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A inflação vem caindo; agora faltam os juros.

Recentemente, o IBGE divulgou o resultado da inflação de junho. A deflação de 0,08% acentuou a tendência observada no comportamento geral dos preços a partir de março deste ano.

Com isso a taxa do primeiro semestre somou 2,86%; enquanto a variação acumulada em doze meses permaneceu declinante ao atingir 3,16%.

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O dado de junho reforça o debate para a redução dos juros básicos, hoje em 13,75%. Isso porque o nível de juros reais se apresenta muito elevado, um dos maiores do mundo. Dessa forma, criam-se expectativas para haver um corte de pelo menos 0,25 ponto percentual na Selic já na próxima reunião do Copom.

Quase ao mesmo tempo da divulgação da inflação de junho, o Boletim Focus do último 7 de julho fortaleceu as esperanças para a diminuição dos juros. Primeiramente mostrou que o mercado acredita que a inflação deverá permanecer perdendo fôlego. A inflação esperada para os exercícios de 2023-

2026 poderá chegar a 4,95%; 3,92%; 3,60% e 3,50%, respectivamente.

Em segundo lugar, se a esperança é de que isso venha a acontecer, para o mercado o movimento dos preços abre margens a fim de que a Selic caia: 12,00%; 9,50%; 9,00% e 8,75%. Logo, os analistas estimam juros básicos de um dígito a partir do ano que vem.

O corolário dessas projeções é o de que a economia brasileira possa perpassar por novas condições que impactarão seu crescimento num ambiente de juros menores acompanhados de desinflação. Ambiente propício a negócios, investimentos e vendas.

Assim, o comércio varejista vai beneficiar-se. Menor custo do dinheiro abre perspectivas para o crescimento das vendas, alavancado potencialmente pelo crédito mais barato, de fácil acesso e o consumidor mais confiante.

Publicado no jornal Correio Braziliense em 13 de julho de 2023.

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