Projeto | ENEA Rio 2015

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XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE ARQUITETURA E URBANISMO Caráter do Evento:

Evento Sócio Cultural sem fins lucrativos Local:

a definir [Rio de Janeiro - RJ] Data:

a definir [julho de 2015] Duração:

14 dias – 6 dias de montagem, 7 dias de realização e 1 dia de desmontagem Público esperado:

Aproximadamente 2000 pessoas Realização:

Comissão Organizadora (ComOrg) do ENEA Rio 2015 Promoção:

Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo (FeNEA) Contato: enerio2015@fenea.org | facebook.com/eneario2015


APRESENTAÇÃO

FENEA

Os Encontros de Estudantes de Arquitetura são os maiores e mais conhecidos projetos idealizados, promovidos pela FeNEA (Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil) e possuem um caráter amplo por abordarem temas relativos a arquitetura e urbanismo, assim como seu ensino, pesquisa e extensão. Acontecem anualmente, a nível nacional e regional, e possuem como principal objetivo estreitar o contato entre estudantes de arquitetura e urbanismo do país. Os Encontros são organizados pelas Comissões, geralmente constituídas por estudantes das cidades sede escolhidas através de votação aberta entre os estudantes presentes na plenária final do Encontro anterior.

A Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo é uma entidade pública sem fins lucrativos, sem filiação partidária, livre e independente de órgãos públicos e privados. Congrega mais de 90 mil estudantes de graduação de todo o país e os representa perante órgãos governamentais e entidades da área. A FeNEA tem origem nos primeiros grêmios fundados no país. Consolidada em 1982, vem promovendo, desde então, espaços de discussão sobre Arquitetura e Urbanismo, suas condições de ensino, o papel da Universidade e mesmo a conjuntura político-social brasileira, além de congregar e ampliar a participação dos estudantes enquanto cidadãos e futuros profissionais, na busca de uma formação criativa, inovadora, solidária, coletiva, humana e comprometida com questões político-sociais.




HISTÓRICO ENEA Manaus 2014 ENEA Maringá 2013 ENEA Salvador 2012 ENEA Bauru 2011 ENEA Uberlândia 2010 ENEA Belo Horizonte 2009 ENEA Belém 2008

Seis Regionais compõem a FeNEA, de acordo com a localidade e a número de cursos. São elas: Centro, Leste, Nordeste, Norte, São Paulo e Sul. Todos os anos cada uma das Regionais promove o seu encontro, o EREA - Encontro Regional de Estudantes de Arquitetura, e a cada ano uma Regional é sede do Encontro Nacional, momento máximo de articulação entre as regionais da Federação. A programação dos Encontros conta com atividades que possibilitam efetivamente essa experiência coletiva, como oficinas, vivências pela cidade, workshops, palestras, plenárias, festas, entre outros. No caso específico do Encontro de caráter aberto, tais atividades são abertas ao público, demais interessados nas programações do evento, não comprometendo sua estrutura. O convívio de estudantes de diversas áreas e a população local resulta num grande diálogo vivo, frutífero e aberto entre eles e suas diferentes culturas e realidades.



COMISSÃO ORGANIZADORA As Comissões são fundamentais na construção do Encontro, devido ao tamanho alcançado por eles e ao grande volume de trabalho necessário a cada ano. Formada por um grupo de estudantes e profissionais de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UFF (Universidade Federal Fluminense) e USU (Universidade Santa Úrsula), responsáveis pela idealização e realização da temática, estrutura e atividades do Encontro




PÚBLICO ALVO O ENEA reúne estudantes e profissionais de Arquitetura e Urbanismo de todo o Brasil, entidades demais áreas afins, e a comunidade em geral. Entretanto, assumindo um perfil de Evento Sócio Cultural de caráter aberto, espera-se também a participação e mobilização da cidade como um todo nas atividades do encontro. Além disso, o público assume uma característica de crítico e de formador de opinião, seja no meio acadêmico ou na sociedade em geral, com o predomínio de jovens na faixa etária de 18 – 35 anos. OBJETIVOS O objetivo principal do ENEA é complementar a formação do estudante, fortalecer o debate e a reflexão sobre as mais diversas problemáticas das cidades brasileiras, confrontar a prática profissional, o campo de atualização do arquiteto e as discussões acadêmicas, com a atual conjuntura do território e sua identidade cultural. Tem papel essencial, também, na construção e fortalecimento do movimento estudantil de arquitetura e urbanismo, articulando os estudantes em torno de suas pautas comuns e lhes dando a oportunidade de troca e acúmulo de debate em âmbito nacional, refletindo diretamente na organização local dos mesmos em suas faculdades e cidades.




CONTEXTO DO RIO DE JANEIRO As manifestações de Junho de 2013 reuniram lutas que há anos questionam as políticas urbanas e sociais no país, e especificamente na cidade do Rio de Janeiro, sede da Copa de 2014 e futura Cidade Olímpica em 2016, trouxeram à tona o debate da cidade como mercadoria, como espaço modificado para competir aos desafios da economia mundial e globalizada. É nesse contexto de discussão do planejamento urbano estratégico, de banalização da participação social na produção do espaço urbano e do conjunto de acontecimentos que demonstram uma postura higienizadora, repressora e contestadora das questões ambientais e sociais de tal produção que o ENEA Rio se insere, propondo a exposição do que vem sendo enfrentado na cidade do Rio de Janeiro pelos movimentos sociais e a sociedade como um todo. Tendo esse objetivo, o evento se organiza com base em oito pautas principais, relacionando a estrutura da sociedade atual com a cidade.


PAUTAS:

ANÁLISE DE CONJUNTURA: Entender o movimento estudantil da FeNEA dentro do histórico de movimentos estudantis; expor a realidade das lutas no momento político atual, de ascensão do neoliberalismo, da estagnação e até diminuição das conquistas por direitos sociais e o aumento de poder do capital financeiro.

CAMPO CIDADE: Discutir o conflito político, fundiário, ambiental, mercantil entre outros do campo com a cidade, a luta pela terra no Brasil, o nó da terra, a questão agrária, conflitos e lutas no campo, expansão do agronegócio, insegurança alimentar, exploração do trabalho e da devastação ambiental, etc…


LUTAS URBANAS: Trazendo o foco para o espaço urbano das cidades, tentando reunir todas as frentes de lutas urbanas como partes da mesma realidade e do mesmo processo, se aproximar aos movimentos sociais, debatendo e entendendo o papel da ação deles hoje.

VIOLÊNCIA E CRIMINALIZAÇÃO: Entender o papel do Estado enquanto garantidor do status quo através da violência. Debater a guerra às drogas, a espacialização da violência e da pobreza, as políticas de segurança pública, a militarização do estado e das polícias, etc.


COMBATE ÀS OPRESSÕES: Debater as várias opressões estabelecidas hoje nas nossas relações (negras e negros, indígenas, mulheres, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais), entendendo-as como manifestações de uma mesma ideologia dominante. Retomar as razões dessas opressões na raiz da sociedade capitalista, entender como essas opressões se dão na realidade da vida das pessoas oprimidas e como podemos nos organizar e agir para combater toda e qualquer forma de desigualdade e opressão.

ARTE E CULTURA: Debate mais aprofundado sobre significados de arte e cultura, enxergando-os como formas de resistência no espaço da cidade. Explanar as diferentes formas de expressão urbana, a apropriação do espaço público, as manifestações artísticas e culturais no espaço urbano.


EDUCAÇÃO: Seguindo a mesma lógica, debater o sentido histórico da Educação, que papel ela cumpre na sociedade capitalista. Pra que serve a Universidade? Educação libertadora ou produção de mão-de-obra? Mercantilização, tecnicização, privatização, educação popular?

TRABALHO E ESTÁGIO: A nossa sociedade tem como um dos elementos estruturantes o trabalho, e por isso entendemos que para a nossa formação como profissional é necessário debater o sentido deste, em especial o trabalho do arquiteto e urbanista, que desde a inserção nessa estrutura de mercado de trabalho durante o estágio, é colocado diante da situação trabalho intelectual x trabalho manual, separando o pensar do fazer e vice versa. Expor a alienação, o trabalho livre, os mutirões, a autoconstrução, a exploração do trabalho e da mão de obra na base da formação dos trabalhadores alienados.


ATIVIDADES O encontro se propõe à realização das seguintes atividades: Palestras: nomes importantes do cenário da arquitetura e urbanismo e áreas correlatas, nacionais e regionais são convidados a apresentar palestras que estejam de acordo com a temática pensada para o encontro; Mesas redondas: pessoas de diversas áreas e diferentes formações são convidadas para compor mesas que discutirão determinados temas, sempre com a presença de um mediador; CICAU: Congresso de Iniciação Científica em Arquitetura e Urbanismo, o qual tem como objetivo divulgar e disseminar a produção acadêmica recente de pesquisa e extensão das universidades, MOSTRA EMAU: EMAU (Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo)

é um projeto de extenção universitária, pode-se dizer o principal dentro da Federação. Existem diversos EMAUs espalhados por todo o Brasil, e o objetivo da mostra é que cada EMAU traga uma apresentação sobre os trabalhos que cada Escritório executa, para que haja uma troca de experiências e conhecimentos entre os projetos que estão acontecendo. MOSTRA TFG: todo ano, centenas de estudantes de arquitetura produzem trabalhos finais de graduação. O objetivo da Mostra TFG é reunir os trabalhos que dialoguem com a temática abordada no encontro. Oficinas: atividades em que estudantes de arquitetura e urbanismo, convidados e voluntários se dispõem a partilhar com participantes e organizadores do evento seus conhecimentos práticos específicos relacionados a temática do encontro ou ao ofício de arquiteto e urbanista; Vivências: são experiências práticas realizadas na cidade, com o objetivo de explorar concretamente a temática do encontro; Intervenções: são ações concretas a se realizarem em espaços pré-determinados da cidade, com participação da população local; Exposições: espaço para a divulgação de trabalhos desenvolvidos nas universidades, com foco em escritórios modelo de arquitetura; Publicações: o encontro se propõe a publicar os anais do CICAU, bem como artigos que façam referência ao que foi discutido sobre a temática durante o evento.


Palestra no EREA Piren贸polis - 2012

Oficina no EREA Niter贸i - 2013, Vital Brasil


2 ao 6 Dia CAFE DA MANHA

1 Dia CHEGADA

MESAS OFICINAS PALESTRAS ALMOCO

CREDENCIAMENTO

MESAS PLENARIA OFICINAS PALESTRAS

JANTA

JANTA

ABERTURA

MOMENTO CULTURAL


CAFE DA MANHA

GRAMA

7 Dia

RONO

ENCERRAMENTO



ESTRUTURA


INTRODUÇÃO O projeto político do ENEA parte do entendimento de que as pautas e os debates propostos não se restringem ao campo da arquitetura e urbanismo, permeando diversos aspectos da organização da sociedade atual e que, sendo assim, os espaços de discussão não devem estar restritos apenas aos estudantes de arquitetura. Entendemos também a cidade como território essencial dos conflitos sociais e é palco das lutas contemporâneas, ou seja, espaço de organização de trabalhadores e estudantes. Assim, as atividades do ENEA serão abertas a todos os interessados em participar, tanto os estudantes devidamente inscritos e credenciados no Encontro quanto demais estudantes e profissionais de áreas diversas e cidadãos em geral. Propomos o Centro da cidade do Rio de Janeiro como cenário para as atividades do ENEA, pois ali estão materializadas e concentradas boa parte das tensões sociais e das contradições típicas das cidades produzidas na era do capital. É também por onde circulam diariamente centenas de milhares de trabalhadores da metrópole fluminense durante seu deslocamento diário casa-trabalho-casa. Com o objetivo de torná-las acessíveis a todos os interessados, e inseri-las no cotidiano da cidade, as atividades do Encontro serão realizadas em lugares públicos como parques e praças do Centro do Rio. Além desses espaços para as atividades, no Centro haverá também espaço para alojamento e/ou camping e refeitório para os inscritos, além de algumas estruturas de apoio a organização, para guarda de materiais, suporte de infraestrutura, etc. Apresentamos no mapa a seguir alguns dos espaços que identificamos como potenciais espaços para cada uma dessas finalidades.



REFERÊNCIAS 1 CENTRAL DO BRASIL 2 PÇA MAUÁ 3 AV.PRES. VARGAS 4 CANDELÁRIA 5 AV. RIO BRANCO 6 CATEDRAL 7 LAPA 8 ATERRO ESTRUTURA DE BASE/APOIO 1 E.M. DARCY VARGAS 2 AÇÃO DA CIDADÂNIA 3 VALONGO 4 E.M.V.L. CARDOSO /1 ª CRE 5 E.M. RIVALDÁVIA CORREA 6 BIBLIOTÉCA PARQUE 7 IFCS/UFRJ 8 CIEP JOSÉ PEDRO VARELA 9 FUNDIÇÃO PROGRESSO


ESTRUTURA DE ATIVIDADES 1 PÇA. DA HARMONIA 2 PÇA. JORNAL DO COMÉRCIO 3 JD. DO VALONGO 4 LGO. S. FCO. DA PRAINHA 5 PÇA. DO ITAMARATY 6 CAMPO DE SANTANA 7 LGO. S. FCO. DE PAULA 8 LGO. DE SANTA RITA 9 PÇA. XV DE NOVEMBRO 10 BURACO DO LUME 11 LGO. DA CARIOCA 12 PÇA. TIRADENTES 13 CINELÂNDIA 14 PÇA. CARDEAL CÂMARA 15 PÇA. CRUZ VERMELHA

Vamos detalhar na sequência as demandas para viabilizar a estrutura mínima necessária à realização do ENEA Rio. Essas demandas estão organizadas em dois grupos: a estrutura de base se refere a camping/alojamento e alimentação e demais serviços necessários ao bom funcionamento de ambos, cujo custeio deverá ser feito através de autofinaciamento dos estudantes inscritos (taxa de inscrição); e a estrutura das atividades compreende todos os materiais e serviços necessários para realização de todas as atividades do Encontro, e cujo custeio deverá ser feito prioritariamente através de apoio financeiro de organizações parceiras (universidades, sindicatos, outras organizações, e empresas, em alguns casos).


INFRAESTRUTURA DE BASE: Alojamento/camping: *Camping para 2000 pessoas em barracas (mínimo de 6.000 m²) ou alojamento para 2000 pessoas, ambos em local acessível no Centro da Rio; *Infraestrutura de banheiros com chuveiros: 40 unissex ou 20 masculinos e 20 femininos; *Abastecimento regular de energia elétrica, água e esgoto; *Iluminação adequada; *Materiais de construção para reparos e instalações hidráulicas reparos e manutenção; *20 containers de lixo; *Equipe de segurança (detalhes a definir de acordo com o local); *Equipe de limpeza (detalhes a definir de acordo com o local); *Materiais de limpeza. Alimentação: *Contratação de serviço de alimentação: 22.000 refeições (almoço e janta durante 6 dias) e 12.000 cafés da manhã (durante 6 dias); *Infraestrutura para distribuição remota da alimentação em dois locais, distantes da cozinha até 2km; *Dieta direcionada a vegetarianos; *Fornecimento de pratos e talheres (discriminar separadamente).


INFRAESTRUTURA DE ATIVIDADES: *Aluguel de 12 banheiros químicos (durante 7 dias), incluindo limpeza diária; *Aluguel de 5 tendas 10x10m (durante 7 dias); *Aluguel de 10 tendas 3x3m (durante 7 dias); *Aluguel de estrutura de palco; *Aluguel de aparelhagem de som e iluminação; *Aluguel de 500 cadeiras e 125 mesas; *Passagens aéreas e custeio de diária para convidados e palestrantes; *Materiais de energia e iluminação (extensões, fiação, lâmpadas, etc.) *Materiais de papelaria em geral para oficinas; *Ônibus para as vivências e para circulação permanente entre locais de atividades.


AGRADECIMENTOS: A COMORG do ENEA Rio agradece a todas as pessoas, instituições, grupos, movimentos e interessados que colaboram com a construção deste projeto que alimenta o debate do movimento estudantil da Arquitetura e Urbanismo.




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