá voltar a crescer de forma sustentável?
GM - Mesmo o resultado do primeiro trimestre estando abaixo do mesmo período de 2022, as variações mensais mostram uma tendência de recuperação do setor. Os fatores condicionantes do consumo, como inflação e o mercado de trabalho, têm se mostrado mais favoráveis ao crescimento do comércio de forma linear e sustentável.
Em sua opinião, hoje, quais são os principais obstáculos ao crescimento do comércio do Rio? O senhor acredita que é possível superá-los no curto ou no médio prazo? Como?
GM - O grande desafio para o varejo ainda é a renda dos consumidores. Com o acesso ao crédito dificultado pela alta taxa de juros e, em conjunto, a alta inadimplência, a população fluminense fica restrita ao consumo de itens essenciais, principalmente do segmento de hiper e supermercados. Programas de injeção de renda como moedas sociais e incentivo para o pagamento de dívidas podem dar um fôlego ao consumidor no médio prazo e incentivar o consumo em outros segmentos do comércio.
Franquias movimentam a economia do Rio de Janeiro
Após a pandemia, o setor voltou a crescer em 2022. No Rio de Janeiro, houve crescimento no faturamento geral e em número de unidades.
O setor de franquias é um dos grandes impulsionadores do crescimento econômico e da geração de empregos em várias regiões do Brasil, incluindo o Rio de Janeiro, pois incentiva e favorece o empreendedorismo, estimula cadeias produtivas, fortalece o turismo e o comércio, e promove a transferência de conhecimento e a capacitação empresarial.
No ano passado, segundo a Associação Brasileira do Franchising (ABF), o mercado de franquias brasileiro consolidou a sua recuperação e voltou a crescer, movimentando mais de R$ 211 bilhões e com um acréscimo de 14,3% no faturamento. No Sudeste, o setor faturou mais de R$ 112 bilhões em 2022, um aumento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o número de unidades de franquia na região cresceu 5,8%, chegando a 98.443 mil operações. Já no Rio de Janeiro, o crescimento foi de 9,5 % no faturamento geral das redes de franquias no mesmo período, com mais de R$ 20 bilhões de receita. Em número de unidades, o mercado fluminense aumentou 5,1%, totalizando 18.024 operações.
Para saber mais sobre o mercado de franquias, a revista O Lojista ouviu o novo presidente da Associação Brasileira de Franchising Seccional Rio de Janeiro (ABF Rio), o empresário Clodoaldo Nascimento.
Quais foram os fatores que contribuíram para o crescimento do setor no Rio de Janeiro?
Hoje, quais são as principais características das franquias bem-sucedidas?
Clodoaldo Nascimento: No Rio de Janeiro, assim como em todo o país, o que levou ao crescimento gradativo das redes de franquias foi a mudança. As redes se reinventaram, avaliaram seus custos, reprogramaram suas ações e avançaram na digitalização de suas operações, resultando na manutenção do ritmo progressivo do crescimento econômico e na continuidade de iniciativas para o aumento de eficiência e inovação por parte das redes.
Como o setor pode contribuir para o crescimento social e econômico do estado?
CN: O franchising é um modelo de negócio bastante versátil e que pode ser aplicado a vários mercados. Além disso, as franquias têm a oferecer aos empreendedores vantagens como a segurança de uma marca reconhecida e de um modelo já testado. Por meio do franchising, a empresa consegue acelerar o seu processo de expansão de forma organizada e com menor necessidade de capital próprio. A contribuição social do franchising se baseia principalmente na geração de empregos e renda. No ano passado, somente no estado do Rio de Janeiro, foram gerados cerca de 169 mil empregos formais diretos, representando um aumento de 16,2% em relação a 2021. Além disso, do ponto de vista legal, por meio das franquias há formalização dos negócios, reduzindo, portanto, a informalidade.
Os segmentos de serviços e de outros negócios apresentaram o maior número de novas unidades. Em relação ao varejo, qual é a expectativa de crescimento?
CN: Todos os onze segmentos listados pela ABF cresceram no ano passado e em todos eles a ABF percebe expectativa de manutenção desse crescimento em 2023, projetando um crescimento entre 9,5% e 12% no faturamento, 10% em unidades, 4% em redes e de 10% no número de empregados diretos do setor.
Entre os principais fatores que contribuíram para o desempenho positivo estão o forte retorno do comércio e das atividades presenciais no ano passado, a recuperação da taxa de emprego, o avanço da digitalização e de outros canais de venda, principalmente o delivery, e os ganhos advindos das lições da pandemia (principalmente em relação à maior eficiência e adaptabilidade). A emergência de novos modelos de negócio (principalmente virtuais e home based), o crescimento acelerado das microfranquias e marcas de outros mercados aderindo ao franchising são outros aspectos que também contribuíram para o crescimento do setor.
CN: Ser uma franquia bem-sucedida depende de uma série de fatores que permeiam todas as partes da grande cadeia do franchising. Entre eles, destaco: a relação entre franqueador e franqueado é baseada em honestidade, integridade e transparência; a empresa franqueadora fornece todo o treinamento e suporte contínuo ao franqueado, além de infraestrutura operacional, técnica e tecnológica, recebendo dele, como feedback, a ajuda na ponta; a franqueadora fornece o manual de procedimentos e o franqueado segue o padrão definido por ela, para que assim possa performar positivamente e sua franquia seja bem-sucedida.
E quais cuidados deve ter quem deseja empreender como franqueado?
CN: Antes de escolher uma marca, é importante que o investidor faça uma análise criteriosa, que inclui conhecer a fundo o sistema de franchising, que traz muitos benefícios, mas, também, obrigações. É necessário também conhecer em profundidade o segmento em que se quer atuar, o público-alvo e a área geográfica de atuação. Outro passo importante é estudar com cuidado as informações fornecidas pela rede, especialmente a COF (Circular de Oferta de Franquia). Aliás, a nova Lei de Franquias (13.966/2019) prevê um grau de transparência maior por parte das franqueadoras. É preciso ficar atento a esses detalhes. É fundamental também conversar com franqueados e ex-franqueados para conhecer os detalhes da operação no dia a dia. Outra dica importante é fazer uma avaliação ampla que abranja aspectos financeiros, de concorrência e riscos externos. Por fim, antes de fechar negócio, recomendamos levar o contrato de franquia para um advogado especializado, uma vez que se trata de um compromisso de longo prazo e com muitos detalhes importantes envolvidos.
Para 2023, quais são as expectativas relativas ao setor no Rio de Janeiro?
CN: Nossa perspectiva para 2023 é muito boa para os negócios. As marcas estão fazendo o seu dever de casa e performando positivamente. O Rio está sendo visto novamente como um lugar para investir. Tivemos um crescimento de 9,5% no faturamento geral das redes de franquias em 2022 frente ao ano anterior, com mais de R$ 20 bilhões de receita. Já em número de unidades, o mercado fluminense expandiu 5,1%, somando 18.024 operações no período. Esperamos superar os dois dígitos percentuais de faturamento agora em 2023.