[2017] - BOLETIM INFORMATIVO - EDIÇÃO 2

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edição 2 2017

boletim informativo


COBRECOS PIAUÍ 2017

BORA ALUIR! Este ano o COBRECOS aconteceu em Teresina no Piauí nos dias 14 a 19 de março. Nosso encontro muito necessário nesse cenário de acirramento político trouxe mais uma vez nas nossas Ações e Posicionamentos a necessidade de uma Executiva mais combativa. Uma análise mais profunda da Conjuntura encabeçou a programação do encontro, além de debates mais internos como a mobilização e efetividade dos próprios Congressos e Encontros (Nacionais e Regionais). Desde o ano passado nossa organização sofre os estremecimentos desta conjuntura de retirada de direitos conquistados através das lutas de movimentos sociais, percebemos que não conseguimos efetivar algumas questões tiradas no Cobrecos Cariri, garantir inscrições nas eleições para nossos processos eleitorais 20162017 e a sobrecarga de tarefas nos levou a sérios problemas tanto

nos Coletivos locais quanto na Comissão Gestora Nacional. Porém saímos com corações aquecidos e reafirmando nosso compromisso com a militância. Em bom "piauês" gritamos 'bora aluir?', a expressão para quem desconhece, significa acordar, despertar. Neste Congresso firmamos os pés no chão para nosso planejamento, desde os balanços até os encaminhamentos a ideia é respeitar nossas limitações e contribuir para essa construção que é papel de todas e todos. A programação do encontro foi dividida em alguns painéis e com leituras/reformulações dos cadernos. Como em 2016, não conseguimos mobilização necessária para garantir as eleições, no último dia de programação uma nova Comisão Gestora Nacional tomou posse e aprovamos o novo regimento eleitoral, na ocasião foram tirados três membros que irão compor a Comissão Eleitoral



Nacional (CEN): Abel Angelim ( Coletivo Aluir Piauí- UFPI) , Poliana Oliveira (Coletivo Aluir Piauí – UFPI) e Luis Reis (Coletivo Aqui Há VozUESC). Esse calendário eleitoral, e outras informações sobre as eleições, se encontram no regimento eleitoral: http://bit.ly/2rwNMVz, você também pode conferer este link para mais informações sobre a Comissão Gestora Nacional tirada na Assembléia do Cobrecos: http:// encurtador.com.br/vxMQR Outras mudanças também foram consenso na Assémbleia final, o Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação Social será em Juiz de Fora <3, a conjuntura pede cada vez mais aproximação com a classe trabalhadora - atualmente 70% dos estudantes também trabalham - além de aglutinar os estudantes de Comunicação. Por isso este ano não faremos mais em Julho (férias estudantis) mas no feriadão dos dias 11 a 15 de Outubro. A proposta do Enecom esse ano é antes de tudo refletir a complexidade deste momento histórico e nos alinhar

para a necessidade de radicalizarmos cada vez mais nossa atuação. Um dos espaços da programação foi a vivência no Bairro São Joaquim, lá há quase dez anos, moradores e moradoras da região norte de Teresina enfrentam mudanças em seu modo de vida devido o Programa Lagoas do Norte. Recentemente alguns companheiros de Executiva, já formados conseguiram a aprovação de um projeto de Comunicação Popular no bairro. O projeto “Mulheres nos terreiros da Esperança” conta com a resistência da Associação Centro de Defesa dos Direitos Sociais Ferreira de Sousa (associação do bairro) e o Coletivo FloresSer Comunicação e as mulheres das comunidades atingidas tem sido a linha de frente na luta pelo direito à moradia. Fomos ajudar no lançamento do projeto e ouvir as histórias dos moradores e moradoras de uma região que fundou Teresina e mais uma vez é atacada pelo Capital e especulação imobiliária. Até a segunda parte do projeto mais de 2180 familias foram expropriadas. Os muros das casas do Boa Esperança - 'pixados' pelos próprios moradores e pela Lúcia da Associação de moradores denunciam o descaso da Prefeitura e a luta daqueles que tem as terras das suas famílias ameaçadas.


COLETIVOS REGIONAIS

AQUI HÁ VOZ FAZ MOSTRA audiovisuaL sobre transfobia NA UESC-BA No dia mundial de luta contra a LGBTfobia, 17 de maio, o Coletivo ENECOS Aqui Há Voz realizou na Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus, o CineCacos com o tema transfobia. Foram exibidos os materiais audiovisuais “Alomorfia”, “Stop Motion Gender” e “Além do Corpo”, produzidos por estudantes

do curso de Comunicação Social da UESC, e também o curta “BlasFêmea” da cantora Linn da Quebrada, afim de estimular o debate acerca da pauta trans no dia o qual celebra-se o momento em que a homossexualidade deixou de ser considerada uma doença pela Organização Mundial de Saúde. Foi entendendo a importância desta


conquista para o movimento LGBT+, e não fechando os olhos para as particularidades que diferenciam cada letra desta sigla, que o Aqui Há Voz promoveu este Cine questionando, junto a comunidade acadêmica, as razões pelas quais as pessoas trans

ainda são vistas como doentes no Brasil. Para afirmar, acima de tudo, que não mais aceitaremos que nossos companheiros e companheiras sofram transfobia em nossa universidade. Seguiremos na luta! Texto: Vinícius Teófilo.


COLETIVO CARIRI ESTÁ SE REARTICULANDO Numa conjuntura feroz e cada dia mais acirrada, é difícil partir de um ponto inicial. Sabemos que durantes os governos Lula e Dilma muitas medidas atacaram os trabalhadores, disso não nos esqueceremos, mas é real que o governo ilegítimo do Michel Temer (PMDB), vem aprofundando essas medidas, junto ao legislativo, judiciário e a burguesia. Eles são responsáveis por tensões e consolidação de inúmeras medidas que indicam retrocesso e expansão da retirada de direitos da classe trabalhadora. Medidas que não sabemos ao certo se seriam aplicadas com a permanência da Dilma (provavelmente sim), mas que nas mãos do Temer ganham rapidez na formulação e aprovação do Senado e da Câmara dos Deputados. As nossas mobilizações tem sido reprimidas e hoje temos que pensar saídas que contemplem a classe trabalhadora, ao passo que decidimos não nos ausentar das ruas

e das lutas. Nós estudantes de Comunicação do país inteiro ainda temos a obrigação de levantar voz e denunciar os ataques da mídia oligopolizada e antidemocrática. Sabemos que o patriarcado e as estruturas racistas e lgbtfóbicas também se fortalecem com a negligência do capitalismo à vida das mulheres, lgbt’s e negrxs sendo essa inclusive uma luta contínua da qual não poderemos nos ausentar. Sabemos da delicadeza de organização nesse momento e acreditamos que mobilizar os estudantes pela base é de fundamental importância, mas não com a ideia de um dirigentismo que diz a uma base inerte o que fazer, mas pautando autonomia com os estudantes a partir disso estruturando um MEcom que seja realmente combativo, propositivo e impactante nas universidades e num cenário nacional.


O ENECOM 2016, foi um encontro muito bom, a conjuntura já começava a se redesenhar e não conseguimos acompanhar e integrar a galera ao processo de lutas, enquanto Estudantes de Comunicação. Durante o ano passado vivemos o período de ocupação que foi uma experiência maravilhosa de resistência nas universidades pelo Brasil, ou passo que desgastou a militância. Numa universidade do interior do estado, esse processo se fechou ainda mais pelo número de estudantes que participaram das mobilizações e da própria quantidade estudantes da escola. A Federal do Cariri foi uma dessas, que mesmo com um número pequeno de estudantes, conseguiu fazer desse momento marcante na história do ME caririense. Considerando todo esse desgaste, infelizmente não foi viável a participação de nenhum representante do Coletivo no último Cobrecos. Uma série de problemáticas nos envolveu, principalmente envolvendo a parte de finanças. Entendemos hoje que essa deve ser parte importante, mas não a definidora das nossas relações com a executiva e com os nossos estudantes. Passado esse momento, tentamos rearticular o

Coletivo internamente, que acabou sofrendo uma grande perda de integrantes, proveniente de final de curso e problemas pessoais ligados a saúde e tempo, e a certezas políticas também. Hoje estamos articulados para uma apresentação da executiva aos calourxs, através de um vídeo produzido pelo próprio Coletivo, numa didática diferente e criativa, que visa atrair novas pessoas para perto da Enecos Cariri. Além disso, alguns integrantes da chapa única para o C.A do nosso curso, constroem a Executiva e estão dentro tanto da Nacional como da Regional. Ainda estamos passando pelo processo de eleição, mas posteriormente pretendemos atuar em atividades mensais que tratem das pautas que a Enecos defende. Sem perder de vista antes do enecom também realizar um SFPCOM. Escolher dizer por todos os cantos que comunicar é um direito, é uma decisão sem volta, temos consciência do quanto a Comunicação precisa de nós, estudantes. O Cariri é uma região dominado por coronéis da mídia, mas é necessário resistir e dizer que “Comunicação é vós”. O Cariri e a Enecos Cariri resistem e persistem!


COLETIVO ENECOS ES SE MOVIMENTA! As atividades do Coletivo Enecos Espírito Santo em 2017/01 começaram no dia 26 de abril, por conta do atraso do calendário acadêmico. Já na primeira reunião, que debateu a “Influência dos cortes nos investimentos em educação na Qualidade de Formação do Comunicador”, foi decidido que o grupo de encontrará uma vez por semana, com objetivo de formação e acúmulo para tomada de ações nas pautas que o Coletivo local, regional e a executiva nacional tocam. Para essa, em específico, o grupo propôs uma mesa composta por discentes e docentes para explicitar o novo Projeto de Planejamento de Curso, que foi marcada para a terceira semana de junho.

Na semana seguinte, dia 05/05, foi discutida a “Democratização da Mídia” com base no texto “Os números não mentem: rolo compressor midiático trabalha em favor das reformas”, além do Coletivo discutir a política de finanças para se preparar para o Enecom. No dia 12/05, a executiva recebeu a visita de Sueli de Freitas, membra do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo. A palestrante explanou sobre os “Reflexos da conjuntura política da Mídia e como a mídia retrata esse retrocessos” e junto aos participantes, promoveu uma conversa muito proveitosa e explicativa sobre o tema. Da reunião do dia 19/05, foram tiradas


ações para o “Dia de Combate à Homofobia”. As ações orientadas pelo GET de Combate às Opressões foram colar lambes em pontos estratégicos da Universidade e em outros dois bairros que foi realizada, também foi decidido levar o debate para as escolas de ensino médio da periferia, porém, como estas estavam em período de avaliações, as datas foram adiadas para a primeira semana de junho. Do Coletivo, foram alguns integrantes para o ato do dia 24/05 em Brasília. Lá, eles tiraram fotos e fizeram entrevistas que tem como objetivo virar reportagem sobre o dia e a ação dos Movimentos Sociais na luta contra o governo golpista. A última roda de conversa feita até o momento foi a “Heroínas Capixabas” no dia 26/05, quando as alunas contaram as histórias de Maria Ortiz, Luiza Grimaldi, Dora, Luz del Fuego e Zacimba Gaba, resgatando o passado de luta das capixabas e tocando em temas de extrema necessidade do contexto atual, como feminicídio e machismo. Na mesma reunião, diversas ações foram levantadas como estudar a Petição de mudança de nome da rua

Dante Michelini para Araceli Cabreira – Araceli tinha 8 anos de idade quando foi estuprada, mantida em cárcere priva e morta na década de 70, e a rua onde tais atos aconteceram leva o nome do assassino dela; confecção de lambes sobre a história das heroínas nos banheiros femininos como forma de divulgar e incitar dentro das mulheres a busca pelo conhecimento e pela luta pelos direitos e as mulheres do coletivo produzirão um texto sobre a reunião para divulgação na Executiva.

Coletivo Enecos Espiríto Santo, atividades realizadas até o dia 30/05


O Espírito Santo tem um histórico gigantesco de opressões O feminicídio é um dos crimes causados por opressões –machismo e misoginiamais presente na sociedade. Segundo o mapa do feminicídio no Brasil, o ES mata 8,6 mulheres a cada 100.000 habitantes (Fonte: Mapa da Violência 2015. Homicídio de mulheres no Brasil), esse número é quase o dobro da média nacional que calcula 4,4 mulheres a cada 100.000 habitantes. Vitória lidera o ranking nacional entre as capitais e mais 9 municípios, dos 78 que o estado possui, estão entre as 100 maiores taxas. O racismo, muito visto na sociedade, reflete no alarmante de morte da juventude preta do estado. O Espírito Santo é o 5° estado com a maior taxa de mortalidade da população de 15 a 29 anos, de acordo com “Processamento Mapa da Violência. 2014: Dados Preliminares”, possuindo uma taxa de 92,5 pessoas a cada 100.000 habitantes. Já analisando somente a população negra, o estado ainda piora seus números passando para 4° posição no ranking. Em 2012, no Espírito Santo, foram registradas 74 denúncias sobre 162 violações relacionadas à população LGBT pelo poder público, sendo que em agosto houve o maior registro, de 9 denúncias. Houve um aumento de 208% em relação a 2011. Com base nesses dados, de 2012, notamos como o estado do ES se porta perante a temática, sendo, no ranking nacional, o sexto estado em maior número de violência contra homossexuais. A questão de gênero também é muito perseguida no estado. Travestis e trans são constantemente questionadas quanto a suas convivências em público. As travestis e as/os trans sofre, e lutam pelo seu espaço cada um a sua forma e cada um persiste e resiste às situações enfrentadas. Para além desse público, estão os imigrantes que sofrem dia-pós-dia a terrível xenofobia, que se reflete desde termos pejorativos à condições insalubres de trabalhos de povos que necessitam dessa atividade opara manter a vida de suas famílias. Vide diversas reportagens e relatos sobre os bóias-frias que descem aos ES todos os anos. O Espírito santo é um estado de opressões, mas é também um estado de lutas, que serão consolidadas pela nossa força e pelo conjunto.

Fique de olho no I Encontro Latinoamericano de Comunicação Comunitária que acontece de 06 a 09 de Julho de 2017, no Teatro Popular Oscar Niemeyer e no Maquinho, em Niterói. Organizado pela Rede de Agentes Comunitários de Comunicação da Agência de Notícias das Favelas, o encontro vai reunir comunicadores populares, gestores culturais, pesquisadores, estudantes e ativistas da democratização da comunicação da América Latina .Debates, Oficinas, Rodas de Conversa, Percursos Culturais, Lançamentos de Livros, Shows e Festas compõem a programação, que será descentralizada por diversos equipamentos culturais, comunidades e territórios.


ALUIR SE ORGANIZANDO! Retornamos do Cobrecos com nossos corações aquecidos e com vontade de luta. Nossa primeira reunião pósCobrecos foi cheia de auto-crítica e balanços. Desde o Enecom Fortaleza estamos tentanto superar dificuldades estruturais e organizativas, muitos dos nossos se formaram e agora lutam em outras trincheiras. Logo nos vimos poucos em quantidade mas não em vontade! Agora estamos conseguindo manter atividades de finanças para além do caixa do ENECOM. Conseguimos dividir nossos membros nos GETs e nossas formações internas estão sendo planejadas. Além disso, apresentamos a Executiva para os calouros e calouras do curso, exibimos os vídeos da Executiva mas o debate principal foi sobre a história combativa do Movimento Estudantil com a exibição do curta "Projeto 68". Estamos nos dedicando a um trabalho audiovisual sobre a CPI da Funai e

Incra, aqui no Piauí temos uma situação alarmante, tinhamos apenas uma CTL de apoio para os povos quilombolas e indígenas, ela se mantinha com um orçamento insípido e apenas UM funcionário, com a baixa do decreto nº 9.010/2017 a CTL Piripiri foi fechada, agora não há nenhum Centro de apoio para os indígenas da região, tudo indica que será necessário que eles se desloquem para Cratéus no Ceará. Estamos mantendo contato com a antropologa Marcia Leila do Departamento de Ciências Socias da UFPI e iniciando contato com os Tabajara, povo indígena que resiste aqui no Piauí. Tudo indica que um dos nossos estará presente no 1º Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária, que acontece dos dias 06 até 09 de Julho em Niterói no Rio de Janeiro. Não temos completa certeza mas correremos atrás destas finanças.


Conseguimos realizar no Dia de Combate à Homofobia uma colagem de lambes no Centro da Cidade, atividade tirada no GET de Combate às Opressões. Sentamos também para discutir a exibição de filmes nas escolas do EJA e CEJA daqui da cidade, essas escolas tem um público mais velho, na maioria mães negras e estudantes mais velhos tentano terminar o ensino médio. Talvez no próximo Boletim já teremos conseguido realizar essa atividade em uma escola do Planalto Uruguai com o filme “Quem matou Eloa?” Também já pensamos e estamos em busca de fazer nossa parte na campanha “Do lado de cá!” que firmamos no Cobrecos. Queremos aproveitar essa epóca Junina para gravar com os grupos de Bumba-meu-boi e de Reisado <3 Depois das reuniões ‘pósCobrecos’ fizemos outras duas reuniões e estamos discutindo propostas de GDs que queremos levar para o Enecom, tivemos duas experiências muito positivas no Enecom Fortaleza sobre Xenofobia e LGBTFobia, estamos agora lendo e buscando mais formação sobre outras questões para Juiz de Fora <3! Com o CACOS UFPI estamos puxando dois comitês de comunicação, um tem atividades de criação de conteúdo para rádio com boletins sobre a conjuntura com um lado informativo mas também com o desejo de compor e ajudar na organização popular. Iremos fechar com as rádios comunitárias de alguns

bairros para esse conteúdo rodar. O outro cômite tem a participação de outras pessoas do curso e busca apontar mudanças para o curso, a primeira atividade é a aplicação de um questionário para avaliar o curso e tirar de lá pontos-chave para tirar algumas ações dentro do curso.


COLETIVO ENCOMUM REALIZA IV ENCONTRO DE ESTUDANTES DE COMUNICAÇÃO SOCIAL NA UNEB O Coletivo Encomun UNEB está organizando o seu VI encontro que acontecerá entre os dias 12 e 15 de agosto. O evento que reúne os estudantes dos quatros cursos de comunicação da UNEB (Salvador, Juazeiro, Coité e Seabra) abordará o tema “Ética na comunicação: A importância do social na formação do comunicólogo” para tratar sobre a postura do profissional da comunicação diante da atual conjuntura politico, socio e econômica do País.


LIBERTAS NA LUTA! Durante o Cobrecos Piauí definimos que o Coletivo a sediar o 38º ENECOM seria o Coletivo Enecos Libertas. Voltamos para Juiz de Fora com os corações apertados, as mentes cheias de ideias e uma responsabilidade grande nas mãos: construir um Encontro diferente dos anos anteriores e que refletisse o atual momento de reorganização pelo qual passa toda a esquerda. Depois das primeiras reuniões, já conseguimos iniciar o primeiro fórum de construção do ENECOM, para aprovar seu projeto político e outros detalhes. Então já se prepara, porque entre os dias 11 e 15 de Outubro o 38º Encontro Nacional

de Estudantes de Comunicação Social, em Juiz de Fora, VAI ROLAR! O projeto político aprovado no Fórum e outras informações sobre o Encontro estarão disponíveis em breve, é só acompanhar a página do coletivo: www.fb.com/ libertascoletivo. Além dessa grande tarefa, o Coletivo Enecos Libertas também tem realizado muitas atividades locais. Há 2 anos o coletivo surgiu, e vem se consolidando na cidade. Nesse processo, já conseguimos criar alianças políticas importantes, e atuar de maneira efetiva na política local e nacional. Começamos a construir o Fórum Sindical e Popular



de Juiz de Fora, que reúne mais de 40 entidades, como partidos políticos, sindicatos e setores do movimento estudantil e popular. Através do Fórum, participamos ativamente da construção da greve geral no dia 28 de Abril em nossa cidade. Essa foi uma greve histórica não só no Brasil, mas especialmente

em uma grande manifestação. Também através do Fórum pudemos participar da manifestação que ocupou Brasília no dia 24 de Maio. Reunindo esforços de todos os sindicatos da região, nossa cidade enviou mais de 8 ônibus cheios de gente cheia de garra pra lutar contra as reformas e o avanço neoliberal

em nossa região: há décadas não era possível parar totalmente o transporte urbano na cidade, mas nesse dia não só conseguimos impedir a saída dos ônibus de suas garagens, através de piquetes, como também inviabilizamos os ônibus que levariam os trabalhadores das três maiores empresas da região, como a Mercedes. Mesmo sem o transporte, e com grande parte do comércio e categorias em greve, conseguimos colocar mais de 50 mil pessoas nas ruas,

imposto pelo governo Temer. Na manifestação conseguimos contribuir para a cobertura ao vivo feita através da página do Coletivo Enecos Libertas e também na página da Enecos. Outro grande marco histórico em que pudemos levar as bandeiras de luta da ENECOS, e mostrar que Executiva de luta vai pra rua! Continuamos construindo o Fórum Sindical e Popular de Juiz de Fora, alinhados à Frente de Esquerda Socialista da cidade, da qual também


fazemos parte, com a perspectiva de participar da construção da nova greve geral que nos aguarda neste mês, e acreditando que a unidade de ação é nossa maior arma nesse momento. Levando para a realidade os posicionamentos da ENECOS que reafirmam a importância da reforma agrária e a construção de um novo modelo de sociedade, conseguimos construir em Juiz de Fora uma grande parceria entre o MST Zona da Mata e o Coletivo Enecos Libertas. Participamos da construção da 4ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, realizada na UFJF em Abril, que reuniu debates acerca dos impactos do agronegócio e do avanço da mineração na região, a atual conjuntura política e o centenária da Revolução Russa. A

Jornada marca, nacionalmente, a união entre campo e cidade na luta pela reforma agrária, e relembra o massacre de Eldorado dos Carajás, em que 19 trabalhadores rurais foram executados pela repressão do Estado. O ato de abertura da Jornada foi a ocupação de um pedágio na região, localizado próximo à cidade de Matias Barbosa: a atividade gerou mais de 100 mil reais de prejuízo para a concessionária que administra a rodovia, e proporcionou o diálogo com a população da região sobre a atual conjuntura política e a necessidade de construção da greve geral que realizamos no dia 28 de Abril. O Coletivo Enecos Libertas, junto com o MST Zona da Mata, produziu um vídeo sobre a data, disponível aqui: http:// bit.ly/2t7CPXB.


Depois da Jornada, tivemos a oportunidade de construir junto ao MST Zona da Mata e trabalhadores rurais de diversas cidades da região, como Coronel Pacheco, Piau, Goianá e Viçosa, a ocupação da Fazenda Liberdade, próxima à Coronel Pacheco. A fazenda faz parte de um grande complexo latifundiário da região, que possui mais de 2500 hectares, e estava improdutiva há anos, além de estar causando danos a água da região. Mais de 200 famílias ocuparam a fazenda, no dia 4 de Junho, em luta contra o latifúndio e a crise do capital que nos assola nesse momento. Dessa maneira a ENECOS pôde atuar diretamente em unidade com a classe trabalhadora pela construção de uma sociedade livre do capitalismo. A parceria com o MST se mantém, e se consolida cada vez mais, para que possamos atuar continuamente ao lado da classe trabalhadora nas lutas, visto que nós, enquanto estudantes universitários, não

só somos filhos da classe trabalhadora, como compomos a classe dos jovens trabalhadores brasileiros, em processo de especialização da nossa força de trabalho. Entendendo a necessidade que a Enecos tem de fazer comunicação popular e atuar diretamente na construção da consciência de classe, através da comunicação, o Coletivo Enecos Libertas vem consolidando, também, uma parceria com a União da Juventude Comunista (UJC) e o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, em atividades dentro e fora da Universidade. Realizamos quinzenalmente uma panfletagem na Feira Livre de Juiz de Fora, que existe há mais de 20 anos de maneira autônoma e independente à Prefeitura, dialogando sobre a conjuntura política e a necessidade de democratizar a comunicação. Além da panfletagem, realizamos também um bazar, que tem


contribuído bastante para as políticas de finanças do Coletivo. Essas atividades têm nos mostrado que, ao contrário do que diz a grande mídia, o povo não é passivo e nem conservador, o povo está cansado de sofrer a exploração do capital, e sabe muito bem da necessidade de se organizar para fazer frente a este modelo de sociedade. A parceria com a UJC e o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro tem sido essencial para a realização dessas atividades, além da parceria que já desenvolvemos dentro da Universidade através dos Conselhos que compomos enquanto centros e diretórios acadêmicos. Em uma Universidade com um grande grupo

do MBL, na cidade que deu origem ao golpe de 64, é essencial que tenhamos parceiros do campo da esquerda combativa e de luta ao nosso lado. No Cobrecos Piauí foi tirada a proposta de que os Coletivos da Enecos não só fizessem cobertura das marchas da maconha em sua região, como também passasse a construí-las efetivamente. Aqui em Juiz de Fora a Marcha da Maconha já não acontecia há 2 anos. Voltamos do Cobrecos em busca dos ex organizadores da Marcha da Maconha de Juiz de Fora e conseguimos aglutinar várias pessoas interessadas em compor a organização. A marcha aconteceu no dia 27 de Maio e reuniu gente do morro e do asfalto pra gritar, na principal avenida da cidade, “Sou maconheiro, trabalhador! Vagabundo é o Michel Temer, seu doutor!”. Enecos Libertas.


Confere o 1º forum Nacional de Construção do Enecom 2017 http://encurtador.com.br/ uyJW1

Vídeo do ato de 24 de maio http://encurtador.com.br/cpIQ1

confere tudo na page da ENECOS!! https://www.facebook.com/Enecos/

Também tem ca lendário de

Durante a plen ária da Comiss ão Eleitoral do XXIII Congre sso Brasileiro de Estudantes de Comunicaç ão Social – Cobrecos – realizado na cidade de Ter esina, Piauí, entre os dias 1 5 e 19 de março , foi aprovado o novo regim ento eleitora l da ENECOS. Confere o repa sse da Comssã o Eleitoral

http://encurt ador.com.br/o

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