Distribuição gratuita - Venda proibida
Jaú - Ano 3 | Edição 25 | Mensal - Setembro 2012
Nádia Ustulin Cespedes é cliente e estagiária no HVA (Hospital Veterinário Araujo)
Animais exóticos, mimados e bem tratados
por seus “pais” e com o diferencial do
Hospital Veterinário Araujo
Gente Fina
Dona maria josé: uma educadora com rigor e ternura
francine pantaleão
A mulher mais bonita do Estado conta sua trajetória
libras
Mãos que falam, olhos que ouvem
2 Revista Energia
Editorial
Do nada a lugar nenhum
Ano 3 – Edição 25 – Jaú, setembro de 2012 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação mensal da Rádio Energia FM Diretora: Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br Diretora de projetos e Editora de arte: Marina Titato editora@revistaenergiafm.com.br MTb. 46.839 Editora de texto: Karen Aguiar redacao@revistaenergiafm.com.br Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br
Assistente de redação: Flávia Cardoso Repórteres Antonio Orselli Karen Aguiar Marcelo Mendonça jornalismo@revistaenergiafm.com.br Revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Criação e diagramação: Marina Titato Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colunistas Alexandre Garcia Wagner Parronchi João Baptista Andrade Marcelo Macedo Mário Franceschi Netto Paulo Agnini Professor Marins Colaboraram nesta edição Érika Lopes Heloiza Helena C. Zanzotti Renata Giacomeli Ricardo Izar Jr. Comercial Jean Mendonça Joice Lopez Moraes Sérgio Bianchi Silvio Monari Fotógrafos Cláudio Bragga Leandro Carvalho Impressão: Gráfica São Francisco Distribuição: Pachelli Distribuidora Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624-1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br
Foto: Cláudio Bragga
Criação de anúncios: Raul Galvão arte@revistaenergiafm.com.br
Semana passada, num almoço com a equipe Energia, conversávamos sobre o segredo do sucesso na vida pessoal e profissional. A pergunta foi: “O que tem o poder de mudar a sua vida?” Naquele momento voltei alguns anos para relembrar a experiência que vivi lendo “A Lei do Triunfo” de Napoleon Hill, um livro que trata do que chamamos de Ciência do Sucesso. São vários os passos para se chegar ao sucesso, o primeiro deles é ter metas, princípios e objetivos bem claros e definidos. Se ainda não conseguimos definir exatamente o que somos, nossa essência, nossos princípios, metas e objetivos, ficamos à deriva do inconsciente coletivo, indo e vindo do nada para lugar nenhum. Antes de pensar em sucesso é preciso descobrir qual é a verdadeira paixão da sua vida, sua vocação, o que te faz trabalhar feliz, mesmo sem perspectiva de nenhum retorno financeiro. Reflita sobre a sua carreira. Você está feliz? Faz o que gosta? O que você se imagina fazendo daqui a cinco anos? Definindo o que te dá prazer, o próximo passo é fazer o seu trabalho com entusiasmo, disciplina, dedicação, amor, assim você mostrará o seu valor e o sucesso virá, com toda certeza. A nossa meta é sempre reinventar a Energia para que possamos oferecer o melhor para você leitor, ouvinte e internauta. Nesta edição da RE fizemos uma viagem ao passado, para buscar as mil faces do Aero Clube, que além de formar aviadores, foi palco dos maiores eventos que aconteceram em nossa cidade. Histórias de amor e grandes amizades começaram nos bailes, formaturas, carnavais promovidos no Aero. Na matéria de capa, como vivem, hábitos, alimentação de alguns animais de estimação pra lá de exóticos, que são criados em casa. Para quem tem um cachorrinho, um gatinho, a moda agora é cobra, arara, macaquinho. Ainda nesta edição você confere moda, gente bonita, social, gastronomia e uma matéria especial sobre Miguel Pacífico, o “santo” jauense, cuja imagem foi apadrinhada pelas meretrizes no início século XX. Ótima leitura!
A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários.
Maria Eugênia
ÍNDICE
NESTA EDIÇÃO 6 Miss São Paulo 18 História 36 Educação 80 Atenção 82 AERO Clube 86 Trânsito SEMPRE AQUI 10 Vale a Pena 12 Radar 14 Jurídico 16 Pense Nisso 21 DPI 22 Raça do Mês 28 Motor 32 Gente Fina 40 Garota Energia 42 Unimed 48 Quem Fez Jahu 56 Look de artista 60 Varal 64 Look Kids 66 Moda 68 Fitness 70 Social Club 76 Gourmet 77 Guia da Gula 78 Boa Vida 79 Vinhos
60 Varal: Peças para arrasar em qualquer ocasião
6
Miss São Paulo: Francine por Francine
50 Capa: Animais exóticos
A arara Lara fazendo pose
4 Revista Energia
60 Look de artista: Um dia no parque
Nossa capa: Nádia Cespedes Fotografia: Leandro Carvalho Produção: Jessé Professionnel Produção Gráfica: Marina Titato
Revista Energia 5
Foto: Leandro Carvalho
Miss S達o Paulo
6 Revista Energia
Francine Pantaleão Após presentear Jaú com o título de Miss São Paulo 2012, Francine Pantaleão cumpre a agenda cheia de compromissos enquanto se prepara para o concurso de Miss Brasil 2012, que acontece em 29 de setembro, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. A disputa pela coroa é realizada entre as candidatas dos 26 estados brasileiros, do Distrito Federal e será veiculada pela Band. Além de representar Jaú, Francine leva o nome do Estado de São Paulo ao concurso que elege a mais bela mulher do país. Em meio aos compromissos, a miss arranjou um tempinho para que ela mesma escrevesse sua trajetória aos leitores da Revista Energia. Confira:
Francine em viagem ao Egito: sonho reallizado
Foto: Arquivo pessoal
“Tudo começou aos 15 anos, quando participei do projeto “Garota Energia”. O ensaio fotográfico que hoje você vê aqui, na revista, antigamente era divulgado no site da Rádio Energia FM. Meus pais acreditaram que eu tinha grande possibilidade de seguir a carreira de modelo, era o que toda garota sonhava e decidimos investir nisso. Sempre tive o apoio total dos dois e é por eles que cheguei onde estou. Foi tudo com muita luta e perseverança.
Decidi largar tudo e investir na carreira. Consegui um scouter (caça-talentos) em São Paulo e, em 2006, surgiu uma proposta para viajar para o exterior. Minha primeira viagem foi para o México, com apenas 16 anos, e foi também a primeira viagem sem meus pais. Aprendi a me virar sozinha, morando com pessoas de outros países, aprendendo outra língua, andando de metrô, ônibus, a pé, sempre com um mapinha debaixo do braço. Depois do México viajei para vários países, entre eles: Chile, Ásia (Hong Kong, China, Filipinas), Europa (Paris, Alemanha, Turquia, Espanha) e nos últimos dois anos me estabilizei em Milão e então realizei meu sonho de conhecer o Egito. Cada viagem que fiz foi única e especial. Sempre com aquele friozinho na barriga e a sensação de “aventureira de primeira viagem”. Levo comigo algo marcante de cada lugar. Graças a Deus, também tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, culturas diferentes, aprender outros idiomas e, com isso, aprendi a me conhecer cada vez melhor. Revista Energia 7
Miss São Paulo
Francine agradece
• Clínica Naturalle • Academia iFit • Ana Maria Fitness • Andrea Megale • Antonio Orselli • Caju Brasil • Catarina Vallezi • Cesar Mantovanelli • Contém 1g • Dona Tunica Calçados • Érica Modolo • Fox Rouparia • Gabriela Moda Íntima • Gata Bakana • Karen Aguiar • Leandro Carvalho • Lilian Breda • Lucy Modas • Magda Modas • Oligoflora • Racco Cosméticos • Rafael Camargo • Regina Moya • Spaatz • Uza Modas • Valéria Prado
Agradecimentos especiais:
Francine fotografada por Daniel Topic em Milão 8 Revista Energia
• Clínica Cisco Massola • Clínica Prado Neto • Gatza • Linda Luz • Rádio e Revista Energia • Tuna Turismo
nesses 7 anos de carreira cursei uma verdadeira “faculdade da vida”. Paralelo à carreira de modelo, decidi no ano passado me aprofundar no mundo Miss que sempre achei encantador, de sonho e magia. Recebi vários toques de pessoas conhecidas que diziam que eu deveria me inscrever e participar. Busquei informações, contatos e depois de tantas conversas, enfim, recebi o convite. Daí em diante, todos sabem...
Fotos: Arquivo pessoal
Não tenho como descrever a emoção que senti quando a Adriane Galisteu disse: “Quem leva a coroa de Miss São Paulo é Jaú!” Cada dia que passei em confinamento, junto com as outras 29 candidatas, os lugares que visitamos, as experiências, foram aprendizados que levarei comigo para o resto da minha vida. Em cada eliminatória do concurso, a única coisa que eu pensava era: “Obrigada meu Deus! Já estou feliz por estar aqui.” Claro que não teve como controlar a ansiedade, mas me mantive calma ao máximo, com a consciência de que estar ali estava nos planos de Deus. E faço questão de dizer e repetir isso, pois Ele derramou muitas bênçãos e glórias em minha vida. Até agora, dias depois da coroação, minha ficha ainda não caiu. Nem acredito que sou a Miss São Paulo 2012. Minha vida e da minha família deu um giro de 180 graus, mas a essência e união permanecem, e maior a cada dia. Prometo dar o melhor de mim no Miss Brasil e me dedicarei para trazer para Jaú mais essa faixa! Obrigada a todos aqueles que estiveram na torcida por mim, meus amigos, familiares. Sou grata a todas as pessoas que me ajudaram, aos patrocinadores, imprensa, autoridades e especialmente aos meus pais, José Luiz e Vania Pantaleão, e meu irmão Renan, por acreditar e ir sempre à luta comigo! Revista Energia 9
a
pena
bem-estar Aline Mesquita
Resultado!
Treinamento de alta performance Os treinamentos de alta performance são os precursores de todos os treinos que existem hoje. Há milhares de anos o desenvolvimento destes treinos vem aperfeiçoando-se cada vez mais, numa velocidade frenética, principalmente nas últimas décadas. O objetivo desta metodologia é chegar ao melhor desempenho físico possível. Esta forma de treinamento, que era exclusiva para militares e atletas, hoje pode ser praticada por qualquer pessoa saudável, que geralmente começa uma atividade física por outro motivo qualquer. Segundo André Ferrucci, personal trainer da Academia Energy, muitas pessoas vêm para a academia para perder peso, aumentar a massa muscular, sair do sedentarismo, ter melhor qualidade de vida e acabam vendo o ótimo resultado de um treino bem elaborado, começando a dedicar-se a treinamentos de alta performance. “A mudança na forma estética é notável, a musculatura fica mais definida e a diminuição da gordura localizada deixa o contorno corporal bem atlético”. André ainda completa: “as mudanças de rendimento também são notáveis, o organismo fica mais forte, resistente, rápido, flexível, ágil e coordenado, fundamental para esportistas que querem ter sucesso”. A alta performance requer muita dedicação do praticante e um ótimo programa de treinamento prescrito e orientado por um profissional. 10 Revista Energia
Para Aline Mesquita, atleta da Academia Energy, dedicação é a chave para atingir as metas. “Treino com boa frequência, me alimento bem e tenho hábitos de vida saudáveis. A soma desses fatores é que determina ótimos resultados”.
Dicas para o atleta • No início faça treinos adaptativos, para dar suporte fisiológico • Seguir à risca a periodização do treinamento • Alimente-se corretamente e respeite os horários de descanso • Controle sempre a frequência cardíaca e os limites de carga • Faça sempre avaliações físicas para melhores prescrições de treinos • Nunca treine lesionado e sempre faça exames médicos
Fotos: Leandro Carvalho
Leonardo Alonso
Condicionamento SQUASH Eleito o esporte mais saudável do mundo pela conceituada revista americana Forbes, o squash ganha cada vez mais adeptos por todo o Brasil. A pesquisa foi realizada com base em consultas de profissionais do esporte como preparadores físicos, fisiologistas, treinadores e especialistas. Para a classificação foram designadas notas de 1 a 5, em diversas capacidades físicas e, na soma geral, o Squash ficou em primeiro lugar. Segundo o professor de squash da Academia Energy, Carlos Moia, o esporte é completo, quarenta minutos de prática proporcionam um grande condicionamento físico devido ao trabalho cardiorrespiratório realizado. Outros importantes benefícios são o ganho de força e resistência muscular dos membros inferiores e superiores, perda de muitas calorias e aumento da flexibilidade. O grande diferencial do squash fica descrito por conta dos próprios alunos, eles mesmos relatam que adoram o esporte porque, além de todos os benefícios proporcionados, é muito divertido de se jogar.
Leonardo Alonso encontrou no Squash uma forma de fazer exercício aeróbico para poder definir mais a musculatura. “Já treinava musculação, mas não gostava de correr na esteira, foi então que comecei a jogar Squash para treinar mais o condicionamento”.
A grande sacada do Squash: • Emagrece! Queima muitas calorias • Trabalha muitos músculos (pernas, braços, costas, peito) • Aula dinâmica e divertida • Com a quadra coberta, faça chuva ou faça sol tem Squash!
Radar
Boa
Por Alexandre Garcia
Onde começa a bagunça? Quem procurar a definição de país, ou estado soberano, vai acabar encontrando, como menor denominador comum, que um estado ou país é a nação organizada. É o Brasil uma nação organizada? Deixo a pergunta no ar. Se formos pesquisar um a um os ingredientes que se organizam, numa nação, para constituir um país, concluiremos que a maioria desses componentes está bagunçada. A educação, os transportes, a saúde, a segurança e a justiça, as instituições políticas, isso tudo está bagunçado. Se tomarmos os últimos índices de desenvolvimento do ensino básico (IDEB), vamos ver que os alunos, em geral, estão reprovados em Português e Matemática: não conseguem chegar à metade da pontuação. Com raras exceções. Entre elas as escolas militares de Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre, Santa Maria, Campo Grande,
12 Revista Energia
Belo Horizonte, Juiz de Fora, Salvador, Manaus, Brasília. Na fórmula dos bons resultados, a disciplina - comum em todas elas. Acabo de conversar com o diretor da escola Pedro II, em Brasília, que é dos bombeiros, e vem logo depois da escola militar. Ele me conta que aluno cabeludo, por exemplo, não entra. E professora não é “tia”. Os pais não se conformam com a ordem e tiram o filho, contou ele. Em imagens do JN no Ar, em escola de Alagoas - estado que gerou as piores notas do IDEB - vejo aluno de bonezinho dentro da aula; a câmera dá um close na mão que escreve, de uma menina de 10 anos, e as unhas estão pintadas de um vermelho-negro. Aí percebo a diferença entre uma escola com disciplina e outra onde vale-tudo. As do vale-tudo tentam atrair alunos com o que as professoras chamam de lúdico: capoeira, funk, shows. São raríssimos os casos de concursos de matemática, português, poesia, redação, leitura, e muito menos visitas a lugares interessantes. No meu grupo escolar, em cidade que não tinha museus, nós visitávamos a fábrica de relógios, um moinho, uma atafona, uma olaria e até um alambique, para saber como funcionam. Tínhamos biblioteca e o jornalzinho da escola (de que eu era diretor-editor). São fatos da primeira metade dos anos 50, do século passado. Mas não é na escola que começa, e sim em casa. São os pais que ensinam as primeiras noções de higiene, de honestidade, de postura, de respeito às leis e ao próximo, de civilidade, de amor ao livro. Hoje se transfere tudo isso para a escola e os pais lavam as mãos. Sem a formação vinda de casa, os professores lidam com crianças que as ameaçam ou os mestres são ameaçados pelos pais de maus alunos. E o aluno bagunceiro, que no futuro vai bagunçar ainda mais o país bagunçado, é considerado apenas uma vítima do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), como lembra a Veja de agosto/2012. Que futuro estaria reservado para este país chamado Brasil?
Revista Energia 13
Jurídico
Anote o número do protocolo... Já não é mais novidade a frase que intitula a nossa matéria, que é utilizada pelos serviços de atendimento aos consumidores desde operadoras de telefonia a grandes montadoras de veículos. O problema é quando o atendimento fica apenas no protocolo! Para melhor ilustrar essa matéria, empresto a história de um amigo meu que começa com a aquisição, por R$ 54 mil, de um veículo “premium” de uma conhecida montadora “nacional”. Um carro lindo, “top de linha”, design futurista, daqueles que parece ter saído de
14 Revista Energia
Por Wagner Parronchi
um filme de ficção científica. Na mesma época, sua esposa adquiriu um “hatch” de uma montadora chinesa, completo, por bem menos. Na agência da montadora “nacional” meu amigo ouviu a piada que hoje faz parte da roda de amigos: falaram que o veículo de sua esposa era descartável e não sairia da oficina. Pois é, realmente um dos veículos “não saiu mais da oficina”, desde sua entrega, em que não funcionou o vidro elétrico. De lá até o fim desta história, vários defeitos foram acontecendo, alguns solucionados, outros não. No último dos defeitos, a resposta da concessionária era a de que ele deveria ligar para o SAC da montadora. Tendo assim agido, recebeu como resposta que o barulho na direção do veículo fazia parte do modelo, mas que não afetava a dirigibilidade e segurança. E a solução? Anote aí o número do protocolo... Meu amigo não quis saber de mais problemas e vendeu seu “DeLorean” por um valor bem inferior ao que pagariam se ele não tivesse tantos defeitos. Pois é, enquanto isso o “chinês” de sua esposa não apresentou nenhum defeito, e só foi para a oficina nas revisões. Mas qual a melhor solução quando ficamos apenas com o número do protocolo? Você pode fazer como meu amigo: perder dinheiro vendendo o bem, ou adotar uma das soluções do Código de Defesa do Consumidor: se o defeito não for sanado em 30 dias, você poderá pleitear a substituição do bem defeituoso por outro de igual valor ou valor superior pagando a diferença, ou ainda a devolução do valor pago pelo bem, devidamente atualizado. Se você passou por algo semelhante, então, anote o número do protocolo...
Revista Energia 15
nisso
Pense
Por Professor Marins
Tudo o que é fácil já foi feito Meu último livro (Editora Saraiva, 2012) tem como título “Tudo o que é fácil já foi feito”. Nele discuto a realidade de que a vida não é fácil para ninguém e para nenhuma empresa. Todos nós, pessoas e empresas, temos muitos concorrentes, com qualidade cada vez mais semelhante à nossa e preços cada vez mais similares aos nossos. Para vencer neste mercado competitivo é preciso, como pessoa, trabalhar duro, estudar muito, se comprometer com aquilo que faz, dar atenção aos detalhes e terminar o que começar. Como empresa temos que buscar a diferenciação que o nosso cliente realmente valorize e, portanto, pague por ela. Daí termos que inovar, criar, reinventar a empresa todos os dias. Isso não fácil! Para facilitar a leitura, dividi o livro em três partes: 1ª Alguns temas para você, funcionário, refletir; 2ª Alguns temas para você, chefe ou dirigente empresarial, refletir e 3ª Temas para a reflexão de chefes e funcionários. Para vencer, hoje, é preciso, antes de tudo, pensar e agir. Na conclusão, digo: “Neste livro, meu objetivo foi tirar do leitor qualquer ideia que o faça viver num processo de ‘melhoria contínua do autoengano’, ou seja, tirar a ilusão de que a vida é fácil, de que
16 Revista Energia
Capa do livro Tudo o que é fácil já foi feito, do Prof. Luiz Marins, Editora Saraiva
trabalhar tenha que ser uma atividade necessariamente prazerosa. Para vencer, pessoal e profissionalmente, há que se fazer um grande esforço e lembrar que cada dia que passa a competição é mais acirrada, não só entre empresas, mas também entre os profissionais. Procurei, com base em minha experiência de mais de 35 anos de consultoria em antropologia corporativa, discutir alguns conceitos que poderão facilitar o enfrentamento dessa realidade. E esse enfrentamento passa, necessariamente, para que cada um assuma a própria vida com muita inteligência e muita vontade.” (p.149). Convido você a pensar sobre isso. A não fugir da realidade concreta de que trabalho não é lazer e de que empresa não é uma ONG. Ela tem que dar resultados financeiros ou não sobreviverá. Não há quem a financie a não ser seus próprios clientes que, da mesma forma, só a prestigiarão se seus produtos e serviços forem excelentes. Do contrário a abandonarão à própria sorte e ela morrerá. Assim, acredite, se um dia as coisas foram fáceis, a realidade atual é que tudo o que é fácil já foi feito.
Pense nisso. Sucesso!
Prata da casa
“Depois de aperfeiçoar o conhecimento quero investílo em minha cidade”
N
ria do Dr. Carlos de Souza Toledo Júnior. Segundo Dr. Marcos, a cirurgia plástica é uma área extremamente ampla da medicina, sendo muito importante especializar-se em um segmento definido. “A vocação me levou para a área da plástica mamária. A cirurgia estética é muito desafiadora, é um aprendizado diário”. E completa: “Quanto ao câncer de mama, além de ser uma doença agressiva, mexe com todo o psicológico feminino, com consequências muito sérias para a autoestima da mulher; a reconstrução mamária visa a dar maior “conforto” para essas mulheres enfrentarem esse desafio tão difícil!”. Para qualquer tipo de cirurgia plástica, Dr. Marcos ressalta que é preciso sempre procurar um profissional afiliado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, pois mais de 90% dos processos do Conselho Regional de Medicina, relativos às cirurgias plásticas, são contra médicos que não realizaram especialização nesta área. Após anos fora de Jaú, o médico está de volta à sua cidade natal, e confidencia que sempre teve saudade de sua terra. “Aqui é meu lugar, a cidade da minha família, minha namorada e meus amigos. Gosto muito de viver no interior por ter uma vida com qualidade diferenciada”, conta Marcos. Atualmente, Dr. Marcos atende na Centralmed, no município de Jaú, instalada em um prédio de alto padrão, em frente à Santa Casa. • Para mais informações visite www.centralmed.cgclin.com.br.
Dr. Marcos mostra o troféu Raul Couto Sucena
Fotos: Leandro Carvalho
ascido em Jaú, Marcos Carneiro de Lyra aos 19 anos mudou-se para Campinas onde cursou a Universidade de Medicina na PUC-CAMP. Formou-se em 2003 e no mesmo ano entrou para a residência de cirurgia geral (pré-requisito para obtenção do título de cirurgião plástico). Em 2005 ingressou na residência médica de Cirurgia Plástica na PUC-SP em Sorocaba (com o Professor Doutor Hamilton Aleardo Gonella) e, concluída a residência, prestou prova de título de especialista em Cirurgia Plástica, na qual foi aprovado, tornando-se membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Durante a residência de Cirurgia Plástica, Marcos recebeu 13 premiações em projetos científicos, um deles o prêmio Raul Couto Sucena, em 2007, no Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica; Dr. Marcos também conquistou várias publicações em revistas científicas da área. Participou do concurso de trabalhos científicos premiados no Congresso Ibero-Latino Americano de Cirurgia Plástica, em 2008. Concluída a residência, foi para São Paulo, onde aprimorou ainda mais seus conhecimentos, atuando principalmente na área da cirurgia plástica da mama, tanto estética quanto reparadora. Dr. Marcos trabalhou por cerca de três anos com o ex-presidente da ISAPS, International Society of Aesthetic Plastic Surgery, Dr. João Carlos Sampaio Goés, e também no Hospital IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer), ao lado do Dr. Carlos de Souza Toledo Júnior (profissionais de referência na cirurgia plástica mamária estética e reparadora). Em junho deste ano o médico enviou um trabalho sobre enxerto de gordura na plástica mamária, que foi muito bem recebido no Congresso Francês de Cirurgia Plástica realizado em Paris, com a parce-
Dr. Marcos Carneiro de Lyra CRM 113.274 Cirurgia Plástica Estética e Reparadora e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Centralmed Rua José Lúcio de Carvalho, 558 Centro – Jaú/SP Fone: (14) 3622.7377 Em São Paulo Rua Sampaio Viana, 75 – cj. 303 Paraíso – São Paulo/SP Fone: (11) 3889.0111 Email: marcosclyra@hotmail.com
Revista Energia 17
História
Miguel Pacífico: O “Santo” Jauense Muitos jauenses ainda não conhecem nem ouviram falar o nome e a história do ousado e corajoso Miguel Pacífico, que enfrentou várias autoridades de Jaú porque queria ser imortalizado. Texto Érika Lopez | Fotos Leandro Carvalho
M
uitos jauenses ainda não conhecem nem ouviram falar o nome e a história do ousado e corajoso Miguel Pacífico, que enfrentou várias autoridades de Jaú porque queria ser imortalizado. Miguel veio da Itália e por aqui viveu no fim do século XIX e início do século XX. Era um excelente carpinteiro e tinha evidente o desejo de grandeza. Queria ser a celebridade da época, talvez por isso tocava em uma banda que se apresentava aos domingos, no coreto do Jardim de Baixo. O italiano era encantado pelos monumentos de célebres cidadãos que tinha na praça e começou a sonhar com uma consagração semelhante. Mas quem iria dar ouvido a uma pessoa que não era nenhuma personalidade? Já que Miguel era carpinteiro, decidiu ele mesmo, em 1905, fazer a sua estátua. Uma enorme tora de cabreúva foi usada, em sua casa mesmo, e de próprio punho. Com muita paciência esculpiu sua figura em tamanho real, porém a batalha só começava. Quem falou para ele que a prefeitura iria deixar uma estátua de madeira de um Miguel Pacífico no jardim da cidade? O carpinteiro argumentou, brigou, enfrentou todas as autoridades, mas nada adiantou e nem por isso ele desistiu do seu sonho.
18 Revista Energia
Santo, Padrinho e Exu Persistente, Miguel comprou um pequeno terreno na Rua Saldanha Marinho, construiu um nicho e lá deixou sua estátua com muita felicidade. Falava para seus amigos irem conhecer, tirar fotos, porém Pacífico não imaginava que, com o tempo, causaria tantas confusões. Bem próximo ao seu nicho havia uma casa de prostituição e sua imagem foi apadrinhada pelas meretrizes, causando fúria em muitos conservadores religiosos que não aceitavam aquela situação. A diretora do Museu Municipal de Jaú, Teresa de Jesus Dua Gromboni, conta que à noite a estátua de Miguel Pacífico era alvo de disparos de carabina, mas como a cabreúva era muito rija, não deformava a aparência.
Quem não sabia da história e não conhecia Pacífico passava pela rua e achava que ele era apenas o Santo Miguel, outras confundiam com o afilhado de Exu. “As pessoas deixavam ‘oferendas’, charutos, galinha morta e a estátua vivia cercada por velas” conta Teresa
Jaú nas páginas internacionais A história do guerreiro Miguel Pacífico teve tanta repercussão, que até virou assunto no jornal norte americano The New York Times de décadas atrás. Confira alguns trechos traduzidos da matéria:
“Busto de brasileiro provoca sua fama”
Barrado no parque, ele acha lugar na área da luz vermelha. De pé, no distrito da luz vermelha, na cidade de Jaú, está uma estátua de um humilde carpinteiro reverenciado como santo e o homem vudu. Turistas geralmente param para tirar fotos da estátua anexada em um nicho de concreto e barras de ferro na frente. Na base da estátua há uma dedicatória em Latim difícil de ser lida por estar muito desgastada. ‘’Quem é o santo?’’ perguntam os turistas, moradores da cidade de 60.000 habitantes, a 250 quilômetros de São Paulo. Ele não era santo. Era apenas um indivíduo chamado Miguel Pacífico, que pensou que ganharia imortalidade erguendo uma estátua em honra dele mesmo, mas nunca conseguiu convenser os vereadores da cidade. ...Quando Miguel Pacífico morreu, alguns anos mais tarde, ele estava satisfeito, pois ganhou a imortalidade que ele nunca teria imaginado. Mas a Câmara Municipal permaneceu dura. Ela nem sequer listou a estátua em seus registros de monumentos da cidade.’’ Revista Energia 19
História
Com a construção da estação rodoviária, no início dos anos 70, o nicho de Miguel Pacífico foi destruído e sua estátua transportada para o Museu Municipal, onde se encontra até hoje. O sonho do carpinteiro virou realidade. Com sua ousadia e coragem se tornou imortal e reconhecido por todos, deixando-o hoje tranquilo, onde quer que esteja.
20 Revista Energia
Revista Energia 21
Raça do mês
Sheepdog Texto: Karen Aguiar Fotos: Leandro Carvalho
Adriana Campanhã e a fofa Sofia
22 Revista Energia
Este simpático cão pastor difundiu-se principalmente na Inglaterra, e tem como características a inteligência, a afetuosidade, seu jeito e latido inconfundíveis. O Old English Sheepdog (nome original) é um cão de aspecto robusto, musculoso, hábil e de expressão inteligente que, quando caminha ou corre, apresenta um bamboleado típico da raça. Seu corpo é totalmente coberto por uma bela e abundante pelagem longa, que se divide nas tonalidades branca e cinza, acinzentado ou azul. Com temperamento estável, os animais da raça são protetores, fiéis, carinhosos, dóceis e se adaptam facilmente a crianças e outros animais. E não gostam, de jeito nenhum, de ficar sozinhos. A altura média do sheepdog é de 56 cm. Cão de porte grande, musculoso, robusto, pesa em média 35 kg e tem certa tendência à obesidade. As principais características dessa raça são: beleza exótica, inteligência, afetuosidade, simpatia até mesmo com estranhos e seu latido rouco inconfundível. Em relação a doenças genéticas, a médica veterinária Dra. Vanessa Santiago Baviloni afirma que podem apresentar a Dispasia Coxo Femural, como todos os animais de grande porte; Atrofia Degenerativa de Retina, o que leva o cão a ter uma cegueira ao longo do tempo e a Catarata, que também é comum em outras raças. O sheepdog alcançou extrema popularidade graças à sua frequente aparição em anúncios e programas da televisão. No Brasil, o mais famoso foi a protagonista do programa infantil “TV Colosso”, transmitido em 1993. Priscila representava uma assistente de produção meiga e estabanada, que encantava as crianças. E encantada também ficou Adriana Campanhã quando conheceu um sheepdog. Ela conta que sempre teve receio de cachorros grandes, mas tudo mudou quando viajou à Goiás, conheceu um cão da raça na casa de amigos e se apaixonou. “Voltei de lá decidida que iria ter um Old English Sheepdog, mas minha mãe, Magali Campanhã (79), nunca gostou muito de animais e não concordava. Após vários pedidos consegui convencê-la e comprei a Sofia, que já está há nove anos junto com a gente. Hoje as duas são um grude só. Enquanto mamãe assiste TV na sala, ela fica deitada a seus pés, fazendo companhia.” E é isso o que Adriana mais gosta em Sofia: o instinto companheiro e protetor que a pequena notável transmite.
Revista Energia 25
apresenta
Iluminação com sofisticação, produtos e acessórios de qualidade A iluminação é parte importante da construção civil, pois ressalta a beleza e a forma dos ambientes. Projetores, postes, spots, arandelas internas e externas, balizadores, leds, pendentes, embutidos e muito mais. Para iluminar jardins, piscinas e fachadas com bom gosto, excelência e funcionalidade. A BBZ Materiais Elétricos, em parceria com a Biancoluce Iluminação, empresa especializada no ramo com vários anos de experiência no setor, oferece a seus clientes todo tipo de sistemas de iluminação, projetos e acompanhamento para sua obra. Confira essas e muitas outras inovações tecnológicas na BBZ Materiais Elétricos.
BBZ Materiais Elétricos
Rua Bento Manuel, 436 Centro - Jaú/SP Fone: (14) 3601.1964 www.bbzeletrica.com.br
26 Revista Energia
Ambientes iluminados por Biancoluce. Você encontra esses e muitos outros produtos na BBZ Materiais Elétricos
Revista Energia 27
Motor
Carros e detalhes que atraem ou afastam ladrões
28 Revista Energia
Se você perguntar a qualquer pessoa sobre qual o carro mais visado pelos ladrões, ao menos um veículo, independente da marca ou tipo, ele vai citar. Certo?! Mas qual seria o modelo, a cor ou algum detalhe do veículo que faz com que os bandidos nem cheguem perto para tentar furtá-lo? A RE conta aqui para você. Texto Marcelo Mendonça
Fonte: www.4rodas.com.br
E
xistem dois principais motivos pelos quais se pratica um roubo. A revenda dos carros e, o que é muito mais comum nos dias atuais, a de peças no mercado paralelo. Assim, observando quais são as peças e os modelos mais buscados por compradores, é possível identificar também o que os ladrões irão buscar para abastecer o mercado negro. Segundo a Polícia Militar de São Paulo, ainda há outros pontos que explicam a lógica dos furtos. O ladrão procura os carros que serão mais dificilmente localizados pela polícia, e os mais úteis para usarem em novos crimes. Dentro desse contexto, existem também aqueles veículos que espantam os ladrões. Carros com cores mais chamativas, por exemplo, são evitados, pois são mais facilmente localizados depois do roubo. E também pela menor procura no mercado paralelo, onde há dificuldade para a revenda, pois não agradam a todos os gostos e suas peças, devido à cor, são menos buscadas para reposição. Outro quesito que afasta ladrões são os importados, pois são modelos desvalorizados por chamarem muito a atenção. Muitos possuem um sistema de segurança que dificulta a ação dos bandidos. Além disso, por venderem menos, não há uma grande procura, e a demanda de peças para reposição é limitada. Outro fator a ressaltar é o de que a maioria dos carros roubados é resultado de encomendas. Portanto, qualquer veículo pode ser um alvo, desde que haja alguém interessado no mercado paralelo. Porém, modelos menos comuns, apesar de não estarem totalmente protegidos de um furto, acabam sendo menos roubados que os populares, por circularem em menor quantidade.
Detalhes que chamam a atenção Ladrões ficam instigados com carros que possuem rodas grandes e esportivas. Isso porque elas possuem mercado, sendo vendidas facilmente. Carros com rodas mais básicas acabam ignorados pelos bandidos. As Picapes e SUVS, principalmente à diesel, são bem vistas para roubos. O motivo é que o motor à diesel costuma ser mais caro, tendo uma boa procura no mercado paralelo. Outro detalhe importante são os acessórios externos, principalmente carros com estribos e estepes, muito visados pela alta demanda para revenda. O som dos veículos continua atraindo ladrões. Entretanto, como hoje a grande maioria dos carros novos sai da fábrica com rádio original, os ladrões encontram dificuldades para revenda do mesmo. E depois de desinstalado do carro ele pode nem funcionar mais. Outro sistema ainda muito utilizado são as travas de segurança, que inibem a ação do ladrão ao serem avistadas, no entanto, não significa que o equipamento vai evitar o roubo do veículo. Uma dica para proteger seu carro de furtos internos é a colocação do insufilm, que dificulta a visualização de objetos que possam chamar a atenção.
Segundo a Polícia Militar de São Paulo, ainda há outros pontos que explicam a lógica dos furtos. O ladrão procura os carros que serão mais dificilmente localizados pela polícia, e os mais úteis para usarem em novos crimes.
Revista Energia 29
Motor
Fique atento! Os importados, apesar de visados, são difíceis de se revender no mercado negro, além de possuírem um bom método de segurança contra furtos.
Carros mais básicos têm menor valor de revenda, possuem peças mais baratas e poucos acessórios. Os modelos mais equipados são mais visados para o comércio de suas peças.
Carros com cores pouco comuns são evitados pelos ladrões.
Gente Fina
32 Revista Energia
A
Maria José
Com 61 anos de profissão, “Mary Joe” é referência regional quando o assunto é educação Texto Antonio Orselli Fotos Leandro Carvalho
o chegar à casa de D. Maria José, ela já está na janela da sala esperando pela equipe de reportagem da Revista Energia. “Pensei que não viessem mais, estava duvidando muito que conseguissem encontrar motivos para me entrevistar. Não tenho nada de interessante para falar”. Essa é Maria José de Oliveira Soares, 79 anos de idade, 61 deles dedicados à Educação. Mulher de hábitos simples, abandonou uma das poucas paixões recentemente: o cigarro. “Já estou velha demais para isso. Fumei toda minha vida, já estava na hora de parar”. Mary Joe, como é conhecida entre os alunos, ficou famosa por todos lugares onde passou, pois conseguia agir com rigor e ternura ao mesmo tempo. Ou seja, conseguia passar uma bronca daquelas, mas em seguida vinha o afago. “Eu acho que nasci para ser educadora. Não saberia fazer outra coisa na vida”. Supervisora pedagógica do SESI, permaneceu na entidade por mais de 30 anos, onde se aposentou. Em certo momento era responsável pelo conteúdo programático de muitas unidades como Lins, Ourinhos, Bauru, Santa Cruz do Rio Pardo, entre outras. “Cada disciplina, o que seria ensinado em sala de aula, tinha de passar pela minha aprovação primeiro, antes de serem aplicados aos alunos”. A dedicação e a capacidade de supervisionar centenas de professores tornou Maria José numa espécie de lenda regional, tanto que durante muito tempo foi sondada por diversos colégios particulares. Apenas em 1984, após se aposentar, aceitou o desafio de voltar a trabalhar, e mais: aumentar a participação da escola Prevê Objetivo entre as particulares de Jaú. “Multipliquei por cinco o número de alunos em pouco tempo. Nem o pessoal de Bauru, da coordenação do Objetivo, esperava por isso”.
“Eu acho que nasci para ser educadora. Não saberia fazer outra coisa na vida”. Revista Energia 33
Gente Fina
No Brasil, vale a pena ser professor? Claro que vale. Eu agradeço a Deus todos os dias por ter tido o privilégio de trabalhar com educação. Não importa quem são, de onde vêm, se são ricos, pobres, brancos, negros. Para mim são todos alunos que precisam de orientação, de ajuda, de carinho. Foi isso que fiz durante minha vida toda.
É verdade que o astronauta Marcos Pontes foi seu aluno? Sim, ele era menino, tinha uns 15 ou 16 anos. Adorava desenhar aviões, naves espaciais no meio das aulas. Quando vi imagens dele no espaço fiquei tão emocionada que acabei chorando. Só mesmo Deus para me colocar na vida de outras pessoas a ponto de ajudá-las através da educação.
34 Revista Energia
O que mudou? O aluno ou a educação? Ambos. Antes o professor podia se dedicar mais. Dava aulas em uma única escola, muitas vezes numa única classe. Hoje, para conseguir se sustentar, precisa dar aula em vários períodos, tem uma avalanche de documentos para preencher, aulas para preparar. E o aluno também mudou muito. Augusto Cury diz que o jovem perdeu a vontade de sonhar, de ter ideias. Hoje só tem desejos. É desejo de ter um carro importado, dinheiro no banco, essas coisas. Antigamente o aluno sonhava em ser alguém, não havia essa coisa de procurar o curso universitário que pode dar mais dinheiro no futuro. As profissões eram escolhidas por conta de um ideal.
Se pudesse voltar no tempo, mudaria de profissão? De maneira nenhuma. Nunca. Nasci para ser educadora.
A senhora é muito lembrada pelos ex-alunos por causa do temperamento forte, ou no popular, explosiva. Eu não era brava. Gostava de disciplina, de ordem em sala de aula. E cobrava isso dos alunos e dos professores também. O engraçado é que minha memória, aos poucos, vai indo junto com a idade, mas lembro do nome de todos que passaram pelas escolas que dirigi. Ou sobrenome, ou prenome, mas lembro de todo mundo, não esqueço ninguém. Revista Energia 35
Educação
Libras:
comunicação e integração social O ensino e a prática da Língua de Sinais como elevação da capacidade de formar e informar Texto Flávia Cardoso | Fotos Leandro Carvalho Os integrantes da ASJA Adauto, Adrian, Amanda, João, Mariana, Aline e Gabriel sinalizam a marca Energia
A
ssim como o Inglês, Espanhol ou Mandarim, aprender a Língua Brasileira de Sinais, Libras, é um desafio que requer dedicação, raciocínio, prática e muito estudo. Tão complexa quanto a nossa língua materna, com regras específicas e estruturas gramaticais próprias, a Língua de Sinais permite que seus usuários possam interagir com o mundo em constante transformação, expressando ideias, sentimentos e desejos. Tal canal de comunicação dos surdos possibilita-os a feitos significativos, desde compor e recitar poemas até discutir filosofia ou mesmo política. A única diferença é que a forma de transmissão da mensagem possui modalidade visual-espacial. Os sinais seguem parâmetros
36 Revista Energia
com formas de combinação de movimentos que, em harmonia, representam significados. Tais parâmetros estão baseados na configuração das mãos, nos pontos de articulação, nos movimentos, nas expressões faciais e/ou corporais e na orientação/direção dos gestos. Contudo, a Língua de Sinais possui um sistema linguístico legítimo, e não faz apenas uso de meneios soltos para estabelecer frases com significados. É tão natural e cultural como qualquer outro idioma, que possui expressões típicas e contextualizadas, os tais regionalismos que nós, interioranos, conhecemos muito bem! Libras, que já foi reconhecida pela Lei tornando-se oficial no país, é a peça fundamental do processo de inclusão educacional e social.
Ferramenta de transformação A pedagoga Ana Paula Geraldi Penesi, habilitada em educação de surdos, trabalha há 14 anos na área e conta à RE que, quando era adolescente, teve o seu primeiro contato com uma família de amigos surdos e ficou fascinada. “Como estes moços conseguem falar tão rápido com as mãos?”; “Como pessoas assim devem viver?” e “O que eles pensam?” eram questionamentos que não saíam de sua mente, tornando-a pesquisadora e diligente no assunto. Atualmente, Ana Paula trabalha com crianças e adolescentes de 7 a 14 anos que, devido à grande política de inclusão dos alunos surdos, frequentam o ensino fundamental regular normalmente, contando com o apoio das intérpretes educacionais. Duas vezes por semana, num total de 8 horas, vão para a AEE, Atendimento Educacional Especializado, em período contrário ao escolar, onde recebem não só o apoio pedagógico, mas também o trabalho interdisciplinar de fonoaudiologia, também de extrema importância para o pleno desenvolvimento das capacidades de obtenção e exercício do idioma. A educadora explica que realiza apoio pedagógico especializado, agrupando os alunos pelas idades e necessidades educacionais parecidas. “O trabalho em conjunto é necessário para favorecer a comunicação dos discentes e a aquisição da língua e linguagem. Como qualquer outro idioma, é essencial estabelecer contato com o grupo falante e praticar o que foi aprendido”, relata. Hoje, dois dos rapazes surdos que Ana Paula conheceu há 25 anos são professores de Libras, amigos e companheiros de trabalho. Ela conta que tem várias ex-alunas como professoras na ASJA – Associação dos Surdos de Jaú e Região e, diante disso, sente muito orgulho e admiração, pois são jovens estudiosas, inteligentes e muito competentes. Ela acredita que somente os surdos ensinam Libras a toda comunidade ouvinte. São falantes naturais e, assim, o aprendizado da Língua é de melhor qualidade. Em Jaú há três professores surdos na ASJA e um na Secretaria de Educação, da Prefeitura Municipal. A respeito da vida social dessas pessoas a pedagoga conta que, quando adquirem compreensão da linguagem, têm uma
O termo adequado Durante a entrevista com a RE, Ana Paula fez questão de esclarecer que a comunidade surda escolheu o termo “surdo” como referência, pois deficiente é uma palavra que carrega o estigma de incapacidade, o contrário de eficiente. O surdo não é deficiente, mas alguém que usa uma língua diferente. “Torcemos para que os surdos não sejam enquadrados na categoria de educação especial, e sim na categoria bilíngue. Libras sendo a primeira língua e português como a segunda”, defende a educadora.
vida normal. “Eles estudam, trabalham, casam, constituem família, criam os filhos e fortes vínculos com os amigos surdos. Posso dizer que são pessoas muito felizes, pois adoram festas, vão a shopping, cinema, missa, como qualquer pessoa. Tudo isso acontece quando o surdo tem a sua identidade aceita por ele mesmo”, finaliza.
Associação, atenção e orientação A ASJA - Associação dos Surdos de Jaú e Região - foi constituída em 1997, depois de muitos anos de luta por uma sede fixa, adequada e digna para as pessoas surdas da comunidade. Trata-se de uma entidade civil sem fins lucrativos, que atende em torno de 60 associados surdos, aproximadamente 70 alunos ouvintes no curso de Libras e já formou cerca de 300 pessoas. Revista Energia 37
Educação Adauto Caramano, Diretor Social da Associação, relata que o número de surdos em Jaú é bem maior, porém muitos estão escondidos pela família, ou não foram acostumados a conviver com outras pessoas surdas e usar a Língua de Sinais. A Associação atende pessoas mediante visita e preenchimento de formulário, entre 16 e 80 anos, somente os surdos, e de 10 a 60 anos os alunos ouvintes no curso de Libras. Tal atendimento é estendido aos municípios de Barra Bonita, Igaraçu do Tietê, Dois Córregos, Mineiros do Tietê, Torrinha, Bocaina, Itapuí, Boracéia e Bariri. Adauto ressalta que existe certa dificuldade de comunicação encontrada no sistema de ensino regular, devido ao fato de receberem desde muito cedo, como língua materna, o Português e não a Libras, contudo conhece muitos casos de sucesso. Entre diversos exemplos de superação e dedicação infinda, destaca a jovem Mariana Didone. “Ela é oralizada e cursa Pedagogia em Jaú, sendo a única surda da faculdade. Mariana embreex_anuncio_energia_institucional_set.ai 1 22/08/2012 10:11:20
38 Revista Energia
Adauto Caramano e Mariana Didone
foi eleita Miss Surda da ASJA e também ensina Libras na Associação, além de atuar como secretária adjunta”, conta o diretor. Adauto elucida, ainda, que sendo considerados membros de uma cultura rica, porém diferente, com uma língua própria, ideias, crenças, costumes e hábitos específicos, os surdos são livrados da homogeneização, da sensação de invalidez e de menos valia social. Sobre a história e atuação comovente e triunfante da ASJA, o diretor relata parte do depoimento de João Fernando Ramazzine, membro voluntário da diretoria e filho dos idealizadores surdos que fundaram a entidade: “Hoje, com a sede própria da ASJA, temos nosso espaço para manter viva nossa cultura, nossas crenças, nossa língua e nosso espaço social. Realizamos cursos de Libras, palestras para surdos e ouvintes, atuamos de maneira ativa para que a sociedade conheça nossa cultura e respeite nossa língua, nossa comunicação com as mãos e com o corpo, pois é a percepção visual que faz sentido para nós!”
Depoimento de quem vive e convive A RE conversou também com a pedagoga Carolina Zacarias Fabre, habilitada em deficiência auditiva, deficiência física, mental e administração escolar, que atua há sete anos como professora em sala de recursos, nas cidades de Igaraçu do Tietê e Jaú. Ela conta que todo o atendimento direcionado às pessoas com comprometimento auditivo visa ao conhecimento e à exploração do mundo, pesquisando, raciocinando e levando-os a compreender, relacionar e comparar, no papel e nas reais situações do cotidiano.
Carolina compartilha a opinião de que o ensino de Libras é importantíssimo, tanto para os surdos e seus familiares quanto para todos os jauenses. “O surdo faz parte do grupo de consumidores, de trabalhadores e cidadãos que lutam pelo progresso de nossa cidade, e, por este motivo, devem ser considerados não só pela sua existência, mas pela sua cultura e língua, reconhecida como meio legal de comunicação e expressão desde 2002”. A docente afirma que o acesso à Língua de Sinais está próximo de todos, em cursos oferecidos nos estabelecimentos públicos e privados, nas escolas públicas para professores, nas faculdades nos cursos de licenciatura e, principalmente, na ASJA, lugar pelo qual Carolina mantém imensa admiração e gratidão. “Conhecer a Associação é uma experiência única, um contato real e uma surpreendente troca cultural!”, declara. Indagada sobre a maior satisfação profissional da carreira, a professora confessa ser a colaboração com os surdos, não apenas na divulgação de sua língua materna, mas em poder oportunizar a eles um ensino de qualidade, uma escola cada dia mais adequada, suprindo suas reais necessidades enquanto crianças, adolescentes e adultos, levando-os a ler, escrever e interpretar o mundo sem sofrimento e longe das angústias e fracassos. E finaliza: “Enquanto educadora, além da alegria e satisfação, tenho respeito, responsabilidade e dever de proporcionar a todos o prazer em estudar e aprender. Convivo e aprendo todos os dias com meus alunos e com os surdos que já passaram pela minha vida. Agradeço e persisto nesta caminhada!”
A ASJA comemora festa de debutante Em outubro de 2012 a Associação completa 15 anos com várias comemorações agendadas para esse período. Um campeonato esportivo será realizado no dia 13, com times de surdos de várias associações e, no mesmo dia, também acontecerá a festa à fantasia, com direito a prêmios, DJ e muitas surpresas. Informações: www.asja.com.br
Revista Energia 39
Energia Garota
Por Cláudio Bragga
Paula Carvalho
Apelido: Paulinha Data de nascimento: 16/06/1991 Mulher bonita: Jeniffer Lopez Homem bonito: Ricardo Tozzi O que mais gosta no corpo: Olhos Música que gosta: We are young - Janelle Monáe Perfume: Far away Comida: Massas Filme: As Branquelas Não vive sem... Família e amigos Frase: “Vá firme na realização da sua meta, porque o pensamento cria, o desejo atrai e a fé realiza”, L. Tevisan Sonho: Me realizar profissionalmente
Ficha técnica:
Looks: Garbin Modas Fone: (14) 3624.8635 Cabelo e make: Jessé Professionnel Fone: (14) 3621.7772 ou (14) 3624.9888 Locação: Estação do Som
Quer ser Garota Energia?
Acesse o nosso site e saiba como: www.energianaweb.com.br
40 Revista Energia
Paula Carvalho
Revista Energia 41
Termômetro da saúde A cada página, mais saúde e informação para você!
Unimed
Um bom começo
Pedalar faz bem Página 45
Destaques
ANS-nº 30676-2
Unimed Regional Jaú conquista Selo de Responsabilidade Social Núcleo de Atenção à Saúde obtém importantes reconhecimentos
Expediente Ano 3 - Edição 8 Jaú, setembro de 2012 Informativo Saúde! é uma publicação da Unimed Regional Jaú Presidente: Antônio José Craveiro Faria Vice-Presidente: Dr. Paulo De Conti Superintendente: Dr. Paulo Fernando Campana Secretário: Dr. José Carlos Berto
Assessora de Marketing e Comunicação: Fernanda de Almeida Jornalista Responsável: Nádia De Chico - MTB: 46538/SP Redação/Fotos: Fernanda de Almeida, Gisele Magi e Nádia De Chico Diagramação: Revista Energia - Marina Titato Colaboração: Felipe Azevedo Silva
Distribuição: Revista Energia Informativo Saúde! Rua Álvaro Floret, 565 - Vila Hilst - Jaú/SP Cep: 17207-020 Central de Relacionamento: 0800 10 53 33 www.unimedjau.com.br Elogios, críticas e sugestões de pauta nadia.chico@unimedjau.com.br
Revista Energia 43
PALAVRA do PRESIDENTE
f
Prezado Leitor,
irmamos uma feliz parceria com a Revista Energia, o que nos possibilita ampliar o leque de divulgação de todo o trabalho executado pela Unimed Regional Jaú. Dr. Antonio José Esse jornal era feito apenas para Craveiro Faria Diretor Presidente nossos beneficiários, em um inforda Unimed Regional Jaú mativo de seis páginas, e somente a cada quatro meses. Um esforço muito grande do nosso departamento de Marketing para concluí-lo, e que postado chegava até nossos clientes. Hoje, após essa ação conjunta com a Revista Energia, teremos um informativo dentro da revista, mensalmente. Destarte, tanto nossos beneficiários que tenham acesso à revista, como aquelas pessoas que desconheçam nosso trabalho poderão ser informados. A Unimed Regional Jaú é uma Cooperativa de Trabalho Médico, empresa que contribui sobremaneira para o engrandecimento e desenvolvimento de Jaú e região. Fazem parte de nossa área de atuação as cidades: Jaú, Bariri, Barra Bonita, Bocaina, Boracéia, Brotas, Dois Córregos, Igaraçu do Tietê, Itajú, Itapuí, Mineiros do Tietê e Torrinha. Esperamos assim divulgar de maneira mais abrangente o que é a Unimed Regional Jaú. Muito Obrigado!
Patricia Ap. Longhi - Assistente SociaL, Marina Palmezan - Enfermeira, Dr. Ramiro Teixeira Hernandes: Coordenador do NAS, Sueli Maria Marques de Oliveira Cardoso, Ana Roberta Mansera Contarteze, Mateus Viegas Medina - Enfermeiros.
Novos Médicos Cooperados Unimed
CANCEROLOGIA/HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA Ederson Roberto de Mattos Rua das Palmeiras, 44 - Vila Assis Fone: (14) 3601.7666 PSIQUIATRIA CARDIOLOGIA/CLÍNICA MÉDICA Carlos Manuel Trecente Critovão Igor Alexander de Souza Rua José Lucio de Carvalho, 558 Rua Salvador de Toledo, 336 - Centro Vila Carvalho Fone: (14) 3641.2279 Fone: (14) 3622.7377 / 3622.1022 CIRURGIA PLÁSTICA ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Luis Felipe Araújo de Moraes Prado Jose Roberto Pengo Júnior Av. João Franceschi, 765 - Jardim Alvorada Rua Paissandu, 1302 - Centro Fone: (14) 3621.6206 Fone: (14) 3624.1686
Saúde em dia
44 Revista Energia
Núcleo de Atenção à Saúde
da Unimed Regional Jaú ganha reconhecimentos O NAS da Unimed Jaú tem alcançado excelentes resultados, reconhecidos pelo Sistema Unimed e entidades nacionais. Os programas destacados são o de Gerenciamento Médico de Pacientes Idosos e o de Gerenciamento de Portadoras de Osteoporose Pós-menopáusica. Recentemente, as Unimeds de Salto-Itu e São Roque estiveram em Jaú com a equipe do NAS. “Estas visitas propiciaram o conhecimento dos nossos programas e a avaliação da sua implantação nestas Singulares, o que já vem ocorrendo após estes encontros”, afirma o médico coordenador do NAS, Dr. Ramiro T. Hernandes. O Dr. Ramiro esteve ainda na Unimed S. J. Rio Preto, a convite do Coordenador de Auditoria daquela Singular, ministrando uma palestra para cooperados e gestores sobre os resultados que Jaú vem obtendo com os programas Muito Idosos e Osteoporose Pós-menopáusica. Outro reconhecimento importante foi o convite feito pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para que Unimed Jaú participasse da “Oficina de Programas de Promoção de Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças: Resultados, Perspectivas e Tendências”, em reunião com técnicos da DIPRO (Diretoria de Normas e Habilitação de Produtos) sobre programas considerados sucesso pela Agência. No Brasil, apenas doze Operadoras foram convidadas, entre elas a Unimed Jaú, cujo programa indicado pela ANS foi o “Muito Idosos”. Com sua participação, a Unimed Jaú contribuiu com a análise de perspectivas dessas experiências para a gestão do cuidado em saúde, em particular a do idoso. O Dr. Antonio J. Craveiro Faria, presidente da Unimed Jaú, avalia estes reconhecimentos como consequência da seriedade e compromisso com que a cooperativa investe em medicina preventiva e promoção de saúde – tendência para os cuidados com a saúde dos beneficiários. O NAS de Jaú possui uma equipe multidisciplinar sob a supervisão técnica do Dr. Ramiro Hernandes e conta com Dra. Luisa Sajovic De Conti na discussão cotidiana dos casos dos pacientes. Possui programas nas áreas de Hipertensão, Diabetes, Antiobesidade, Curso de Cuidadores, Curso de Gestantes, Cuidados para Muito Idosos e Osteoporose Pós-menopáusica – todos gratuitos para beneficiários da Unimed Jaú. A equipe da Unimed Jaú está bastante orgulhosa destes reconhecimentos, que comprovam as vantagens do investimento em medicina preventiva e promoção de saúde, confirmando esta tendência como um dos pilares da gestão em saúde.
Pedalar faz bem! Texto Equipe de Comunicação Unimed do Brasil • 20 Março 2012
Está querendo praticar alguma atividade física, mas não sabe exatamente qual? Pois apostar em andar de bicicleta pode ser uma boa pedida. E, além de fazer bem à saúde, o esporte ainda pode virar seu meio de transporte e até contribuir para a preservação do meio ambiente, já que ajuda a diminuir a poluição e traz agilidade na locomoção.
S
egundo o ortopedista Gilson Kuroda, da Unimed Maringá, pedalar “é uma atividade aeróbica que fortalece a musculatura do corpo, melhora a condição cardiovascular, movimenta as articulações (o que contribui para a lubrificação articular), melhora o equilíbrio e até diminui o estresse”.
O trabalho corporal De acordo com o médico, ao optar por utilizar a bike para se exercitar, grande parte da musculatura do corpo será trabalhada: os membros superiores e peitoral, ao guiar a bicicleta; a musculatura abdominal e lombar, ao equilibrar-se no aparelho; e a musculatura dos quadris, coxas, panturrilhas e pés, ao pedalar. Apesar de a bicicleta ser um aparelho esportivo de fácil acesso (há para todos os gostos, idades e bolsos) nem todo mundo pode sair por aí pedalando sem antes passar por uma avaliação cardiológica e ortopédica. “Hoje em dia, pelo fato das bicicletas ergométricas serem de baixo impacto e seguras, ficou mais fácil para as pessoas que não apresentam condição física apropriada realizar uma atividade física. Aquelas próprias para as ruas, trilhas ou competições devem ser adotadas por quem tem força muscular e equilíbrio adequados”, ressalta.
Outra questão importante é que, na hora de pedalar, não é recomendável utilizar roupas pesadas. “Também é bom ressaltar que não devem ser utilizadas vestimentas largas, que entram em constante atrito com o corpo ou com a própria bicicleta. A preferência deve ser por roupas específicas para a modalidade, com proteção para quedas, e chamativas, para brilhar em condições de pouca luminosidade, além de meias e tênis apropriados e confortáveis”, diz.
Quer utilizar a bike como meio de transporte? Se você resolver apostar na bicicleta para ir ao trabalho, é bom ficar atento a alguns itens de segurança, além dos já citados ali acima: estudar o trajeto em dias mais tranquilos e optar pelo mais seguro, não pelo mais próximo; evitar atrasos para não precisar acelerar; utilizar proteções como capacetes (que pode evitar traumatismos cranianos em caso de queda) e luzes frontais e traseiras; trafegar no mesmo fluxo dos carros – para facilitar as conversões; sinalizar com os braços quando for mudar de pista ou realizar conversão; e obedecer à sinalização.
“Pedalar é uma atividade aeróbica que fortalece a musculatura do corpo, melhora a condição cardiovascular, movimenta as articulações, melhora o equilíbrio e até diminui o estresse” Gilson Kuroda, ortopedista
Revista Energia 45
Programa Félix forma mais uma turma de Informática Os alunos da 15ª turma de Informática do Projeto Félix de Dois Córregos receberam certificados de conclusão de curso em Junho. Este programa de inclusão digital é patrocinado pela Unimed Regional Jaú em parceria com a Sociedade Civil Projeto Coragem de Dois Córregos. Estiveram presentes na solenidade os assistidos do Projeto Coragem, o Presidente Antônio de Pádua de Souza , a Vice-Presidente Mara Silvia Haddad Scapim, o Diretor Vice-Presidente da Unimed e Coordenador do Projeto Dr. Paulo De Conti, o membro do Conselho Fiscal Dr. Leonardo Dante C. Carmesini e o Monitor de Informática Éverton Fernando de Oliveira. “Sem dúvidas o curso preparou esses adolescentes para o mercado de trabalho. Desejo sorte a eles e que aproveitem a oportunidade.” diz Souza, o presidente do Projeto.
1. Diretores do Projeto com os formandos 2. Os responsáveis pelo Projeto: Dr. Leonardo Dante C. Carmesini, Antônio de Pádua de Souza, Dr. Paulo De Conti, Mara Silvia Haddad Scapim e Éverton Fernando de Oliveira
O Coordenador do Programa Félix, Dr. Paulo De Conti, considera a parceria com o Projeto Coragem bastante interessante. “Nesses 8 anos estamos não só fazendo a inserção desses jovens carentes na informática, mas capacitando-os para atividades de trabalho no comércio, na indústria e lavoura onde, cada vez mais, os conhe-
Projeto Vida Iluminada
A Associação Mulher Unimed (AMU/Jaú), por meio do Projeto Vida Iluminada doou óculos, gravador e telelupa para alguns dos assistidos da Associação e Movimento de Assistência ao Indivíduo Deficiente (AMAI). O Projeto promove a inclusão social, educacional e profissional das pessoas cegas e com baixa visão, atua na prevenção da deficiência visual e cria oportunidades de vivenciarem experiências diversificadas, o que contribui para o desenvolvimento dos seus potenciais, autoestima e autoconfiança.
Tainá Fernanda Lopes Ezequiel recebendo a Telelupa das responsáveis da AMU
Saúde em dia
46 Revista Energia
cimentos em informática são pré-requisitos necessários para um emprego digno. Esta parceria em Dois Córregos já capacitou 308 alunos.” conclui De Conti. O Programa Félix assiste adolescentes carentes entre 14 e 17,5 anos já cadastrados no Projeto Coragem. O curso tem duração média de quatro meses. Nas aulas os alunos aprendem a utilizar o Windows, Word, Excel, Power Point e Internet.
Projeto Coragem O Projeto Coragem existe há 18 anos e atende cerca de 250 crianças e adolescentes de 07 a 17,5 de ambos os sexos dentro de cinco programas diferentes: Programa Félix de Informática, Espaço Amigo, Adolescente Aprendiz, Projovem Adolescente e Medidas Socioeducativas. Aproximadamente trezentos jovens estão na lista de espera. Atualmente, cerca de treze empresas mantêm parceria com o Projeto. “Há um contrato de trabalho entre empresa e entidade onde os adolescentes são registrados pela entidade e repassados para as empresas parceiras. Toda a assistência ao adolescente é prestada pela entidade.” explica o presidente Antônio de Pádua de Souza que conta, ainda, que a Artepack é uma das empresas parceiras mais antigas do projeto.
Responsabilidade Social: Projeto Arte Eficiente ganha espaço entre várias lojas em Jaú
O que motiva a continuidade e manutenção do trabalho coordenado pela Amu-Jaú é a grande motivação dos assistidos do Projeto que superam suas deficiências dia a dia.
As embalagens produzidas pelo Projeto Arte Eficiente, idealizado pela Associação Mulher Unimed de Jaú (Amu/Jaú), já podem ser encontradas no comércio de Jaú. De acordo com a Diretora Presidente da Amu, Dra. Ana Clotilde Sajovic De Conti, as embalagens e sacolas degradáveis são confeccionadas por doze assistidos, com ajuda de voluntários e por uma professora de artesanato que orienta e faz a revisão dos produtos. “Essas embalagens contribuem com o meio ambiente, inserem os nossos assistidos no mercado de trabalho e aumenta a renda familiar.” explica Ana Clotilde. O Projeto Arte Eficiente é desenvolvido pela Associação Mulher Unimed de Jaú (Amu/Jaú) em parceria com a Associação e Movimento de Assistência ao Individuo Deficiente (Amai) e consiste na confecção de artesanato, com propósito de venda, cuja renda é revertida integralmente aos assistidos do Projeto, pessoas com deficiência física, auditiva e visual.
Adquira algumas destas embalagens para uso próprio.Você estará colaborando com o meio ambiente e com a inclusão. Contato para encomendas das embalagens e sacolas degradáveis do Projeto: Fone: (14) 3626.2461 (AMAI)
Unimed Regional Jaú conquista Selo de Responsabilidade Social A Unimed Regional Jaú conquistou por mais um ano a certificação do Selo de Responsabilidade Social. Este selo é oferecido pela Unimed do Brasil à cooperativas que promovem ações de Responsabilidade Social de forma justa, ética e sustentável. Para alcançar a certificação, anualmente é necessário responder à pesquisa de indicadores de Responsabilidade Social que abrange sete itens: Valores e Transparência, Público Interno, Comunidade, Meio-Ambiente, Fornecedores, Clientes e Governo e Sociedade, além de preencher o Balanço Social e cadastrar os projetos sociais no Portal Unimed. A Unimed Regional Jaú responde os indicadores desde 2005 e hoje encontra-se no estágio 2, que vai de 1 a 4. Isto significa que a cooperativa tem clareza em relação à importância da Responsa-
bilidade Social estar na gestão estratégica da organização, e que busca constantemente mensurar resultados e benefícios dos investimentos na área social, ambiental e econômica. Hoje, a Unimed Regional Jaú mantém os seguintes projetos sociais: Programa Felix em parceria com a Sociedade Civil Projeto Coragem da cidade de Dois Córregos que tem como objetivo a inclusão digital para jovens carentes e o Projeto CTU (Centro de Treinamento Unimed) em parceria com a Secretaria de Esportes de Jaú e o Sesi que direciona meninas entre 07 e 14 anos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida através da prática do basquetebol. Na Unimed há projeto Reciclar é Viver, voltado aos colaboradores que visa a conscientização em separar o lixo produzido em casa e no trabalho, e encaminhá-lo para a reciclagem. A conquista do Selo de Responsabilidade Social em 2012 é para a Unimed um estímulo, para que cada vez mais possa contribuir com o desenvolvimento da nossa sociedade.
Termômetro da saúde Unimed Saúde em dia
Revista Energia 47
Tendências QuemfezJahu
Major Prado Texto Heloiza Helena C. Zanzotti
Francisco de Paula Almeida Prado nasceu em Itu, no dia 13 de fevereiro de 1821. Após a morte de seu pai, como não havia recebido nenhuma propriedade rural de herança uma vez que, na época, somente o filho mais velho tinha direito de receber bens produtivos, mudou-se para Indaiatuba, onde morou com sua primeira esposa, Izabel Xavier de Almeida Prado, de quem ficou viúvo em 1866. Considerado um benfeitor, Francisco de Paula Almeida Prado esteve em Jaú pela primeira vez em 1862 e achou que a vila tinha futuro, embora ainda tenha mantido sua residência por mais três anos em Indaiatuba por considerar Jaú ainda carente de melhorias. Segundo o memorialista Sebastião Teixeira, o Major Prado contava que, naquela época, um alemão passou pela Vila do Jahu e, por achá-la muito pouco desenvolvida, disse que “ela não podia ser nem Lambari, quanto mais Jahu”, fazendo uma alusão aos tamanhos dos peixes e à proporção da vila recentemente formada. Mas o Major pensava diferente e veio para fazer dinheiro. Filho de donos de engenho, aqui chegou já com alguns bens e 40 escravos. Casou-se novamente em 1867 com Anna Joaquina Ferraz, na época com 18 anos e já viúva por duas vezes. Foi líder político do partido conservador, major pela guarda nacional durante o Império, delegado na Vila de Jahu e sócio fundador do Banco Melhoramentos de Jaú. A RE conversou com o tataraneto do Major Prado, Guilherme Eduardo Almeida Prado de Castro Valente, 45, professor. Ele contou que seu tataravô era muito querido, recebeu muitas homenagens, gostava muito de cantar, ouvir ópera e era muito religioso. “Ele até comprou um órgão alemão e doou para a igreja matriz”, diz Guilherme. E ainda contou que Major Prado também doou terreno e chácara para a construção da Santa Casa, onde há uma ala com seu nome e outra com o nome de sua esposa, Anna Joaquina. Segundo pesquisas realizadas por Guilherme em um trabalho que escreveu sobre nosso homenageado, Francisco de Paula Almeida Prado foi conquistando espaço na vida social da Vila do Jahu e mostrando seu lado articulador. Foi juiz municipal suplente e um dos principais articuladores da criação da comarca jauense. Também
48 Revista Energia
formou a Companhia Agrícola, no século dezenove, para aumentar o volume de café e otimizar seu processo de produção, o que era novidade na ocasião. Com o auxílio de seu filho mais novo do primeiro casamento, Francisco de Paula Almeida Prado Filho, administrava suas propriedades rurais que, quando faleceu, somavam três fazendas: Riachuelo (que ganhou este nome em uma homenagem do Major à batalha da Guerra do Paraguai), Mandaguahy e Monte Alegre. Major Prado e Anna Joaquina foram casados por 37 anos e moravam ora na Fazenda Mandaguahy, ora na cidade de Jaú, na rua que hoje leva seu nome e cuja casa, atualmente, é a Casa Paroquial. Também tem seu nome a Escola Estadual Major Prado, construída em 30 de agosto de 1914 e inaugurada em 15 de novembro do mesmo ano. Faleceu em 1904, aos 83 anos, e está sepultado no Cemitério Municipal de Jaú.
Informe Publicitário
Dor de dente... você tem?
Quando um dente dói, é só tomar remédio que melhora? Sempre que um dente dói, significa que tenho que fazer um tratamento endodôntico (conhecido popularmente por tratamento de canal)? Muitos são os mitos que envolvem este assunto, no entanto, sentir qualquer dor nos dentes é um sinal que não deve ser ignorado, mesmo que ela desapareça sozinha. A dor pode ser resultado de diferentes fatores. Talvez a mais comum seja uma dor fraca, causada geralmente pela ingestão de alimentos e bebidas gelados – a sensibilidade. É comumente relatada como uma “pontada momentânea”. O bruxismo – ou o ranger dos dentes - também pode gerar um desconforto e/ou sensibilidade. Nestes casos o tratamento com restaurações, o uso de pastas de dentes próprias para sensibilidade e o uso de placas acrílicas para dormir aliviam a sensação de dor. Outro evento que pode gerar a sensação de dor é quando algum dente está erupcionando (surgindo) na boca. Acontece na infância, quando as crianças começam a trocar os dentes de leite pelos permanentes, e nos adultos, com a erupção dos dentes do ciso. No entanto, alguns tipos de dor precisam da atenção imediata do cirurgião-dentista. Se você sentir uma dor forte quando morder, por exemplo, pode ser que tenha uma cárie, restauração solta, dente quebrado ou polpa danificada (tecido interno do dente que contém vasos sanguíneos e nervos). A dor que permanece por mais de 30 minutos depois de se ingerir comidas quentes ou frias também pode indicar dano na polpa, causada por cáries profundas ou traumas no dente. A dor de dente clássica, com dores fortes e constantes, inchaço e sensibilidade é definitivamente um mau sinal. “É um sinal de que algo está errado com a nossa boca e que devemos procurar o cirurgião-dentista para que o mesmo possa iniciar o tratamento, associado ou não ao uso de medicamentos”, explica o Dr. Marcelo Madalena. A prevenção ainda é o melhor tratamento. Porém, ao primeiro indício de que algo está errado, não deixe de procurar um cirurgião-dentista. Procure nossa equipe do IOM – Instituto Odontológico Madalena, que está à sua disposição para esclarecer dúvidas e realizar as melhores opções de tratamentos.
Revista Energia 49
Capa
Estimação: Fácil notar! Durante as fotos e entrevistas foi nítido perceber a forte relação entre os donos e seus animais 50 Revista Energia
Exótica estimação A Revista Energia, esse mês, está animal. Separamos relatos de pessoas que não se contentam em ter somente um cão ou um gato como animais de estimação. Adoram o diferente e contam aqui um pouco dessa experiência. Texto Karen Aguiar e Marcelo Mendonça | Fotos Leandro Carvalho
O Brasil possui, em seu meio ambiente, a maior biodiversidade do planeta, o que representa cerca de 20% de tudo o que há de vida na Terra. Em seu território, com cerca de 8,5 milhões de km², as estimativas apontam pelo menos de 43 a 49 mil espécies de plantas e 103.870 espécies de animais. Entre estes animais, o Brasil abriga 517 espécies de anfíbios, 468 de répteis, 524 de mamíferos, 1.622 de aves, cerca de 3 mil peixes de água doce e uma fantástica diversidade de artrópodes: só insetos, são cerca de 15 milhões de espécies. Componentes desta fauna riquíssima, os animais silvestres são espécies que têm como habitat natural a floresta nativa, e são dos mais exuberantes e encantadores seres da biodiversidade brasileira. Papagaios, jabutis, macacos, tucanos, fazem parte desta variedade de espécies que podem ser ameaçadas pelo tráfico ilegal de animais. Com o intuito de preservação e conservação deste patrimônio nacional, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) afirma que ter um animal silvestre de estimação requer grande responsabilidade, respeito às características e comportamento do animal. Cuidados com a alimentação, prevenção de doenças, fornecimento de abrigo e segurança. Pensando nisso o órgão, a partir de 1993, publicou diversas portarias e instruções normativas, com o intuito de ordenar a criação de animais silvestres em casa. Ainda segundo o IBAMA, é crime ter animais silvestres em casa, quando este é capturado de seu habitat ou quando é comprado em estradas, cativeiros, comércios que não possuem o registro do instituto ou quando não se sabe a origem do animal. E o que leva alguém a ter um animal silvestre ou exótico? Confira algumas dessas histórias nas próximas páginas.
mas já grandona, com seus 30 a 40 dias de vida. “Hoje ela tem pouco mais dois anos e, apesar de ser uma ave, é uma grande companheira”. Questionado sobre como Lara demonstra esse afeto, Bruno conta que ela deita junto dele no sofá, faz carinho e, algumas vezes, até dorme ao seu lado. “O mais engraçado é quando sento para tomar cerveja e comer amendoim, não preciso nem chamar, ela vem e me acompanha, pede o aperitivo, deita de barriga para cima a fim de receber carinho. Gosto mesmo é de animais assim, que expressam sentimentos”. De fácil convívio, a arara-vermelha costuma imitar a voz dos seres humanos e é assim que Lara, todos os dias às 6h da manhã, chama o dono para ser alimentada. “Ela é muito rigorosa com o horário do lanche. Damos a ela frutas, arroz branco e acabamos nos adaptando aos horários em que ela deseja se alimentar. Lara é muito mimada, isso sim”, diz Bruno aos risos. As araras-vermelhas, assim como Lara, são aves que medem em média de 73 a 95 cm de comprimento, pesam até 1,5 kg e vivem cerca de 60 anos. Apesar de serem aves com excelentes voos, preferem fazer acrobacias e trepar em galhos. E é por isso que Lara fica livre em casa e, mesmo sem cortar suas asas, ela não vai embora. “Tomo todos os cuidados e dou toda a atenção possível e necessária para que ela se sinta o mais feliz possível”, finaliza Bruno.
Bruno e sua arara Lara
Grande companheira Bruno Ruiz Nani não queria ter mais um animal de estimação daqueles bem convencionais, por isso procurou informações sobre como possuir um através dos meios legais. “Sempre gostei muito de animais em geral. Frequentemente visitava zoológicos, ficava horas olhando os viveiros. Como sempre preferi animais de porte grande, busquei um criador licenciado e fiz o pedido da minha arara-vermelha”, conta ele. Após a aquisição, Bruno comenta que chegou a ir ao aeroporto de Ribeirão Preto para buscá-la, ainda bem novinha, Revista Energia 51
Capa João e as filhas Jaqueline e Gabriela com a arara Lolita
A pequena Angelina com suas cobras Mel e Patrício
Isso sim é estimação Marion Salmazo sempre foi apaixonada por animais. Em casa é o cãozinho Shih-tzu Chuck quem recebe Marion no portão depois de um longo dia de trabalho. Bom, até ai nada de anormal certo?! O que chama a atenção nessa história é que o cachorrinho tem uma concorrência pouco comum no coração dessa dona. Há alguns meses Marion ganhou um presente de um amigo: duas Corn Snakes, uma espécie de cobra encontrada nos milharais dos Estados Unidos e que não faz parte da fauna brasileira. Um réptil muito fácil de se manter em uma residência. “Elas ficam no viveiro, feito exclusivamente para elas. Sempre tive medo de cobras, mas isso passou depois que conheci a espécie e ganhei o casal, Mel e Patrício. Minhas filhas os adoram”. Luiza (10) e Julia (12) não veem problema, mas também não costumam ficar com elas nos braços; já Angelina, a mais novinha, de apenas 3 anos é vidrada nos bichinhos. Segundo um dos veterinários do Hospital Veterinário Araujo (HVA), Leonardo Gonçalves de Oliveira, esse tipo de cobra não apresenta perigo nenhum para seu dono. “Elas não possuem veneno e suas presas não são projetadas.” Existem registros que esses bichinhos possam viver até 20 anos o que, sem dúvida nenhuma, agrada a todos da família Salmazo, que adotaram de verdade os novos amigos. O cachorrinho Chuck tem uma concorrência pouco convencional, mas todos ali têm amor de sobra. 52 Revista Energia
Donos do pedaço João Bergamasco e as filhas Jaqueline e Gabriela são apaixonados pela Sociedade Esportiva Palmeiras. Torcedores daqueles que, numa quarta-feira qualquer, pegam o carro e se mandam para a capital para ver o verdão em campo. Maior que esse amor pelo verdão é a paixão pelos bichinhos da casa onde a família mora. Lolita e Jhonny. Uma Arara-Canindé e um macaquinho Sagui de Tufo Preto, de apenas um ano. “Sempre tive vontade ter um animal silvestre, mas na antiga casa não tínhamos um local adequado”, conta Gabriela. Os bichinhos vivem, a maior parte do tempo, soltos pela casa, sempre aos cuidados das irmãs que os tratam com todo o carinho do mundo. “Quando recebemos amigos, familiares que ainda não conhecem Jhonny e Lolita, eles acabam se assustando, pois realmente não é muito comum”, conta Jaqueline. Gabriela relembra um fato engraçado que aconteceu com a arara de estimação, após uma fuga. Ela foi capturada pelo Corpo de Bombeiros e, após muito procurar, receberam a notícia de que a haviam encontrado. “Quando fui retirá-la o bombeiro duvidou que ela fosse minha. Levei todos os documentos que comprovam, mas na hora nem precisou. Assim que ela me viu começou a gritar de alegria e chamar por meu pai”. Jaqueline, que é mais apegada a Jhonny, conta que para o macaquinho tudo é motivo de brincadeira. “Ele gosta
Jaqueline e o sagui Jhonny
muito de se esconder para que eu o encontre. Além disso, ele é muito engraçado e vive brincando de guerrinha de frutas”. Uma verdadeira figura.
Não é silvestre, mas é exótico!
O comerciante Valdir Chacon Manzine sempre foi um apaixonado pelo campo, nasceu no sítio e ainda pretende se mudar para lá no futuro. A missão da equipe de reportagem da Revista Energia, naquele dia, era registrar um animal de estimação pouco tradicional que a família possui: o galinho Tarzan. Valdir conta que Tarzan veio do cruzamento de uma galinha e um galo pequeno (galize). “Fui fazendo cruzamentos com galinhas da mesma espécie e a tendência é que o tamanho diminua cada vez mais, gerando uma raça bem apurada”. Infelizmente, quando chegamos para registrar o charmoso Tarzan, o galinho estava doente. Tarzan tem dois anos e quase todo dia vai ao veterinário. É um cuidado incrível que Valdir tem com o bichinho. O galinho recebe ração no bico três vezes ao dia. Segundo ele, Tarzan tem um problema genético que faz com que ele não consiga se equilibrar para andar, por isso pretende desenvolver uma espécie de cadeirinha para ele se mover mais facilmente depois da sua recuperação. Valdir lembra que a família possui uma tradição em possuir animais pouco comuns. A filha do casal, Alessa, aos cinco anos cismou em ter um carneiro de estimação. “Tratávamos ele com mamadeira e tudo, mas quando ele cresceu demais tivemos que deixá-lo no sítio”, diz aos risos. Valdir conta, com orgulho, que na casa também existem as pombinhas africanas, um coelho e três gatos. O quintal onde seria uma piscina é o local onde vivem os animais, os xodós da família. “Depois que eles chegaram por aqui a ideia da piscina ficou em segundo plano. De qualquer maneira, conseguimos cumprir nossa missão, uma família unida ainda mais pela paixão por esses bichinhos.” Os gatos, um coelho, a pombinhas, o cãozinho, as galinhas e Tarzan, o mais valente, mesmo sem uma espora, defeito de nascimento. O galinho ainda vai levar um tempo para se recuperar e alguém duvida que, com tanto carinho e atenção, ele não vai conseguir?
Valdir e seu galinho Tarzan
Revista Energia 53
Capa
Nádia Cespedes, estudante do último ano de Medicina Veterinária, faz parte da equipe do HVA que atende várias especialidades e tratamentos
O HVA oferece atendimento veterinário completo que inclui moderno centro cirúrgico, laboratório próprio, instalações para internação e hospedagem, completa aparelhagem e laboratório para exames. Uma equipe de profissionais competentes e experientes, reconhecidos por qualificada atuação e a certeza do melhor tratamento veterinário.
54 Revista Energia
HVA
O Hospital Veterinário Araujo (HVA), inaugurado em 2006 pelo jauense e médico veterinário Giovani Araújo, formado pela UNESP de Araçatuba/SP, atende e realiza todas as especialidades e procedimentos médicos destinados a vários tipos de animais de estimação como cães, gatos e também animais silvestres (calopsitas, tartarugas, iguanas, papagaios, cobras). Contando com uma equipe de 10 veterinários, 12 funcionários e 6 estagiários que cumprem a grade curricular do curso de Medicina Veterinária em várias cidades da região, o hospital possui o que há de mais moderno em equipamentos de diagnóstico e tratamento de alta qualidade. Ao perguntarmos sobre a motivação para a instalação de um centro veterinário especializado desse tipo, Giovani explica que durante o curso de veterinária realizou estágios em várias cidades e, com isso, conseguiu analisar vários mercados para a área. Com a vontade de retornar a Jaú e investir em sua cidade natal decidiu inaugurar o Hospital Veterinário Araújo. Ele explica, ainda, que o título de hospital somente é liberado às clinicas após comprovação de vários pré-requisitos. “Entre as exigências do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) estão o atendimento 24 horas, internação e meios de diagnósticos, sejam eles laboratoriais ou de imagem”.
Como na medicina humana, a veterinária conta hoje com profissionais especializados para cada tipo de problema que seu animalzinho possa apresentar. De acordo com Giovani, o veterinário clínico geral é aquele que acompanha o animal desde o nascimento, zelando pela saúde e prevenção de doenças, mas, quando necessário, ele irá encaminhá-lo a um especialista que irá tratar de problemas específicos. “E esses profissionais podem ser encontrados aqui na equipe do HVA”, conta ele. Como é o caso de Leonardo Gonçalves de Oliveira, um dos veterinários do hospital, que cursa Especialização Clínica e Cirúrgica de Animais Exóticos. “Concluí a graduação em 2006, na Universidade de Uberaba-MG, e sempre gostei de todos os tipos de animais, mas, sem dúvida, exóticos e silvestres, pela beleza e diversidade, são os mais intrigantes”. Leonardo ressalta que para os animais desse gênero é importante a alimentação correta e a recriação do habitat natural, incluindo a atenção com a temperatura do viveiro.
Hoje você já tem um lugar para levar seu animalzinho silvestre sem medo, e com a garantia de qualidade nos serviços prestados.
Leonardo, veterinário do HVA, cursa Especialização Clínica e Cirúrgica de Animais Exóticos
Revista Energia 55
Look de artista
56 Revista Energia
Revista Energia 57
Fotografia Leandro Carvalho Modelo Larissa Abreu Beleza Jessé Professionnel Style Vestylle Megastore Joias Érica Módolo 58 Revista Energia
Revista Energia 59
Varal
Fotos Leandro Carvalho
Conexão Modas:
Arezzo:
Rua São Sebastião, 15 Fone: (14) 3622.8477
Jaú Shopping Piso Superior Fone: (14) 3416.7737
M. Officer:
Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.0831
Maria Bonita Acessórios: Fone: (14) 9727.4949 | 8134.9169
60 Revista Energia
Ana Maria Fitnes:
Rua Marechal Bitencourt, 82 Fone: (14) 3624.7276 - Jaú Rua Tiradentes, 415 Fone: (14) 3652.6454 Dois Córregos
Cintya Barros:
Rua Lourenço Prado, 841 Fone: (14) 3622.4945
Menfis Modas:
Rua Tenente Navarro, 619 Fone: (14) 3626.8108
Érica Módolo:
Fone: (14) 8128.1900
Revista Energia 61
Varal
Vestylle Megastore: Rua Edgard Ferraz, 281 Fone: (14) 2104.3500
Gold Silver:
Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.1858
Revista Energia 63
Look
kids
Por Leandro Carvalho
64 64Revista RevistaEnergia Energia
Crianรงas
Giovana Blasioli Gabriel Souza Bueno
Revista Energia 65
Moda
Por Caroline Pierim
moda@refistaenergiafm.com.br
Inverno para oVerão O verão de 2013 vem com muitas tendências. Uma das apostas é o metalizado, tanto em roupas quanto em acessórios, que no Brasil chegou junto com a SPFW. Tecidos metalizados, que passeiam por tons de ouro, cobre e prata, dominaram as passarelas nacionais e internacionais, e prometem conquistar as ruas nesta temporada. O brilho chega democrático. Vale investir em peças metalizadas até para o dia! As mais discretas podem escolher slippers, oxfords ou sneakers com esta proposta, deixando o ponto de brilho apenas nos pés. Já as mais ousadas devem apostar em blusas, saias e até em calças metalizadas. Para o visual não ficar over, invista em complementos básicos, como regatinhas brancas. Assim seu look ficará equilibrado e cheio de estilo!
66 Revista Energia
Colares, bolsas e cintos reluziram nas passarelas do Fashion Rio e da SPFW tornando-se ótimas maneiras de ingressar devagarinho na tendência do metalizado. Um toque glamuroso ao look e até mesmo um jeito de deixar uma produção básica mais chique. Roupas e Acessórios: Hot Seven Rua Amaral Gurgel, 555 Centro - Jaú Fotos: Leandro Carvalho
Revista Energia 67
Fitness
Por Marcelo “Tchelinho” Macedo
Salto
alto
Q
ual mulher não gosta de usar salto alto? Ainda mais aqui, em Jaú, capital do calçado feminino. Sem dúvida, este acessório se tornou um dos maiores símbolos das mulheres. O salto alto traz um toque de elegância e sensualidade, mas o uso excessivo dele pode causar danos à saúde. Por estilo ou por necessidade profissional, o uso se torna constante, assim como as dores na coluna, problemas no joelho e até o encurtamento dos músculos posteriores da coxa e panturrilha. Mas os problemas não param por aí. A maior porcentagem de danos causados pelo uso do salto alto é refletido na coluna. Os sapatos com o salto muito alto deixam os calcanhares muito elevados, jogando o corpo para frente, deslocando o centro de gravidade, causando uma hiperlordose lombar, o que compromete a postura. Por conta desta inclinação, a distribuição do peso do corpo se concentra na articulação do joelho, provocando uma sobrecarga que se transforma em dores fortes. Para prevenir estas lesões, principalmente na coluna lombar e no joelho, o mais indicado é o alongamento e o fortalecimento muscular, para estabilizar a articulação e diminuir o risco de alteração do alinhamento articular e postural. Para manter todos os músculos bem fortes e resistentes é importante um treinamento preventivo de força, principalmente dos músculos da coluna, abdomens, glúteos, posteriores de coxas e panturrilha, que estão diretamente envolvidos, além de um plano de alongamento de toda cadeia posterior.
68 Revista Energia
1 2
Rodízio
O ideal, ainda, é fazer durante a semana um rodízio entre saltos altos e baixos, evitando que os pés se acostumem apenas com um tipo específico de salto. Quando o uso do salto é diário, é recomendável usar no máximo 4 cm. Mas nada de saltos finos, os mais grossos são os mais indicados, pois dão maior sustentação e equilíbrio para o corpo.
Alongamento
E para você, que não fica sem um salto alto, anote a dica principal: faça sempre alongamentos e exercícios de fortalecimento específicos, pois eles evitam problemas articulares, na coluna e as dores constantes.
Revista Energia 69
club
Social
social@revistaenergiafm.com.br
Até amanhecer
A Expo Jaú 2012 foi um sucesso. Além dos estandes comerciais, o parque e os grandes shows, a Banawá Barraca Universitária foi uma atração à parte e reuniu uma galera animada e bonita, que assistiu de uma visão privilegiada aos grandes shows da festa, com todo o conforto de bar exclusivo, garçons, além das baladas com Djs e várias bandas que agitaram o espaço vip da expo. Fórmula de sucesso. A RE esteve lá e registrou um pouco de cada noite dessa festa pra você !
2
3
4 3 70 Revista Energia
1
5
4
2
3
6
7
Foto: Leandro Carvalho
8 1. Joici Bolsoni e Juliana Aguirre 2. Karen Rinaldi e Lucas Vieira 3. Tiago Bellini, Marcos Budin e Giuliano Bellini 4. Patricia Barbaresco, Rachelle Scapol e Juliana Parenzin 5. Mariana Cicogna, Juliana Rossi e Bianca Saab 6. Tauane Bravi, Gabriela e Jaqueline Bergamasco 7. Agnes Krup e Claudia Grosso 8. Caio Prado e Mara Rinaldi
Revista Energia 71
club
Social
Novo point da região A expectativa era grande e correspondeu a todos que foram conferir a inauguração da Choperia Coqueiro, no distrito de Potunduva. Com estacionamento próprio, área verde, Chopp Brahma na temperatura certa e uma grande variedade de porções, lanches, saladas e bar completo, o local proporciona um ambiente propício para encontros com amigos, família ou um programa mais a dois. Inaugurada no último dia 22, a Choperia Coqueiro fica na entrada de Potunduva, no bairro Olaria. Confira um pouco da noite de inauguração da Choperia Coqueiro.
1
1. Paulo Alexandre Silva e Rosimeire Ramos 2. Wilson Batista e Robson Gomes 3. Luiz Fernando de Oliveira, Claudio Nascimento e Tiago Gomes 4. Gabriel Maicá, Catira Maicá, Natália Pátaro e Giselda Pátaro
3
72 Revista Energia
2
4
Loja Charlote
Para você, que busca sempre inovar seu look de uma maneira moderna e elegante, acaba de chegar a Jaú a loja Charlote, inaugurada no último dia 11, oferecendo acessórios, perfumes importados, colares, bolsas e roupas masculinas e femininas. Uma ótima opção. Vale a pena conhecer!
Alessandra Rios
Cristian, Tamires e Enzo Mussio
Quem esteve na Barraca Universitária Banawá pode conferir, durante todas as noites, um show diferente após as apresentações no palco oficial. Uma dessas atrações foi a cantora Alessandra Rios. Com seu jeito simples, linda como sempre, arrancou aplausos e pedidos de bis da galera. Você confere as canções de Alessandra Rios na programação da Energia FM!
É Capricho A bela Barbara Fernandes já foi Garota Energia. Depois entrou para a Agência Mega e, esse ano, participou do concurso cultural da Revista Capricho. Ela ficou entre as 35 selecionadas de cerca de 200 mil meninas entre 14 e 17 anos de todo o país, que concorreram no concurso. Hoje, elas são responsáveis por alimentar o Blog da Galera, onde falam sobre beleza, cultura e viagens. Barbara já tem até um fã clube no twitter @foreverwithuBaF Instagram: barbarafernandes_
Exposição De 25 de setembro a 4 de outubro será realizada a mostra fotográfica do grupo jauense Trilhas & Trilhos, no piso térreo do Jaú Shopping, mostrando registros das paisagens e lugares que o grupo já visitou durante longas caminhadas. A exposição conta com um painel histórico, que apresentará de maneira simples e ilustrada, imagens e histórias de alguns trechos das ferrovias da nossa região e de paisagens registradas pelos caminhos que o grupo percorreu. Na foto, o grupo durante a caminhada pelos trilhos da serra de Botucatu/SP. Revista Energia 73
club
Social
Ballet
Tamirys Candido (nossa bailarina da edição 21) e os amigos vieram da Alemanha para o Brasil num evento de dança em Barra Bonita, realizado pela Academia da D. Cidinha, mais conhecida como a mãe da nossa estrela. Cidinha faz um trabalho do tipo “caça-talentos” e, neste evento, os jovens bailarinos se apresentam e são julgados concorrendo a uma bolsa de estudos em sua escola para, com muito esforço e dedicação, alcançarem posteriormente o mundo, como fizeram Tamirys e seus amigos, que vieram como convidados e jurados do evento.
Pablo dos Santos, Tamirys Candido, Cidinha Candido e Jonathan dos Santos
O.A.B. 80 anos
Advogados de Jaú e região se reuniram no dia 23 de agosto para festejar os 80 anos de instalação da 20º Subseção da OAB na cidade. O evento serviu também para comemorar o 11 de agosto, que celebra o início dos cursos jurídicos no Brasil.
Ops!
Valdete Ferruchi, secretária de adjunta; Sergio Beloto, secretário geral; Julio Vicente, Presidente; Edson Tomaseli, tesoureiro; Nilton Mantelli, vice
Na edição anterior da RE mostramos como é feito o adestramento de cães policias, seus métodos e sua importância nas missões em que são enviados. Porém, não registramos os nomes dos profissionais que receberam nossa equipe. São eles: soldado Coelho com o cão Aruck, cabo Gasparotto com Darac, tenente Amauri, soldado Francisco com Ozzy, soldado Tadeu com Belfort e soldado Patelli com Fanton.
Lessandro da Silva, Adriana da Silva, Brenda Vendrame e Florinda Peres Lopes
Casa nova
A Vest Jeans está de casa nova. Mais ampla e com mais opções, fez sua reinauguração e a RE esteve lá para conferir as novidades. Adriana de Lourenço comemora com sua equipe o sucesso de mais essa conquista. Você, que procura qualidade e bom preço, conheça a nova Vest Jeans.
Spaatz
Diego Paschoalini, Mariana Gambarini e Bruna Paschoalini
Os jovens Diego e Bruna Paschoalini acabam de inaugurar um espaço cheio de novidades sobre o que as meninas mais amam: sapatos, sapatos e sapatos! Uma loja linda, com o toque de carisma dos irmãos que estão sempre antenados nas novidades do mercado
70 anos! Maria Antonieta Nicola Avante recebeu de seus filhos (Adalto, Marcelo, Wesley, e Daniela Avante) uma festa surpresa realizada na casa de eventos Zöe, festa completamente animada, sem falar na presença dos netos que abrilhantaram a comemoração e a Escola de Samba da Vila XV, que deu um show à parte!
Revista Energia 75
Gourmet Por Mario Netto
Cuscuz Marroquino Ciao a tutti
Este mês trago para vocês uma receita muito comum aqui na área mediterrânea da Itália. Leve, nutritiva e ao mesmo tempo muito saborosa e fácil de preparar. É o cuscuz marroquino com frutos do mar. O cuscuz marroquino não é um prato genuinamente italiano, mas é muito difundido em toda a Itália e muito usado aqui no sul. Esse prato, na Itália, é servido como uma espécie de entrada, ou como eles dizem aqui: é um “primo piatto”, muito versátil. Pode ser servido frio ou quente e em todos os tipos de ocasiões, e como todas as receitas aqui na Itália, existem várias derivações e cada região a faz de uma forma. A receita que trago é muito usada aqui na Sicília. Bom, vamos ao que interessa.
Ingredientes Para 4 pessoas: Para o cuscuz marroquino: 270 ml de água 250 g de cuscuz marroquino 2 colheres de sopa de azeite de oliva 30 g de manteiga sal a gosto
Para os frutos do mar: 2 dentes de alho 1 cebola média 50 g de mariscos 200 g de camarão 200 g de ervilha 200 g de tomate cereja 150 g de lulas cortadas em anéis 200 g de vongole 100 ml de vinho branco 4 colheres de sopa de azeite de oliva pimenta do reino a gosto 1 colher de sopa de cebolinha picada 3 colheres de salsinha picada muito fina sal a gosto
Mario Franceschi Netto Formado pelo SENAC Águas de São Pedro e pelo Instituto ALMA de Cucina Italiana, já trabalhou no Grande Hotel Águas de São Pedro, Café de la Musique em São Paulo, Ristorante Gellius em Oderzo Vêneto e, atualmente, trabalha no restaurante La Gazza Ladra em Módica, na Sicília.
modo de Preparo Para preparar o cuscuz com frutos do mar, comece colocando em uma panela a água, uma salpicada de sal, 2 colheres de azeite de oliva e leve à ebulição. Nesse ponto, acrescente o cuscuz aos poucos, apague o fogo. Com a ajuda de uma colher nivele o conteúdo da panela e deixe repousar por 5 minutos. Logo após, adicione a manteiga em fogo baixo e cozinhe por mais 5 minutos, sempre mexendo com um garfo. Apague o fogo e, ainda com o garfo, mexa o cuscuz até que ele fique solto. Enquanto esta mistura descansa, em outra panela coloque 2 colheres de azeite de oliva, a cebola picada finamente e frite-a em fogo baixo até que ela fique transparente. Nesse ponto adicione a ervilha e um pouco de água até que elas fiquem ao dente, mais ou menos 10 minutos e reserve. Numa outra panela, aqueça 4 colheres de azeite de oliva e frite o alho amassado. Quando o alho estiver frito, acrescente a lula, o camarão, o vongole, o marisco e deixe fritar por cerca de 2 minutos, depois acrescente o vinho branco. Quando o álcool se evaporar, junte as ervilhas e os tomates cortados em 4, cozinhe tudo por mais ou menos uns cinco minutos. Se necessário, acrescente um pouco de água quente para finalizar o cozimento dos frutos do mar. Após esse cozimento resultar numa espécie de molho com a água que soltar dos frutos do mar e do vinho branco, então, junte a salsinha e a cebolinha, adicione sal e pimenta do reino moída e acrescente o cuscuz mexendo delicadamente com uma colher. Se você deseja servir quente, mexa o cuscuz em fogo baixo até atingir a temperatura desejada. Se desejar frio, mexa delicadamente fora do fogo e deixe esfriar em temperatura ambiente. Essa é uma receita base; se quiser pode acrescentar outros frutos do mar como vieiras, polvo, cubos de peixe, etc. Ou, para facilitar mais ainda, você pode comprar aqueles “preparados” para paella e colocar na mesma quantidade dos frutos do mar dessa receita.
Buon apettitoi saluti a tutti! 76 Revista Energia
guia da gula
guia gastronômico
sabores para todos os paladares
Ponto do churrasco
Foto: Leandro Carvalho
Na Churrascaria Ponto do Churrasco você e sua família podem saborear a melhor e mais suculenta carne de toda a região! Churrasco com sabor e requinte gaúcho, feito no capricho por quem mais entende do assunto. Nesta edição, destacamos a apetitosa Costela Bovina e o Miolo da Alcatra, algumas das especialidades da casa! Experimente você também! Rodízio completo, além do mini rodízio todos os dias no almoço e às terças e quintas-feiras no jantar. A Churrascaria Ponto de Churrasco espera por você de terça a domingo, das 18h30 às 23h30. Rua Quintino Bocaiúva, 1427, Centro - Jaú. Fones: (14) 3626.7326 e 3416.0856
choperia coqueiro Procurando um ambiente agradável, bom atendimento e deliciosas porções? Confira a qualidade que só a Choperia Coqueiro pode oferecer! São várias as porções quentes especiais. Entre elas, escolhemos a Picanha Aperitivo: 400g de picanha de boi precoce, com porções de pão e, como opções de acompanhamentos, são sugeridas batata frita, mandioca frita ou polenta, todos com o toque especial da chef de cozinha Issara Ractz Batista. Av. Santa Catarina, 1695, Olaria - Distrito de Potunduva. Fone: (14) 3629.2673 Facebook: choperiacoqueiro@hotmail.com
Revista Energia 77
vida
Boa
Comida e celulares
78 Revista Energia
Por João Baptista Andrade
Lá na gloriosa cidade de Monte Alto, onde nasci, o povo costuma se preocupar com as coisas, mesmo que elas sejam corriqueiras. Quando algo não está a contento ou requer modificações, costuma-se dizer que aquilo “não orna”! É preciso imaginar o som da expressão com um erre muito comprido, arrastado mesmo, para entender a sutileza da fala interiorana. Pois é, usar telefones celulares em restaurantes é uma coisa que não orna! Pura e simplesmente. Tem coisa mais irritante que um fulano falando em voz alta na mesa ao lado? Pior ainda, você se envolvendo (quem escuta uma conversa se envolve, pois não?) em assuntos que não lhe dizem o menor respeito? Eu acho engraçado observar que o mundo está se transformando numa grande cabine telefônica... A todo o momento somos bombardeados por conversas que deveriam ser privadas. O que quero eu saber do “adevogado” do cavalheiro de camisa esporte (ele pronunciou esse “e” que inexiste na profissão em questão), ou da consulta ginecológica da senhora de vestido claro? Gente, uma refeição é um momento tranquilo, um oásis em meio às atribulações do cotidiano. Pode ser um encontro de amigos, uma celebração familiar, ou um romance em curso. Não é a hora certa de ouvir campainhas, sirenes, musiquinhas variadas e, horror maior, assuntos discutidos com a boca cheia. Outro dia eu estava
observando um jovem casal no restaurante e percebi que eles mal trocaram algumas palavras durante todo o almoço. Cada um digitava (usando os polegares) em seu próprio telefone e, entre uma garfada e um gole de suco, mostravam seus respectivos aparelhos um para o outro. Confesso que fiquei meio abestalhado, mas eu sou um parvo mesmo, portanto, devo estar errado. Minha namorada e eu comemos fora com muita frequência. Ambos gostamos muito e temos lá os nossos rituais. Um deles é que a conversa não pode mencionar assuntos tabu: trabalho, doenças, problemas de família ou fofocas de qualquer natureza. Minha santa mãe ensinou-me, ainda em criança, que só é possível mencionar uma pessoa ausente durante a refeição quando for para elogiá-la. Toda vez que eu me esquecia disso o chinelo dela fazia a gentileza de me lembrar... Outro ritual nosso é desligar o celular. Pode parecer pouca coisa, mas melhora muito a qualidade da refeição e do relacionamento. Portanto, meus leitores, lanço aqui uma cruzada civilizadora para acabar com a falta de educação que nos rodeia: cinemas, igrejas e restaurantes não ornam com o uso de celulares. Por favor, desliguem. Obrigado. Para terminar, uma dúvida que me corrói desde o advento dos celulares nos anos 80 do século passado: Por que as pessoas falam mais alto e caminham quando usam celulares? Só porque é telefonia móvel?
Vinhos
Por Paulo Agnini Especial para Revista Energia
O controle da produção Maior quantidade significa menor qualidade. A aceitação dessa regra de ouro é inerente às regulamentações de denominações de origem da maioria das nações vinicultoras da Europa. Na França, algumas áreas limitam sua produção a 3,5 mil litros por hectare, ou até menos, embora Bordeaux seja cultivada para generosos 5 mil a 6 mil litros por hectare.
Os vinhos regionais (vin de pays) têm permissão para produzir até 8 mil litros. Na Itália, os limites são expressos como a quantidade de quintais (100kg) de uvas por hectare, com um limite sobre a quantidade de suco que pode ser extraído de cada quintal. É amplamente aceito que, em partes da Alemanha e da Itália, as produções sancionadas oficialmente são altas demais para garantir boa qualidade, e as associações dos melhores viticultores, tais como a VDP (Verband Deutscher Pradikats un Qualitasweinguter - “Associação dos Produtores de Vinhos de Qualidade Superior”), na Alemanha, insistem em produções menores para seus membros. O novo mundo, até agora, não tem nenhuma regulamentação a esse respeito - o que, tendo em vista sua filosofia de “laissez-faire”, não é surpreendente. No entanto, os viticultores conscientes conhecem muito bem os efeitos prejudiciais de uma produção grande demais, e muitos deles ao perceber que sua colheita poderá ser excessiva, realizam uma “colheita verde” no verão. Isso inclui a remoção de parte da possível colheita, para que a videira concentre sua energia em amadurecer o que resta. Outros podem afirmar que isto perturba o equilíbrio natural da videira e que o ideal seria que a colheita fosse regulamentada mediante uma poda inteligente. Entretanto, o aquecimento global, o plantio de porta-enxertos e clones produtivos muitas vezes obrigam até mesmo os viticultores mais conscientes a uma colheita prematura. A prática tem ainda outras vantagens: os cachos remanescentes amadurecerão mais cedo, o que é útil em regiões onde pode ocorrer chuva ou granizo durante a colheita, e as uvas mais bem espaçadas serão menos suscetíveis a apodrecer no tempo úmido.
Revista Energia 79
Atenção
A extração responsável e o Pré-sal brasileiro
Foto: Divulgação
O
Brasil atravessa, desde os anos 70, um contínuo crescimento nas opções de energia renováveis. No decorrer do denominado milagre econômico do período militar, estabeleceu-se o principal mecanismo de obtenção de energia em nosso país: as hidrelétricas. Elas respondem por quase três quartos de toda a matriz energética brasileira, ficando o resto dividido entre as energias provenientes da biomassa, das fontes eólicas e solares, assim como de combustíveis fósseis, como o gás natural e do Petróleo. É esse último recurso que vem sendo tema de debate no Brasil, após a chegada da era do pré-sal. Antes de qualquer outra análise, é importante lembrar que o petróleo encontrado no subterrâneo do Oceano Atlântico, no sudeste brasileiro, é um recurso do qual o país não pode abrir mão. Contanto que a extração desse recurso não renovável ocorra acompanhada de um elevado controle ambiental, haverá um aumento na riqueza dos municípios e Estados
Texto Ricardo Izar
Deputado Federal Ricardo Izar é economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal.
costeiros que perfazem a área explorável, e que não pode ser simplesmente desconsiderado, são os chamados royalts do petróleo. Os recursos financeiros obtidos dessa exploração devem ajudar a fomentar e tornar possível o aumento da fatia energética, derivado de energias limpas e renováveis, como a eólica e a solar. Diferentemente da hidráulica, que oferece elevados riscos para a biodiversidade do país, quando instalada em áreas que gozam de proteção ambiental, essas fontes são basicamente inofensivas para o meio ambiente, e com um elevado potencial em nosso país. É importante lembrar que, até pouco tempo, o país não possuía produção suficiente de petróleo para o abastecimento interno, isso posto, era dependente do recurso importado da África e do Oriente Médio. Todavia, a partir de 2007 o país atingiu a autosuficiência de tal forma que, atualmente, a produção é de aproximadamente 2,3 milhões de barris ao dia, o que supera o consumo, que é de 2,2 barris diários. Com o início da exploração do pré-sal, o montante atual deve crescer vertiginosamente ao longo dos próximos anos, e o país se tornará um proeminente exportador dessa commodity. Apesar dos desafios que essa exploração vislumbra, tais quais os mais de R$ 600 bilhões que serão gastos para viabilizar a perfuração de poços de petróleo localizados em profundidades superiores a 400 metros, os brasileiros devem ver esse momento como um ponto de virada para o país, sem esquecer os imensos progressos obtidos por meio das fontes renováveis, e que devem ter continuidade.
Revista Energia 81
Aero Clube
As mil faces do
A.E.R.O. Escola de aviação, salão de baile, espaço de show e muitas outras utilidades foram dadas a um dos lugares mais frequentados da cidade Texto Renata Giacomeli
A
história do Aero Clube de Jaú é tão grandiosa que pensar em contar tudo nas próximas páginas parece um tanto quanto pretencioso. Porém, resgatamos alguns episódios da trajetória desse local que faz parte da história da cidade e da vida de seus moradores. O Aero Clube foi inspirado no jauense e herói nacional João Ribeiro de Barros e foi criado com a intenção de ter natureza esportiva, com finalidades relacionadas à navegação aérea, porém, o local se tornou muito mais. Além de formar aviadores, o Aero Clube foi palco dos mais importantes eventos realizados na cidade. Apenas para servir como exemplo, podemos citar a coroação da rainha da Escola Técnico Industrial, o lançamento do primeiro LP da orquestra jauense Continental, apresentações da orquestra jauense Capelozza, entre outros eventos tão esperados pelos moradores de Jaú, como carnavais, bailes de aniversário da cidade, bailes caipiras, bailes de formatura e os bailes das debutantes.
“Concede-me a honra dessa contradança?”
Foto: Divulgação
Como os bailes eram anunciados com antecedência, havia tempo suficiente para as moças comprarem um sapato novo, um chapéuzinho e mandar fazer aquele vestido longo, de cinturinha fina, geralmente em cores claras e suaves. Os rapazes também separavam seu terno e gravata, na época gostavam muito de terno branco. Feito isso, era só esperar o grande dia. E quando este dia chegava os rapazes se deslocavam de um lado para outro do salão e perguntavam para as moças: “Concede82 Revista Energia
1935: A prefeitura adquiriu dois imóveis através de desapropriação, que foram unificados em 1983;
1948: O Executivo abriu concorrência pública para
o usufruto temporário do terreno, com a condição de que alguma associação esportiva e recreativa da cidade construísse ali a sua sede, a fim de desenvolver atividades sociais e de utilidade pública;
1949: O Aero Clube de Jaú foi declarado, por escritura
Caso as moças rejeitassem o convite do rapaz (a chamada “tábua”), não poderiam dançar com mais ninguém até o fim da noite. Se a moça ousasse aceitar um segundo convite, era confusão na certa
A linha do tempo
pública, usufrutuário do imóvel, uma área de 8.651,67 m². A responsabilidade seria construir a sua sede social e, embora isso não tenha acontecido, ela não restituiu o imóvel e mais tarde construiu a sede do clube, averbada posteriormente. A associação que passou a ocupar o local tentou por muito tempo registrar o usufruto, porém, nunca conseguiu;
1952, 1953 e 1954:
A entidade recebeu recursos do município e do Estado para obras de aeroporto e cursos de pilotagem;
1980: Foi promulgada a lei que concedeu direito real de uso da associação por 30 anos, mas essa autorização não foi formalizada em escritura;
1984: Na reforma dos estatutos, a entidade se
desligou completamente de todos os vínculos relacionados à aeronáutica e aviação, e ainda alterou sua denominação para Associação Esportiva e Recreativa Olímpica (A.E.R.O.). Porém, quando a associação foi fundada, deveria ser de natureza esportiva, com finalidades relacionadas à navegação aérea, inspirada no jauense e herói nacional João Ribeiro de Barros;
2001: Através de uma iniciativa do vereador José Carlos Zanatto, o prefeito da época revogou o usufruto da associação e iniciou as medidas judiciais para a retomada do imóvel;
2011: O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
manteve a decisão de primeira instância dada em Jaú, em 2 de fevereiro de 2009. A decisão permitiu que o município retomasse todas as dependências do A.E.R.O. sem ter que arcar com indenização pelas benfeitorias ali executadas.
Revista Energia 83
Aero Clube
-me a honra dessa contradança?” Caso as moças rejeitassem o convite do rapaz (a chamada “tábua”), não poderiam dançar com mais ninguém até o fim da noite. Se a moça ousasse aceitar um segundo convite, era confusão na certa.
Os anos dourados Se você fez parte da juventude jauense nos “anos dourados”, ou parar para conversar com aqueles que fizeram, certamente vai ouvir o nome do Aero Clube em muitos relatos. Maria do Carmo Ignácio Colatto frequentou o local, na época em que as saias e vestidos rodados balançavam ao som de sucessos como “O Calhambeque” de Roberto Carlos e “Pare o Casamento” de Wanderléa. Segundo ela, o ambiente era tranquilo e as festas começavam e terminavam bem mais cedo que as festas de hoje. Ela se recorda que existia uma barreira invisível no salão: de um lado ficavam as pessoas com maior poder aquisitivo e do outro as pessoas com menor poder aquisitivo. “Foi lá que eu conheci uma amiga com a qual tenho amizade até hoje. Tenho muitas lembranças dos bailes da época no Aero Clube; quando a noite terminava, ficava aquele gostinho de quero mais e todos não viam a hora de chegar a próxima festa”.
84 Revista Energia
Dos rockeiros aos coloridos Os anos foram passando e o Aero Clube passou também a receber exposições, concursos e shows de diversos estilos musicais. Prova disso é que o clube recebeu os metaleiros fãs do grupo Angra em 2006, o Sepultura em 2009 e os fãs coloridos do grupo Restart, que se apresentou em 2010 no mesmo local. Pois é, embora não tenha sido criado para isso, foi no Aero Clube que muitos jauenses tiveram a chance de conhecer manifestações culturais e artísticas, participarem de concursos de beleza e conhecerem os seus ídolos sem sair da cidade. Quantas pessoas se conheceram por lá? Quantos casais se formaram? São dados difíceis de contabilizar, mas uma coisa é certa: o Aero Clube já presenciou muitas histórias.
Revista Energia 85
Trânsito
Siga as dicas
Se você tem carro ou moto, nunca é demais saber... 25 de Setembro é o Dia Nacional do Trânsito. E nesta edição, algumas regras importantes que, se respeitadas, podem evitar grandes problemas. Fique ligado!
Você sabia que dirigir com a habilitação recolhida ou suspensa pode gerar multa de R$ 957,70? E tem mais, a maioria dessas infrações acontece por desatenção ou falha durante o aprendizado, o que comprova a importância da qualidade no ensino. Então, preste atenção a estas informações: Dirigir sem habilitação pode ocasionar uma multa de R$ 574,62 e o proprietário do carro ou moto, além de ter o veículo apreendido, terá que cumprir suspensão de dirigir e ainda fazer o curso de reciclagem. 80% dos cursos de reciclagem feitos na cidade de Jaú, por condutores de motos, são pela falta ou uso incorreto da viseira, sendo que a multa é de R$ 193,53 e gera suspensão na habilitação por, no mínimo, 30 dias. 86 Revista Energia
A grande maioria das colisões de carro e moto são por causa do desrespeito às sinalizações, como os sinais de “Pare” e os semáforos; assim como a falta do uso das setas e o desrespeito para com os pedestres. Crianças menores de 7 anos não podem ser transportadas em motocicletas: além de ser ilegal é perigoso e o motorista pode ser penalizado com 7 pontos e multa de R$191,53.
Seja esperto, evite multas e acidentes!
Revista Energia 87
88 Revista Energia