Revista Energia - Edição 18

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Distribuição gratuita - Venda proibida

Jaú - Ano 3 | Edição 18 | Mensal - Fevereiro 2012 Tiragem auditada por:

Direto do

Rio de Janeiro

Neguinho da Beija-Flor Em entrevista exclusiva para a Revista Energia

Gente Fina: Ito Parelli | Saponga: um massagista e várias histórias | Grupo Sinhá: do choro ao samba


2 Revista Energia


Editorial

Ano 3 – Edição 18 – Jaú, fevereiro de 2012 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação mensal da Rádio Energia FM Diretora: Lúcia Barizza lucia@radioenergiafm.com.br Editora de Arte: Marina Titato editora@revistaenergiafm.com.br MTb. 46.839 Diretor Artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br Gerente: Juliana Galvão gerencia@revistaenergiafm.com.br Criação de Anúncios: Raul Galvão arte@revistaenergiafm.com.br Repórteres Antonio Orselli Karen Aguiar Marcelo Mendonça jornalismo@revistaenergiafm.com.br Revisão de textos: Heloiza Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Criação e Diagramação: Marina Titato Colunista Social: Juliana Galvão social@revistaenergiafm.com.br Colunistas Alexandre Garcia Antonio Paulo Trementocio Adriana Roveroni Flávia Aldrovandi João Baptista Andrade Marcelo Macedo Mario Netto Milva Biondi Professor Marins Paulo Agnini Colaboraram nesta edição Matheus Bardeli Érika Lopes Comercial Silvio Monari Sérgio Bianchi Jean Mendonça Fotógrafos Cláudio Bragga Leandro Carvalho Impressão: Gráfica São Francisco Distribuição: Pachelli Distribuidora Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624-1171 www.energianaweb.com.br

2012: O último

carnaval de todos os tempos? Opa! Carnaval chegando! Sabiam que o carnaval chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa? Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em forma de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a Colombina, o Pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia. Será este o último carnaval de todos os tempos? Verdade! Há quem diga que o mundo vai acabar em 2012. De onde saiu esta ideia (de novo)? Se o mundo fosse acabar todas as vezes anunciadas, já teria acabado dezenas de vezes! Querem saber a origem do boato? Vamos esclarecer: segundo os Maias, dia 21 de Dezembro de 2012 começará um novo ciclo no seu calendário. Há 3.000 anos a civilização maia começou a habitar a região que abrange o sul do México e América Central. Antes da chegada dos espanhóis, os maias foram incorporados pelo Império Asteca e foram eles que criaram um calendário considerado um dos mais precisos de todos os tempos. Anote: O que termina para os maias é o atual ciclo que será finalizado no 13º b’ak’tun ou 21 de dezembro de 2012. Os maias utilizavam um calendário de 260 dias para eventos religiosos e cerimoniais; um calendário solar de 365 dias; um calendário que combinava os dois primeiros e o calendário de longa contagem de aproximadamente 5.126 anos que, segundo alguns estudiosos, terminará em 21 de dezembro de 2012. A data corresponde apenas à restauração do calendário, como se fosse uma virada de milênio. Para quem pretende investir em compras de longo prazo acreditando que sim, o mundo vai acabar em 2012, atenção: já existem previsões até para o ano de 4.772, por exemplo. Melhor conservar o juízo até o final dos tempos, seja em 2012 ou 4.772. Pelo sim, pelo não, abram alas que eu quero passar!

Boa leitura e um ótimo carnaval para você!

Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários.

Lúcia Barizza Diretora


ÍNDICE

NESTA EDIÇÃO 6 Novas experiências 16 Arte 27 Música 34 Tradição 38 Esporte 48 Carnaval 52 Capa 94 Duas rodas

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Capa: Neguinho da Beija-Flor

SEMPRE AQUI 10 Radar 12 Jurídico 21 Pense Nisso 22 Motor 30 Gente Fina 42 Garota Energia 46 Raça do Mês 56 Look de Artista 62 Moda 64 Guia Cultural 66 Look Kids 68 Varal 70 Fitness 72 Social Club 80 Gourmet 82 Vinhos 84 Boa Vida 90 Empresarial 91 Pergunte

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Gente Fina: Ito Parelli

ERRATA Na edição 17, matéria Conflito e convivência de gerações, lê-se ‘A partir de 1980’ no box da página 8, coluna geração Y. 4 Revista Energia

Nossa capa: Neguinho da Beija-Flor Foto: Divulgação Produção Gráfica: Marina Titato


62 Moda: Fashion Rio

68 Varal: Para todos os gostos

34

Tradição: Os botecos estão em alta

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Novas experiências

Foto: Arquivo pessoal

Estudantes apontam suas metas para viver fora de Jaú e, como recompensa, ganham muita experiência de vida

Gustavo Valvasori cursa Publicidade e Propaganda na cidade de São Paulo

“Sou de Jaú” Por Matheus Bardeli • Fotos Leandro Carvalho


A

RE conversou com quatro jovens que estão fazendo suas vidas longe de Jaú. Cada um em um lugar diferente: Londrina, São Paulo, Argentina, Portugal e Espanha. Eles contam como é experimentar novas culturas, ambientes, conhecer pessoas diferentes e como foi encarar essas mudanças. Juliana Marciotto Jacob, 23 anos, acabou de se formar em Química na UEL – Universidade Estadual de Londrina - e contou como foram esses últimos anos vivendo em república. “Minha vida mudou totalmente. Tudo o que eu queria fazer dependia de mim. Então, além da vida de universitária, estudar e tudo mais, ainda tinha as obrigações de dona de casa, de brinde”, brinca. “Sempre morei no mesmo lugar, eu e mais quatro meninas. Tento levar as coisas na esportiva, mas já tive problemas com algumas. A conversa é sempre presente, mas se mesmo assim não resolver, convidamos a pessoa a se retirar”. A pronúncia foi a única grande diferença que encontrou em termos culturais. “Pegavam no meu pé por causa do meu sotaque jauense, hoje falo meio misturado”. Juliana diz que voltava para Jaú com pouca frequência e que a carona era o meio mais barato para viajar, pois o ônibus além de passar horas na estrada é muito mais caro. A respeito do custo de vida, Juliana diz que seu pai a auxiliou com a moradia e, somado às bolsas de estudo que conquistou na universidade, conseguiu se sustentar. “Lon-

drina é uma cidade encantadora, a maior parte dos habitantes são universitários, pessoas lindas. Gosto de lá porque não é tão pequeno quanto Jaú e também não tão movimentado quanto São Paulo, por exemplo”. Gustavo Valvasori, 26 anos, estudante do 4º ano de Publicidade na Mackenzie, em São Paulo, diz que optou pela cidade por ter um maior mercado de trabalho em sua área, onde ficam as maiores agências. Divide um apartamento com a irmã e trabalha em uma agência de mobile marketing. Gustavo afirma que conquistou mais responsabilidades morando longe dos pais. “Você acaba aprendendo a se relacionar mais com as pessoas, se torna mais responsável querendo ou não, já que seus pais não estarão na sua cola para ver se está estudando”. Ele diz que não há tanto contato com os professores como no interior, que o aluno é quem corre atrás. “O que não deixa de ser bom também”, comenta. Quando questionado sobre as influências e mudanças que sofreu, explica: “Aqui tem sempre alguma exposição ou teatro legal acontecendo. Você acaba ficando mais interessado por esse tipo de arte. Tem restaurantes de diversas nacionalidades abrindo e, como tem muita novidade diferente, você acaba querendo sempre experimentar, ver, comer coisas novas. Como você perde muito tempo no trânsito, acaba aprendendo a gerenciar melhor o seu tempo”.

Juliana Jacob se formou em química na cidade de Londrina

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Novas experiências

o fato de estar em contato com tanta gente, de tantos lugares diferentes, foi muito mais interessante do que eu esperava. Diego

Joara Marchezini, 24 anos, formada em Relações Internacionais, fez pós-graduação em Coimbra, Portugal, em Direitos Humanos e Democracia, e Máster em Ação Humanitária Internacional na Espanha, onde vive desde 2010. A escolha por Portugal foi impulsionada pela facilidade linguística e burocrática. Segundo Joara, Portugal é o país mais barato para se viver na Europa e seu custo de vida equivale ao da cidade de São Paulo. “Não é tão fácil achar um trabalho legalizado na Europa porque além do momento de crise que os países atravessam, é necessário ter o visto que te permita trabalhar. Por isso, eu consegui apenas um emprego temporário que permitiu pagar o meu curso. Para os outros gastos dependi da ajuda financeira dos meus pais e de um dinheiro acumulado durante a universidade. Recomendo que as pessoas que queiram estudar no exterior busquem as ofertas de bolsas de estudo, seja de instituições brasileiras ou estrangeiras”. Quando chegou não com-

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preendia o sotaque e, para se adaptar melhor, ela se inscreveu em diversos cursos para ter contato com grupos diferentes. “Em Portugal tem muitos brasileiros e eu tive muita ajuda para procurar um apartamento e me adaptar. Nas cidades onde existem grandes universidades é mais fácil de se fazer amigos, porque todos estão em uma situação parecida com a sua. É um processo que nos faz crescer muito pessoalmente. Para quem não quer passar por essa fase, recomendo que busque uma agência de intercâmbios.” Diego Bredariol de Oliveira, 23 anos, está seguindo para o segundo ano do curso de Cinema na UBA - Universidad de Buenos Aires, e já viajou boa parte da América Latina. Escolheu a Argentina através de uma amiga que já estudava por lá e, além de ter o curso desejado, a faculdade é pública e não há vestibular para ingressar. Diego, que não sabia espanhol, fez um curso de idioma de um

mês e partiu para sua viagem. “No primeiro ano eu morei três meses em um hotel. Lá conheci bastante gente, não só do Brasil como de outros países também. Depois fui morar em um apartamento com dois cariocas e um alemão que conheci por meio de amigos em comum”. Sobre a vivência em outro país ele nos disse que “o fato de estar em contato com tanta gente, de tantos lugares diferentes, foi muito mais interessante do que eu esperava, percebi que conhecer pessoas às vezes te faz ter uma perspectiva de mundo diferente. Novas culturas, novas manias e etc. Espero morar com pessoas de outros países este ano também”, completa. Toda essa experiência é válida, afinal, somente quando desafios são encarados de frente, em meio à busca por conquistas, é que se aprende e cresce. Ao conhecer lugares e pessoas diferentes é possível obter uma concepção cada vez mais ampla do mundo.


Foto: Arquivo pessoal

Em Portugal tem muitos brasileiros e eu tive muita ajuda para procurar um apartamento e me adaptar. Nas cidades onde existem grandes universidades é mais fácil de se fazer amigos, porque todos estão em uma situação parecida com a sua. joara

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Radar

Boa

Por Alexandre Garcia

Um dia de fúria Foi uma semana de perplexidades. Uma turista de 53 anos, de Blumenau, jogou um pinscher e um basset pela janela do décimo andar, em Guarujá. Os dois cãezinhos morreram. Em São Paulo, uma senhora de 43 anos é suspeita de matar cerca de 30 cães e gatos. Ela recolhe animais abandonados. E um homem matou a tiros a esposa, a filha grávida, o neto de três anos, o genro e se matou. Também em São Paulo, assistimos à fúria de um administrador de empresa de 35 anos que saiu de casa em seu carro blindado, de colete à prova de balas e com pistola municiada com dois carregadores, roubou quatro carros, danificou sete, disparou na via pública, feriu duas pessoas e, ao fim de tudo, escondeu-se no esgoto por 12 horas. A primeira explicação é de um surto psicótico; ele alega que se sentiu perseguido e precisava fugir. Tudo muito semelhante ao filme Um Dia de Fúria (1993), com Michael Douglas. A semelhança está até no nome: o paulistano se chama Michel. No filme, o cidadão pacato tem um surto no momento em que é assaltado por uma dupla de “donos da rua”. Há, então, uma explosão de violência em série, que reage à violência, hipocrisia e mentira urbanas. Quem lembra da senhora, no Paraná, que quebrou um computador da agência da Caixa Econômica em que estava sendo mal atendida? Dos passageiros que quebram guichês de companhias aéreas que não dão informações

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sobre vôos cancelados? Já imaginaram: o cidadão paga todos os tributos e sua casa é invadida por ladrões; no jornal da manhã, vê as manchetes sobre corrupção que leva seus impostos; faz compras e é enganado no preço e na qualidade do produto; recorre à Justiça, mas cansa de esperar; precisa de hospital público e tem que acordar de madrugada para entrar na fila, e não consegue os exames; seus filhos estão numa escola em que pouco aprendem e são agredidos; vê os desonestos enriquecerem; sua mãe é assaltada na rua; seu avô é atropelado na faixa de pedestre; não consegue caminhar na calçada, porque está tomada por carros; vê motoristas jovens tirando vaga de idoso; perde horas no congestionamento; a cidade é agressiva, suja, perigosa, barulhenta, desorganizada. Com os nervos em frangalhos, tenta dormir para se recuperar, mas o barulho da vizinhança não deixa. Aí o cidadão pacato se sente perseguido. Explode e pensa que há uma conspiração para acabar com ele. E reage. Não sei se esse é o caso de Michel Goldfarb Costa. Os psiquiatras forenses o estão examinando. Mas sei que cada vez mais gente está tendo o seu dia de fúria pela pressão da cidade sem ordem. A violência não se justifica. Mas pode ser explicada. E como se não bastasse, ainda estão resgatando a brutalidade da luta-livre, agora chamada de MMA.


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Jurídico

Por Milva Garcia Biondi

Guarda compartilhada, você sabe o que é?

Sabemos que nos dias atuais, por conta do grande número de divórcios, as crianças sofrem com a separação dos pais, pois sempre perdem o convívio direto com um deles. Na maioria das vezes a guarda do menor fica com a mãe e em finais de semana alternados a criança vai para junto do pai, sendo um tanto quanto limitada essa convivência.

Milva Garcia Biondi é advogada, pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho, inscrita na OAB/SP sob o nº. 292.831.

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O que ocorre é que muitos desconhecem a possibilidade de haver entre os pais a guarda compartilhada dos filhos menores, podendo tanto o pai quanto a mãe ficarem responsáveis pelos seus filhos. Legalmente, a guarda compartilhada consiste na responsabilização conjunta do exercício dos direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. A inserção da guarda compartilhada na legislação brasileira vigora desde 2008, sendo uma grande vitória aos pais que não detém a guarda dos filhos e gostariam de participar mais da vida, crescimento e educação da criança. Assim, a criança poderá morar em duas residências, ficando uma semana na casa da mãe e a outra na casa do pai. Claro que as condições de permanência podem ser acordadas entre os pais do menor, não sendo obrigatório que a criança tenha duas residências, podendo também morar com a mãe durante a semana e passar os fins de semana com o pai, por exemplo. Deve ficar bem ressaltado que a guarda compartilhada tem o intuito de favorecer a criança e não o casal que viveu uma relação conjugal, para o melhor desenvolvimento familiar, psíquico e social do menor. Por isso, é muito importante que você sempre consulte um advogado de sua inteira confiança para esclarecer dúvidas sobre seus direitos e deveres com relação à guarda compartilhada.


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Arte

Não se dirige os grandes atores, olha-se para eles

A frase, dita pelo ator francês Michel Simon, é perfeita para descrever a trajetória da personagem em questão. Carolina Parra é uma jauense de 31 anos, morena de encher os olhos, muito simpática e perfeitamente focada. Por Juliana Galvão

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oi o seu foco e determinação que a levaram direto para os palcos mais frequentados do país, os da capital paulista, não sem antes experimentar as maiores exigências da vida: chegou a passar fome e varrer o chão dos teatros onde desejava atuar. Ainda adolescente, persuadia seu pai a levá-la para testes em São Paulo nos finais de semana, coisa não muito usual naquele tempo. Foi acreditando em sonho e acreditada pela família que ela apostou em si e hoje está em cartaz não em uma, mas em duas peças de teatro (já chegou a fazer três ao mesmo tempo), acaba de encerrar Pinóquio, onde fazia o personagem principal, e atua em “Toc Toc”, que está 16 Revista Energia

há quatro anos em cartaz e entre as 10 mais vistas em São Paulo, de acordo com o ranking da revista Veja. É ainda assistente de direção e acaba de estrear “Dezessete Vezes Nelson” (de Nelson Rodrigues), onde faz vários papéis e promete ser mais um grande sucesso. Não se nasce no palco. É preciso escalá-lo. Para chegar até ele, é também preciso garra, vontade, determinação, perseverança, mas sobretudo talento! Carolina nos conta que, ainda na escola, chegou a ir para o Rio de Janeiro, onde sentou-se à porta do PROJAC (Centro de Produções da Rede Globo) e chorou, implorou, até que a deixassem entrar, ocasião em que acabou conseguindo fazer figuração em uma novela da época.

Ela cursou Artes Cênicas, ingressando na cidade de Bauru. Não satisfeita com o conteúdo do curso naquela época, transferiu-se para São Paulo, mais uma vez palco da sua história. Formada, entrou para o grupo TAPA (Teatro Amador Produções Artísticas). Foi então que varreu chão, prestou serviço como camareira, aprendeu luz, som, iluminação e muitas outras coisas, uma vez que já não podia mais contar com a ajuda dos pais, que passavam por uma situação adversa. Como típica jauense, deixou o orgulho de lado e decidiu que aquela seria sua grande escola. Passou fome, necessidade, não tinha dinheiro sequer para morar em São Paulo, mas nada disso a fez desistir. Durante os seis


A atriz Carolina Parra

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Arte

anos que ficou no grupo, fez das dificuldades oportunidades e aprendeu, aprendeu muito, aproveitava tudo como “aula prática” e ainda aproveitava a ocasião para observar os grandes atores. Atualmente com poucas horas vagas, Carolina ainda encontra tempo para fazer testes para TV, porém, ao ser questionada sobre sua preferência, ela declara que a grande paixão é mesmo o teatro, onde pode ser mais versátil, mudar a cada dia, prestar atenção na voz, no corpo e desenvolver a grande satisfação em fazer pesquisas, o que diferencia o teatro da TV, que já é mais imediata e “pronta”. A Revista Energia tem orgulho de contar um pouco da história dessa garota que expressa sua saudade de Jaú, que demonstra uma enorme gratidão pela família que, percebemos, faz muito mais “sucesso” em sua vida que a própria e bem sucedida carreira de atriz. Sejamos sinceros: dá ou não dá um orgulho imenso de sermos conterrâneos de Carolina? 18 Revista Energia

Carolina acaba de encerrar Pinóquio, onde fazia o personagem principal e atua em “Toc Toc”, que está há quatro anos em cartaz e entre as 10 mais vistas em São Paulo, de acordo com o ranking da revista Veja.


Fotos: Arquivo pessoal

Carolina em algumas de suas atuaçþes

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Desde 1969

Educação de Primeira

Equipe de Gestão

Maria Helena Piragine Ressinette – Diretora Administrativa Daltira Piragine Tumolo – Diretora Pedagógica Sonia Letaif Galvanini – Coordenadora Pedagógica Vânia Moretto Delpino – psicóloga

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O Colégio Saint Exupéry (antes Pequeno Príncipe) vem se destacando na educação de crianças e jovens, formando pessoas habilitadas e competentes para enfrentar a vida, suas adversidades e contradições. O Exupéry vivencia uma gestão participativa, alicerçada no compromisso com a Ética e com os valores condizentes à sua Missão. De acordo com a Coordenadora Pedagógica Sonia Letaif Galvanini, cada Escola possui características que a identificam: “aqui, queremos ensinar o aluno a pensar e a ser autônomo, através da reflexão crítica e da crença em suas potencialidades. É importante trazer a vida para a sala de aula, pois se a Escola não servir para o aluno entender melhor o mundo em que vive para nele atuar, ela estará perdendo o seu papel fundamental.” Vânia Moretto Delpino, psicóloga do Colégio há vinte anos, enfatiza que existe uma forte parceria entre a Família e a Escola, resultante da confiança em nosso Projeto Pedagógico. Hoje, o Colégio Exupéry colhe os frutos de todos esses anos de muito trabalho e comprometimento em oferecer o melhor em Educação. “Estamos vivendo hoje um momento de muita credibilidade”, completa a Diretora Maria Helena.


nisso

Pense

Por Professor Marins

Comece 2012 com toda energia!

Passaram-se as festas. Lá se foram o Natal e a virada do ano. Troca de presentes, muitos abraços, muita festa. Agora, tudo recomeça, como sempre. Mudou o ano, passou o Natal, mas as pessoas continuam as mesmas; os lugares os mesmos; os problemas os mesmos. Temos que voltar ao trabalho, ao velho e bom trabalho, sem o qual não sobrevivemos. Caímos na realidade de que nada ou quase nada mudou. Só o calendário.

O perigo desta fase é cairmos num desânimo pós-festa e ficarmos com um sentimento de que a rotina é maior que nossa energia e vontade para mudar a realidade, para inovar, criar coisas novas, fazer diferente. Não deixe isso acontecer com você! Comece o ano com energia total! Respire fundo e comece 2012 com uma cabeça nova, com uma nova mentalidade, uma férrea vontade de fazer diferente e de fazer a diferença para as outras pessoas. Seja entusiasmado! Lembre-se que a única maneira de ser entusiasmado é viver entusiasticamente. Não se esqueça que a palavra entusiasmo significa “ter Deus dentro de si”, pois vem do grego “Théos” que significa Deus. Ser entusiasmado(a) é acreditar na sua capacidade de vencer obstáculos, de fazer as coisas acontecerem, apesar de todas as adversidades aparentes. Viver entusiasticamente é acreditar mais em si próprio do que nas notícias de jornal. O otimista é um reativo. Os fatores externos o tornam otimista ou pessimista. O entusiasmado é proativo. Ele acredita mais em si mesmo do que nas circunstâncias, exatamente porque acredita ter Deus dentro de si. Só os entusiasmados vencerão os grandes desafios, pois o seu entusiasmo contagia as pessoas com quem convive e cria uma energia positiva que vence obstáculos. Redescubra seus “motivos” para trabalhar e para viver e faça isso entusiasticamente, ou seja, tenha motivos que tenham como alicerce valores e princípios elevados, pois só com base em valores elevados é que teremos entusiasmo pelo que fazemos e pela nossa vida. Assim, comece o ano “ligado” numa fonte que não se esgote com um simples temporal. Ligue-se numa fonte de energia que lhe dê o entusiasmo de viver. Comece com força total!

Pense nisso. Sucesso!

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Motor

Novo

Civic 2012 Por Marcelo Mendonça • Fotos Leandro Carvalho

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A Honda não foi na onda do mercado. Em geral, a cada nova geração, os fabricantes fazem crescer seus modelos, injetam potência sob o capô e procuram um design que mostre claramente que se trata de um carro totalmente inovador. A marca japonesa, porém, escolheu o caminho inverso e você irá se surpreender. Conheça o novo Civic 2012.


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Foto: Divulgação

É

preciso ficar claro que o novo Civic não é apenas uma reestilização do atual modelo. Trata-se de um carro distinto. Segundo a Honda, 95% das peças foram trocadas. Além das evoluções no motor e no câmbio, mexeu-se também na plataforma. Graças a um sub-chassi (que sustenta a suspensão dianteira) mais flexível, há mais estabilidade. Além disso, o carro está sensivelmente mais macio, absorvendo melhor as irregularidades do piso. E o desempenho continua adequado às intenções de um sedan médio.


Foto: Divulgação

Motor

O novo Civic é mais carro que o atual. Exigiam mais equipamentos e a Honda incrementou o sedan. Exigiam mais do porta-malas pequeno, e lá foi a montadora ampliar seu espaço. Até GPS, que a versão atual não tem, essa tem. Em relação ao design, os traços básicos também foram mantidos. É o caso do perfil em forma de onda, que integra suavemente os três volumes do sedan e também da parte frontal, com os arcos formados pelo capô e pelo pára-choque, espremendo os conjuntos óticos e a grade – que emprestam um aspecto futurista ao Civic. A diferença é que agora as linhas arredondadas ganharam detalhes, vincos e entalhes mais brutos. A traseira, que era chapada, ficou mais arredondada, com um desenho mais conservador. As 24 Revista Energia

lanternas, que lembram as da Mercedes Classe C atual, ficaram mais encorpadas, em forma de gota, e ganharam um dispensável apêndice reflexivo que avança sobre a tampa da mala. Desde o modelo básico, LXS, o novo Civic chega bem completo. De mais importante vem ar-condicionado digital, direção elétrica, trio, keyless, i-Mid com tela de 5 polegadas, CD player com MP3, volante multifuncional, ABS e airbags frontais. O modelo intermediário LXL adiciona repetidores nos retrovisores, paddle shift quando equipado com câmbio automático de cinco marchas, sensor de luminosidade e forração em couro. A top, EXS incorpora sistema de navegação com tela de toque de 6,5 polegadas, conexão Bluetooth, comando para celular no

volante multifuncional, teto-solar elétrico, controle eletrônico de estabilidade com sistema de indução de movimento de correção e airbags laterais. A aposta é aproveitar o bom custo/benefício dessa nova geração e a sanha novidadeira do consumidor brasileiro para ganhar vendas e passar das quatro mil unidades por mês. Pela briga atual, entre os sedans médios, este volume já pode significar a retomada da liderança.


Mais econômico O novo Honda Civic 2012 vem equipado com o botão ECON, que ativa e desativa a função de assistência à condução econômica. Ao acionar o botão, a mensagem “ECON ligado” é mostrada no painel i-MID. Nesta condição, diversos sistemas do veículo têm seus funcionamentos alterados para privilegiar o baixo consumo de combustível, como controle eletrônico da injeção – ETCS (Electronic Throttle Control System), ar-condicionado e piloto automático.

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MĂşsica

Do choro ao

samba Por Antonio Orselli • Fotos Leandro Carvalho

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N

Os integrantes do Grupo Sinhá: Gustavo, Luciano, Robinho, Karen, Renato e Gibinha se reuniram no Jahu Clube Centro para um bate-papo descontraído com a RE

o final do século 19 nasceu, no Rio de Janeiro, um dos estilos mais tradicionais da música brasileira e, segundo especialistas, o primeiro ritmo tipicamente nacional, o “Choro”. Por ser a antiga capital do Brasil, o Rio de Janeiro era o ponto de chegada de migrantes de todo país e concentrava boa parte da mão de obra, que depois se distribuiria pelos outros estados brasileiros. Nesse ambiente os grupos de choro foram se formando com músicos amadores, muitos deles funcionários da Alfândega, dos Correios e Telégrafos, da Estrada de Ferro Central do Brasil, que se reuniam nos subúrbios cariocas ou nas residências do bairro da Cidade Nova, onde muitos moravam. Mais de 130 anos depois o estilo continua o mesmo, com pequenas variações, mas, diferente de outros ritmos como a música sertaneja e o samba, que tiveram ritmo e andamento alterados, o choro mantém características básicas que o tornam um Patrimônio Cultural. Muitas cidades brasileiras já o consideram, através de leis, como de valor histórico imaterial mais importante entre as criações musicais de toda a história brasileira. E Jaú é privilegiada, pois ajuda a escrever uma página da história com o Grupo Sinhá. Formado por seis amigos que já tocam na noite jauense há mais de 20 anos, a proposta do Sinhá é reviver os bons momentos do choro, com apresentações memoráveis, onde o virtuosismo musical dos integrantes se mistura com a voz doce, mas com jeito de sambista de Karen Gobbi. “Todo mundo estranha quando nos vê pela primeira vez, porque a Karen é branca e loira. As pessoas esperam encontrar um grupo só de negros, mas quando ela começa a cantar todos se derretem de emoção”, conta Robinho, ou Robson Martins Ramos, o dono do cavaquinho do Grupo Sinhá. Completam o time Gilberto Nascimento, o Gibinha; Gustavo Campanha Chiozzi; Renato Sorriso e Luciano Gobbi, ou Luciano Sete Cordas, apelido que ganhou por causa do instrumento que escolheu para tocar. “Todos aqui estamos há muito tempo na noite tocando vários estilos musicais, mas o samba sempre foi a paixão de todo mundo. E nada melhor do que homenagear o samba executando o que deu origem à todas as rodas de samba: o Choro”, explica Luciano para falar sobre o nascimento do grupo.

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Música Apesar do reconhecimento do público que disputa espaço nas apresentações do Sinhá, Karen lamenta que existam poucos lugares para tocar em Jaú e na região. “A gente toca Pixinguinha, Cartola, Chiquinha Gonzaga, e quem vai contratar um show imagina que todo mundo só quer ouvir o pagode atual. Nós também gostamos de alguns grupos de pagode, mas a nossa onda é outra. Então, para compensar, tocamos Bezerra da Silva, Bete Carvalho e outros sambistas consagrados para agradar a todos”, diz a vocalista. A meta agora é reunir as composições para a gravação de um CD. “Já temos umas sete músicas, todos choros, e devemos entrar no estúdio em breve. Aos poucos as coisas estão acontecendo. O mais difícil foi encontrar a formação ideal do Sinhá, depois criar repertório e ainda temos alguns projetos em andamento, para finalmente colocar o pé na estrada e levar nossa música para outros cantos”, finaliza Luciano.

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Já temos umas sete músicas, todos choros, e devemos entrar no estúdio em breve. Aos poucos as coisas estão acontecendo. luciano

“Todo mundo estranha quando nos vê pela primeira vez, porque a Karen é branca e loira. As pessoas esperam encontrar um grupo só de negros, mas quando ela começa a cantar todos se derretem de emoção.” Gustavo

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Gente Fina

Ito Parelli Por Antonio Orselli • Fotos Leandro Carvalho

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ilho de comerciantes, Ailson Gilmar Parelli, ou Ito Parelli, poderia ter sido um bom jogador de futebol, ou ainda engenheiro civil. Nem uma coisa, nem outra. Ito preferiu seguir os passos do pai, dono de uma loja de confecções na Vila Sampaio, no final da década de 60. Casado há trinta anos com Sueli e pai de Iula e Júnior, começou um pequeno negócio na Rua Francisco Sampaio, no início vendendo artigos para presente e calçados femininos. Aos poucos a paixão pelo esporte, principalmente o futebol, abriu um caminho que hoje é o ponto forte dos negócios de Ito: equipamentos esportivos. De chuteiras a raquetes de tênis, todo jauense que pratica algum tipo de esporte vai a uma das lojas Parelli para encontrar o que precisa. “Não foi planejado, aconteceu naturalmente. Meus amigos começaram a me procurar quando precisavam de alguma coisa relacionada ao esporte. A coisa foi crescendo tanto que hoje mais de 90% do que ofereço é da área esportiva”, conta Parelli.

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Revista Energia – Você queria ser comerciante como seu pai? Ito Parelli – Na verdade, no início não. Eu comecei a trabalhar muito cedo. Com 12 anos já ajudava meu pai, mas eu gostava muito das ciências exatas. Então fui fazer Tecnologia em Redistribuição Elétrica, na Fundação Educacional de Bauru (hoje UNESP). Tinha uns 17 anos e, formado, fui trabalhar na construção da Usina de Itaipu (PR), mas não fiquei muito tempo. Quando voltei prestei engenharia civil e passei. Terminei o curso, mas nunca construí uma casa, porque enquanto estudava abri minha primeira loja. Em pouco tempo ela começou a ter um grande movimento, o que impedia de seguir a carreira de engenharia. Mas não me arrependo nem um pouco de ter optado pela vida de empresário. RE – Já se chamava Calçados Parelli? Ito – Isso é engraçado. Na verdade, a loja se chamava Danúbio. E ainda é Danúbio, nunca mudou. Mas como todo mundo dizia que “ia na loja do Parelli”, o

nome pegou. No começo eu vendia muito calçado vindo do Rio Grande do Sul. Isso faz 30 anos, época em que o pólo calçadista jauense não era como hoje, então, boa parte dos calçados vinha de fora. Mas aí comecei a vender artigos esportivos, porque os amigos começaram a me pedir para colocar na loja. Os sapatos foram perdendo espaço na vitrine para chuteiras e outros produtos relacionados à atividade esportiva. RE – Pelo jeito você gosta de futebol... Ito – Gosto muito. Sou volante e jogo até hoje. Claro que não tenho mais a vitalidade de 20 anos atrás, mas ainda dou meus dribles. Não tinha talento para jogar em um time profissional, mas joguei em vários times de Jaú, no campeonato amador na década de 70. Eu tinha muita disposição, mas técnica nenhuma (risos). RE – Você adquiriu uma loja no Jaú Shopping quando o prédio ainda estava na planta de construção. Sempre acreditou que o empreendimento poderia dar certo?


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Gente Fina

Claro que não tenho mais a vitalidade de 20 anos atrás, mas ainda dou meus dribles Ito – Na época fiz uma pesquisa de mercado e todos os comerciantes que tinham lojas no centro da cidade me diziam que centro de compras no interior era um “tiro n’água”, e que nunca daria certo. Conversei com donos de lojas em shoppings de outras cidades e eles apontavam para outra direção. Eu sempre acreditei que daria certo, como está dando hoje em dia. O Jaú Shopping virou local de lazer, compras e de passeio da família jauense. O futuro está nos centros de compras.

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RE – A internet vai substituir a venda com o consumidor dentro da loja? Ito – Ela vem crescendo muito rápido e, em breve, será uma concorrência difícil de ser enfrentada. Mas a logística de uma loja virtual é totalmente diferente das tradicionais, porque não é tão simples. Preço todo mundo tem, mas na internet não é só o preço, a entrega no prazo é mais importante. Boa parte dos que compram em sites faz isso por comodidade, nem tanto por preço. Se vender e demorar para entregar, em poucos dias o site pode perder todos os clientes. Na loja física a entrega do produto é imediata, mas mesmo assim a internet será, em pouco tempo, uma das principais ferramentas de venda de produtos ao consumidor.

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Tradição

Por Heloiza Zanzotti • Fotos Israel Denadai Colaboração Heraldo Bello da Silva 34 Revista Energia


O

brasileiro é um apaixonado por botequins. Surgido entre 1910 e 1930, o botequim ou boteco é uma notável instituição urbana. Entretanto, consta na história que ele nasceu como taverna, na Suméria, há mais de três mil anos antes de Cristo. Também chamado de bar, a origem dessa palavra é inglesa e significa barra, aquela onde os que estão no balcão apóiam os pés. Os botecos apareceram em São Paulo e no Rio no século dezenove, quando começaram a aumentar as fábricas nas duas cidades, representando uma alternativa ao cotidiano popular. E passaram a servir bebidas e petiscos a pessoas que se encontravam para bater papo, e a oferecer lanches e comida rápida aos trabalhadores com tempo escasso para o almoço, mas cujo salário permitia dispensar a marmita. Precursores dos atuais “fast-foods”, era essencial que tivessem preços baixos, razoável oferta de bebida e comida saborosa, caseira, enfim, ao gosto das pessoas que viviam as primeiras experiências de comer fora de casa. Até aqui, falamos como se o boteco fosse uma instituição extinta, mas, para felicidade geral, ele continua a existir e, em muitos casos, renovado. Como ambiente social foi, e ainda é, um importante instrumento para difusão de ideias, assim como um polo de encontros. Local predileto para os famosos “happy-hours”. Assim como a França é conhecida por seus cafés, a Inglaterra por seus pubs e a Itália por suas cantinas, o Brasil é a terra dos botequins. Intimamente atrelado ao jeito de ser do povo brasileiro, o bote-

quim foi palco de inúmeras manifestações artísticas e ajudou a projetar nomes como Paulinho da Viola, Nelson Cavaquinho e Zé Kéti – revelados no bar Zicartola, do sambista Cartola e sua mulher, Dona Zica. O próprio samba, símbolo maior da nossa nacionalidade, não seria o que é hoje sem a mesa do botequim – onde se solidificou não apenas como gênero musical, mas como uma filosofia de vida que engloba, também, a baixa gastronomia, a cerveja gelada, a mulher, a amizade (quem esquece Vinícius de Moraes?). A inspiração mais autêntica, enfim, que este universo suscita no homem brasileiro. É claro que nós, da RE, fomos conferir o universo dos botecos de Jaú. E descobrimos que não há bom frequentador de boteco que não tenha citado o bar do Vinícius como um dos mais antigos e tradicionais. Embora tenha encerrado suas atividades, continua na memória de grande parte de nossos entrevistados. Encabe-

çando a lista de bons botecos jauenses também está o Canalha’s Bar, do João Guerino, que você conheceu na edição 16 da RE, no “Gente Fina”. Funcionando há quatro anos, o Villa Jahu também foi mencionado pela maioria das pessoas como um bar tradicional. Conversando com ACN, 53 anos, empresário jauense, ele disse frequentar há bastante tempo o Villa Jahu. “É um boteco aconchegante e muito agradável. Ali vão jovens e sessentões. Há uma grande variedade de porções e a cerveja é sempre muito gelada”. ACN nos contou que, onde hoje é o Villa Jahu, funcionava um laticínio e que eles têm uma câmara fria lá, onde colocam a cerveja um dia antes de servir. “Lá também tem música de qualidade e os donos interagem bastante”, conclui. Então, fomos ao Villa Jahu conferir sua fama de bom boteco. E fomos muito bem recebidos pelo Marcos Henrique

Marcos Beluca, um dos sócios do bar Villa Jahu

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Tradição

Beluca, que é sócio de Guilherme Gambarini no bar. Marcos confirmou a interação com os frequentadores dizendo achar muito importante conhecer as pessoas e suas preferências. “Gostamos de pedir opinião ao pessoal sobre nosso cardápio. Aqui tem muita descontração, as pessoas ficam à vontade. Agora estamos organizando o happy hour”. Ele também disse que gostam de apoiar a cultura jauense, sempre expondo pinturas e outros trabalhos no interior do bar. “Já fizemos exposições de fotos, declamação de poesias, apresentação de bandas locais”, conta Marcos. Ainda segundo informações de ACN, há botecos em Jaú aonde só vão frequentadores de certos times, como é o caso do Bar do Célio, considerado o bar oficial do XV de Jaú e de torcedores do Santos. Também são inúmeros aqueles botecos de bairro, onde as turmas combinam, se reúnem e levam os petiscos de casa, para serem preparados no bar. E descobrimos que é muito comum levarem leitoa ou carneiro. Ficou com água na boca? Nós também. E em um desses barzinhos encontramos o Jair, 42 anos, microempresário que disse: “Não gosto de bar com ar condicionado,

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que serve coquetel de frutas em taças de vidro. Gosto é de sentar em cadeiras de plástico, com símbolo de cerveja desbotado no encosto e de copo americano”. E completa Luiz Carlos, 47 anos, vendedor: “Qualquer um que já tenha entrado em seu bar favorito, numa sexta-feira a noite, entende esse momento. Você conhece todo mundo, sabem o seu nome e você sabe que tem a noite inteira pela frente”. Entretanto, os botecos vêm se modernizando e em Jaú há aqueles bem sofisticados, como é o caso do Salomé Bar e da Cachaçaria Água Doce, onde conversamos com a Ângela, proprietária, que veio de Ribeirão Preto e há muitos anos trabalha com a franquia: “Estou encantada com a educação do pessoal de Jaú. Nunca tive problemas aqui. A frequência e o nível dos clientes são excelentes”. Sobre estes botecos mais atuais ouvimos Míriam, 28 anos, consumidora assídua: “Gosto mais do conforto e organização dos bares modernos. Telões, clipes, música ao vivo. Uma nova proposta para uma nova época da vida”. Enfim, seja nos novos bares sofisticados, seja nos encantadores botecos tradicionais, um brinde a todos os seus frequentadores.


Estou encantada com a educação do pessoal de Jaú. Nunca tive problemas aqui. A frequência e o nível dos clientes são excelentes. Ângela


Esporte

Saponga

confidências de um massagista do esporte São inúmeras as histórias que Júnior Polônio conhece no meio futebolístico. Trabalhando no esporte desde 1980, o massagista já rodou bastante. Fez grandes amizades, inclusive com Neymar ‘pai’, e conhece, como poucos, os macetes para tirar o melhor de cada atleta. Por Marcelo Mendonça • Fotos Leandro Carvalho

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“À

s vezes você até se torna um psicólogo do jogador. A cabeça dele determina muito do que ele pode render em campo.” Foi assim que Júnior, mais conhecido por Saponga, começou a contar para a RE um pouco sobre sua profissão e tantos anos sendo mais que apenas um massagista contratado para uma temporada. A proximidade com o atleta gera um laço de confiança e intimidade na hora do tratamento. Quando o jogador está machucado ele pode também estar sendo atrapalhado por problemas “extra campo” como familiar ou econômico, o que determina muito a maneira como ele vai se curar e voltar a trabalhar normalmente. Geralmente, o atleta de futebol vem de família humilde, por isso ele precisa muitas vezes ser acompanhado de perto. Atuando nas divisões de acesso, Saponga conta que a divisão do dinheiro e propostas maiores, em determinados momentos do campeonato, mexem demais com o jogador e ai é preciso uma atenção para que ninguém do elenco seja influenciado. O último trabalho de Saponga foi no Comercial de Ribeirão Preto e o time conseguiu o acesso à primeira divisão do Campeonato Paulista no ano passado. Nosso grupo se fechou em um objetivo e por isso colocamos o Comercial de volta na primeira divisão, depois de 25 anos fora da elite paulista. Além da boa campanha no time de Ribeirão, ele lembra com carinho de sua passagem pelo União Mogi, onde foi convidado por Valdir Perez para integrar a comissão técnica da equipe. E foi no time de Mogi que ele conheceu Neymar da Silva Santos, ponta direita do time do União, que buscava retornar à segunda divisão paulista. A amizade com Neymar ‘pai’ cresceu e Saponga se tornou amigo da família. “Cheguei a levar Neymar Júnior ao médico quando pequeno, porque na época os pais dele não sabiam como fazer isso”. Depois da boa campanha e o acesso à segunda divisão, Neymar ‘pai’, na época com 24 anos, sofreu um acidente de carro e quebrou a bacia. Mais tarde voltaria a atuar no União, mas seu futebol nunca mais foi o mesmo. Revista Energia 39


Esporte Saponga conta que com esse tipo de acidente, no futebol, é quase impossível voltar a atuar no mesmo nível. Foi aí que ele abandonou o futebol e passou a ver seu filho brilhar nos campos. Saponga deixou Mogi das Cruzes depois de seis anos trabalhando por lá, mas a amizade com Neymar perdura até hoje. “Sempre que nos falamos eu brinco: “E aí, bunda torta?”.

Saponga

Foto: Arquivo pessoal

Cheguei a levar Neymar Júnior ao médico quando pequeno, porque na época os pais dele não sabiam como fazer isso

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Saponga e a filha Beatriz

O bom trabalho feito pelo massagista rendeu até um convite internacional, quando mais uma vez o amigo Valdir Perez foi trabalhar no Roma, da Itália, que tinha Falcão e muitos outros craques. “Foi uma experiência incrível que ficou marcada para mim”. Além do futebol, Saponga também cuidou do tenista Fernando Meligeni na preparação para disputar os Jogos Olímpicos de Atlanta. Também cuidou de Vanessa Porto, que é lutadora de Vale Tudo e o filho de Ulisses Guimarães, Tito, que é jogador de golfe. Ainda no ano passado foi convidado por Neymar ‘pai’ para trabalhar em Santos, mas recusou. “Tantos anos dedicados ao esporte, eu acabei não vendo meus filhos crescerem e por isso quero acompanhar de perto a minha pequena Beatriz, de 8 anos”. Ele ainda consegue tempo para se dedicar a outra paixão: o XV de Jaú. “Colaboro com o Galo pela paixão que tenho como torcedor e pela amizade com o presidente Zé Construtor”. Hoje, Saponga se dedica também à Casa do Atleta, onde faz a recuperação de contusões musculares, torções de joelhos, colunas e também massagens relaxantes. Nosso papo com Júnior Polônio, o Saponga, daria para escrever um livro. Tantos clubes e tantas histórias de quem presenciou momentos alegres e tristes dentro dessa paixão nacional: o futebol.

Times em que

trabalhou:

Botafogo – Barra Bonita XV de Jaú Inter de Limeira Ituano Atlético Sorocaba Londrina Rio Preto Arapongas – PR União Mogi Roma – Itália Comercial Ribeirão Preto Revista Energia 41


Energia Garota

Por Cláudio Bragga

Paolla Francisconi

Apelido: Pah Data de Nascimento: 20/08/1997 Mulher bonita: Katy Perry Homem bonito: Taylor Lautner O que mais gosta em um homem: sinceridade O que não tolera em um homem: falsidade O que mais gosta no corpo: meus olhos Música que gosta: Fly (Nicki Minaj feat. Rihanna) Perfume: Fantasy (Britney Spears) Comida: pizza Filme: Crepúsculo Não vive sem... Família e amigos Frase: “As únicas pessoas que nunca fracassam são as que nunca tentam.” - Ilka Chase Sonho: Conhecer vários países e novas culturas

Ficha técnica:

Looks: Fox Rouparia Rua Lourenço Prado, 835 - Jaú Fone: (14) 3622.0829 Cabelo e make: Jessé Professionnel Fone: (14) 3624.9888 Locação: Caiçara Clube Jaú Quer ser Garota Energia? Acesse o nosso site e saiba como: www.radioenergiafm.com.br

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Energia Garota

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Paolla Francisconi

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Raça

do mês

Gustavo e Patrícia com a Buldogue Dara

Buldogue Francês Por Karen Aguiar | Fotos Leandro Carvalho

Na última edição você conheceu uma das maiores raças de cães do mundo: o Dogue Alemão. Um cão que chega à altura mínima de 70 cm. Pois então, neste mês, a raça é o oposto, acredite! Com altura média de 35 cm, o Buldogue Francês é o astro desta edição. E que, por sinal, possui uma aparência marcante e única. Pelos curtos, pequeno porte e robusto, orelhas que lembram as de um morcego, olhos arredondados e observadores. Assim é o encantador cãozinho. O Buldogue Francês é um cão pequeno, mas não frágil e leve como os das raças “toy” costumam ser. O focinho curto e achatado, no entanto, interfere na respiração e impede que ele tenha grande resistência durante longos e exaustivos passeios.

E é esse cuidado que a gerente comercial Patrícia de Almeida Prado Teixeira toma com a Dara. Uma Buldogue de seis meses e que a quatro faz a alegria da vida dela. “Todos os dias a levo para passear. Sempre em períodos curtos, pois muito esforço físico não é indicado para animais da raça dela. Eles se cansam com muita facilidade.” Patrícia sempre gostou muito de cachorros, mas não tinha nenhum, por residir em um apartamento. Por esse motivo o marido, Gustavo Teixeira, outro apaixonado por animais, pesquisou e procurou um filhote exótico que se adaptasse bem a lugares pequenos. E, detalhe, tudo isso sem comunicar a esposa, pois tinha receio dela não gostar da ideia. No entanto, quando ele trouxe a filhotinha, a surpresa foi enorme. “No início eu relutei e dei várias broncas no Gustavo, mas não teve jeito. Ela é adorável! Não late muito, gosta de criança. É a atração do prédio! Foi o melhor presente que ganhei, estou apaixonada”, derrete-se a dona.

Dara e o carnaval A ligação entre o casal e a filhote é tamanha que até a viagem de carnaval pode estar comprometida por ‘culpa’ dela. Por receio de não ter com quem deixá-la, Patrícia e Gustavo pesquisam hotéis e apartamentos para locação que permitam animais. “Queremos que ela vá junto. Ela é muito obediente e vai se adaptar com facilidade. Essa é a tendência nos dias de hoje. Os animais fazem, cada vez mais, parte da nossa vida e, no nosso caso, é parte da família.” 46 Revista Energia


Informe Publicitário

Paiolla Cosméticos Sempre inovando no mercado de cosméticos, a Paiolla traz para Jaú o grande cabeleireiro Rodrigo Cintra, para cursos de técnica e tendência de corte, moda, visagismo, psicologia de atendimento e marketing pessoal e empresarial. O evento acontece no próximo dia 12 de março, na ZOË Eventos, Avenida Dr. Quinzinho, 975. Nascido em São Paulo em 1979, aos 32 anos Rodrigo Cintra é um dos profissionais mais requisitados para palestras e workshops em todo o Brasil. Contratado pelas maiores empresas de cosméticos nacionais e internacionais, ministra cursos para mais de 15 mil cabeleireiros todos os anos. Com 18 anos de profissão, atende sua numerosa clientela no renomado salão Studio W no Shopping Iguatemi. Cabeleireiro exclusivo do programa Esquadrão da Moda, do SBT, também já participou de diversos programas, sendo hoje o profissional com maior número de aparições em televisão de todo o Brasil. Autor de dois livros e responsável por diversas capas e editoriais das principais revistas femininas, foi eleito entre os dois melhores cabeleireiros do país pela Revista Cabelos & Cia. e pelo Portal UOL.

Para saber mais sobre os cursos de Rodrigo Cintra ligue 9757-7961 ou 8100-0178.

O Cabeleireiro Rodrigo Cintra

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Carnaval

Enredos

Jaúna Sapucaí Por Karen Aguiar e Marcelo Mendonça • Fotos Leandro Carvalho

N

esta edição a RE conta histórias de jauenses apaixonados pelo carnaval e que esperam ansiosamente a chegada dessa época do ano para desfilarem nas escolas de samba do Rio de Janeiro. Um deles não sabe explicar o porquê, mas cultiva uma enorme paixão pela Beija-Flor de Nilópolis, já sendo considerado cidadão Nilopolitano. O outro, ainda na infância, visitou várias vezes a cidade maravilhosa e lá conheceu a Estação Primeira de Mangueira através de uma canção de Jamelão. Hoje já fazem parte da história das escolas. Desfilam todos os anos em alas fixas, já foram várias vezes campeões e contam aqui a emoção de desfilar no carnaval mais importante do país.

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Em 2012, a Mangueira vai apresentar na avenida um tema que remete à história dos carnavais do Rio. Antigamente, quando o carnaval surgiu, ele era dividido em duas partes. De um lado os negros, os escravos e os pobres, que se divertiam nos bordões e nos ranchos e do outro lado a elite carioca, comemorando os corsos, as grandes sociedades e famosos bailes de máscara. Na segunda metade da década de 20, quando as escolas de samba surgem, todos os carnavais são unificados. E de todas as manifestações apenas uma sobreviveu: os blocos. Assim, a Mangueira homenageia a história do bloco Cacique de Ramos, que completa 50 anos. Já a Beija-Flor de Nilópolis, atual campeã, vai levar para a avenida o enredo “São Luís – O Poema Encantado do Maranhão”. Uma homenagem aos 400 anos de fundação da capital do Estado da região Norte do Brasil. No ano passado a escola levou o título com uma homenagem ao Rei Roberto Carlos com o samba enredo “A simplicidade de um Rei”.

Carnaval ‘na veia’ Há 20 anos Adilson de Oliveira Beber, ou Nino como é mais conhecido, viaja ao Rio de Janeiro para desfrutar de uma paixão: desfilar pela Beija-Flor. “Meu pai já era carnavalesco e por isso cresci acompanhando a Faixa Branca, escola do bairro Vila Nova, na época de ouro do carnaval em Jaú. Estava inserido nesse ambiente, vendo os ensaios e os preparativos para o desfile”. Nino, porém, não sabe contar como nasceu a paixão pela escola de samba carioca. Ele conta que a primeira vez que viu a Beija-Flor na avenida foi em 1986. A partir daí iniciou e manteve contato com pessoas ligadas à diretoria da escola. No ano seguinte, desfilou na ala ‘Os brutos também amam’. E até hoje Nino só deixou de desfilar no sambódromo da Marquês de Sapucaí por duas vezes, em 92 e 93, anos em que estava comprometido com Jaú, ajudando na organização do carnaval daqui.


Nino com a camiseta da Beija-Flor, sua escola do coração

“Meu pai já era carnavalesco e por isso cresci acompanhando a Faixa Branca, escola do bairro Vila Nova, na época de ouro do carnaval em Jaú. Estava inserido nesse ambiente, vendo os ensaios e os preparativos para o desfile” Nino

ção, mas sim ver novamente o carnaval de Jaú. “Tenho saudade daquela época. As tradições eram fortes. Na década de 70 vinham artistas até do Rio para julgar as escolas jauenses”. Perguntado sobre desfilar nas escolas de São Paulo, Nino admite que assiste, mas que não sairia na avenida do sambódromo do Anhembi devido a paixão que tem pela cidade maravilhosa. “Depois que termina o carnaval fico mais dez dias por lá descansando. O Rio é lindo. Faz por merecer o apelido.”

Mala na mão e samba no pé Outro jauense apaixonado pelo carnaval carioca é Marcus Vinicius Meschini, mais conhecido como Kiko Maloca. Quando criança, Kiko passava muitas de suas férias na casa da avó, que residia no Rio de Janeiro. Durante as visitas, via nos familiares a paixão pelo carnaval e as

Beija-Flor também tem Jaú A paixão de Nino pela escola e por Jaú é tamanha que, durante um desfile, exibiu uma mensagem expressando esse sentimento. “Desfilei com uma bandeira bem grande escrita ‘Beija-Flor é Jaú’. A imagem foi exibida em vários canais de televisão. Muitas pessoas se interessaram e procuraram saber de onde vinha e o que significava. Ligaram pra mim até da Amazônia!”, diverte-se Nino. Hoje ele é considerado um cidadão Nilopolitano e desfila em uma ala fixa nos carnavais. Em 2011, Nino foi destaque. Saiu em um dos carros alegóricos da escola cantando ‘O beijo na flor é só pra dizer/Como é grande o meu amor por você’ do samba enredo campeão em homenagem ao Rei Roberto Carlos. Além do ano passado, Nino já foi cinco vezes campeão pela escola. “Não dá para descrever a sensação. Quando sobe o tom da bateria e soltam os rojões no sambódromo, a emoção é única”. Nino conta, ainda, que seu maior sonho não é ser mais vezes campeão pela agremia-

Kiko veste a camisa da Estação Primeira de Mangueira

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Carnaval

A paixão dele é notável e até maior do que por um clube de futebol. “A maioria das pessoas gosta mais de futebol. Eu gosto mais do carnaval, do samba e da minha es-

E tem quem gosta de carnaval?

não

Desfiles em escolas de samba, blocos e micaretas são frequentes em muitos lugares do Brasil, mas existem, sim, pessoas que não comemoram a data festiva da maneira comumente vista. Esse é o caso de Juliana, Francine e Patrícia, jauenses que curtem o feriado de carnaval, cada uma à sua maneira, sem seguir a tradição.

Francine Pantaleão

A publicitária Juliana Nunes e o marido Rodrigo Perassolli sempre aproveitam o feriado de carnaval para ir à praia. Na foto, o casal durante a viagem do último carnaval em Natal (RN), nas Dunas de Genipabu. “Amo ir para a praia, em qualquer época do ano. Aproveito o feriado prolongado de carnaval e vou em busca de natureza, clima quente de verão e a turma de amigos que sempre me acompanha.” Francine Pantaleão é modelo desde os 16 anos e, nos últimos tempos, passou a maioria dos feriados de carnaval fora do país. Hoje, mesmo de volta ao Brasil, Francine não se sente envolvida com a comemoração popular. “Nunca me interessei pela festa de carnaval. Para mim, são somente alguns feriados emendados”.

Juliana Nunes e o marido Rodrigo Perassolli

Kiko pronto para entrar na avenida e defender a sua escola

Sempre que possível Francine participa de vários retiros da Igreja Católica e, neste carnaval, vai participar de um deles no Centro Comunitário Paulo VI, em Jaú. “Eu adoro participar dos retiros! É um evento que, além de direcionar o jovem para o caminho de Deus, nos ensina muita coisa. Participamos de palestras, apresentações, dinâmicas, missas, testemunhos e muito mais.” A funcionária pública Patrícia Duarte prefere mesmo é curtir o feriado de carnaval em casa. Sem o agito e aglomeração dos clubes e ruas, sem ouvir os axés, marchinhas e músicas do gênero e, até mesmo, sem ver os desfiles das escolas de samba pela televisão. “Eu aproveito o feriado para descansar, curtir meu filho e minha família. Não gosto de carnaval, mas é feriado e temos que aproveitar!” Foto: Arquivo pessoal

Mangueira ‘futebol clube’

Foto: Arquivo pessoal

escolas de samba cariocas. A mãe Sueli desfilava pela Beija-Flor de Nilópolis e o tio Waldieli pela Portela, mas foi ao ouvir Jamelão cantando o samba Exaltação à Mangueira que a Estação Primeira de Mangueira começou a fazer parte de sua vida. Com 25 anos, mesmo com a resistência dos familiares, Kiko estreou no samba e no sambódromo da Marquês de Sapucaí. “Eles sempre brincaram e pegaram no meu pé, mas nunca me repreenderam. Hoje é mais do que normal. A gente até tira sarro quando uma ou outra escola ganha.”

Patrícia Duarte


cola”. E isso se comprova durante a conversa, onde Kiko exibe, com orgulho, as camisas da Mangueira como se fossem do time do coração. “Desfilo desde 1998 e deixei de ir ao Rio apenas duas vezes. Sou bicampeão pela verde e rosa. É emocionante a sensação de desfilar. Impossível descrever, só estando lá para saber! A meu ver, são os minutos mais felizes do ano. A emoção da bateria pulsando nos ouvidos, o intérprete, mais conhecido por puxador, chamando e animando a escola, e a felicidade de todos durante a reunião na concentração... é demais!”

‘Bora’ desfilar? E para quem acha que o acesso à escola foi simples, Kiko conta que, na época, teve receio de mandar o dinheiro para a produção da fantasia e não poder participar do desfile. “Entrei em contato com a diretoria da escola e combinamos que eu deveria enviar o valor estipulado

para desfilar. Feito. Fiquei ansioso e com receio de chegar ao Rio e não terem recebido meu dinheiro ou coisa do tipo, mas não foi o que aconteceu. Deu tudo certo.” Segundo ele, hoje em dia, com o acesso à internet é tudo mais fácil. “Você entra no site da escola e compra a fantasia pelo cartão, sem sair de casa.” Kiko também explica que as fantasias têm preços variados. “Tudo depende da ala escolhida pelo integrante. Tem das mais baratas às mais caras, que se dividem em determinados pontos do desfile. E também as intermediárias. Muitos procuram essas devido ao fato de que, no recuo, passam ao lado da bateria e do intérprete, onde se ouve um som redondo e cadenciado. No nível certo, sem ser ensurdecedor. Com uma batida única!” Para alcançar ‘a batida perfeita’, da qual o mangueirense se emociona ao comentar, a bateria da escola ensaia diariamente, composta por pessoas da comunidade do morro da Mangueira, Zona

Norte do Rio. Entre os grandes ídolos de Kiko estão, além de Jamelão, Cartola, Nelson Sargento (Mangueira), Paulinho da Viola e Diogo Nogueira (Portela), Ivone Lara (Império Serrano), Noel Rosa (Unidos de Vila Isabel) e o Neguinho da Beija-Flor, que você confere, em entrevista exclusiva, na página 52 da Revista Energia.

“Desfilo desde 1998 e deixei de ir ao Rio apenas duas vezes. Sou bicampeão pela verde e rosa. É emocionante a sensação de desfilar. Impossível descrever, só estando lá para saber! kiko

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da Beija-Flor Por Érika Lopes

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ono de uma voz potente e afinada, Luiz Antônio Feliciano Marcondes, o Neguinho da Beija-Flor, é considerado o intérprete dos intérpretes e um dos ícones do samba. É o criador do famoso bordão “Olha a Beija-Flor aí, gente..., chora cavaco” que agita milhares de pessoas no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Aos 37 anos de carreira conquistou uma legião de fãs por todo país com suas composições e músicas. Depois de gravar vários CDs, Neguinho lançou seu primeiro DVD em 2005, com grandes sucessos reconhecidos mundialmente. No bate-papo com a RE, o simpático carioca conta um pouco da sua história e diz que a Beija-Flor de Nilópolis promete muitas surpresas neste carnaval.

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Capa

Revista Energia – Conte-nos um pouco da sua trajetória. Neguinho da Beija-Flor – Eu venho de uma família de músicos. Aos dez anos ganhei um concurso puxando um samba de Jamelão. Com o passar do tempo estreei como puxador de samba no bloco Leão de Iguaçu, em 1970. Fui para Beija-Flor em 1975, onde estou até hoje. RE – O que a Beija-Flor representa para a comunidade? E para você? N – A Beija-Flor é a estrela, a vida da comunidade! Para mim representa uma família e onde tudo começou. Não me imagino longe, ou sem a Beija-Flor. Tenho um carinho enorme por todos, pois são pessoas que têm muita garra, fé e solidariedade. É a comunidade mais unida e amiga do planeta!

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RE – Em 2008 você passou por um momento difícil, descobriu que tinha câncer no intestino, mas nunca deixou de expressar esse sorriso contagiante. Quais foram as principais motivações? N – Eu fiz de tudo para não desanimar. Tenho muitas determinações, só me apego às coisas boas da vida, meu casamento é maravilhoso, tenho filhos lindos, essas foram minhas motivações! E não posso deixar de agradecer a fé e as orações dos fãs, que foram muito importantes para mim. RE – Você oficializou sua união com a Elaine Reis pouco antes de entrar na Sapucaí, no carnaval de 2009. Quem teve essa ideia? N – Nós já morávamos juntos e decidimos nos casar na Sapucaí porque

A Beija-Flor é a estrela, a vida da comunidade! Para mim representa uma família e onde tudo começou. Não me imagino longe, ou sem a Beija-Flor


ela nos proporciona coisas maravilhosas. Estar na avenida é muito bom e casar lá é melhor ainda, com a Beija-Flor fazendo a festa! O ex-presidente Lula e sua mulher, dona Marisa, foram nossos padrinhos. RE – O que podemos esperar do Neguinho para 2012? N – Em junho ou julho vou fazer uma turnê pela Europa. Para mim é sempre uma grande expectativa de agradar ao público e me sinto feliz em poder retornar mais vezes para fazer shows, divulgar o samba e um pouco da nossa cultura no exterior. Além das minhas músicas, toco os sambas enredos da Beija-Flor. RE – E para o carnaval? Conta pra gente o que vem por aí! N – Não posso falar muito, mas a Beija-Flor preparou uma homenagem ao nosso querido amigo Joãozinho Trinta, que fez parte da nossa história e que ajudou a escola a conquistar cinco campeonatos. Garanto que todos vão ter várias surpresas! Em busca do 13º título! (risos)

Fotos: Divulgação

“Eu fiz de tudo para não desanimar. Tenho muitas determinações, só me apego às coisas boas da vida. meu casamento é maravilhoso, tenho filhos lindos. essas foram minhas motivações!”

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Moda Por Flávia Aldrovandi

moda@revistaenergiafm.com.br

Fashion

Rio

Inverno 2012

Aconteceu, de 10 a 14 de janeiro, a primeira semana de moda do ano. A edição do Fashion Rio trouxe novidades, releituras e nos colocou por dentro das tendências do Inverno 2012. A coluna de moda separou as principais tendências para você apostar neste inverno e fazer a escolha certa!

Preto no Branco O uso dessas duas cores juntas deixa uma combinação clássica e elegante, que inclusive já está sendo usada por celebridades no exterior.

Estampas As estamparias dominaram o Fashion Rio com texturas, geometrias, desenhos étnicos.

Conjuntinhos Os looks combinados se tornaram tendência, com um estilo moderno e jovial. Aposte!


Vermelho Se a cor laranja foi eleita a cor do verão, o vermelho será a cor do inverno 2012, colocando um algo a mais nas cores invernais.

Transparências Continuam esse ano, com leveza e feminilidade, deixando a mulher elegante, longe da vulgaridade.

Golas Apareceram de diversas formas, completamente fechadas, delicadas, avulsas, como colar. É só fazer a sua escolha, opções não vão faltar!

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cultural

Guia

Por Heloiza Helena Zanzotti

Filmes

Livros Premonição 5

Em Premonição 5, a Morte está mais onipresente do que nunca, e inicia seu ataque após a premonição de um homem em salvar um grupo de colegas de trabalho de um terrível colapso, em uma ponte suspensa. Mas este grupo de almas inocentes não deveria sobreviver e, em uma aterrorizante corrida contra o tempo, o grupo tenta freneticamente descobrir uma maneira de escapar dos planos sinistros da Morte.

É Tudo Tão Simples Danuza Leão

O mundo deu muitas voltas desde que Danuza Leão escreveu seu primeiro livro: “Na sala com Danuza”. Agora, 20 anos depois, a colunista fala sobre etiqueta pós-internet, romance póscelular e outras pós-modernidades. Com dicas para as classes emergentes sobre o que levar na primeira viagem de avião, para o filho que quer contar para a família que é gay e para as mães que estão vivendo sua segunda juventude depois dos 40.

A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte l

As Esganadas - Jô Soares

Gigantes de Aço

O Livro do Boni - José Bonifácio de Oliveira Sobrinho

Após seu casamento, Bella e Edward viajam para o Rio de Janeiro para sua lua-de-mel, onde finalmente cedem à paixão. Bella descobre que está grávida e, durante um parto quase fatal, Edward realiza seu desejo de tornar-se imortal. Mas a chegada da filha, Renesmee, coloca em movimento uma perigosa cadeia de eventos que encurrala os Cullen e seus aliados contra os Volturi, o conselho de líderes vampiros.

Uma história ambientada em um futuro próximo, quando o boxe se tornou um esporte de alta tecnologia. Charlie Kenton é um lutador decadente, que perdeu sua chance de ganhar um título quando robôs de mais de 900 kg e 2 metros de altura entraram no ringue. Quando Charlie chega ao fundo do poço, ele se une a seu filho, Max, para treinar um competidor para disputar o campeonato. As apostas na brutal arena aumentam. Charlie e Max têm uma última chance de dar a volta por cima.

Jô Soares explora, mais uma vez, os assassinatos em série. O delicioso núcleo narrativo está nas tentativas da polícia de encontrar um criminoso que, muito vivo, não desperta suspeita nenhuma e possui uma rara característica física que dificulta a utilização dos novos ‘métodos científicos’ da polícia carioca. Jô consegue realizar a façanha de narrar uma série de crimes brutais, com requintes de crueldade, e deixar o leitor com um sorriso satisfeito nos lábios.

Este livro reúne uma série de histórias profissionais e da vida de Boni, e que têm como protagonistas nomes da comunicação do país - na publicidade, no rádio e na televisão. Autores como Janete Clair e Dias Gomes, humoristas como Chico Anysio e Jô Soares, atores como Tarcísio Meira, Glória Menezes, além de jornalistas e diretos, acompanham as histórias de Boni, que refaz, nessa obra, a trajetória percorrida desde a sua infância.


Decoração

Decorando com Fotos Por Adriana Rubia Especial para Revista Energia

Os melhores momentos da vida não precisam ficar restritos às fotos em porta-retratos. Imagine forrar uma parede inteirinha da sua casa com lembranças de viagens, da família, amigos e tudo o que você gosta. Opções criativas são o que não faltam para decorar ambientes com imagens. Pelas paredes, personalizando objetos, em varais, painéis. Sem falar nas inúmeras possibilidades de porta-retratos que encontramos por aí. Além de ficar bonito, é uma forma de expressar sentimentos e relembrar momentos, principalmente se for com o uso de imagens vindas de momentos da própria família ou amigos. Outra opção super legal para vestir uma parede é o uso de fotos artísticas. Nos últimos anos a fotografia ganhou ares bem maiores que simplesmente o de registro de um momento e hoje em dia já tem o seu valor reconhecido como arte. Elas dão um ar contemporâneo ao ambiente e trazem uma visão es-

Painel ‘Melhores’ e Almofada ‘Melhores Momentos’ você encontra na Zaak Presentes e Decorações

pecial de momentos e paisagens, vistas por um artista. Lembre-se que fotografia é uma arte e nada como o trabalho de um bom artista (leia-se fotógrafo profissional) para mostrar isso. Cada parede exige uma forma de dispor os objetos, então, é preciso ir com calma antes de partir para a decoração em si. Não basta sair colando, é preciso ter uma coerência visual. Verifique os tamanhos, procure enquadrar suas fotos em um campo visual proporcional. Para as fotos artísticas, o ideal é optar por tamanhos maiores que 30x50cm, para dar um visual semelhante a um quadro. Procure não deixar as fotos expostas, sem proteção de um vidro ou plástico, pois sua exposição ao pó e à luz pode causar manchas. Tendo alguns cuidados, você conseguirá um lindo ambiente, repleto de boas energias. Afinal, adoramos relembrar bons momentos e ver lindos lugares. Aproveite seu álbum de férias e mãos à obra!


Look

kids

Por Leandro Carvalho

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Crianças

Bianca Bosco Faracco Felipe Moscatto Gomes da Silva

Locação

Flora Paraíso Fone: (14) 3626.1760

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Varal

Fotos Leandro Carvalho

M.Officer:

Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.0831

Vestylle Megastore:

Rua Edgard Ferraz, 281 Fone: (14) 2104.3500

Turini Kids:

Jaú Shopping - Piso Superior Fone: (14) 3416.2578

Lucy Modas:

Av. do Café, 416 Fone: (14) 3622.7466


Gold Silver:

Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.1858

Revista Energia 69


Fitness

Por Marcelo “Tchelinho� Macedo

Carnaval combina com samba, suor e cuidados especiais

70 Revista Energia


P

ara aproveitar bem o carnaval é preciso estar bem condicionado, independente de onde for sua comemoração. São muitos foliões fazendo festa por 5 dias, e é durante esse período que as pessoas costumam testar a resistência para aguentar horas dançando e pulando. Para garantir a diversão é necessário estar com boa saúde e um condicionamento físico e cardiorrespiratório em dia, para evitar o aparecimento de doenças e lesões musculares. A atividade recomendada para o fortalecimento, principalmente dos membros inferiores – que são os mais exigidos, é a musculação, que ajuda a

dar tonicidade aos músculos do glúteo, pernas, abdômen e região lombar da coluna. O fortalecimento destas regiões garante que, no dia seguinte, a pessoa não deixe de aproveitar o carnaval devido às dores musculares. Isso vale para todos, principalmente para as mulheres que querem chegar no carnaval com as pernas torneadas. Vale lembrar que a falta de preparo pode causar distensões musculares, dores na panturrilha, pernas e nas costas. A outra atividade que devemos trabalhar é a aeróbica, que serve para preparar nosso sistema cardiorrespiratório (fôlego). O spinning e o jump se encai-

xam perfeitamente, pois aprimoram esta resistência de uma forma similar, além de provocar a perda de peso, enfatizando o trabalho de condicionamento físico. Essas atividades exigem a participação de grande parte dos músculos dos membros inferiores, além do tronco. Esses são os músculos mais exigidos quando “pulamos” o carnaval. Lembre-se que, além de um ótimo condicionamento físico, é preciso tomar muito líquido durante e depois da folia, usar calçados e roupas confortáveis e alimentar-se bem antes de cair na farra.

Bom divertimento!

a falta de preparo pode causar distensões musculares, dores na panturrilha, pernas e nas costas

Revista Energia 71


club

Social

Por Juliana Galvão

social@revistaenergiafm.com.br

Réveillon

O tradicional Réveillon da Bocada ainda merece destaque. Reuniu gente bonita e animada, que mesmo debaixo de chuva, curtiu a festa até o amanhecer. 1. Bruno Muneratto e João Pacheco 2. Keity Derval e Lucas Mott 3. Ana Carolina Forti e Ana Carolina Bossonario 4. Rafael Franceschi e Rodrigo Floret 5. Guilherme Alcalde e José Giovani Lameza

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Fotos: Leandro Carvalho

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Canadá Quem fugiu do calor nessas férias foi Cíntia Torquetto e o marido Maurício Pavan Silva, que passaram o réveillon no Canadá. Aproveitaram a viagem para conhecer o lugar e também para estudar. Cultura!

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1. Montreal 2. Bata Shoe Museum 3. Niagara 4. Harbourfront rinque de patinacao

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club

Social

Festa

Renata Andriotti Galvão e João Paulo de Almeida Prado Galvão receberam amigos e familiares na tradicional chácara Santa Tereza para almoço em comemoração ao primeiro ano do fofíssimo João Paulo de Almeida Prado Galvão Filho. 1. O aniversariante com os pais Renata e João Paulo 2. Os tios Antonio De Santana Galvão e Maria Clara de Almeida Prado Galvão e a avó paterna Maria Cecília de Almeida Prado Galvão 3. A avó materna Eliana Maria Munerato Andriotti, Renata, João Filho e a tia Ana Karina Andriotti Avante 4. Luciano Pacheco de Alemida Prado

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1. Bruna Araújo, Bárbara Jorge e Beatriz Campos Prado Juliana 2. Fabíola Agostinho e Balla Pontes 3. Cestari e Luiz Otávio Abreu 4. Ingrid Molan, Elizabete Soufen e Jaqueline Brit

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Inauguração Rogério Pontes e Fabíola trouxeram para Jaú mais uma opção de balada. A inauguração da nova casa noturna Savana foi um sucesso.

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club

Social

Por Juliana Galvão

Viagem

Ciça Bedolo curtiu as férias com o namorado Léo Casella. Escolheram a romântica Buenos Aires como destino. Fã das cores, Ciça ainda voltou com duas tatuagens coloridérrimas no ombro, uma gracinha!

Carnaval

O carnaval de Jaú promete muita batucada, chorinho, feijoada e roda de samba. É que André Galvão, em parceria com a Bocada, Vila Jahu, Santo Bar e Fornalha organiza uma super festa para comemorar os 128 anos de carnaval na cidade. De 17 a 21 de fevereiro serão duas noites de roda de samba no Vila Jahu, feijoada no Fornalha e uma noite de carnaval no Santo Bar. E tem também os desfiles dos blocos da Bocada e o tradicional Bloco dos Galvão, com participação dos melhores sambistas jauenses.

e.

Canal

Casamento

Quem casa quer casa, e claro que festa também! Foi o que Luciana Nascimben e Maurício Matar fizeram. No casamento que aconteceu em janeiro, depois da tradicional cerimônia religiosa, receberam os convidados em danceteria da cidade. Não deu outra, foi a maior balada, o pessoal se esbaldou!

Agradecimento

No início desta nova empreitada, gostaria de agradecer imensamente minhas colegas de profissão Juliana Parra, Cíntia Torquetto, Natasha Gonzales e Bruna Araújo por tamanha generosidade e apoio dispensados. Umas fofas! 76 Revista Energia


Música

Um arraso! Foi o resumo da apresentação da banda Lady Jane no General Bar. Carlos Francisquini, Norberto Vendramini, Edinho Calciolari, Arquimedes Ferreira e Junior Cichini tocaram clássicos do rock’n roll nacional e internacional com versões muitíssimo bem arranjadas.

Responsabilidade social

Téio Curi comanda campanha pela conscientização e respeito da sociedade para com as pessoas com necessidades especiais. A campanha já está nas redes sociais e com adesão cada vez maior de autoridades e da sociedade. Vamos apoiar a causa?

No páreo

O jauense Mário Gobbi filho, apoiadíssimo pelo Dr. Geraldo Jabur, também candidato ao comando do Conselho Deliberativo, candidatou-se à Presidência do Corinthians. Poderosos jauenses no páreo a dirigir o glorioso Timão.

Fotografia

Fernão Prado, que faz fotografias incríveis, mostrará um tiquinho de sua arte na exposição “fotos da Matriz”. O evento acontecerá entre os dias 16 de fevereiro e 05 de março, em livraria do Jaú Shopping, e terá como colaborador de texto Julio Polli. Vale a pena conferir as fotos do garoto que é puro talento.

Esporte

Marcelo Mendonça (que como jogador é um ótimo locutor) teve o privilégio de participar do jogo de despedida do goleiro Marcos, do Palmeiras, onde formaram a dupla de ataque da equipe. O jogo aconteceu no dia 30 de dezembro, em Lençóis Paulista, cidade onde Marcos iniciou a carreira.

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As melhores marcas você encontra só aqui no Jaú Shopping

GOLD SILVER (14) 3416.1858

Promoção saúde e visão

Fotos: Israel Denadai

Na compra de um óculos de grau, você ganha uma armação de reserva e paga em 10x sem juros no cartão. E ainda óculos de sol com 20% de desconto e em 6x sem juros. Consulte regulamento na loja. No Jaú Shopping, piso térreo. Ótica Gold Silver. Bom gosto pra todo mundo ver!

ri happy

(14) 3416.3009

Foto: Leandro Carvalho

A Ri Happy é uma das lojas de brinquedos mais conhecidas no Brasil. No piso superior do Jaú Shopping, a Ri Happy oferece uma variedade de brinquedos de montar, bonecos, bonecas, carrinhos, eletrônicos, jogos, pistas, playground, esportes e mini veículos para as crianças. A Ri Happy facilita suas vendas dividindo os brinquedos entre as idades. Se preferir pode optar apenas pela categoria meninos e meninas.

QUATRO PATAS

(14) 3621.6882

Seu animalzinho está precisando de um banho? Aparar os pelos? Leve-o já para a Quatro Patas, no Jaú Shopping. Na Quatro Patas o seu melhor amigo recebe atendimento de primeira. Além do serviço de banho e tosa, você ainda encontra uma grande variedade de produtos para cães, gatos, peixes e passarinhos, além de venda de filhotes. Leve já seu bichinho de estimação para a Quatro Patas, no Jaú Shopping.

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M. Officer (14) 3416.0831

Buscando sempre inovar nas coleções, a M. Officer quer você deslumbrante na estação mais quente do ano. Aproveite! A super liquidação de verão com preços arrasadores e descontos de até 70%. Venha conferir, abusar das nossas promoções e passe o verão com o maior estilo!

VIVO

(14) 2104.2334 Para melhor atendê-lo, a Vivo está em novo espaço, no piso térreo do Jaú Shopping. A nova loja conta com um amplo espaço, ambiente climatizado e profissionais treinados para atendimento especializado. Venha conhecer a nova loja e todos os planos e promoções que a operadora oferece. A Vivo está localizada próxima da Portaria C do Jaú Shopping.

INTYMYDADE MODA ÍNTIMA (14) 2104.2336

Para você que procura os melhores itens em moda íntima, biquínis, meias e pijamas, o lugar certo é a Intymydade Moda Íntima, no Jaú Shopping. Com as mais famosas coleções de lingerie, a loja se destaca no segmento com as marcas: Valisere, Hope, Liz, Triumph e Duloren, além dos pijamas femininos Daniela Tombini, Sonhart, Vinci e Senilha; e de toda a linha Lupo. No setor masculino, as marcas de maior destaque são: Speedo, Cavalera e Red Nose. A Intymydade Moda Íntima trabalha ainda com a coleção infantil destas e de outras grandes marcas. Passe no Jaú Shopping e conheça a loja Intymydade Moda Íntima. Você vai se surpreender.

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Gourmet

Por Mario Netto

Mario Franceschi Netto Formado pelo SENAC, já trabalhou no Grande Hotel Águas de São Pedro, Café de la Musique em São Paulo e, atualmente, faz o curso Master de cozinha em Parma, na Itália, no instituto ALMA.

Caponata Ciao amici lettore

Hoje vou falar de uma clássica receita siciliana. A Caponata é um notório prato siciliano, muito usado nas festas e durante todo o ano, por ser um prato versátil e fácil de se preparar. A Caponata é composta de verduras fritas temperadas e um molho agridoce. Existe uma receita básica para a Caponata e muitas variantes dessa mesma receita, com nomes ligeiramente diversos, como por exemplo, a “Caponatina”, que é igual à Caponata no que se refere aos ingredientes, mas diferente na preparação e não é agridoce. A origem do seu nome é incerta, alguns dizem que deriva da região da Catalunha, na Espanha, que por ali faziam esse frito de verduras junto com um peixe que se chama “capão” e polvo, e quando essa receita chegou à Sicília era preparada pelos campesinos menos abastados, que não usavam peixes na sua preparação, mas sim vários tipos de verduras. A Caponata era muito difundida, também, nas tabernas romanas; por ser um prato barato mas muito saboroso, gozava de uma boa reputação entre os seus frequentadores, e se chamava “Cauponae”, nome latino da Caponata. O que é certo, também, é que a Caponata da antiguidade não era como essa que conhecemos hoje, isso porque até o ano de 1600 ainda não se conhecia a berinjela, e o salsão não era usado na preparação. Bom, vamos ao que interessa:

Ingredientes Para 6 pessoas: 100 ml de vinagre de vinho tinto 3 colheres de sopa de alcaparras dessalgadas 2 cebolas grandes 1 kg de berinjela Azeite de oliva a gosto 200g de azeitona sem caroço 60g de pinoli (pode ser substituído por castanha do Pará ou nozes) 500g de tomate tipo italiano bem maduros e “firmes” 600g de salsão 50g de açúcar Sal grosso, azeite e manjericão a gosto

modo de Preparo Em uma assadeira grande coloque, no fundo, uma camada de sal grosso. Lave as berinjelas, corte em cubos de aproximadamente 1,5 cm e coloque na assadeira com o sal grosso. Após este procedimento, acrescente mais uma camada de sal grosso por cima da berinjela, para que ela perca o seu amargor. Deixe repousar por cerca de uma hora e meia. Enquanto isso, corte o salsão no sentido da diagonal, passe o salsão cortado por uma panela com água fervendo e salgada por uns dois minutos e, a seguir, escorra o salsão. Enxugue-o com um papel absorvente e, em uma frigideira, frite o salsão com azeite em fogo baixo. Numa outra frigideira frite as cebolas cortadas em fatias finas, até que elas fiquem bem molinhas, mas sem pegarem cor. Depois acrescente as alcaparras, os pinolis ou castanhas, as azeitonas e frite por mais 10 minutos. Passados os 10 minutos,

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acrescente o tomate cortado em cubos e frite em fogo alto por mais 20 minutos. Enquanto isso, lave e seque a berinjela e, em uma frigideira antiaderente com um fio de azeite, frite a berinjela até que elas fiquem marrons (nesse ponto tomar cuidado para não queimar). Depois que a berinjela estiver frita, una todos os ingredientes na mesma panela, menos o açúcar e o vinagre. Mexa bem todos os ingredientes em fogo baixo até que eles se misturem. Acrescente o açúcar, o vinagre e cozinhe em fogo baixo até que saia o cheiro forte do vinagre.

Dica: A sua Caponata pode ser degustada sozinha ou como acompanhamento, para os mais diversos tipos de pratos como assados, grelhados, peixe, frango, carne de vaca ou com o que a vossa imaginação quiser.

Buon appetito!

Mais de 15 opções gastronômicas em ambiente climatizado e seguro. Amplo estacionamento com serviço de manobrista. Um lugar especial para a família e os amigos se divertirem!

Todos os dias, das 10h às 23h Avenida Dr. Quinzinho, 511 Fone: (14) 2104.2300

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Vinhos

Por Paulo Agnini Especial para Revista Energia

Borgonha II Borgonha é uma das mais intrincadas e complexas regiões vinícolas do mundo. Por mais de dez séculos, boa parte da terra e a maioria dos vinhos estiveram sob o poderoso comando dos monges beneditinos e cistercienses. Através de um trabalho incansável, começaram a estabelecer e definir inúmeros lotes menores que definitivamente se tornariam os melhores vinhedos da Borgonha e renderiam os melhores vinhos. Os principais Borgonha são, junto com os principais vinhos da Alemanha, os melhores exemplos do mundo de vinhos que refletem o seu terroir; ou seja, numa perspectiva profundamente holística, refletem o meio ambiente individual e único - do sol e do solo até a sombra e a encosta - onde a videira prosperou. A própria ideia de terroir é uma espécie de construção mental inevitável. Não se pode pensar na região simplesmente em termos de pinot noir e chardonnay, pois no sentido mais elementar a Borgonha não é pinot noir e chardonnay, e sim o que esses dois varietais expressam. Experimente dois vinhos do mesmo local e você poderá sentir enormes diferenças entre eles. Como explicar isso, se ambos os vinhos foram elaborados pela mesma pessoa, do mesmo modo, da mesma variedade e plantados igualmente? A variável clara e aparente é o local, fator que razoavelmente parece responsável por essas diferenças, o terroir. Não existe uma única palavra em inglês para designar terroir, a soma da constituição e do efeito do solo, inclinação, orientação do sol, elevação e mais todos os matizes de clima: índice de chuvas, velocidade do vento, frequência de nevoeiros, horas cumulativas de sol, média das temperaturas mais altas média das temperaturas mais baixas.

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vida

Boa

Por João Baptista Andrade

Comida de verão

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É verão outra vez. Aquela delícia de sempre para todos aqueles que, paulistas como eu, vivem longe do mar. Tempo de estradas lotadas e saneamento básico das cidades litorâneas em estado de miséria. Ah... a praia! Que coisa simples e gostosa, não é não? Vamos todos nós. Simples assim. A família reunida num SPA de luxo, ou num apartamento alugado, ou acampada na casa de algum conhecido ou parente que, mui gentil e bestamente, cedeu espaço à horda de hunos modernos em que nos tornamos nesse poucos (e abençoados) dias de folguedo. Mas o verão é o tempo das comidinhas leves. Saladas, frutas, queijos brancos, vinhos idem, torradas, etc. Isso é o que dizem os manuais do bem viver e da temperança. Entretanto, caro leitor, é muito mais provável que a realidade mostre-se completamente distinta. A primeira coisa a fazer é pegar uma cor saudável. Para grande parte dos brasileiros, que possui sangue dos índios e dos africanos, isso é fácil: jambo amorenado. Para aqueles que carregam a herança européia dos mais recentes imigrantes, o tom da pele é o de um bacorinho novo: entre rosado e vermelhão. Comer? Claro que sim! Sarapatéis, vatapás, lambretas, sururus, aqueles camarões que (sabe Deus!) foram preparados alhures... Peixadas, coxinhas, queijo de coalho, biscoito de polvilho, sorvetes de origem duvidosa, milho cozido (Jesus, ajuda!) e outros tais. Beber muita água? Claro! Afinal de contas, o gelo que vem na caipirinha servida naquele copo mal lavado é água, pois não? E cerveja. Refrigerante. Os mais destemidos vão de mate gelado e caldo de cana. Tem louco para tudo nesse planeta. A probabilidade de enfrentar um bando de bactérias insidiosas é quase certa. GECA (Gastro Entero Colite Aguda) dura só um dia ou dois... Que se danem os conselhos e a sabedoria popular. Vamos que vamos, porque é verão. Melhor nem mencionar a viagem de carro que teremos que enfrentar quando toda essa farra terminar... Mesmo assim, no ano que vem nos veremos na praia dos outros mais uma vez. Pode?


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Informe Publicitário

Monte a sua festa e soboreie os elogios Padaria Santo Antonio Especial para Revista Energia

Para que qualquer aniversário seja inesquecível, não pode faltar uma boa decoração e uma mesa cheia de guloseimas. As crianças e os adultos esperam esse momento para se lambuzarem nessas delícias. Se a festa é para criança, aproveite e deixe todos os salgados e doces ao alcance delas, pois assim irão comer de tudo um pouco durante as correrias e as brincadeiras. No final das festas é comum entregar uma lembrancinha. No caso de festa infantil, faça uma caixinha ou saquinho com algumas guloseimas como: chocolates, cup cake, carolinas ou um potinho de brigadeiro de colher – muito usado para festas infantis e de adultos. Caso seja uma festa de primeiro ano, pode-se oferecer o “bem-vivido”. Aproveite este final de férias de verão e faça a sua festa com encomendas de canapés, tortas, lanches salgados e docinhos variados, mais o bolo decorativo. A ideia é transformar toda ocasião em um grande evento, desde um pequeno jantar a dois, até grandes feiras promocionais. Além disso, a arte de servir é fundamental.

Boa festa!

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Informe Publicitário

O que é bruxismo?

Você sente dores de cabeça frequentes? Algum tipo de cansaço no rosto, como se tivesse falado durante muito tempo? Notou algum tipo de desgaste nos dentes? Atenção: você pode estar apresentando alguns sinais de BRUXISMO. Mas, afinal, o que é isso? O bruxismo, que também é conhecido como ‘apertamento dentário’, pode ser definido como o ranger de dentes enquanto dormimos. É um distúrbio do sistema nervoso relacionado geralmente ao sono, fazendo a pessoa apertar ou ranger os dentes; porém

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o ‘apertamento’ também pode ocorrer durante o dia, enquanto estamos acordados. Cerca de 20 a 30% das pessoas que rangem os dentes não sabem que o faz. Isto ocorre devido à falta de sintomatologias. O indivíduo passa a notar que há algum problema quando os sintomas acima citados começam a ser percebidos. Estudos científicos mostram que não existe prevalência entre homem ou mulher, porém, existem fases da vida nos quais os sintomas são mais evidentes. “Em crianças, o ranger dos dentes acontece geralmente associado a uma fase de intensa atividade: muitas atividades durante o dia, situações de ansiedade, noites agitadas de sono, a fase da troca dos dentes de leite pelos permanentes e, até mesmo, no momento em que surge um novo membro na família, por exemplo”, explica Dra Larissa Moreno. “Já em adultos, os principais fatores relacionados ao bruxismo são: estresse, trânsito, correria do dia a dia, cobrança da sociedade, o uso de medicamentos como os inibidores de apetite, muito trabalho e má posição dentária”, enfatiza. Nos idosos, há uma menor ocorrência. As pessoas que sofrem de bruxismo têm mais facilidade em fraturar os dentes e a quebrar próteses. Apresentam dores de cabeça frequentes, dificuldade em abrir a boca, dor muscular e até um desconforto generalizado na face. No tratamento, a mudança de alguns hábitos associada à utilização de placas – confeccionadas pelo cirurgião-dentista – auxiliam, e muito, a redução dos sintomas. “O indivíduo precisa conscientizar-se sobre os seus hábitos prejudiciais e mudá-los”, explica Dr. Marcelo Madalena. “Respeitar o horário do sono, não fazer atividades físicas tarde da noite, evitar televisão e internet logo antes de dormir e policiar-se para não apertar os dentes durante o dia, auxiliam no tratamento. A correção da posição dos dentes com a utilização de aparelhos ortodônticos também é fundamental”. Procure um cirurgião-dentista! Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, menores serão os agravos e mais eficaz será o tratamento!

A equipe do IOM- Instituto Odontológico Madalena está à sua disposição. Agende uma consulta.


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Empresarial

Por Antônio Paulo Grassi Trementocio

A carga tributária no Brasil e a falta de contrapartida do governo A carga tributária de 2010 registrou crescimento recorde comparada ao ano imediatamente anterior, com um crescimento nominal de 17,80% em comparação a 2009. Nos últimos dez anos, os governos retiraram da sociedade brasileira R$ 1,85 trilhão a mais do que a riqueza gerada no país. No ano de 2010 cada brasileiro pagou aproximadamente R$ 6.722,38, representando um aumento aproximado de R$ 998,96 em relação a 2009. (Fonte: Instituto Brasileiro de Pesquisas Tributárias). Você já pensou qual é o retorno que os impostos pagos por você e por todos os brasileiros, principalmente pelos empresários, têm para a sociedade brasileira? Você conseguiria classificar? O que todos sabemos é que temos um dos piores retornos do mundo. Os empresários são obrigados a pagar, para a economia privada, serviços que deveriam ser prestados pelo Poder Público: paga-se por uma educação de qualidade para os filhos, porque a educação oferecida de graça, com o perdão das poucas escolas públicas de qualidade existentes nos país, é um placebo. Pagamos por uma saúde de melhor qualidade, também com o perdão aos poucos bons hospitais públicos existentes em nosso país. E quem não tem condições de pagar? Morre nas filas. Somos obrigados a pagar por serviços de segurança privada e ainda por seguros de toda ordem, para garantir tranquilidade aos nossos familiares. Pagamos um dos mais altos impostos da face da terra! Lutamos tanto para conquistar um veículo para nossa locomoção e, então, temos que pagar altos impostos sobre esse bem e mais pedágios, estacionamentos, seguros, etc. Como sobreviver dignamente sob essa extorsão social? É verdade que existem alguns países, principalmente os europeus, em que a carga tributária também é muito alta, mas o retorno que eles dão à sua sociedade é muito diferente da nossa. Na maioria desses países não se paga por escola, não se paga por saúde e muito menos por segurança. Vemos a arrecadação crescer, mas a crise social também continua crescendo. Não é de se estranhar que o Brasil tenha um dos piores ambientes de negócios do

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mundo, graças ao emaranhado fiscal, à carga tributária altíssima, à maior taxa de juros do planeta e à morosa burocracia. Abrir um pequeno negócio no Brasil é um ato de coragem, pois o governo privilegia as megafusões, em detrimento do pequeno empreendedor. Vemos o governo privilegiar os bancos, onde as taxas cobradas por eles são exorbitantes, sem haver qualquer limite legal, podendo os bancos cobrar o quanto querem. A alta tributação já está levando o país à falência social e sem qualquer perspectiva de melhora. Fique atento! As eleições estão aí! É a única chance que temos de mudar esse cenário.


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Pergunte...

... a RE responde!

Por Adriana Roveroni www.adrianaroveroni.com.br mande sua pergunta para:

pergunte@revistaenergiafm.com.br

Fui casada durante 15 anos, até descobrir que meu marido havia me traído diversas vezes. Não consegui lidar com a situação e me separei. Queria tentar ser feliz, mas nunca consegui me envolver com outra pessoa. Ele, ao contrário, se envolveu em um relacionamento sério. Hoje, 2 anos depois, nos reaproximamos e apesar do meu medo de passar por tudo de novo, resolvemos dar uma chance a este amor e recomeçar. Será que estou certa? J.M.S, 48 anos RE: Certo? Errado? O que as pessoas irão dizer? O que importa é que seja o melhor para você, ou para vocês. Sem preocupações com opiniões alheias. A vida nem sempre segue uma linha reta. Este tempo pode ter trazido muito aprendizado para ele e também para você. Se ele não está mais com o “relacionamento sério”, como você diz, talvez não fosse tão sério ou tão importante. Deixe o amor agir no seu coração. Primeira pergunta a se fazer: eu o amo? Segunda pergunta: ele me ama? (diz e demonstra?). Terceira pergunta: no que ambos estão dispostos a mudar para esta nova chance e recomeço? O que importa é olharem para dentro de si, no coração, na alma e sentirem o amor. Esta reaproximação não é acaso. Procure não ficar pensando e “remoendo” o passado. O perdão tem que ser uma palavra constante na vida de vocês. Varra, assopre, faxine todo sentimento negativo que ficou de frustrações do próprio casamento de 15 anos e inspire novas esperanças, novas expectativas e novas atitudes. O amor sempre vale a pena. E a restauração de uma família, através deste amor (que pode ter ficado latente devido a mágoas, decepções, antes e depois), é mais valiosa ainda! Permita-se!

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Vivo dentro de casa, só saio para trabalhar e fazer o necessário na rua. Se há feriados, passo em casa, sem falar com ninguém. Acho que perdi a confiança nas pessoas. Se me entusiasmo com alguma coisa, faço mil

planos, mas logo desisto. Preciso preencher o meu tempo, para dar prazer à minha vida, mas não sei com o quê. Não confio mais em mim mesma. Gostaria de uma dica para vislumbrar uma luz no fim do túnel, pois esta situação já se prolonga há vários anos. Mariana, 34 anos Rosemeire - 43 anos (Botucatu) RE: Mariana, o que conta indica algum grau de depressão e precisa ser tratado. Primeiramente, procure um médico e tome a medicação que for indicada para que, assim, você possa encontrar forças para dar o impulso de volta à vida. A medicação é necessária em alguns casos, e ajuda muito. Só a medicação resolve? Claro que não! Você necessita buscar, dentro de si, quais pensamentos despertam estas emoções negativas e estes comportamentos de reclusão/fuga. “Perdi a confiança nas pessoas”, você diz. Em que momento? Quais pessoas? Quais situações? Precisa analisar, com muita calma, para não generalizar, que é um erro cognitivo. “Se me entusiasmo... faço mil planos, mas logo desisto”. Se você consegue se entusiasmar, QUE ÓTIMO! Vamos nos agarrar a isso? Em que situações você se permite entusiasmar? Quais pensamentos, positivos no caso, lhe proporcionam esta sensação? Isso é muito importante para retornar à emoção inicial de entusiasmo, quando algo a fizer “cair”. Todos nós temos altos e baixos. Porém, o que percebo em sua “fala”, pode ser medo. E o medo gera insegurança. E a insegurança, o medo. E instala-se o ciclo vicioso. Vamos sair desta armadilha? Como? Você tem medo de algo? Responda para si mesma! E, logo após, pergunte-se: “se este algo de que tenho medo realmente se concretizar como fato, e não apenas como uma hipótese distorcida de pensamento negativo, o que de pior pode acontecer comigo?” Você poderá verificar que a emoção medo é maior do que os possíveis fatos. Força, garota! Coragem! Não deixe os pensamentos negativos e o medo “roubarem” seus sonhos!


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Duas rodas

Em alta velocidade Por Marcelo Mendonรงa โ ข Fotos Leandro Carvalho

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A

paixão por duas rodas veio através do pai, mas Alex Pavaneli (32) não queria simplesmente andar de moto pelas ruas ou estradas. Sua vontade real era ser um piloto de corridas. Há oito anos ele vem de destacando nas competições que participa e, no ano passado, foi vice-campeão brasileiro na categoria Super Moto que mescla 70% asfalto e 30% terra, onde a preparação das motos é livre. Ou seja, não há uma cilindrada definida. Em seu currículo, o piloto já participou de vários estilos de prova desde enduros, moto velocidade, moto cross, entre outras, que serviram para que se aperfeiçoasse cada vez mais. Alex conta que é preciso muito treino e estar sempre atento às novidades do mundo da velocidade. Na última prova que participou, em Brasília, estavam os filhos de Nelson Piquet e o piloto mais conhecido no Brasil quando o assunto é corridas de moto, Alexandre Barros. As provas acontecem em diversos estados, dependendo do calendário da competição. No Super Moto 2011 o campeão foi o goiano Yoshinori Noda, seguido pelo jauense. Em nossa região já foram realizadas provas dessa categoria. Em Bauru aconteceu a Copa NOS e Alex foi o campeão, vencendo campeões brasileiros e outros pilotos de grande experiência. Em Jaú ele já venceu nessa mesma categoria, inclusive sendo campeão em todas as quatro etapas da competição. Agora o piloto está de férias das pistas e dedica-se a gerenciar uma empresa de mecânica, especializada em freios de automóveis. Em fevereiro, Alex já tem compromisso assumido. O vice-campeão brasileiro de Super Motos vai até Águas

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Duas rodas

Fotos: Arquivo pessoal

de São Pedro, onde haverá uma corrida de rua. O próximo campeonato começa em meados de junho e Alex utiliza essas provas esporádicas como preparação para o campeonato. Segundo ele, as premiações variam desde troféus, divulgação em revistas especializadas e alguns prêmios em valores. É necessário um bom investimento no esporte. A cada corrida Alex leva mais três pessoas entre mecânicos e assistentes, que auxiliam na preparação para as provas. A cada prova há um grande desgaste físico, por isso Alex cuida da alimentação e nos finais de semana joga futebol, inclusive no time de Serginho Bianchi, que faz parte aqui do departamento comercial da RE. Que nesse novo ano Alex possa continuar se destacando nas corridas. A RE está de olho.

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Meu espelho sempre foi meu pai. Em um fim de semana, ao vê-lo cuidando da moto, despertou em mim essa vontade. Em nossa região já foram realizadas provas dessa categoria. Em Bauru aconteceu a Copa NOS e Alex foi o campeão, vencendo campeões brasileiros e outros pilotos de grande experiência. Em Jaú ele já venceu nessa mesma categoria, inclusive sendo campeão em todas as quatro etapas da competição.

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