Ainda Dança! CARTILHA DE APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E MOBILIZAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (MECOM)
CARTILHA AINDA DANÇA!
Produzida no intuito de mostrar como é possível construir a realidade da qual fazemos parte, interagindo com aquilo que você lê, vê e escuta. Se existe algo que lhe incomoda na sua graduação, seja a falta de integração entre estudantes, a escassez de discussões ou professor que falta e apenas finge que ensina, não fique parado! Organizada pelo Grupo de Estudos e Trabalhos (GET) sobre Movimento de Base da Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social (ENECOS)
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Para os que virão Thiago de Mello Como sei pouco, e sou pouco, faço o pouco que me cabe me dando inteiro. Sabendo que não vou ver o homem que quero ser.
Ato Unificado contra os Cortes de Verbas na Educação (Fortaleza/CE - 2015)
Já sofri o suficiente para não enganar a ninguém: principalmente aos que sofrem na própria vida, a garra da opressão, e nem sabem. Não tenho o sol escondido no meu bolso de palavras. Sou simplesmente um homem para quem já a primeira e desolada pessoa do singular - foi deixando, devagar, sofridamente de ser, para transformar-se - muito mais sofridamente na primeira e profunda pessoa do plural. Não importa que doa: é tempo de avançar de mão dada com quem vai no mesmo rumo, mesmo que longe ainda esteja de aprender a conjugar o verbo amar. É tempo sobretudo de deixar de ser apenas a solitária vanguarda de nós mesmos. Se trata de ir ao encontro. (Dura no peito, arde a límpida verdade dos nossos erros.) Se trata de abrir o rumo.
Os que virão, serão povo, e saber serão, lutando.
SEJA UM ESTUDANTE EM MOVIMENTO! Retirado da Cartilha - Estudante em Movimento, produzida durante a Gestão Ensaio de Mundo (1999) da ENECOS.
Afinal de contas, você não quer ficar ai sentada/o reclamando enquanto a história está passando. Longe de pretender dar uma fórmula mágica para o que enfrentamos na universidade, queremos, com essa campanha, apontar alguns problemas de todas e todos e debater com a/o estudante o porquê deles. Num momento tão di cil que passa o ensino no país, por que estudantes não conseguem criar um canal comum de diálogo? Por que estamos cada vez mais alimentando a distância entre a nossa vida e a "vida universitária"? Por que o problema da sala de aula não é também nosso problema pessoal? A universidade é o espaço da experimentação, do conhecimento e da cria vidade. Um lugar onde podemos produzir subje vidades, viver o cole vo, trabalhar o processo sem medo de errar, não importando-se com o produto final. Momento precioso e com alto potencial para a criação de novas linguagens e culturas. U lizar essas linguagens para a discussão de temas importantes ou pela simples quebra do co diano, devem ser prá cas do dia-a-dia universitário. A cultura e as fes vidades têm um potencial para aglu nar pessoas num mesmo espaço. É preciso aproveitar esses momentos, usufruir e fazer gerar frutos. Não podemos nunca esquecer uma das funções primordiais da universidade, a produção de arte e cultura. Atualmente, a vidades que fujam aos padrões já testados e desgastados no mercado, estão cada vez mais perdendo seu espaço. Dessa maneira, a possibilidade de criação de algo novo e autên co fica bastante reduzida. É importante lembrar que as transformações geralmente acontecem em momentos de rupturas, dependendo de processos cria vos e inovadores, e que a universidade sempre desempenhou esse papel.
ENTÃO VOCÊ QUER MUDAR O MUNDO SOZINHO?
NÃO ESTOU SOZINHO SÓ ESTAMOS ESPALHADOS
POR QUE SE ORGANIZAR?
Que eu me organizando
MAS JÁ COMEÇAMOS A NOS REUNIR
beckilustras@gmail.com
posso desorganizar!
Armandinho foi à escola e o pá o estava sujo porque trabalhadores da limpeza não recebiam seus salários, que eram pagos pelas empresas terceirizadas que a escola contratava. Ele não deu muita bola. Ao subir, Armandinho foi rar xerox do texto de leitura obrigatória para a prova e não nha dinheiro para pagar tudo, a escola não dava o material didá co e a biblioteca não nha acervo suficiente. Desolado, foi assis r aula no laboratório de audiovisual que não nha nem equipamento de áudio e nem de vídeo e ouviu a professora se desculpar porque, sem a infra-estrutura e as condições de trabalho necessárias, nem mesmo ela poderia dar aula. Faminto, então, Armandinho resolveu ir ao refeitório, mas a fila era tão grande que bateu o horário de saída e ele ainda nem nha entrado. A coisa não está nada bem, hein? Na volta para a casa, Armandinho pegava todos os dias dois ônibus por absurdos reais que
juntava para poder estudar. Quando Armandinho voltou no dia seguinte, havia um cartaz de um tal de Movimento Estudan l que chamava para uma reunião, em horário de aula, todos estudantes insa sfeitos com a condição de ensino da escola. Armandinho achou um absurdo uma reunião paralela às aulas e não pensou que estudantes poderiam resolver as coisas sozinhos. Ainda assim, frustrado com sua condição de permanência num lugar tão precário, Armandinho achou que poderia ir ouvir o que outros como ele teriam a dizer. Foi assim que, de repente, Armandinho não estava mais sozinho e podia, então, se movimentar! Quando a gente encontra outras e outros de nós que conseguem enxergar os problemas que vivenciamos todos os dias na universidade, podemos então passar a pensar em como solucionar esses problemas. O mundo individualista, que nos obriga a sempre pensarmos nos nossos próprios problemas pessoais e co dianos, tende a nos afastar da perspec va de, com trabalho cole vo e par cipação, solucionarmos dificuldades maiores que transforme a realidade de todas e todos. Muitos antes de nós fizeram isso para que véssemos melhorias. Ainda assim, diante do cenário da educação no Brasil, não podemos nos permi r achar que esse obje vo já esteja concluído. A educação de qualidade é essencialmente ligada a um projeto polí co pedagógico de ensino referenciado, a condições de trabalho mínimas a todas e todos seus trabalhadores, a democracia par cipa va nas decisões da ins tuição, a condições de acesso e permanência e ao exercício da função social da universidade em produzir, difundir e gerar conhecimento. O obje vo do Movimento Estudan l, portanto, não é dar respostas prontas, mas construir cole vamente projetos de transformação do universo que a gente convive. É no movimento estudan l que podemos também conhecer aquelas e aqueles que nos rodeiam todos os dias na universidade. É só através da mobilização e organização, enquanto categoria, que as/os estudantes conseguem ser vistos, mostrar sua realidade, fazer análises cole vas do projeto da educação, inter vir e propor ideias para a transformação da realidade.
AUTONOMIA ESTUDANTIL Mas ser estudante não é fácil! Quando as universidades sofrem cortes no orçamento, a assistência estudan l é, normalmente, uma das áreas mais afetadas. Nossas bolsas são cortadas e muitas das nossas condições de ensino como alimentação, estrutura, moradia e transporte são reduzidas. Nas universidades par culares, muitas vezes, as condições de assistência sequer existem, sobrando ao estudante apenas a opção de trabalhar e estudar. Mesmo assim, a reivindicação por nossos direitos é também limitada. Vivemos em uma sociedade que hierarquiza a posição de professoras e professores em relação às alunas e alunos e isso se reflete na dinâmica da universidade. Nos conselhos delibera vos, onde é decidido os rumos da academia, é comum estudantes e servidores terem menos direitos polí cos e representa vidade que o corpo docente e as eleições internas também tendem a não ser paritária entre os três setores na maior parte das ins tuições de ensino públicas. Estudantes trabalhadores muitas vezes não conseguem tempo para par cipar das instâncias democrá cas e ficam sem voz nas decisões. Muitas universidades privadas não abrem par cipação aos estudantes em conselhos da ins tuição e sequer reconhecem centros e diretórios acadêmicos como organizações representa vas. Nessas, o assédio moral é muito comum como forma de penalização individual àquelas/es que se organizam. É nas escolas par culares também que a dependência monetária mais se agrava para quem não tem condições de permanência, deixando muitas/os alunas/os bolsistas sob condições de “bom comportamento”. No entanto, sabemos que sem estudante não há universidade e que é necessário expor nossos anseios e lutar pelos nossos direitos. É por isso que a autonomia de estudantes é essencial nesse processo. Autonomia significa que temos o poder de ditar os rumos das nossas decisões polí cas de forma auto-organizada e sem interferências. Por exemplo, como não cons tuímos a classe trabalhadora dentro da universidade, nossas greves não são legi madas, mas a história nos prova que, com grandes mobilizações, muitas vitórias foram
conseguidas em greves estudan s. O movimento estudan l deve ser independente a par dos, governos e reitorias. Isso não significa que estudantes não possam se organizar em outros movimentos, mas que, nossas decisões sejam tomadas apenas por nós mesmos de forma democrá ca em instâncias próprias. Você sabia, por exemplo, que é previsto por lei espaço sico nas universidades para a organização de estudantes como Centros e Diretórios acadêmicos e o Diretório Central de Estudantes? Na história do Brasil, muitas das maiores mobilizações de massas veram grande par cipação de estudantes. Lutar por nossos direitos transforma a sociedade onde vivemos e somos essenciais para modificar o mundo que queremos e que deixaremos para os próximos que vierem depois de nós. Então vamos nos reunir?
Ato do ENECOM 2012 (Brasília/DF - 2012)
UNIVERSIDADE: ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO O ensino no Brasil é composto por três progressões: ensino básico, ensino médio e ensino superior. Quando falamos em ensino superior, é necessário entendermos porque ele se diferencia dos demais para que, assim, possamos intervir na universidade com compreensão do seu papel de (re)invenção social. As universidades, que são uma das possibilidades de ins tuições de ensino superior (há ainda as áreas tecnológicas e os cursos técnicos), funcionam com base em um tripé: o ensino, a pesquisa e a extensão. Cada um desses componentes tem um papel. O ensino diz respeito ao lecionamento de conhecimentos específicos de determinada área e acontece, normalmente, dentro de sala de aula. Essa é uma parte da capacitação de um profissional, porém, diferente da escola, só o ensino não modifica e transforma o conhecimento em ação, reação e potência. Por isso, é necessário que essa troca de técnicas e saberes esteja alinhada a nossa capacidade inovadora de pesquisar e propor outras visões de mundo. A pesquisa, então, é a aplicação desses conhecimentos em novos campos de atuação, gerando novas ideias. Já a extensão é a concre zação desses conhecimentos em projetos voltados para fora dos muros da universidade. A extensão é, portanto, nosso meio de produzir serviço à sociedade. Ainda que na teoria o tripé universitário seja uma referência, na prá ca, muitas vezes, ele não serve à função social da universidade. A universidade, se cons tui no espaço de troca e produção de conhecimentos, é essencial na transformação social, na formação de pessoas e profissionais que pensem a importância de suas a vidades e principalmente, na democra zação e par cipação polí ca de toda a sociedade. Para que a universidade cumpra o papel de local de troca de conhecimentos, culturas e encontros, precisamos que ela cada vez mais se popularize e crie condições para que os sujeitos entrem e permaneçam nela. Logo, seu espaço tem que ser reivindicado não só por estudantes, técnicos/as, professores/as e servidores/as que a compõem, como também por toda a sociedade civil e movimentos sociais.
QUEM É VOCÊ, ESTUDANTE? Podemos compreender que não vivemos em pé de igualdade na sociedade. A região da cidade em que moramos, a origem de nossos pais, a nossa condição de renda e acesso à saneamento, ao sistema de saúde, ao lazer e a cultura, modificam nossa intervenção no mundo. Além disso, os papeis sociais que determinados sujeitos exercem na sociedade modifica também quem tem acesso e direitos no ambiente acadêmico. Não é diferente quando pensamos na universidade. Jovens que hoje tem acesso à educação superior no Brasil representam apenas 30% da população de 18 a 24 anos, isso significa que estar na universidade é um privilégio para apenas 30% dos jovens no Brasil. Ainda pior é que, dos ingressos no ensino superior, apenas 26% tem acesso à educação pública. Hoje, as universidades privadas tem uma fa a nada modesta de 74% das/os matriculadas/os (Dados do Inep 2013). Isso significa dizer que além do acesso ser restrito, a maior fa a dos que chegam lá precisam pagar à empresas privadas. Para termos uma noção, o Brasil hoje tem a maior empresa privada de educação do mundo, a Kroton-Anhanguera, uma
universidade fruto da fusão de duas outras. Só a Kroton Anhanguera em 2015 teve um aumento de seus lucros em 131,2%, mais do que o dobro do semestre anterior. Enquanto isso, até agosto de 2015, o governo federal já havia cortado mais de R$11 bilhões da educação pública, o que acarretou a diminuição de 33% do orçamento das universidades federais. Muitas delas, em greve ou fechadas por falta de condições de funcionamento. Quando percebemos que o ensino privado lucra, enquanto o ensino público está em péssimas condições de funcionamento, compreendemos que cada vez mais jovens terão de pagar para estarem no ensino superior e aquelas e aqueles que ingressarem no ensino público terão de também pagar para terem condições de permanecer, ainda sem garan a de qualidade de ensino. Mas lutamos, no movimento estudan l, pelo acesso à educação pública, 100% gratuita e de qualidade e, para não deixar que o ensino privado cresça, é essencial uma expansão da universidades públicas que garanta sua qualidade de ensino e permanência, o que não acontece hoje.
ONDE O SAPATO MAIS APERTA! Hoje, 60% do Ensino Superior é composto por Mulheres; dessas, apenas 10% são negras. Ainda assim, homens possuem 15 pontos percentuais a mais quando o assunto é mercado de trabalho. Em 2013, 40,7% dos negros de 18 a 24 estavam no ensino superior. Já entre o grupo de brancos da mesma idade, 69,4% estavam matriculados em cursos de graduação.
Te m o s ta m b é m d i fe re n te s p o s d e estudantes no ensino superior e, assim como na sociedade, eles não funcionam em pé de igualdade. Para entendermos o que acontece com um ensino público sucateado, precisamos pensar em quem é mais afetado nesse processo. Estar em movimento, para além de manifestos sobre qualidade de formação, é um ato de combate às opressões!
Ato do ENECOM 2012 (Brasília/DF - 2012)
COMUNICADOR/A NAS MOBILIZAÇÕES SOCIAIS?
Você deve estar agora se perguntando: O que isso tem a ver com a faculdade de Comunicação Social? Como que a gente pode incen var a pesquisa e a extensão voltadas para o serviço público na faculdade de comunicação? Como podemos tornar a universidade mais popular através da comunicação? E como fazer para que mulheres, negros e LGBTs tenham mais espaço na mídia e consigam ecoar vozes e ideias?
sociais, seja divulgando seus processos de luta, seja repassando seus conhecimentos técnicos a quem, ainda hoje, não pode ter acesso a eles. Uma das maneiras mais primordiais de entender nosso papel social enquanto comunicador é simplesmente entender que a comunicação é um direito humano. Passar informação, contar sua própria história, ter canais para poder reivindicar seus direitos e de seu povo, são direitos fundamentais para a vida cole va.
Só a comunicação pode A co m u n i ca çã o “Não se apaixonem por si mesmos, nem conectar em rede social é uma área que pelo momento agradável que estamos sujeitos distantes e abrange diversos diferentes que talvez p r o fi s s i o n a i s , d e s d e tendo aqui. Carnavais custam muito pouco estejam passando por jornalistas a produtores – o verdadeiro teste de seu valor é o que desafios semelhantes culturais. Isso porque permanece no dia seguinte, ou a maneira no mundo e assim, todo objeto e meio de como nossa vida normal e cotidiana será mobiliza-los por pautas comunicação, seja ele modificada. Apaixone-se pelo trabalho comuns à classe. jornalís co ou até mesmo duro e paciente – somos o início, não o A comunicação, através de manifestações fim. Nossa mensagem básica é: o tabu já quando dominada e ar s cas, produz um foi rompido, não vivemos no melhor instrumentalizada pelo sen do cole vo. Esse povo, é uma das poucas sen do pode servir para mundo possível, temos a permissão e a possibilidades de não corroborar ou romper obrigação de pensar em alternativas. Há nos sen rmos sós com ideias anteriores. um longo caminho pela frente, e em perante a realidade que Quando nós, enquanto pouco tempo teremos de enfrentar vivemos e lidamos. estudantes, u lizamos a questões realmente difíceis – questões Por isso que é comunicação para romper não sobre aquilo que não queremos, mas interessante para quem com o modelo atual de detém o poder social, sobre aquilo que QUEREMOS.” universidade, estamos econômico e polí co de transformando o espaço da academia em um Trecho do discurso do filósofo Slavoj Zizek durante algum lugar que os espaço de produção de o acampamento Ocuppy Wall Street (2011) mecanismos de difusão de ideias, como a ques onamentos. É por comunicação em isso que comunicar e nunca esquecer da palavrinha social do lado é tão grande escala (em massa) estejam nas mãos apenas importante e necessária! dos poderosos ou dos especialistas. Quando a As/os comunicadores tem um incrível leque comunicação passa a não servir mais à hegemonia e de possibilidades de servir e colocar seu nada contra a maré, somos incômodos e poderosos! conhecimento e trabalho a serviço dos movimentos Sim, podemos virar o jogo ao avesso!
ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES DO MECOM CENTROS E DIRETÓRIOS ACADÊMICOS - CAs E DAs Os centros e diretórios acadêmicos são as organizações tradicionais do movimento estudan l de cada curso ou conjunto de cursos afins na mesma área. Eles podem funcionar de diversas maneiras, seja autoges onado, seja com presidencialismo ou outros formatos. Neles, é possível que as e os estudantes conversem sobre a realidade do curso, proponham soluções, façam intervenções das mais diversas em seus campus e levem suas demandas, enquanto cole vo, para os setores mais formais da ins tuição. Os centros e diretórios acadêmicos são quem representa as/os alunas/os nas reuniões de departamento/colegiado. Quando um estudante tem algum problema com professores ou passam por dificuldades na universidade, o centro acadêmico pode representa-lo para que ele não se exponha ou tenha que reivindicar seu direito de forma individual. Por isso, a organização cole va é essencial para evitar o assédio moral e para aumentar o potencial de vitórias que conseguimos para todas e todos discentes. Se na sua escola tem um centro e diretório acadêmico procure-o e saiba como ele funciona! Ele pode te ajudar a ter uma vivência mais democrá ca e mais plural na universidade!
EXECUTIVA NACIONAL DE ESTUDANTES DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - ENECOS Ela é a única representação discente nacional de comunicadoras/es e seu papel é lutar de forma nacional pelo interesse das/os estudantes de comunicação. Para isso, a Enecos se divide em três principais bandeiras de luta que são A Qualidade de Formação de Comunicadores (QFC), que atua na nossa condição de permanência e ensino nas universidades; A Democra zação da Comunicação, que reivindica a produção, gestão e acesso à comunicação para todas e todos, pautando principalmente a necessidade de desconcentração dos meios de comunicação na mão de poucas e grandes empresas; e o Combate às Opressões, que compreende que vivemos em uma sociedade desigual em direitos que oprime alguns setores da sociedade e que esses, precisam de visibilidade e empoderamento. Neste úl mo, nos dividimos basicamente em três setoriais auto-organizados. São eles, o Cole vo de Mulheres da Enecos, o Cole vo de Diversidade Sexual e de Gênero da Enecos e o Setorial de Negras e Negros da Enecos. Para atuarmos nessas três bandeiras de forma nacional nos dividimos em cole vos regionais, nesse cole vos diversos estudantes de universidades par culares e privadas se reúnem para pensar intervenções e polí cas. Além disso temos grupos de estudo e trabalho responsável por nos formar/informar e realizar a vidades, debates e manifestações pelas nossas causas. Nossos encontros presenciais tradicionais são três, o Enecom (Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação Social), espaço polí co e lúdico para reunir as/os comunicadores/as de todo o país em sete dias de discussões, vivências, experiências que fomentem os debates e lutas polí cas da Execu va; o Cobrecos (Congresso Brasileiro de Estudantes de Comunicação Social), responsável por organizar a Execu va, ele rediscute nossos posicionamentos com base na conjuntura atual, ra ações para um ano de produção da Enecos e renova os responsáveis por tocar a Execu va em seus estados e nacionalmente; e o Erecom (Encontro Regional de Estudantes de Comunicação Social), com a mesma proposta do Enecom, ele fomenta as discussões regionalmente.
Passo a Passo Como criar um CENTRO ou DIRETÓRIO ACADÊMICO?
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APROVAÇÃO DA MAIORIA: É preciso que a maioria dos alunos apoie a criação do Centro Acadêmico e que isso seja expressado na presença maciça de estudantes no processo.
CRIAÇÃO DA COMISSÃO PRÓ-CA: Deve-se chamar uma Assembléia Geral, aberta a todas/os estudantes e nela definir uma comissão representa va que será encarregada de iniciar os trabalhos. .........................................................................................................
CRIAÇÃO DO ESTATUTO: A comissão deve desenhar um esboço das regras que regerão o funcionamento do CA. Em Assembléia Geral, o estatuto será lido e aprovado. .............
ELEIÇÕES: A comissão deve organizar as eleições, permi ndo o registro de chapas,
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divulgando o processo eleitoral e sendo responsável pela apuração dos votos. Após a eleição e a apuração dos votos será confeccionada a Ata de Eleição. Nela estará con da a quan dade de votos des nados a cada chapa e a assinatura de todos os par cipantes do processo eleitoral (que assinam ao votar) e dos presentes durante a etapa de apuração.
POSSE: No dia determinado para a posse, deverá ser redigida a Ata de Posse. Nela deverá
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constar o período de vigência da Gestão, que se inicia conforme o Estatuto. Uma vez assumido o mandato, a chapa possui plenos poderes representa vos da classe estudan l do curso vinculado ao CA.
AÇÃO: Agora é fortalecer o movimento, manter a união, travar lutas na conquista de novos direitos e garan a dos já regulamentados, estabelecer ações e fazer valer a par cipação nas decisões na sua Universidade e na sua comunidade. .......................
Como filiar um CENTRO ou DIRETÓRIO ACADÊMICO a ENECOS? APRESENTAR A ENECOS NA SUA UNIVERSIDADE: É importante que o conjunto de estudantes
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respalde a decisão do CA em filiar-se a ENECOS, logo, recomenda-se que espaços de apresentação da Execu va e discussão de nossas bandeiras de lutas sejam o primeiro passo. Assim, conseguimos a ngir estudantes e popularizar as ideias. .........................
FILIAÇÃO: Divide-se em dois passos. O primeiro acontece com o preenchimento da ficha
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de filiação (Disponível em enecos.com.br/filie-seu-cada) e; o segundo se dá com o envio de documentos - ata de posse e outros caso requisitados - ao email da Coordenação Nacional (cnenecos@gmail.com).
RESULTADO: A ENECOS em imediato encaminhará um email resposta contendo a cópia
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do Estatuto e do Caderno de Ações e Posicionamentos do ano corrente, além dos links de grupos de estudos e trabalhos da Execu va. Depois, é tocar o som e deixar a menina dançar na sua cidade, na sua universidade e no seu coração.