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Jaú - Ano 3 | Edição 21 | Mensal - Maio 2012 Tiragem auditada por:
Sucesso naponta dospes
Com disciplina e graciosidade a jauense Tamirys Candido mostra seu ballet nos consagrados palcos do mundo
Gente Fina
Maria Lúcia Amaral: a super mãe conta como é conciliar a família e a carreira de sucesso
arqueologia
Marcel Lopes: Sim, nós temos um representante envolto em mistérios do passado
cineclube
Amantes da sétima arte criam grupo para incentivar a cultura cinematográfica em Jaú
2 Revista Energia
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Editorial
Ano 3 – Edição 21 – Jaú, maio de 2012 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação mensal da Rádio Energia FM Diretora: Lúcia Barizza lucia@radioenergiafm.com.br Editora de Arte: Marina Titato editora@revistaenergiafm.com.br MTb. 46.839 Editora de Texto: Karen Aguiar redacao@revistaenergiafm.com.br Diretor Artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br Gerente: Juliana Galvão gerencia@revistaenergiafm.com.br Criação de Anúncios: Raul Galvão arte@revistaenergiafm.com.br Repórteres Antonio Orselli Karen Aguiar Marcelo Mendonça jornalismo@revistaenergiafm.com.br Revisão de textos: Heloiza Helena Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Criação e Diagramação: Marina Titato Colunista Social: Juliana Galvão social@revistaenergiafm.com.br Colunistas Alexandre Garcia Antonio Paulo Trementocio Flávia Aldrovandi João Baptista Andrade Marcelo Macedo Mario Netto Carlos Alexandre Trementose Professor Marins Paulo Agnini Colaboraram nesta edição Érika Lopes Heloiza Helena Zanzotti Matheus Bardeli Estela Pinheiro Bruna Mano Lúcia Barizza Comercial Silvio Monari Sérgio Bianchi Jean Mendonça Fotógrafos Cláudio Bragga Leandro Carvalho Impressão: Gráfica São Francisco Distribuição: Pachelli Distribuidora
“Business is never black and white” Velho slogan do jornal de negócios britânico Financial Times
Esta edição comemora o segundo ano da Revista Energia. Para traçarmos o foco editorial do projeto gráfico, era necessário mais do que o feeling de que Jaú não tinha uma revista periódica que retratasse sua gente, seu dia a dia, suas tendências, seus rumos, sua história, enfim. Era preciso dados que fornecessem rumos editorias atrativos tanto para o leitor, como para os anunciantes. Nossa equipe trabalha com foco, o jauense é nossa pauta. É bastante satisfatório quando recebemos inúmeros pedidos sobre onde poderiam encontrar as imagens sacras da edição número 17; quando o anunciante nos informa que vendeu quase todas as bijuterias e acessórios da edição 18; quando as pessoas vão buscar os sapatos que estavam na “oficina de conserto” do Sr Zago; quando nossos colaboradores fixos recebem elogios sobre suas matérias. Leitores entram em contato para sugerir pautas, e como temos dificuldade para escolher quem será a próxima garota Energia, diante de tantas fotos bacanas que recebemos! Para que possamos ter esse retorno, temos que saber que nossos leitores têm interesse em assuntos sobre saúde, bem-estar e qualidade de vida; se interessam por diversão e lazer; têm grande preocupação com a aparência; se interessam por ecologia e meio ambiente; têm interesse em arquitetura e decoração; se interessam por educação e assuntos ligados à beleza e estética, 80% possui conta bancária, costuma fazer compras no shopping, exames médicos periódicos, compras em lojas de departamento, procuram usar produtos biodegradáveis e não poluentes e quase 79% possui cartão de crédito. Dados interessantes sobre o perfil do leitor. A gente procura saber quem você é e do que você gosta, para adiantarmos as tendências, afinal, reputação e marca demoram anos para serem construídas. Vale a lição empreendedora de Henry Ford: “Se eu tivesse perguntado a um consumidor do que ele precisava, ele teria me pedido um cavalo mais veloz.” Mais do que todos os parabéns que recebemos, queremos leitores fiéis e felizes!
Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624-1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários.
Lúcia Barizza Diretora
ÍNDICE
NESTA EDIÇÃO 5 Horto 6 Educação alimentar 18 Simuladores 22 Comportamento 36 Cinema 40 Profissão 48 Capa 86 Carreira 94 Filhos SEMPRE AQUI 12 Radar 14 Jurídico 16 Pense Nisso 20 Empresarial 26 Motor 30 Gente Fina 44 Raça do Mês 46 Garota Energia 56 Look de Artista 60 Moda 62 Antes e Depois 64 Varal 68 Look Kids 70 Fitness 72 Social Club 80 Gourmet 81 Guia da Gula 82 Boa Vida 84 Vinhos 85 Guia Cultural 98 As 5 +
64 Varal: Sugestões para arrasar no visual
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Capa: Tamirys Candido
42
Gente Fina: Maria Lúcia Amaral
86
Arqueologia: expedições e escavações fazem parte da rotina do jauense Marcel Lopes
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Nossa capa Tamirys Candido Foto: Alexej Trochin Produção Gráfica: Marina Titato
Horto
Na edição anterior mostramos algumas fotos do Horto Municipal de Jaú. As belas imagens registradas por nosso fotógrafo Leandro Carvalho despertaram a curiosidade de nossos leitores em conhecer de perto essa “beleza natural jauense”. Então, aí vai o endereço: Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, KM 181, entrada pelo Centro de Produção Municipal (CEPROM) de Jaú.
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Revista Energia 5
Educação alimentar
Uma escolha Optar por um cardápio saudável desde a infância pode ser a chave para manter os bons hábitos por toda a vida Por Bruna Mano • Fotos Leandro Carvalho
O
Ministério da Saúde afirmou recentemente que uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos estão acima do peso no Brasil, além disso, a expectativa é que 80% dessas crianças continuem obesas na fase adulta. Levando em conta o atual panorama em relação ao problema da obesidade infantil, algumas instituições de ensino do município vêm desenvolvendo ações que visam disponibilizar aos alunos refeições que contenham diferentes grupos de nutrientes, proporcionando um cardápio variado e completo para o crescimento e desenvolvimento adequado das crianças. De acordo com a nutricionista Danielle Fernando Pressutto, a infância é uma fase na qual os hábitos alimentares são desenvolvidos, sendo um período crucial para estabelecer a cultura da boa alimentação, suprindo de forma adequada e equilibrada as necessidades nutricionais da criança. “A escola é o melhor meio para incentivar a alimentação saudável, tendo-se em vista o estímulo das ações coletivas dos alunos”, reforça. A nutricionista também destaca que um lanche saudável deve conter variedade de alimentos incluindo frutas, sucos, pães, e até mesmo salgados assados e bolo de chocolate. “A ideia não é retirar calorias da refeição, pois nesta fase a criança necessita de muita energia para seu crescimento. Entretanto, é fundamental incentivar a ingestão de alimentos que contenham vitaminas, minerais e fibras”, explica.
Para a diretora de escola Maria Helena Piragine Ressinetti, o papel da escola é essencial na formação dos costumes alimentares da criança. “Já temos cerca de 200 alunos participando do Projeto Lanche Saudável oferecido em nosso colégio. Sem contar na imensa satisfação das mães em ver seus filhos se alimentando de forma balanceada, no período que permanecem na escola”, salienta entusiasmada com o resultado. Mas a nutricionista Danielle alerta os pais quanto aos hábitos alimentares de toda a família. “O ideal é a escola agir em parceria com a família. A melhor forma para impulsionar a criança a comer corretamente é o exemplo transmitido pelos pais, portanto, se os pais comem de maneira saudável, provavelmente a criança vai seguir o padrão”, justifica.
Daniela Pressutto, nutricionista
A pequena Mariana
Maria Helena Ressinetti, diretora de escola
“O ideal é a escola agir em parceria com a família. A melhor forma para impulsionar a criança a comer corretamente é o exemplo transmitido pelos pais, portanto, se os pais comem de maneira saudável, provavelmente a criança vai seguir o padrão”. Daniela, nutricionista
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Educação alimentar Mariana e sua mãe Andrea que, junto com a escola, incentiva a filha a ter uma alimentação saudável
Preocupação de Mãe Andrea Gonçalves Giovani, mãe da pequena Mariana de 7 anos, está satisfeita com a proposta de cardápio saudável do colégio no qual sua filha estuda. Para ela, a iniciativa das escolas em proporcionar a alimentação adequada traz tranquilidade e conforto. “Atualmente, a maioria das mulheres trabalha fora de casa e não possui tempo para preparar uma lancheira com alimentos adequados para os filhos. Na correria do dia a dia, muitas vezes a Mariana levava para a escola alimentos industrializados ou comia salgados no intervalo das aulas”, declara. A mãe também conta que ficou admirada com a aceitação da filha ao cardápio balanceado. “Um dia ela voltou para casa e me pediu para comer banana com mel, pois havia experimentado na escola. Foi uma ótima surpresa ver que ela optou por uma fruta, e não por alimentos industrializados”, reforça.
Um dia ela voltou para casa e me pediu para comer banana com mel, pois havia experimentado na escola. Foi uma ótima surpresa ver que ela optou por uma fruta, e não por alimentos industrializados. Andrea Gonçalvez
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Revista Energia 9
a
pena
bem-estar
Muita disposição! Osvaldo Ap. Ferrucci é diabético e pratica musculação há cinco anos. Ele conta que a prática só lhe trouxe benefícios: “antes, eu não tinha disposição nenhuma, chegava do trabalho e sentia muito sono, só queria dormir, depois que comecei a frequentar a academia me senti mais disposto para trabalhar, sair para passear com a família ou os amigos e até o raciocínio ficou mais rápido.”
Diabetes e exercício A atividade física é de fundamental importância e deve estar presente na vida do paciente diabético devido aos benefícios do exercício à ação da insulina. Com a prática regular, o treinamento aumenta o gasto de energia e eleva a sensibilidade dos tecidos, aumentando a utilização periférica da glicose, o que leva o indivíduo a utilizar menos insulina. Outros benefícios como a melhora da circulação sanguínea, controle da pressão arterial, diminuição do stress e aumento da autoestima, auxilia muito na qualidade de vida do diabético. A prescrição de exercícios físicos para diabéticos é delicada e está intimamente relacionada a benefícios e riscos relevantes, sendo que os riscos podem ser minimizados com programas específicos e orientados por médicos, nutricionistas e professores de educação física. O treinamento para o diabético deve ter, como objetivo principal, a saúde física, mas também é importante para a estética corporal e vida social. 10 Revista Energia
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Dicas especiais: • Converse com seu médico antes de iniciar o programa de exercícios • Sempre faça exercícios com a orientação de um professor de educação física • Verifique sua glicemia antes e depois das atividades • Faça exercícios regularmente • Beba bastante água • Use tênis e meias confortáveis
Esporte e diversão Camila Ferrucci de Almeida Prado pratica o Boxe Fit há pouco tempo, mas já sente os benefícios da modalidade. “Esse é um esporte bem dinâmico, com variação de exercícios que trabalham os músculos, a respiração, a concentração e queima muitas calorias. Sem falar que é bem agitado e divertido, me sinto muito bem.”
É um treinamento de boxe, no qual os atletas usam apenas os punhos, tanto para a defesa, quanto para o ataque. Neste treinamento não há combate e utiliza-se a mesma metodologia de treinamento do boxe profissional como socos, bloqueios, esquivas, exercícios aeróbicos e funcionais. Na sala de boxe fit da Academia Energy existem vários equipamentos: sacos de bater, speedbag, manoplas de foco, medicineball, TRX e muitos outros. As capacidades físicas mais trabalhadas são a resistência, potência muscular, agilidade e velocidade. As aulas na Academia Energy são muito divertidas e proporcionam uma gostosa sensação de bem-estar associada à alta queima calórica. Essa modalidade está fazendo muito sucesso e pode ser praticada por qualquer pessoa.
Fotos: Leandro Carvalho
Boxe Fit
Benefícios:
• Desenvolve a musculatura da perna, glúteos e principalmente tronco e braços • Melhora o condicionamento físico, o equilíbrio, a coordenação, a resistência e os reflexos • Promove grande perda calórica, auxiliando no processo de emagrecimento • Melhora a autoconfiança • Diminui o stress e a ansiedade
Radar
Boa
Por Alexandre Garcia
País da Imprevidência
A pouco mais de um mês da conferência mundial Rio+20, o Brasil descobre que o Rio de Janeiro não tem condições de hospedar os 50 mil credenciados para o evento. Principalmente não tem hospedagem de alto nível para receber 80 chefes de Estado e 120 delegações estrangeiras. Segundo a prefeitura, são 32 mil vagas - ficam faltando 18 mil. Mas isso não considera a lotação normal dos hotéis do Rio. No mês passado, quando fui fazer o Jornal Nacional, já não encontrei vaga em hotel. Na Semana Santa, só encontrei em hotel de 5 estrelas, a 800 reais a diária, e sobravam
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apenas quatro quartos. Ou seja: as 32 mil vagas já estão ocupadas e ainda virão 50 mil pessoas para a conferência. Imaginem na Copa do Mundo, dentro de dois anos. Agora choveu de novo em Teresópolis e, de novo, quedas de encostas destruíram e mataram. A tragédia de 12 de janeiro de 2011 tem pouco mais de um ano e ainda há casas soterradas, carros enfiados em buracos, ruas destruídas e nenhuma das casas prometidas foi entregue, para estimular a mudança de quem mora em área de risco. Morreram 382 brasileiros. No Japão, do terremoto com tsunami que destruiu uma usina nuclear e invadiu cidades, matando 15 mil japoneses, só restou lembrança na memória. Está tudo reconstruído há muito tempo. Não há cicatrizes da catástrofe de 11 de março do ano passado em lugar algum. Em Teresópolis, até autoridades aproveitaram-se para desviar recursos para a emergência. No Japão, dinheiro e jóias encontrados voltaram há muito tempo às mãos dos proprietários ou seus herdeiros. Muita gente diz que não podemos nos comparar com o Japão. Pois ao contrário, o Japão é que não pode ser comparado com o Brasil. O Japão é um pequeno arquipélago montanhoso, com pouca terra apropriada para a agricultura, não tem riqueza no subsolo, sofre com frio intenso, tsunamis, terremotos, vulcões, furacões e é o único lugar do mundo que foi atacado por duas bombas atômicas. O Brasil é um país-continente, com 7 mil quilômetros de costa, rios abundantes, florestas, subsolo riquíssimo, sol e chuva o ano todo, milhões de quilômetros quadrados de terra apropriada para produzir alimentos, não tem vulcões, terremotos, tsunamis ou furacões devastadores. Em compensação, quanta imprevidência, quanta falta de planejamento, quanta incompetência. Imaginem que em Teresópolis instalaram sirenes para avisar do perigo de deslizamentos (tipo: “fuja, que é só o que podemos fazer”) e as sirenes não funcionaram. Coisas simples assim, não funcionam. Prever uma conferência com 50 mil visitantes está fora do nosso alcance. Os aeroportos para a Copa já estão com prazo vencido há tempos. Será que a gente não vai conseguir organizar nem o futebol? Na visita ao Rio passei pela Marquês de Sapucaí. Fiquei impressionado com a monumentalidade das arquibancadas para o desfile de escolas de samba. Só vai nos sobrar o carnaval.
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Jurídico Recálculo do quinquênio e da sexta-parte do funcionário público estadual
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Por Carlos Alexandre Trementose
Os Servidores Públicos Estaduais, independentemente da secretaria na qual estejam lotados (educação, saúde, transporte, segurança, judiciário, etc.), recebem em seus vencimentos, a cada período de cinco anos, o Adicional por Tempo de Serviço, comumente conhecido como quinquênio, calculado no importe equivalente de 5% sobre os vencimentos do servidor, bem como o Adicional de sexta-parte, o qual é concedido quando o servidor público completa 20 anos de serviço. No entender da Fazenda Pública Estadual, os referidos adicionais são calculados considerando-se o salário base da categoria, assim, não reflete sobre todas as verbas de natureza permanente, as quais compõem os vencimentos do servidor público. Por consequência, os vencimentos do servidor são atingidos diretamente com perdas salariais significativas nos referidos adicionais, uma vez que a regra salarial aplicada não reflete no montante total, nos termos que determina a Constituição Estadual, ou seja, que os cálculos dos referidos adicionais sejam aplicados sobre a remuneração total do servidor, excluídas somente as verbas de natureza eventual. A Fazenda Pública não reconhece esse direito administrativamente, obrigando o servidor público a procurar o Poder Judiciário para pleitear a adequação dos cálculos dos referidos adicionais corrigindo-se sua base de cálculo para incluir todos os vencimentos de natureza permanente, podendo, ainda, requerer o pagamento dos atrasados retroagindo até 05 (cinco) anos. Os órgãos judiciais competentes para análise destes casos já vêm reconhecendo o direito dos servidores públicos nesse sentido (4ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, Processo: 003201917.2011.8.26.0053 e 3ª Câmara de Direito Público do TJ/SP, Apelação nº 0023635- 65.2011.8.26.0053).
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nisso
Pense
Por Professor Marins
Como ter sucesso duradouro?
Os mais renomados autores sobre gestão empresarial concordam que só pode haver sucesso duradouro para pessoas e empresas, quando esse sucesso é alicerçado em valores e princípios elevados. Esses valores elevados têm como base virtudes que são a marca dos grandes líderes e pessoas de sucesso. Assim falou Peter Drucker e assim nos ensinam Jim Collins, Warren Bennis e tantos outros. Mas quais serão esses valores e essas virtudes que alicerçam o sucesso?
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As quatro virtudes cardeais são: Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança. A Prudência dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o que é certo e deve ser feito e a escolher os meios justos para atingir objetivos. A Justiça é a virtude que nos dá uma constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido. A Fortaleza ou Força nos assegura a firmeza nas dificuldades, o domínio da vontade e a constância na procura do bem. A Temperança ou Moderação nos proporciona o equilíbrio em nossas ações. Pode reparar que os grandes líderes e pessoas de sucesso duradouro pautam sua vida com base nessas virtudes e em outras, que são consequências destas. Há, portanto, além das chamadas cardeais, um conjunto de virtudes que moldam o caráter e nos indicam uma pessoa de sucesso: a paciência, a generosidade, a perseverança, a lealdade, a amizade, a sinceridade, o respeito, a ordem, a paciência, a sobriedade, a gratidão, a empatia, a simplicidade e a humildade. Preste atenção e verá que pessoas de sucesso, em qualquer profissão ou atividade, das mais simples às mais complexas, são aquelas cujos comportamentos são fundamentados em valores e princípios elevados e nas virtudes que descrevemos acima. E virtude é um hábito. E um hábito se constrói pela repetição. Assim, para ser paciente é preciso praticar a paciência. Para ser leal é preciso praticar a lealdade. Para ser simples é preciso praticar a simplicidade. Para ser humilde é preciso praticar a humildade e assim por diante. E Peter Drucker, assim como Jim Collins, afirma que a maior virtude dos grandes líderes empresariais é a humildade, seguida pela gratidão. Pessoas de sucesso sabem que ninguém chega ao pódio sozinho, e isso as faz humildes e agradecidas aos que as ajudaram a chegar onde estão. Faça uma autoavaliação: como está a sua prática das virtudes que levarão você a um sucesso duradouro? Quais são os seus valores?
Pense nisso. Sucesso!
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Simuladores
A vida imita os
games
Simuladores com grau de realismo cada vez maior são lançados no mercado, auxiliando pessoas e empresas no cotidiano Por Daniel Martins • Fotos Leandro Carvalho
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C
om o avanço da tecnologia, novos mecanismos surgem e auxiliam no cotidiano de bilhões de pessoas ao redor do mundo. Essa ajuda tecnológica está cada vez mais incorporada nas atividades diárias, tanto que, em muitos casos, ela está tomando o lugar da prática, o que pode ser chamado de gameficação, termo utilizado para o uso de jogos de simulação na vida real. Essas simulações da realidade estão presentes em muitos ramos. Empresas que projetam em simuladores, situações que os empregados terão no trabalho; pessoas que usam jogos de entretenimento ou treinamento de alguma atividade e até mesmo na área médica. Esta última está em franco crescimento, com o chamado mobile health, em tradução para o português, saúde móvel. Neste caso, empresas e cientistas criam programas para smartphones ou tablets, onde são realizados diversos diagnósticos que auxiliam em tratamentos. Hoje é possível, por exemplo, encontrar aplicativos e fazer aferição da pressão arterial, registros de taxas de açúcar no sangue para diabéticos ou softwares para obtenção de informações nutricionais de produtos. Este é um mundo repleto de informações e com espaço para continuar crescendo, afinal, no Brasil, de acordo com a Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - em dezembro de 2011 o país ultrapassou a marca de 240 milhões de celulares.
Ieska Tubaldini
André Silva
jogo para videogame onde a pessoa pode simular que toca guitarra. O game teve mais de 10 milhões de exemplares vendidos desde que foi lançado, em 2005. Para André Silva, vendedor em uma loja do ramo de computadores, videogames e acessórios em Jaú, os jogos de música contribuíram para que o jogador deixasse o controle e passasse a tocar um instrumento de verdade. Segundo André, jogos de simulação de corrida e estratégias de guerra também fazem muito sucesso. Ele diz, ainda, que simuladores podem contribuir para outras finalidades, como a postura correta na hora de jogar, exercícios físicos, práticas de ioga, entre outras atividades. Esses programas também podem ser encontrados para celulares, como sensor de movimentos que mede a quantidade de calorias queimadas em uma atividade física, ou aplicativos onde o usuário pode montar seu treinamento a partir de uma lista de exercícios.
simuladores podem contribuir para finalidades, como a postura correta na hora de jogar, exercícios físicos, entre outras atividades. André
Simuladores Além dos aparelhos móveis, os simuladores da vida real também podem ser usados pelo computador. A estudante de Logística da Fatec de Jaú, Ieska Tubaldini Labão, usa um programa chamado “The SRL Camera Simulator” onde é possível simular uma câmera, permitindo que se treine técnicas de fotografia, como a diferença de iluminação, abertura, foco, entre outras. Ela conta que “o programa é excelente para experimentar e testar combinações, para depois mexer em uma câmera de verdade”. Ieska conheceu o programa através de seu pai. “Eu estava precisando fazer algumas aulas de fotografia, quando ele me apresentou o site”, diz. Ieska já tentou usar outros simuladores, um deles foi o famoso Guitar Hero, Acesse: www.energiacoletiva.com Revista Energia 19
Empresarial
Por Antônio Paulo Grassi Trementocio
Queda
de juros
Uma oportunidade para a redução do endividamento bancário
Um assunto tem gerado dúvidas e ansiedade nos consumidores que, de alguma forma, estão atrelados ao sistema financeiro nacional, principalmente no que concerne à obtenção de crédito e na redução do endividamento já concretizado, através de contratos de financiamentos de toda ordem. Como sabemos, recentemente houve a redução nas taxas de juros para várias espécies de financiamento, anunciada por bancos públicos e privados. Criou-se a expectativa de que a redução das taxas de juros poderia potencializar o mercado consumista, porém, isso não se verifica, pois as regras para concessão de crédito dos bancos vão continuar rígidas, devido ao índice recorde de inadimplência no país. Além disso, para preservar sua rentabilidade, as instituições financeiras deverão ser ainda mais seletivas ao conceder novos empréstimos. Assim, ao contrário do que se imaginava, não haverá uma explosão de crédito. As taxas de juros mais atrativas serão concedidas somente aos clientes com bom histórico de pagamento e de relacionamento com o banco. As reduções nas taxas chegam a 25%, sendo que podemos verificar tal realidade principalmente na Caixa Econômica Federal, que tem a menor taxa mínima do mercado, de 0,89% ao mês. Uma grande surpresa é que os segmentos para pessoa física, principalmente as operações com empréstimos consignados, que já possuíam as melhores taxas de juros, sofrerão novas melhoras. Todo esse movimento se explica, pois a taxa média dos juros praticada pelos bancos foi de 38% em janeiro, sendo 45,1% para pessoa física e 28,7% para
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pessoa jurídica. Assim, a taxa média do sistema inteiro é muito alta e os bancos, principalmente os maiores, têm espaço para baixar. Mas o principal é que os consumidores que já possuem endividamento perante as instituições financeiras poderão se beneficiar dessa realidade. É simples: quando você realizou operações de crédito com instituições financeiras de toda ordem, as fez em outra realidade financeira do mercado, onde as taxas eram bem mais altas. Assim, você deve procurar a instituição para renegociar a referida dívida, ou melhor, realizar outro financiamento, porém, com taxas de juros bem mais baixas. Com o produto desse financiamento você deverá quitar o anterior, e com esse movimento reduzirá o seu endividamento e, mais que isso, no caso de parcelamento, terá uma redução concreta das parcelas, o que trará uma maior tranquilidade financeira para os seus projetos pessoais. Não perca esta oportunidade. Mas tome cuidado, pode ser que alguns bancos tentem disfarçar as reduções das taxas com a cobrança de outra diversidade de taxas e, assim, o custo final da operação será a mesma que antes da queda dos juros. Então, leia atentamente as contratações que realizar e indague seu gerente sobre essa realidade.
Comportamento
Os homens vão as compras Quem disse que ir às compras é coisa de mulher? Atualmente, eles estão cada vez mais invadindo os supermercados e assumindo a responsabilidade de levar o melhor produto para casa, pelo menor preço.
Por Heloiza Helena C. Zanzotti • Fotos Leandro Carvalho
Walter Stripari
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A
pesar de ainda não serem a maioria, os homens são presença marcante em supermercados e dizem pesquisar os preços antes de colocar os produtos no carrinho. Entretanto, pesquisa realizada pelo norte-americano Paco Underhill, arquiteto que se especializou na ciência do consumo, revela que menos de 25% dos homens fazem compra de supermercado com lista. Andam mais rápido que as mulheres pelos corredores das lojas. Gastam menos temp o olhando. É mais difícil fazê-los olhar algo que não tenham intenção de comprar. Não gostam de fazer perguntas. Objetivos, quando não encontram o que querem vão embora sem pedir ajuda. Ao provar uma roupa, só não compram se não servir (65% dos homens que provam uma roupa compram). Impacientes, 72% dos homens consultam a etiqueta de preço e demonstram-se ansiosos para sair da loja. Em um estudo intitulado “Homens compram, mulheres vão às compras”, pesquisadores do Projeto de Varejo Jay H. Baker, da Wharton, e o Verde Group, constataram que os homens estão mais inclinados aos aspectos utilitários da experiência — se há onde estacionar, se a loja dispõe do produto no qual estão interessados e se as filas do caixa são muito grandes. Também crescente é o percentual daqueles que preferem comprar pela internet. Em geral, são homens com boa renda e com bom nível de instrução, de acordo com pesquisa sobre vendas on-line do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Nesse universo, há uma maior proporção de homens (22%) em relação às mulheres (17%). Quanto maior a escolaridade e a classe econômica, maior a proporção de usuários do e-commerce. Os compradores são, na maioria, da classe A. Esses consumidores, com uma renda estável, são responsáveis por 59% das compras. É mais do que os 51% que as classes B, C, D e E compram juntas. “A chance de uma pessoa da classe D ou E possuir cartão de crédito é inferior a de uma pessoa que pertença à classe B ou A. Como a maioria dos pagamentos de compras on-line é feito via cartão de crédito, isto pode ter algu-
ma influência sobre este resultado”, aponta o estudo do IPEA. A RE foi às compras e conversou com alguns desses homens. O diretor de RH Marcos Rogério Olivieri, 41 anos, diz ser prático: “Quando saio para comprar determinado produto vou direto nele, sabendo exatamente o que comprar”. Ele afirma que, quando vai ao supermercado, compra só o necessário. “Gosto muito de frequentar shoppings, prefiro ver o produto e tirar dúvidas, mas tenho comprado com mais frequência pela internet, porque muitas vezes compensa”, diz ele. Marcos Olivieri
Para Walter Túlio Stripari, contabilista, 40 anos, o importante é aliar qualidade, preço e necessidade. “Sempre saio sabendo o que vou comprar e compro apenas o essencial. Prefiro lojas conceituadas e priorizo a qualidade do produto”. Walter não costuma utilizar o e-commerce: “Gosto de examinar, experimentar antes”, afirma ele.
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Comportamento Leonardo Forcin
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Não é o caso de Leonardo Bevenuto Forcin, 25 anos, corretor de imóveis, que prefere comprar pela internet: “É mais prático e rápido. A desvantagem é que não tem como provar, mas tênis, por exemplo, sempre compro pela net e nunca deu errado.” Ele justifica que, como mora sozinho, costuma fazer uma lista antes de ir ao supermercado, e também procura qualidade e bom preço. Entretanto, afirma que comprar é uma tentação e sempre acaba comprando mais que o necessário. Sobre outros itens como roupas e acessórios, Leonardo é prático: “Vou ao shopping em primeiro lugar, pois lá consigo ir a várias lojas, acho o que quero mais rápido e é mais fácil estacionar.” Percebendo o aumento da clientela masculina, muitos supermercados estão mudando sua estratégia, colocando produtos geralmente comprados por homens, como cerveja e carne para churrasco, nos pontos mais visíveis das lojas. Mais atentos à moda e aos cuidados pessoais, os homens tornaram-se um alvo atraente para empresas de diversos setores. As vendas de roupas para homens, nos Estados Unidos, totalizaram 51 bilhões de dólares no ano passado. O faturamento de produtos de beleza masculinos deve crescer ainda mais: 40% até 2014, em todo o mundo, segundo estimativas da Packaged Facts. Isso acontece porque os homens já perceberam que o mundo trata melhor quem se veste bem. Prova disso é que, mesmo durante a crise, o consumo masculino americano manteve-se em alta. Afinal, de acordo com muitas pesquisas, para manter o emprego, conseguir um novo ou demonstrar sucesso, na maioria dos casos, boa aparência pode ser fundamental.
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OligoFlora A OligoFlora é a 1ª Rede de Franquias de Estética Funcional do Brasil. A missão da empresa é trazer qualidade de vida, bem-estar e beleza às pessoas, estimulando o funcionamento adequado do organismo por meio da utilização de produtos e serviços que melhoram a nutrição celular. Na OligoFlora você encontra tratamentos faciais, corporais e de bem-estar com resultados acima da média, justificados pela reposição de nutrientes realizada em todos os procedimentos. Além de tratar o problema estético, o tratamento atinge as causas, proporcionando resultados maiores, melhores e duradouros. Existe uma série de elementos cuja ausência ou excesso no organismo pode estimular a lentidão no metabolismo, excesso de gordura localizada, flacidez cutânea, envelhecimento precoce, ansiedade e outros sintomas que roubam sua qualidade de vida, tornando seu dia a dia mais difícil e cansativo. E se seu dia a dia estiver difícil e cansativo, fica quase impossível resistir às guloseimas calóricas, seguir uma dieta e até mesmo encontrar ânimo para fazer uma caminhada, não é mesmo? Daniela Borges Ultramare, proprietária Daniela Borges
da Unidade OligoFlora de Jaú, explica que a rede trabalha com o conceito de beleza In & Out, ou seja, de dentro para fora. “Focamos o equilíbrio do metabolismo para alcançar a satisfação com o bem-estar e a estética corporal. Os oligoelementos promovem o funcionamento adequado do organismo, melhorando a nutrição celular. Além de ganhos estéticos, a paciente ganha também com a saúde, a diminuição da ansiedade e TPM, melhora do sono, do ânimo e dos sintomas que roubam a qualidade de vida em geral.” Alguns clientes da OligoFlora Jaú, que já finalizaram o tratamento, relatam diminuição de mais de 50% nos sintomas que roubam a qualidade de vida, além de
7 kilos a menos na balança e até 60cm a menos
nas medidas.
Sobre a OligoFlora
Fundada em 1999, em São José do Rio Preto, interior do Estado de São Paulo, a OligoFlora é pioneira no trabalho com Oligotecnologia no Brasil e hoje está presente em 13 estados brasileiros.
Jaú
A franquia foi inaugurada na cidade em dezembro de 2011, com o objetivo de trazer a novidade em tecnologia estética e o diferencial com resultados positivos que não são vistos por aqui. Visite a unidade e conheça de perto os benefícios da Estética Funcional da OligoFlora. Revista Energia 25
Motor
Deu
branco O mercado de automóveis se rendeu a essa cor, antes rejeitada e até desvalorizada, e deixou os tradicionais preto e prata para trás Por Marcelo Mendonça
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fashion”, tratou de comercializar 15 exclusivos Audi TT White, feitos especialmente para o mercado nacional. Obviamente, outras marcas também pegaram carona na nova onda e passaram e expor mais seus veículos dessa cor. Antes execrados pelos consumidores, os veículos brancos ganharam as ruas do país. Definitivamente, o brasileiro deixou de lado padrões do passado e já adota uma palheta de cores mais flexíveis. Até então atribuída a cores de taxis ou carros de frota, o branco ganhou força, principalmente nos modelos de maior valor. Para entender melhor essa moda a RE foi até umas das principais revendas da cidade, a Clayton MultiMarcas, para saber se aqui em Jaú também já há a preferência por veículos nessa cor.
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Foto: Divulgação
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ntigamente, quando você optava por comprar um carro da cor branca, era por ele estar com um preço mais em conta do que um preto ou um prata. Pois bem, isso mudou. E teve início com as grandes marcas que perceberam um aumento nas vendas de carros de luxo nessa cor, e a moda se espalhou pelo mundo. Hoje, ter um carro de luxo branco é chique, sinal de que você está antenado com a moda. Tudo começou com os modelos da BMW. No salão do automóvel, em 2010, a marca deixou como predominante a cor branca em seus modelos expostos no evento, e percebeu depois um aumento nas vendas dos carros com essa tonalidade. Outra montadora que observou suas vendas aumentarem foi a Audi. De carona na “onda
Segundo o proprietário da loja Clayton Boaventura Coutinho, houve um aumento na procura de carros na cor branca, mas ele ressalta que ainda somente os carros de luxo são os mais procurados e valorizados no mercado atual. A cada dez carros da cor preta ou prata vendidos, seis são da cor branca, conta Clayton. Já com relação ao popular, ele se mostrou um pouco mais cauteloso ao falar sobre a procura pela cor. “Os utilitários são a preferência. Hoje, um carro de luxo da cor branca está muito mais caro.” Segundo Clayton, a compra de um carro nessa cor, dependendo do modelo, chega a custar dois mil reais a mais do que um de cor convencional, e há ainda casos em que o consumidor pode pagar até mais, caso o modelo não tenha variação nesta cor desejada. “Se você me pedir um carro preto ou prata, eu tenho para pronta entrega. Se for branco, às vezes, demora até 20 dias para chegar. A procura aumentou e nossa loja consegue atender, pois compramos
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veículos do Brasil inteiro”. E Clayton reforça que esse mercado ainda só vale para os veículos de luxo. “Não dá para dizer até onde essa moda vai, até quando vamos ver comerciais de lançamentos de carros de alto valor na cor branca.” É fato que, no interior, existe uma boa parte de consumidores ainda comprando carros nas cores preta e prata, mas isso muda dependendo da região do país. Na capital, por exemplo, veículos da cor preta são os mais procurados. O lado negativo nessa história toda, sem dúvida, foi o aumento nos preços. Fazer o quê?! É a moda.
Clayton Coutinho
Não dá para dizer até onde essa moda vai, até quando vamos ver comerciais de lançamentos de carros de alto valor na cor branca Clayton
Foto: Leandro Carvalho
Motor
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Gente Fina
“A cada dia é importante ter um propósito a mais, porque assim a jornada é de renovação.”
mãe Maria Lúcia Amaral é o exemplo de como mulheres conseguem trabalhar e serem mães ao mesmo tempo
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Por Antonio Orselli • Fotos Leandro Carvalho
om 14 anos ela colocou os pés (literalmente) na rua à procura de trabalho. Aos 18 se casou, com 20 estava grávida da primeira filha e hoje, mais de 40 anos depois do primeiro emprego, um casamento sólido, quatro filhos e uma neta, Maria Lucia Fantin do Amaral ainda sai de casa todos os dias para trabalhar e ajudar no sustento da família. Nada caiu do céu para esta jauense que desde cedo aprendeu a dar valor às conquistas. “Hoje estou realizada com o trabalho que faço em minha empresa, mas na verdade sempre me realizei em tudo que propus fazer”, conta. Na primeira gravidez Maria Lúcia recebeu uma noticia que iria mudar sua vida. “Tive uma contaminação por vírus durante a gestação e a Patrícia nasceu com uma deficiência motora e auditiva. Cuido dela até hoje, e isso é claro que me fortaleceu ao longo dos anos”.
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Gente Fina
“Ao se renovar, a gente alcança muito mais. Essa é minha motivação. A vida, o dia a dia, a família, os negócios, enfim, viver.”
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Você representa uma boa parcela das mulheres que trabalham e cuidam da casa ao mesmo tempo. Como foi fazer isso com 20 anos e uma filha pequena? De fato não foi fácil. Aos 14 anos minha mãe me disse que eu precisava conseguir um trabalho. Fui para a rua e voltei empregada. Aos 18, senti a vontade de começar uma carreira num escritório, então me ofereci para a vaga e fui contratada na hora. Lá encontrei meu marido e estamos juntos até hoje. Mas apesar de trabalharmos juntos há muitos anos, eu nunca deixei de cuidar da casa e dos filhos.
Foi difícil ser mãe com tão pouca idade? A Patrícia nasceu em 1976, numa época em que até os termos que designavam os portadores de necessidades eram outros, então, era um tempo em que não havia escola exclusiva para atendimento integral de crianças especiais, terapias específicas, tudo era muito simples. Eu tinha apenas 20 anos e já tinha que lidar com algo totalmente inesperado. Aos poucos fomos interagindo, fui aprendendo cada vez mais como cuidar dela, e vivemos felizes graças a Deus. Mas é um momento de superação, de crescimento, que necessita de muito amor e compreensão.
Você teve medo de engravidar novamente? Muito, muito medo. Imaginava que, se ficasse grávida de novo, pudesse se repetir o risco da contaminação por vírus. Meu médico me tranquilizou, fez todos os exames e tive uma gestação tranquila. Depois veio o terceiro, o quarto... (risos), e agora até uma netinha tenho em casa.
“Hoje estou realizada com o trabalho que faço em minha empresa, mas na verdade sempre me realizei em tudo que propus fazer”
Chegou a levar os filhos para o trabalho? Muitas e muitas vezes vieram comigo, sim. Não na empresa que possuo hoje, porque já estavam grandes, mas nos outros empreendimentos que tive, muitas vezes uma das crianças acabava vindo junto por algum motivo. Mas tenho também que agradecer demais à tia Natália Rozin de Moura, que infelizmente faleceu ano passado. Ela chegava em casa todos os dias às 6h da manhã para me ajudar a cuidar da Patrícia e ficava até meio dia, quando eu chegava do trabalho. Os outros três filhos também foram aparecendo, e a tia Natália também foi ajudando a criar. Mas depois do almoço, quando não tinha jeito, alguém vinha para o trabalho comigo.
O que foi mais difícil, mãe ou empresária? Mãe, com certeza. Tenho um escritório de representação em São Paulo, onde mora um dos meus filhos, administro a gráfica em Jaú, mas ser mãe é um desafio muito maior. Eu sou apaixonada pelo trabalho, mas não consigo deixar de ser mãe um segundo. E agora avó, o que me deixa ainda mais grata pela vida que construí.
No dia das mães dá para reunir a família toda? Sim, todos vêm para Jaú, mas quando um ou outro não pode vir, escolhemos uma cidade mais próxima de todos para que possamos nos encontrar. Em São Paulo ou no Guarujá, mas sempre nos encontramos no Natal, Ano Novo, dia das Mães, dos Pais, é uma tradição que não pode acabar. Apesar do mundo maluco em que vivemos hoje em dia, os encontros devem permanecer na família dos meus filhos também.
Qual a sua motivação? A cada dia é importante ter um propósito a mais, porque assim a jornada é de renovação. Ao se renovar, a gente alcança muito mais. Essa é minha motivação. A vida, o dia a dia, a família, os negócios, enfim, viver.
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Aparelhos dentários em crianças
A crescente preocupação em busca de dentes bonitos e saudáveis faz com que a busca por tratamento ortodôntico se inicie cada vez mais cedo. É frequente o questionamento dos pais em relação à idade em que as crianças devem iniciar o tratamento. Não existe uma “idade ideal”, pois cada má oclusão (mordida errada) tem a melhor época para ser tratada. Logo que um problema das arcadas dentárias for detectado, seja pelos pais, dentista, médico pediatra, otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo, é muito importante consultar um ortodontista, pois muitas vezes uma alteração de fácil solução hoje pode se complicar com o tempo. Quando a criança precisa corrigir algum problema nos dentes, os ortodontistas não costumam aconselhar o uso de aparelhos
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fixos antes dos 11 anos. Isso porque, até essa idade, as raízes dos dentes não estão totalmente desenvolvidas, e há risco de sofrerem alterações com a interferência destes aparelhos. Mas aparelhos que utilizam o céu da boca e as gengivas como apoio, conhecidos como aparelhos móveis, não oferecem esse problema, e podem ser usados em crianças que ainda têm dentes de leite, sendo que ainda auxiliam na reeducação da musculatura da face, desenvolvimento ósseo e na melhoria das funções da boca (respiração, deglutição, fala e mastigação). O tratamento preventivo tem, como objetivo, corrigir durante uma fase de desenvolvimento apropriada, os desequilíbrios entre os ossos maxilares, a musculatura e os dentes, sejam eles “dentes de leite” ou permanentes, assim, pode-se evitar, dependendo de cada caso, a necessidade de um tratamento mais complexo e difícil no futuro, que pode incluir a extração de dentes permanentes e até mesmo a necessidade de cirurgia ortognática. Aqueles que são submetidos ao tratamento preventivo podem diminuir a necessidade de correção com aparelhos fixos na adolescência ou, ainda, diminui-se o tempo do tratamento corretivo. “Hábitos viciosos como chupar dedo, chupeta e mamadeira causam alterações dentárias e funcionais que são mais fáceis de corrigir quando criança do que em adultos”, explica o Dr. Marcelo Madalena. Existe também um aspecto psicológico em algumas crianças submetidas a tratamentos que envolvam a parte estética, trazendo uma maior espontaneidade no ato de sorrir e melhorando seu convívio social. Algumas alterações podem ser facilmente identificadas, tais como: mordida aberta, quando há um espaço entre a arcada superior e inferior; mordida cruzada, quando os dentes superiores estão “por dentro” dos inferiores; falta de espaço para os dentes permanentes; perda precoce de “dentes de leite”; problemas na mastigação, respiração e fala também podem estar associados a uma má oclusão. “As crianças devem ser estimuladas a usarem os aparelhos, tanto pelo dentista como pelos pais e responsáveis. Devem ser explicados a importância do uso e os benefícios que isso irá trazer, como um sorriso bonito e saudável!” conclui o Dr. Marcelo.
A equipe do IOM – Instituto Odontológico Madalena está à sua disposição!
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Cinema
Equipe do cineclube durante as gravações do curta sobre a história de Criolando
Fotos Shiro Pazian
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om um curta-metragem já produzido, o Criolando - Instituto de Cinema e Vídeo de Jaú foi criado a partir de uma oficina de cinema, no intuito de impulsionar a produção cinematográfica da cidade. Ministrada pela Kinoarte – uma associação cultural sem fins lucrativos de Londrina – a oficina realizada em meados de 2010 possibilitou o encontro de jauenses amantes da 7ª arte. A RE conversou com Matheus Leonel, integrante do Instituto, sobre os detalhes da primeira produção: um curta-metragem baseado na história de Criolando, figura folclórica da cidade que inspirou, inclusive, o nome da equipe. “Se pensarmos nas condições e praticamente total falta de experiência do grupo, o resultado foi surpreendente. A experiência despertou no pessoal uma vontade de dar continuidade a esse trabalho”, explica. A ideia de montar o Instituto surgiu logo em seguida, para que todos mantivessem contato pensando na elaboração de novos projetos.
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Você conhece o Cineclube de Jaú? A luta dos apaixonados por cinema Por Matheus Bardeli
1. Atores durante a gravação das cenas na Estação Ferroviária de Jahu 2. Toda a cenografia do filme teve como ponto alto os tradicionais casarões e praças de Jaú 3. Ator Ricardo Fernandes Rodrigues que representou Criolando no curta, em cena gravada na Rua Major Prado 4. Equipe durante ajustes e conferindo os resultados das gravações
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Foto Mariana Bertotti
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Foto Dany Kamada
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Cinema
A realização da 1ª Mostra de Cinema de Jaú foi o próximo objetivo, ocorrendo em dezembro de 2010, no Cinema Municipal, com o propósito de proporcionar o contato do público com as mais diversas linguagens abordadas pelo cinema, partindo de encontro com a visão dos blockbusters norte-americanos.
Matheus Leonel repassando os detalhes da cena com a equipe durante as gravações no Cemitério Municipal Ana Rosa de Paula
O tempo passou e “depois da mostra, as reuniões ficaram mais raras e esparsas. Conciliar trabalho e tempo livre para se dedicar ao Instituto tornou-o um simples hobby e, infelizmente, nem sempre coincidia com a disponibilidade de todos”, comenta Leonel. Foi só um ano depois da produção de “Criolando” que o grupo mobilizou-se novamente. Com a entrada de novos integrantes, investiram em “know how” participando de diversas oficinas pela região.
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Fotos Shiro Pazian
Pausa e retorno
“Não queremos fazer vídeos de internet com aquela cara de material caseiro. Queremos fazer filmes! Um material de qualidade, que possibilite nossa participação em mostras de cinema.” matheus Leonel, membro do criolando - instituto de cinema e vídeo de jaú
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Anderson Craveiro, responsável pela fotografia e som no curta-metragem com a equipe do cineclube
Nova fase
Para quem se interessou pelo assunto, o grupo busca ampliar a base de colaboradores que possam somar e contribuir de alguma forma para o Instituto prosperar na produção de obras próprias. O curta “Criolando” pode ser visto na íntegra no Youtube, e para quem quiser entrar em contato existe, também, uma Fan Page no Facebook. Basta pesquisar na rede por Criolando - Instituto de Cinema e Vídeo de Jaú ou enviar um e-mail para: contato@criolando.com.br
A estrela do curta: Criolando Rodrigues de Lima
Foto Vicente João Pedro
Para permitir os benefícios das leis de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet, esses apaixonados pelo cinema estão em processo de registro e legalização do grupo perante os órgãos públicos. “Não queremos fazer vídeos de internet com aquela cara de material caseiro. Queremos fazer filmes! Um material de qualidade, que possibilite nossa participação em mostras de cinema”, diz Leonel. A meta do Instituto Criolando é ajudar a fomentar uma cultura cinematográfica na cidade e viabilizar, junto à Secretaria de Cultura e Turismo de Jaú, cursos e oficinas de capacitação técnica com profissionais do meio.
Jauense cineasta
O jauense Wolney Atalla Júnior já ganhou diversos prêmios por seus filmes “A Vida em Cana” e “Sequestro”. Este último, mais recente, lhe rendeu prêmios como melhor diretor e documentário no Beverly Hills Film Festival, e melhor edição e roteiro no Recife Film Festival. Já o documentário sobre cortadores de cana, “A Vida em Cana”, participou de mais de vinte festivais pelo mundo todo e recebeu em Hollywood o prêmio Satélite de Ouro, batendo até Martin Scorsese.
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Profissão
1°de maio:
é dia de trabalho! Debaixo de chuva, debaixo de sol. Faça calor ou faça frio. Tristes ou felizes, lá estão eles, prontos para nos atender. Cada qual construindo sua vida, enfrentando dificuldades. Não importa a profissão. O que importa é reconhecer o valor de cada um. Conheça um pouco da história dessa turma que não tem moleza, nem descanso! Por Érika Lopes • Fotos Leandro Carvalho
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ara quem não sabe, o Dia Mundial do Trabalho foi constituído em Paris, no ano de 1889, durante um Congresso Socialista. Tudo começou três anos antes, em Chicago, no dia 1° de maio: em um grande protesto, trabalhadores foram às ruas reivindicar a diminuição da jornada de 13 horas de trabalho e melhorias nas péssimas condições laborais dentro das fábricas. A morte de quatro grevistas, após um confronto com a polícia, marcaria para sempre o início de um dia em prol do trabalhador. Trabalhar não é apenas ganhar um salário no final do mês. É no trabalho que homens e mulheres se formam em um cotidiano altamente educativo, rico em aprendizagens. O dia 1° de maio, para a maioria das pessoas, é mais um oportuno feriado, muitos descansam, viajam, se divertem. Mas para outros é uma data despercebida, de muito trabalho e suor.
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Mulheres ocupando o seu espaço
Régia Disperatto Dias dos Santos, caminhoneira
Engana-se muito quem acredita que ainda vivemos em uma época na qual ainda não são reconhecidos o poder feminino e sua capacidade de trabalho e liderança. E nem precisamos lembrar que o Brasil é governado, pela primeira vez na história, por uma mulher. Pois bem, é diante de tantas conquistas e méritos que Eliane Viana de Almeida trabalha como frentista no meio de diversos homens. Ela é conhecida como a “faz tudo” do posto de gasolina: abastece, verifica óleo, água, calibra pneu, lava os vidros e sempre ganha “caixinha” dos motoristas. Quando questionada se já passou por alguma dificuldade por ser mulher, ela sorri e diz que sim. “No meu antigo serviço eu trabalhava na loja de conveniência e meu ex-patrão precisava de frentista, então me ofereci para o cargo e, com muita grosseria, ele falou: ‘na minha pista mulher não entra’. Fiquei humilhada e pedi as contas”. Eliane sente, às vezes, preconceito por parte dos homens, o que ainda julga normal, mas o que mais chamou a atenção dela são as mulheres que duvidam da sua capacidade como frentista. “Outro dia eu perguntei para uma moça se o óleo do carro estava em ordem. Ela arregalou os olhos e, com ar de desprezo, disse: ‘Você sabe ver isso?’ Respondi com toda educação e sorrindo: Esse é o meu trabalho”, conta Eliane. Ao falarmos sobre trabalhar no feriado de 1° de maio, a frentista não desanimou e completou: ”Tento me distrair com os colegas de trabalho e entro no clima de festa dos clientes. O trabalho bem executado me traz a alegria do dever cumprido”. Outro exemplo de coragem e batalha é o da caminhoneira Régia Disperatto Dias dos Santos, que há dez anos vive com o pé na estrada. Ela trabalha em uma transportadora, mas quando aperta o bolso arruma um jeito de tirar um dinheirinho por fora, fazendo viagens com seu marido, Flávio, que é carreteiro. No começo Régia sentiu medo de não conseguir enfrentar os riscos e desafios que essa profissão impõe, mas superou com a ajuda dos colegas de trabalho. E ela não troca esse trabalho por nenhum outro. “É puxado, desgastante, e ainda tenho que cuidar dos meus filhos, a Alana e o Alan, porém, no final me sinto recompensada. Já passei muitos natais e outros feriados longe deles, mas minha mãe sempre me ajuda e eles sabem que todo esse esforço é para garantir um bom futuro para os dois”, diz Régia. Acesse: www.energiacoletiva.com
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Profissão “Outro dia eu perguntei para uma moça se o óleo do carro estava em ordem. Ela arregalou os olhos e, com ar de desprezo, disse: ‘Você sabe ver isso?’ Respondi com toda educação e sorrindo: Esse é o meu trabalho.” Eliane
Eliane Viana de Almeida, frentista
amor à profissão Os profissionais da Equipe de Resgate, comandados pelo 2° Sargento Antonio Donisete Milani, estão 24 horas de prontidão para salvar vidas. Segundo ele, desfrutar do feriado, claro, não seria ruim, mas o amor e a fidelidade para com o trabalho são prioridades. “O mais importante é que cada homem do Corpo de Bombeiros é comprometido e responsável, independente do dia, deixando muitas vezes as famílias em dias de festas. Nos sentimos honrados em trabalhar em prol da sociedade. Trabalhar no Corpo de Bombeiros não é somente uma missão, é também uma vocação, somos profissionais abençoados por Deus”, afirma Milani. Toda atividade, desde as mais simples às mais complexas, possuem seu grau de importância, e muitas vezes não percebemos isso. Atrás de um trabalho “simples” se esconde a sensibilidade dos gestos, das palavras, do cuidado, das tensões, das pressões internas e
Ney Silva, garçom
Soldado Elianderson G. de Souza e o 2º Sargento Antônio Donizeti Milani
externas. É o caso do Ney Silva, garçom há três anos, que usa a inteligência para lidar com o público e está sempre aprendendo a arte de conviver. Simpático e educado, sempre tem jogo de cintura com certos clientes incivilizados, e acredita que sua maior dificuldade é conciliar o trabalho com a vida pessoal. “Muitas vezes falta tempo para o lazer”, conta ele. Porém, sua maior recompensa é a amizade construída durante esse tempo de convívio com as pessoas, trabalhando e se divertindo com elas, juntando o útil ao agradável!
“O mais importante é que cada homem do Corpo de Bombeiros é comprometido e responsável, independente do dia, deixando muitas vezes as famílias em dias de festas. Nos sentimos honrados em trabalhar em prol da sociedade.”
Independente de sexo, cor ou religião, a RE presta sua homenagem a todos os trabalhadores que exercem sua profissão com ética, responsabilidade, força, seja física ou intelectual, e que modificam os sistemas, a natureza, educam, formulam ideias, salvam vidas, produzem arte, informam, constroem cidades, fabricam, gerenciam, tudo para tornar a sociedade cada vez melhor.
milani
Raça do mês
Miriam Mott e a princesinha Thica
Roncador Outro som interessante da raça Pug, e que se propaga pelos ambientes onde vivem, é gerado enquanto dormem. “Eles roncam bastante”, conta Miriam Mott, dona de Thica, uma Pug de um ano e meio que faz a alegria da casa dela e do marido Giovanni Mott. “É muito engraçado, ela ronca muito alto, Por Karen Aguiar • de longe você escuta, parece até uma pessoa”, diverte-se Fotos Leandro Carvalho Miriam, que ressalta: “não nos incomodamos nem um pouco, ela é a alegria da casa”, derrete-se a dona. Antes de Thica chegar à residência da família, ela morou no apartamento do filho mais novo do casal, Lucas. “Na verdade, foi ele quem a ganhou de presente. Lucas mora em São Paulo e quando ela chegou era ainda uma filhotinha. Nas Você, leitor, com certeza se lembra do cãozinho Pug férias ele a trouxe para Jaú, não teve jeito, nos apaixonamos e não deide Ratcliffe, que vivia em encrencas com o glutão da índia xamos que ele a levasse embora. Ela, por sua vez, adorou o espaço da norte-americana do filme Pocahontas, não é? Ou, então, de casa, onde ela pode correr, brincar e latir à vontade”. Frank do longa-metragem Homens de Preto? O alien que se Miriam conta, ainda, que mesmo muito apegada a ela, Thica não disfarça de Pug e acompanha os personagens de Will Smith esquece que seu dono é o filho caçula da família, Lucas, mas também e Tommy Lee Jones, na luta contra aliens maléficos. Já entre adora o mais velho, Giovanni. “Quando o Lucas chega da capital é os famosos donos de Pugs, estão o escritor brasileiro Jorge uma festa, ela não liga para mais ninguém, só quer saber dele, sem Amado, falecido há quase 11 anos, e sua esposa Zélia Gatcontar que a gente lembra que a Thica existe o dia inteiro. Ela não para, tai, que tiveram vários exemplares da raça. Pois bem, notapula, faz arte, você não pode nem pensar em falar “passear” perto dela, -se como os Pugs encantam a todos no Brasil e no mundo. que ela já corre para o lado da coleira e fica lá te esperando”, finaliza. Com seu temperamento calmo, dócil, que não late à toa e adora ficar no colo, este cãozinho charmoso, mascarado, de cara achatada, olhos saltados e cauda enroscada é a estrela da edição deste mês. Fabiana Sanzovo De acordo com a doutora Fabiana C. Sanzovo, o peso da raça varia entre 6,5 e 8 kg e a pelagem é fina, curta, macia e lisa, com altura variada entre 25 a 29 cm (machos) e 50 a 55 cm (fêmeas), podendo variar nas cores abricot, castanho, prateada e a totalmente preta. Uma característica interessante e peculiar do Pug é o latido diferente do da maioria dos cães. O som, semelhante ao de um ronco, é entrecortado por grunhidos, como se o cão estivesse engasgado. Isso ocorre, provavelmente, devido ao focinho achatado limitar a propagação do ar no canal nasal. O som é mais grave e curto quando o Pug late para dar um alerta. Por outro lado, ao tentar se comunicar com alguém, o latido é mais agudo e comprido, parecido com um choro de criança.
Pug
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Energia Garota
Por Cláudio Bragga
Mariana Karina Corrêa Apelido: Mah Data de nascimento: 02/10/1995 Mulher bonita: Paula Fernandes Homem bonito: Cauã Reymond O que mais gosta no corpo: Cabelo Música que gosta: Wish you were here (Pink Floyd) Perfume: 212 Sexy Comida: Salada Filme: Um amor para recordar Não vive sem... Minha mãe Frase: Para realizar grandes conquistas devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar. Sonho: Conquistar todos os meus objetivos.
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Mariana Karina CorrĂŞa
Capa
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uem assistiu ao filme Cisne Negro, que estreou no Brasil em fevereiro de 2011, conhece a história da bailarina Nina Sayers, representada por Natalie Portman, vencedora do Oscar de melhor atriz. Para quem ainda não assistiu, no longa-metragem, a vida da bailarina é inteiramente consumida pela dança e abalada com a pressão sofrida pela mãe, Erica (Barbara Hershey), bailarina aposentada que incentiva a ambição profissional da filha. Em sua busca pelo papel principal em “O Lago dos Cisnes”, o filme mostra a obsessão de Nina em se tornar uma bailarina capaz de interpretar tanto o Cisne Branco com inocência e graça, quanto o Cisne Negro, que representa malícia e sensualidade. “A única pessoa no seu caminho é você mesma”, filme Cisne Negro.
Filha de mãe bailarina e com toda uma vida dedicada ao ballet, mas com uma história muito diferente da de Nina, do filme Cisne Negro, a Revista Energia
conta nesta edição a trajetória de Tamirys Candido, 24 anos, jauense, que está há cinco fora do Brasil esbanjando sua graça e talento no Teather Hof, em Hof, Alemanha, após inúmeras audições nos palcos da Áustria, Eslováquia, Eslovênia, República Tcheca, Espanha, Inglaterra, Suíça e Rússia. Durante a produção da matéria, Jaú e Hof ficaram muito próximas com o auxílio das redes sociais e comunicadores instantâneos, combinados com as cinco horas de fuso-horário, e causaram muito mais saudade a Tamirys, que não retorna ao Brasil desde julho do ano passado. O envolvimento de Tamirys com a dança vem desde a barriga da mãe, Cidinha Candido Victorino de França, que é formada em Educação Física. “Por minha mãe ter formação em Ballet, amar a dança e os benefícios que ela traz, investiu na arte e decidiu abrir uma academia em Barra Bonita. E foi aí que tudo começou. Desde que nasci a acompanhei no empreendimento de dentro do carrinho de bebê, engatinhando e depois fazendo um pouco de cada aula. Sempre adorei!”
O sucesso na
ponta dos pés Com disciplina, leveza e muito talento, Tamirys Candido coreografa a história de sua vida nos palcos do mundo Por Karen Aguiar • Colaboração Leandro Carvalho
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“deixei todos os que mais amo por aquilo que amo fazer� Acesse: www.energiacoletiva.com Revista Energia 49
Capa Como é possível notar, durante toda a infância e adolescência, Tamirys teve certeza de que sua vocação era a dança, mas em meio às dificuldades e falta de incentivo aos profissionais dessa área, no Brasil, Tamirys terminou o colegial e optou por cursar a faculdade de Fisioterapia, acreditando ser possível conciliar as atividades. Ela conta que sua vontade também surgiu por querer entender e amenizar as dores tão frequentes na carreira de bailarina, que exige flexibilidade, força, equilíbrio, coordenação motora, entre tantas outras habilidades. “Eu ainda não tinha certeza de que queria ser bailarina profissional, sempre fui apaixonada pelo ballet, mas não sabia se isso se devia ao fato de ter sido criada ao redor de tantas bailarinas. Minha mãe sempre me deixou livre para escolher o que queria, e mesmo estando ao meu lado em qualquer decisão que tomasse, sei do amor dela pela dança”, diz Tamirys. Durante a universidade ela continuou frequentando as aulas e, inclusive, chegou a ministrar algumas em colégios e academias de Jaú. No início do segundo semestre da faculdade, em 2006, Tamirys foi para um concurso internacional de dança em Brasília, que acontece há mais de duas décadas. Nesse evento muitos diretores da Europa vêm ao Brasil justamente para oferecer bolsas de estudos às bailarinas. “Fi-
“O que é para ser nosso está guardado, e o recebimento será somente a consequência de seus esforços.”
Tamirys em suas belas apresentações
Saudade
Para Tamirys, sem dúvida, a saudade é da família. “Sinto falta dos meus familiares, meus laços afetivos, amigos de infância, todos que te conhecem através de um olhar, sabe?” questiona a jovem. E complementa: “saudade dessa cumplicidade toda, da conexão com meu passado, do meu país, daqueles domingos na casa da minha avó e, principalmente, de ver um conhecido na plateia”.
camos de 15 a 20 dias alojadas na capital brasileira, sendo analisadas dentro e fora da sala de aula e dos palcos. Tudo é minuciosamente ponderado: disciplina, dedicação e respeito entre as colegas, em meio a uma pesada carga horária”. De acordo com Tamirys, os workshops aconteciam das oito da manhã às oito da noite. Ela contou que, durante o evento, as bailarinas passam por vários testes e três etapas eliminatórias, em busca de uma boa colocação nas audições e a vaga para o exterior. “Fui participar sem cobrança, mas, claro, sonhando com bons
Tamirys em viagem a Saint Petersburg, Rússia.
“A competição deve ser vista de uma forma sadia, usada para evolução, dentro do limite de cada um, sem precisar passar por cima de ninguém.”
resultados”. Tamirys acabou ganhando medalha de prata e a bolsa para o Konservatorium Wien em Viena, capital da Áustria. Em janeiro de 2007, com 18 anos, embarcou, mas não chegou a ficar uma semana na cidade e retornou ao Brasil. “Voltei por não estar com o psicológico e o emocional preparados, estava literalmente em cima do muro e não tive forças, naquele momento, para aguentar tamanha mudança”, explica a bailarina. Tamirys retornou ao país de origem e tomou uma das decisões mais difíceis de sua vida: abandonar o ballet. “Tive alguns problemas de saúde, acabei desanimando e parei com tudo. Retornei somente para a faculdade. Fiquei seis meses sem treinar, só pensando qual seria a melhor escolha para minha vida”. E foi nesse período que a jovem descobriu sua verdadeira vocação. “Eu me descobri. Foi exatamente como dizem: ‘quando eu me perdi, me encontrei’ e vi que foi o maior erro da minha vida largar o ballet, deixei parte de mim morrer e vi que a dança não era só um estilo de vida, mas a minha vida, minha identidade. Resolvi voltar e lutar pelo que deixei passar por despreparo e insegurança”. Este foi o momento crucial: trancou o curso de Fisioterapia e retornou ao ballet, trabalhou um ano inteiro com afinco, em busca de conquistar novamente a possibilidade de ganhar uma bolsa para uma das melhores companhias de ballet do mundo, a de Viena. “Decidi que a Fisioterapia poderia esperar. A dança, como todos sabem, tem prazo de validade”, reforça a jovem. Em julho de 2008 Tamirys voltou para Brasília e conquistou o seu lugar. Ganhou novamente a bolsa de estudos em Viena e, em setembro, já havia embarcado. “O evento foi um recomeço para mim. O diretor Hans Joaquin Tappendorff foi quem me deu a notícia, antes da premiação, e disse: “eu acredito que todo ser humano merece uma segunda chance”. Fiquei em estado de choque e tudo mais que for possível, não sabia se chorava ou se gritava, se saía correndo. A conquista foi um renascimento pra mim”. Em Viena, a bailarina estudou, se formou e recebeu o título de bacharel em Dança, pois, como poucos sabem, ser
Capa Tamirys durante o ensaio de O Quebra-Nozes com o primeiro bailarino do Teatro de Magdeburg, o russo Dimitri
bailarina na Europa é como ter uma profissão normal, de secretária ou médica, há registro em carteira e paga-se bem por isso, não precisando de outros empregos para complementar o orçamento. Terminando os estudos em Viena, a jauense recebeu um convite para dançar o Ballet Quebra-Nozes, de Baryshnikov, pela escola do teatro de Magdeburg, Alemanha. “A diretora, Irene Schneider, que também me conheceu no concurso em Brasília, precisava de uma solista e me convidou. Depois disso também recebi convites para dançar no teatro de Leipzig, ainda na Alemanha; no teatro Hermitag, na Rússia; enfim, conheci vários lugares da Europa e Ásia, todas as apresentações foram inesquecíveis”. Em 2011, pouco antes de retornar ao Brasil de vez, Tamirys foi convidada para voltar para Magdeburg e coreografar Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes. “Viajei e assinei contrato com a companhia, porém, tive complicações com o visto e mediante a espera decidi que voltaria para o Brasil. Quando estava quase tudo certo para retornar, a diretora do Teatro Hof, onde estou hoje, entrou em contato com minha diretora e disse que 52 Revista Energia
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precisava urgente de alguma garota para a temporada. Fui fazer o teste, ganhei a vaga e aqui estou eu”. A bailarina se diverte ao contar que suas amigas brincam que sua vida parece mais uma novela mexicana. “Quando acho que está tudo certo, vem uma curva e muda todo o rumo”. Mas se engana quem pensa que Tamirys reclama: “apesar de ser pega de surpresa muitas vezes, sempre acontece algo mágico em minha vida. Estou vivendo o sonho de qualquer bailarina no mundo. Isso tudo que vivi e vivo é minha realização pessoal e profissional. Estou vivendo um sonho que não é só meu, e começou anos atrás”.
Experiência inusitada Quando Tamirys diz que muitas vezes é pega de surpresa, e sempre acontece algo mágico em sua vida, ela se refere, por exemplo, ao sistema metódico no qual está inserida. “Aqui é tudo minuciosamente planejado e quando há imprevistos, é uma loucura!”. Em março deste ano a bailarina teve uma estreia inesperada em substituição a outra bailarina que iria se
apresentar em um ballet, em cartaz desde novembro de 2011. “Tive que entrar na produção no susto, aprendi o ballet todo em cinco dias e, no sexto dia, estava no palco, com figurino e sem nenhum ensaio geral. Fiquei com muito receio, mas no fim das contas deu tudo certo, toda tensão, adrenalina se dissipam quando os holofotes se acendem, e o corpo segue, então, o compasso da música”.
Rotina e dificuldades Para quem acha que ter emprego de bailarina é fácil, a jauense conta que sua rotina de ensaios começa às dez da manhã e vai direto, até as duas da tarde. Após uma pausa, retorna às seis horas e ensaia até dez da noite, de terça a sábado. “Temos os domingos e segundas livres, mas quando há apresentações vamos de domingo a domingo, na correria”. Quanto às dificuldades, Tamirys enumera o idioma, a adaptação, as diferenças culturais como comida, clima, costumes, a saudade de casa.
Tempo livre
“O que sempre me importou foi o ato de dançar, independente do título, da posição... a música rolando e o corpo seguindo seu movimento é o que me encanta... sempre busquei ter uma vida sustentada pela dança, e isso já me basta.”
Perguntada sobre o que costuma fazer nesses momentos, ela diz que tempo até tem, porém, o problema é ter energia. Um exemplo que ela citou foi no feriado de páscoa, quando a companhia deu quatro dias de folga aos bailarinos. “Mesmo com os dias livres, a correria da estreia que está por vir, por exemplo, deixa todos muito cansados, acabamos nos reunindo na casa de alguém da turma para ver um filme, fazemos uma janta, saímos para passear ou coisa assim”.
Ballet Brasil x exterior “A diferença de ser bailarina profissional aqui é que os europeus e asiáticos vêm essa arte como uma profissão, e por isso é valorizada, somos contratadas pelo teatro e recebemos para dançar, dá para acreditar?! No Brasil é possível viver da dança, sim, mas temos que ter mil e uma utilidades, além de ser dançarina, dar aulas, coreografar, produzir e abraçar o maior número de oportunidades para viver da dança”. Tamirys aproveita para comparar os dançarinos brasileiros com os europeus: “expressamos diversidade e paixão pelo o que fazemos, aqui é tudo muito “máquina”, a dança precisa de alma!”.
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Capa
Cisne Negro
“Sinceramente? Não gostei!”, a bailarina é taxativa ao expressar sua opinião em relação à produção de Hollywood. “Não falo da cenografia em si, ou dos atores, aliás, a Natalie (Portman) estava linda, achei digna e dificílima a atuação dela, porém o contexto negativo do longa foi um pouco exagerado, ainda mais para um ballet feito Cisne Negro, que é o sonho e referência de todas as bailarinas, e também das não bailarinas. Não digo que não deva existir casos psicóticos assim, pode até ser, mas deve ser a minoria”. Ainda em relação ao filme, de acordo com Tamirys, o ballet é visto como ilusionismo, algo mágico, e não com toda a negatividade representada. Ela cita, por exemplo, a competividade agressiva que foge do que ela viveu no Brasil e tem vivido na Europa. “Por pior que seja a competição, as bailarinas da companhia formam uma família, estamos sempre ajudando uma à outra, corrigindo, torcendo”. Já o ponto em que a bailarina concorda com o filme são as cenas de dedicação e exaustão. “Sim, de fato o ballet exige e muito, como qualquer outra dança, trabalhamos com o corpo e se ele não estiver sadio não temos como continuar com as atividades”, salienta.
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Bastante questionada sobre sua opinião quanto ao filme Cisne Negro, ela afirma que esse não é seu ballet preferido. “Fico entre Paquita, por adorar toda a elegância, estilo espanhol e música contagiante, e Coppélia, que retrata a história de uma camponesa cheia de travessuras, amizades e amor”. Quanto a ídolo, a bailarina acredita que não tem um específico, mas vários. “Admiro vários bailarinos; com uns tive a oportunidade de trabalhar em parceria e aprendi muito, outros apenas prestigiei as apresentações, admiro pelos trabalhos realizados ou, então, pelo grande talento, dedicação, esforço, são inúmeros ídolos que levo de exemplo.”
“Estou vivendo o que sonhei durante anos, por isso acredito que o melhor no momento é curtir essa fase, sem atropelos, viver um dia de cada vez e, com certeza, o universo e Deus vão me guiar para o destino que me reserva como tem feito até agora.”
Sonhos todos realizados? “Nossa, ainda não tinha parado para pensar nisso antes. Estou vivendo uma fase muito feliz e cheia de realizações, e agradeço a Deus, aos anjos da guarda que Ele colocou em meu caminho em forma de amigos, pessoas desconhecidas que me estendem as mãos, pessoas que zelam por mim. Diria que no momento tenho tudo o que preciso, não tudo que eu queira, mas o suficiente para me fazer feliz”.
Volta ao Brasil “Quando volto? Costumo dizer que não tenho data de validade, vou ficando, vou vivendo e, enquanto tudo isso ainda fizer sentido nos meus planos, continuar me fazendo feliz, vou ficar. Em determinada hora sei que vou voltar, planejei isso, é meu plano B de vida”. Tamirys se emociona e completa: “pretendo dar continuidade à minha arte no Brasil, claro que dentro das nossas limitações e realidade, mas tentarei levar tudo o que aprendi aqui, oferecer às minhas alunas a possibilidade e a esperança de conquistar oportunidades como as que tive, mas como digo, tudo é muito incerto e a vida é uma caixinha de surpresa, amanhã tudo pode mudar, por isso vou planejando, vou sonhando, fazendo minha parte e o que é para ser meu, vai chegar, vai fluir e na hora certa vou decidir, é nisso que acredito!”
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Fotos: Arquivo pessoal
Ballet preferido e ídolos
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Moda Por Flávia Aldrovandi
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O grande dia O mês de maio é o mês das noivas, momento único na vida de uma mulher, e que não pode passar em branco, aliás, branco só a cor do vestido mesmo! Nesse mês, fizemos um especial para você mulher, que um dia deseja se casar e ser feliz para sempre.
Bailarina
Do clássico ballet, para a vida real essa adaptação vem conquistando várias fãs. Sentir-se como uma bailarina e entrar com várias camadas de tule é uma aposta para 2012.
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Laços
Mostra o lado delicado, romântico e feminino da noiva. Versátil, dá para ousar de diversas formas no vestido como aplicar na lateral, meio, costas ou usar com uma cor e de todos os tamanhos.
Por que maio é o mês das noivas?
Segundo o Padre Francisco Greco, maio é o mês de Maria, das Mães e a noiva, teoricamente, é aquela que deseja ser mãe, por isso talvez tenha nascido essa relação.
Mangas
Após o casamento da Duquesa Kate Middleton, as mangas viraram o “it” das noivas, deixando o vestido elegante e favorecendo quem se casa no inverno e não deseja nada tradicional!
Vintage Nem sempre o que parece de outra década remete a velho. Hoje em dia, pelo contrário, você mostra seu estilo pessoal. Detalhes delicados, rendas fazem parte do vintage! Dica: Pesquise nos álbuns de família os vestidos de noiva da sua mãe, avó ou tia, você pode tirar inspirações valiosas!
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depois
Antes e
ANTES
DEPOIS
Por Cintya Barros
Foi muito divertido, adoramos, os cabelos ficaram ótimos!
Vanda Vendramini
51 anos, terapeuta ocupacional
Taciane Vendramini
20 anos, estudante de medicina veterinária
Cabelo
Acompanhando as últimas tendências, foi usada nos cabelos da Vanda e da Taciane a técnica de sombreamento que fica ótimo para qualquer idade, cor e tipo de cabelo, porém o degradê de tons precisa ser bem delicado. A ideia é deixar só as pontas mais claras, com um aspecto mais natural. Na Vanda, a cabeleireira Cintya optou por escurecer a cor natural para dar maior luminosidade, realçando seu tom de pele. Ela usou Igora color 10 da Schwarzkopf, que oferece resultados de cor fantásticos, uma excelente cobertura de cabelos brancos e tudo em apenas 10 minutos. A escova é modelada, para dar bastante volume e forma, deixando as duas mais elegantes.
Fotos: Leandro Carvalho
Maquiagem
Em Vanda, Cintya desenhou primeiro a sobrancelha com henna castanho claro, que dura até sete dias e fica muito natural, uma ótima opção para quem não quer fazer a definitiva. A pele foi toda preparada com os produtos da Mary Kay, que proporcionam uma camada bem fina de cobertura, sem carregá-la. Nos olhos, o tom marrom esfumaçado nos cantos e cílios postiços valorizaram e deram a impressão de aumento. O blush terra cota e o batom mate, da Payot, deixaram-na mais corada. Na Taciane, a pele também foi preparada com os produtos da Mary Kay. O olho foi bem marcado e valorizado com cílios postiços. Um iluminador com efeito bronzeado, blush bronze e gloss rosê finalizaram a maquiagem.
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Rua: Lourenço Prado, 841 Centro | Jaú | Fone: 3622.4945
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Varal
Fotos Leandro Carvalho
Vestylle Megastore: Rua Edgard Ferraz, 281 Fone: (14) 2104.3500
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Paula Mesquita Moda e Acessórios: Rua Major Prado, 214 Fone: (14) 3626.3850
Arezzo:
Jaú Shopping Piso Superior Fone: (14) 3416.7737
Cintya Barros:
Rua Lourenço Prado, 841 Fone: (14) 3622.4945
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Varal Santa Felicitรก Bolsas e Acessรณrios: Rua Sebastiรฃo Ribeiro, 658 A Fone: (14) 3621.9078
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Rua Tenente Navarro, 619 Fone: (14) 3626.8108
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kids
Look
Por Leandro Carvalho
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Crianças
Carlos Eduardo Lodde Trotta Eloah Coutinho dos Santos
Locação
Caiçara Clube de Jaú Fone: (14) 3601.2511
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Fitness
Por Marcelo “Tchelinho” Macedo
Transforme seu abdômen M
uitas pessoas sonham com o abdômen perfeito, forte e definido. Porém, por falta de conhecimento, não alcançam os resultados desejados. Por isso, a Revista Energia trouxe nesta edição algumas informações para você pegar um atalho na definição de sua área abdominal. Em primeiro lugar, você precisa saber que existem 3 pilares básicos no processo de diminuição de gordura e definição do abdômen. São eles:
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Reeducação Alimentar:
de nada adianta você se esforçar praticando atividades físicas, se a sua alimentação não contribui para o controle de gordura no corpo. Lembrese que uma alimentação composta por doces, frituras e refrigerantes não é nada saudável, e isso acarreta o acúmulo de gordura na região abdominal.
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Exercícios Localizados (abdominais): servem para
tonificar e fortalecer a musculatura abdominal e “não para queimar gordura”, daí a importância de combinar esses exercícios com a atividade aeróbica. O abdominal mais simples é aquele em que você deita no chão com os joelhos flexionados e, com a planta dos pés contra o solo, sobe-se o tronco até aproximadamente 45º e depois desce o tronco devagar, sem tocar novamente o solo. Este exercício é muito eficiente e deve ser realizado sempre após uma atividade aeróbia, numa velocidade lenta, controlando a respiração (na subida expiração e na descida inspiração). É importante lembrar que não adianta fazer 500 ou 1000 abdominais, como alguns famosos divulgam, pois com tantas repetições é maior o risco de realizá-las de forma incorreta, perdendo-se de vista alguns aspectos primordiais do exercício, como a velocidade e a respiração. E lembrese: o importante é fazer as repetições concentrando toda a força no abdômen! Uma forma de organizar seu exercício é dividi-lo em séries fazendo, em média, 30 repetições em cada uma. E, sempre que possível, aumente a carga.
Atividades Físicas Aeróbias (caminhada, corrida, bicicleta, natação): a região abdominal é a
preferida do corpo para estoque de gordura. Isso explica o motivo dessa região revelar, de forma mais evidente, quando o corpo está ganhando mais gordura. Mas as atividades aeróbias são fortes aliadas de quem deseja secar esta região, pois utilizam como principal fonte de energia essas gorduras estocadas. Isso significa que, para perder peso e, consequentemente, essa camada de gordura localizada no abdômen, é necessária a prática dessas atividades, no mínimo 40 minutos diários, em uma intensidade de moderada a alta.
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Diante de todas essas dicas vale lembrar que, independente do fator estético e do sonho da barriguinha lisinha e do abdômen “tanquinho”, também é relevante pensar nas implicações que tais exercícios trazem para sua saúde, pois o excesso de gordura localizada na região abdominal tem relação com o aumento de riscos para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Assim, tonificar o abdômen e cuidar das gorduras localizadas nesta região trazem efeitos importantes para a manutenção de uma vida saudável.
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Social
Por Juliana Galvão
social@revistaenergiafm.com.br
Sim, eu aceito!
Lindo, perfeito, essa é a descrição do casamento dos meus queridos Gabriela Fagundes Martins e Rodrigo Bossio. Apaixonados, os lindinhos casaram-se no finalzinho de março, na Fazenda Santa Gertrudes, lugar histórico onde já foram filmadas novelas como A escrava Isaura e Esperança, além de diversas reportagens. De arromba, a festa que começou no finalzinho da tarde, após o casamento deles na capela da própria fazenda e da união civil feita à beira do lago, levou os convidados, muitos deles da nossa cidade, a se esbaldarem até o sol nascer.
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Fotos: Fernanda e Sharon Fotografia e Juliana Galvão
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1. Os noivos, Rodrigo Bossio e Gabriela Fagundes Martins 2. Os pais da noiva Cristina Fagundes e Geraldo Martins 3. Os pais do noivo Marilene e Silvio Neiva 4. A irmã da noiva Fernanda Fagundes Martins e o marido Ricardo Pinheiro 5. Rafael Galli, Camila Croce, Maria Luiza Brandão e Euzébio Piccin Neto 6. Marina e Eloísa Almeida Prado 7. Marina Franceschi e Flávio Luiz Vendramini 8. Ana Lia Prado e Carolina Camargo Penteado Eloy 9. Renata Andriotti Galvão e João Paulo de Almeida Prado Galvão
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Social
Fernanda Merlini e Luis Felipe
“Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo”. José Saramago
Ser mãe... Camila Marinho e Yasmim
“Ser mãe é me sentir mais próxima e amada por Deus! É agradecer todos os dias à vida perfeita e maravilhosa que temos em nossos braços! Yasmim é a realização de um sonho, sinto que graças a ela, hoje sou um ser humano melhor!”
Waldete Cestari e os filhos Juliana e Fábio
“Ser mãe é repartir o coração em partes exatamente iguais e dar uma a cada filho, com o que de mais sublime há nele: o amor incondicional. É ficar acordada, quando todos dormem, cuidando do filho doente, ou esperando que ele chegue da balada; é abraçar e dar carinho quando ele leva um tombo, ou um fora da namorada, ou sofre alguma decepção; é rir quando ele fala a primeira palavra, dá o primeiro passo, consegue passar no vestibular e arruma o primeiro emprego. É se emocionar quando ele lhe entrega uma flor que pegou em um jardim, ou escreve com sua letra desengonçada: mãe, te amo; ou diz que reconhece que foi muito importante o que fez por ele. Ser mãe é amar sem pedir retorno. Ser mãe é, enfim, ser feliz.” 74 Revista Energia
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Renata Catelli e Catarina
“Sinceramente, eu me lembro de como era minha vida antes da Catarina nascer, mas de uma forma impressionante, parece que ela já fazia parte de tudo aquilo. Acho que só as mães vão entender essa explicação: eu me lembro da minha vida antes de agosto de 2008, só não me lembro de ter “vivido” sem minha filha...”
Vera Párice e os filhos Keka, Malú e Rui
“Ser mãe é ter a possibilidade de exercer o amor em sua maior amplitude e incondicionalidade.”
Alessandra Petreca e Maria Eduarda “Agradeço a Deus por essa benção em minha vida. Meu coração transborda de amor.”
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Social
Show
O Villa Sanz, sempre antenado em arte e cultura, inaugurou novo espaço, Villa Sanz Garden, com show da cantora Badi Assad que apresentou “Badi para maiores”, projeto selecionado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. O evento atraiu pessoal de bom gosto da cidade.
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1. Badi Assad 2. Ana Almeida Prado e Éda Bagaiolo 3. Rita Bernardi e Ivani Mizzaci 4. Marina Brandão e Rodrigo Murgel 5. Natália Lamesa e Betinho Padrenosso
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Fotos: Leandro Carvalho
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Canal Nova família
Patrícia Merlini e Julio Périco oficializaram a união em jantar intimista. O casal está super ansioso para a chegada da primeira filha, Júlia. Muita felicidade à nova família linda que está nascendo!
Cidadão jauense
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Cíntia Torquetto reuniu os amigos em camarote do General para comemorar a entrada na casa dos 30. Anfitriã e convidados curtiram a night ao som dos Mavericks.
Foto: Fotoshow
No último dia 20, Júlio Polli recebeu título de cidadão jauense na Câmara Municipal desta cidade.
Business
O tradicional Happy Hour da Ciesp, mais uma vez, agitou o meio empresarial. De forma dinâmica e descontraída, os empresários aproveitaram a ocasião para estabelecer novas parcerias.
Viagem
Como é de praxe, Juliana Nunes foi comemorar seu niver junto ao marido, Rodrigo Perassolli, viajando. Os dois jauenses, que moram em Ribeirão Preto, escolheram como destino deste ano Itacaré, na Bahia. Passaram uma semana curtindo as belezas do lugar.
Criançada!
Reginaldo Dalpino e a esposa Cristiane reuniram a criançada para aniversário dos filhos Felipe e Analice.
Energia e você! Gusttavo Lima lotou os ambientes da Aldeia Banawá. O show promovido exclusivamente pela Energia foi um sucesso.
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Gourmet
Por Mario Netto
Mario Franceschi Netto Formado pelo SENAC, já trabalhou no Grande Hotel Águas de São Pedro, Café de la Musique em São Paulo e, atualmente, faz o curso Master de cozinha em Parma, na Itália, no instituto ALMA.
Spaghetti all’Amatriciana
Ciao amici lettore,
Este mês vou começar de uma forma diversa daquela de costume: peço licença para dizer algumas palavras. Quero agradecer a todos vocês, leitores da minha coluna, a todas as pessoas que têm me parado na rua, no supermercado, na padaria, e nos mais diversos lugares para comentarem comigo alguma receita, dizendo que gostaram mais de uma que da outra, que fizeram “aquela” receita e deu muito certo, que gostam muito da maneira como as escrevo, que elas são diretas e fáceis de serem feitas, enfim, estou muito contente com esse retorno e carinho de todos, pois essa coluna é feita para vocês e é uma satisfação muito grande ter esse contato, poder dividir um pouco desse vasto e lindo mundo que é a cozinha Italiana. Deixo aqui os meus mais sinceros agradecimentos. Muito obrigado a todos.
Nesta edição trago uma receita muito tradicional em toda a Itália: o spaghetti all’Amatriciana. Esse spaghetti é um símbolo da tradição culinária Italiana. A receita original nasceu em Amatrice, uma pequena cidade que fica na região do Lazio, e que faz divisa com a região de Abruzzo. Com o passar do tempo os romanos se apossaram dessa receita e a modificaram um pouco, trocaram o spaghetti pelo bucatini, uma massa típica de Roma, mas a receita original é feita com o spaghetti, prova disso é que na entrada da cidade de Amatrice tem uma enorme placa com os dizeres “Amatrice, città degli Spaghetti” (Amatrice a cidade do spaguetti). Quando foi criada era uma receita simples e muito pobre, era apenas o spaghetti, o guanciale (espécie de bacon italiano) e o queijo pecorino, mas com o tempo foram acrescentados molho de tomate e vinho branco.
Ingredientes Para 4 pessoas: 100 g de bacon Uma colher de sopa de azeite extravirgem 75 g de pecorino ou parmesão de boa qualidade Uma pimenta dedo de moça (quem não gosta de pimenta não precisa colocar) 550 g de polpa de tomate 400 g de spaguetti 100 ml de vinho branco seco Pimenta do reino a gosto.
modo de Preparo Corte o bacon em cubos pequenos e frite em uma frigideira com a pimenta dedo de moça picada e o azeite. Quando a parte gordurosa do bacon ficar transparente, acrescente o vinho branco e faça o álcool evaporar. Em seguida acrescente a polpa de tomate. Abaixe o fogo pela metade. Enquanto isso, cozinhe o spaghetti e, quando estiver “al dente”, coloque-o na panela com o molho. Mexa bem, acrescente a pimenta do reino e finalize com uma bela porção de queijo ralado. Dica: essa receita de spaghetti all’Amatriciana respeita a tradição de Amatrice, mas existem variantes, se você preferir, pode usar cebola e alho, é só acrescentar esses dois ingredientes quando for fritar o bacon. BUON APPETITO A TUTTI!
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guia da gula
guia gastronômico
sabores para todos os paladares
Ponto do Churrasco Só na Churrascaria Ponto do Churrasco você encontra o verdadeiro churrasco gaúcho, com carnes macias e saborosas. Além do rodízio completo, mini rodízio todos os dias no almoço e de terça a sábado no jantar. Venha apreciar o verdadeiro churrasco gaúcho, com a qualidade que só o Ponto do Churrasco tem para você! Confira! A Churrascaria Ponto do Churrasco abre de terça a domingo, das 18h30 às 23h30. Rua Quintino Bocaiúva, 1427, Centro – Jaú Fone: (14) 3626.7326 e 3416.0856
dica para esquentar o seu inverno Friozinho chegando, que tal uma sopa? Junto com o pão, este prato foi a primeira refeição completa da história da humanidade. Rica em sabor e nutrientes, a deliciosa “sopinha” cai muitíssimo bem no inverno. Só devemos tomar cuidado com a escolha do sabor e acompanhamentos, pois este inofensivo pratinho pode tornar-se uma bomba calórica.
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vida
Boa
Por João Baptista Andrade
Comida para
cachorros
O nome da minha cachorra é Menina. Uma representante da gloriosa dinastia das “Kirra” (abreviatura onomatopéica para “Que raça é essa?”). Sim, prezado leitor, ela é uma vira-latas da melhor estirpe, recém-adotada e com uns três ou quatro anos de idade. Sabe Deus quanto tempo de sofrimentos, maus tratos e intempéries... O fato é que ela chegou nessa minha mui humilde casinha, em Joaquim Egídio, faz umas três semanas. Magra, sofrida, medrosa, e ao mesmo tempo maravilhosa. Claro que, como mandam os veterinários (atenção: o termo correto é médico veterinário; médico, entendeu?), ela só come ração. Mas a Menina é uma coisa tão fofa e deliciosa que já aprendeu a perceber quando vai rolar uma comida das boas. É verdade! Quando eu começo a rachar lenha para o fogão ela já
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balança o rabinho. Pode ser uma panelada de codornas ou perdizes, um porco com cerveja preta ou um churrasco corriqueiro (coisa que eu faço às escondidas da minha filha vegetariana). Na prática, faz muito pouca diferença o cardápio. A Menina sabe que vai ter comida boa no pedaço e, portanto, começa a pedir o seu. Pois não é que eu recebi uns poucos (e muito queridos!) por ocasião do meu aniversário (cinquenta e três anos no lombo) e resolvi perpetrar um pernil de cordeiro na churrasqueira. Receita infalível: unte o pernil (adquirido junto a um açougueiro digno do nome) com manteiga e sal grosso. Uns talos de alecrim e muita altura para manter a carne longe das brasas. Para cada quilograma de carne, uma hora de fogo. Pessoalmente, prefiro as peças menores, mas isso é questão de gosto. Estava aquela linda peça de carne assando, com cuidado extremo, aqueles aromas mais que intensos se espalhando por toda parte e a Menina quietinha. Só olhando e esperando. Os meus convidados queridos se fartaram e a cachorra comeu um pequeno pedaço (não maior que uma garfada) direto das minhas mãos. Eu realmente fiquei tentado a doar-lhe o osso, mas pensei melhor. A veterinária é uma víbora disfarçada de gente e, muito provavelmente, iria condenar-me às galés por uma centena de anos, caso eu perpetrasse a heresia desejada pela minha pessoa e pela dela (a Menina, claro). Voltamos, portanto, para a ração balanceada produzida por uma multinacional dessas quaisquer que por aqui abundam. Monotonia. Ao amanhecer o dia seguinte, eu ainda relembrando os muitos vinhos maravilhosos compartilhados com amigos mais que amados, fui para o café da manhã dos reis: cold lamb sandwich. A Menina, mais rápida que imediatamente, percebeu que ali estava uma coisa realmente fina. Eu até fingi que não percebi o interesse dela, mas não teve como não dar-lhe um micro pedaço; ela adorou. Justo agora estamos ambos ansiosos. Ela, porque vai ao veterinário (vacinas, banho, etc.). Eu, porque o Preto (um Labrador de uns três anos, igualmente adotado), chega amanhã. Acredito que vai ser o maior furdunço na casinha, entretanto penso que esses dois espécimes de Canis sapiens (citação do meu médico e irmão Paulo Palma) só me fazem caprichar ainda mais quando eu vou para o fogão. A pergunta que não quer calar é a seguinte: será que o Preto gosta de cordeiro como eu e a Menina? E se não gostar, será que ele vai apreciar ostras frescas, polenta com shitake ou goiabada cascão quente com catupiry? Ansiedade é uma desgraça. Na próxima coluna eu conto como o Preto se comportou diante de um ganso gordo assado.
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Vinhos
Por Paulo Agnini Especial para Revista Energia
Sommeliers Durante o Renascimento francês, um ‘sommelier’ comprava o título e pagava para fazer parte da comitiva dos nobres. Em viagem, este especialista responsável pela armazenagem de comida e vinho mantinha essas provisões em uma carruagem chamada ‘somme’. Contudo, simplesmente armazenar as provisões não era a tarefa mais importante do ‘sommelier’, que era a de garantir a condição dos perecíveis. Ele fazia isso correndo risco, experimentando um pedaço de cada uma das comidas e um gole de cada vinho antes de serem apresentados ao senhor. Um moderno ‘sommelier’ escolhe os vinhos, abastece a adega do restaurante, monitora o inventário destas bebidas, realiza sessões de treinamento para outros membros da equipe e trabalha na sala de jantar fazendo as recomendações. Estes “profissionais” recebem um salário do restaurante e, às vezes, uma pequena porcentagem da receita obtida com a venda dos vinhos. Em geral, não esperam receber gorjetas, embora isto seja correto (5% a 10% do preço da garrafa), se ele indicar um vinho especialmente notável, que você não teria descoberto de outro modo. Na Itália, onde a paixão pelo vinho e pela comida se assemelha à paixão pela religião, há mais ‘sommeliers’ do que em qualquer outro país, cerca de dez mil, segundo a Comissão Italiana de Comércio.
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cultural
Guia
Por Heloiza Helena C. Zanzotti
Filmes
Livros Sherlock Holmes 2: O Jogo de Sombras
Sherlock Holmes sempre foi o homem mais inteligente até surgir o Professor Moriarty, que não apenas é igual a ele intelectualmente, mas sua capacidade para o mal podem realmente dar-lhe uma vantagem sobre o famoso detetive. Quando o príncipe herdeiro da Áustria é encontrado morto, Holmes deduz que ele teria sido vítima de um assassinato, que é apenas uma peça de um quebra-cabeças, desenhado pelo professor Moriarty.
O Livro de Ouro da Mitologia - Histórias de deuses e herois Thomas Bulfinch
A guerra de Tróia, Hércules, Minerva, Midas, as divindades rurais, a mitologia oriental e nórdica, são alguns dos temas tratados nessa obra que conquistou milhares de pessoas. O leitor ficará fascinado com as mais encantadoras histórias e adquirirá conhecimentos indispensáveis à sua formação cultural.
Missão Impossível: Protocolo Fantasma
A Fascinante Construção do Eu – Augusto Cury
O agente secreto Ethan Hunt (Tom Cruise) é desautorizado pelo presidente dos Estados Unidos, após o país ser acusado por um bombardeio no Kremlin. Tem início o Protocolo Fantasma, que visa acabar com os agentes da IMF. Sem qualquer recurso ou apoio, Ethan precisa encontrar um meio de limpar seu nome e o da agência em que trabalha.
Você teria coragem de entrar em um avião sabendo que o piloto não tem experiência para usar os instrumentos de navegação para levantar o voo ou aterrissar? Certamente não! O problema é que, inacreditavelmente, a mais complexa das “aeronaves”, a mente humana, tem um piloto frequentemente imaturo e despreparado para dirigi-la: o EU.
Anderson Silva: Como Água
A Casa das Orquídeas Lucinda Riley
Anderson Silva: o homem mais mortal do planeta, o “reinado” mais longo do UFC e o lutador mais temido do MMA. Como Água oferece uma perspectiva única da lenda viva enquanto ele treina com seus amigos lutadores Lyotto “The Dragon” Machida, Junior dos Santos e Antonio “Minotauro” Nogueira, em preparação para a defesa de título definitiva de sua carreira contra o desafiante e arqui-inimigo Chael Sonnen.
A pianista Júlia Forrester passou a infância na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas eram cultivadas pelo seu avô. Recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca o conforto daquele lugar e é levada de volta no tempo, para o mundo de Olívia e Harry Crawford, um jovem casal separado pela Segunda Guerra Mundial, cujo frágil casamento estava destinado a afetar a felicidade de muitas gerações, inclusive a de Júlia.
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Carreira
Marcel Lopes em inspeção na caverna São Félix do Xingu, no Pará
A história de um
Arqueólogo Como um jauense teve sua vida transformada após descobrir uma nova profissão dentro da História Por Estela Pinheiro
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falar sobre esta área quando cursou a disciplina de História Antiga. No ano seguinte, o estudante descobriu que a Universidade de São Paulo (USP) estava abrindo vagas para a transferência externa e, com isso, uma nova oportunidade se abria para Marcel, possibilitando-o a estudar em uma das melhores universidades do país. O historiador conta que teve certeza que iria prestar a transferência após fazer uma pesquisa sobre o curso. “Fui pesquisar e vi que na USP existia um museu, o Museu de Arqueologia e Etnologia, onde tinha arqueologia na pós-graduação e isso me incentivou, prestei a prova e em 2007 entrei na USP, em História.” Após três meses no curso, Marcel entrou em contato com a historiadora Camila Moraes Wichers, que morava em São Paulo e que, no passado, havia ministrado uma palestra em um evento arqueológico que ele mesmo organizou em Jaú, onde tornaram-se colegas de profissão. Camila propôs ao colega que ele tentasse entrar no estágio do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, e foi isso que o estudante fez. Conseguiu entrar no estágio tão desejado e começou a conhecer a prática da área. Ao mesmo tempo, Marcel se empenhava em sua iniciação científica, que tinha como linha de pesquisa o estudo de materiais de cerâmica indígena, ou seja, através dos pedaços ou cacos das cerâmicas (vasilhas) que faziam parte da rotina dos índios, onde eles colocavam suas comidas, bebidas e faziam seus rituais, o historiador analisava o contexto
histórico e cultural daquela sociedade. “Eu analisava a cerâmica e fazia interpretações sobre ela, porque na arqueologia sempre houve muitas etnias diferentes, cada uma produz um tipo de cultura material, uns uma cerâmica de um jeito, outros de outros jeitos, falam línguas diferentes, têm costumes diferentes, e aí eu passei a pesquisar esses grupos a partir da cerâmica”, conta o historiador. Através desta pesquisa científica e do seu potencial, recebeu em 2009 uma Menção Honrosa no 17º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP e foi convidado para integrar a ala de estagiários de uma empresa privada de arqueologia, a Zanettini Arqueologia e, sem hesitar, deu mais um passo para seu crescimento profissional.
“falar de arqueologia sem vivenciar, sem ver e sem tocar nas peças é diferente, aí quando você está lá, vivencia tudo isso. Foi ali que, de fato, eu tive certeza do que eu queria.” Marcel
Fotos: Acervo Zanettini Arqueologia
S
er historiador é ter estudo, conhecimento e disposição para analisar, interpretar e documentar todas as vertentes do passado da humanidade, percorrendo a trajetória de seus indivíduos, culturas, costumes, crenças, religiões e ideologias, ou seja, ser historiador é ter o poder de reviver a história de cada época, desvendando as memórias perdidas no baú chamado vida. Marcel Lopes, 31 anos, é um jauense que possui este poder de reviver o passado. Historiador formado pela Universidade de São Paulo (USP), Marcel trilhou seu caminho com muito esforço e dedicação até chegar a esta profissão e, por obra do acaso ou quem sabe do destino, descobriu através de seus estudos históricos o gosto pela Arqueologia, entregando-se totalmente a esta área considerada por ele mesmo como fascinante. A arqueologia é uma ciência que estuda as culturas e os modos de vida do passado, a partir da análise de vestígios materiais (ossos, objetos, resquícios de construções, pedras, lixos) conservados pelo tempo e resgatados pelos arqueólogos. Dentro desta área há também o trabalho de preservação e recuperação de patrimônios históricos da humanidade, deste modo, Marcel pôde interligar as duas ciências, História e Arqueologia, ao longo de seus estudos e de sua vida profissional. O interesse de Marcel pela História começou por influência de seu irmão Marcelo, que também é historiador, e através de seu incentivo à leitura de livros de história e literatura, conquistou o irmão para o mesmo curso. Em 2004, Marcel ingressou na Fundação Educacional de Jaú, onde encontrou o amigo Fábio Grossi, que trabalhava com arqueologia e que lhe fez um convite que mudaria o rumo de seus estudos. “Ele me convidou para fazer parte de um grupo de estudos voltado à temática arqueológica, e que seria coordenado por um arqueólogo de Araraquara, ligado à UNESP, o Robson Rodrigues, então eu aceitei e esse foi o meu primeiro contato com a arqueologia”, conta Marcel, que até então não imaginava que poderia ter este estudo no Brasil e só tinha ouvido
Marcel durante escavação de um forno do século 18, no bairro de Pinheiros, em São Paulo
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Carreira Escavando a profissão Marcel se formou em 2010 pela Universidade de São Paulo e, no mesmo ano, entrou no mestrado em Arqueologia Brasileira, no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Em sua tese o historiador analisa o sítio arqueológico chamado “Santa Marina”, localizado no município de Jacareí, região metropolitana do Vale do Paraíba. Ele explica que o chamado “sítio arqueológico” é quando o pesquisador encontra três ou mais peças arqueológicas em um raio de 30 metros. “Por exemplo, se estou caminhando e encontro cerâmicas e líticos juntos, neste raio, eu o chamo de sítio arqueológico, já se eu tivesse encontrado apenas uma peça, se chamaria ocorrência arqueológica.” Deste modo, o sítio que Marcel estuda é associado a um grupo indígena falante do tupi-guarani e, através da cultura material deste grupo, o historiador produz sua pesquisa do mestrado “esse sítio teve uma datação de 500 anos, ou seja, esses índios estavam vivendo ali por volta de 1500, antes da chegada do colonizador, então, através da cultura material (cerâmica e lítico), busco entender como essa sociedade vivia naquele local.” Juntamente com o mestrado e com o diploma em mãos, Marcel conquistou o registro profissional na empresa Zanettini Arqueologia, onde está há quatro anos. “Antes eu fazia estágio, agora tenho mais responsabilidades”, conta o historiador que se vê cada dia mais entusiasmado com a arqueologia. Outro fator que difere a época de estagiário de Marcel e o atual cargo de historiador é que antes ele tinha mais trabalhos documentais, que eram feitos na própria empresa, já agora, Marcel possui uma diversidade de trabalhos: em alguns dias ele estuda documentos, escreve relatórios; em outros entra em pesquisa de campo, munido de óculos, luvas, perneiras, botas e ferramentas arqueológicas (espátulas, pincéis, lupas). “Quando estamos escavando usamos colher, pincel e outros instrumentos. Na verdade, isso varia de acordo com o tipo de trabalho feito na hora: se estamos em uma caverna, levamos lanterna, capacete, literalmente de mala e cuia”, brinca ele. Questionado sobre a sensação em “botar a mão na massa” nos campos, Marcel afirma que “A sensação é legal porque falar de arqueologia sem vivenciar, sem ver e sem tocar nas peças é diferente, aí quando você está lá, vivencia tudo isso. Foi ali que, de fato, eu tive certeza do que eu queria.”
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Através das pesquisas de campo Marcel já viajou para quase todos os estados do Brasil. Ele conta que sua última viagem foi para o Pará, onde ficou por dois meses acampado próximo ao local de pesquisa e de busca, mas explica que nem sempre é assim. “Nesse caso foi porque era um lugar no meio do nada, de difícil acesso, mas na maioria das vezes são campos de mais ou menos 20 dias.” Dessas viagens e pesquisas, Marcel diz gostar muito das vivências, do dia a dia com as populações locais e da possibilidade de aliar as escavações e as descobertas arqueológicas com a pesquisa em si e as viagens. O historiador, amante da arqueologia, vibra ao falar sobre essa aliança de interesses: “adoro viajar e trabalhar fazendo o que eu gosto, e ser reconhecido por isso é bom demais!.” A empresa Zanetinni, onde Marcel trabalha, está há dez anos na ativa e é reconhecida nacionalmente pelos seus serviços e
“adoro viajar e trabalhar fazendo o que eu gosto, e ser reconhecido por isso é bom demais!.” marcel
por ter profissionais de diversas regiões do país. Marcel explica que o trabalho da empresa está relacionado com licenciamento ambiental “quando uma empresa vai fazer uma rodovia, uma hidrelétrica, um condomínio, é necessário fazer um levantamento ambiental e para isso é necessário contratar uma empresa de arqueologia, que vai avaliar o terreno e ver se lá tem vestígios da cultura material necessária para um resgate arqueológico.” Ou seja, o trabalho da empresa é fazer um levantamento arqueológico do campo que será utilizado para uma futura construção, garantindo a integridade do patrimônio cultural da área. O historiador revela que, recentemente, aconteceu através deste trabalho algo inédito para a história de São Paulo: a empresa foi contratada para fazer o licenciamento de uma área no Bairro Pinheiros, quando encontrou uma Olaria (local destinado à produção de objetos que utilizam barro ou argila como matéria prima) de produção de cerâmica. “Achamos os fornos, ou o que sobrou deles. Mais precisamente entre os séculos XVIII e XIX essa olaria estava produzindo para atender uma demanda, tanto das áreas próximas como das regiões mais distantes da colônia. Isso mostra como havia um processo de comercialização já estabelecida nesse período.” Como é possível observar, o Brasil possui inúmeras riquezas arqueológicas, porém, a arqueologia é pouco divulgada e reconhecida no país, e isto afeta diretamente o trabalho dos arqueólogos que não possuem o direito da regulamentação da profissão que exercem. Portanto, Marcel não pode ser registrado como
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Carreira
Marcel durante escavação no bairro de Pinheiros, em São Paulo
Vasilha cerâmica indígena escavada em Brotas de Macaúbas, Bahia
arqueólogo, mesmo sendo historiador e pesquisador da área. A respeito disso, o historiador se revolta, mas não perde as esperanças “a arqueologia não é reconhecida como profissão, muita gente acha que não existe arqueologia no Brasil, acham que fazer arqueologia é só no Egito, no Peru. Mas as coisas estão melhorando, estamos lutando para isso.” E é com essa mesma esperança que Marcel caminha para seus próximos projetos na vida.
“Se você furar embaixo de onde você está agora, é provável que encontre algo. Sério, todo campo em que eu fui sempre achamos algo, temos muito a fazer ainda”
“em Jaú se respira história boa, só falta agora escrever a história indígena da região”
Prestes a concluir seu mestrado, o jauense já pensa no doutorado no exterior, porém, mesmo que passe algum tempo fora do país, Marcel afirma que aqui é o seu lugar e que há muitas riquezas arqueológicas para se encontrar no Brasil, ainda. “Se você furar embaixo de onde você está agora, é provável que encontre algo. Sério, todo campo em que eu fui sempre achamos algo, temos muito a fazer ainda”. Questionado sobre a importância histórica de sua cidade natal em sua vida profissional, Marcel elogia a cidade e dá uma dica para os pesquisadores jauenses: “em Jaú se respira história boa, só falta agora escrever a história indígena da região.” Na verdade, é evidente que quem respira História é o próprio Marcel Lopes: casado há três anos com a historiadora Renata Freitas, formado em História por uma das melhores faculdades do Brasil e Mestre em Arqueologia, este jauense merece receber o título de Arqueólogo por ultrapassar o poder de analisar, interpretar, documentar e reviver o passado, sendo qualificado e dedicado na área que o fascina.
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Informe Publicitário
Pisos Laminados e Vinílicos Eles parecem madeira, mas acredite, não são. Pensando na preservação ambiental, os fabricantes realizam pesquisas e investem em produtos alternativos à matéria-prima maciça. O resultado é a oportunidade de escolher materiais cada vez mais fiéis a ela, mas que pesam menos no bolso e na consciência. Reconhecidas por sua resistência, variedade de acabamento e multiplicidade de uso, as chapas de fibras de madeira Eucatex atendem às exigências de inúmeras aplicações das indústrias moveleira, automobilística, de embalagens, artefatos de madeira, brinquedos, marcenaria e instalações comerciais. Uma dúvida muito comum de quem está pensando em reformar a casa é a diferença entre esses pisos. Vamos entender, então, um pouco das características de cada um desses revestimentos, para que você possa escolher o tipo mais adequado para sua casa, com segurança:
Pisos laminados Pisos de vinil ou vinílicos
O piso de vinil tem se tornado o queridinho em projetos modernos, pois é possível fazer desenhos com recortes do piso. Este tipo é macio e térmico, proporcionando conforto e, por isso, indicado para ambientes internos. As diferentes padronagens disponíveis imitam a textura de outros materiais como a madeira. Pode ser encontrado em forma de tapete, placa ou manta, dispensam argamassa na instalação e normalmente são fixados com cola. O Eucafloor Piso Vinílico é hipoalergênico, 100% de PVC, de fácil instalação e limpeza. Confira todas as linhas na di Casa Acabamentos: uma delas, com certeza, combina com o seu ambiente. Requinte ao alcance da sua obra.
O piso laminado é muito similar ao carpete de madeira – o sistema de aplicação e a base são bastante similares. A grande diferença, no entanto, diz respeito ao revestimento final, a superfície na qual o usuário pisa. Enquanto no carpete de madeira o acabamento é em folha de madeira, aqui o piso é revestido de algo chamado laminado melamínico (ou fenólico). A principal vantagem é o preço: inferior à madeira maciça. Existem diversas opções de texturas no mercado, e podem ser uma réplica fiel da madeira natural, imitando ranhuras e tons. O piso laminado, normalmente, é fabricado a partir de madeira de reflorestamento e é mais resistente a riscos do que a madeira natural. A instalação é por encaixe, o que a torna mais rápida, fácil e limpa. Pode cobrir pisos já existentes como cerâmica, lajota, vinil e concreto, o que é muito útil em uma reforma. Fáceis de instalar e de manter, os Pisos Laminados Eucafloor são a melhor opção para quem quer beleza e praticidade no dia a dia.
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Filhos
As mĂŁes aprovam, os dentistas condenam!
Afinal, quem inventou a chupeta? Por LĂşcia Barizza
O
s bebês encontram, no seio das mães, três confortos essenciais: alimento, calor e proteção. No entanto, nem sempre a mãe está por perto, ou mesmo consegue amamentar o filho pelo tempo mínimo recomendado pela classe médica. E daí, o que fazer com aquela choradeira toda que incomoda tanto? Sim, trata-se de um filho, mas quem disse que a choradeira dos primeiros meses não pode ser expressa como intolerável? Coincidência ou conhecimento, foi o médico Stoitchcovsky, da antiga União Soviética que, não suportando o choro constante da sua filha, Katerínikoskitóva, aperfeiçoou um método de silenciamento que ele conheceu quando trabalhava na KGB (ex-agência de inteligência russa). Ele trocou o ferro derretido por plástico e colocou-o na boca do bebê. Como isso funcionou perfeitamente, Stoitchcovsky adaptou a chupeta (como ficou conhecido o instrumento silenciador de crianças) e fez com ela um instrumento de alimentação (já que a criança chorava quando lhe tiravam a chupeta para comer). Mas muito antes disso, o choro dos pequenos já incomodava os pais. Escavações na Itália, no Chipre e na Grécia sugerem que, há mais de três mil anos, a humanidade já buscava alternativas para tranquilizar as crianças, mantendo-as ocupadas com algo que pudessem sugar enquanto o peito da mãe não estivesse disponível. No Antigo Egito, os objetos dados aos pequenos da época eram simples figuras de animais feitas com barro e adoçadas com mel. Mais tarde, tornou-se comum mergulhar linho grosso em mel, leite, extrato de papoulas, conhaque ou em láudano, um medicamento feito à base de ópio, antes de levá-los à boca das criancinhas.
Em 1949, os dentistas alemães Adolf Müller e Wilhelm Balters aperfeiçoaram o invento e desenvolveram a chupeta ortodôntica, com a base de látex ou silicone, no formato do seio materno.
Antonio José Madalena Filho
Vantagens e desvantagens A invenção alemã faz sucesso há seis décadas, mas nem tudo é motivo de festa. Um dos problemas vistos é o antigo costume de dar sabor ao objeto de sucção. Ainda hoje, algumas pessoas frequentemente mergulham a chupeta no mel ou passam um pouco de geleia. De acordo com o dentista Antonio José Madalena Filho, “esses alimentos possuem açúcar, cujo contato prolongado com os dentes, associado à higienização incorreta e insuficiente dos dentes, poderá favorecer o aparecimento de cáries”, explica o doutor.
Má formação dentária é associada à chupeta Dr. Antonio também enfatiza que, apesar da qualidade dos materiais empregados na produção de chupetas e das frequentes adaptações feitas pela indústria desse ramo, problemas de má formação dos dentes ainda continuam sendo associados ao seu uso. Segundo o doutor, isso acontece porque o uso da chupeta (ato de sucção) exerce uma força mecânica que irá dificultar o desenvolvimento dos músculos da língua e dos lábios, o crescimento ósseo e o posicionamento dos dentes. “O problema é maior quando já estão começando a surgir os primeiros dentes permanentes na criança (por volta dos cinco anos)”. A orientação é que
“O problema é maior quando já estão começando a surgir os primeiros dentes permanentes na criança”. Antonio José madalena filho, dentista.
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Filhos
o tempo de uso da chupeta deve ser limitado ao mínimo possível. O ideal é a criança deixar esse hábito até os 18 a 24 meses. Pais e mães do mundo todo sabem que isso não é fácil.
Mostarda na chupeta Na Alemanha, um método considerado duro é o de passar mostarda no bico até a criança ficar com aversão ao objeto. Muitos pais preferem adotar medidas
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Será que a chupeta moderna ainda é motivo de orgulho aos seus criadores? Segundo estudiosos estadunidenses, sim.
Por regular a respiração e ajudar os bebês a despertarem em caso de falta de oxigênio, peritos afirmam que o uso da chupeta pode reduzir em até o risco de morte súbita de bebês.
90%
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+ 5 As
s pesquisgale no goo
Com mais de um trilhão de sites de busca, o Google é responsável por sete entre dez pesquisas mundiais na internet. Algumas dicas para “filtrar” suas buscas podem ajudar a encontrar mais facilmente o que deseja. Foi pensando em facilitar sua vida que a RE elegeu cinco dicas para otimizar sua pesquisa.
1
Use aspas para restringir a busca e encontrar a frase ou expressão exatamente como descrita. Exemplo: Você se lembra de um trecho de uma música, se digitá-lo sem aspas o Google mostrará todos os resultados possíveis para cada palavra presente na frase, individualmente. Se digitá-la entre aspas, ele só mostrará resultados idênticos para aquela frase completa.
2
Para excluir uma palavra da busca utilize o sinal de menos (-) antes do termo buscado. Exemplo: Você quer pesquisar sobre a cidade de São Paulo. Para excluir os resultados em que aparecem o São Paulo Futebol Clube, digite: São Paulo –time.
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Por Juliana Galvão
3
Para realizar uma busca em um site específico é possível determinar a fonte. Digite os termos de interesse e o endereço do site no campo de pesquisa. Exemplo: Você quer encontrar a Revista Energia no site da Rádio Energia, então digite assim: Revista Energia site:radioenergiafm.com.br.
4
Busca de informações a partir de uma imagem. Arraste o arquivo para a caixa de pesquisa. O site tentará reconhecer a figura retratada. Caso não consiga, ele vai sugerir imagens semelhantes e pedir uma dica para facilitar a busca.
5
Filtrar a busca por tipo de pesquisa. Utilize a coluna que aparece à esquerda da página de resultados e selecione o filtro para direcionar a pesquisa. Exemplo: Você quer pesquisar fotos da cidade de Jaú. Digite a palavra Jaú no campo de pesquisa e após o resultado clique em “imagens” na coluna do lado esquerdo. O mesmo vale no caso de você querer ver mapas, vídeos, notícias...
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100 Revista Energia Acesse: www.energiacoletiva.com