Catalogo expo três mulheres 4

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Dados Catalográficos Dina, Liselotte e Zofia: três mulheres, três artista; curadoria de Enauro de Castro e Yara Pina. – Goiânia: MAG - Museu de Arte de Goiânia: Secretaria de Cultura Municipal de Goiânia, 2016. 1. Exposição, museu, arte, história.

Secretaria de Cultura Secretário

Ivanor Florêncio

MAG Museu de Arte de Goiânia Supervisor Coordenadora

Antônio Da Mata Doris Dai

Curadoria

Enauro de Castro Yara Pina

Equipe Técnica Reserva Téc. Conservação

Maria de Pádua Reis Neri Flávia Cristina Leite Brandão Luciane Ucella

Ação Educativa

Maria Lucia Vaz Margarida Maria de Oliveira

Intercâmbio Biblioteca Montagem Recepção

Donaldo James da Silva Filho Isabel José da Costa Alberto Jorge Roseli de Lemos Silva Miguelina de Souza Franca José Raul



Dina, Liselotte e Zofia: três mulheres, três artistas. Criado no início dos anos de 1970, o Museu de Arte de Goiânia abriu para uma multiplicidade de perspectivas. Sem ter um acervo, sua primeira sede, na Praça Universitária – cujos projetos arquitetônico e paisagístico foram desenvolvidos por Heitor Ferreira de Souza, José Magalhães Jr., Massimo Fiiocchi e Waldemar Cordeiro (Fig. P. 7) – simbolizavam um mundo moderno em devir. O futuro, entretanto, indicava que tudo ainda estava por se fazer. E para dar início a essa jornada, um primeiro acervo fora constituído com obras das décadas de 50 e 70, representativas da primeira e da segunda geração de artistas que contribuíram para a construção do campo artístico de Goiânia. Dina, Liselotte e Zofia, uma italiana, uma alemã e uma polonesa, entraram para a coleção do Museu de Arte de Goiânia nesse momento, ou seja, como parte do acervo histórico. Essas três artistas, fugindo de uma Europa decadente, devastada pelas Grandes Guerras, fixaram residência em Goiânia, pretendendo reiniciar suas obras em pleno sertão de Goiás (segundo Aline Figueiredo, até os anos 50 Goiânia era apenas um canteiro de obras). Aqui, em meio à solidariedade e à lealdade, típicas das formas de vida tradicionais, sentiram-se à vontade para reconciliarem com o espírito cósmico que liga o homem à natureza. Cada uma delas buscou contribuir como pode na construção do campo artístico de Goiânia, somando a este sua própria experiência adquirida em seu país de origem. Como muitos outros artistas, elas também foram impulsionadas por uma elite desejosa de ingressar no mundo moderno. Portadora de um discurso positivista, calcado no ideal de mudança, essa elite alimentava na população a esperança de um futuro melhor, prometendo romper com um passado de atraso e de miséria, por meio do desenvolvimento capitalista, e, ao ver a arte como signo de modernidade, financiava os artistas “não raro interferindo na produção” (Aline Figueiredo, Artes Plásticas no Centro-Oeste, 1978). Embora desejassem a modernização, pois há em seus trabalhos claro indício de uma identificação formal/conceitual ao processo histórico de industrialização do campo, essas artistas, ao se submeterem às imposições do mercado local, preferindo permanecerem na região a deixá-la, assim como muitos outros, caminharam na contramão “mudancista” (Nasr Chaul – Caminhos de Goiás, 1997). Enfatizando a natureza valorizam a matériaprima local, bem como a forma de vida do homem sertanejo, ou seja, contrariamente a uma a uma tendência homogeneizadora, que tentava subordinar a produção regional a uma “vontade construtiva geral” (Ricardo Fabbrini – Espaço de Lygia Clark, 1994). Corroborando, assim, a heteroge6


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neidade característica da arte brasileira. Suas obras comportam uma ambivalência, que, em última instância, funciona como critica ao processo de modernização que buscava impor-se negando a região. Talvez, por isso, suas obras foram vistas, do ponto de vista exterior, senão como estritamente informais ou cópias dos artistas mais importantes do momento, mas pouco comprometidas com o modelo construtivo imposto pelos artistas dos grandes centros. Embora, incorporassem, num primeiro momento, os avanços da arte experimental, não teriam dado seguimento às suas pesquisas. Relegadas e subvalorizadas no âmbito da arte nacional, foram excluídas também dos planos da arte regional, essas artistas acabaram sucumbindo às exigências do “gosto rural” e a um mercado incipiente e restritivo, como se portassem uma visão particularista de mundo muito aquém das exigidas pela arte brasileira. Consequentemente, quase nada restou dos seus trabalhos além de alguns esboços ou obras arruinadas, abandonadas ao relento. O Museu de Arte de Goiânia, num esforço de reconhecimento e de reafirmação das obras dessas artistas, busca mostrá-las às novas gerações, com a esperança de reascender um interesse renovado por suas obras. Reinterpretando e ressignificando-as, o Museu espera, ainda mais, conferir sentido à produção de arte goiana, que, ao permanecer à à margem da arte brasileira, continua, até o presente, muito pouco conhecida à espera de reflexão e de crítica. Dina Cogolli (1910-2000), nome artístico de Gina Stella Cogolli Ortelli, nasceu na Itália, vindo para o Brasil em 1956 onde fixou residência em Brazabrantes, Goiás, em 1960. Muda-se para Goiânia em 1964, onde ingressa na Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Em 1975, volta para a Itália e aperfeiçoa seus estudos, matriculando-se em um curso de gravura em metal (1978). No trabalho de Dina sobressai uma dialética, não através do confronto de materiais diversos, mas por meio da oposição entre homem e natureza, modernidade e tradição, razão e desrazão. Como bem observou Emílio Vieira, no âmbito urbano em que gravita a sociedade tecnológica, Dina vê a indústria – vê sobretudo as maquinas. No âmbito do natural – em que os seres convivem sem conflito com os antes – ela vê os animais, vê sobretudo os insetos: “Insetos versos máquina, ou a guerra da natureza contra a indústria. Ou vice-versa” (Emílio Vieira – Indústria e natureza na visão de Dina Cogolli – O Popular, 12, junho, 1982). Em suas esculturas e assemblagens, assim como em suas gravuras, Dina busca recuperar o sentido do ser humano. Nossa animalidade perdida, melhor dizendo, humanizando a sucata, transformando em animais escultóricos o lixo industrial. Liselotte Magalhães (1940) reside em Goiânia desde 1963, formando-se em

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Liselotte de Magalhães . Sem título, fotografia, 11,05 x 17,05 cm. Exposição de Inauguração do Museu de Arte de Goiânia, Palácio da Cultura, 1970. Acervo do Museu de Arte de Goiânia, 1970. 9


artes plásticas pelo Instituto de Artes da UFG (1969). Fascinada pela matéria-prima local (madeiras do cerrado) é influenciada por Gustav Ritter. Mas, enquanto Ritter buscava ressaltar as características intrínsecas das madeiras brasileiras, dando ênfase, em suas esculturas, às qualidades orgânicas dos materiais, Liselotte, por sua vez, mescla à madeira outros materiais, como o vidro e o metal (ligas industriais, alumínio etc.). Além disso, ela busca conciliar pintura e escultura, tentando equacionar experimentalmente os problemas “novos” colocados ao artista. Em suas próprias palavras, “enquanto a arte europeia mostra sinais de cansaço, a arte brasileira se apresenta não renascida, mas surgindo dos problemas e das mentalidades novas de uma terra em formação”. Zofia Ligeza Stamirowska (1903 - 1979) formou-se pela Escola de Belas Artes de Varsóvia (1939). Ao mudar-se para o Brasil (1940) encanta-se com a exuberância da natureza tropical radicando-se, primeiramente, no Rio de Janeiro, depois em São Paulo e, finalmente, em Goiânia, em 1960, onde se vincula ao movimento local em prol da construção de um espaço de arte junto à Universidade Federal de Goiás. Com base em sua formação clássica, dedica-se à aquarela, ao batique, à pintura e à gravura (xilo e metal). O cosmo, a natureza e a religiosidade surgem, em seus trabalhos, como temas que remetem a um universo pré-moderno, no qual o ser humano encontra-se em harmonia com a natureza. Apesar de haver entre essas três artistas algo em comum, uma vez que seus trabalhos refletem uma mesma preocupação com o destino do homem moderno, porém, cada uma a seu modo propõe uma maneira de ver o mundo completamente diferente das outras. Donde se conclui que, para alem das particularidades e do gosto pessoal, se existe alguma singularidade na produção artística de Goiás está na pluralidade; característica, também, da arte contemporânea. No entanto, ao permanecerem na região, sem se deixarem cooptar pelo discurso do nacionalismo sudestocêntrico, Dina, Liselotte e Zofia, assim como grande parte dos nossos artistas, acabaram identificados, pelo próprio discurso regionalista, ao regionalismo/tradicionalismo. Como se vinculadas a um “modernismo tardio” (Marcela Borela – Experiencia moderna nas Artes Plásticas em Goiás, 2010) representassem através das suas obras uma elite regional, cuja mentalidade, segundo Mario Pedrosa, “é o que pode haver de mais atrasado e provinciano na sociedade brasileira” (Criança e arte moderna - Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1957).

Enauro de Castro 10



Dina Cogolli – nasceu Gina Stella Cogolli Ortelli, filha de Paulo Cogolli e Josefina Bardeli, nasceu no dia 13 de maio de 1910, na Bolonha-Itália, fixando residência no Brasil a partir de 1956, inicialmente em Sorocaba, São Paulo. No ano de 1960 mudou-se para uma chácara no município de Brazabrantes, Goiás, onde teve seu primeiro contato prático com as artes plásticas a convite de um amigo que trabalhava com argila, transformando-a em objetos artísticos, trabalhando nessa atividade durante cinco anos, posteriormente, desenvolveu o trabalho de esculpir pedras e com a experiência adquirida, passou a dominar as técnicas e a se interessar por escultura em madeiras e mais tarde metais, misturando ferro, latão e cobre pela sua facilidade de manuseio. Ao mudar-se para Goiânia em 1964, Dina Cogolli ingressou na Universidade Católica de Belas Artes, atualmente Faculdade de Arquitetura da UCG. Em 1975 voltou para a Itália, sem deixar, no entanto, de vir sempre a Goiânia. Em 1978 cursou gravura em metal na Itália. De temperamento versátil, Dina Cogolli foi pianista (formada na Itália) e poeta, tendo desenvolvido diversas atividades intelectuais em sua vida. Foi professora de italiano na Universidade Federal de Goiás. Faleceu no final do ano 2000, em seu país de origem. O Museu de Arte de Goiânia possui sete obras de sua autoria. Exposições Individuais 1983 – Galeria do Circolo Italiano, Edifício Itália, São Paulo 1982 – FCG Fundação Cultural de Goiás, Gravuras em Metal. 1979 – Galeria Ego ID, Como, Itália , Gravuras em Metal e Trabalhos em Metal Acrílicos. 1978 – Galeria Pianella – Cantú – Itália – Gravuras em Metal. 1977 – Sala Garzanti , Forlí, Itália - Patrocinada pela Fundação Cultural Garzanti 1974 – Salão de Arte – Museu Zoroastro Artiaga – Goiânia Esculturas em Ferro Cobre e Latão. Brasil. 1968 – Galeria Tocantins – Goiânia- Esculturas em Pedra e Xilogravuras. GoiâniaGO Brasil. Exposições Coletivas 1985 – Iº Salão Nacional de Artes Plásticas de Goiânia-Go Brasil. 1984 – Inauguração galeria do Banco Itaú – Goiânia-GO Brasil. 1984 – 47ª Salão Paulista de Belas Artes – São Paulo – SP Brasil. 1981 – Seletiva Internacional A. Volta – Villa Olmo Como Itália. Prêmio Gráfica 1980 – Coletiva Lacchiarella – Milão – Itália. 1980 – Coletiva Galeria Piemomte – Novara – Itália. 1979 – Realização de 5 MOBIL de Metal a pedido de Firma Alemã de Dusseldorf Leverkusen. 1979 – Concurso Internacional “A Rodinó” – Napoli – Itália. 1978 – Coletiva Internacional EX – LIBRIS – Como Itália. 1978 – Coletiva Arte Moderna – Palácio Enal Modena – Itália. 1975 – VIII Salão de Arte Contemporânea Santo André-SP Brasil. 1975 – Noite de Arte no Palácio das Esmeraldas – Goiânia-GO Brasil. 1973 – XII Bienal de São Paulo-SP Brasil. 1973 – Coletiva “Realidade Goiana” Palácio -Ibirapuera – SP Brasil. 1972 – Palácio Ibirapuera – Coletiva Sesquicentenário do Brasil – Esculturas em metal. Homenagens/ Títulos / Prêmios 1984 – Troféu em Bronze para o Banco do Brasil – Goiânia-GO Brasil. 1979 – Prêmio de Escultura e Prêmio da Região Lombardia - Itália. 1978 – Prêmio Escultura – Palácio Enal Modena – Itália. 1974 – IIº Prêmio no Salão Nacional de Artes Plásticas da Caixego- Goiânia-GO Brasil. 12


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Ficha técnica das obras

(P. 13). Sem Título, 1974. Sucata, 128 x 80 x 40 cm , Coleção Hilda Marra. (P. 14). Inseto, s/d. Sucata, 15 x 15 x 39 cm. Coleção Sáida Cunha. (P. 14-15). Inseto, 1975. Sucata, 20 x 28 x 42 cm. Coleção Hilda Marra. (P. 15). Inseto, s/d. Sucata, 12 x 19 x 33 cm. Coleção Miguel Jorge. (P. 16). Abelhas, 1984. Sucata, 09 x 25 x 03 cm. Coleção PX Silveira. (P. 17). Balão, 1987. Latão e cobre, s/d. Coleção particular. (P.18). Ave I, 1984. Escultura em cobre e ferro, Altura: 110 cm, Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 19). Ave II, 1984. Escultura em cobre e ferro, Altura: 126 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 20). Sem Título, 1987. Escultura em sucata, Altura: 156 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 21). Procurando volumes, 1988. Acrílica sobre Duratex, 69,5 x 69,5 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 22). O Beijo, 1983. Mista sobre acrílico, 49,5 x 60,6 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 23). Dança nº 1, 1986. Xilogravura em relevo,70,9 x 70,6 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 24). Maternidade, 1970. Escultura em esteatita, Altura: 41 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 25). Pássaro, s/d. Terracota, 36 x 25 cm. Coleção Miguel Jorge. (P. 26). Sanctus Franciscus, s/d. Terracota, 25 x 18 cm. Coleção Miguel Jorge.



Liselotte de Magalhães, nasceu Liselotte Thilde Paula de Magalhães, nasceu em Nuremberg , Alemanha, onde permaneceu até 1963 quando passou a residir no Brasil. Iniciou seus estudos em artes ainda na Alemanha, dando continuidade na Escola Goiana de Belas Artes da Universidade Católica de Goiás e no Instituto de Artes da Universidade Federal de Goiás, na cidade de Goiânia. Trabalhou por muitos anos, ao lado do artista Gustav Ritter, também alemão radicado em Goiás. Em 1971, foi selecionada para XI Bienal de Internacional de São Paulo e em 1976 da Bienal Nacional de São Paulo. Residiu em Nuremberg, Alemanha, Goiânia/GO desde abril de 1963, atualmente reside no Rio de Janeiro, Brasil. Exposições Individuais 2005 – Museu de Arte de Goiânia, Sala Amaury Menezes, Goiânia, GO Exposições Coletivas Selecionadas 2007 – O Meio e o Ente, Palácio da Cultura, Goiânia, GO 1996 – Uma viagem pelas esculturas do MAG , Goiânia, GO 1995 – 25 anos do Museu de Arte de Goiânia, GO 1988 - Salão da Marinha, Brasília, DF, Prêmio 1983 – V Documento de Arte Contemporânea do Centro- Oeste, FUNARTE, Brasília, DF 1976 – Bienal Nacional de São Paulo, São Paulo, SP 1973 – Salão Nacional de Artes Plásticas da Caixego, Goiânia, GO 1972 - I Salão da Caixa Econômica de Goiás, Goiânia, GO 1971 – XI Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo SP 1970 – Salão de Arte Universitária, Goiânia, GO, Primeiro Prêmio 1970 - II Salão Goiano de Artes Universitárias, Prêmio em Escultura, Goiânia, GO 1970 - I Bienal de Artes de Goiás, Goiânia, GO 1970 - Exposição de Inauguração do Museu de Arte de Goiânia, Goiânia, GO 1969- II Salão Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG 1968- Exposição Anual de Artes da Universidade Federal de Goiás 1968 - Primeira Mostra Universitária, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

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Ficha técnica das obras (P. 30). Uivando, 1967. Madeira, 88 x 26 x 20 cm. Coleção Waldow. (P. 31). Pássaros, 1968. Imbuia e liga de alumínio, 166,5 x 62 x 35 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 32). Pássaro, 2005. Pau Brasil e alumínio, 52 x 24 x 23 cm. Coleção Ingrid Ritter. (P. 33 a 38). Croquis, [196-]. Grafite sobre papel, 21 x 30 cm. Coleção da artista. (P. 39-40-41). Vitrais I, II e III, 1971. Fotografia, 17 x 24 cm, XI Bienal Internacional de São Paulo, 1971. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 42). Conjugal, s/d. Pau Brasil, vidro e ferro, 161 x 50 x 48 cm. Coleção Waldow. (P. 43-44-45). Fotografia I e II PB, 1983. V Documento de Arte Contemporânea do Centro-Oeste, I Foto Centro-Oeste. (P. 46). Girassóis, 1998. Óleo sobre tela,106 x 96 cm. Coleção Ingrid Ritter. (P. 47). Girassóis, [199-]. Óleo sobre tela, 133 x 140 cm. Coleção Waldow. (P.48). Girassóis, [199-]. Óleo sobre tela, 121 x 111 cm. Coleção Waldow. (P. 49). Natureza Morta , s/d. Óleo sobre tela, 84 x 68 cm. Coleção Ingrid Ritter. (P. 50). Orquídeas, 2011. Aquarela sobre papel, 84 x 65 cm. Coleção Evandra Rocha. (P. 51). Abacaxis, 2014. Aquarela sobre papel, 84 x 65 cm. Coleção André Santos e Silva. (P. 52). Kunyala II, 2000. Aquarela sobre papel, 96 x 77 cm. Coleção Ingrid Ritter. (P. 53). Gato, s/d. Pedra sabão, 45 x 16 x 47 cm. Coleção Waldow.

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Zofia Ligeza Stamirowska nasceu em Varsóvia, na Polônia. Formou-se na Escola de Belas Artes de Varsóvia, França e Itália. Foi gravadora, pintora e professora de desenho e escultura. Com a guerra, abandonou seu país natal e chegou ao Brasil em 1940 para fixar-se no Rio de Janeiro. Em 1960 radicou-se em Goiânia, onde além de lecionar no Instituto de Artes, dedicou-se também a outras atividades, especializando-se em xilogravura, gravura e aquarela. Foi professora de desenho e plástica. Quando morreu, a artista e professora estava terminando os preparativos para duas mostras individuais, uma de tapetes, trabalho de vários anos e uma exposição de batique, sua última pesquisa em expressão pictórica. Faleceu em 7 de setembro de 1979, em Goiânia. Exposições Individuais 1942 – Individual no Rio de Janeiro RJ 1944 – Individual em Santos SP 1949 – Individual em Curitiba PR Exposições Coletivas 1977 – Coletiva em homenagem a Frei Confaloni, Goiânia, GO 1976 – Salão Nacional da Caixego, , Goiânia, GO 1976 – Salão Empresarial de Goiânia, , Goiânia, GO 1975 – Noite de Artes no Palácio das Esmeraldas, Goiânia, GO 1971 – Sala de Gravura na XI Bienal de São Paulo, São Paulo, SP 1970 – Pré-Bienal de São Paulo, São Paulo, SP 1970 – I Bienal de Arte de Goiás, Goiânia, Goiás 1969 – Coletiva de Artistas Goianos em Salt Lake City, EUA 1966 – Coletiva de Artistas Goianos no Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, SP 1963 – I Salão de Artes Plásticas da UFG, Goiânia, GO 1950 – IV Salão de Artistas Curitibanos, Curitiba, PR Homenagens/Títulos/Prêmios 1976 – Prêmio Aquisição no Salão Nacional da Caixego – Goiânia GO 1976 – Prêmio Aquisição no Salão Empresarial de Goiânia GO 1963 – Menção Honrosa no I Salão de Artes Plásticas da UFG – Goiânia GO

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Ficha técnica das obras (P. 55). Antes do Túnel. 1969. Xilogravura - 1/2, 76 x 49 cm. Coleção Miguel Jorge. Gravura em homenagem ao livro de Miguel Jorge intitulado"Antes do Túnel". (P. 56). Lagoa do Mistério. 1969. Xilogravura - 1/2, 92 x 58 cm. Coleção Miguel Jorge, 1969. (P. 57). A Extensão dos Minutos. 1969. Xilogravura - 1/2, 90 x 64 cm. Coleção Miguel Jorge. (P. 58). Terra nova, 1967. Mista sobre papel, 102,7 x 62,6 cm. Acervo do Museu de Arte de, Goiânia. (P. 59). Sem Título, 1967. Xilogravura, 43,6 x 24,5 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 60). São Francisco,1970. Xilogravura, 99,7 x 38,6 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 62). Sem Título, s/d. Xilogravura, 97,9 x 26,2 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 62). Yemanjá, 196. Xilogravura - 4/25, 20 x 34 cm. Coleção Heleno Godoy. (P. 63) Sem Título, 1975. Batique sobre tecido, 32,9 x 71,5 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 64). Gravura I, 1973. Gravura em metal, 61,3 x 40,5 cm. Acervo do Museu de Arte de. Goiânia. (P. 65). ∞ Centarius I. 1973. Mista sobre papel, 79 x 58,3 cm. Acervo do Museu de Arte de. Goiânia. (P. 66). Sem Título. 1981. Xilogravura, 45,7 x 31,9 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 67). Sem Título, 1981. Xilogravura, 45,7 x 31,9 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 68). Floresta, 1970. Litogravura, 49,6 x 68,1 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia. (P. 69). Sem Título, s/d. Aquarela,62,5 x 80,4 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia (P. 70/71). O Dia do Dilúvio, 1970. Mista sobre papel, 98,6 x 193,5 cm. Acervo do Museu de Arte de Goiânia.

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