ecos
Informativo da Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social - Enecos. Julho de 2012
Saiba sobre o livro Somos Enecos Página 2
Por uma educação de qualidade Greve une professores, estudantes e servidores em quase 60 IFES no país em favor de melhorias na educação. 10% do PIB tem que ser já!
Greve nas Federais. Página 4
Impactos sociais dos Megaeventos
Copa, Olimpíadas... Quem ganha com esses eventos de grande porte? Ecos traz texto que discute o assunto.
Enade: Boicotar é preciso. A prova desconsidera elementos institucionais importantes, como infraestrutura, acervo bibliográfico, quadro de funcionários técnicos e docentes e projetos de pesquisa e extensão. E ainda se diz boa avaliação. Página 5
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Belo Monte de quê?
Pra que organização
Os danos trazidos pela usina já sacrificam a população em prol dos interesses dos empresários
A formação de coletivos garante o debate autogestidonado de opressões dentro da Enecos
Belo Monte
FOTO CONSELHO INDIGENISTA
A quem interessa essa Usina?
C
om a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, comunidades inteiras vêm sendo expulsas de suas terras; casas humildes quebradas pelo vandalismo consentido da Norte Energia. As promessas de melhorias alardeadas pela NESA e pelo Governo Federal continuam apenas no papel, enquanto os problemas trazidos pela obra se concretizam: Altamira vive um inchaço demográfico e não haverá emprego para todos; cresce a violência; o serviço de saúde se mostra insuficiente frente às novas demandas; o custo de vida aumenta, a qualidade de vida não. Muitas tragédias se seguirão, se esta obra não for parada. Se Belo Monte não for destruída, será mais um enclave a sangrar nossas terras e nossa gente em prol do interesse de grupos que nos exploram e nos oprimem com o consentimento de um governo federal traidor. O PT, a Dilma e o Judiciário já escolheram seu lado: estão com a Norte Energia, com as empreteiras, com a classe dominante desse país, reprimindo e criminalizando quem ousa dizer não a construção da usina e ao modelo desenvolvimentista que ela representa.
Um chamado à luta contra Belo Monte
A UHE de Belo Monte é um crime. Precisamos lutar contra ele até o fim e engrossar as fileiras daqueles que se
posicionam ao lado dos povos do rio Xingu e seguem tocando luta nas ruas e nos canteiros da obra e gritar aos quatro cantos tudo o que está acontecendo e quem são os responsáveis pelo verdadeiro vandalismo que acontece a região. Também é urgente desmentir a propaganda do governo e da NESA e o jornalismo manipulador da mídia burguesa que oculta as os problemas trazidos pela UHE e criminaliza os movimentos contrários a sua construção. Desde 2009 a ENECOS encampa a luta contra Belo Monte, estivemos nas audiências, atos e ocupções; ano passado em conjunto com o Comitê Xingu Vivo e a FEAB levamos mais de 800 pessoas as ruas de Belém pra dizer não a Belo Monte, mas agora precisamos precisamos fazer mais. É dever de tod@s os que lutam pela democratização da Comunicação, que levantam a bandeira do combate às opressões, que acreditam e lutam por um outro mundo. É nosso dever! O governo se nega a investir em em Educação e saúdade e a negociar salários dignos com professores, técnicos e demais trabalhadores, destina bilhões e bilhões a construção da UHE de Belo monte e à destruição do rio Xingu e da vida das pessoas que ali habitam. Saiamos novamente às ruas. Ainda há tempo para parar Belo monte! Chega de destruição.
Expediente: Aniele Teixeira, Carolina Barin, Dérek Sthéfano, Gustavo Marinho, Iane Parente, Joice Souza, Luan Matheus, Mari Buente, Ricardo Aiolfi, Sâmila Braga. Impressão: Gráfica Universitária - UFES Tiragem: 1000 exemplares
Pisa ligeiro e vem pra Enecos Seja bem-vindo. Começa o 33º ENECOM. Novos estudantes chegando a esta nossa grande casa, que é a ENECOS. Fique à vontade e não se acanhe de conhecer as pessoas e falar nos espaços (a gente é legal). Dê sua opinião, participe não só do encontro, mas durante todo o ano, afinal, a Executiva é de tod@s nós. O ECOS foi criado há 11 anos nas vésperas do ENECOM Brasília 2001 como uma forma de contato direto da Executiva com os estudantes. Desde então, nos esforçamos, em meio a trancos e barrancos com nosso limitado tempo/dinheiro para garantir pelo menos uma edição a cada encontro nacional. Espero que aproveitem bem a leitura (e o design moderníssimo que a Sâmila Braga desenhou).. Mudando de assunto, no dia 18 de julho, neste ENECOM, teremos o aniversário de 21 anos da Executiva. É hora de comemorar, reforçar nossas lutas e estarmos cada vez mais juntos. Para quem quiser saber mais sobre a trajetória da Enecos ao longo de todos esses anos, lançaremos no mesmo dia o livro “SOMOS ENECOS”, escrito pela ex(mas sempre) enecos Ana Carolina Andrade (Carol ou Carolzinha – só para os íntimos). É uma boa chance de conhecer um pouco da história do movimento estudantil de comunicação. Sem alongar muito, esperamos sinceramente que curtam a leitura do livro e do ECOS e participem de verdade da nossa tão querida Executiva. Vamos levar às ruas a nossa voz, o nosso desejo. Gritemos juntos bem forte: SOMOS ENECOS! Vem com a gente ;) Somos Enecos, de Ana Carolina Andrade. 2011
Megaeventos
Megaeventos esportivos: Apropriação da cultura e impactos sociais
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á muito tempo o esporte vem ocupando papel central no cotidiano social das pessoas. Das camadas mais populares às elites sociais, o esporte é vivenciado em suas mais diferentes esferas, impondo diversos valores e sentimentos no seio da sociedade, possibilitando inquietudes ou acomodações. No Brasil, por exemplo, o futebol que é apontado com grande relevância na cultura nacional, inicialmente era praticado apenas pela alta sociedade, mas se tornou elemento importantíssimo na reinvenção do cotidiano dos negros que, reclusos em favelas, destinados à miséria e, assim, excluídos do projeto nacional idealizado pela elite dominante após a abolição da escravidão, também viam nesta prática uma ferramenta de se inserir em outros espaços sociais. A possibilidade de integração social entre as mais diferentes classes é uma das características do esporte, esta ferramenta historicamente presente nas mais diversas realidades. Pois os espetáculos esportivos, permitindo a adaptação de diferentes arranjos e experiências sociais, têm-se revelado lugares propícios à constituição de identidades coletivas, do sentimento de pertencer a uma realidade mais ampla que nós mesmo. Entretanto, seguindo uma lógica de apropriação capitalista da cultura, o esporte vem ao longo das ultimas décadas sendo utilizado como um instrumento de consolidação das estruturas sociais existentes, e provocando uma elitização destes espaços, outrora populares, que se tornam cada vez mais caros e distantes da realidade de grande parte da sociedade. Dentro dessa realidade, se configuram os chamados mega eventos
Um relatório elaborado pelos Comitês Populares da Copa estima que mais 80 mil famílias sejam removidas em decorrências de obras de reestruturação urbana.
esportivos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, mecanismos que passaram a intensificar este processo de elitização, sob a justificativa de modernização e ampliação dos espaços, e movimentam uma geração de lucros bilionários às organizações internacionais, como FIFA e COI, atrelados unicamente a interesses particulares. Em 2014 e 2016, dois anos em que serão realizados do Brasil, respectivamente, Copa do Mundo e Olimpíadas. E, a construção destes mega eventos tem sido acompanhada pela quebra de direitos essenciais à vida humana. Remoções, repressão, exclusão, criminalização da pobreza, corrupção... Intervenções que tem andado lado a lado na “preparação” para a estes eventos, com a criação de um Estado de exceção. Falta diálogo com a população, sobram imposições. Exemplo disso é a implementação de grandes operações de intervenção urbana, visando remodelar áreas inteiras da cidade, que determinam a retirada de milhares de famílias pobres de suas casas. Um relatório elaborado pelos Comitês Populares da Copa estima que mais 80 mil famílias sejam removidas em decorrências de obras de reestruturação urbana. Obras que em sua maioria contam em seu bojo com diversas irregularidades e degradações quanto ao real impacto socioambiental. Existem, hoje, organizações que se colocam contra, e se mostram importantes instrumentos de construção contra estas contradições sociais intensificadas. Faz-se necessária então, uma articulação popular cada vez mais forte para contrapor este processo, que nos é imposto, e, com a pluralidade de atores sociais envolvidos, buscar saídas através da mobilização social.
Educação
Greve geral
em toda a Federal Em tempos de greve, cresce a mobilização estudantil por uma educação pública, gratuita e de qualidade! Enecos neles!
FOTO ANDREW COSTA
H
á quase dois meses em greve, 56 Instituições Federais de Ensino Superior – IFES em todo o país protagonizam a maior greve da educação nos últimos 10 anos. Muitas dessas instituições estão com greve unificada [estudantes, funcionários e professores]. Essa greve só não é maior que a de 1992, ano em que o então Presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, quis implantar o modelo de educação chilena em nosso país, que propunha, entre outras metas, cobrar mensalidades em universidades públicas. Junto a ascensão do movimento docente, cresce a cada dia a mobilização estudantil em defesa da educação. Já são quase 30 instituições federais em greve estudantil questionando, sobretudo, o programa de expansão universitária – REUNI, implementado pelo governo federal, que aumentou em 100% o numero de vagas, ao tempo que investiu apenas 30% a mais nas universidades. O resultado dessa expansão desenfreada, sem o investimento necessário é a precária situação do trabalho docente, a falta de salas de aulas, de restaurantes universitários, de professores efetivos, de moradia estudantil, bolsas de pesquisa, creches, etc. Em 2007, quando o governo Lula implementou o REUNI, estudantes do pais inteiro entraram em uma onda de ocupações de reitorias, questionando a forma impositiva de implantação do projeto de expansão universitária, e alertando que o REUNI não conseguiria resolver o problema, precarizando e sucateando ainda mais a educação. Se em 2007 os estudantes alertavam sobre os riscos do REUNI, hoje, cinco anos depois de sua implementação, nós podemos afirmar com convicção: os estudantes estavam
certos e o resultado é a greve, que já atinge as três categorias que abrangem a comunidade acadêmica. A Enecos há mais de 20 anos luta pela qualidade de formação do comunicador social e entende que essa luta não se apresenta de forma isolada. Se em nossos cursos faltam laboratórios, livros atualizados, computadores com softwares de edição, professores efetivos e até máquinas fotográficas, a realidade dos demais cursos não é diferente, quando não são piores. Isso é o reflexo de uma política educação que tende cada vez mais injetar dinheiro público na iniciativa privada e cada vez menos investir na educação pública.
A UNE não nos representa, quem fala pela greve é o comando de estudantes...
No meio da maior greve deste país desde a última década, a UNE mais uma vez mostrou de que lado está. No
Em 2007, quando o governo Lula implementou o REUNI, estudantes do pais inteiro entraram em uma onda de ocupações de reitorias, questionando a forma impositiva de implantação do projeto de expansão universitária, e alertando que o REUNI não conseguiria resolver o problema.
dia 26 de junho, a comissão especial do PNE aprovou a versão final do projeto, que alterou a meta 20, que agora pretende destinar 10% do PIB para a Educação até 2023. Em vez de exigir que os 10% do PIB sejam implantados imediatamente a UNE se alia ao governo e apoia a decisão. Mas a UNE não fala pela Greve nas federais, quem fala é o comando nacional dos estudantes: “Há tempos que o governo vem apresentando o projeto com um patamar de investimento entre 7 e 8%. O fato da comissão especial do PNE aprovar o projeto agora com os 10% só se explica pela enorme pressão que a greve da educação vem fazendo. Não é uma mera coincidência. O próprio ministro da educação Aloizio Mercadante, após a aprovação pela comissão, fez uma declaração dizendo ser “difícil atender a meta dos 10% do PIB”. Se nem o ministro enxerga a possibilidade real de atingir esse patamar, fica claro que o objetivo do governo em aprovar essa medida é desarticular a greve criando uma armadilha para o movimento grevista, tentando dividir e deslegitimar a greve. Depois de sentar com a direção da UNE para negociar e negar o atendimento dos pedidos do CNGE para abrir negociação, o governo apresenta uma clara tentativa de confundir os estudantes e desmobilizar nossas forças” (Posicionamento do Comando Nacional de Greve dos Estudantes. Ano passado a ENECOS tocou a Campanha por 10% do PIB para a Educação Pública Já, junto a vários outros setores do movimento estudantil, sindical e popular, que questionou o novo plano nacional de educação (PNE) e sua política de investimento. A Campanha trazia três diferenças categóricas em relação ao Novo PNE, que propunha 7% do PIB para a Educação [pública e privada] para 2020. A primeira é que ela reivindicava 10% do PIB e não 7%. Segundo, que esse investimento fosse revertido apenas para a Educação pública, por acreditar que o dinheiro público – do povo – não deve servir para enriquecer ainda mais os grandes empresários da educação. Por ultimo, é que esse investimento deveria ser feito imediatamente e não daqui a 10 anos, porque nossas necessidades são urgentes. Essa greve traz de volta essa discussão e reacende a necessidade de lutar por 10% do PIB para a Educação Pública Já.
Enade: avaliação de verdade?
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este ano, os estudantes de Comunicação Social novamente realizam a prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), e essa é a hora retomarmos o debate de avaliação na Executiva e nos nossos Centros Acadêmicos. O SINAES (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior) instituiu o ENADE, que através de uma prova única para todo o país, se propõe a avaliar o desempenho dos estudantes dos cursos de graduação. Mas como uma prova padronizada para todo o Brasil, que desconsidera e desrespeita todas as particularidades sociais, políticas, econômicas e culturais das diversas regiões brasileiras, pretende avaliar os cursos e as Universidades? Que prova é essa que desconsidera os elementos institucionais, como infraestrutura, acervo bibliográfico, quadro de funcionários técnicos e docentes, projetos de pesquisa e extensão, compromisso social e assistência estudantil para dar nota aos cursos e às Universidades? As notas do ENADE, que vão de 1 à 5, na prática, servem para criar um rankeamento punitivo. As “melhores” instituições, além de receberem maior repasse de verbas, se utilizam das notas para vender sua Universidade e premiar os estudantes. Já as que ficam no final da lista (possivelmente devido à problemas de infra-estrutura ou carência no corpo docente), em vez de receberem a devida assistência, têm suas verbas cortadas. A ENECOS, assim como outras Federações e Executivas, entende que o SINAES não avalia de verdade a educação superior brasileira. Além disso, essa avaliação vem com uma lógica produtivista e meritocrática, que apenas contribui para a mercantilização das nossas Universidades e do nosso conhecimento. Em um ato político para criticar e não legitimar essa prova, se informe e organize o Boicote ao ENADE no seu curso!
+Conteúdo Cartilha do Boicote ao ENADE 2011:
tinyurl.com/boicoteoenade Resultado do Boicote na Comunicação Social da UFF:
tinyurl.com/boicotenauff
Democratização da Comunicação
Marco Regulatório das Comunicações: Interferência do estado, para garantir a liberdade individual de expressão da população
E
m um Estado democrático de direitos, as leis são as formas de garantir que o todas(os) as(os) cidadãs(ãos) terão seus direitos garantidos. Nas democracias mais consolidadas do mundo, para tentar garantir o acesso de todas(os), as telecomunicações, os marcos regulatórios do setor já foram criados há muito tempo. Mas, no Brasil, o assunto ainda é tratado sem a devida atenção das autoridades, e é apontado como o grande monstro da censura, que foi vivida pelas(os) brasileiras(os) nos tempos da Ditadura. O mais contraditório é que esse discurso vêm dos grupos empresariais que mais se beneficiaram desse período obscuro da história brasilei-
Além da liberdade individual de expressão, direito humano fundamental, podemos elencar mais alguns pontos: a radiodifusão é um serviço público.
ra, como é o caso das Organizações Globo, que se alimentam, política e economicamente da falta de regulamentação do setor. No segundo semestre de 2010, já no final do mandato do ex-presidente Lula, o governo federal montou um grupo com a finalidade de elaborar um ante projeto de uma nova lei para as comunicações, o Marco Regulatório das Comunicações. A proposta foi entregue ao Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Em anúncios, o ministro afirmou que no segundo semestre de 2012, uma nova versão do anteprojeto seria enviada ao Congresso, mas até agora a sociedade não tem informações concretas sobre como andam
mos quit ecos os trabalhos. Quando o assunto é regulamentação das comunicações, o Brasil está muito atrasado em relação aos seus vizinhos do Mercosul, como é o caso da Argentina, que nos últimos anos vêm tomando medidas importantes para quebrar o monopólio de grupos como o El Clarín. A Democratização da Comunicação no Brasil está na pauta política, mas ainda está longe de ser concretizada, por conta da hegemonia dos grupos que controlam as comunicações no nosso país. As concessões dos grandes veículos de comunicação no nosso país estão concentradas nas mãos de onze famílias e de grupos religiosos. Das 34 redes brasileiras de TV, apenas quatro delas (Globo, SBT, Band e Record) controlam 843 de 1.151 veículos, aí incluídas as geradoras e as retransmissoras. Formou-se um monopólio e essas famílias comandam a agenda midiática do país. Além disso, cerca de 270 políticos são donos de uma ou mais emissoras de rádio e/ou TV no Brasil. É necessário que todos tomem conhecimento desses números para que se compreenda que os políticos responsáveis pela regulamentação da Comunicação e pela aprovação de um Marco Regulatório das Comunicações são os mesmos que comandam as oligarquias midiáticas do país. A concentração dos veículos de comunicação nas mãos desses poucos grupos, trazem danos gigantescos para os brasileiros, que não têm diversidade e pluralidade de vozes asseguradas. Várias são as questões que nos levam a exigir a regulamentação do setor. Além da liberdade individual de expressão, direito humano fundamental, podemos elencar mais alguns pontos: a radiodifusão é um serviço público igual à educação, saúde, distribuição de água, luz e como é um serviço público é necessário que seja regulada; nos últimos
anos, com a evolução da internet, a revolução digital, diluição das fronteiras e a convergência de mídias, é fundamental o debate sobre o rearranjo da área e políticas para o setor; as principais leis de referência para o setor de radiodifusão e das telecomunicações estão completamente desatualizadas; normas importantes da própria constituição de 1988 não foram regulamentadas, portanto não foram cumpridas; restrições relativas às rádios comunitárias que não existem em relação as rádios comerciais. Vemos como passo importantíssimo para a democracia do país, a interferência do estado como garantidor de direitos, sobretudo da liberdade de expressão individual, levando em consideração as exigências dos movimentos sociais, que lutam pela democratização da comunicação no nosso país, para resolvermos o problema histórico do Brasil, que é o de não dar voz a quem precisa ter voz. Esse é o motivo principal da nossa luta e é o que justifica o debate pela liberdade de expressão e regulamentação da mídia.
Em anúncios, o ministro afirmou que no segundo semestre de 2012, uma nova versão do anteprojeto seria enviada ao Congresso
E é agora que o Sul do país volta pra Enecos.
Além de trazer delegação pro ENECOM 2012, já planejam a próxima atividade da regional. Conto aqui, mas segredo, viu? Erecom 2013.
Subindo um pouco o mapa, na UFRN (e
em várias partes do país), os estudantes já começam os debates para mudança da grade curricular. Olho aberto, discussões afiadas e vem proposta estudantil aí!
Já nas férias, na UCB (Distrito Federal), a Universidade tentou demitir alguns professores, sob pretexto de contensão de despesas e falta de especialização. Os estudantes não deixaram por menos. Lançaram carta e reivindicam a educação de qualidade pela qual pagam. “EU PAGO, NÃO DEVERIA! EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA!”
mos quit ecos
Amo/Sou Enecos
FOTO ELINE LUZ
Comunicação Fora do Ar II,
Somos Enecos! O quê?!
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eunindo estudantes de comunicação de todo o Brasil, a Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (ENECOS) surge com a preocupação de possibilitar aos estudantes a coletividade de espaço em que todos se sentissem livres para defender suas ideias para a universidade, a comunicação e a sociedade. Dessa forma, organiza-se em volta de três diretrizes essenciais: Qualidade de Formação do Comunicador, Democratização da Comunicação e Combate às Opressões. Entendendo a importância da formação de um comunicador social critico, com experiências que vão além das salas de aula, percebemos a necessidade de nos inserir em ambientes que instiguem ações e reflexões coletivas. Construímos, assim, espaços como a Marcha Nacional em defesa da Educação, em junho, e as Marchas das Vadias, ocorridas durante o primeiro semestre em todo o país, contra o fim da opressão às
mulheres. Espaços que permitem uma participação ativa das pessoas, e a compreensão do contexto ao qual estão inseridas. Neste sentido, reconhecemos na auto-organização dxs oprimidxs uma importante ferramenta inicial no combate às opressões em nossa sociedade, excitando a criação de uma identidade coletiva mais forte e estimulando a troca de experiências e de caracterizações entre os que sofrem a mesma opressão. E, é com este intuito que foram criados o Coletivo Nacional de Negros e Negras, o Coletivo de Mulheres e o Coletivo de Diversidade Sexual da ENECOS. Todxs, nós, estudantes de comunicação social somos ENECOS, é só nos sentirmos parte da história e com a esperança de buscar uma nova realidade para a nossa universidade, e para a sociedade na qual deve intervir. Junte-se com a gente, e lembre-se que, “um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade...”!
esse é o 2º protesto da UESC (Bahia), desta vez devido à falta de professores. O 1º foi em 2009 pela falta de técnicos no curso. Ali pertinho, na UESB, a situação é a mesma. É dar um passeio na universidade pra ver se tem professor.
Pois dizem que o @CACOS_UFU
(Uberlândia), o único CA móvel do país, está em intensa mobilização este ano. Onde seus militantes vão, lá vai junto a placa do CA. Será que neste 2º semestre eles descolam uma sala?
Até em um concurso de quadrilha a
galera do Espírito Santo entrou para pagar a dívida que ficou do Erecom Vitória 2011. Ah, falando nisso, eles estão vendendo camisas e bebidas capixabas no Enecom. Compra aí pra ajudar!