Revista Energia - Edição 17

Page 1

Distribuição gratuita - Venda proibida

Jaú - ano 3 | edição 17 | Mensal - Janeiro 2012

Leandro Castán

um jauense

campeão

Revista Energia 1 Gente Fina: Dra. Lenira Mauad | Paulo: nosso “Pereirão” da vida real | Jaú: o território do calçado


2 Revista Energia


Editorial

Ano 3 – Edição 17 - Jaú, janeiro de 2012 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação mensal da Rádio Energia FM Diretora: Lúcia Barizza lucia@radioenergiafm.com.br Editora de Arte: Marina Titato editora@revistaenergiafm.com.br MTb. 46.839 Diretor Artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br gerencia@revistaenergiafm.com.br Criação de Anúncios: Raul Galvão arte@revistaenergiafm.com.br Repórteres Antonio Orselli Karen Aguiar Marcelo Mendonça jornalismo@revistaenergiafm.com.br Revisão de textos: Heloiza Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Criação e Diagramação: Marina Titato Colunista Social: Juliana Galvão social@revistaenergiafm.com.br Colunistas Alexandre Garcia Antonio Paulo Trementocio Adriana Roveroni Flávia Aldrovandi João Baptista Andrade Marcelo Macedo Mario Netto Milva Biondi Professor Marins Paulo Agnini Colaboraram nesta edição Daniel Martins Thaís Bortolozzo Veronica Zenerato Comercial Silvio Monari Sérgio Bianchi Jean Mendonça Fotógrafos Cláudio Bragga Israel Denadai Leandro Carvalho

Honestidade intelectual Francis Bacon é considerado o fundador da ciência moderna. Foi ele quem estabeleceu as bases da metodologia científica e, então, o conhecimento humano nunca mais foi o mesmo. A metodologia científica mudou paradigmas e fez avançar o moral. Passamos por várias etapas de amadurecimento emocional, medimos nosso quociente de inteligência, nossa capacidade relacional, vivemos a era da informação e das redes sociais, avançamos sobre a corrupção avassaladora e opa! O que prevalecerá agora será nossa HONESTIDADE INTELECTUAL. Nossa capacidade de aceitar as regras, de não transgredilas, de prometer e cumprir, de não falar uma coisa e fazer outra, de não subornar, de ser franco sem machucar as pessoas, de defender seus pontos de vista, dar crédito a quem é o autor, respeitar o outro, ser verdadeiro, autêntico. É proceder com modéstia, humildade e cautela nas críticas. Ser íntegro, totalmente íntegro, também nas suas relações empresariais. Sabe a velha história de processar sua empresa, exigindo o que já lhe foi pago ou reclamando coisas que você nunca combinou receber? Esqueça. A HONESTIDADE INTELECTUAL é uma condição prévia para a virtude, ainda é para poucos, e deve ser exercitada cotidianamente, incansavelmente. Que seja sua meta. Contínua, constante e ininterrupta. É simples entender a HONESTIDADE INTELECTUAL. Basta levar consigo a frase do autor Umberto Eco: Não construas um castelo de suspeitas sobre tua palavra.

Que 2012 revele aquilo que você tem de melhor!

Impressão: Gráfica São Francisco Distribuição: Pachelli Distribuidora Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624-1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários.

Lúcia Barizza Diretora


ÍNDICE NESTA EDIÇÃO 6 Comportamento 12 Marido de aluguel 20 Saúde 30 Esporte 38 Turismo 48 Arte 52 Capa 74 Tratamento 96 História

52

Leandro Castán: nosso campeão brasileiro

SEMPRE AQUI 18 Jurídico 24 Gente Fina 28 Raça do Mês 33 Pense Nisso 34 Motor 42 Garota Energia 46 Radar 58 Antes e Depois 60 Look Kids 62 Varal 64 Look de Artista 68 Moda 70 Guia Cultural 72 Fitness 78 Social Club 86 Gourmet 88 Vinhos 90 Boa Vida 92 Relacionamento 94 Empresarial 95 Pergunte

24

Gente Fina: Dra. Lenira

Nossa capa: Leandro Castán Foto: Leandro Carvalho Produção Gráfica: Marina Titato Agradecimentos: Carlos Brusman, LC Sports e A Renascença 4 Revista Energia


Revista Energia 5


Comportamento

Conflito e convivência de

gerações

Por Olga Fonseca • Colaboração Karen Aguiar • Fotos Israel Denadai

Você já ouviu falar em gerações? Baby boomers, X, Y? Para saber a qual geração você pertence existe um exercício bem simples. Pense qual foi o primeiro evento mundial que foi significativo na sua vida. Se você respondeu algo como a subida do homem à lua ou então a Guerra do Vietnã, provavelmente você faz parte da geração dos Baby Boomers. Essa geração começa com a prosperidade do mundo pós Segunda Guerra Mundial, um período de reconstrução dos países, das economias; uma nova ordem mundial surgia e as pessoas começaram a ter mais filhos. Os bebês nascidos nessa época foram chamados de Baby Boomers (em uma tradução livre o termo significa “explosão de bebês”). Se você respondeu algo como a queda do muro de Berlim ou o Impeachment do Presidente Collor, provavelmente você faz parte da geração X. Nascida entre o final dos anos 60 e o final dos anos 70, a geração X recebeu esse nome por ninguém saber ao certo o que esperar deles. Criados em um ambiente de incerteza e mudanças, esses adolescentes acompanharam muitas crises mundiais, um período de descrença em relação às empresas. Muitos viram seus pais sendo demitidos de grandes corporações devido aos processos de reestruturação. Dessa forma, eles entraram no mercado de trabalho buscando alternativas e pensando “o que farei se não der certo?”. Mas, se você respondeu que o primeiro acontecimento mundial mais marcante na sua vida foi o ataque às torres gêmeas ou a morte do Ayrton Senna, você certamente pertence à geração Y. Assim chamada porque veio depois da geração X. Essa geração entrou recentemente no mercado de trabalho e hoje já representa 40% dos colaboradores no Brasil. São jovens que foram 6 Revista Energia

Baby boomer

Dalva Alice Alli Lucas, 52 anos


criados pelos pais com maior liberdade em um período de relativa prosperidade econômica. Na escola, receberam uma educação com foco nos seus direitos e no aumento da autoestima. São do tempo de intimidade com tecnologia. Computadores, vídeo games, iPods, iPads, são quase uma extensão do corpo físico.

Geração X

Maria Izildinha Sechi, 43 anos

Conceitos e valores Em resumo, alguns valores mudam e o jeito de enxergar a vida e as relações também. O conceito de gerações considera que pessoas nascidas em uma mesma época enfrentaram situações externas semelhantes (economia, mudanças sociais, tecnologia, etc) e que, portanto, apresentam alguns comportamentos e visões culturais semelhantes. A auxiliar financeiro, Priscila Pereira Fornazari, 22 anos, representante da geração Y, recorda que na sua infância a brincadeira adorada era o esconde-esconde. Já a empacotadeira Maria Izildinha Sechi, 43 anos, geração X, relembra que brincar com boneca de milho era a principal diversão quando garota. Para a coordenadora geral, Dalva Alice Alli Lucas, 52 anos, baby boomer, visitar o avô materno que morava na fazenda e ouvi-lo contar histórias, era “fascinante”. Todas são colaboradoras de uma tradicional empresa jauense e convivem com as diferenças de maneira sadia. E, se a questão é o possível conflito, Priscila e Dalva mostram que, hoje, os interesses se divergem, mas o resultado é sempre em comum. Para Priscila não existe realização maior do que fazer o que você realmente gosta e ainda “ganhar” por isso. Diferente de Dalva que sempre sonhou com um cargo de liderança e hoje, segundo ela, tê-lo é, também, realizador. “Lidar com pessoas é uma oportunidade única e a relação moderna tem sido menos pessoal e mais virtual. Eu prefiro o calor humano!”

Geração Y

Priscila Pereira Fornazari, 22 anos

Revista Energia 7


Comportamento

Baby Boomers Geração X

Geração Y

(1946-1960)

(1961-1979)

(1961-1979)

Foco nos processos

Foco em resultados

Foco na solução mais rápida

Esperam o sucesso

Preocupados com a manutenção do trabalho e carreira

Preocupados com a sua carreira

Vivem para trabalhar

Trabalham para viver

Buscam mudanças

Respeitam a autoridade hierárquica, mas valorizao mérito

Respeitam o conhecimento mais que a autoridade

Não reconhecem ou valorizam a hierarquia

Valorizam a experiência

Valorizam a aprendizagem

Autoridade é pela competência

8 Revista Energia

Mas, afinal, para que serve saber de qual geração você é? O conceito de gerações está atrelado ao conceito de cultura. Hábitos, costumes, crenças, tradições e padrões comportamentais que podem ser visíveis (roupas, músicas) ou invisíveis (relação com o tempo, com autoridade, poder, etc). A cultura é a lente com a qual as pessoas enxergam o mundo – o problema é que tendemos a enxergar que fomos criados como a cultura “certa” e única. Entretanto, o conceito de certo e errado não existe em termos culturais. Podemos citar costumes de regiões - as pessoas que moram na capital são culturalmente diferentes das pessoas que moram aqui em Jaú – o sotaque é diferente, as formas de diversão, embora ambas façam parte da cultura latina, brasileira, paulista. Através de diferentes visões é que surgem os conflitos culturais. Para haver uma mudança e uma evolução da sociedade em termos culturais é importante que as pessoas reconheçam e respeitem essas diferenças. Então, da próxima vez que você conversar com seus filhos e pais, pense que as gerações diferenciam-se em termos de valores e comportamentos. Ao invés de criticar a diferença, aprenda com as coisas boas do outro e ensine as coisas boas da sua geração. Afinal de contas, todos vivem o mesmo presente.


Revista Energia 9


Informe Publicitário

Colégio Academia

A equipe de coordenadoes do Colégio Academia: Tininha, Ismael, Cristiane e Lilian

10 Revista Energia

Em 2012, o Colégio Academia inicia suas atividades sob nova coordenação no Ensino Fundamental Há 90 anos unindo tradição e inovação, o Colégio Academia traz mais uma novidade para esse ano. Além de oferecer o melhor ensino desde o Fundamental até o Ensino Médio, a Instituição buscou a inovação com a apresentação da nova coordenadora para os alunos do 1º ao 5º ano, Maria de Fátima (Tininha) Galvão de França Pupo, que assume a coordenação do Ensino Fundamental do Colégio. “Fiquei muito contente com o convite, pois além de fortalecer a parceria que temos entre a Escola Girassol e o Colégio Academia, poderei dar continuidade ao ensino de qualidade que o Colégio Academia já oferece e trazer novas ideias norteadas por mais de 20 anos voltados para a educação, como a aplicação de projetos em diferentes áreas que buscará o desenvolvimento das habilidades dos alunos, tornando-os confiantes em suas capacidades e preparando-os para a continuidade dos estudos”. Para garantir essa qualidade de ensino, o Colégio Academia conta com um corpo docente continuamente capacitado e preocupado com o bem estar dos alunos e sua formação como individuo comprometido com a sociedade.


Revista Energia 11


Marido de aluguel

O Pereirão da vida real Por Marcelo Mendonça • Fotos Leandro Carvalho

Marido de aluguel é um profissional sério e não existe somente na telinha da TV. Conheça a história de Paulo Godoy, o ‘Pereirão’ mais requisitado da cidade.

12 Revista Energia


J

O fato de a personagem Griselda ser uma mulher, não deixa de dar-lhe o mesmo valor, afinal, o que as mulheres não fazem hoje?

Griselda: o ‘Pereirão’ da novela Fina Estampa

Foto: Divulgação

á foi o tempo em que a mulher não podia se virar em casa, sem a presença do marido. Quando fosse preciso trocar a resistência de um chuveiro, as lâmpadas queimadas ou lavar o telhado, quem faria, senão um homem? O mercado de trabalho criou, então, um profissional especializado no ramo: o marido de aluguel. Em Fina Estampa, novela das nove da Rede Globo, o ‘Pereirão’ é esse profissional, que ‘quebra galhos’ em todos os tipos de serviços manuais. No caso da novela, o personagem é interpretado pela atriz Lilian Cabral, que chega a montar uma empresa de maridos de aluguel apenas com mulheres no comando. O fato de a personagem Griselda ser uma mulher, não deixa de dar-lhe o mesmo valor, afinal, o que as mulheres não fazem hoje? Na vida real esse tipo de negócio vem crescendo cada vez mais e se tornando uma boa fonte de renda a estes, até então, desconhecidos profissionais. O jauense Paulo Fernando Martins Godoy é um dos Maridos de Aluguel mais requisitados da nossa cidade. Além de trocar as lâmpadas aqui da redação da RE, Paulo atende várias empresas e residências em nossa cidade, e conta que aprendeu os serviços com o pai, que era pintor. “Sempre gostei desse tipo de serviço e por isso tive vontade de aprender”, conta. No ramo há 10 anos, Paulo não esconde que a profissão ganhou mais notoriedade depois do personagem da novela e que a profissão, apesar de ser mais frequente em grandes cidades, já ganhou o interior do país com várias outras empresas que prestam esse tipo de serviço.

Revista Energia 13


Marido de aluguel

os mais pedidos Os maridos de aluguel estão cada vez mais preparados para atender qualquer tipo de chamado. Algumas empresas possuem site, veículos adesivados e uma equipe treinada que cobra os serviços por hora. No interior, porém, Paulo destaca que seria preciso uma valorização maior do profissional, como acontece nas capitais. Os serviços mais frequentes que os Maridos de Aluguel realizam são: limpeza de caixas d’água, consertos de chuveiros e torneiras, troca de lâmpadas e até manutenção de jardins. Portanto, se você mora sozinho(a) e precisa de reparos na parte elétrica ou qualquer outra tarefa em sua casa, chame o Marido de Aluguel.

14 Revista Energia

“Sempre gostei desse tipo de serviço e por isso tive vontade de aprender”


Revista Energia 15


16 Revista Energia


Informe Publicitário

Clareamento dentário É possível clarear os dentes em casa ou somente nos consultórios? Os produtos como pastas de dentes e bochechos clareadores realmente funcionam? Após o tratamento, quais recomendações devem ser seguidas? Quando perguntamos para as pessoas o que gostariam de mudar no seu sorriso, a resposta mais frequente é: ter os dentes mais brancos. Há diferentes técnicas e produtos que podem ser utilizados para este objetivo, porém, é sempre importante ressaltar a importância do acompanhamento do cirurgião-dentista durante todo o tratamento. Para obter dentes mais brancos, não basta comprar e utilizar o produto. O primeiro passo é a avaliação pelo dentista de sua confiança. O profissional determinará qual o melhor tratamento para o seu caso e, principalmente, se o tratamento está indicado. “O paciente deve ser avaliado para determinar se as condições são favoráveis, como por exemplo, se não há cáries ou inflamação gengival e também devem ser avaliados os motivos do escurecimento dos dentes. Isto tudo somado a uma saúde bucal é que determina a melhor técnica a ser utilizada pelo paciente. Lembrando que, durante todo o tratamento, o paciente deve ter acompanhamento do dentista, mantendo consultas periódicas”, explica Dra Larissa Moreno. Existem as técnicas caseiras e a de consultório – também conhecida como Clareamento a Laser. Na primeira, o paciente utiliza um gel clareador – prescrito e fornecido pelo dentista – com uma moldeira, em casa. O tempo de aplicação diária varia de acordo com o produto a ser utilizado e o tratamento é de, aproximadamente, 4 semanas. “O uso prolongado e descuidado deste gel traz sérios danos como lesões gengivais, sensibilidade dentinária aumentada e, até mesmo, problemas mais graves como reabsorções”,

Um sorriso harmonioso! Dentes brancos, com saúde! Faça uma avaliação! A equipe do IOM Instituto Odontológico Madalena está à sua disposição!

enfatiza a Dra Larissa. O clareamento a laser, que utiliza também um gel (diferente do que é usado na técnica caseira), com ou sem auxílio de luz, porém com o tempo de aplicação controlado pelo cirurgião-dentista, tem a vantagem de os resultados aparecerem mais rápido e as chances de intercorrências serem menores, pois é o profissional que manipula e controla a quantidade e o tempo de permanência do gel. Há, ainda, a técnica de clareamento interno, que é feita em dentes que passaram por tratamento endodôntico (canal) e estão mais escurecidos que os demais. Antes dos procedimentos de clareamento deve ser realizada profilaxia – limpeza dos dentes - e após a conclusão do tratamento alguns cuidados devem ser tomados, como evitar o uso de corantes por alguns dias. Os produtos que encontramos nos mercados e drogarias como pastas de dentes e bochechos possuem efeito branqueador, mas com resultado diferente dos obtidos com o clareamento.

Antes depois

Revista Energia 17


Jurídico

Por Milva Garcia Biondi

Lei Antiálcool Vigora há dois meses, em todo O estado de São Paulo, a proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos, a denominada lei antiálcool. A medida visa à conscientização de toda a população, pelo grande aumento a cada ano do consumo de álcool entre crianças e adolescentes, vindo futuramente desencadear o vício e dependência da bebida alcoólica. Por isso, a lei estadual nº. 14.592/11 veio apenas inserir a responsabilização do comerciante que vender, ofertar, fornecer, entregar ou permitir, mesmo que gratuitamente, o consumo de bebidas alcoólicas para menores de dezoito anos, uma vez que a Lei Federal nº. 8.069/90 já determinava a proibição da venda de álcool para menores de idade. Além da multa administrativa que o estabelecimento comercial pode levar, chegando ao valor máximo de até 87,2 mil reais, poderá ocorrer também a interdição do estabelecimento por até 30 dias, a perda da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, fora as sanções civis e penais que a legislação brasileira já previa. Outro ponto que merece destaque na lei é que, mesmo se o menor de idade estiver junto com os pais ou responsáveis e com o consentimento dos mesmos, não poderá consumir bebidas alcoólicas. Assim, o estabelecimento comercial tem outra missão: a de fiscalizar a compra de bebidas alcoólicas por maiores de idade que repassem aos menores de idade dentro do estabelecimento, coisa que antes, caso isso ocorresse, o estabelecimento não era responsável, entretanto, com a vigência da nova lei, agora é totalmente responsável. Os estabelecimentos comerciais também devem afixar cartazes e avisos, nítidos a todos os frequentadores do local, que contenham a seguinte advertência:

Milva Garcia Biondi é advogada, pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho, inscrita na OAB/SP sob o nº. 292.831.

18 Revista Energia

“A BEBIDA ALCOÓLICA PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA QUÍMICA E, EM EXCESSO, PROVOCA GRAVES MALES À SAÚDE”. Quem tem competência para fiscalizar e autuar os estabelecimentos são os agentes da Vigilância Sanitária e do PROCON, devendo o comerciante, preposto ou funcionários do estabelecimento, comprovar a idade dos consumidores que estejam fazendo uso de bebida alcoólica no local, quando solicitado pelos fiscais. Acredita-se que a nova legislação é muito válida, não cabendo somente aos estabelecimentos comerciais a averiguação do consumo de bebidas alcoólicas a menores de idade, mas sim, a toda a população, que deve se conscientizar dos grandes malefícios que o álcool pode trazer para crianças e adolescentes, que têm o hábito do consumo dessa droga lícita. A princípio, como é de costume, a grande maioria irá reclamar e ser contra a nova medida, mas assim como foi com a lei antifumo, todos verão que a nova medida só trará benefícios e grande evolução a toda população.


Informe Publicitário

Experiência e compromisso: Educação de qualidade Eles sabem fazer Educação Uma vida inteira dedicada à Educação. É assim que se resume a história de Durval, Terê Fiorelli e Daltira Piragine Tumolo. Uma vasta experiência no ramo motivou-os a trazer para Jaú uma rede de ensino técnico de nível médio, com o objetivo de qualificar profissionais para o mercado de trabalho. O grupo IEP atua há mais de meio século no mercado e a filial jauense, com apenas 4 anos de atividade, já é sucesso absoluto e referência educacional para toda a região. Todo esse mérito deve-se à qualidade do ensino, aos professores capacitados e ao melhor material didático apostilado, que só o IEP possui. “Sempre sonhamos fazer Educação com qualida-

de. O IEP veio para realizar este sonho”, conta Terê Fiorelli. A instituição tem como missão formar cidadãos responsáveis e capazes de construir um bom futuro. E não é por menos que muitos alunos concluem os cursos já empregados nas melhores empresas da cidade. Fruto do belo trabalho que Durval, Terê e Daltira sempre fizeram em prol da Educação. O IEP está com matrículas abertas para os cursos de Enfermagem, Estética, Radiologia, Farmácia, Segurança do Trabalho, Administração, Química e Açúcar e Álcool. E, ainda, especialização em Instrumentação Cirúrgica e Oncologia.

Quer emprego rápido na profissão escolhida? Faça IEP!

“Se o Senhor edificar a casa, será bem sucedido o trabalho dos que a edificam” (Salmos)

Os diretores do IEP Daltira Piragine Tumolo, Terê Fiorelli e Durval Fiorelli - sonho de qualidade de ensino realizado Revista Energia 19


Saúde

Por Karen Aguiar • Fotos Leandro Carvalho

A

cefaléia, ou dor de cabeça, é a queixa mais frequente da humanidade. Acredita-se que cerca de 90% das pessoas experimentem algum tipo de dor de cabeça no período de um ano. Entre as dores mais comuns, a enxaqueca se destaca pela sua frequência e grau de incapacidade que produz nos pacientes. Segundo o neurologista e presidente da Sociedade Brasileira de Cefaléia, Marcelo Ciciarelli, a enxaqueca apresenta uma prevalência anual que varia de 15 a 18% nas mulheres e 5 a 7 % nos homens. O pico dessa prevalência ocorre na segunda e terceira décadas da vida, que coincide com a fase mais produtiva das pessoas, promovendo um impacto acentuado sobre a qualidade de vida de seus sofredores. De acordo com ele, estudos demonstram que a enxaqueca pode produzir importantes prejuízos financeiros à sociedade, com custos diretos (gastos do sistema de saúde) e indiretos (absenteísmo, diminuição da produtividade). Podemos citar o exemplo de um país desenvolvido como os Estados Unidos, onde os custos anuais diretos com cefaléia chegam a US$ 9,4 bilhões e os indiretos podem variar de US$ 1,4 a 17 bilhões de acordo com diferentes análises.

Chega de 20 Revista Energia


Mona Leonelli, sofre com a enxaqueca hรก 3 anos

Revista Energia 21


Saúde Aspectos clínicos De acordo com o Dr. Marcelo, a enxaqueca se expressa clinicamente por sintomas bastante variados, mas, via de regra, predomina uma dor na região unilateral da cabeça, com um caráter pulsátil (latejante), com duração de 4 a 72 horas e em uma frequência média de 1 a 6 crises ao mês. As crises são acompanhadas de enjoos, às vezes vômitos e intolerância à claridade e ao barulho. A enxaqueca pode ser desencadeada por vários fatores tais como oscilações hormonais, alguns alimentos (queijos, chocolate, bebidas alcoólicas), clima e pelo estresse.

Tratamento da enxaqueca As medidas farmacológicas são divididas em analgésicas e profiláticas. Uma visando a eliminar a crise e a outra a evitá-la.

Medidas não farmacológicas

Dr. Marcelo Ciciarelli, é Doutor em neurologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) e presidente da Sociedade Brasileira de Cefaléia.

22 Revista Energia

Em se tratando de terapias alternativas, uma que tem surtido bastante efeito é o biofeedback (veja matéria na pág. 74) associado à técnica de relaxamento e à acupuntura. Segundo o Dr. Marcelo, outras dicas são a atividade física regular, uma dieta equilibrada com horários bem estabelecidos, evitando jejum prolongado; um sono adequado e regular, atividades que causam prazer e evitar alimentos e bebidas que sabidamente desencadeiam as dores de cabeça parecem ser medidas extremamente úteis para diminuir a frequência e a intensidade das crises


Para a farmacêutica, Luciane Massola, 48 anos, a enxaqueca além de mudar a vida traçou o destino. Vítima das dores desde os 14 anos, Luciane optou por cursar Farmácia com o intuito de “achar uma cura para a doença”. Formou-se então em 1992, na Universidade Sagrado Coração, em Bauru. De lá para cá participou de vários congressos e pesquisas sobre o assunto, inclusive em parceria com laboratórios renomados. Em Jaú, Luciane está à frente da farmácia central da prefeitiura que fornece, gratuitamente, medicamentos aos pacientes diagnosticados com a doença. Segundo ela, a farmácia atende mensalmente cerca de mil jauenses em idade economicamente ativa. Mona Leonelli

Enxaquecosas

Luciane Massola

A publicitária, Mona Leonelli, 26 anos, que sofre com as fortes dores há três, obteve a solução do problema a partir de um tratamento com uma nutricionista. Segundo ela, foi realizada uma desintoxicação alimentar e, posteriormente, os testes com os gêneros alimentícios - cafeína, glúten, açúcares, entre outros - e foi na lactose que o problema foi detectado. Mona conta que sempre que toma leite ou consome seus derivados, automaticamente sente os primeiros sintomas da dor. Em uma das últimas crises, há quatro meses, Mona chegou a perder seis quilos. Ela sente falta do chocolate e queijo, mas sabe que se comer a dor se manifesta.

Nas crises de enxaqueca ocorre uma limitação nas atividades diárias em das pessoas

77%

50%

têm que interromper suas atividades

Enxaquecosos perdem, em média, de 1 a 4 dias de trabalho ao ano devido às crises de cefaléia. Trabalham cerca de 8 dias/ano com dor e, nesses dias, têm a capacidade reduzida em cerca de

60%

30% são obrigadas a se deitar Revista Energia 23


Gente Fina

Lenira, cidadã do mundo Por Antonio Orselli • Fotos Leandro Carvalho

Q

uantas pessoas você conhece que se emocionam ao falar de Jaú? Não aquele sentimento barato, artificial, mas emoção que aflora e demonstra que as lágrimas são verdadeiras. Quantas? Conheça então Lenira Maria Queiróz Mauad. Obstetra por formação e jauense por vocação. A entrevistada de janeiro recebeu a equipe da Revista Energia com bolachas e suco, preparada para mais uma conversa sobre câncer ginecológico. É comum em sua rotina diária ser procurada por grandes publicações de São Paulo, Rio de Janeiro e até de outros países para falar dos impressionantes números positivos obtidos em Jaú no combate ao câncer ginecológico. Ela não imaginava que, na verdade, o interesse do encontro era conhecer a cidadã Lenira, mãe de Vitor e Alexandre, casada com Marcos Augusto Mauad há 25 anos. Tão habituada a falar sobre a profissão, levou um susto ao saber que o interesse da pauta era nela, e não em suas qualidades profissionais.

A carreira médica Formada na renomada Universidade Estadual Paulista de Botucatu, em 1984, adotou Jaú há pouco mais de duas décadas e afirma que não podia ter feito escolha melhor. Recentemente recebeu o titulo cidadã jauense, com direito à Sessão Solene na

24 Revista Energia

Câmara dos Vereadores. Quando se lembra da homenagem não consegue falar, as lágrimas interrompem suas palavras. “O momento mais feliz da minha vida, depois das alegrias familiares, foi quando recebi o titulo de cidadã jauense. Foi muito... (Lenira se emociona e não consegue terminar a frase)”. É um choro sincero de alguém que se apaixonou por Jaú.

Entre livros e

amores

Quem a conhece sabe que o título de “Gente Fina” não é apenas um superlativo para qualificar a personalidade de Lenira. Ela é, de fato, gente fina. Nascida em Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul, viveu a maior parte da adolescência em Jaboticabal, estado de São Paulo. Ainda menina, iniciou o curso de medicina na UNESP em 1979, e entre livros de anatomia e pesquisas que tomavam quase todo o tempo livre, encontrou o amor de sua vida, que mais tarde se tornaria seu marido. “Mas não foi tão fácil assim. Começamos a namorar no primeiro ano de faculdade, largamos, voltamos, novamente largamos e voltamos. Só nos entendemos no final do curso, para nos casarmos em 1986, quando eu já fazia residência em obstetrícia”, lembra Lenira.


Revista Energia 25


Gente Fina

Jaú O marido se especializou em hematologia e logo após a conclusão da graduação veio trabalhar em Jaú, no Hospital Amaral Carvalho. Como já estavam casados, Lenira o acompanhou e aqui montou seu consultório de atendimento obstétrico. Mas, como o destino dá voltas, quatro anos depois a oncologia entrou em sua vida, e hoje é considerada uma das pioneiras em pesquisas sobre câncer ginecológico, com participações frequentes em congressos médicos, onde apresenta descobertas científicas, tendo ministrado aulas sobre o tema em encontros com outros profissionais da área médica. Há pouco tempo defendeu tese de mestrado e, atualmente, é coordenadora do Programa de Prevenção do Câncer Ginecológico do Hospital Amaral Carvalho de Jaú.

26 Revista Energia


Amor à profissão A dedicação de Lenira ao atendimento de mulheres com câncer é tanta que, em relação à família, a “profissão às vezes vem em primeiro lugar”. Algo que vem sendo mudado aos poucos. “Como meu marido é médico, ele conhece minha rotina. Os filhos já estão grandes, então tenho tempo de sobra para me dedicar aos estudos”. No entanto, consegue encontrar tempo para se cuidar também. “Não dispenso o corte nos cabelos, o esmalte nas mãos. Há 24 anos frequento o mesmo salão da Goreti, que não é só minha cabeleireira, mas é minha amiga”, diz.

Revista Energia 27


Raça

do mês

Dogue Alemão Por Karen Aguiar • Fotos Leandro Carvalho

Quando ele estava com aproximadamente quatro anos de idade, Ana Luiza, a primogênita de Edson, nasceu. O receio pelo tamanho do animal perto da criança não prevaleceu e, de acordo com o pai, se tornaram grandes amigos. “Ela o chamava de Pingão. O abraçava e apertava o tempo todo.” Há pouco mais de seis meses ele ficou doente, estava com oito anos e meio. Primeiramente os veterinários diagnosticaram uma gripe. “Quando ele melhorou, fizemos radiografia e ultrassom. Foi descoberto um tumor entre o coração e o esôfago, o que dificultava a respiração e o fazia envelhecer muito rápido.” Com muito carinho, Edson conta os últimos minutos de Pingo com a família. “Fomos viajar e quando voltamos brinquei um pouco com ele e, minutos depois, ele desmaiou. Liguei para o veterinário, que o levou para a clínica. Quando a Ana Luiza o viu perguntou para onde estavam levando o Pingão dela. Respondi, muito emocionado, que ele estava indo tomar remédio, pois não estava muito bem. Ela o abraçou, deu um beijinho e disse que o esperava.” Segundo Edson, minutos depois o veterinário ligou e disse que não teve tempo nem de preparar os medicamentos. Pingo havia partido. “Ele esperou chegarmos de viagem e brincarmos com ele, para depois partir.” O empresário estava certo de que não teria outro animal. “Tivemos carinho demais por ele. Foram anos de alegria. Meu parceiro de caminhada diária”. Também conhecido como cão dinamarquês, o dogue alemão é uma das maiores raças de cães do mundo. Com seu aspecto imponente e elegante, cresce com tamanha rapidez que, aos doze meses, já tem o seu tamanho definitivo, mínimo de 70 cm, no caso das fêmeas e 80 cm nos machos. O famoso Scooby-Doo, da Hanna-Barbera, é o representante mais famoso. Porém, a cor (castanha com manchas pretas) não é encontrada fora dos quadrinhos. Em Jaú, o empresário Edson Fernando Reinato, é um apaixonado pelos cães da raça. Presenteado por um primo com um filhote, escolheu o de cor cinza merle – uma das inúmeras variações existentes do animal - o nome escolhido foi Pingo.

28 Revista Energia

Um novo amigo O luto durou 15 dias e, além dele, quem mais sentia falta de “Pingão” era a garotinha. “Podia chegar qualquer um em casa, passados 2 minutos ela falava: Meu cachorro morreu.” E perguntava: “ele está lá no céu?”. De acordo com o pai não foi possível aguentar. Procurou, então, um novo filhote e achou um muito parecido com o antigo amigo. “Só que esse é muito mais terrível. Já cavucou todo o quintal e até derrubou um coqueiro!”. Hoje ele tem seis meses e, adivinhe: “Não teve jeito, ela colocou o mesmo nome”, conta o pai que completa com uma brincadeira: Edson e a “Mas ele não é um Pingo. filha Ana Luiza, É uma goteira que, de brincando com o “novo” Pingão repente, pode virar uma enxurrada.” Mas engana-se você, leitor, se acha que a pequena Ana Luiza esqueceu seu grande amigo. Tanto não se esqueceu que explica a todos que o outro Pingo está, sim, no céu e mandou o irmão para brincar com ela.


Revista Energia 29


Esporte

Paulo Salmin

sinônimo de determinação e grandes resultados Por Daniel Martins • Fotos Leandro Carvalho

30 Revista Energia


N

ão há felicidade maior para um atleta do que conquistar uma medalha olímpica, o ápice que pode ser conseguido após anos de treinamentos, competições e disputas. E é com essa mentalidade que Jaú estará nas Paraolimpíadas de Londres, representado pelo mesatenista Paulo Salmin, 18 anos. Os treinamentos começaram através de amigos, em março de 2007. A princípio, o intuito não era tornar-se um dos principais nomes do esporte no país, mas os resultados foram acontecendo de forma natural e aumentando sua responsabilidade. Hoje, Salmin faz parte da seleção brasileira de tênis de mesa e trouxe dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, disputado em novembro de 2011, duas medalhas, uma de ouro e uma de prata. Mas antes de conseguir resultados internacionais expressivos, Salmin

já conquistou vários outros pelo Brasil. Entre eles diversos títulos regionais e estaduais, bicampeonato brasileiro, copas do Brasil, etapa do circuito mundial e Jogos Abertos do Interior. Na seleção brasileira, Salmin está desde 2009, após participação em seletiva. “Depois de chegar à seletiva sem muitas ambições, e voltar para casa com uma vaga garantida, abri meus olhos e os da minha mãe para falar que aquele era o caminho a seguir e que deveríamos investir nele”, comenta o atleta. A deficiência que Paulo Salmin tem na perna é encarada com naturalidade por ele. Ele conta que desde garoto praticava diversas modalidades esportivas como natação, futebol e o tênis de mesa, entre outras. Salmin tem uma deficiência congênita e fez seu tratamento na AACD (Associação de Assistência à Criança com Deficiência) em São Paulo, através de cirurgias e fisioterapias.

a preparação “O treinamento de Paulo é intenso”, conta a técnica Daniela Bassi. São quatro horas de preparação física por dia e seis vezes por semana no Centro de Treinamento em Jaú, com a coordenadora e preparadora física Gláucia Dyonisio, além de academia. “Ele é o mais cobrado e serve de exemplo para quem está chegando, pois começou como qualquer outro e hoje obtém resultados expressivos, mostrando que todos são capazes de chegar onde o Paulo está indo”, comenta a treinadora. A expectativa para a participação nas Paraiolimpíadas de Londres é grande. Porém, Paulo admite que a competição serve como preparação para os Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016. “Em Londres vão jogar apenas os 16 melhores do ranking mundial e vai ser minha primeira participação. Vai servir

Paulo exibe as medalhas de ouro e prata conquistadas no ‘Parapan’ de 2011 Revista Energia 31


Esporte de modelo para que, em 2016, eu chegue forte e com chances reais de medalha”. Apesar dos bons resultados, inclusive internacionais, uma dificuldade encarada por boa parte dos atletas brasileiros é a pequena participação de empresas como patrocinadores, e com Paulo a realidade não é diferente. Porém, para um atleta que ultrapassou tantas dificuldades em sua carreira, este é somente mais um obstáculo a ser superado por um jovem de pouca idade e grande experiência em comportamento e resultados.

A técnica Daniela Bassi é responsável por todo o treinamento de Paulo

32 Revista Energia


nisso

Pense

Por Professor Marins

Quem tem medo de

2012?

O país do futuro parece estar chegando para muitos brasileiros que investiram em qualidade e produtividade profissional, empresarial e pessoal nos últimos anos. O gigante adormecido parece estar despertando. Os dados internacionais nos mostram que, em 2012, já seremos a sétima maior economia do mundo. Em 2014 seremos a sexta. Em 2016 a quinta e em 2040 a quarta maior economia, na frente da Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha e muitos outros. Já em 2012 estaremos abaixo apenas dos (1) Estados Unidos, (2) China, (3) Japão, (4) Alemanha, (5) França e (6) Reino Unido, segundo o Banco Mundial. Como sétima economia mundial, os investimentos diretos internacionais crescerão. Segundo pesquisa da UNCTAD – Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento – o Brasil será o terceiro país do mundo a receber mais investimentos internacionais, à frente dos Estados Unidos (4º.) e apenas atrás de China e Índia. Outro estudo, agora da FAO – Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação – mostra que o Brasil tem tudo para ser o principal fornecedor de alimentos do mundo. O maior problema mundial, no futuro, será alimentar os nove bilhões de seres humanos que seremos daqui a 50 anos. Será preciso produzir 50% a mais de grãos e dobrar a produção de carne para atender essa demanda. O pro-

blema é que onde há terra agriculturável, não há água suficiente. Onde há água, não há terra suficiente. Segundo esses estudos, o Brasil tem 400 milhões de hectares de terras agriculturáveis (sem contar áreas protegidas pela legislação, como a Amazônia) e só utiliza 50 milhões. O governo brasileiro diz que são 300 milhões e não 400 milhões, mas confirma a utilização de apenas 50 milhões. O Brasil tem mais terra agriculturável que os Estados Unidos e a Rússia juntos. E o Relatório Mundial da Água da ONU, de 2009, afirma que o Brasil tem oito trilhões de quilômetros cúbicos de água renovável a cada ano. O Brasil, com 190 milhões de habitantes, tem mais água renovável que toda a Ásia, com quatro bilhões de pessoas. Assim, afirma a ONU que o Brasil, sem dúvida, será um dos mais importantes fornecedores de alimentos para o mundo nos próximos 50 anos. Prova disso é a procura de terra por estrangeiros, o que tem feito o nosso Congresso estudar legislações que limitem a compra de terra por eles. Assim, em 2012 e nos anos seguintes, teremos uma visibilidade mundial nunca antes alcançada e isso nos trará benefícios e exigências. Os benefícios são óbvios, mas seremos também cobrados por mais qualidade, produtividade, excelência, transparência e postura de país desenvolvido. Dessa forma terá medo de 2012 aquele que não acreditar nesses números e nessa verdade, de que estamos construindo um Brasil diferente, cuja previsão é a de que teremos apenas 8% de pessoas consideradas tecnicamente pobres, uma queda de quase 70% desde 1993, quando 35% da nossa população era considerada pobre. A previsão é que em 2015, se somarmos as classes A+B+C, teremos 72%, o que fará do Brasil um país de classe média, que hoje já ultrapassa os 50%. Agora é, pois, hora de agir com seriedade e cautela, mas muito vigor para aproveitar esse momento histórico que estamos vivendo. Terá medo de 2012 quem continuar pensando como sempre, negativamente, olhando para o retrovisor, não acreditando em nossa capacidade de fazer a diferença num mundo cheio de dificuldades. A Europa está na mais profunda crise econômica em décadas. Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha, Bélgica e mesmo Itália, França e Alemanha estão com dificuldades inimagináveis há pouco tempo. Assim, além de tudo, teremos uma nova onda migratória de europeus e até de americanos do norte para o Brasil. Os europeus e mesmo americanos que buscam trabalho hoje no Brasil já são contados às centenas e esse número não tende a decrescer. Terá medo de 2012 quem ficar esperando e não agir, não construir as condições básicas de acesso a esse novo Brasil.

Pense nisso. Sucesso! Feliz 2012!

Revista Energia 33


Motor

Palio2012 Por Marcelo Mendonรงa โ ข Fotos Leandro Carvalho

34 Revista Energia


A

nova geração do Palio mudou. Passou por face-lift, herdou traços de outros modelos da marca e ganhou nova assinatura com um “P” estilizado na palavra Palio. O carro está mais moderno, com melhor acabamento e nada lembra as gerações passadas. A mais básica das três versões, a Attractive, já vem com computador de bordo, direção hidráulica, maçanetas e para-choques na cor da carroceria, desembaçador traseiro, faróis de neblina, vidros e travas elétricas, volante com regulagem de altura e um motor 1.0 com 75 cv.

Revista Energia 35


Motor

A traseira agora possui lanternas que foram alongadas e invadem a área do vidro, dando um ar de esportividade ao carro.

O Palio cresceu em todos os sentidos. Ficou mais alto, mais largo e o comprimento também é outro. Com essas mudanças o carro ficou mais confortável, tendo espaço de sobra tanto para quem está na frente como para quem está no banco traseiro. A traseira agora possui lanternas que foram alongadas e invadem a área do vidro, dando um ar de esportividade ao carro. No interior do novo Pálio nota se uma diferença de texturas no painel, bancos, painéis de portas e quadro de instrumentos novos, e cada versão vem com sua personalização exclusiva. A nova geração do hatch será vendida em seis versões de acabamento, resultado da combinação de três motores, dois câmbios e três padrões de estilo: Attractive (console preto), Essence (detalhes em cinza) e Sporting (friso e mostradores em vermelho). A intermediária Essence, somente com propulsor 1.6, 16V (E.Torq de 117 cv), vem de série com ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura e luzes de leitura dianteiras. A Essence com câmbio Dualogic vem com piloto automático e, opcionalmente, trocas por meio de borboletas no volante. Já a Sporting, topo de linha, também com motor 1.6, vem equipada com saias esportivas, duas saídas de escape cromadas, rodas aro 16, spoiler traseiro e volante em couro. Assim como na Essence, a opção pela transmissão Dualogic também tem piloto automático e borboletas para trocas como opcional. 36 Revista Energia


Entre os itens que podem ser adquiridos opcionalmente estão freios ABS, airbag duplo, apoio para o braço no banco do motorista, espelho retrovisor interno eletrocrômico, kit de parafusos anti-furto para as rodas, MP3 com bluetooth e entrada USB, retrovisores externos elétricos, sensor de chuva, sensor crepuscular, volante em couro com comandos do rádio e vidros elétricos traseiros.

Ufa! A RE já andou e aprovou. Agora é com você! Novo Palio é na

Milazzo Fiat


Turismo

38 Revista Energia


Heraldo Alonso, administrador do Território do Calçado

Por Karen Aguiar • Fotos Leandro Carvalho

A

história do calçado em Jaú começou no século passado. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Calçados isso aconteceu com a chegada do italiano Giuseppe Contatore, que instalou a primeira sapataria na cidade. Com ele, muitos sapateiros aprenderam o ofício e se especializaram anos mais tarde. Durante o desenvolvimento da cidade, em meados de 1930, já existiam muitas casas de couro e pequenas oficinas de pesponto e costura. Com o passar dos anos, as indústrias evoluíram e os trabalhos, inicialmente artesanais, passaram a ser realizados com o apoio de máquinas de alta tecnologia. O número de empresas cresceu e hoje Jaú é conhecida como a capital do calçado feminino, com aproximadamente 194 indústrias de calçados e componentes associadas ao Sindicalçados. Estas indústrias são responsáveis pela geração de 9.154 empregos diretos, conforme estatística CAGED/MTE de outubro de 2011, sem contar a quantidade de empregos diretos e indiretos das indústrias não associadas e as autônomas. O setor calçadista representa, hoje, mais de 40% do PIB do município, sendo um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento econômico e industrial. Com a ampliação do setor surgiu a necessidade de pontos de venda. Em 12 outubro de 2000 foi inaugurado o Território do Calçado, com 20 lojas de fábricas e o objetivo de oferecer condições físicas e estruturais para que lojistas de toda a região pudessem adquirir os produtos em um só lugar, com a comodidade necessária. Hoje, 11 anos após o início das atividades, já são mais de 180 lojas distribuídas em 20 mil m² de área construída, que oferecem além dos calçados femininos, masculinos, infantis e acessórios, lojas de confecções, bijuterias, lingeries, playground e praça de alimentação. Segundo o administrador de empresas Heraldo Fernando Alonso, 50 anos, responsável pelo centro de vendas, o público médio mensal é de 150 mil pessoas. Heraldo é sobrinho de um dos quatro sócios-proprietários do empreendimento: Narciso Alonso, Antonio Revista Energia 39


Turismo

“Comprou, levou. Vendeu, gerou lucro. E, assim, os clientes voltam para comprar de novo”. Heraldo

Jorge, Paulo Jorge e Mauro Geraissaiti. Para ele, o motivo pelo qual os compradores procuram Jaú são inúmeros. “Além de a cidade ser o pólo industrial e comercial do calçado feminino, eles procuram o empreendimento pela pronta-entrega e custo-benefício. Aqui, você não é obrigado a comprar a grade de numeração ou uma quantidade determinada. Comprou, levou. Vendeu, gerou lucro. E, assim, os clientes voltam para comprar de novo.”

40 Revista Energia


Daniela e Adriano, clientes assíduos do Território do Calçado

E é exatamente assim que o casal de Ribeirão Preto, Daniela A. Ruiz Adolpho e Adriano Tomazelli Adolpho, pensam. Abordados pela equipe da RE durante as compras no local, eles afirmam que estão sempre por Jaú em busca de novidades. “Os sapatos aqui são muito mais bonitos e têm qualidade. Fora o preço, a comodidade e a pronta-entrega são ótimos atrativos.” Por esses motivos que o Território do Calçado recebe desde jauenses até excursões vindas de todos os cantos do país.

Movimento de aproximadamente R$ 10 milhões/mês São comercializados aproximadamente 200 mil pares/mês Público mensal 150 mil pessoas Estacionamento com capacidade para 800 carros 700 funcionários diretos Fonte: Administração Território do Calçado

Revista Energia 41


Energia Garota

Por Cláudio Bragga

Camila Nicoletto

Apelido: Cah Data de Nascimento: 24/08/1994 Mulher bonita: Natalie Portman Homem bonito: Johnny Depp O que mais gosta em um homem: Os tipos de sorrisos O que não tolera em um homem: Machismo O que mais gosta no corpo: Os olhos Música que gosta: Secrets - One Republic Perfume: Rouge Royal e Journey Comida: Doces Filme: V for Vendetta - Alam Moore Não vive sem... Música Frase: Eu já quis que o destino me surpreendesse. Hoje eu só espero que ele não me decepcione. Sonho: Que tudo dê certo, então! (risos)

Ficha técnica:

Looks: Fox Rouparia Rua Lourenço Prado, 835 - Jaú Fone: (14) 3622.0829 Cabelo e make: Jessé Proffessionnel Locação: Algodoeira Eventos Rua Prudente de Moraes, 355 - Jaú Fone: (14) 3625.4945 Quer ser Garota Energia? Acesse o nosso site e saiba como: www.radioenergiafm.com.br

42 Revista Energia


Camila Nicoletto

Revista Energia 43


As melhores marcas você encontra só aqui no Jaú Shopping

GOLD SILVER (14) 3416.1858

Fotos: Israel Denadai

Sol... Calor... Finalmente o verão chegou! E para aproveitar melhor ainda essa estação, a Gold Silver está com a promoção de óculos de sol “Alto Verão 2012”. Lançamento de coleções das melhores marcas, modelos clássicos, modernos, conservadores. Variedade para todos os estilos. Tudo para você passar o verão com seus olhos bem protegidos. E no maior estilo, é claro! Pagamento em 10 vezes. Gold Silver, sempre presente! No Jaú Shopping, piso térreo

ri happy

(14) 3416.3009

Foto: Leandro Carvalho

A Ri Happy é uma das lojas de brinquedos mais conhecidas no Brasil. No piso superior do Jaú Shopping, a Ri Happy oferece uma variedade de brinquedos de montar, bonecos, bonecas, carrinhos, eletrônicos, jogos, pistas, playground, esportes e mini veículos para as crianças. A Ri Happy facilita suas vendas dividindo os brinquedos entre as idades. Se preferir pode optar apenas pela categoria meninos e meninas.

QUATRO PATAS

(14) 3621.6882

Seu animalzinho está precisando de um banho? Aparar os pelos? Leve-o já para a Quatro Patas, no Jaú Shopping. Na Quatro Patas o seu melhor amigo recebe atendimento de primeira. Além do serviço de banho e tosa, você ainda encontra uma grande variedade de produtos para cães, gatos, peixes e passarinhos, além de venda de filhotes. Leve já seu bichinho de estimação para a Quatro Patas, no Jaú Shopping.

44 Revista Energia


M. Officer (14) 3416.0831

Um novo ano se inicia, novos sonhos e novas experiências. As roupas que usamos refletem a nossa personalidade e faz parte do nosso dia a dia. A M. Officer traz roupas para todas as ocasiões e momentos, buscando estar presente na sua vida sempre da melhor forma! Aproveite esse novo momento e venha conhecer nossa coleção!

VIVO

(14) 2104.2334 Para melhor atendê-lo, a Vivo está em novo espaço, no piso térreo do Jaú Shopping. A nova loja conta com um amplo espaço, ambiente climatizado e profissionais treinados para atendimento especializado. Venha conhecer a nova loja e todos os planos e promoções que a operadora oferece. A Vivo está localizada próxima da Portaria C do Jaú Shopping.

INTYMYDADE MODA ÍNTIMA (14) 2104.2336

Para você que procura os melhores itens em moda íntima, biquínis, meias e pijamas, o lugar certo é a Intymydade Moda Íntima, no Jaú Shopping. Com as mais famosas coleções de lingerie, a loja se destaca no segmento com as marcas: Valisere, Hope, Liz, Triumph e Duloren, além dos pijamas femininos Daniela Tombini, Sonhart, Vinci e Senilha; e de toda a linha Lupo. No setor masculino, as marcas de maior destaque são: Speedo, Cavalera e Red Nose. A Intymydade Moda Íntima trabalha ainda com a coleção infantil destas e de outras grandes marcas. Passe no Jaú Shopping e conheça a loja Intymydade Moda Íntima. Você vai se surpreender.

Revista Energia 45


Radar

Boa

Por Alexandre Garcia

Vida empilhada O grande poeta Mário Quintana (tão grande que não coube na Academia de Letras) escreveu, certa vez: Onde estão os meus verdes? Os meus azuis? O arranha-céu comeu! E ainda falam nos mastodontes, nos brontossauros, nos tiranossauros. Que mais sei eu... Os verdadeiros monstros, os Papões, são eles, os arranha-céus! Pensei na poesia de Quintana quando visitei, nas férias, minha cidade da juventude, onde os monstros estão substituindo os verdes e encobrindo o azul do céu. Para que tanto concreto, meu Deus?- perguntaria Drummond. Porém, os olhos das construtoras, das imobiliárias, não perguntam nada. Aqui na capital, onde moro, olho à distância para um bairro chamado Águas Claras. Nome enganoso! Os prédios sobem até quase o trigésimo andar. Parece Manhattan, vista de longe. E as águas das chuvas, que sempre deram equilíbrio ao cerrado, já não têm por onde escorrer e invadem escuras as garagens dos subsolos. Fico imaginando para onde se escoam os dejetos de tanta gente empilhada. O que ouvem do vizinho ao lado, em cima; que barulhos fazem para o vizinho de baixo, com o salto alto das mulheres e o arrastar de brinquedos das crianças. Crianças? Que perigos lá em cima! Nem conhecem um quintal, coitados, para se besuntarem de terra molhada, para subirem na laranjeira, para comerem goiaba com bicho e

46 Revista Energia

se imunizarem. Lá no alto, telas nas janelas, grades nas sacadas, os pobrezinhos vão se acostumando às prisões. E para chegar ao arranha-céu? Quatro famílias por andar, vinte andares, oitenta apartamentos, duzentos carros. Onde estacionar? Quinhentos prédios assim já entopem os acessos por asfalto. Ah, esses monstros, esses Papões! Por que as nossas cidades, de casa, jardim e quintal resolveram se transformar, derrubando a qualidade de vida? Ter apartamento é se contentar com fração ideal em lugar de ter um pedaço de chão, uma fração real da cidade. Alguns alegam segurança, como se os grandes prédios estivessem imunes a arrastões os assaltantes já descobriram que assaltar um prédio é de grande produtividade. Outros pensam que ter edifício é questão de prestígio, imitar cidade grande. As construtoras agradecem. Mas veja onde mora a maioria da população dos Estados Unidos e da Europa: em casas. Por que não nos sentimos tentados a imitar o primeiro mundo? Em muitos municípios, o legislativo local estabelece limites, um gabarito. Em outros, o gabarito é superado pela pressão dos incorporadores imobiliários. Pois em nossa maior cidade, São Paulo, parece que as pessoas estão voltando ao chão: 44% dos novos empreendimentos são de prédios de até cinco andares - e a maioria deles sobrados, com direito a quintal para o andar de cima. Estão recuperando o verde e o azul.


Revista Energia 47


Arte

Um autor jauense que lanรงou um livro em quadrinhos de uma das principais histรณrias de Shakespeare, Otelo.

Jozz em livraria, em noite de lanรงamento


Jozz,

arte jauense para todo Brasil Por Daniel Martins

Fotos: Arquivo pessoal

O

livro Otelo, do escritor inglês William Shakespeare, é uma das principais obras já produzidas para a literatura mundial. A história, escrita no século dezessete, é uma trama de traição, ciúme e outros ingredientes tensos. Agora o enredo pode ser visto também em forma de quadrinhos e feita pelo jauense Jorge Zugliani, ou simplesmente Jozz. Nascido em 1983, este jovem desenhista tem ganhado cada vez mais espaço entre os quadrinistas brasileiros. Formado em Design Gráfico e atualmente fazendo pós-graduação em Design Editorial, Jozz lançou o livro de histórias em quadrinhos “Otelo” com roteiro e desenhos criados por ele. Uma das dúvidas que pairava sobre a criação era se a obra seria voltada para o público original, o adulto ou, em se tratando de histórias em quadrinhos, se teria como foco as crianças e adolescentes. Jozz explica: “a proposta da editora era aproximá-la de outro público, mas, depois de muito esboço de texto e desenho, definimos que a linguagem das falas seria ‘simplificada’ para uso no ensino fundamental, po-

rém, fiz questão de manter a trama psicológica para que o livro pudesse ser apreciado também no ensino médio. E, claro, por adultos”. Jozz traz neste livro uma bagagem de outras publicações com as mesmas características. Em 2008 foi lançado O Circo de Lucca e, em 2010, Menhalos. Além disso, edita a revista Zine Royale, voltada para os quadrinhos, além de trabalhos para produtoras de TV e cinema como layout, storyboard e animação. Atualmente este é um mercado em crescimento no Brasil. Na década de 1990, os quadrinhos tinham pouca atenção pela mídia e um público mais reduzido. A partir do ano 2000, muitas mudanças ocorreram. O próprio autor Jorge Zugliani exemplifica que o número de produções independentes cresceu, assim como a quantidade de eventos como feiras, premiações, debates e palestras. Neste ano foram seis de grande porte. Para Jozz isso se explica pelo crescimento da economia brasileira, sendo mais fácil investir no ramo, material mais barato e surgimento de gráficas. “Mais autores começa-

Revista Energia 49


Paraolimpiadas

Inspiração: momento de colocar as ideias no papel

ram a dar a cara para bater, mais eventos surgiram para abrigar todo esse material. Consequentemente, o público aumentou, ao mesmo tempo em que a imprensa viu o movimento e passou a dar mais atenção”, comenta Jozz. Com a área em expansão, autores cada vez mais criativos e um jauense com muito talento no centro deste ramo, os quadrinhos tendem a voltar com força total e agradar a todas as idades.

50 Revista Energia

As publicações de Jozz estão disponíveis em várias livrarias


Revista Energia 51


Capa

O galo que virou

gavião Com passagens pelo XV de Jaú e Atlético-MG, zagueiro jauense agora é da fiel

Por Karen Aguiar • Fotos Leandro Carvalho

“S

er campeão brasileiro é indescritível. Foi a segunda maior felicidade que tive na vida. A primeira foi ver meu filho nascer.” Esse é Leandro Castán, 25 anos, que, de férias em Jaú, recebeu gentilmente a equipe da Revista Energia em sua casa para falar um pouco sobre sua trajetória no futebol, a pressão de jogar em um dos times mais importantes do país e a maior conquista: o Campeonato Brasileiro pelo Corinthians. Ao redor da piscina, sentado ao lado de seu pai, Marcelo Silva, o Marcelão do XV de Jaú, Castán nos deu todas as respostas – que você confere abaixo - com disposição e bom humor enquanto observava, em outro espaço no quintal, a esposa Bruna brincando com o filho Gabriel de 1 ano e 8 meses. 52 Revista Energia

O XV faz parte da minha vida. Meu pai defendeu o Galo da Comarca de 1982 a 1993. Nesse período, mesmo muito novo, eu já corria atrás da bola e o acompanhava nos treinos, concentrações e campeonatos. Ele foi minha grande inspiração. Quando me perguntavam: o que você vai ser quando crescer? Respondia sem pensar: jogador de futebol, igual ao meu pai. Poucos sabem, mas joguei pelo XV de Jaú. Comecei a treinar na escolinha em que meu pai era técnico e, com 14 anos, entrei para o Galo. Meu pai era técnico das categorias de base e tê-lo por perto me incentivava. Fui para o Atlético-MG no juvenil quando meu pai foi dispensado do XV. Mudei para Belo Horizonte assim que terminei o 1º ano do ensino médio. Treinava de ma-

nhã e à tarde, todos os dias. Meu rendimento na escola caiu e decidi, com a autorização do meu pai, trancar a matrícula e me dedicar somente ao futebol, retornando aos estudos assim que possível. Até chegar ao Corinthians, em 2010, joguei no Helsingborgs IF da Suécia, no Atlético-MG e no Grêmio Barueri. Tenho um carinho muito grande pelos times que passei e hoje, é claro, o Corinthians é um grande marco na minha vida. Meu contrato vai até 2013, quero e pretendo cumpri-lo. A vaga de titular foi uma realização. Quando fui contratado sabia que estava indo para compor o grupo. Assim que o zagueiro Willian se aposentou, Tite conversou comigo e me deu a oportunidade. Ele e todo time me deram suporte, confiaram em mim.


Quando entro em campo procuro esquecer e dar o melhor de mim. E, para falar a verdade, atÊ prefiro jogar com essa pressão. É um desafio a mais

Revista Energia 53


Capa

Tite não é bravo e sim, o paizão da equipe. O que mais me chama a atenção no treinador é o fato dele nos tratar igualmente, com simpatia e respeito, dos 11 jogadores que estão na linha aos que estão subindo para o profissional. Ele ganhou o grupo. Devemos nosso título a ele, que não nos deixou abater em momento nenhum. Estamos acostumados com a pressão da imprensa, principalmente no Corinthians. Sem contar a cobrança da torcida, da diretoria, além da pessoal. É preciso estar acostumado e adaptado. Por isso, quando entro em campo procuro esquecer e dar o melhor de mim. E, para falar a verdade, até prefiro jogar com essa pres-

Mesmo com todo o assédio da imprensa, Leandro não deixa de lado seu estilo despojado e brincalhão

54 Revista Energia

são. É um desafio a mais. Jogar com atletas de alto nível é uma honra. Todos são muito parceiros. O Roberto Carlos é humilde, engraçado e brincalhão. Já o Adriano é mais quieto, na dele, mas também muito humilde, um cara super do bem. Agora confesso que quando vi o Ronaldo (Fenômeno) quase não acreditei. Ele é um ídolo. Foi um prazer jogar ao lado dele. Um cara simples, gente boa. Admiro-o mais ainda hoje em dia. Tem até uma história sobre ele que aconteceu quando eu tinha 10 anos. Meu pai pode contar melhor... “Pois é, estávamos andando pelo centro de Jaú e passamos em frente a uma loja de materiais esportivos. Na vitrine, uma

Jaú é o meu refúgio. Procuro, sempre que possível, vir para minha cidade. Além de visitar a casa dos meus pais, construí esta casa onde reúno minha família e meus amigos.


camisa do Barcelona, número 9, do Ronaldo. Não deu nem tempo de desviar a atenção do Leandro. Ele viu, pediu, chorou, mas eu não tinha dinheiro pra comprar. Então entrei na loja, conversei com os vendedores, com o gerente e demos um jeito! Parcelamos em várias vezes o pagamento. E o melhor, ele tem a camisa até hoje.” Marcelo Silva Meu pai foi minha primeira inspiração. Hoje observo e tento aprender com os zagueiros Ruan e Lúcio, veteranos de alto nível que admiro e sempre acompanho nos jogos. A relação da religião com o esporte é total. Eu creio que Deus é quem está por trás de tudo que faço. Creio que foi Ele quem me deu a oportunidade de trabalhar e ser reconhecido por isso. Tenho muita fé e sempre que estou tranquilo, sozinho, leio a Bíblia e oro. Minha vida em São Paulo, por incrível que pareça, é bem tranquila. Morava em um apartamento ao lado do Centro de Treinamento, com minha esposa e meu filho. Mudamos recentemente para um condomínio na grande São Paulo, justamente para fugir da movimentação. Lá me recordo bastante de Jaú e isso é muito bom. Cresci aqui e quero que meu filho cresça em um lugar que seja ao menos parecido, com muito verde, bastante espaço e tranquilidade. Jaú é o meu refúgio. Procuro, sempre que possível, vir para minha cidade. Além de visitar a casa dos meus pais, construí esta casa onde reúno minha família e meus amigos. Um lugar que não deixo de ir quando estou aqui é na barraquinha do tio da pamonha, no centro, em frente a uma loja de departamentos. Costumo também tomar caldo de cana. São coisas que não se encontram com facilidade na capital. Ainda não tenho nenhum projeto social, mas participo de alguns. Doei camisas, faço visitas a hospitais e participo de vários jogos beneficentes na região, mas de Jaú, ainda aguardo o convite. Leandro veste: Paletó, camisa e gravata: Carlos Brusman. Bola oficial do Campeonato Brasileiro: LC Sports Revista Energia 55


Capa

Bate-bola

Expulsão na partida final: fui tentar falar com o Márcio Araújo do Palmeiras, que é meu amigo e jogou comigo, jogador que tentou tirar satisfação com Jorge Henrique (Corinthians) pelo chute no ar, e acabei entrando no meio da confusão, fui empurrado. Cheguei ao banco e faltavam 2 minutos. Aí foi só aguardar. Thiago Heleno: Não tenho nada contra ele. Conheço o zagueiro do Palmeiras faz um bom tempo. Treinamos nas categorias de base do Cruzeiro e Atlético-MG, respectivamente, times mineiros rivais.

hora, se Deus quiser, vai pintar uma oportunidade. Sonho fora do futebol: Ser um bom pai, um bom marido e um bom filho. Poder criar meu filho com paz e tranquilidade. 2011: Foi o ano da minha afirmação. Joguei praticamente todas as rodadas do Brasileirão, das 38 foram 35 delas e, ao todo, 60 jogos na temporada. 2012: Libertadores, lógico! (risos). Estarei totalmente empenhado para essa conquista que é tão desejada pelo clube. Família reunida: Bruna Castán com o marido e o filho Gabriel

Coisa de pai

Perguntado sobre o que sente ao ver o sucesso, e de ser a inspiração do filho, o pai, Marcelão, se emociona: Fui jogador também, inclusive na mesma posição dele, e me sinto muito mais realizado vendo meu filho sendo campeão em um time grande, do que se eu estivesse jogado em um. Vejo nele a realização de um sonho meu. Sou um pai muito orgulhoso.

Orgulho: Leandro e o pai Marcelo

Na final, estávamos todos com os ânimos exaltados, mas foi tranquilo e já passou. Estou curtindo o título, isso sim. Futuro: Trabalhar, fazer meus investimentos e ter uma vida estabilizada para curtir meu filho e minha família. Europa: Tenho vontade, mas já tive uma experiência mal sucedida quando joguei na Suécia, uma cidade muito fria, fui sozinho e não tive muito apoio do time, fiquei até traumatizado. Agora tenho mais maturidade para analisar alguma possível proposta. Mas, no momento, não penso nisso. Estou muito feliz no Corinthians. Seleção brasileira: Um sonho. Sei que existem muitos jogadores de qualidade na minha frente, mas devagarzinho “a gente chega lá”. Conquistando titulo, mantendo um bom desempenho, uma 56 Revista Energia

Doei camisas, faço visitas a hospitais e participo de vários jogos beneficentes na região, mas de Jaú, ainda aguardo o convite Leandro exibe o troféu de campeão brasileiro. Sonho realizado!


A relação da religião com o esporte é total. Eu creio que Deus é quem está por trás de tudo que faço

Revista Energia 57


depois

Antes e

ANTES

Por NEURA & SILVIA

adorei! é sempre bom inovar, apostar nas tendências. Isso melhora a auto-estima.

Marina De Giacomo

Cabelo

A cabeleireira Fabiana Vomero, da equipe Neura & Silvia, optou pela técnica ombré hair, que clareia apenas as pontas dos cabelos. Apostou em um corte levemente repicado com pontas desfiadas, que valoriza o rosto e é ideal para o verão.

Fotos: Leandro Carvalho

Maquiagem

O maquiador e designer do salão Neura & Silvia, Fernando Queiroz, preparou a pele da modelo aplicando o Primmer Facial, em seguida utilizou a Base Líquida de Alta Definição e o Flash Iluminador da linha Make B., do Boticário. Nos olhos usou cores ousadas da linha Make B. Infinit Collection, que são tendências da estação. Para realçar o olhar aplicou a Máscara para cílios Special Colors Infinit Collection e Lápis de esfumar olhos Make B. Para finalizar o look aplicou nas maçãs do rosto o Blush Make B. Infinit Collection Rose e nos lábios Make B. Brilho Labial Rose Glam, todos os produtos do Boticário.

Produção

Marina veste roupas e acessórios Dos Dan’s Boutique.

Serviço Neura & Silvia Rua: Marechal Bittencourt, 205 | Centro | Jaú Fone: 3622.4093 | 3622.7142 Dos Dan’s Boutique Alameda Joaquim Matozinho, 26 Centro | Jaú Fone: 3622.0247

58 Revista Energia

DEPOIS

Estudante, 16 anos


Revista Energia 59


kids

Look

Por Leandro Carvalho

60 Revista Energia


Crianças

Henrique Rossi Veloso Beatriz Urbano

Locação

Balla Kids Fone: (14) 3624.4003

Revista Energia 61


Varal

Fotos Leandro Carvalho

Gold Silver:

Lucy Modas:

Av. do Café, 416 Fone: (14) 3622.7466

Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.1858

Krika Modas:

Rua Edgard Ferraz, 283 Fone: (14) 3624.5679

Carlos Brusman: Rua Amaral Gurgel, 249 Fone: (14) 3622.7682

62 Revista Energia


M.Officer:

Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.0831

Vestylle Megastore:

Rua Edgard Ferraz, 281 Fone: (14) 2104.3500

Revista Energia 63




66 Revista Energia


Revista Energia 67


Moda Por Flávia Aldrovandi

moda@revistaenergiafm.com.br

Snake Print As estampas de cobra que viraram it das celebridades e das nossas marcas preferidas, com peças coloridas e até em lantejoulas, estão fazendo o maior sucesso lá fora e agora no Brasil. Vamos ficar por dentro das tendências com a Revista Energia!

Vestidos: Vestylle MegaStore 68 Revista Energia

Rihanna


Vazados

Depois da renda mostrar toda a sua sensualidade, agora Ê a vez dos vazados deixarem a mulher elegante e sensual na medida certa. O vazado quebra a seriedade das peças, permitindo brincar com looks e cores! Vestidos e blusa: Vestylle MegaStore

Revista Energia 69


cultural

Guia

Por Heloiza Helena Zanzotti

Filmes

Livros Sem Saída

O que você faria se encontrasse sua própria foto em um site de pessoas desaparecidas? O adolescente Nathan Harper (Taylor Lautner) é confrontado por esse dilema. À procura de sua identidade verdadeira, Nathan rapidamente descobre que seus pais estão muito longe de ser o que dizem que são. Quando a polícia, agentes do governo e figuras obscuras começam a persegui-lo, Nathan precisa buscar a verdade.

O Zelador Animal

Boa gente, Griffin (Kevin James) trabalha há 15 anos como zelador num zoológico e está cegamente apaixonado por Stephanie (Leslie Bibb), uma perua superficial que exige que ele largue o emprego, se quiser casar. E ele quer. Porém, quando os animais do zoológico percebem que vão perder seu querido zelador, recorrem a uma tentativa desesperada: revelam saber falar com os humanos e tentam convencê-lo a não deixar o cargo.

Conan, O Bárbaro

A refilmagem do longa-metragem de John Milius, de 1982, recria a história de Conan (James Momoa), que vive no continente Hyboria e sai em missão que irá vingar a morte de seu pai (Ron Perlman) e o massacre da aldeia onde vivia. Na jornada, torna-se o grande defensor para a sobrevivência da nação.

70 Revista Energia

Steve Jobs Walter Isaacson

Este livro, baseado em mais de quarenta entrevistas com Steve Jobs - e entrevistas com familiares, amigos, colegas, adversários e concorrentes -, narra a vida deste empresário, cuja paixão pela perfeição e cuja energia contribuíram para seis indústrias - a computação pessoal, o cinema de animação, a música, a telefonia celular, a computação em tablet e a edição digital.

A Lógica do Consumo Martin Lindstrom

Em ‘A Lógica do Consumo’, Martin Lindstrom apresenta ao leitor os bastidores das pesquisas que explicam por que determinado produto vende e mostra como o nosso cérebro responde aos muitos estímulos da propaganda. O autor apresenta casos reais de estudos de neuromarketing para desfazer mitos como, por exemplo, o impacto do sexo na mente do consumidor.

O Forte - Bernard Cornwell

Três anos após a declaração de independência dos Estados Unidos, uma frota inglesa se instala em um vilarejo e dá início à construção de um forte. As tropas americanas reagem rápido e preparam a maior expedição jamais montada até então para tomar o forte e expulsar os ingleses. A sangrenta batalha porá em lados opostos o general inglês Francis McLean e o general americano Peleg Wadsworth. Porém, os desenlaces desse confronto serão surpreendentes para todos.


Decoração

2012 está aí Por Adriana Rubia Especial para Revista Energia

Estamos começando 2012 e nada melhor que começar com o pé direito não é? Inicia-se mais um ciclo, repleto de novas possibilidades e sonhos. Agora é a hora de reabastecer as energias para que esse novo ano seja especial. Além de ajustarmos nossa energia pessoal, é muito importante arranjar a energia que envolve sua vida, afinal, sua casa é uma representação simbólica de você mesma. Mas o que é essa energia? Há muitas definições: movimento, equilíbrio, paz, força, expansão, nascimento, natureza e bem-estar. Também possui muitos nomes: ki, axé, prana, chi, energia vital, sopro divino, vida. Seja o que for, a energia existe no universo todo circulando pelo planeta e pelos ambientes de nossa casa e trabalho. Logo, moramos e trabalhamos em ambientes “cheios de energia”, com a qual interagimos constantemente, por isso é muito importante equilibrá-las.

Algumas dicas simples para começar o ano com muito mais energia: Limpe os cantos e armários, livrese de tudo que não precisa mais; Livre-se de objetos que tragam para o presente energias de um passado triste; Os objetos devem estar associados a boas lembranças; Use velas: a vela energiza há séculos o ser humano. Fotos: seja num porta-retratos de parede, sejam expostas em prateleiras altas, fotos sempre vão estimular nossas vidas; Crie um ambiente vibrante, alegre, colorido, claro e cheio de saúde; Distribua plantas em abundância por toda casa; Remova qualquer objeto que impeça a porta de abrir totalmente; Descubra o que representa ou simboliza o amor para você e encha sua casa com isso; Projete um novo campo energético e notará que a vida e as pessoas ao seu redor responderão a essa nova energia e o Universo que a cerca aderirá, absorvendo e transmitindo o que está projetando.

Comece com essas dicas simples, e logo sentirá os bons resultados em sua vida. Um ótimo 2012, repleto de muitas alegrias e realizações! Revista Energia 71


Fitness

Por Marcelo “Tchelinho” Macedo

A arte das oito armas O

riginária da Tailândia, a luta Muay Thai caracteriza-se pelo uso dos punhos, cotovelos, joelhos, canelas e pés e, ainda, um bom preparo físico que a torna uma luta de contato total, muito eficiente. O Boxe Tailandês, como é conhecido popularmente no Brasil, é um esporte milenar (com mais de dois mil anos de origem). Esta arte também possui suas graduações, mas não em forma de faixa como Judô e Jiu Jitsu, e sim em Kruang, que nada mais é que um pequeno cordão enrolado acima do bíceps e antes do ombro esquerdo. Na parte profissional de luta são cinco rounds de três minutos por um de descanso. É obrigatório o uso de luvas para o combate. No início do combate começa a tocar

72 Revista Energia


uma música tailandesa por todo o round, chamada de Ramuay (não são todos os países que a usam). A Ramuay é tocada em respeito aos espíritos do Muay Thai, treinadores e lutadores desta arte. Ficam ao redor do ringue três jurados e, em cima do ringue, um árbitro. O Muay Thai além de socos, cotoveladas, joelhadas e chutes, utiliza ainda mais de 500 repetições, com os atletas perdendo até 1000 calorias entre 1h e 1h30. Esta luta foi associada às academias de ginástica com um ritmo de música, pela grande perda de caloria e de movimentar todo o corpo: a pessoa consegue trabalhar coxa, bumbum, cintura (devido aos chutes), os tríceps, ombros, costas e peitoral (devido aos socos), virando a nova aposta feminina para se chegar em forma no verão. O esporte já conquistou adeptas famosas como as atrizes Christine Fernandes, Thaila Ayala, Giselle Policarpo, a apresentadora Sabrina Sato, Angélica e a cantora Negra Li.

Indicações: Se o seu interesse for defesa pessoal e/ou manter a forma, este esporte é o ideal. O Muay Thai ajuda a emagrecer e fortalece a musculatura.

Cena do filme ONG-BAK, em que o protagonista é o famoso lutador de Muay Thai, Tony Jaa

Contraindicações e cuidados: Não é aconselhável para os que têm problemas no joelho ou articulações. No início, o aluno deve praticar os movimentos com os sacos de areia e só depois partir para exercícios em dupla, para não se machucar.

Muay Thai, junto com a defesa pessoal, ensina também alguns princípios que um lutador de Muay Thai deve seguir que são: honra, lealdade, disciplina e o respeito ao próximo.

Revista Energia 73


Tratamento

O que é A palavra Biofeedback significa “biorretroalimentação” e é uma técnica de autocontrole, geralmente associada à Terapia Cognitivo-Comportamental.

E

sse termo, biofeedback, foi usado por Barbara Brown, em 1969, durante a criação da Biofeedback Research Society, nos EUA. Podemos definir essa técnica como “um grupo de procedimentos terapêuticos que utilizam instrumentos eletrônicos para uma mensuração fidedigna, processada e retroalimentada, para os pacientes e seus terapeutas, promovendo informação psicoeducacional.” Em outras palavras: é um tratamento não-farmacológico, que usa instrumentos científicos para medir, ampliar e dar feedback de informações fisiológicas

74 Revista Energia

ao paciente que está sendo monitorado. Essas informações auxiliam o paciente a entender o que está acontecendo com seu corpo naquele exato momento e, assim, conseguir modificar seu estado físico e mental, conseguir o autocontrole. É um processo de condicionamento operante, no qual os pacientes aprendem a ganhar autocontrole sobre as funções fisiológicas (por exemplo, a contração muscular, os batimentos cardíacos, a respiração). Essas funções fisiológicas normalmente não são conscientemente percebidas ou controladas por nós e, durante muito tempo, achou-se que seria

Fotos: Arquivo pessoal

Por Luciana Campaner


Biofeedback?

impossível termos controle sobre nossos batimentos cardíacos, nossa pressão arterial e outras funções corporais. Atualmente, o biofeedback é empregado em diferentes áreas, tais como: educação, psicoterapia, medicina comportamental, medicina psicossomática, psicologia hospitalar, psicologia do esporte, reabilitação neuropsicológica, reabilitação neuromuscular, jogos eletrônicos e neuromarketing. O objetivo é auxiliar os pacientes a desenvolverem consciência, confiança e um aumento no controle voluntário dos seus processos fisiológicos, que estão normalmente fora da consciência ou com baixo controle voluntário, sendo primeiramente controlado por sinais externos e então, por meio de cognições, sensações, ou outros meios, prevenir, parar ou reduzir sintomas. Podemos usar o biofeedback conjuntamente com tratamentos médicos e psicoterápicos. Os usos mais comuns são no auxílio do tratamento da cefaléia (veja matéria na pág. 20), bruxismo, hipertensão, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), insônia, reeducação neuromuscular, psicologia do esporte, incontinência urinária e fibromialgia. A utilização do tratamento com aparelhos de biofeedback é totalmente segura, pois não é invasiva.

Revista Energia 75


Tratamento No Brasil ainda consideramos um tratamento novo, mas essa técnica já é utilizada nos EUA desde a década de 60. A grande restrição de uso em nosso país ainda se deve ao alto custo dos equipamentos (importados) e de profissionais capacitados, uma vez que os cursos nessa área ainda são escassos por aqui, fazendo com que o profissional tenha que fazer uma formação no exterior.

biofeedback É um tratamento nãofarmacológico, que usa instrumentos científicos para medir, ampliar e dar feedback de informações fisiológicas ao paciente que está sendo monitorado.

76 Revista Energia


Revista Energia 77


club

Social

Por Juliana Galvão

social@revistaenergiafm.com.br

Cultura

Waldete Cestari lançou, em novembro, o livro “Um Cão de Outro Mundo”, que além da narrativa, conta com receitas da filha Juliana e seu genro Luiz Otávio. Jauense, fez questão de realizar toda a parte técnica do livro nesta cidade e também destinar parte da renda à Apaja e ao Nosso Lar. Foi prestigiada por muita gente que fez questão de comparecer ao lançamento.

2

1

1. Waldete Cestari autografando um de seus exemplares 2. Luiz Otávio Henriques de Abreu, Juliana Cestari de Abreu e Waldete Cestari 3. Vera Maria Párice e Cilene Franceschi 4. Júlio Polli e Fernão Prado 5. Luciana Spirandeli com os filhos João Pedro e João Vítor 6. Otaviano Bernini, Betinha e Laura Rocchi

3 4

6 78 Revista Energia

5


Arezzo

A inauguração da Arezzo foi mais um presente para a cidade de Jaú, idealizado por Walter Raposo e Daniel Varela. A marca super conhecida e consagrada traz para a cidade uma coleção de sapatos, bolsas, carteiras e outros acessórios de extremo bom gosto e qualidade, e claro que foi muito bem recebida por gente bacana da cidade.

1

2

5

6 7

3

1. Os proprietários Walter Rapozo e Daniel Varela acompanhados das respectivas esposas Desirée e Mariana 2. Carlos Martins e Luan Buoso 3. Ângela Ometto Dias, Roberta Mantelli e Vanessa Bergamini 4. Camila Kakoi e Daniele Rios 5. Marina Bauer 6. Samira de Bastiani 7. Eva Panucci

4 Revista Energia 79


club

Social

1. Andréa Aroni Fregolente 2. Andréa com o namorado João Carlos G. Carlstron 3. Com as irmãs Carolina e Beatriz 4. Bruno Sartori e a esposa Juliana 5. Enrico Barauna, Sylvia Bauer Barauna, Beatriz Bianco, João Carlos G. Carlstron, Ana Lucia Pacheco, Cláudio Montenegro

Parabéns

1

Andréa Aroni Fregolente comemorou seu aniversário de 30 anos no restaurante Rosa Maria em SP, onde recebeu diversos convidados, dentre eles, gente da terrinha.

3

2

4

6

80 Revista Energia


2

1

Bocada

Marcelo Romeiro, Marcos Corrêa, Marcos Beluca, Cássio Almeira Prado e Otaviano Tonon comemoraram o aniversário entre amigos queridos, em festa super animada realizada no finalzinho de dezembro.

3 4

1. Daniel Brandão, Guilherme Prado Costa e Paulo Caldeira 2. José Vicente Eleutério, Otávio Neuber Simões Filho, Rodrigo Grizo, Otaviano Tonon, Fábio Romeiro e Roberto Modesto Barbosa Junior 3. Suzana Zampieri, Patrícia Almeida Prado e Gustavo Teixeira e 4. Carolina Chacon Joana Romeiro e Eldes Marangoni 5. Gabriela Guedes e José Nelson Galvão 6. Ana Elisa Brandão e Christiano Anjos 7. Thiago Pelegrina 8. Marcelo Romeiro

7

8

5

6 Revista Energia 81


club

Social

Mitrus Proprietários da Mitrus Corretora de Seguros reuniram parceiros e amigos para o coquetel de inauguração da nova sede da empresa.

2 1

4 5

3

6

Fotos: Natasha Gonzales

1. Os proprietários Critiano Miranda e André Trufino com a gerente da Porto Seguro, Paula Pegoraro 2. André, Pedro Alcalde e Cristiano 3. Os proprietários da Mitrus e as esposas: Cristiano Miranda e Fabiana Miranda, Andréa Carrara Trufino e André Trufino 4. Edson Soares, Pedro Sanchez Alcalde, Cristiano Miranda, André Trufino e Clóvis Romaqueli 5. Sérgio Granna, Alexandre dos Santos e Ezequiel Marim 6. Thiago Tochetti, Carlos Lyra, Eliseu Valdrighi, Marcio Martins

82 Revista Energia


e.

Canal

A Associcana participou da campanha Natal Solidário do FUSS

Associcana, através do seu Diretor Presidente, Eduardo Vasconcellos Romão, foi até a sede do FUSS de Jaú e entregou nas mãos da Presidente do FUSS, Drª Caroline Franceschi, 500 brinquedos para serem doados para as crianças assistidas pela Campanha Natal Solidário.

Orgulho!

Jaci Toffano realizou viagem de duas semanas à China a convite da Federação ALL WOMEN’S CHINA durante o mês de novembro. Escolhida entre seis mulheres brasileiras para representar o Brasil no Forum sobre Mulheres e Desenvolvimento Sustentável realizado em Beijim, registrou o nome de Jaú ao lado do seu nome. Esse Forum foi um preparo para o Rio + 20. Ainda em Beijim, Jaci tocou piano em público e foi ouvida pelo vice-presidente da China e pelo prefeito de Beijim. Uma Equipe imbatível, com alto astral, é o pessoal da Unopar rodeando a querida coordenadora Josiane de Camargo Ferraz da Silva

No inicio de novembro, o Deputado Federal Ricardo Izar conquistou a disponibilização de recursos no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), verba esta liberada por solicitação ao Governador Geraldo Alckmin junto a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo e que servirá para ajudar na aquisição de equipamentos para a Associação e Movimento de Assistência ao Indivíduo Deficiente (AMAI), a qual desenvolve trabalhos sociais em Jaú.

Jaci e a colega Maryvan (também da delegação) em visita ao Parque dedicado a preservação da memória da DINASTIA LEE

A competente Karen Aguiar, da nossa equipe de redação, com seus pais Darci e Ricardo, comemorando sua graduação em jornalismo

O jauense Jorge Zugliani, o Jozz, em lançamento do gibi Otelo, obra de Shakespeare. Talentoso, além da dedicatória, desenhava exclusivamente para os leitores em aquarela.

Revista Energia 83


Churrasco

Como deixar a carne macia? Varejão de Carnes Popular Especial para Revista Energia

Essas dicas não servem somente para churrasco. Podem ser utilizadas em outros tipos de preparos como cozidos, carnes de panela e bifes.

1 2

Corte a carne contra o sentido das fibras: assim os dentes só terão o trabalho de separar as fibras e triturá-las com muito mais facilidade;

Prepare-a sempre com a gordura: quando a carne possui uma capa de gordura, só a retire após o prato pronto, já que essa gordura entra na carne, aumentando sua maciez;

3

Leite de mamão verde: algumas gotas na carne crua já bastam, sem alterar o sabor. O amaciante de carne vendido no mercado tem um gosto forte e pode alterar o sabor da carne. Alguns sucos de frutas (laranja, abacaxi, figo) agem semelhantes ao leite de mamão e são mais fáceis de encontrar;

4 5 6

Os cortes traseiros geralmente são mais macios que os dianteiros, por serem menos trabalhados pelo boi;

Furar a carne facilita a evaporação de sua suculência, o que tira boa parte da maciez da carne;

Agora, com estas dicas, só resta planejar aquele churrasco com a família e amigos.

84 Revista Energia

As ‘marinadas’ geralmente têm vinagre ou alguma substância semelhante, que agem como enzimas amaciando a carne.


Revista Energia 85


Gourmet

Por Mario Netto

Mario Franceschi Netto Formado pelo SENAC, já trabalhou no Grande Hotel Águas de São Pedro, Café de la Musique em São Paulo e, atualmente, faz o curso Master de cozinha em Parma, na Itália, no instituto ALMA.

Spaghetti alla carbonara Ciao amici lettore Hoje trago para vocês uma receita muito saborosa, apetitosa e também muito fácil de se preparar, que nasceu na cidade mais bonita da Europa e que traz consigo todo o seu esplendor na simplicidade dos ingredientes e no seu sabor marcante. É o spaghetti alla carbonara, que nasceu em Roma. A origem do spaghetti alla carbonara é um tanto nebulosa, alguns dizem que foram os Carbonari da região italiana de Umbria que, no século dezenove, trouxeram para a cidade de Roma esta receita. Outros dizem que foi um nobre napolitano de nome

Ippolito Cavalcanti que publicou essa receita em um de seus livros. Dizem ainda que essa receita nasceu durante a segunda guerra mundial, quando os americanos traziam consigo grandes quantidades de bacon e ovo em pó que faziam parte de seus mantimentos e usavam esses ingredientes para comer junto com o macarrão. O que ninguém discute é que foi pelas mãos dos chefs romanos que essa receita se tornou um clássico italiano conhecido no mundo inteiro. Sem mais demoras, vamos ao que interessa!!

Dica: nunca coloque o macarrão com o molho no fogo, porque isso fará com que se cozinhe os ovos parecendo que “talhou” a receita.

Buon appetito a tutti. 86 Revista Energia


ingredientes Para 4 pessoas: 150g de bacon (com bastante carne e pouca gordura) 2 colheres de sopa de azeite de oliva 150g de queijo de cabra curado (pode-se usar o parmesão também) Pimenta do reino a gosto 350g de spaghetti 5 gemas, mais um ovo inteiro.

Modo de preparo Coloque uma panela com água e um pouco de sal para ferver. Corte o bacon em cubinhos ou em tirinhas e, em uma frigideira, frite o bacon com o azeite até que eles fiquem bem crocantes, tomando cuidado para não queimar. Tire a frigideira do fogo e deixe esfriar um pouco. Enquanto isso, em uma tigela grande que caiba todo o macarrão, bata as gemas e o ovo inteiro, acrescente o queijo e o bacon frito e misture tudo muito bem. Por último, acrescente a pimenta do reino na quantidade desejada. Nesse meio tempo a água já deve estar fervendo. Coloque o macarrão para cozinhar e quando o macarrão estiver “al dente” (quer dizer: pegue um macarrão da panela e corte, se ele tiver só com um fiozinho branco no meio ele estará “al dente”), tire a panela do fogo e escorra o macarrão. No mesmo instante coloque o macarrão na tigela com os outros ingredientes e um pouquinho da água do cozimento do macarrão. Mexa tudo até o macarrão ficar amarelo e sirva imediatamente.

Mais de 15 opções gastronômicas em ambiente climatizado e seguro. Amplo estacionamento com serviço de manobrista. Um lugar especial para a família e os amigos se divertirem!

Todos os dias, das 10h às 23h Avenida Dr. Quinzinho, 511 Fone: (14) 2104.2300

Revista Energia 87


Vinhos

Por Paulo Agnini Especial para Revista Energia

Borgonha Os excelentes Borgonha tintos são absolutamente sensuais

Diante da conhecida pergunta: “Se você só pudesse levar um vinho para uma ilha deserta, que vinho levaria”? Muitos zelosos apreciadores de vinho responderiam instantaneamente: um Borgonha. Não apenas porque os melhores Borgonha-Bourgogne, em France, sejam extraordinários (e são) ou tenham um gosto fenomenal (e têm). É que um excelente Borgonha evoca duas coisas que a maioria dos vinhos não consegue: emoção e intriga. Se fosse economicamente possível beber excelentes Borgonha o resto da vida, a maioria das pessoas provavelmente jamais se cansaria. Afinal, o Borgonha tem múltiplas cartas escondidas na manga. O que faz com que esse vinho, de uma região retirada, seja tão atraente? Sobretudo os excelentes Borgonha brancos são impressionantemente complexos. Bebê-los pode ser um delicioso exercício de paciência, à medida que as camadas de sabor se revelam uma após a outra. Os excelentes Borgonha tintos são absolutamente sensuais. Durante séculos têm sido descritos de modo erótico, e bebê-los tem sido comparado, entre outras coisas, a se apaixonar. Essa sensualidade se estende além dos sabores e aromas terrosos, provocantes, desses vinhos. Os principais Borgonha, brancos e tintos, possuem texturas atraentes que se misturam, dançam ou explo-

88 Revista Energia

dem no palato de modo inesquecível. Os vinhedos da Borgonha são plantados principalmente com duas variedades de uva: chardonnay e pinot noir. Ambas adquirem a sua maior elegância se plantadas em clima relativamente frio, e a Borgonha tem esse clima. De todas as regiões vinícolas do mundo, famosas pelos vinhos tintos, a Borgonha é a mais fria e a mais ao norte. O aspecto negativo é que há anos em que a falta de sol e/ ou a frequência de chuva resultam em uvas que não amadurecem completamente, resultando vinhos consideravelmente menos saborosos. Esses anos não tão ideais não são incomuns e, em consequência, há diferenças muito aparentes entre as safras de Borgonha. Apesar da variação das safras, os Borgonha e as exaltadas experiências que evocam não dependem umas das outras. Na verdade, beber um Borgonha é uma loteria, até os mais caros podem ser decepcionantes. Um grande Borgonha pode ser fascinante, porém um ruim é quase deprimente. Um Borgonha faz com que se fique adivinhando, que se fique sempre no limite. Mas isso também faz parte da estratégia de sedução.


Informe Publicitário

Chegou o verão! Hora de sanduíche natural! Padaria Santo Antonio Especial para Revista Energia

O verão é a estação do ano mais propícia ao consumo de sanduíches naturais devido às altas temperaturas e à maior preocupação das pessoas com a forma física. O setor de alimentação saudável teve um crescimento de 87% nos últimos 10 anos. E o mercado para sanduíches naturais cresce ancorado nos novos padrões de consumo da chamada “geração saúde”. Embora faça referência ao termo “geração”, este comportamento pode ser identificado em pessoas de todas as faixas etárias – dos jovens aos idosos. Não é raro ouvir os nutricionistas indicarem às pessoas para que optem por consumir alimentos mais leves no verão. E, nesse caso, os sanduíches naturais surgem como um componente quase indispensável na composição do cardápio diário nesta época do ano. Neste verão excluam do cardápio frituras, alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, troque-os por uma alimentação leve e mais saudável, como lanche natural, suco de frutas, água de coco, água e frutas. Aproveite, afinal de contas, só temos verão uma vez no ano.

Revista Energia 89


vida

Boa

Por João Baptista Andrade

Comida do fim do ano

Se você está lendo a coluna é porque estamos em janeiro de 2012 e o mundo não acabou. No ano passado as profecias dos observadores de asteróides davam conta do extermínio da existência no planeta, o que nos causaria a todos certo dissabor e desconforto, estou correto? Os pessimistas se desesperaram pensando na vida assim, perdida de forma tão besta. Os otimistas resolveram sair torrando todas as suas economias (e até um pouco mais), confiantes que as dívidas não seriam executadas no além. Entretanto, eu penso que boa parte da população optou por um comportamento meio termo. Nada de compras despropositadas ou estapafúrdias; nada de dívidas desnecessárias: vai que o mundo não acaba... Por outro lado, de que adianta tanta dieta, tanto esforço, tanto sacrifício, tanta ginástica: vai que o mundo acaba... Como agravante, tivemos ainda as festas de final de ano. Essa coisa cristã e pagã ao mesmo tempo. Um verdadeiro carnaval de tentações à mesa e uma hecatombe de consumo desenfreado. Como se o mundo fosse realmente acabar... Assim foi que entre o medo das previsões, a pressão social pelas compras e o cansaço característico do final do ano, é muito provável que o dileto leitor tenha se deixado levar pelos prazeres da mesa. Afinal de contas, temos essa profusão de perus, cordeiros, galinholas, salpicões, rabanadas, peixes, assados, lentilhas, fios de ovos e outras maravilhas. Muito vinho e, porque não, uma cervejinha gelada que o calor de dezembro costuma ser brabo. E as confraternizações? É o pessoal do escritório, da repartição, da fábrica e por aí vai... Foi tanta gente querendo tomar uns tragos contigo que, mesmo só fingindo que bebia, você acabou bebendo em excesso. Mas como o mundo não acabou (não tenho como saber isso no momento em que escrevo, mas rezo que assim tenha acontecido) está na hora de retomar a rotina. Quanto aos excessos, não se preocupe. Não importa o quanto você comeu e bebeu entre o Natal e o Reveillon. Isso é passado, exatamente como as profecias que não vingaram. Tome cuidado com aquilo que vai ingerir entre o último Reveillon e o próximo Natal, que tudo vai dar certo.

Feliz 2012!

90 Revista Energia


Revista Energia 91


Relacionamento Por Ana Suy Sesarino

Ano novo, vida nova!

92 Revista Energia

Dizem que é assim. Mas, na prática, a gente sabe que várias promessas de ano novo ficam pendentes por vários anos. Há coisas que, por mais que queiramos mudar, não conseguimos. Exemplifico. Para uma mãe que trabalha o dia todo e já é “esquentada” por natureza, fica muito difícil chegar em casa e passar no seu filho, que aprontou durante o dia, uma bronca contida. Facilmente ela grita, e só se dá conta disso depois, quando já está irritada. E por mais promessas que façamos, por mais ondas que pulemos na praia, por mais sementes de uva que guardemos, há coisas que repetimos. E se fazemos de novo não é por descaso ou conveniência, mas é porque mudar é uma coisa muito difícil. Se você não gosta de estudar, provavelmente não vai ser de um ano para o outro que vai deixar de ficar em recuperação no colégio. Se você está infeliz no casamento, mas quis esperar as festas de fim de ano para se separar, então é muito provável que você também espere pela Páscoa, pelas férias dos filhos e, depois, por mais festas de fim de ano. Posso parecer pessimista falando desse modo, mas se digo assim é porque acredito que mudanças de comportamento, mudanças de relações e de vida são apenas reflexos de mudanças interiores. Geralmente a gente muda de dentro para fora e não de fora para dentro. É por isso que há mulheres que acham sempre o mesmo tipo de parceiro, terminam uma relação porque fulano é infiel, e acham outro infiel, depois outro e mais um. Repetimos as besteiras que fazemos na vida porque elas mostram um modo de funcionamento nosso e, se funcionamos assim, não é à toa. Sempre temos bons motivos para as nossas escolhas, ainda que elas nos tragam prejuízos. No exemplo da mulher com o homem infiel, pode ser que ela fique extremamente satisfeita a cada vez que descobre uma traição, pode ser que o companheiro seja muito gentil com ela, porque tem a consciência pesada. E então, sem se dar conta disso, essa satisfação que ela sente quando descobre uma traição é o suficiente para mantê-la em relações que funcionem assim. Portanto, o começo de um ano novo pode ser um bom motivo para diversas mudanças. Ou pode ser apenas um número novo para um ano velho. Assim, para esse ano, espero que as mudanças realmente aconteçam. Que 2012 se renove dentro de cada um, e não apenas no calendário.


Revista Energia 93


Empresarial

Por Antônio Paulo Grassi Trementocio

Leis trabalhistas: ou mudamos, ou...

simplesmente protegê-lo de uma crise social com altos níveis de desemprego. O trabalhador jamais perderia os seus direitos sociais já conquistados, eles apenas se adequariam à realidade econômica e social vivida pelas empresas. Assim, é necessário ouvir a voz inclusive do próprio trabalhador, de que a flexibilização das normais trabalhistas seria o único instrumento político social que possibilitaria o desenvolvimento econômico e o progresso social do Brasil e de todos os seus cidadãos. O “equilíbrio” nos “deveres” seria o parâmetro para a eficaz regularização do mercado de trabalho.

Estatísticas Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicam que há cerca de 200 milhões de desempregados no mundo. O nível mais alto desde a Grande Depressão, nos anos 30. Segundo o IBGE, o número de desempregados nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil alcançou, em fevereiro, 1,5 milhão. A Igreja reconhece o trabalho como uma atividade nobre, relacionada à obra criadora do próprio Deus. O trabalho, na verdade, é antes de tudo um direito, e “a ordem econômica que lhe rejeitar, recusa-lhe o direito a sobreviver”. As normas trabalhistas tiveram uma fase de conquistas, que aconteceram de forma exagerada, criando uma situação extremamente paternalista, em uma época de economia fechada (1943). Agora precisam, urgentemente, passar por uma reforma legal para se adaptarem à realidade social vivida pelo empresariado brasileiro. Não podemos mais viver em um país onde os encargos sociais e trabalhistas exacerbados roubam a saúde financeira do empresário, que deixa de contratar e criar novos empregos por conta desses encargos excessivos. E quando necessita contratar, muitas vezes o faz de forma informal, assumindo riscos muito graves, gerando muitos processos, abarrotando os Fóruns Federais. A flexibilização das normais trabalhistas, com a diminuição dos encargos sociais, traria enormes benefícios à sociedade e ao próprio trabalhador, visto que teríamos a criação de novos postos de trabalho e, consequentemente, a diminuição do desemprego e todas as contratações realizadas de forma legal, desobstruindo os Fóruns Federais e possibilitando ao trabalhador experimentar os benefícios dessa legalização. Ou seja: uma flexibilização nas leis viria, na verdade, reforçar o princípio de justiça e segurança, uma vez que pode significar a continuidade do próprio emprego. As estatísticas confirmam que o Brasil é um país com um dos maiores níveis de encargos sociais. Para cada folha de salários que custe 1000 unidades monetárias, as empresas gastam quase 920 unidades adicionais com encargos sociais. Ao se incluir o 13º salário, isso chega 102%” (PASTORE apud CASTELO, 2000)!!! A Itália “gasta” 51%, a Bélgica 45% e a Dinamarca aproximadamente 12% (CASTELO, 2000). É importante mencionar que a flexibilização não visa a prejudicar o trabalhador, mas 94 Revista Energia

De acordo com pesquisa do IBOPE, quando perguntado qual o maior medo das pessoas, 63% temem perder o emprego. Para cada folha de salários que custe 1000 unidades monetárias, as empresas gastam quase 920 unidades adicionais com encargos sociais. Ao se incluir o 13º salário, isso chega 102%.


Pergunte...

... a RE responde!

Por Adriana Roveroni www.adrianaroveroni.com.br mande sua pergunta para:

pergunte@revistaenergiafm.com.br

Tive uma infância muito difícil, pois meu pai bebia muito e eu era muito presa. Não escolhi bem meus namorados e me decepcionei muito. Hoje, tenho mais liberdade para sair, mas as marcas do passado me deixaram muito fechada. Tenho dificuldade de me relacionar com pessoas novas, não tenho otimismo quanto ao meu futuro sentimental. Gostaria de ser uma pessoa alegre, de bem com a vida e voltar a acreditar que existe a felicidade com outra pessoa. Me ajuda? Lucinha - 26 anos (Jaú) RE: A intensidade das experiências vivenciadas e a forma como cada pessoa lida, pensa, interpreta, define interiormente cada situação, é que varia. A frase “não tenho otimismo quanto ao meu futuro sentimental” parece um decreto que você faz a si mesma. A ajuda depende da mudança de seu olhar, de seu pensar sobre as situações vividas. E, em vez de ficar remoendo o passado, peço, urgentemente: mude os pensamentos e comportamentos presentes e futuros. Desta forma, construirá um caminho para emoções, bem melhores do que as que tem vivenciado. Desfoque da sua infância. Se dê uma nova chance! Depositar expectativas e colocar sua felicidade nas mãos de outras pessoas, provavelmente, te frustrará. Olhe para seu objetivo e foque nele: “ser feliz com alguém”. Desafie qualquer pensamento auto-depreciativo e dê o primeiro passo, com um pensamento, aproximadamente assim: “Ok, minha infância foi triste, não tive namorados legais, MAS foram experiências que já foram, e eu mereço encontrar alguém especial, que me ame, que eu também ame.” Só não caia na armadilha de pensar e buscar “alguém que te faça feliz”. Ninguém é feliz 100%. Você precisa buscar seu amor próprio, urgentemente. Quem não tem amor por si, acaba aceitando qualquer coisa e isso pode se tornar um padrão de repetição em sua vida!

Sou divorciada há quatro anos e não consigo me relacionar com ninguém, todos se preocupam só com o sexo e não é só isso que eu quero, quero amar, ser amada, ter um companheiro só meu, que se dedique à minha pessoa e nada mais. Estou errada em pensar assim? Rosemeire - 43 anos (Botucatu) RE: O certo e o errado (salvo quando ultrapassam a sua liberdade e invadem a de outra pessoa) dependem dos valores pessoais. Se você está errada? Não. Você está, simplesmente, respeitando seus valores, seus limites, seu ideal. O sexo para algumas pessoas aparece no primeiro item de uma lista de valores, enquanto que para outros, pode ser classificado em último lugar. Complicado? Sim. Porém, é possível encontrar uma pessoa que tenha valores semelhantes aos seus. Este mito de que os opostos se atraem, pode até funcionar no início, mas não se mantém devido ao conflito imenso de valores, gostos, afinidades. A questão de não conseguir se relacionar com ninguém, eu lhe pergunto: está buscando em locais ou momentos adequados? Afinal, não se compra pão na farmácia, nem remédio na sorveteria. É bem verdade que, atualmente, encontrar um relacionamento fixo, duradouro e com valores semelhantes, não é uma tarefa das mais fáceis. Que motivo leva a esta dificuldade? Os homens, em sua maioria, buscam curtir a vida. E os que buscam algo sério, não sabem onde encontrar. Por acaso alguém sai com uma plaquinha: “eu quero algo sério”? Não. Meu recado para você é que não deixe de respeitar seus valores, e mais: que demonstre, claramente, desde o início, para que não fiquem dúvidas. Ah! Mas podem pensar: “isso assusta o homem”. E eu respondo: bem, se assusta, é porque ele já não tinha a mesma intenção que você. Então, para que se desgastar ou se culpar? Deixar a sua postura bem clara, diante de um relacionamento, é o melhor caminho! Revista Energia 95


História

Farmácia até no nome

Por Antonio Orselli • Fotos Leandro Carvalho

E

le não é farmacêutico, mas leva a profissão no nome. “Jorge da Farmácia” é um dos mais conhecidos da cidade, afinal, em março completa 46 anos de atividade, sempre trabalhando em estabelecimentos do gênero. Jorge Luis Cerino começou cedo, com apenas 10 anos, na farmácia de Sebastião Grassi. “Lembro-me até o dia que comecei. Três de março de 1966. Naquela época todo mundo que começava na profissão tinha que passar pela farmácia do Grassi ou pela do saudoso Toninho (Antonio Ferreira dos Santos Jr.). Passei pelas duas até montar minha própria empresa em 1987”, relembra Jorge. E, de fato, boa parte dos atuais proprietários de farmácias de Jaú trabalhou com Toninho ou Grassi. “Era a iniciação. Eles eram sócios, então, às vezes você começava trabalhando numa e anos depois ia para a outra. Eu mesmo fiquei cinco anos com o Grassi. Em 71 fui para a farmácia do Toninho e lá fiquei 16 anos”. A diferença entre as atuais drogarias e as antigas farmácias é uma boa lembrança que Jorge guarda até hoje.

96 Revista Energia

O antigo atendimento dado ao cliente, 50 anos atrás, era personalizado, o que não acontece hoje em dia. “A manipulação de medicamentos era uma coisa comum. Todo mundo fazia, porque alguns remédios levavam até uma semana para chegar. Não é como hoje, que um medicamento de alto custo pode chegar às mãos do cliente em até 12 horas. Então, enquanto o pedido não era entregue, a farmácia manipulava medicamentos que amenizavam a situação do enfermo, até o remédio chegar”, conta.

“acho a convivência pacifica entre grandes e pequenos. Difícil está para quem quer entrar no mercado, criar clientela e ganhar sua confiança, não é fácil. Mas o sol nasceu pra todos”


Revista Energia 97


História

Uma atividade com dias contados? Como os alfaiates, barbeiros e outras profissões que estão diminuindo ou até desaparecendo, a antiga farmácia de bairro, onde o cliente é chamado pelo nome, tem “fichinha” para o pagamento mensal do consumo, e às vezes até recebe a visita em casa do profissional para uma aplicação de injeção, pode estar com os dias contados. “Está difícil ser proprietário de farmácia hoje em dia, porque as grandes redes chegaram para ganhar no preço. Enquanto você compra uma caixa de determinado medicamento, elas compram um carregamento inteiro. A saída é continuar com o atendimento familiar, para manter a fidelidade do cliente”, avalia Jorge. No entanto, se engana quem pensa que ele entregou os pontos. “Nunca, acho a convivência pacifica entre grandes e pequenos. Difícil está para quem quer entrar no mercado, criar clientela e ganhar sua confiança, não é fácil. Mas o sol nasceu pra todos”, encerra.

98 Revista Energia


Revista Energia 99


100 Revista Energia


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.