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Jaú - Ano 5 | Edição 42 | Mensal - Fevereiro 2014
Viviani France o seu Renault está aqui
Perfil
Ana Serroni
Esperança Reciclando vidas
gente fina
Antonio Carlos Ribeiro, o Marron
2 Revista Energia
Revista Energia 3
4 Revista Energia
Editorial
Ano 5 – Edição 42 – Jaú, Fevereiro de 2014 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação mensal da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286 Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br
Prevenir para não remediar
Criação de anúncios: Well Bueno arte@revistaenergiafm.com.br
M
Fotografia, Produção Fotográfica, Projetos Especiais e Direção e Revisão de Diagramação: Leandro Carvalho foto@revistaenergiafm.com.br
uitas vezes, em nossas vidas, criamos como mecanismos inconscientes de defesa a ideia de que nada de mal jamais pode nos acontecer, e nos esquecemos ou deixamos de colocar em prática diversas regras e conceitos que aprendemos para tornar nosso dia a dia mais seguro. Esta edição da RE, entre outros assuntos muito interessantes, destaca a importância da segurança em diversas situações, e traz dicas valiosas para você se proteger de riscos, perigos ou perdas. Desde as situações relacionadas à sua segurança pessoal, patrimonial e empresarial; passando pelos cuidados com seu carro, atitude que reflete na sua segurança e na dos outros; até o assunto do momento: a segurança nas piscinas, principalmente em relação às crianças. Vale sempre o velho ditado que diz que é muito mais caro remediar do que prevenir.
Revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Repórteres Heloiza Helena C. Zanzotti heloiza@radioenergiafm.com.br Marcelo Mendonça marcelo@radioenergiafm.com.br Tamara Urias tamara@revistaenergiafm.com.br Diagramação Junior Borba (14) 99749.6430 Projeto gráfico: Revista Energia
Colunistas Alexandre Garcia Brenda Ruffo Giovani Trementose João Baptista Andrade Marcelo Macedo Professor Marins Ricardo Izar Jr. Colaboraram nesta edição Matheus Raulli Comercial Jean Mendonça Joice Lopez Moraes Sérgio Bianchi Silvio Monari
Impressão: Gráfica São Francisco Distribuição: Pachelli Distribuidora Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624-1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br
Foto: Cláudio Bragga
Social Club social@revistaenergiafm.com.br
Na matéria sobre hemofilia mostramos que, embora não tenha cura, com amor e cuidados é possível levar uma vida normal. No bate-bola, nos deliciamos com a história da sinuca, e tentamos desvendar porque este esporte se tornou um importante meio de socialização. No Gente Fina desta edição, conheça a história de Antônio Carlos Ribeiro, o “Marrom”, que leva a vida com muito bom humor. No perfil, a super DJ Ana Serroni estampa a editoria com sua beleza, profissionalismo e dedicação. Além disso, não há como não se comover com as histórias de vida e esperança dos catadores de papéis. Além de muita informação e belas imagens, este mês a RE surge com novos parceiros e algumas remodelações no design, tudo sempre pensando no principal: qualidade editorial. Boa leitura!
Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, anúncios e informes publicitários.
Maria Eugênia Revista Energia 5
37
Look de artista
NESTA EDIÇÃO
16 Saúde 34Negócios 42 Esperança 48 Bate-bola 50 Escolha Certa 65 Beleza 66 Legislação 71 As 5 +
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ÍNDICE
SEMPRE AQUI
08 Perfil 10 Radar 12 Jurídico 14 Pense Nisso 20 Raça do Mês 22 Gente Fina 26 Garota Energia 28 Capa 33 Varal 36 Quem Fez Jahu 37 Look de artista 52 Fitness 54 Social Club 61 Vinhos 62 Guia da Gula 64 Boa Vida 68 Vitrine 74 Entre Aspas
Varal
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Capa
Nossa capa: Silvana Andrade Foto:Leandro Carvalho Produção Gráfica: Junior Borba
Revista Energia 7
Perfil
A bela das
Pick Ups Nosso Perfil recebe a paulista Ana Serroni; dona de uma beleza forte, a morena manda bem demais no som que embala as pistas
Texto Marcelo Mendonรงa Foto Leandro Carvalho
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A
na Serroni nasceu em São Paulo, é atriz de formação e apaixonada por teatro e música eletrônica. Os pais se mudaram para Jaú quando ela tinha 20 anos, mas Ana continuou na capital para completar o curso de Artes Cênicas. “Esse foi meu primeiro contato de verdade com a arte”, conta. A primeira atuação no teatro foi aos 18 anos, formou-se profissionalmente aos 21 e percebeu o quanto é difícil viver só do teatro, mesmo morando em São Paulo, terra conhecida pelas oportunidades. “Já ralei muito, teatro é um meio bem difícil”, diz. Além de atuar, a música sempre foi uma grande paixão. Ana vem de uma família de músicos: a avó tocava acordeom e o tio é sobrinho de Adoniram Barbosa, o que configura uma raiz musical muito forte na família Serroni. Ela estuda teclado, gosta da batida do bongô e só não se deu bem no violão. “Eu e as cordas temos um bloqueio”, diz sorrindo.
O começo nas pistas
Foto: Aline Cusato
Trabalhando em uma produtora de eventos, Ana teve o primeiro contato como DJ. A empresa montava vários tipos de festas e certa vez o DJ da balada pediu para Ana assumir as pick ups enquanto ele ia ao banheiro, e deu a missão para que ela virasse de faixa, o que duraria cerca de dez minutos. O DJ, porém, voltou 40 minutos depois e vendo o sucesso da paulista decidiu: “Na próxima festa você vai tocar sozinha”. Foram quatro anos fazendo eventos e aprendendo tudo sobre som, festas e o que envolve a organização de um grande evento. “Eu fazia de tudo, sabia o nome dos cabos, das caixas, fazia mesa e ainda tocava, foi uma fase de aprendizado muito boa”. A experiência nos tempos da
empresa preparou Ana para comandar sozinha uma balada. “O artista gosta de representar e não de ser representado, então eu quis seguir e investir na minha carreira”, conta. Ela define seu estilo como House. “A partir do house você parte para os outros estilos, a música eletrônica tem várias vertentes”. No início a família cobrava demais, queria ver resultados, e quando viram Ana tocando e atuando no teatro perceberam que era isso mesmo que ela fazia melhor. “Há dez anos, quando sentava com minha família todo mundo questionava o fato de ser DJ, trabalhar na noite, era estranho ainda“, diz.
“O artista gosta de representar e não de ser representado, então eu quis seguir e investir na minha carreira” Nesse ano A DJ quer tocar cada vez mais. Além das principais baladas de São Paulo, Ana tem percorrido algumas casas do interior, inclusive aqui em Jaú, e a ideia principal para esse ano ainda é tocar um SET só com músicas próprias. Além disso, pretende mostrar seu lado atriz e musicista junto com o novo repertório. “Será um show com canções minhas e com um pouco de tudo que gosto e sei fazer”. Em uma busca constante de aperfeiçoamento e as inovações que traz para as pistas, essa história ainda vai muito longe. Alguém duvida?
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Radar
Boa
Por Alexandre Garcia
O silêncio dos cordeiros
O
uvi, no Bom Dia Brasil, um professor meu xará tentando justificar as invasões de centros de compras, os chamados rolezinhos: “É uma ação democrática, afirmativa, pela abertura de espaços que são deliberadamente fechados a pretos e pobres”. Um palavrório de moda, mas não traduz a verdade. Nenhum shopping deste país faz triagem para impedir negros e pobres. O que tenho visto é que pedintes e arruaceiros têm sido convidados a se retirar de um lugar que é público, mas de propriedade privada, pois constrangem os fregueses. Muito significativo que a declaração tenha sido feita por um professor, já que muitos deles estão enganando alunos ao falsear verdades históricas do país, movidos por uma fé ideológica doentia. A saudade da fracassada luta de classes tem tentado jogar brasileiros contra brasileiros: negros versus brancos, índios versus agricultores, pobres versus ricos e, recentemente, empregadas domésticas contra patroas, sob o argumento de que a obrigação do uso do uniforme branco traduz um preconceito. Por incrível que pareça, jogam-se mulheres contra homens e se criam até lados hostis por preferências sexuais. Em outros tempos, éramos todos brasileiros iguais e os preconceituosos tinham vergonha de exprimir em público seus preconceitos.
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Há anos, por algum motivo, também se vem minando a nação ao justificar o criminoso e condenar as vítimas do crime. Até a Constituição passou a dizer que são inimputáveis os menores de idade, ainda que sejam assassinos cruéis. A polícia recomenda que as vítimas não reajam aos bandidos e o governo procura desarmar as pessoas, embora não desarme os bandidos, dando a eles a segurança que falta aos cidadãos. Há algumas semanas, um assaltante armado invadiu uma lanchonete cheia, em Brasília. Um contínuo, meu colega, atracou-se com o bandido e poderia dominá-lo se tivesse ajuda. Mas todos os assaltados se aproveitaram do ato heroico do jovem que reagiu, para fugir. O contínuo recebeu dois tiros e está fora de perigo, e o ladrão foi embora sem roubar ninguém. Foi a covardia coletiva de um bando de fujões que abandonam o salvador, condicionados a não reagir e aceitar passivamente o crime, que tornou bem atual o poema de Eduardo Alves da Costa, em homenagem a Maiakovski: “Na primeira noite eles se aproximam / roubam uma flor / do nosso jardim./ E não dizemos nada./ Na segunda noite, já não se escondem: / pisam as flores, / matam nosso cão, / e não dizemos nada./ Até que um dia / o mais frágil deles / entra sozinho em nossa casa, / rouba-nos a luz, e, / conhecendo o nosso medo / arranca-nos a voz da garganta./ E já não dizemos nada”.
Mergulhe de cabeça! Fontes de prazer que exercem fascínio em muitas crianças, as piscinas podem representar sério risco para a saúde e o bem-estar se não houver cuidados com instalação, manutenção e uso
C
lima quente de verão combina perfeitamente com piscina e muita diversão. Entretanto, lazer e bem-estar estão diretamente ligados à segurança nas piscinas, principalmente em relação às crianças. Como todos sabemos, a piscina pode dar origem a acidentes, muitas vezes dramáticos e até fatais. Saiba como estes riscos podem ser minimizados para que a diversão seja de puro prazer.
Como garantir a segurança das crianças? Crianças menores de 5 anos estão mais expostas ao risco de afogamento. Elas são frequentemente atraídas pela água e inconscientes dos perigos que as ameaçam. E bastam alguns segundos de desatenção para que uma criança pequena se afogue, mesmo em alguns poucos centímetros de água. Pior ainda: ela não tem consciência do perigo e não se debate nem pede socorro. O acidente é, portanto, silencioso e a experiência mostra que muitos afogamentos ocorrem na presença de adultos.
Cuidados essenciais Em primeiro lugar, permaneça vigilante. Tenha em mente que nada substitui a supervisão de um adulto. Afogamento não é acidente, não acontece por acaso, e esta é a melhor forma de prevenção. O ideal é ensinar as crianças a nadar desde muito cedo. E algumas regras de bom senso permitem limitar os riscos: Isole a piscina com grades e portão de autofechamento. Elas reduzem o afogamento em até 70%. Lonas e cercas vivas não são confiáveis; Incentive o uso de coletes salva-vidas para crianças menores de 5 anos ou pessoas que não saibam nadar, e não permita o uso de objetos de flutuação; Evite brinquedos próximos à piscina, isto atrai as crianças; Desligue o filtro em caso de uso da piscina; Não permita mergulhos de cabeça em locais de profundidade; Mais de 40% dos proprietários de piscinas não sabem realizar os primeiros socorros. Aprenda o que fazer neste tipo de situação. Além dessas dicas, há uma série de itens de segurança que você precisa e deve conhecer. Em Jaú, a iGUi possui uma linha específica de filtros, quadro de comando, cobertura, capas, cerco de proteção e outros itens importantes para proteger crianças, idosos e animais de entrarem na piscina sem o acompanhamento de uma pessoa adulta. Como o Sistema de Sucção Aberta onde a aspiração, drenagem e circulação da água são feitas sem pressão exposta ao usuário, evitando totalmente o risco de machucar ou aprisionar as pessoas submersas. Conheça também o Alarme Max, que emite um alarme sonoro e visual quando a pulseira entra em contato com a água e que é apertada somente com uma chave especial. Com esses cuidados você vai garantir muito divertimento com total segurança para sua família. Revista Energia 11
Jurídico
Por Giovanni Trementose
A função social do auxílio reclusão
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iariamente nos deparamos com diversas correntes e informações mal intencionadas postadas na internet acerca do benefício de Auxílio Reclusão. Nesta edição, tentaremos desmistificar o tão mal afamado benefício, que tem sua função social diariamente deturpada. Incialmente, cabe esclarecer que o Auxílio Reclusão é devido aos DEPENDENTES do segurado preso, e não ao próprio preso. Nesse caso, entende-se por dependente o cônjuge, os filhos, o menor tutelado, os enteados, os pais ou os irmãos. Caso exista mais de um dependente, o benefício será rateado entre todos, em partes iguais. O benefício somente será pago enquanto o segurado estiver preso, desde que em regime fechado ou semiaberto, ainda que não prolatada a sentença condenatória. É importante frisar que é necessário que o cidadão, na data da prisão, possua qualidade de segurado.
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Para o recebimento do Auxílio Reclusão é necessário que o último salário de contribuição do segurado seja igual ou inferior ao valor de R$ 971,78 (Portaria Interministerial nº 15, de 10/01/13), bem como deverá ser apresentado ao INSS, a cada três meses, atestado de recolhimento prisional atualizado. O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos: com a morte do segurado, em caso de fuga, liberdade condicional ou cumprimento da pena em regime aberto. Da mesma forma, não poderá ser acumulado com outros benefícios, como por exemplo: a Renda Mensal Vitalícia; BPC – LOAS; aposentadoria do recluso; auxílio doença do segurado, etc. Em suma, o Auxílio Reclusão existe justamente para não deixar a família de quem está recolhido à prisão desamparada, ou seja, visa a evitar que pessoas sejam colocadas à margem da sociedade por ter, na maioria dos casos, perdido parte importante da renda familiar, suprimindo a possibilidade do surgimento de novos crimes.
A saúde dos seus pés Os pés têm a função de apoiar, equilibrar o corpo e são fundamentais no processo de locomoção, no entanto, às vezes não damos a devida atenção a eles
P
ara realizar todas as funções com eficiência é preciso evitar alguns problemas como unhas encravadas, calos, calosidades, rachaduras, frieiras, micoses, olhos-de-peixe, entre outros que provocam dor e desconforto. Todo o cuidado com os pés deve começar na infância, e na terceira idade a atenção e prevenção devem redobrar, uma vez que complicações começam a aparecer: problemas vasculares, diabetes, deformidade óssea causada por artrites, artroses formando pontos de apoio nos pés que provocam calosidades, calos com dor e queimação no contato com o calçado ou ao pisar no chão. Nessa hora, a ajuda de um podólogo é fundamental.
Quem é o podólogo? Profissional da área da saúde capacitado para cuidar dos pés, o podólogo realiza procedimentos de corte correto e correção de unhas, tratamento de unhas-encravada, calos, calosidades, olhos-de-peixe, micoses, frieiras, rachaduras, hidratações (parafina quente e fria, ozonioterapia) e laser terapia (tratamento para micose, frieiras e outros).
Prevenção e cuidados para ter pés saudáveis:
Texto Gisele Reghine | Foto: Divulgação
Observar sempre os pés verificando se não há qualquer ferimento ou alteração; Usar calçados adequados e confortáveis; Alternar o uso dos calçados; Usar meias de algodão; Higienizar meias e calçados e sempre que possível, expô-los ao sol; Ter kit individual com alicates, palitos, lixas, espátulas; Não tomar banho descalço; Lavar e enxugar bem os pés, principalmente entre os dedos; Manter as unhas cortadas corretam ente; Hidratar bem os pés, exceto entre os dedos; Evitar passar esmaltes ou ficar muito tempo com o mesmo; No caso de unha-encravada, procurar rapidamente um podólogo para evitar mais contaminações;
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LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br
nisso
Pense
Por Professor Luiz Marins
Imagem: Reprodução Internet
Saiba Sair de Cena
U
ma das coisas que aprendi com pessoas de grande sabedoria é saber sair de cena, deixar o palco, sair da roda, mudar de assunto. Saber o momento exato de fazer com que os holofotes fiquem sobre os outros e não sobre você. No mundo competitivo em que vivemos, a sua presença “marcante” pode marcar demais. A sua idéia “brilhante” pode brilhar demais. A forma “inovadora” de pensar pode inovar demais. E nem sempre as pessoas estão dispostas a deixar você brilhar impunemente. É hora de sair de cena. Nem que seja por um tempo. É preciso fazer os outros pensarem que você desistiu. É preciso dar a chance das pessoas acharem que você não quer mais estar no palco. Mas saber sair de cena é uma arte tão importante quanto saber entrar em cena. Todo ator sabe disso. Assim, é preciso sair de cena com classe. É preciso sair de cena com a discrição de um lorde inglês. Quando as pessoas sentem-se ameaçadas por você, e começam a ter respostas agressivas desproporcionais, talvez seja a hora de sair de cena. Quando você, sem ter desejado ou planejado, começa a aparecer muito na sua área de atuação ou no seu setor de trabalho, talvez seja a hora de sair
de cena por um tempo. Saber sair de cena é também saber mudar de assunto. Quando as pessoas vêm lhe perguntar e comentar sobre o seu sucesso, sobre seus bens materiais, seu possível enriquecimento, etc, querendo fazer você falar sobre você – é hora de mudar de assunto. É hora de sair de cena. Os sábios sabem que você nada ganhará falando de você mesmo para os outros. Nem bem, nem mau. Mude de assunto. Saia de cena. Não caia nessa armadilha. Quando o embate se der com poderosos, e você conhece o poder destrutivo desses poderosos, pense bem antes de entrar no combate. Talvez você ganhe mais saindo de cena. Deixe a briga de cachorro grande para grandes cães. Saiba sair de cena. Você terá outras oportunidades. Você ganhará outras batalhas com menos estresse, com menores esforços. É preciso fazer um grande esforço de sabedoria para saber quando sair de cena. É preciso ter uma grande capacidade artística para saber como sair de cena. Será que temos tido a sabedoria e a arte de sair de cena, deixar o palco, mudar de assunto na hora certa, no momento exato? Pense nisso. Boa Semana. Sucesso!
A extensão da sua casa Na hora de receber visitas em casa, muita gente fica apavorada e com dúvidas sobre como hospedar bem
M
ais complicado, ainda, é quando a estrutura da sua casa é pequena e não oferece tanto conforto. E a questão que mais preocupa é: onde eles vão dormir? A questão parece difícil a princípio, mas acredite, receber um hóspede não é um bicho de sete cabeças, nem mesmo quando sua casa é simples. Para ajudar você nessa empreitada, a RE consultou especialistas e trouxe uma dica simples, que vai ajudar você a organizar uma perfeita hospedagem e aproveitar a estadia de sua visita numa boa.
Pensou nisso? Converse com o seu hóspede e verifique quantos dias ele irá ficar, se vai realizar alguma atividade especial, e com base nestas informações reserve um quarto para sua visita dormir em um hotel. Melhor ainda se o hotel estiver localizado próximo à sua casa ou na região central da cidade. Vocês podem passar o dia todo juntos, saírem para passear, fazerem as refeições em sua casa e ele apenas passará a noite no hotel. Isso permitirá que nenhum tire a liberdade do outro, principalmente em momentos de maior intimidade como o banho e o sono. Atualmente há bons hotéis, confortáveis, com serviços excelentes e preços bem acessíveis.
Não esqueça
Foto: Leandro Carvalho
Visite o hotel previamente, conheça o quarto e deixe ali uma bomboniere recheada de bombons, algumas revistas e um arranjo de flores em um cantinho especial, com um cartão de boas-vindas. Essa é uma maneira de quem recebe deixar seu convidado confortável e à vontade. Afinal, não é esse o papel do bom anfitrião? E não se preocupe com elegância, pois elegante mesmo é se preocupar com o bem-estar do outro, sempre de acordo com suas possibilidades. O único risco é de seu convidado não querer ir embora!
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Imagem: Reprodução Internet
Saúde
Hemofilia amor e cuidado
As hemorragias podem aparecer por algum trauma sofrido ou espontaneamente, o que coloca a pessoa num constante estado de atenção Texto Heloiza Helena C Zanzotti 16 Revista Energia
O
problema pode começar no momento em que você bate o dedinho do pé na quina do sofá. Ou quando vai jogar bola e seus joelhos se encontram... De repente há um sangramento e, por definição, este sangramento não vai parar! Vai inundar articulações, travar movimentos e provocar dor, muita dor! Saiba mais sobre hemofilia, um problema ainda pouco conhecido pela maioria da população.
Afinal, o que é hemofilia? Caracterizada por sangramentos de diversos tipos e intensidade, a hemofilia é uma doença que afeta a coagulação do sangue, tem caráter hereditário e se manifesta quase que exclusivamente nas crianças do sexo masculino (em geral, as mulheres carregam o defeito genético, mas não manifestam a doença). É caracterizada pela deficiência ou anormalidade da atividade coagulante dos fatores VIII, hemofilia tipo A ou IX, hemofilia tipo B. Como explica a Dra Cláudia Teresa de Oliveira, 44, hematologista e oncologista clínica, responsável pelo Departamento de Oncohematologia Pediátrica do Hospital Amaral Carvalho, a doença é consequência de mutações nos genes do fator VIII e IX, que se localizam no cromossomo X. A criança, quando nasce, já apresenta esta alteração e pode manifestar a doença já no nascimento, com sangramentos no momento do parto (casos mais graves), ou quando começam a engatinhar e/ou andar e caem, apresentando hematomas. Segundo a Dra Cláudia, há três níveis a se considerar: grave, quando o nível de fator no organismo é menor que 1%; moderada, quando o nível fica entre 1 e 5% e leve com níveis entre 5 e 50%. Ela diz que, em geral, 50% dos casos de hemofilia são graves, e o quadro clínico é caracterizado por hemorragias em articulações, músculos e outros locais e cavidades, relacionados em geral a traumas e às vezes de aparecimento espontâneo. A imensa maioria das crianças com hemofilia grave manifesta a doença até o primeiro ano de vida. Nos casos de hemofilia leve, os sangramentos estão relacionados, quase sempre, a procedimentos como extrações dentárias, grandes traumas ou cirurgias.
A hemofilia afeta o estilo de vida? Os sangramentos frequentes, principalmente em articulações (joelhos, cotovelos, tornozelos e quadril) limitam na fase aguda pela dor local importante e podem levar a lesões crônicas, que com o passar dos anos podem evoluir para deformidades com limitações para movimentação. Embora os hemofílicos possam levar uma vida normal, com algumas limitações relacionadas a esportes de muito impacto que possam facilitar o aparecimento de traumas e sangramentos, é muito importante salientar que a deficiência do fator de coagulação não acarreta alteração do desenvolvimento físico e mental. E a Dra Cláudia alerta que muito importante são as orientações aos familiares e aos pacientes desde pequenos, para cuidados e prevenção de traumas.
Cura e tratamento A hemofilia é uma condição vitalícia. Embora atualmente não
haja cura, existem terapias de controle da hemorragia que possibilitam aos hemofílicos a condução de uma vida relativamente normal. Como explica a especialista, o tratamento consiste na reposição endovenosa do fator deficiente (fator VIII ou IX) em esquemas de prevenção, ou nas situações de sangramento agudo. A doutora esclarece que o Ministério da Saúde, através das secretarias estaduais, é o responsável pelo fornecimento dos fatores de coagulação para reposição nos pacientes, e existem programas específicos para o manejo da hemofilia que seguem protocolos rigorosos. O tratamento envolve a participação de equipe multiprofissional composta por hematologista, pediatra, ortopedista, infectologista, enfermeira, dentista, psicóloga, fisioterapeuta e assistente social; e a participação da família é fundamental para o êxito do tratamento.
Família: o melhor remédio A vida dos pais de crianças hemofílicas é assim: a cada tombo parece que o coração vai sair pela boca. É preciso estar sempre atento a qualquer queda, qualquer sinal de hemorragia porque o sangue não coagula, os machucados não cicatrizam. Eloísa de França Cardoso, 32, e o marido Alberto de Oliveira Cardoso, 33, empresários, sabem bem o que é conviver com a doença. Pais de Vinícius, 12, e Vítor, 6, ambos hemofílicos, é Eloísa quem conta: “Logo que o Vinícius nasceu teve um sangramento na cabeça e não descobriam o motivo. Algum tempo depois perceberam que toda vez que davam uma medicação derivada do plasma ele melhorava, e começaram a suspeitar que poderia ser hemofilia. Após vários dias na UTI fomos para Botucatu, onde ele foi submetido a exames que comprovaram o problema”. Questionada sobre os riscos na segunda gravidez, ela explica: “Fomos alertados para uma grande chance de termos outro filho também hemofílico. Mas achávamos que um filho só era pouco e pensamos: seja o que Deus quiser e veio o Vítor, também com hemofilia”. Ela diz que hoje é mais fácil, pois têm mais conhecimento, mas com o primeiro filho foi complicado: “Privávamos o Vinícius de quase tudo, não o deixávamos brincar com medo de machucar e eu até falava: entre cem crianças, se uma cair é o meu. E era mesmo. Depois ficamos mais bem informados e com um tratamento melhor. Hoje eles fazem a profilaxia três vezes por semana e têm uma vida praticamente normal, evitando atividades de impacto”. Eloísa afirma que os meninos convivem bem com o problema, falam sobre o assunto e até entre os amigos eles próprios já avisam que não podem isso ou aquilo porque incha o braço ou o pé. Sobre antecedentes, Eloísa diz que não há outros casos na família.
Saiba mais Segundo dados da Federação Brasileira de Hemofilia, há cerca de 400 mil pessoas com hemofilia no mundo. No Brasil são aproximadamente 17 mil e estima-se que 1 em cada 10 mil meninos nascem com o gene da hemofilia A, e 1 em cada 30 mil tenham hemofilia B. Quer saber mais? Acesse http://www.hemofiliabrasil.org.br
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Vinicíus e Vítor de França Cardoso
A hemofilia, deficiência do fator de coagulação, não acarreta alteração do desenvolvimento físico e mental Foto Leandro Carvalho
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DESIGN . PUBLICIDADE . INOVAÇÃO antes
ANGELS DIVER EMBALAGEM por DPI Agência
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A Angels Diver é uma empresa do setor de Produtos Esportivos, subdividida nas linhas Ortopédica, Esportiva, Neoprene e Elástica, e que conta com uma grande variedade de produtos para a prática de esportes e a reabilitação de lesões provenientes da prática esportiva. Um dos principais pontos constatados para uma melhor inserção dos produtos da Angels Diver no mercado foi a embalagem, e foi justamente nela que focamos nosso trabalho. Anteriormente as embalagens não tinham um foco exclusivo no mercado esportivo, o que dificultava até mesmo a identificação dos produtos na hora do consumidor localizar o que procurava. Após o trabalho de remodelagem das embalagens com o novo layout pudemos constatar uma maior visibilidade, deixando-a mais atrativa aos clientes. Além disso, a nova embalagem trouxe benefícios internos para a empresa, uma vez que o custo de produção foi reduzido, e a logística melhorou, pois as embalagens em blister geralmente chegavam amassadas aos seus pontos de venda. As linhas da Angels Diver agora são separadas por cores, cada uma evoluindo de acordo com o novo layout. Optamos por contrastar os tons para indicar a qual linha o produto pertence, além de dar mais dinâmica e posicionamento ao produto como Esportivo. Para o acabamento, seguimos um caminho influenciado pelo High Tech, com texturas e volumes formados a partir de degrades, comunicando através da embalagem toda a tecnologia que o esporte envolve atualmente. Isso fez uma grande diferença para que os produtos fossem rapidamente reconhecidos e classificados segundo as necessidades dos consumidores. O trabalho apresentado foi muito bem recebido pela diretoria e está em fase de aplicação. Para Tarcísio, proprietário da empresa, “hoje a Angels Diver conta com uma embalagem realmente profissional, que condiz com a qualidade que oferecemos aos nossos clientes.”
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depois
Raça do mês
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Jiboia Por Heloiza Helena C. Zanzotti | Fotos Leandro Carvalho
jiboia é uma serpente que pode chegar a um tamanho adulto entre 2 e 4m. Existe no Brasil, onde é a segunda maior cobra (a maior é a sucuri) e pode ser encontrada em diversos locais como na Mata Atlântica, restingas, mangues, no cerrado, na caatinga e na Floresta Amazônica. É basicamente um animal com hábitos noturnos e considerado vivíparo, porque no final da gestação o embrião recebe os nutrientes necessários do sangue da mãe. A gestação dura entre 5 e 8 meses, sendo que cerca de 50 filhotes nascem entre os meses de novembro e fevereiro, podendo nascer de 12 a 64 crias por ninhada. Alimenta-se de pequenos mamíferos (principalmente ratos), aves e lagartos que matam por constrição, envolvendo o corpo da presa e sufocando-a. A digestão é lenta, normalmente durando sete dias, podendo estender-se a algumas semanas durante as quais fica parada, num estado de torpor. Muito dócil, apesar de ter fama de perigosa, não é peçonhenta e não consegue comer animais de grande porte, sendo inofensiva ao homem. Extremamente lenta, pode demorar até uma hora para percorrer uma distância de 500 metros. É muito perseguida por caçadores e traficantes de animais, pois tem um valor comercial alto como animal de estimação. Uma jiboia nascida em cativeiro, credenciada pelo Ibama, pode custar de 1050 a 6000 reais, às vezes mais, de acordo com sua coloração. Uma jiboia pode viver até 25 anos e pesar entre 35 e 40 kg. As jiboias podem ser criadas em terrários, desde que acostumadas desde filhotes. Marçal Adriano Pedrini, 24, vidraceiro, sempre gostou de animais de todos os tipos. Ele é dono da Jurema, uma “doce” jiboia que ele adquiriu em um pet shop há 5 anos, em Bauru. Apaixonado por répteis e cachorros, comprou sua primeira cobra aos 17 anos, uma Corn Snake (que significa “cobra do milho”). Depois vieram vários outros animais: ele possui iguana, aranha, jiboias e até uma python! E além de todos estes
Marçal Adriano Pedrini
bichos exóticos, ainda tem 5 cachorros da raça Pit Bull, que ele afirma serem super carinhosos. “Moro sozinho com meus bichos, que são a melhor companhia! Eles são minha vida”, diz Marçal.
Jurema, a jiboia
Tojo Polaris Charlie Haden
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Não transforme diversão em preocupação Para destinos próximos, o carro é a principal opção. Mas antes de colocá-lo na estrada passe na revisão para não ter surpresas durante o percurso
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stamos em época de férias e fazer um planejamento antes de colocar o pé na estrada é de extrema importância. Para garantir uma viagem tranquila, o comerciante Luiz Marcilio Ferraz de Almeida, 50, dá algumas dicas. Para ter um passeio sem surpresas programe-se, defina datas de ida e volta e trace a rota que será posta em prática. Se possível, informe-se sobre o estado de conservação das rodovias onde pretende passar, localidades dos postos de gasolina, previsão do tempo no período de sua viagem e o principal: leve o seu carro para uma revisão. Segundo Almeida, a troca de óleo, pastilhas e velas são serviços que podem ser feitos no mesmo dia. Já problemas com o motor, por exemplo, precisam de mais tempo. Portanto, o ideal é agendar o check-up com antecedência, em torno de quinze dias a uma semana antes de pegar estrada. O procedimento é importante, independente se percorrerá 20 ou 200 quilômetros, afinal, estar com a revisão em dia reflete na sua segurança e na dos outros. “Para quem percorre muitos quilômetros, o ideal é parar o carro a cada dois meses; já quem anda pouco, o recomendado é a cada seis meses”.
O balanceamento, alinhamento, suspensão, direção, limpadores de para-brisa e filtro de ar e de combustível devem estar em ordem. Checar a regulagem dos faróis e os níveis de água e óleos também é importante. Fluídos de freio, níveis de óleo do motor, calibragem e o estado de conservação dos pneus, inclusive do estepe, são itens importantes para evitar um acidente. “Uma dica que dou é não por nada recondicionado no carro, principalmente pneus. O ressolado nada mais é do que uma maquiagem para dar impressão de novo, o que não é verdade”. Outra dica do comerciante é para prestar atenção quanto ao peso da bagagem. Para saber qual é o limite do seu carro, leia o manual do seu automóvel e fique por dentro do peso indicado. Ainda antes de pegar estrada, cheque a validade do extintor e verifique se a documentação do veículo e do condutar estão em dia. Se houver crianças, atenção para os assentos especiais, que devem estar instalados de acordo com os termos de fabricação. E lembre-se: a chave de roda, o triângulo e o macaco são equipamentos obrigatórios no veículo. Depois de todos esses cuidados, tenha uma boa viagem!
Gente Fina
Ant么nio Carlos Ribeiro,
Marrom
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“Você nasce corintiano e carrega no sangue esta paixão por toda a vida” Texto Tamara Urias | Fotos Leandro Carvalho
“A
lgumas pessoas acreditam que futebol é questão de vida ou morte. Fico muito decepcionado com essa atitude. Posso garantir que futebol é muito, muito mais importante”. Abro o Gente Fina desta edição com a frase do futebolista e treinador escocês, William Shankly, mais conhecido como Bill Shankly; a razão você entenderá mais adiante. Antônio Carlos Ribeiro. Talvez por este nome você não saiba quem ele é, mas se eu disser o Marrom da Quintino, ficará mais fácil, não é? Ainda não? E se eu disser “aquele apaixonado por futebol, que quando Corinthians e Palmeiras jogavam, e o verdão perdia, ele estendia faixas tirando sarro dos torcedores da mancha verde?” O menino levado, como ele mesmo se denomina, casou-se com Maria Aparecida que, segundo ele, foi amor à primeira vista. “Lembro-me perfeitamente, ela estava com os oito irmãos, de mãos dadas, em frente à matriz e usava um vestidinho azul. Estava linda.” Ribeiro tornou-se pai, avô e hoje, com 66 anos,
leva uma vida humilde, mas com muito bom humor. Filho de um beneficiador de café e de uma cozinheira, ingressou no primeiro trabalho com apenas 13 anos. Ali permaneceu por mais treze, até que decidiu ir em busca de novos horizontes. De lá para cá nunca parou, foi comerciário, fundidor, além dos inúmeros bicos, e atualmente, mesmo aposentado, continua trabalhando para melhorar a renda. Vindo de uma família humilde, Marrom descreve sua infância como a melhor. Segundo ele, seu pai nunca deixou faltar nada, principalmente condições para o estudo. Apaixonado por futebol, ele até chegou a jogar bola, mas decidiu que ser torcedor era melhor. Possui o coração preto e branco, mas sempre alimentou carinho e respeito pelo XV de Jaú. Diariamente trabalha em um estacionamento por quase nove horas diárias. Após o expediente, é de praxe ir ao bar que ele apelida como o lugar que tem o melhor torresmo do mundo; para acompanhar toma uma caipirinha de vodka, e depois uma cervejinha. Em um pequeno quarto ele conversa com a repor-
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tagem da Revista Energia, entre uma peripécia e outra, e também aborda assuntos tristes, mas nunca perde o bom humor.
Como foi sua infância? Foi muito boa. Apesar de sermos de família simples, meu pai sempre proporcionou formas de estudar os filhos, mas eu não era fácil, demorei um pouco para tomar jeito. Para você ter ideia, eu tomava três coros por dia, um do meu pai, um da minha mãe e outro da minha irmã mais velha. Eu vivia aprontando. Lembro-me de uma passagem de quando eu tinha 12 anos. Todo dia saia trocadinho e limpinho para ir à aula, só que ao invés de ir para a escola, eu ia nadar no rio Jahu. Até que um dia, enquanto eu estava nadando, roubaram minha mochila. Cheguei em casa e disse que tinha deixado ela na escola. A mentira colou durante uns dias, até que certo dia meu pai disse que ia me acompanhar ao colégio. Eu me mantive sereno, mas quando faltavam quatro quarteirões para chegar à escola, percebi que não ia ter jeito e resolvi contar, mas antes fiz ele me prometer que não ia me bater. Ele prometeu, mas não cumpriu, apanhei bastante. E depois disso, criou juízo? Eu só fui tomar jeito quando meu pai fez um chicote com arame farpado, pendurou bem à vista e disse em alto e bom som que o próximo coro seria com aquilo. Nisso eu fui melhorando e comecei a andar na linha. Você se formou em contabilidade, nunca chegou a atuar na área? Eu me formei pela Academia Horácio Berlinck, mas nunca
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levei jeito para a área. Na verdade, eu nunca fui muito fã de estudar. A história era quase sempre a mesma. O primeiro semestre eu ia que era uma beleza, mas no próximo eu desandava, saia do trabalho e ia para o bar, aí já viu, né?! Até que chegou uma hora, eu estava com mais de 30 anos e falei: é agora, vou me formar. Ninguém acreditava. Para dar mais estimulo comecei a apostar litros de uísque e cervejas com os colegas e até entrei na comissão de formatura. Na época, o diretor da escola dizia que nunca havia visto turma mais animada e festeira como a minha. O resultado foi que me formei e fizemos muitas festas.
Como surgiu a paixão pelo Corinthians? Você nasce corintiano e carrega no sangue esta paixão por toda a vida. Não é assim, um tio compra a camisa e dá, e você se torna um. Meu pai era corintiano e nunca me pediu para ser, meu filho também é, e eu nunca pedi ou incitei que ele se tornasse um. As pessoas podem não acreditar, mas nós somos diferentes, nós choramos, vibramos, gritamos, xingamos, nos sentimos parte e alimentamos uma paixão inabalável sobre o time. E aquela história de pendurar faixas pela cidade fazendo piada com os palmeirenses? Jaú sempre teve bastante palmeirense e a “rixa”, ou melhor, brincadeira, sempre foi mais com eles. Na época meu filho tinha uma loja na Quintino e na verdade foi ele quem fez as duas primeiras faixas, mas eu que levei a culpa. A primeira foi colocada quando o Palmeiras, se ganhasse o jogo, iria disputar título no Japão; como o time perdeu, escrevemos os
seguintes dizeres: “Foi o sonho de verão, porco velho não vai mais para o Japão”. Tinha gente que ia lá e arrancava e isso que era o melhor da brincadeira, ver o pessoal bravo (gargalha). Uma vez também, para tirar sarro de um colega palmeirense, fui até um açougue, comprei um rabo de porco e amarrei em seu carro. Ele nem percebeu e andou pela cidade com o rabo pendurado.
Qual o momento mais marcante que viveu com seu time? Vou contar um triste e um alegre. O triste foi em 1974, quando jogava no Morumbi Corinthians e Palmeiras. Meu time perdeu o título de um a zero. E já fazia 20 anos que não éramos campeões. Já o alegre foi em 1977, quando jogamos contra a Ponte Preta. Nos tornamos campeões com o maior público que aquele estádio já viu. E qual seu grande ídolo no timão? O Corinthians já teve muitos jogadores bons, muitos craques, gente que fez história. Mas o meu respeito e admiração é pelo Sócrates. Como diria Vicente Mateus, ex-presidente do Corinthians, «o Sócrates é inegociável, invendável e imprestável». Com certeza ele foi o cara. Você fala que já bebeu muito e hoje diminuiu. Por quê? Eu diminuí, moça, afinal, quem não tem medo de morrer? Eu tive hepatite e fiquei 10 anos, 6 meses e 11 dias sem colocar uma gota de álcool na boca. Durante o tratamento, foi um período difícil, eu ia toda sexta-feira para Botucatu e cada semana eu tomava injeção num lugar. Mas eu nunca perdi a disposição, continuei trabalhando, descarregava caminhão, afinal, eu tinha que sustentar minha família. Quando voltei ao médico, ele disse que estava tudo bem e que podia tomar uma desejada cervejinha. Depois disso voltei a beber, mas faço exames periódicos. São muitas histórias, a vida às vezes oscila entre momentos alegres e tristes. Qual foi o seu momento de maior tristeza? Quando eu perdi meus pais foi muito difícil, foram dias que deixei de sorrir. Meu pai foi um grande e alegre sanfoneiro, mas adoeceu e faleceu em meus braços (neste momento sua voz embarga). Minha mãe também era uma mulher maravilhosa. O resto, as dificuldades surgem, a gente contorna. Qual é o seu maior sonho? Quer mesmo saber? De verdade? É ganhar na mega-sena e convidar todas as dançarinas do Faustão para um churrasco (fala entre gargalhadas). Meus amigos tiram sarro, mas é verdade. Por causa das plaquinhas, agora até consigo saber o nome delas. Vale tudo por uma cervejinha? Quando eu era mais novo, era difícil ter dinheiro para tomar uma cerveja. Uma vez, quando eu frequentava o bar do Baldine, ele lançou um desafio. Quem tomasse um cálice de pinga cheio de um molho de pimenta ganhava 15 garrafas de cerveja. Eu sabia o quanto aquilo era ardido, mas cheguei ao balcão, peguei o copo e virei quase tudo no primeiro gole. Terminei de tomar, entrei no meu DKW e corri para o Bar do Estudante, para tomar um copo de leite. Minha cabeça parecia que estava pegando fogo. Mal pisei no bar e chegou um monte de gente atrás de mim, achando que eu ia passar mal. Comi o lanche, tomei o leite e aos poucos foi passando aquela sensação. No outro dia voltei ao Baldine, pedi minha cerveja e quando olhei para o lado tinha dois pedindo um copo, mas eu não dei porque eles zoaram muito comigo.
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Energia Garota
Beatriz Alcantara
Por Pr贸 Modas
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Ficha técnica:
Fotos e Produção: Leandro Carvalho Looks: Pró Modas Fone: 3416 7779 Cabelo e make: Sim Beauty Salon Fone: 3416 7110 Joias: Érica Módolo Fone: 98128 1900
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Capa
Mude
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Escolher o modelo de carro perfeito para você e sua família nem sempre é tarefa fácil 28 Revista Energia
direção A Texto Heloiza Helena C. Zanzotti | Fotos Leandro Carvalho Revista Energia 29
Equipe Viviani France
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uando chega a hora de escolher um carro novo, é impossível não ficar com dúvidas. Escolher um modelo 0 km ou um usado? Um carro maior ou mais compacto? Clássico ou mais esportivo? E o rendimento? A cor? Os acessórios? Perguntas não faltam. Um automóvel, além de facilitar o transporte e locomoção de quem o possui, pode proporcionar conforto, segurança e confiança. E isso vai depender da escolha que você fizer da concessionária, o que fará a diferença entre comprar o carro ideal ou enfrentar uma série de problemas.
Opções não faltam Um automóvel novo oferece uma tranquilidade a mais ao motorista: a garantia de fábrica. O apelo publicitário é forte e as condições especiais de financiamento para os zero quilômetros são muitas. Atualmente, temos uma gama enorme de fabricantes e modelos. A variedade ocorre entre potência de motores, design, opcionais, o que acaba oferecendo aos consumidores uma grande diversidade também em relação a preços. Hoje, as opções são tantas que obriga a oferta entre a concorrência, entretanto, às vezes o preço do veículo é mais baixo, mas as condições de compra nem sempre são as melhores para o cliente. Nessa hora é preciso prezar pela qualidade. Concessionárias de renome oferecem garantia e excelência nos serviços e produtos adquiridos, evitando problemas futuros.
Conheça a Renault Há 15 anos no Brasil, a Renault está presente em 118 países nos cinco continentes, e tem mais de cem mil colaboradores em todo o mundo. Atualmente é a quinta maior montadora do país e possui uma rede comercial com mais de 260 pontos de venda. Em 2012 comercializou mais de 241.000 veículos, marcando presença em todo o território nacional. Com lugar garantido entre as montadoras mais premiadas e há 7 anos no TOP 3 de satisfação na pesquisa “Os eleitos” da 4 Rodas, a Renault está sempre aprimorando a qualidade não só de seus carros, mas também de seus serviços.
Carro importado? Embora a marca Renault seja francesa, a maioria dos carros comercializados no Brasil são fabricados aqui, em São José dos Pinhais, no Paraná. Portanto, esqueça a ideia de que esses carros são importados, e por isso sua manutenção é cara. De acordo com Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) que compara veículos de uma mesma categoria quanto à facilidade e o custo de seu reparo, a Renault ocupa as primeiras posições no ranking divulgado em dezembro de 2013, o Car Group, que é o índice de maior repercussão entre os produzidos pelo CESVI. São realizados crash-tests dianteiros e traseiros nos veículos analisados, os reparos necessários e uma avaliação individual das peças envolvidas. O resultado é uma classificação levando em conta os custos da reparação, os tempos de substituição e a cesta básica de peças.
Viviani France Completando um ano de sucesso em Jaú, a Viviani France faz parte do Grupo Viviani, fundado por Guido B Viviani. Uma empresa sólida, formada por oito concessionárias sendo quatro da bandeira Renault (Jaú, Bauru, Botucatu e Marília), três da Fiat (Rio Claro, Pirassununga e Porto Ferreira) e uma da Toyota (Araçatuba), além da loja multimarcas Guido Automóveis (duas, em Osasco) e outras empresas coligadas ao ramo de automóveis. Nas lojas do Grupo Viviani cada cliente é único, o atendimento é personalizado e realizado por equipe altamente qualificada, com conhecimento total sobre os produtos comercializados. Na ampla loja em Jaú o consumidor encontra o veículo que melhor atende às suas necessidades, garantia de três anos e as melhores soluções em serviços, com peças originais, testadas e rapidamente disponíveis, o que garante toda segurança na manutenção do seu carro. E quem tem um Renault sabe bem o que isso significa. As pessoas geralmente procuram um carro pensando apenas no momento da aquisição, mas na Viviani France o mais importante é a pós-venda. Para que, quando você pensar em trocar seu carro, pense novamente em um Renault.
“O atendimento acolhedor e profissionalismo dos funcionários da Viviani France faz a diferença para nós, clientes, que procuramos um automóvel que fará parte do nosso dia a dia” Satisfação total Primeiros clientes da Viviani France em Jaú, Mário André Izeppe, 46, advogado, e sua esposa Inajá Simionato Izeppe, 43, empresaria de moda, adquiriram um Renault Fluence Dynamique em 2013. E contam: “O que nos influenciou na escolha por um modelo Renalt foi o custo-benefício, a tecnologia de ponta, sua beleza e design. Na Viviani France, nossa gerente Silvana Andrade e sua equipe demonstram conhecimento e segurança, o que nos deixou bastante tranquilos. Além disso, o atendimento acolhedor e profissionalismo dos funcionários faz a diferença para nós, clientes, que procuramos um automóvel que fará parte do nosso dia a dia”. Mário e Inajá gostaram tanto que acabaram de fechar negócio com mais um Renault zero quilômetro.
Agora é a sua vez Realize seu sonho enquanto você tem prazer em dirigir e pode fazê-lo. Um Renault é aquele carro que vai lhe deixar feliz só de saber que ele está na sua garagem. Faça uma visita à Viviani France, conheça seus modelos e escolha com a certeza de que estará realizando um excelente negócio. Afinal, na Viviani France há bons negócios todos os dias, com credibilidade garantida e comprovada.
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Os sete compromissos Cada vez mais focada em conquistar a confiança com transparência, respeito e dedicação, as concessionárias Renault assumiram sete compromissos com os clientes: Praticar custos de manutenção competitivos, conforme revisão preço fechado; Propor test-drive em veículos disponíveis na concessionária; Informar o andamento do seu pedido até a entrega do veículo; Oferecer um ano de garantia para peças e serviços da oficina; Devolver seu veículo no prazo e preço combinados; Não cobrar os serviços que você não autorizou previamente; Responder seu contato via internet até o próximo dia útil.
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Varal
Fotos Leandro Carvalho
Ares Safira Semijoias
Território do Calçado Fone: (14) 3032.8485
Rua Lourenço Prado, 608 A Rua Major Prado, 390 Fone: (14) 3621.8549
Saint Flex
Rua Joaquim Ferraz Neto Fone: (14) 3416.1011 | 3416.1912
Gold Silver
Jaú Shopping Piso Térreo Fone: (14) 3416.1858 Revista Energia 33
Imagem: Reprodução Internet
Negócios
O seu imóvel está aqui A cidade de Jaú tem os preços de imóveis mais valorizados da região. Essa valorização fica bem acima da média, quando comparada a cidades do mesmo porte e até maiores como é o caso de Bauru, maior município do oeste paulista
C
Texto Heloiza Helena C Zanzotti
om o mercado imobiliário sempre aquecido e a demanda por financiamentos crescendo em velocidade recorde, a cada dia cresce o número de empreendimentos imobiliários em Jaú. De acordo com Eduardo Ângelo Pavanato, oficial substituto do 1º Cartório de Registros de Imóveis de Jaú, em 2013 foram realizados 5.449 registros imobiliários na cidade, que incluem transferências, doações, compra e venda. E a perspectiva é que o mercado imobiliário mantenha-se em alta nos próximos
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anos, devido a fatores como o crescimento da economia, aumento da renda familiar, baixas taxas de desemprego, elevado déficit habitacional, além dos eventos esportivos mundiais que movimentarão a economia no país.
Cenário favorável
Segundo Gabriel Fernandes de Areia, 24, (MBA em gestão de negócios imobiliários e da construção civil pela FGV), “2013 não foi um ano bom para os segmentos de cana e calçado. Ainda as-
sim o volume total de negócios no setor imobiliário foi 34% maior que em 2012. E as perspectivas são boas para 2014. Para quem souber investir, o retorno é garantido”. Além disso, a facilidade na obtenção do crédito, juros mais baixos, prazos mais longos e a estabilidade econômica do Brasil são fatores que estão estimulando uma parcela mais jovem ao financiamento habitacional. Os subsídios do governo, através de programas como o Minha Casa Minha Vida, que favorecem uma parcela mais carente da população, e onde o déficit habitacional está mais concentrado, também colabora para que tenhamos boas expectativas para os próximos anos.
Imobiliária Jaú: compromisso com o cliente
Neste cenário, a Imobiliária Jaú marca presença como uma empresa sólida, transmitindo segurança e credibilidade a quem deseja investir nesse mercado. Atuando há mais de 30 anos, firmou-se como uma das mais respeitadas e competentes imobiliárias da cidade e região. À frente dos negócios, Abílio Laranjeira Rodrigues de Areia, 72, e o filho Gabriel (acima mencionado), sabem que hoje o cliente busca agilidade, segurança e bom atendimento. Assim, trabalham com uma equipe qualificada, com excelentes profissionais em cada área. Na Imobiliária Jaú seu negócio é acompanhado de perto em todas as suas fases, incluindo consultoria e assessoria jurídica. Vendas, financiamento, consórcio, locação, avaliação, em todos os setores seu imóvel é cuidado por profissionais competentes e com total respeito ao cliente. Na hora de investir, adquirir ou locar seu imóvel procure a Imobiliária Jaú: tranquilidade para você, segurança para o seu negócio.
“As perspectivas no mercado imobiliário são boas para 2014. Para quem souber investir, o retorno é garantido”.
Gabriel Fernandes de Areia e Abílio Laranjeira Rodrigues de Areia
Equipe Imobiliária Jaú
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QuemfezJahu
Texto Heloiza Helena C. Zanzotti
Abílio Cesarino F
ilho do imigrante italiano Vito Nicola Cesarino e da brasileira Maria Augusta Amaral Cesarino, Abílio nasceu em Sapri, na Itália, em 22 de maio de 1914. Seu pai havia levado a esposa, grávida, para conhecer sua família na Itália e lá ela deu à luz. Antes de completar um ano, voltaram para o Brasil, mais precisamente para Jaú, onde a família possuía um armazém e uma propriedade rural. Em 1950 mudou-se com o irmão Sílvio para São Paulo, onde compraram uma fábrica de malas de couro e carteiras - a Manufatura Industrial de Artefatos de Couro Ltda. Em 1955 Abílio Cesarino conheceu Íbsen da Costa Manso, na época secretário do Tribunal Regional Eleitoral, que lhe sugeriu a criação de uma urna mais prática e segura para se depositar as cédulas de votação, uma vez que as urnas utilizadas até então eram caixas de madeira muito grandes para serem transportadas e fáceis de serem violadas. O Presidente da República Getúlio Vargas lança, então, um concurso nacional para a criação de uma urna que impedisse a fraude eleitoral, muito comum devido à precariedade das caixas que eram utilizadas nas votações. Durante dois meses Abílio fez vários modelos diferentes, até chegar ao modelo ideal: de lona com tampa móvel, fechada a chave; não havia como violá-la sem deixar vestígios; era dobrável e muito fácil de ser transportada. Entretanto, ele não conseguiu se inscrever a tempo na competição, que
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teve mais de dez mil protótipos inscritos. A urna vencedora foi uma de lona com zíper lateral, mas Abílio não desistiu e provou ao Secretário do TRE que o modelo vencedor poderia ser violado com facilidade. Convencido da falta de proteção da urna campeã, uma nova concorrência foi aberta e desta vez Abílio ganhou. Fabricou mais de cinco mil urnas e ofereceu-as gratuitamente ao governo, mas impôs duas condições: que 70 delas fossem mandadas para Jaú, e que a cidade fosse a primeira a usá-las em uma votação. O pedido foi aceito e todo o Brasil passou a adotar sua urna de lona, usada pela primeira vez na eleição presidencial de 1955, com a vitória de Juscelino Kubitschek de Oliveira. A empresa de Abílio chegou a fabricar 100 mil urnas eleitorais para o Brasil até 1976, quando ele se aposentou e passou o direito de uso da patente para o TSE. Vários países copiaram aquela urna de lona, ainda em uso mundo afora. Em uma entrevista publicada na Folha de São Paulo de 3 de Outubro de 1994, Abílio Cesarino afirma: “A urna eleitoral é o lugar onde milhões de brasileiros depositam as suas esperanças de um país melhor. Eu ajudei a alimentar esse sonho”. Em 1998 foi criada a urna eletrônica, a substituta do invento de Abílio. Em 24 de abril de 1.998 ele recebeu a Medalha de Mérito Comandante João Ribeiro de Barros, por sua contribuição à Pátria. Presidente honorário da Fundação Amaral Carvalho, foi nesse cargo que veio a falecer em 30 de dezembro de 2002, de causas naturais, aos 88 anos. Abílio Cesarino está enterrado no Cemitério Municipal de Jahu..
Look de artista
Ela veste camisa e short Dudalina, acessórios Dona onça | Ele veste camisa e calça Dudalina, nos pés um democarta
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Look de artista
Ela veste camisa e short Dudalina, acessรณrios Dona onรงa | Ele veste camisa e calรงa Dudalina
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Fotografia Leandro Carvalho | Modelos Karina Godoy e Paulo Arruda | Beleza Sim Beauty Salon | Style Vestylle Megastore | Acessórios Dona Onça
Look de artista
Ela veste camisa e calça Dudalina, acessórios Dona onça | Ele veste camisa e calça Dudalina
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Esperança
vidas
Reciclando
Há 24 anos um projeto foi idealizado para dar oportunidade a pessoas menos favorecidas. Com o tempo ele sofreu modificações e vidas foram transformadas
Texto Tamara Urias | Fotos Leandro Carvalho
O
termo reciclar visa a modificar materiais usados em novos produtos, objetivando sua reutilização. O que poderia demorar anos para se decompor é transformado, ajudando na preservação do meio ambiente. Mas, se você acha que a importância deste processo para por aí, engana-se. O ato pode mudar uma vida, como você poderá observar a seguir. Tudo começou em 1990, a partir de um projeto denominado Luxo do lixo, idealizado com base em um modelo desenvolvido pela Fazenda Esperança, em Guaratinguetá, que trabalha na
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recuperação de ex-dependentes químicos. Na época o então Cônego Francisco José Zugliani, acompanhado de um grupo de jovens da cidade, trouxe o modelo do projeto para ser adaptado à Jaú. Em um terreno da Mitra Diocesana de São Carlos instalou-se o projeto, de maneira modesta e bem artesanal. A primeira aquisição foi uma prensa usada, mas com o tempo e o aumento do volume foram necessários outros equipamentos. Observando o panorama, Dom Francisco se deslocou até a Diocese de São Carlos e cadastrou a Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio de Jaú na cáritas regional, que por sua vez se tornou parceira do
Ant么nio Francisco Maciel dos Anjos
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A cidade tem muito lixo reciclĂĄvel, e se vocĂŞ coloca uma garrafa pet na lixeira, dificilmente o lixeiro leva, por isso as pessoas nos ajudam e ajudam o meio ambiente trazendo este material para cĂĄ
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projeto. O FAC (Fraterno Auxílio Cristão), entidade da igreja católica de Jaú que assumiu algumas responsabilidades no início, até hoje funciona como parceiro apoiador. O projeto foi tomando corpo e durante quatro anos seguidos, já com um caminhão próprio, o grupo realizou a coleta seletiva na capital do calçado feminino. O programa chegou a ter 27 funcionários, sempre pessoas excluídas do mercado de trabalho e, portanto, da sociedade. Porém, com a instabilidade da economia e para sobreviver, o modelo inicial foi adaptado e se transformou na Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reciclável de Jaú (Acap). A instituição trouxe inúmeros ganhos sociais e ambientais para a cidade. A associação conseguiu levar segurança e confiabilidade ao grupo, e suas metas e melhorias se resumem em tornar a associação mais forte, possibilitando uma melhora financeira na vida daqueles que um dia foram excluídos, e também ampliar a consciência da população, de empresários e do poder público, ao mostrar que o planeta pede socorro e que a nossa própria vida que está em jogo.
E agora?
Segundo dados coletados com os catadores, mensalmente a associação tira das ruas de Jaú aproximadamente quarenta toneladas de material. Muitas empresas, conscientes da importância do trabalho desses homens, separam o lixo orgânico do reciclável, e é dali que os 15 associados ativos tiram o seu sustento. Era uma sexta-feira quente e normal para a grande maioria dos seres humanos, a não ser para os associados da Acap, pois
a partir daquele dia, o órgão que um dia estendeu a mão e os ajudou na modificação do panorama, tinha fechado seus portões por dificuldades em se manter com os repasses recebidos. A reportagem aguardava na recepção o catador, e até então presidente da associação, Antônio Francisco Maciel dos Anjos, 45, que chega um pouco tímido. Maciel dos Anjos é maranhense e veio para o estado de São Paulo para trabalhar. Durante um bom período, seu recurso financeiro vinha da lavoura. Diante da necessidade, tornou-se um catador de papelão, e isso já faz 15 anos. Por causa do zelo e da posição assumida, atualmente ele é o primeiro a chegar ao local e o último a sair. Ali ele também faz suas refeições com qualidade e por uma pequena quantia. “Nós pagamos R$ 2,00 por refeição, agora me diz, aonde se consegue comer com este valor?” Ao ser questionado sobre o que ele espera do futuro, o maranhense tira o chapéu de palha com uma mão e com a outra coça o couro cabeludo, como se tentasse buscar uma solução. “Aqui temos muitas pessoas que não conseguem mais serviço no mercado, e me corta o coração ver tudo isso tudo acabar. Com o material que temos, mesmo com os portões fechados, trabalharemos mais 45 dias, mas eu fico me questionando: será que não tem saída? Será que não existe outra forma para resolver?”.
Traços de realidade A expressão “o trabalho dignifica o homem” encontra explicação na psicologia, que ressalta que o exercício é grande influenciador na realização humana. Ele é indispensável não
Cleuza Baltieca
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Silvana Oliveira
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apenas para o respaldo financeiro, mas para a dignidade da vida. Também consiste na realização pessoal, no sentir-se útil diante de todo o universo. Além do que manifesta uma energia modificadora, ou melhor, transformadora da natureza e do próprio ser humano. Ou seja, ter um ofício é de extrema importância para a saúde e bem-estar de uma pessoa. E quando este trabalhador é impedido de exercer suas atividades é como se tirassem a sua dignidade e capacidade de ser feliz. Silvana Aparecida Avelino de Oliveira, 47, conta que começou cedo a pegar no batente. Seu primeiro trabalho foi na roça, depois passou pelas profissões de empregada doméstica, calçadista e há quase nove anos seu ganha-pão vem do lixo reciclável. Ela tem quatro filhos que já estão criados, mas mora em uma casa de aluguel com o marido, que trabalha de motorista em uma usina da região. A renda da família melhorou depois que ela ingressou na associação, tanto que com a ajuda do seu salário conseguiu comprar o seu “carrinho”, uma geladeira com freezer e uma TV de 40 polegadas. “Eu dependo deste salário, mas sou mais nova e tenho mais vitalidade que muitos aqui. Mas, me diz, como ficarão as pessoas que têm mais de 60 anos e precisam deste salário?” Silvana trabalha diariamente, não tem feriado e muito menos preguiça. Nos finais de semana ela é a responsável por recolher o lixo que alguns moradores depositam em frente à associação. Ela ressalta que é portadora de diabete e quando a taxa de glicose está alta, ela pode ficar em casa sem correr o risco de perder o trabalho. Mesmo diante das dificuldades e de um futuro duvidoso, Silvana sonha em conseguir sua casa própria. Há três anos Joana Lúcia Marcelino, 56, engatou na associação após o seu negócio fracassar. Como precisava de renda para sus-
Joana Lúcia Marcelino e João Luiz Camargo
tentar a casa, colocou um carrinho na rua e saiu recolhendo lixo reciclável. Após um tempo, encontrou Silvana que lhe fez um convite. “Foi ela quem me trouxe aqui e fui recebida de braços abertos. Hoje eu trabalho aqui dentro, fazendo a separação”. Além de separar o reciclável, eles precisam manter o local em ordem, por isso juntam o lixo orgânico em bags (sacos grandes) e os colocam num canto, para depois o caminhão passar e recolher. “Temos que manter a higiene e limpeza do local, porque se acumular, junta insetos e bichos, e nós temos vizinhos, não podemos gerar transtornos”. Segundo ela, ainda não deu para conquistar tantas coisas como a amiga, mas o mais importante acontece: ter o suficiente para viver. Enquanto observava o local, uma senhora me chama a atenção. Seu nome é Cleuza Baltieca, 62. Há 10 anos seu companheiro diário é um carrinho que ela usa para transportar o material do portão da associação até a ponta do outro lado do terreno, onde se faz a separação do material. “Sabe, menina, nós somos guerreiras. Você está vendo esta subidinha? Diariamente faço em torno de 10 a 15 viagens com o carrinho de coleta, que vazio pesa 50 kg e cheio chega a 200 kg”. Sua vida nem sempre foi fácil. Cleuza trabalhou uma boa parte da juventude em uma usina e quando saiu, fazia bicos. Por isso não recolheu o INSS e o resultado é que ainda não conseguiu a tão esperada aposentadoria. Seu maior desejo é ter saúde e força para continuar trabalhando. Sabe por quê? Ela tem problema de coração, coluna e rim, além da pressão alta; também já fez dois cateterismos e enfartou duas vezes. Em meio ao sol forte, Cleuza conta que não consegue ficar em casa, uma
porque o trabalho lhe faz bem, dá utilidade à sua vida, e outra porque o seu sustento sai de lá. Força de vontade é que não falta ali. Há 20 anos, diariamente, o aposentado Pedro Devides, 61, prensa aproximadamente oito fardos de material, que varia entre papelão, garrafa pet e caixa de leite, que pesa aproximadamente 200 kg cada um. O material é prensado, porque só assim as empresas compram o produto e ele é o único apto a fazer isso. Ele recebe a aposentadoria, mas o valor se torna baixo diante do alto custo dos alimentos e remédios. Com o salário dali já conquistou a tão sonhada casa própria e ainda ajuda financeiramente a mãe. Ao ser questionado sobre o que fará daqui para frente, ele é enfático: “Aguardar uma luz, mas se não houver jeito, vou torcer para alguém me conceder um bico, pois ficar sem trabalhar não dá”.
Novidade
De acordo com informações coletadas pouco antes do fechamento desta edição, a Prefeitura Municipal de Jahu alugou um barracão para realizar o serviço e manter a coleta seletiva na cidade. O imóvel fica no Jardim Cila de Lucio Bauab, e deve iniciar as atividades em breve. Segundo o secretário Municipal de Meio Ambiente, Elísio Eduardo Abussamra, uma nova entidade será constituída e ainda existe a possibilidade de parte do material reciclável recolhido ser repassado para algumas entidades assistenciais, para que elas possam vender e gerar renda. “Sete associados da Acap já estão conosco para iniciar esta nova atividade, e pelo fato do local ser muito maior que o espaço que a Acap ocupava, provavelmente conseguiremos ampliar o trabalho”, finaliza. Revista Energia 47
Bate-bola
Esporte para uns, diversão para outros, a verdade é que a sinuca é um importante meio de socialização Texto Matheus Raulli Foto Leandro Carvalho
Rafael Capobianco
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la surgiu como billard, virou snooker, mas quando chegou à Terra dos Papagaios foi aportuguesada como sinuca. Você pode jogar no estilo bilhar americano, mata-mata, carambola, bola oito, bola nove ou até quem fizer mais pontos ganha, mas uma coisa é certa: junte um taco, seis caçapas e algumas bolas e você terá diversão para mais de hora. A história conta que o billard ou bilhar surgiu na França, em 1469, mas foi na Inglaterra que o jogo se popularizou e acabou tomando uma nova cara. A história do termo snooker começou na segunda metade do século XX, mais precisamente em 1875. Enganam-se aqueles que associam o início da sinuca à boemia, onde ela acabou se popularizando; a sinuca surgiu dentro do exército. O termo snooker começou a ser usados pelos militares ingleses que atuavam em Jabalpur, na Índia. Tudo começou em uma partida de bilhar entre o Coronel Sir Neville Chamberlein, que estava jogando contra um cadete. O cadete falhou em sua jogada e foi chamado de snooker pelo Coronel. Nesse momento, o termo acabou ficando associado ao esporte, pois os jogadores mais inexperientes eram chamados de snookers.
Primeiras Tacadas
Existem diversos motivos que levam uma pessoa a iniciar sua vida na sinuca, mesmo que seja apenas como um passatempo. No caso de João Gabriel Falcade, estudante de jornalismo e entusiasta do esporte, a sinuca veio de berço. “Desde pequeno viajo bastante com meus pais e durante esses passeios me habituei a ver meu pai jogando sinuca. Meu pai foi meu professor e até hoje passa boas dicas para mim”. Se para João Gabriel a sinuca passou de pai para filho, para o estudante de biologia, Rafael Capobianco, o interesse pela sinuca surgiu por causa da curiosidade. “Sinuca é um jogo agradável quando se está com os amigos, foi por isso que me interessei. Aprendi as regras e como jogar, basicamente olhando e perguntando para outras pessoas que jogavam, então fui começando a jogar no clube ou em bares”.
Esporte, sim senhor
Muitos encaram a sinuca como um simples passatempo, porém, a sinuca é reconhecida como esporte desde 1988. Inclusive, a sinuca esteve presente nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, mas sem que houvesse a disputa de medalhas, pois entrou como esporte de exibição. Apesar de ser reconhecida como esporte há pouco mais de 25 anos, os torneios mundiais de sinuca são organizados desde 1927. O maior destaque dos campeonatos mundiais é o inglês Joe Davis, que ganhou 15 títulos de forma consecutiva entre 1927 e 1940 e depois em 1946, já que entre 1941 e 1945 os campeonatos foram suspensos por causa da Segunda Guerra Mundial. O atual campeão mundial é o também inglês Ronnie O’Sullivan, que garantiu o pentacampeonato em 2013.
Sinuca em verde e amarelo
O nome mais famoso da sinuca no país é o baiano radicado em São Paulo, Rui Matos de Amorim, mais conhecido como Rui Chapéu, que teve como feito notável a vitória sobre o inglês Steve Davis, que fora campeão mundial entre 1986 e 1987. Rui largou a vida de caminhoneiro para dedicar-se unicamente à si-
nuca entre as décadas de 1980 e 1990. Ele ficou famoso por dar aulas nas tarde de domingo que eram transmitidas pelo canal Bandeirantes, o que gerou um grande interesse pela população. Prova disso é que, segundo uma pesquisa, todo homem brasileiro jogou ou jogará sinuca ao menos uma vez em sua vida. Hoje, o grande (grande mesmo) nome da sinuca nacional é Igor Figueiredo, que com seus 1,91 de altura e 115 quilos colocaria medo em qualquer lutador de MMA, mas seu ringue é uma mesa com seis caçapas. Vencedor de 4 títulos brasileiro de sinuca, Igor foi o único brasileiro a participar do Main Tour, um circuito internacional restrito aos 100 melhores jogadores de sinuca do mundo.
“Jogar sinuca pode substituir uma caminhada e também ajuda no aumento da coordenação motora e da flexibilidade” A Física Explica
Pode não parecer, mas todo jogador de sinuca é um grande físico intuitivo; até mesmo aquele que nunca viu uma aula de física na vida tem esse feeling. Apesar de ser necessária uma pitada de sorte, cada tacada pode ser explicada através de conceitos da física e de geometria espacial, por mais complicado que isso pareça. O ato de bater na bola branca com uma determinada força vai fazer com que ela acerte seu alvo com a mesma intensidade e acabe sendo repelida. Isso nada mais é que a Lei de Ação e Reação, proposta do Sir Isaac Newton. Outra situação que a física explica é a necessidade de um taco como objeto de impulsão para a bola. A força para mover a bola pode ser calculada pelo golpe aplicado pelo taco através do cálculo de Trabalho. A geometria também ajuda em uma taca certeira. Lembra-se das aulas de matemática que você ignorava? Se você tivesse prestado atenção ia ser muito melhor em sinuca, isso eu garanto. Segundo Falcade, “as aulas de ângulo que a professora da quinta série nos dava pode ajudar bastante na hora do jogo. São coisas básicas, mas uma boa noção espacial e geométrica facilita bem na hora da sua jogada”. Capobianco segue a mesma linha e complementa “Pitágoras (do Teorema de Pitágoras) é um grande parceiro em muitas jogadas tabeladas”.
Para deixar o coração feliz
Pode não parecer, mas jogar sinuca pode substituir uma caminhada. Um jogo profissional de sinuca dura em média 70 minutos e o vai pra lá, vem pra cá que acontece em volta da mesa para se chegar à melhor opção de tacada pode chegar à marca de 3,5 km percorridos pelos atletas. A sinuca também ajuda no aumento da coordenação motora e da flexibilidade. Mas, sem sombra de dúvidas, o maior benefício que a sinuca traz é a sociabilidade. Capobianco segue essa linha para jogar sinuca: “Brinquem muito, não importa que erre a bola branca ou que a derrube da mesa. É treinando que se adquire experiência”. Depois desse texto só me resta perguntar uma coisa: “Vamos jogar?”
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Escolha certa
Calf na
Moda Mix de estampas, eu quero!
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e você gosta de cores vivas e uma boa dose de estampas, deve estar adorando a moda desta estação. A variedade é grande: florais, tropicais, animal print, paisley e étnicas, sob fundo claro ou escuro estarão em vestidos, shorts, saias e até nas calças clássicas, dando um ar mais descolado. Desenhos tropicais misturados com outras estampas, e muitas vezes até sobrepostas, criando um efeito de colagem fazem a cabeça, ou melhor, assinam o corpo da mulher moderna. Os amarelos intensos, azul Klein, verde bandeira e o coral fazem sucesso e dominam a estação. Mas, lembre-se: nada de exageros. Com tanta informação, a dica é combinar complementos discretos ou cores próximas, para gerar um ar de sofisticação.
Modelo: Juliana Chaves Garcia Cabelo e make: Studio Fashion Jaú Roupas e acessórios: Calf Modas Fotos: Leandro Carvalho
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Fitness
Por Marcelo Macedo “Tchelinho”
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Já pensou em usar uma corda de amarrar navio ao porto para se exercitar?
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sso mesmo! Esse tipo de atividade física é conhecido como Rope Training, e foi criado pelo Americano John Brookfield. Essa nova modalidade baseia-se nos movimentos ondulatórios das cordas para criar uma desafiadora forma de condicionamento físico. É uma poderosa ferramenta de puro treino funcional, onde os resultados principais são ganho de força, resistência, potência e principalmente a queima de calorias. Bastante atraente pelo perfil dinâmico e motivador, os exercícios em sua maioria são baseados em movimentos rápidos, alternados, simultâneos e em múltiplas direções, que promovem ondulações que são propagadas através das cordas, devendo ser mantidas o tempo todo. Essas ondulações ativam diversos grupos musculares e os mais exigidos são os músculos dos membros superiores, região dorsal e o core. A corda utilizada pode ser de sisal, polietileno ou algodão. Ela pode ter três tamanhos básicos: 9, 12 ou 15 metros, com
espessura de 1,5 a 2 polegadas, chegando a pesar até 30 kg variando o tamanho, o peso e a polegada de acordo com o condicionamento de cada aluno.
Rope Training: ganho de força, resistência, potência e principalmente queima de calorias Apesar de ser muito utilizado por praticantes de lutas, o treino com cordas tem conquistado um público bastante variado, principalmente de mulheres, pois tem se observado uma grande melhora das capacidades aeróbias e anaeróbias dos praticantes. Sem contraindicações, essa atividade pode ser desenvolvida por qualquer pessoa sob a orientação de um profissional especializado, uma vez que é preciso respeitar algumas técnicas para não colocar em risco a segurança do aluno.
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Fotos: Murilo Pirikito | Jaú na balada
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Promoção Natal Motorizado
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1. Aláelia Bassan e Sueleni Miranda 2. Aláelia Bassan, Sueleni Miranda e Larissa Fernanda Miranda Geronimo 3. Sueleni Miranda e Larissa Fernanda Miranda Geronimo
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Fotos: Arquivo pessoal
No dia 7 de Janeiro aconteceu o tão esperado sorteio para os participantes da promoção Natal Motorizado Óticas Precisão. O momento contou com a presença da locutora Mirella Morais, que anunciou em primeira mão aos ouvintes da Rádio Energia o nome da ganhadora: Suelini Miranda. As Óticas Precisão agradecem a todos os clientes pela confiança.
Um arraso! Os belíssimos modelos apresentados no Look de artista são sempre muito solicitados e esperados por nossos leitores. Por trás das belíssimas imagens, há toda uma produção. Agradecemos ao Sim Beaty Salon e à Dona Onça Joias que neste mês enriqueceram ainda mais a editoria.
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Foto: Divulgação
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Destaque Nacional A modelo jauense Camila de Bem, que tem feito várias campanhas por todo Brasil, pode agora ser vista nas telinhas, no comercial de uma grande marca. Camila garante à RE que vem mais coisas por aí.
Felicidades ao casal A noite do dia 18 de janeiro ficará para sempre na vida da nossa amiga e colega de trabalho Milene Perez e do Kleber Vicaro. A troca de alianças foi marcada pela emoção que contagiou todos os presentes. Após a cerimônia, os convidados se direcionaram para uma deliciosa festa que se estendeu por toda a madrugada.
Aproveite o Verão
Foto: Arquivo pessoal
A equipe da Igui Piscinas convida você para conhecer sua linha de piscinas e acessórios, e aproveitar o que o verão tem de melhor: lazer!
Foto: Fotoshow
Cássio Hencke, Mário Gildo, e Ezequiel Gimenez.
Fotos: Jairon Momesso
Um novo salão, uma nova festa!
Sempre pensando no melhor para seus amigos e parceiros, a Algazarra Eventos iniciou o ano cheia de novidades, apresentando um novo conceito. O ambiente amplo foi totalmente remodelado, coberto e climatizado, sendo uma das pioneiras no assunto. Novas opções de brinquedos também foram adquiridas. A Algazarra Eventos é o local ideal para a sua festa, agende uma visita!
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Fotos: Divulgação
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Revista Energia Para iniciar o ano em grande estilo a Revista Energia de janeiro, além de ser entregue no Jaú Shopping, contou com uma ação especial. Modelos da Corpo Ideal, junto com a equipe de promoções da Rádio Energia, percorreram as principais academias da cidade divulgando a RE e presenteando os esportistas com brindes.
Leonardo Farinha, Nádia e Pedro de Chico Moreli, modelos da equipe Corpo Ideal.
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Equipe Corpo Ideal na academia Master Fitness
Fone: (14) 98128.1900 Fan Page: Erica Modolo Acessórios 60 Revista Energia
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Equipe Corpo Ideal na academia Personal
Vinhos Por Brenda Ruffo
O Envelhecimento
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vinho
do
correto afirmar que todo vinho melhora com a idade? Qual é a forma de armazenamento correta para o envelhecimento? Existe uma temperatura ideal para prolongar o “tempo de vida” de um vinho? Essas são questões que vamos esclarecer nesta edição. Apesar da bem conhecida a frase que diz: “Todo o vinho melhora com a idade”, são poucos os vinhos que realmente têm a capacidade de melhorar significativamente com a idade. Em geral, os vinhos com baixo pH como Pinot Noir e Sangiovese têm uma maior capacidade de envelhecimento. Com os vinhos tintos, um nível elevado de compostos aromáticos tais como compostos fenólicos, principalmente taninos, aumentará a probabilidade de que um vinho envelheça. Entre aqueles com altos níveis de fenóis, incluem as cepas Cabernet Sauvignon, Syrah e Nebbiolo. Com a queda dos taninos, o vinho fica mais “macio” e aveludado à boca. Também durante o envelhecimento ocorrem reações que originam aromas mais complexos e agradáveis. O vinho na garrafa está em total ausência de oxigênio, pois no engarrafamento é retirado todo o ar e, portanto, as reações
benéficas, mencionadas anteriormente, ocorrem na ausência de ar e são denominadas “reações de redução”. Em presença prolongada com o oxigênio do ar ocorrem as “reações de oxidação” que têm efeito oposto, degradando o vinho. Elas originam os acetaldeídos, substâncias de aromas e sabores desagradáveis. Estes, quando oxidados, originam o conhecido vinagre, que combinado com o álcool do vinho forma o etil-acetato, substância mais azeda e mais desagradável ainda. Para garantir a durabilidade de um vinho especial, a garrafa deve ser mantida deitada, de modo a encharcar a rolha que se dilata e impede a entrada do ar exterior; se guardada em pé, a rolha resseca, sofre retração e permite a entrada de ar. A temperatura do local de armazenagem deve ficar 12 e 18 graus centígrados, pois acima desses valores vai acelerar as reações químicas cuja velocidade, segundo um princípio da química, dobra a cada aumento de 10 graus. Temperaturas acima de 30 graus são bastante nocivas à estrutura do vinho, especialmente ao frescor e aos aromas. Além disso, a temperatura deve ser constante, pois oscilações levam a expansões e retrações contínuas no volume do vinho, da rolha e até mesmo do vidro da garrafa.
guia da gula
guia gastronômico
Foto: Divulgação
sabores para todos os paladares
Sodiê Com uma grande variedade de bolos e tortas, a Sodiê Doces somente utiliza ingredientes de alta qualidade na confecção de seus produtos. Além disso, oferece a versão zero açúcar e itens para pessoas com alergia à lactose, glúten e ovo. Este mês, quem estampa nossas páginas é o Dom Sodiê, feito com base de pão de ló, recheio de trufa branca, geleia de damasco, baba de moça, suspiros e crocante de amendoim ou castanha de caju, cobertura de marshmallow, suspiros, crocante de amendoim ou castanha de caju e cerejas.
Fotos: Leandro Carvalho
Foto: Leandro Carvalho
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Duciana O bolo prestígio, apresentado nesta edição, além de ser uma verdadeira tentação, é a combinação perfeita para aquela tarde de verão. A Duciana oferece, além de um ambiente acolhedor e atendimento personalizado, um cardápio amplo e diversificado para você organizar a sua festa. O horário de atendimento é de segunda a sábado das 8h às 18h. Venha saborear os mais deliciosos bolos e tortas. Rua Quintino Bocaiúva, 462 – Centro – Jaú – SP (14) 99730.9630
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Foto: Leandro Carvalho
Vienense Com produtos à pronta entrega, bom atendimento, agilidade e qualidade, a Padaria Vienense atende das 7h às 23h durante a semana e das 7h às 22h aos domingos e feriados. Com localização estratégica e ambiente climatizado, lá é possível encontrar tortas, pães, salgados, doces, lanches, sucos, cervejas nacionais e importadas, e muito mais. Nesta edição, pedaços de bolos e as mini tortinhas, objetos de desejo e de dar água na boca! Rua Tenente Lopes 266 – Centro – Jaú – SP (14) 3621.6003
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vida
Boa
Por João Baptista Andrade
ão tem nada a ver com Dostoievsky, nem com as punições de infância. Dona Célia (aquela santa) nunca foi adepta de me colocar de castigo. Provavelmente porque tal prática era pouco eficaz no meu caso. Quando me mandavam para o quarto “ficar de castigo” eu pegava um bom livro e tirava uma tarde de folga. Acho que foi por isso que ela, costumeiramente, preferiu o chinelo. Muito mais objetivo e eficaz. O castigo a que me refiro no título acontece quando você está velejando e precisa esperar o mau tempo passar para poder seguir a viagem. Abaixo do paralelo 50, a previsão meteorológica é a primeira obsessão de qualquer velejador. Saber de antemão o que pode vir a acontecer é fundamental para o seu conforto. Muitas vezes, até mesmo para a sua sobrevivência naquelas plagas. Na Patagônia existem centenas (talvez milhares) de ancoradouros protegidos dos ventos predominantes de um ou mais quadrantes da bússola. Geralmente nesses momentos de ancoragem o povo sai para dar uma voltinha a pé. As pernas sofrem muito numa viagem à vela, então é bom respirar um pouco, curtir o visual e a natureza. Mas pode acontecer de você precisar abrigar o barco e o mau tempo o alcançar do mesmo jeito. Aí você fica confinado no veleiro: “de castigo”. Não há como sair e isso desperta os desejos gastronômicos mais estranhos. Olhando o meu último caderno de viagem (sim, eu tomo notas durante uma viagem) encontrei um típico dia de castigo em Caleta Cluedo (Chile) em janeiro passado, pouco abaixo do Estreito de Magalhães. Em menos de dezoito horas nevou (sim, no extremo sul da Patagônia neva também no verão) seis vezes; e entre uma nevada e outra apareceu o sol num céu azul maravilhoso. E o que fizemos nós, diante da impossibilidade de sair? Conversamos. Nada de Facebook ou WhatsApp. Nós simplesmente nos sentamos e ficamos batendo papo. E a conversa foi tão boa que dava até pena ir dormir. Quem tem água salgada nas veias, que é filho do vento, costuma ser bom de prosa. E assim foram chegando, por meio das nossas conversas, vários amigos queridos e ausentes naquele momento. Também vieram histórias de outras velejadas em diferentes partes do mundo. Virava e mexia surgia uma controvérsia qualquer. (Como era o nome daquele canal, baía, ilha, cabo ou península? Que fim levou fulano e beltrano? Você estava naquela viagem para o Alaska, Caribe ou Indonésia?). E assim o bate-papo foi sendo alimentado; cada tema ou lembrança funcionava como acrescentar um pedaço de lenha na fogueira emocional que a todos nós aquecia o espírito. 64 Revista Energia
Mas saco vazio não para em pé, como se diz lá na minha terra. Então, vez por outra alguém se levantava para preparar uma besteira qualquer. Algo para acompanhar o vinho ou a cerveja de cada um. Nesse dia específico (eu fui conferir as minhas anotações) nós comemos pitus cozidos, uma tigela de guacamole com torradas, um pote de pasta de queijo (para terminar as torradas que sobraram), uma massa só com molho de tomates e queijo parmesão, fois gras, pepinos em conserva, sopa de legumes, torta de maçã com canela e uma barra de chocolate com grânulos de sal marinho (se ainda não comeu, corra e vá experimentar porque é muito bom). Muito lânguida e tranquilamente as horas foram passando enquanto nós quatro (mais do que cinquentões) ficávamos de prosa. Cada um oferecendo a sua contribuição (culinária ou afetiva) para fazer o relógio andar enquanto a neve caía lá fora. Um a um, ao seu devido tempo, deu as boas noites aos demais e foi para o seu canto. Fui para o meu beliche sorrindo e lembrando-se da minha infância. Fiquei com vontade de comer uma bolacha (eu sei que o correto é biscoito, mas eu falava bolacha quando era criança) da marca Trakinas (lembra?). Não, eu não estou fazendo merchandising, apenas mostrando a minha vontade de voltar no tempo. Colocar alguém para ficar de castigo também pode ser uma forma de amor? Se isso for verdade, até chegar a hora de eu escrever para edição seguinte da Revista Energia quem me ama deixará que eu saia do castigo. Ou não. Até a próxima.
Foto: Divulgação
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Comida e Castigo
Beleza
Fios saudáveis no
verão
O período exige cuidados redobrados. Fique atento às dicas e tenha um cabelo de dar inveja em qualquer estação Texto Tamara Urias Foto Leandro Carvalho
A
Modelo: Mayara Campanhã
h, o verão! Todos querem aproveitar o mar, o sol e a piscina. Por esta razão, neste período os fios, quando desprotegidos, ficam muito prejudicados. O excesso de exposição aos raios solares causa a perda de água e proteínas, e como consequência os cabelos apresentam fios desbotados, ressecados e até com aquelas indesejáveis pontas duplas. Para que isso não aconteça é preciso redobrar os cuidados, principalmente com as madeixas loiras. O cabeleireiro Fábio Fornarolli, do Studio Fashion Tendências, ensina algumas dicas para manter os fios saudáveis em casa ou em um profissional competente.
Sempre saudáveis • Quem tem o cabelo loiro, fique atento: ao entrar na piscina é necessário redobrar a atenção, pois o cloro pode mudar a tonalidade de suas mechas deixando-as verdes. Por isso a dica é lavar os cabelos antes de entrar na água, quando sair passe um leave-in com protetor UV e prenda os cabelos; • Enxágue os cabelos após sair do mar ou da piscina. Este cuidado evita que o sal da água do mar e os produtos usados para o tratamento da água da piscina, como o cloro, fiquem acumulados danificando os fios; • Mantenha os cabelos e o couro cabeludo sempre limpos. No verão, o suor, o calor e a umidade podem facilitar problemas como a seborreia e a caspa; • O sol forte da estação instiga cuidados redobrados, por isso, opte por cremes com fator de proteção solar. O ideal é aplicar o produto nos fios secos ou úmidos, antes e depois de se expor ao sol. O cabeleireiro Fábio Fornarolli indica dois produtos: Hydrativit Oceanhair e Hair´s Leave in Ação UV;
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• Faça hidratações regulares, o recomendado é ter um bom creme em casa ou ir ao salão para a manutenção semanal. O cabeleireiro recomenda o Hair’s máscara impact 3 min. ou um horário no Studio Fashion Tendências, e lembra que o cuidado reflete nos fios, que dará o aspecto de cabelo hidratado e com brilho. Revista Energia 65
Legislação
Fim dos testes em animais Projeto de Ricardo Izar legaliza uso de tecido humano em pesquisas
Texto Ricardo Izar |Colaboração Luís Filipe Nazar
O
famigerado caso do Instituto Royal, que foi invadido por manifestantes para retirar os animais que eram submetidos a testes, foi o ponto de partida para a discussão dos testes em animais, principalmente para a produção de cosméticos. Com a intenção de acabar com esses testes feitos em animais, apresentei o Projeto de Lei 6.800/13, que permite a utilização de tecidos humanos na realização de pesquisas para desenvolvimento de cosméticos. Durante uma reunião com o Ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, que lembrou que a legislação brasileira proíbe a comercialização e utilização de tecidos sintéticos derivados do humano e o próprio tecido humano para esse fim, a ideia começou a tomar corpo, anunciando o que pode ser uma revolução na indústria cosmética no Brasil. O Brasil está atrasado nesse aspecto, não apenas no âmbito moral, já que testes em animais é uma prática odiosa, mas também em relação às legislações de outros países. O fato de ainda utilizamos os animais em testes para cosméticos e materiais de limpeza restringe o mercado dos produtos 66 Revista Energia
brasileiros, uma vez que países da Europa, por exemplo, não os consomem por não concordarem ou não permitirem esse tipo de teste. Essa nossa proposta colabora, ainda, para o desenvolvimento científico, pois exige o desenvolvimento de novas tecnologias, o que é ótimo para o nosso país. O projeto possibilita que os testes sejam feitos utilizando-se sobras de cirurgias de lipoaspiração, abdominoplastia, fimose, dentre outras. Pessoas que vierem a óbito também poderão doar, assim como já acontece com os órgãos, obviamente se pessoa concordar, em vida, com a doação do tecido para testes científicos. É abundante o descarte de tecido epitelial humano (isto é, epiderme, derme, hipoderme, glândulas diversas e tecido conjuntivo associado) resultante de cirurgias plásticas realizadas em centros hospitalares. Epitélios mamários, abdominais ou genitais são as principais fontes de extração tecidual. O destino final desse material biológico de gente viva é, invariavelmente, seu descarte como lixo hospitalar e incineração. Resulta hoje uma prática já estabelecida pela comunidade científica internacional a reconstituição de porções de pele humana e seu uso como substrato para testes de avaliação
Fotos: divulgação
dos possíveis efeitos corrosivos e/ou irritantes de substâncias químicas, cosméticas e farmacêuticas diversas. São chamadas de “Pele humana Reconstituída”. O desenvolvimento dessa pele tornou-se importante, possível e imperativa, pois tem capacidade de reproduzir e reconstituir com precisão as propriedades bioquímicas e fisiológicas, normalmente observadas nas camadas superficiais da pele humana; proporciona maior eficiência na avaliação do comportamento de substâncias-teste sobre peles humanas, quando comparado aos resultados obtidos em testes realizados em epidermes de animais não-humanos; atende à determinação do Parlamento Europeu de março de 2013, que proíbe a realização de testes animais na cosmética, a comercialização de produtos cosméticos finais e seus ingredientes testados em animais. E, ainda, não por um motivo menos importante, a eliminação de cruéis, dolorosos e invasivos protocolos experimentais a que são expostos animais não humanos como coelhos, ratos e porquinhos da Índia, entre outros. Uma vez que experimentos com porções desse tipo de pele visam a avaliar a produção de danos visíveis irreversíveis (como a necrose) na pele colocada em contato com substâncias-teste potencialmente lesivas, o atual estado da técnica permite dizer hoje que testes realizados com pele humana apresentam maior confiabilidade, precisão e rapidez, quando comparados aos testes animais de mesma natureza. Em resumo, o projeto salvaguarda os animais, alinha o Brasil às legislações mais modernas, o que fortalece o produto nacional destinado à exportação, e ainda protege os consumidores finais, que terão à sua disposição apenas produtos testados, e que conclusivamente não causaram danos à pele humana.
Deputado Federal Ricardo Izar Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, Presidente da Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, Membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
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Vitrine
Sua melhor
opção de compra! Segurança, qualidade e bom gosto!
Texto Marcelo Mendonça
Amarok Mais forte e segura!
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A linha 2014 da picape Amarok começa o ano com grandes novidades, principalmente no pacote itens de segurança. A Amarok está mais forte e segura. Destaque maior para sua versão Highline, que traz de série controle de estabilidade, assistente para partidas em rampas, controle automático de descida, retrovisores com rebatimento e faróis de neblina com luzes dinâmicas para manobras – recurso inédito entre as picapes médias no Brasil. O modelo Highline também ganha como itens opcionais airbags laterais para tórax e cabeça, e câmera traseira. Quanto aos itens de série, todas as versões cabine dupla passam a contar com terceiro apoio de cabeça, cinto de
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segurança central automático de três pontos e sistema Isofix, com ancoragem para dois assentos de crianças nas posições laterais do banco traseiro. As configurações Highline e Trendline trazem ainda quadro de instrumentos com iluminação branca e novo computador de bordo. A Amarok segue com sete opções de configuração, entre carroceria cabine simples e cabine dupla, tração 4×2 e tração 4×4, transmissão manual de seis marchas ou automática de oito marchas. Para resistir a grandes aventuras o motor, sempre a diesel, pode ser 2.0 TDI de 140 cv e 34,7 kgfm de torque ou 2.0 TDI bi-turbo de 180 cv com 40,8 kgfm (versões manuais) ou 42,8 kgfm (versões automáticas) de força.
FlexOne Alta performance com baixo consumo de combustível e emissão de poluentes
Rua Prudente de Moraes, 375 Fone 14 3601 2000
Para celebrar a marca de 3 milhões de motocicletas produzidas com a tecnologia flex no Brasil, a Honda apresentou a nova edição especial “FlexOne”, da sua linha de motocicletas bicombustíveis. Como diferenciais traz visuais e grafismos exclusivos nos modelos CG 150 Titan, Biz 125, NXR 150
Bros, CB 300R e XRE 300 que, juntas, representam 65% do volume de produção da marca no País. Todas as motocicletas receberam pintura especial na cor azul, fazendo harmonia com detalhes em cinza claro e vermelho. A edição especial estará disponível apenas nas versões mais completas.
Fluence Ter um faz toda a diferença
O Fluence trouxe algumas inovações para a linha Renault, como o novo motor 2.0 16V e câmbio CVT. Além disso, a versão Privilége passa a contar com quadro de instrumentos digital, que já foi apresentado com o Fluence GT, na versão esportiva, com motor 2.0 turbo de 180 cv. Dentro do segmento do qual faz parte, o Fluence é uma
ótima opção para carregar a família. O design é moderno e atraente, com suspensão bem ajustada, tornando a condução confortável, e a oferta de espaço é ampla na cabine e no porta-malas. A altura do carro é outro ponto diferenciado na versão, nenhum sedan passa tão longe do chão. Faça um teste drive na Renault Viviane France.
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Fotos: divulgação
Avenida Totó Pacheco, 595 Fone 14 3602 3010
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1
Assalto em veículo
2
Dia de pagamento
3
Em transporte público coletivo
4
Em caixas eletrônicos
5
Nas escolas
Estacione seu veículo em lugar movimentado e iluminado. Ao estacionar ou parar em cruzamentos, principalmente à noite, observe as pessoas ao seu redor. Use um sistema de alarme, chave geral e correntes na direção. Evite deixar objetos à vista e de valor no interior do seu automóvel. Lembre-se: som, rodas e certos objetos despertam a atenção de ladrões. No caso de assalto, não reaja.
+ 5 As
Atitudes que valem uma vida
Vivemos num cenário de transformação onde tudo evoluiu, desde a mudança do contexto econômico até as estratégias do crime organizado. Para se proteger de possíveis situações relacionadas à sua segurança pessoal, patrimonial e empresarial, o gerente operacional de segurança Marcio Roberto de Almeida listou alguns itens que poderão fazer toda a diferença no seu dia a dia. Seguir as dicas e redobrar atenção em situações corriqueiras o manterá protegido da criminalidade
Neste dia, um alvo fácil é sempre o mais procurado. Não comente sobre seu salário com pessoas de pouco convívio. Evite a conversa com pessoas estranhas dentro ou fora do banco. Se precisar transportar muito dinheiro não ande sozinho, peça a companhia de parentes, amigos ou contrate segurança especializada. Fique atento se alguém o está seguindo.
Procure levar o dinheiro trocado ou utilizar o vale transporte. Cuidado com objetos como bolsas, carteiras, correntes, pulseiras entre outros, que são alvos dos pungas (ladrões de carteira). Mantenha a bolsa na frente do corpo. Não carregue muito dinheiro, nem deixe a carteira no bolso de trás. Evite ficar junto à porta de embarque e desembarque, pois é o local propício para a prática de punguistas.
Não revele sua senha para terceiros. Em caso de dificuldade, comunique-se com funcionários do banco. Observe atentamente as pessoas em atitudes suspeitas próximas ao local. Evite horários e locais de maior risco e não realize saques de grandes quantias.
Trate o seu filho como amigo, demonstrando seu afeto e preocupação pelo seu desenvolvimento, para ele adquirir confiança. Conheça os amigos dele. Ensine-o a pedir auxílio à polícia, bombeiros (pessoalmente ou por telefone) ou às pessoas conhecidas quando perceber estranhos em atitudes suspeitas ou que estejam molestando. Lembre-o de não aceitar balas, doces, presentes ou brinquedos de pessoas desconhecidas. Oriente seus filhos para se afastem de situações perigosas, tais como: armas, acidentes, aglomerações, discussões e a não se desviarem do trajeto casa-escola-casa sem prévio acordo.
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Entre Aspas
Generosidade que contagia
A
Por Leandro Carvalho
crescentar algo a alguém, a chave é generosidade. Isso não significa que temos que dar dinheiro no farol, ou dividir nosso salário com a igreja (nada contra com quem faz isso, ok?) É acrescentar, doar e não apenas dar, visando algo em troca. Ser generoso é algo bem complexo, que vai além de dividir tesouros, é dividir, talvez, alguns minutos do seu dia, jogar uma conversa fora, estar ali apenas para ouvir, ou seja, fazer independente de qualquer resultado. A generosidade vem da alma, ela aparece como um espinho e pode doer como tal. Uma pessoa mais velha, ou até mesmo uma criança pode ter belas histórias de aprendizado para dividir, e por que razão não damos atenção ao momento? Talvez porque vivemos numa tremenda correria, e nunca há tempo a perder? Mas será que um bate-papo informal é perder tempo? Eu penso que não, mas, analise, poderia ser uma ótima forma de aprender, sem passar pela experiência. Mas, e o nosso futuro tempo? Será que alguém terá um minuto para nos ouvir, ou nossas histórias e causos simplesmente deixarão de existir? A vida passa num instante, se você não souber aproveitar, o tempo será pouco para tudo que há para viver. Eu tenho meus momentos de reflexão, tanto que todo mês escrevo sobre um tema que mexeu comigo de alguma forma. Às vezes, vejo que vivemos num mundo onde as pessoas andam, andam, mas não sabem onde querem chegar. A solidão muitas vezes estampa o rosto do motorista do ônibus e do pedinte; é a angústia no cara de terno atravessando a rua e na moça que está olhando o vestido de noiva na vitrine. São multidões que não se encontram, estão felizes na mesa do bar, mas ao abrir a porta de casa, os medos, a realidade, o vazio e principalmente a solidão retornam junto. As pessoas mal se olham, mal se relacionam, ainda mais com essas novas tecnologias. Nas redes sociais todo mundo é amigo (te adoro daqui, o outro curte de lá), todo mundo é feliz ou leva uma vida bacana, muitas vezes mostrando o mundo imaginário da ostentação. Mas, e na realidade? Você é tudo o que posta? E se for diferente? Você pode mudar o dia de alguém. Ao invés de curtir no mundo da tecnologia, por que não começar dando um bom dia para o tio da praça? Alguns podem achar que você está doido, mas acredito que seria uma boa ideia para mudar o seu mundo, ou melhor, o nosso mundo solidão. Sabe aquela pessoa que está na sua agenda e que há muito tempo vocês não se falam mais? Que tal uma mensagem de como você está? Eu sou assim, ou melhor, pelo menos tento ser sempre presen-
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te, muitas vezes até atormentando os amigos com conversas bobas, isso me faz bem, não me faz sentir sozinho e acredito que não faça mal a eles. Afinal, por mais chato que eu seja, eles sempre respondem. Que tal um bilhete deixado na mesa de cada colega de trabalho? Quase sempre recebo um bombom da moça que faz o financeiro na redação; por mais bobo que pareça, aquilo me faz ver que não estou sozinho, isso é um ato de generosidade sem nada em troca, ela faz os nossos dias felizes quando dá um bombom, e mais feliz quando faz o pagamento (risos). Este do pagamento é um ato de generosidade obrigatório, eu trabalho e recebo por aquilo. Mas o bombom e a conversa faz parte do doar, da generosidade do ser humano. Todos já devem ter visto aquela felina que ataca um macaco e depois percebe que o filhote está ali, então ela decide cuidar do filhote, deixa de lado a cadeia alimentar e o instinto animal, e tem compaixão pelo pequeno, ela é generosa e tenta cuidar do bichinho, é claro que ele não resiste, pois morre de frio, mas ela tentou. E por que não podemos tentar amar o próximo, independente da condição social, sexual ou financeira? Perguntas e mais perguntas que não terei resposta, pois assim que você terminar essa leitura irá fechar a revista e esquecer tudo que tentei dizer; mas ao menos hoje, dê um sorriso para quem está do seu lado, puxe um assunto bobo, pergunte qualquer coisa do tipo mais banal… será que vai chover? E se não tiver resposta, sorria mesmo assim. Tente deixar os inimigos invisíveis de lado, se cortarem sua frente, tente e re-tente um sorriso, e se quiser pode pedir desculpas. O carro na sua frente quebrou? Vai ficar no seu com aquele sol aquecendo os miolos? Não né?! Saia e ajude, mesmo que a avenida inteira passe por você e ria, você até pode rir junto, hoje foi o dia do carro dele, amanhã pode ser o seu! Opa! Espere, não espere nada em troca, mas pense que poderia ser você. Quando não encontrar razão para ajudar, coloque-se no lugar do personagem principal! Se esbarrar em alguém, não finja que nada aconteceu, vire-se e peça desculpas, afinal, pode ser o grande amor da sua vida e você deixou ir. Seja mais humano, mais atencioso, não importa que o achem louco ou que o coloquem como sobrenome “o falso”, faça o bem, queira o bem. Pois o mundo é tão imenso que suas diferenças superam em uma escala que varia de destinos a emoções. Mudar o mundo é quase impossível, mas a felicidade está dentro de cada um, e se todos conseguirem colocar para fora, ela poderá ser contagiosa! É tipo um bocejo, comece a rir desesperadamente na rua, ou o chamarão de doido ou irão rir com você. Faça o teste, sorria quando me vir!
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