Distribuição gratuita - Venda proibida
Jaú - Ano 4 | Edição 32 | Mensal - Abril 2013
Rafaela Vicco
Brechós, nada de lixo só luxo
Segmento quebra estigmas e ganha cada vez mais espaço
Homens na cozinha Eles dominam a arte da culinária
Literatura A magia nas histórias infantis
gente fina
Euclides Francisco Salviato
2 Revista Energia
Editorial
Ano 4 – Edição 32 – Jaú, Abril de 2013 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação mensal da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286
“Tudo tem origem nos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos.”
Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br
A
Editora de texto: Karen Aguiar redacao@revistaenergiafm.com.br Criação de anúncios: Raul Galvão arte@revistaenergiafm.com.br
Repórteres Karen Aguiar Marcelo Mendonça jornalismo@revistaenergiafm.com.br Diagramação BV Gráfica (14) 3622-2851 Projeto gráfico: Revista Energia Fotografia e Produção Fotográfica Leandro Carvalho foto@revistaenergiafm.com.br Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colunistas Alexandre Garcia Antonio Paulo G. Trementocio Caroline Pierim João Baptista Andrade Marcelo Macedo Mário Franceschi Netto Paulo Agnini Professor Marins Wagner Parronchi Colaboraram nesta edição Antônio Orselli Érika Lopez Flávia Cardoso Ricardo Izar Jr. Comercial Caio Belotto Francelin Jean Mendonça Joice Lopez Moraes Sérgio Bianchi Silvio Monari
Foto: Cláudio Bragga
Assistente de redação e revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br
frase é do mestre da literatura infanto-juvenil, Monteiro Lobato. Sonhar, imaginar, criar são fundamentais para as crianças que atualmente estão perdendo este hábito pela imersão em tantas tecnologias. Emília, Pedrinho, Visconde de Sabugosa e outros personagens criados pelo escritor despertaram em muitas gerações o gosto e o prazer da leitura, um tesouro a ser resgatado. A Revista Energia traz, nesta edição, a importância de estimular e desenvolver crianças para a leitura e a riqueza das obras de Monteiro Lobato. Abril também traz entrevista exclusiva com o simpaticíssimo colega de profissão Carlos Nascimento, sempre gentil aos nossos convites e apelos; ele fala da sua história, carreira, família e realizações. Confira também as seções que são marcas registradas da Revista Energia: Moda, Fitness, Atualidades, Boa Vida, Gourmet e muito mais! Falando em deliciosas receitas, conheça homens que dominam a arte da cozinha e provocam inveja em muitas mulheres! Fique à vontade para devorar todas as páginas da Revista Energia de abril e aguarde, porque em maio teremos o Caderno Especial Noivas, o melhor de Jaú e região, para preparar o casamento dos sonhos! Boa leitura!
Impressão: Gráfica São Francisco Distribuição: Pachelli Distribuidora Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624-1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br
Maria Eugênia
A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, anúncios e informes publicitários.
Revista 3
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NESTA EDIÇÃO 06 Perfil 18 Imprensa 24 Literatura 32 Finanças 36 Tradição 38 Sustentabilidade 76 Atualidades 82 Estilo de Vida 86 Religião
Literatura Um passeio pelo universo encantado de Monteiro Lobato
SEMPRE AQUI 10 Radar 12 Jurídico 14 Pense Nisso 16 Especial Profissões 22 Raça do Mês 23 DPI 28 Gente Fina 34 Garota Energia 40 Unimed 46 Quem Fez Jahu 48 Capa 53 Look de artista 58 Varal 62 Look Kids 64 Moda 66 Fitness 68 Social Club 78 Gourmet 79 Guia da Gula 80 Boa Vida 81 Vinhos 85 Empresarial
53 Look de Artista
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ÍNDICE
28 Gente Fina: Euclides Francisco Salviato
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Varal: Peças para arrasar em qualquer ocasião
Distribuição gratuita - Venda proibida
Jaú - Ano 4 | Edição 32 | Mensal - Abril 2013
Rafaela Vicco
Brechós, nada de lixo só luxo
Segmento quebra estigmas e ganha cada vez mais espaço
HOMENS NA COZINHA Eles dominam a arte da culinária
LITERATURA A magia nas histórias infantis
GENTE FINA Euclides Francisco Salviatto
Nossa capa: Rafaela Vicco Foto: Leandro Carvalho Produção Gráfica: BV Gráfica Beleza: Tide Júnior Style e Locação: Lola Retrô
Perfil
Danilo Friedl Texto Da redação
moda. “De tanto ouvir que tinha perfil, decidi participar, em 2007, de um concurso aqui em Jaú, porém, só passei pela primeira fase e aprendi sobre a área, medidas, etc. Achei a profissão e o retorno muito bacana e então me preparei para as próximas seletivas de moda.” “Pensei em desistir, porém, algo sempre me fazia não abandonar a área”. Para quem acha que é tranquila a carreira de modelo, e que alcançar o sucesso é coisa fácil, Danilo conta que quase desistiu da profissão. “Participei de vários concursos, tinha muitos gastos com viagens e não obtinha retorno”. Desiludido, o jovem retomou e concluiu a graduação em 2010, e já estava com um trabalho na área em vista, quando uma agência do interior o convidou para um ensaio; ele aceitou e assinou contrato para agenciamento.
Fotos: Divulgação
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profissão de modelo é uma das mais cobiçadas por jovens no Brasil. Quem nunca sonhou em desfilar numa passarela com dezenas de fotógrafos em volta; ser convidado para as melhores campanhas e ainda ganhar um dinheirão com isso? Mas não pense que é fácil: a partir de relatos é possível ver que para seguir esta carreira é preciso muita determinação, pés no chão, disciplina e desprendimento. Conhecidas mundialmente, duas lindas jauenses são sucesso no mundo da moda, Cristina Canhos e Francine Pantaleão. E agora chegou também a vez dos homens. Jovem, bonito e cheio de talento, o jauense Danilo Friedl nunca imaginou que entraria neste ramo quando, em 2007, estudando Administração de Empresas, ganhou de presente de uma amiga um ensaio fotográfico. Com muita timidez e sem nenhuma experiência fez o ensaio, foi muito elogiado pela fotógrafa e por várias pessoas que viram suas fotos e o incentivaram a participar de um concurso de
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Outro jauense que vem se destacando no mundo da moda é Bruno Fernandes que, este ano, concorre ao mister São Paulo 2013 representando Jaú. Em breve, além da Capital do Calçado Feminino, Jaú será conhecida pela “terra” das mulheres e homens mais belos do país!
Bruno Fernandes
Foto: Divulgação
No ano passado, Danilo recebeu o convite de uma agência de São Paulo para trabalhar como modelo fotográfico. Com muito receio decidiu arriscar, largou tudo e foi para a capital. “Foi difícil decidir. Já fazia mais de três anos que eu estava no meu antigo emprego, uma cooperativa de crédito. Eu gostava de trabalhar lá, mas sabia que essa poderia ser uma oportunidade única. Então, graças ao apoio de toda a minha família e amigos, aceitei.” O modelo jauense realiza hoje trabalhos fotográficos em catálogos, campanhas, lookbooks e vídeos, fez ensaios com fotógrafos da Costa Rica e Colômbia. No momento Danilo, em conjunto com sua agência, analisa com cautela propostas para trabalhos no exterior, sobre qual a melhor época e mercado para a carreira internacional. Apesar de todo o empenho, Danilo diz estar ciente de que a carreira de modelo “tem um prazo” e por esse motivo pretende, futuramente, abrir seu próprio negócio e especializar-se na área de empreendedorismo.
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Radar
Boa
Por Alexandre Garcia
Comunismo e cara-de-pau
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assou praticamente despercebido dos noticiários a decisão da direção da Câmara Federal de revogar uma resolução dela própria, de 1948, em que cassou o mandato de 14 deputados do Partido Comunista. A cassação fora baseada em sentença do Tribunal Superior Eleitoral, confirmada pelo Supremo, porque baseada na Constituição. Conhecida como constituição liberal ela vedava, no entanto, o Partido Comunista, porque ele não aceitava a pluralidade de partidos, nem a liberdade, nem a democracia nos países em que estava no poder. Recuperaram os mandatos, entre outros, o escritor Jorge Amado, o mentor da guerrilha do Araguaia, João Amazonas e o autor do Manual da Guerrilha Urbana, Carlos Marighella - todos agora mortos. O Senado, por sua vez, devolveu o mandato a Luís Carlos Prestes que, patrocinado por Moscou, tentou tomar o governo em 1945, num levante que matou 32 militares, a maioria enquanto dormia no quartel da Praia Vermelha. A líder do Partido Comunista do Brasil, a gaúcha Manuela d’Ávila, num discurso patético, disse que demorou o reconhecimento da injustiça feita contra quem lutou pela democracia e pelos direitos humanos. Ela deve julgar que todos sofrem de alienação mental. Quem mais oprimiu a democracia e os direitos humanos no planeta, no século XX, foi o Partido Comunista. Onde tomou o poder, a partir de 1917, suprimiu todos os direitos e impôs ditaduras cruéis, torturadoras, sanguinárias, de que hoje ainda temos resquícios em Cuba e na Coréia do Norte. Foi o Partido Comunista que baixou uma cortina de ferro sobre parte da Alemanha, sobre
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a Polônia, a Hungria, a Tchecoslováquia e tantas outras infelizes nações da Europa e Ásia. Foi a maior praga do século XX, afetando a vida de milhões de habitantes de países que ficaram sob seu jugo, e de outros milhões em que os comunistas tentaram tomar o poder pela força das armas, como no Brasil, por duas vezes, no Uruguai, na Argentina, no Chile, para citar alguns sul-americanos. O terror comunista matou mais que o nazismo de Hitler - com quem, aliás, Stálin fez acordo para massacrar a Polônia. Calcula-se que os assassinatos genocidas praticados por ditadores comunistas na Europa e Ásia chegam a 100 milhões. O holocausto de Hitler matou 6 milhões de judeus, segundo se calcula. Escapamos da ditadura comunista graças à incompetência monumental de Prestes e seus companheiros, na tentativa de golpe em 1935. Moscou, que pagava tudo e mantinha observadores em torno de Prestes, como Olga Benário, ficava atônita com os erros dos comunistas brasileiros, como pesquisou em arquivos soviéticos William Waack para o livro “Camaradas”. Mesmo assim, quando Prestes foi a Moscou no início de 1964, obteve de novo a promessa de auxílio político e militar. Em troca, garantia que “uma vez a cavaleiro do aparelho de estado, converter rapidamente, a exemplo da Cuba de Fidel, a revolução nacional-democrática em socialista.” Isso é História, que relembro agora porque muita gente, com a maior cara-de-pau, vem nos falar de democracia e de direitos humanos dos comunistas.
Jurídico Por Wagner Parronchi
Divórcio x Bem Imóvel
O direito do cônjuge que sai do imóvel ao recebimento de aluguéis de sua parte.
“A
braços e beijinhos e carinhos sem ter fim”... que bom seria se fosse sempre assim, como cantava Vinícius de Moraes e Tom Jobim, porém, no amor não há garantias de que sempre tudo sairá às mil maravilhas. O próprio Vinícius de Moraes, no auge de sua inspiração poética, já proclamava a finitude do amor ao escrever o Soneto de Fidelidade: “Que eu possa lhe dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure” Apesar da evidente sabedoria, ninguém se casa pensando que um dia o amor vá ter fim, mas quando chega a esse ponto, a separação e o divórcio são inevitáveis, além de uma infinidade de dúvidas quanto aos filhos, bens e procedimentos necessários para sacramentar a extinção de um relacionamento que, outrora, parecia um conto de fadas. Nessas poucas linhas não temos espaço suficiente para sanar todas as dúvidas recorrentes de uma separação ou divórcio, mas trataremos de um assunto recente que vem desafiando os juízes e os tribunais: o homem ou a mulher que sai do lar conjugal tem direito a receber aluguel daquele que fica, referente à sua parte no imóvel? Para melhor ilustrar ao leitor, tomamos como exemplo o caso de uma mulher que é obrigada a sair do único imóvel que adquiriu na constância do casamento, por qualquer motivo (violência doméstica, por exemplo), sendo que cada cônjuge é proprietário de 50%, permanecendo o homem no imóvel. Essa mulher é obrigada a procurar outro imóvel para alugar, enquanto o homem, até o tér-
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mino do processo de divórcio, partilha, venda e distribuição dos resultados, permanece gratuitamente no imóvel do casal, situação que pode se arrastar nos Tribunais por muitos e muitos anos. A situação ilustrada é JUSTA? A reposta, certamente, será negativa, pois de um lado aquele que se retira do imóvel passa a não mais utilizá-lo e, muitas vezes, se vê obrigado a alugar outro imóvel, enquanto que aquele que fica usufrui gratuitamente de um bem comum, ocorrendo o que é conhecido juridicamente como “enriquecimento ilícito”. Nossos tribunais já têm decidido dessa forma, fixando como data de início da locação o momento em que a parte é notificada ou citada para pagar aluguéis e se recusa a fazê-lo ou permanece inerte, ainda residindo no imóvel sem ofertar qualquer valor a esse título. O pedido pode ser feito em ação própria ou na ação de divórcio, sendo possível nos casos de união estável. Fique atento e exija seus direitos.
Revista 13
nisso
Pense
LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br
Por Professor Luiz Marins
“Sepultar os mortos, Cuidar dos Vivos e Fechar os Portos”.
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assado o terremoto de Lisboa (1755), o rei Dom José perguntou ao General Pedro D’Almeida, Marquês de Alorna, o que se havia de fazer. Ele respondeu ao rei: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”. Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar. Muitas vezes temos em nossa vida empresarial e mesmo pessoal, “terremotos” avassaladores como o de Lisboa no século XVIII. A catástrofe é tão grande que muitas vezes perdemos a capacidade de raciocinar de forma simples, objetiva. Esses “terremotos” podem ser de toda ordem: um lote de produtos com defeito que saiu de nossa indústria para o mercado sem que tenhamos detectado a tempo; produtos contaminados que causaram problemas; erros incorrigíveis cometidos por nossos funcionários em relação ao nosso melhor cliente, etc, etc. Todos nós estamos sujeitos a “terremotos” na vida. Quem está competindo no mercado sabe que há “falhas geológicas” indetectáveis sob nossos pés e que podem gerar um “tremor” a qualquer instante sem que estejamos preparados. O que fazer? Exatamente o que disse o Marquês de Alorna: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”. E o que isso quer dizer para a nossa vida empresarial e pessoal? Que lições podemos tirar desse conselho a D. José? Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado. É preciso “sepultar” o passado. Colocar o passado debaixo da terra. Isso significa “esquecer” o passado. Pouco ou nada resolve abrirmos uma “sindicância” para descobrir os culpados pelo terremoto. Também não adianta ficarmos discutindo como teria sido se o terremoto não tivesse ocorrido. Ou ainda se Lisboa estivesse situada fora da falha geológica que gerou o terremoto. Enterrar os mortos. E a verdade é que muitas empresas e pessoas têm enorme dificuldade em “enterrar os mortos”. Ficam anos e anos em atitude de um eterno velório. Passado o terremoto, lembre-se, a primeira coisa a ser feita é “enterrar os mortos”. Cuidar dos vivos significa que depois de enterrar o passado, temos que cuidar do presente. Cuidar do que ficou vivo. Cuidar do que sobrou. Cuidar do que realmente existe. Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto. Dar foco ao presente só será possível se enterrarmos os mortos, esquecermos 14 Revista Energia
o passado. Cuidar dos vivos significa reunir pessoas e bens que sobreviveram ao terremoto e rearranjá-los de forma a servirem para a reconstrução, para o novo. Muitas empresas e pessoas não conseguem dar foco ao presente para “cuidar dos vivos”. Vivem o tempo todo na ilusão do que poderia não ter ocorrido. Não conseguem se desligar. Não têm energia para “cuidar dos vivos” Fechar os portos significa não deixar as “portas” abertas para que novos problemas possam surgir ou “vir de fora” enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que restou do terremoto de nossa empresa ou de nossa vida. Significa não permitir que novos problemas nos desviem do “cuidar dos vivos”. Fechar os portos também é necessário porque, quando você está passando por um “terremoto”, seus adversários e inimigos sabem de sua fragilidade e possível desesperança. E aí quererão aproveitar-se de sua fraqueza. Se você deixar seus “portos” abertos poderá ter que lutar contra os invasores, vampiros e abutres que virão espreitar a sua desgraça. Feche os portos! Os conselhos do Marquês de Alorna a D. José são de uma sabedoria indiscutível. Serviram para a reconstrução de Lisboa em 1755 e servem para nossas empresas e nossas vidas pessoais neste século XXI. É assim que a história nos ensina. Por isso a história é “a mestra da vida”. Portanto, quando você ou sua empresa enfrentarem um terremoto, não se esqueça: enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os portos! Pense nisso. Sucesso!
Especial profissões
Corretor de Seguros Por Érika Lopez | Foto Leandro Carvalho
Profissão que abrange diversos ramos
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corretor de seguros é o mediador entre a seguradora e o segurado. Em outras palavras, é aquele que faz a intermediação dos negócios entre a seguradora, que vende seguros de bens como automóveis, residências ou mesmo seguro de vida, e aquele que adquire estes serviços. O corretor oferece todo suporte técnico necessário ao cliente, oferecendo-lhe as melhores alternativas de coberturas securitárias, facilitando sua contratação, posicionando-se ao lado do cliente nas reclamações de sinistros e fazendo valer os termos da apólice. A área de seguros é bastante peculiar, pois possui um vocabulário próprio, com termos e denominações nada comuns aos leigos. Portanto, também é de responsabilidade do corretor de seguros fazer essa ponte entre a seguradora e o segurado, “traduzir” os termos da apólice garantindo, assim, o entendimento e o acordo entre ambas as partes. Segundo Daniel José Pereira de Souza, corretor e proprietário da Daniel Corretora de Seguros, sediada em Jaú, essa profissão pode atender pessoas físicas ou empresas, e oferecer uma grande gama de coberturas para seus clientes. “Os ramos a serem oferecidos no mercado de seguros e os que são mais procurados atualmente são: seguro de vida/acidentes pessoais; seguro de residência; de empresas; de transportes
de cargas; de autos, entre outros”, explica Daniel. Para se tornar um corretor de seguros é necessário prestar um exame nacional, promovido pela Fundação Escola Nacional de Seguros – FUNENSEG, que pode habilitar legalmente os corretores em território nacional. O curso para habilitação leva, normalmente, de 12 a 16 meses, com diversos módulos a serem escolhidos. O interessado pode optar pelo módulo de acordo com o que deseja e sua disponibilidade de tempo.
ÁREAS DE ATUAÇÃO O corretor de seguros pode trabalhar em: empresas seguradoras; empresas de consultoria; empresas judiciárias, no caso de leilões; escritórios próprios, montados por um ou mais corretores de seguros.
MERCADO DE TRABALHO O mercado da atividade da corretagem de seguros está em constante crescimento, devido aos elevados índices de sinistros ocorridos nas coberturas seguradas, o que leva cada vez mais pessoas a procurarem segurar seus bens patrimoniais ou, também, fazer seguros de vida, trazendo mais estabilidade e garantias de proteção financeira. Com isso, o mercado de seguros permanece aquecido e se mostra em processo de expansão, com reais perspectivas de aumento de sua participação no PIB nacional, principalmente após o advento da abertura do mercado de resseguros.
ONDE ESTUDAR A cidade mais próxima de Jaú para fazer o curso e se habilitar como corretor de seguros é Ribeirão Preto. Somente oferecido em instituição particular.
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Revista 17
Imprensa
Jornalismo de perto Texto Marcelo Mendonça
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m meio a inúmeras discussões sobre as novas diretrizes do curso de graduação em Jornalismo, e os debates constantes sobre o exercício da profissão, a RE bateu um papo com o jornalista e apresentador Carlos Nascimento, 18 Revista Energia
para saber um pouco desse conceituado profissional. Passagens marcantes em sua carreira, rotina, veículos que marcaram a profissão e toda sua visão sobre o valor da informação nos dias de hoje.
No início da carreira você atuou em diversos meios de comunicação, entre eles o rádio. Quem trabalha nesse veículo, geralmente passa a amá-lo para sempre. Você sente falta? Na vida profissional de todos nós, cada época é diferente da outra. Eu trabalhei no rádio há muitos anos, de 1968 a 1973 em Dois Córregos, minha terra natal, e de 1974 a 1977 nas rádios Nacional, Excelsior e América, em São Paulo. Bem mais tarde, de 2002 a 2005, fiz comentários para várias emissoras no interior do país e na rádio Bandeirantes. Mas desde 1977 o veículo principal da minha carreira é a televisão, e hoje estou mais familiarizado com ela. Claro que gosto do rádio, tenho saudade dos tempos do interior, mas é um período que já passou. O que não significa que não pode voltar. É tudo uma questão de oportunidade. Entre jornais, rádios e outras mídias impressas nas quais atuou, qual traz melhor lembrança e qual você pode dizer que colaborou mais na sua formação profissional? Todos foram importantes. Cada veículo de comunicação tem características próprias. O rádio nos ensina a falar, a improvisar, a desenvolver a imaginação, a criatividade e a rapidez de raciocínio, além da necessidade de estarmos antenados em tudo. A televisão é imagem, completamente diferente do rádio. Acho uma bobagem quando dizem “fulano se saiu bem na tevê porque veio do rádio” ou vice-versa. São veículos que pouco têm a ver. A TV é mais intimista, mais cheia de códigos e segredos; quando menos se fala, melhor, e muitas vezes está mais próxima do cinema do que do rádio. O texto impresso, em jornal ou internet, nos obriga a escrever bem, de forma clara, objetiva, saber articular o pensamento, acrescentar conhecimento e observação e comunicar-se de uma forma mais refinada. Como você vê a questão da evolução do jornalismo no interior, antes muito pautado nas capitais, e hoje várias cidades já possuem agências de notícias? A informação pode vir de qualquer lugar, e quanto mais de perto melhor. O que importa é transmitir notícias de qualidade. Se uma emissora de rádio ou televisão, um jornal ou site produzirem informações confiáveis, relevantes, de interesse do público e
transmitidas com independência e profissionalismo, não importa se o veículo é de uma cidade grande ou pequena.
Como é sua rotina na capital? Como consegue conciliar a família e os compromissos nesse atual momento? Eu trabalho num horário muito difícil, das 5 da tarde às 2 da manhã, e sobra pouco tempo para a família. Talvez, quando meu contrato terminar, possa dedicar um pouco mais de tempo à minha mulher e aos meus filhos. Você acompanhou diversos acontecimentos marcantes por todo o mundo e foi premiado em diversas coberturas como melhor jornalista (âncora) da TV brasileira. As coberturas da imprensa hoje mudaram muito? Existe mais interesse financeiro do que jornalístico em alguns casos? O interesse econômico, assim como os interesses pessoais, políticos, empresariais, corporativos, ideológicos, religiosos e partidários sempre ameaçaram a liberdade do jornalismo. Mas cabe a cada um de nós, que escolhemos esta profissão, nos defendermos dos assédios, ataques e - o que é mais grave - agrados e favores dos que acham que podem comprar jornalistas. Nossa missão é informar com independência, firmeza, liberdade, isenção e responsabilidade. O resto não é jornalismo. O jornalismo na internet, em sua visão, é mais comercial do que propriamente notícia e, acima de tudo, pode se mostrar totalmente confiável? Não importa onde esteja o jornalismo, importa quem o faz, como faz e com que interesse faz. A internet é um meio como outro qualquer. O leitor, ouvinte ou telespectador - já que a internet abriga tudo isso - saberá escolher entre o que é confiável e o que não é. Entre as emissoras de TV onde você já trabalhou, qual a principal diferença nas coberturas dos acontecimentos? Não tenho muito a dizer sobre isso. Em todas as emissoras nas quais trabalhei sempre tive muita liberdade e apoio para fazer o meu trabalho. O que muda são os recursos e a vocação. Algumas são mais voltadas para o jornalismo, outras para o entreteniRevista 19
mento. E cada uma delas colherá o que plantou. Quem se dedicar a transmitir jornalismo de qualidade terá sempre o seu público.
Sente falta do interior, você costuma passar algum período do ano aqui? Mais do que um período do ano. Eu e minha mulher, Rosi, somos pequenos produtores de café na serra de Santa Maria, em Torrinha. Todos os sábados e domingos, com raras exceções, desde 2004, estamos no sítio para acompanhar o trabalho. Também temos uma pequena propriedade em Arealva. Vamos até lá com menos frequência, mas vamos. A Energia está entre as seis que selecionamos no carro para ouvir quando estamos na região de Jaú. Qual sua visão sobre o momento do país em termos jornalísticos? Ainda existe uma “censura” sobre algumas questões que fogem ao nosso alcance? A censura ou a tentativa de intimidar ou cercear a informação é tão antiga quanto o próprio jornalismo. Sempre haverá alguém achando que “é melhor não”, como se diz no jargão jornalístico. Mas de forma institucional, isso não existe. Graças à democracia que estamos construindo em nosso país, não há notícias proibidas nos meios de comunicação. RE- Um breve recado para quem está iniciando nessa profissão, e para aqueles que já atuam nela. O jornalismo - quer seja no rádio, nos jornais, na internet ou na televisão se faz com responsabilidade, dedicação, interesse, independência e conhecimento, muito conhecimento. Quem seguir esse caminho certamente se dará bem em nossa profissão.
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Raça do mês
Chow Chow
Por Karen Aguiar | Fotos Leandro Carvalho
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Nenita dos Santos Daniel e José Carlos Daniel e Lander
22 Revista Energia
Chow Chow é um cão exótico, que possui beleza única e temperamento calmo, um ótimo companheiro e extremamente desconfiado com estranhos. Apreciadores de passeios diários, os cães da raça não gostam de ficar presos e também não suportam calor. São fieis, adoráveis e não costumam latir. A raça é uma das mais antigas e não sofreu grandes mutações. Há referências suas em estátuas de 4000 anos e em registros escritos desde 1100 a.C., todos com o mesmo perfil. Sua origem é a Mongólia, onde eram criados por tribos bárbaras mongóis e usados para guarda, caça e batalha. De acordo com a veterinária Fabiana P. Fedato, o Chow Chow chama atenção e se diferencia das demais raças pela coloração da língua, que é normalmente azulada, não sendo nenhum tipo de patologia, o que os faz conhecidos como “cão da língua azul”. “Além dessa característica marcante, os Chows possuem densa pelagem, o que lhes confere uma beleza sem igual, sendo frequente a troca e o cuidado com os pelos”, explica a doutora. O casal Nenita dos Santos Daniel e José Carlos Daniel é um exímio admirador da raça. Juntos há 20 anos, o namoro começou ao mesmo tempo em que a paixão pelos Chow Chows. O primeiro exemplar que tiveram foi presente de um amigo. De lá para cá tiveram mais de 15, entre reprodutores e filhotes. Uma fonte de renda, um hobby, uma família! O casal não teve filhos e tem até um álbum de família com fotos de todos os cãezinhos que fizeram parte de suas vidas. Com o passar dos anos, Nenita e Daniel deixaram de lado a criação e, após o falecimento do seu último Chow Chow, decidiram não ter mais nenhum animalzinho. Mas não teve jeito. Há um ano e dois meses, no aniversário de Nenita, o marido a presenteou com Lander, que hoje é o xodó exclusivo da casa.
Literatura
A magia nas hist贸rias infantis Texto Fl谩via Cardoso
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N
o cenário atual, onde a tecnologia dita as regras, tendências, manias e ainda detém o tempo da juventude, relembrar o prazer da leitura silenciosa, no aconchego do sofá ou nas almofadas espalhadas sobre o tapete, pelas páginas de livros tradicionais, é, no mínimo, desafiador. A televisão, por meio de filmes e séries, deu a sua parcela de contribuição, aproximando muitas gerações das histórias encantadas do mestre da Literatura Infantil, Monteiro Lobato. Quem nunca ouviu falar da boneca de pano falante Emília, da Narizinho, do Visconde de Sabugosa, do Saci ou até mesmo do caipira preguiçoso Jeca Tatu? Estes e muitos outros personagens saíram das páginas literárias, do início do século XX, para fazerem história e conquistarem crianças, de todas as idades.
Para comemorar o Dia do Livro Infantil, 18 de abril, um passeio pelo universo encantado de Monteiro Lobato
Leitura, hábito necessário Ao misturar realidade e fantasia, Monteiro Lobato utilizava, em seus escritos, uma linguagem simples e acessível, típica do interior, tornando-se assim o precursor da Literatura Infanto-Juvenil. A professora jauense Andréia Cristina Pires, formada em História e Geografia, estudante de Pedagogia e mãe de dois filhos leitores, acredita que histórias como as de Lobato, recheadas de encantamento e aventuras, são a porta de entrada para o universo literário e servem de estímulo para que as crianças comecem a se interessar e sintam o prazer de viajar no mundo das letras impressas. “Precisamos resgatar o hábito da leitura, tornando-a uma atividade agradável, que cause satisfação e deleite nessa atual geração ‘áudio visual’. A criança que está próxima da leitura cria familiaridade com o mundo da escrita, adquire novos conhecimentos, aumenta a capacidade cognitiva, amplia o vocabulário, tem mais facilidade de interpretação e de fixação da grafia correta das palavras, antes mesmo de entender regras gramaticais”, defende a docente. Andréia ressalta que para tanto é necessário que o livro infantil seja mais divulgado nas escolas e mais abordado nos lares. “Professores e pais precisam motivar as crianças, deixando as obras mais acessíveis, ao alcance dos pequenos, para que manuseiem, rabisquem, pintem, leiam, inventem, criem, contem, releiam e reproduzam as histórias. Atualmente, tudo o que poderia ser construído na imaginação e arquitetado no pensamento criativo vem pronto, precisamos estimular o espírito inventivo e artístico nas novas gerações, com leituras dramatizadas, canções, cores e narrativas recheadas de magia, sonhos e peripécias. E Lobato é mestre no assunto, não há quem não se envolva com as façanhas de seus personagens”.
Ilustração: Divulgação
A arte imita a vida O dia 18 de abril foi definido oficialmente como o Dia Nacional do Livro Infantil por ser a data de nascimento de José Bento Monteiro Lobato, que nasceu em Taubaté, interior de São Paulo, em 1882. De promotor público a contista, ensaísta, tradutor e também editor pioneiro, Lobato divertiu gerações dando vida a personagens engraçados, sábios e muito curiosos. Para escrever as suas obras mais famosas, o autor teve como Revista 25
inspiração o bucolismo, a brisa do campo, nas fazendas herdadas de seu avô. O menino abastado do interior paulista revelou, precocemente, um fascínio pela roça. Sua infância foi cheia de pescarias no ribeirão, banhos de cachoeira e passeios em seu cavalo Piquira, nas longas temporadas na chácara do avô, onde, além de adorar subir em árvores do pomar e chupar frutas no pé, foi cativado pela ampla biblioteca existente no recanto. Os livros, principalmente os ilustrados, seduziram Lobato, levando-o, sem possibilidade de volta, ao universo literário. Em seus escritos, enraizados com valores morais e lutas de heróis contra o mal, o autor, patriota e grande incentivador da cultura nacional, apresentou e eternizou diversos personagens do folclore brasileiro, como o Saci Pererê, um arteiro negrinho de uma perna só, a Cuca, uma jacaré fêmea muito malvada, e, até mesmo, a lenda do Curupira, um anão protetor da fauna e da flora nas florestas. Envolto nesse sentimento nacionalista, ao redigir, também, obras de caráter revolucionário e conteúdo adulto, como “Urupês” e o “Escândalo do Petróleo”, Lobato demonstrava grande preocupação com fatores e problemas políticos, econômicos e sociais. Ganhador de muitos prêmios, autor respeitado e consagrado no campo literário, Monteiro Lobato demonstrou e inspirou, por toda a vida, uma infinda valorização e amor à leitura, o que fica evidente com a mais famosa frase de sua autoria: “Um país se faz com homens e livros”.
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Principais obras do autor Na conversa com a RE, Andréia sugere algumas narrativas indispensáveis no processo de desenvolvimento da criatividade, sensibilidade, imaginação e interpretação nas crianças: - “A Menina do Nariz Arrebitado”; - “Fábulas do Marquês de Rabicó”; - “O Pó de Pirlimpimpim”; - “Reinações de Narizinho”; - “As Caçadas de Pedrinho”; - “O Pica-Pau Amarelo”; - “Emília no País da Gramática”; - “Aritmética da Emília” - “Jeca Tatuzinho”. Andréia Cristina Pires
apresenta
Negligenciar riscos elétricos pode custar caro O Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo, por isso, empresa dá dicas sobre como evitar danos em aparelhos eletroeletrônicos. Em empresas ou residências o prejuízo de quem negligencia a proteção dos equipamentos eletrônicos pode ser alto. No entanto, muita gente perde seus equipamentos por não dar a atenção necessária a esse tipo de proteção. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INEP), cerca de 100 milhões de raios caem todos os anos no Brasil e cerca de 70% dos desligamentos na transmissão e 40% na distribuição são provocados por raios, sendo o número de transformadores queimados em torno de 40%. Tais números causam um impacto considerável na qualidade de energia, o que pode ser constatado pelo alto índice de reembolsos concedidos pelas distribuidoras energéticas aos seus clientes. A forma mais eficaz para proteger equipamentos eletroeletrônicos é instalar Dispositivos Protetores de Surto (DPS) em quadros de energia e em tomadas. Esses equipamentos podem ser instalados facilmente pelos moradores, sem a necessidade de supervisão técnica. O engenheiro eletricista Wagner Almeida Barbosa responde as perguntas mais frequentes sobre proteção de equipamentos eletroeletrônicos: Somente os raios podem queimar os aparelhos eletroeletrônicos? Não. Os raios, diretamente, e os surtos elétricos causados pelos raios são os distúrbios mais letais aos equipamentos eletroeletrônicos. Por isso a grande importância de se utilizar protetores contra surtos para todos os equipamentos eletroeletrônicos. Os raios podem atingir meus aparelhos eletroeletrônicos apenas pela rede de energia? Não. Os surtos elétricos atingem também a rede de dados
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como internet, TV por assinatura, antena externa, linha telefônica, causando a queima dos equipamentos. Em casas com para-raios externo (SPDA) é preciso proteger os aparelhos? Os para-raios externos servem para proteger as edificações e, indiretamente, as pessoas que nela estão. Entretanto, não são capazes de proteger aparelhos eletroeletrônicos. Pelo contrário, equipamentos eletroeletrônicos dentro de edificações que tenham para-raios externo têm ainda mais riscos de queima. Os estabilizadores protegem os equipamentos contra os efeitos dos raios? Não. Os estabilizadores têm a função principal de minimizar pequenas variações de tensão na rede de energia. Entretanto, estes equipamentos caíram em desuso, pois computadores e notebooks já são produzidos com seletores automáticos de voltagem operando de 100 a 240 Volts cobrindo, portanto, toda faixa de variação permitida pela ANEEL. Filtros de linha impedem a ação dos surtos elétricos? Não. Estes equipamentos têm a função de atenuar ruídos causados por interferências de radiofrequência e eletromagnéticas. Se estabilizadores e filtros de linha não protegem o computador contra os surtos elétricos, devo desligar o computador? Não. Basta utilizar os protetores contra surtos elétricos (DPS) que são os dispositivos adequados para este tipo de proteção.
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Gente Fina
Euclides Francisco Salviato Texto da Redação Fotos Leandro Carvalho
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Antigamente, o respeito era maior pelos mais velhos. Os alunos não reclamavam quando alguém chamava sua atenção, não existiam agressões no ambiente escolar, muito menos contra professores.
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alar de Euclides Francisco Salviato sem lembrar imediatamente da Polícia Mirim é impossível. À frente da entidade, que existe há pouco mais de meio século, “seo Crides” não tem ideia de quantos jovens já passaram pela corporação, que une disciplina militar, valores morais e cívicos com a preparação profissional de adolescentes. “Eu já era policial militar quando conheci um programa parecido, com meninos, em Boracéia. Ao lado do Major Odir Machado Lima, que viabilizou o projeto, completamos neste ano 53 anos de atividades ininterruptas”, relembra Euclides. Nascido em Brotas em 1938, adotou Jaú no final de 1950, quando veio para a cidade ajudar na construção da sede da 4º Companhia da Polícia Militar. Ao final da obra, o comando da PM em Bauru resolver efetivar o soldado Salviato em Jaú. Em dezembro de 1959, com Major Odir e o Capitão Cícero Civati Cidade, fundam a “Associação Jauense de Educação e Assistência”. Atualmente, o sonho do 1º sargento reformado da PM é conseguir equilibrar as finanças da entidade, que passa por grave crise devido à redução no número de meninos e meninas atendidos pela corporação. De onde veio a ideia de criar a Polícia Mirim? Euclides Salviato – Em 1959 fiz uma visita em um projeto semelhante, que existia em Boracéia. Fiquei interessado em fazer algo parecido, mas a ideia mesmo partiu do Major Odir e do Capitão Civati. Nos três arregaçamos as mangas e saí-
mos para a rua recrutando meninos. O primeiro grupo foi a chamada “quadrilha dos italianinhos”. Eram meninos engraxates que pintavam o sete na cidade. Faziam pichações com barro na porta de lojas, quebravam lâmpadas, importunavam comerciantes. Resolvemos transformar aqueles meninos em cidadãos. Assim surgiu a Polícia Mirim. Todos os dias eu os reunia no pátio da Companhia de Polícia e cantávamos o Hino Nacional, ensinava noções de moral e civismo para eles. O grupo de garotos foi crescendo e, no final de dezembro daquele mesmo ano, já eram 38 jovens. E o melhor, os membros da “quadrilha” deixaram as travessuras de lado e se tornaram grandes homens. Era mais simples orientar os jovens 50 anos atrás? Acredito que sim. Antigamente, o respeito era maior pelos mais velhos. Os alunos não reclamavam quando alguém chamava sua atenção, não existiam agressões no ambiente escolar, muito menos contra professores. Hoje em dia tudo mudou, e acho que mudou muito por causa do Estatuto da Criança e do Adolescente, que criou apenas direitos para os adolescentes, mas não criou deveres em relação ao convívio com os mais velhos. Como já disse, não há mais respeito. A Polícia Mirim fez a diferença, então, nestes últimos anos? Com toda certeza. Aqui os jovens recebem orientação, não ficam ociosos. Todos sabem que a ociosidade faz o menor se enturmar com pessoas ruins, como os traficantes. Na rua os meninos e meninas são usados para trabalhar no tráfico. Infelizmente,
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em Jaú, cresceu muito a atuação destes criminosos, e quando o adolescente trabalha, estuda, recebe orientação adequada, não tem tempo para cair nas mãos destas pessoas. Mas a corporação foi obrigada a diminuir o número de jovens. Isso o abalou emocionalmente? Muito, mas muito mesmo. Isso aqui é minha vida. Não há como falar de mim, da minha família, sem falar da Polícia Mirim. Até antes da retirada dos jovens da Zona Azul, quando a Promotoria da Justiça do Trabalho impediu que eles continuassem trabalhando na venda de cartões de estacionamento, eram cerca de 1200 atendidos, mas nas ruas ficavam apenas 120 meninos e meninas. O restante prestava serviços para empresas e lojas comerciais. A partir daí, a Justiça determinou que só podíamos receber, no máximo, 460 adolescentes, e além disso eles teriam que fazer cursos de qualificação duas vezes por semana. Agora, me diga, quem vai contratar um jovem para trabalhar meio período, e dos cinco dias da semana só vai comparecer três vezes, porque nos outros dois dias ele terá que fazer o curso no mesmo horário do emprego? Assim, o número diminuiu ainda mais, porque os empresários preferem contratar pessoas mais velhas a dar oportunidade para os mirins. E eu entendo isso, porque eles precisam de alguém que trabalhe todos os dias, e não apenas alguns dias por semana. Para piorar, a Prefeitura deve reduzir em 70% o número de mirins.
De 240, apenas 60 devem permanecer. Sinto que a Polícia Mirim corre o risco de fechar as portas. Infelizmente. Mesmo assim vai continuar trabalhando com os jovens? Não vou desistir nunca. Não sei como vamos fazer, pois com a redução dos mirins na Prefeitura vamos ter que cortar o almoço aqui na sede da corporação. Vai fazer uma falta danada para eles, pois muitos dependem da alimentação que é servida aqui gratuitamente, mas não vou ter outra saída. Se continuar assim, em breve não sei se vamos conseguir nem pagar o aluguel do prédio. Estamos todos tristes e abalados, mas espero conseguir forças para manter a entidade em pé. O senhor se arrepende de algo? Pelo contrário, faria tudo de novo. Minha esposa Conceição e meus filhos Euclides, Marcelo e Ana Keila sabem o quanto eu amo a Polícia Mirim e sempre estiveram ao meu lado nesta batalha. A situação enfrentada hoje vai passar e vamos conseguir manter a entidade como ela sempre foi: formadora de pessoas de bem, que tiveram uma oportunidade na vida para mudar o rumo da história que viviam. Muitos que passaram por aqui hoje são advogados, médicos, empresários, juízes de direito, prestadores de serviço que até hoje, quando podem, passam por aqui para nos visitar, mesmo depois de tantos anos.
Conceição e Euclides Salviato
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Finanças
Análise de negócio Entenda a importância de uma boa assessoria contábil para sua empresa Texto Érika Lopez
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ara empreender não tem idade e o sucesso não tem limites. Cresce dia a dia a procura para contratar uma assessoria que dê apoio empresarial. A contabilidade é um trabalho minucioso de análise das áreas fiscal, tributária e trabalhista de uma empresa, instituição ou entidade governamental ou não governamental. Portanto, é uma atividade que exige tempo para análise. A pessoa que pretende ingressar no comércio ou na indústria precisa contratar um contador para providenciar os documentos necessários para se instalar. Além disso, muitos empreendedores contratam essa assessoria contábil para obter a sustentabilidade de sua empresa, sendo esta pequena ou grande.
Antônio Constantino Grombone e Marisa Grombone Carinhato
contabilidade como um custo quando, na verdade, é um investimento. O profissional contábil está preparado para ajudá-lo. Pensando que a legislação obriga que a escrituração contábil deva ser realizada por um profissional devidamente habilitado perante o Conselho Regional de Contabilidade, a empresa precisa contratar profissionais capacitados para a realização dessas tarefas. Pode ficar mais barato contratar um bom escritório de contabilidade para auxiliá-lo nesses processos. É comum o empresário buscar reduzir custos operacionais, entretanto, quando se fala em contabilidade, esse quesito deve ser muito bem avaliado, pois o preço baixo pode significar baixa qualidade nos serviços prestados. Contrate um bom escritório de contabilidade e fique focado no seu negócio. Foto: Leandro Carvalho
Por essas razões, em alguns casos, é vantagem a empresa contratar um contador, que passa a ser o responsável pelo balanço contábil e financeiro, pagamento de tributos, resoluções de problemas relativos ao quadro de funcionários, entre outras questões relativas à contabilidade empresarial. Segundo Antônio Constantino Grombone e Marisa Grombone Carinhato, proprietários do Escritório Contábil Rio Branco, o contador deve estar sempre atento a mudanças na legislação do país. “É de extrema importância que o profissional leia muito, esteja sempre atento à internet, oriente, tire as dúvidas do cliente, enfim, sempre definindo qual a melhor solução para resolver certos problemas”, explicam. Grande parte das pequenas empresas ainda enxerga uma assessoria de
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Energia Garota
Por Leandro Carvalho
Sara Malvez Data de nascimento: 29/10/1997 Mulher bonita: minha mãe Homem bonito: meu pai Música que gosta: Need You Now (Lady Antebellum) Perfume: 212 Comida: Frutos do mar Filme: Uma lição de amor Não vive sem: Deus e as pessoas que eu amo Frase: “Não é pela força, mas sim pelo perdão que conseguimos vencer nossos inimigos.”
Ficha técnica:
Fotos e Produção: Leandro Carvalho Locação: Estação do som Fone: 3626 5884 Looks: Malu Modas Fone: 2104 2848 Cabelo e make:Tide Junior Fone: 3032 0121 Joias: Érica Módolo Fone: 8128 1900
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Tradição
A hora e a vez da Cachaça Texto Heloiza Helena C. Zanzotti Fotos Leandro Carvalho
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la é conhecida por tantos nomes que, com certeza, é a palavra com maior número de sinônimos da língua portuguesa: já são mais de 2 mil devidamente registrados. A história do Brasil é movida a cachaça, não dá para negar. Na época do Brasil Colônia, os escravos realizavam o trabalho de mão de obra para a produção do açúcar. Nesse processo, durante o cozimento, era fabricado um caldo mais grosso, chamado de cagaça. Quando acontecia desta mistura fermentar, ia se evaporando e formando gotículas no teto do engenho. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome “pinga”. Quando a pinga batia nas costas daqueles que haviam recebido chibatadas ardia muito, por isso deram o nome de “água ardente”. A cachaça é uma autêntica expressão da nossa cultura. Está presente nas artes, nas festas, na culinária, medicina, música, dança, enfim, em nosso cotidiano de lazer e de prazer. Segundo o Ibrac (Instituto Brasileiro da Cachaça), o Brasil processa cerca de 1,4 bilhão de litros da bebida e tem cerca de 4 mil marcas registradas, mas consome 99% da sua produção e exporta apenas 1%. Como a cachaça é o terceiro destilado mais consumido no mundo, segundo José Lúcio Mendes, diretor de marketing da Expo36 Revista Energia
cachaça, imagine o grande potencial de crescimento que esse mercado possui! O setor da Cachaça é responsável pela geração de mais de 600 mil empregos, diretos e indiretos e movimenta R$ 7 bilhões por ano - incluindo a produção da bebida, fornecimento de insumos e a comercialização.
Jaú: uma das maiores produtoras de cachaça No Brasil, de ponta a ponta, tem gente fabricando cachaça. Segundo publicação da Band Notícias em 24 de janeiro deste ano, no site UOL, Jaú está entre as principais produtoras da bebida no interior paulista, produzindo cerca de 100 mil litros de cachaça por mês. Levantamentos recentes revelam que na região de Jaú há cerca de 20 produtores. “No Estado de São Paulo, por conta do plantio de cana-de-açúcar, os alambiques se alastram”, explica o professor titular do Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp/Araraquara, João Bosco Faria. Atualmente, a bebida ganhou status e o mundo. Para ele, a globalização foi a responsável para que o produto nacional fosse valorizado. “Hoje, a cachaça é reconhecida como uma bebida tipicamente brasileira. E a caipirinha é o carro chefe”. Para o especialista, a partir da valorização da cachaça, a tendência é a melhora da qualidade do produto. Os apreciadores de cachaça estão cada vez mais exigentes por produtos saudáveis e fabricados dentro de um padrão de qualidade.
Dona Branca: tradição e muitos sabores Com tanto sucesso, muitas empresas se especializaram no segmento. Uma delas é a Cachaçaria Dona Branca. Instalada em Jaú desde 2006, é a maior especialista
no assunto. Os sócios Eduardo de Souza Ayres, 31, e Luís Antônio Grossi, 57, cuidam para que tudo seja perfeito. Muito além do tradicional sabor da cana-de-açúcar, lá você pode experimentar cachaças especiais como as de pequi, jenipapo, chiclete com banana. São mais de 300 rótulos da bebida servidas em seu cardápio, entre estas algumas bem raras. E não podemos deixar de mencionar aquela que dá nome à casa: a Cachaça Dona Branca, engarrafada na Paraíba. Entre as deliciosas porções, o diferencial da casa é a de camarão, cuja matéria prima vem diretamente de produtor do Ceará. Combinando tudo isso com um chope sempre geladíssimo, é impossível não experimentar alguns destes sabores.
Combinação perfeita: a Cachaça Dona Branca para abrir o apetite, porção de camarão e uma refrescante caipirinha de limão.
Cachaçaria Dona Branca Av. Dudu Ferraz, 35 - Jaú Tel.: (14) 3624.5555 Aberto de domingo a domingo para almoço, jantar e happy hour
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Sustentabilidade
Muito além de matar a sede... Texto Heloiza Helena C. Zanzotti
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gua. Nunca se falou tanto nela e na preservação dos recursos naturais. A natureza já mostra alguns sinais de que a preservação é fundamental para a continuidade da vida na terra. No dia a dia, é possível se deparar com grandes desafios para “proteger” a água, desde economizá-la nos banhos, até conhecer a procedência dos produtos que compramos para reduzir o consumo, e como eles podem ajudar visando a uma melhor qualidade de vida para nós e para as futuras gerações. Hoje, a escassez de água potável afeta uma em cada seis 38 Revista Energia
pessoas no mundo, e as doenças relacionadas à água de má qualidade são a principal causa de mortes. Nos últimos dez anos, mais crianças morreram de diarreia do que todas as pessoas envolvidas em conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que 25% dos habitantes de nações em desenvolvimento já compram água por preços muito altos.
Mas... quanto de água há na Terra? Segundo a Revista Galileu, ed. 201, dos 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos de água existentes no planeta, 97,5% são
de água salgada dos oceanos, mares e lagos. Os outros 2,5% são água potável, entretanto, essa água não está disponível para bebermos. A maior parte (cerca de 69,5%) são geleiras, neve e camada de terra congelada; 30,1% está em aquíferos profundos e apenas 0,4% é água da atmosfera e superfície da Terra (lagos, rios, solo, umidade do ar, pântanos, plantas e animais). Assim, imagine que um balde de água contenha toda a água do mundo, uma gota do tamanho do seu dedo representaria a quantidade disponível para nós, ou seja, para beber, irrigação, descarga, banhos, lavar louça, etc. O fato é tão grave, que estudos científicos já fazem a previsão de que o acesso à água deverá se tornar a causa de guerras já na próxima década, principalmente entre os países do oriente médio e do leste europeu. Embora informações como estas já não sejam mais novidade para quase ninguém, cada vez mais o assunto preocupa autoridades, pesquisadores e indústrias.
Tecnologia na economia da água
José Ayres Ferracini
Foto: Leandro Carvalho
José Ayres Ferracini, 61, empresário, que já escreveu diversos artigos sobre o uso racional da água, esclarece: “Existe, hoje, um conceito mundial de racionalidade no consumo da água. A indústria está investindo pesado no segmento. Hoje temos produtos automáticos, que reduzem de 30 a 77% esse consumo, evitam o desperdício e ainda colaboram com a higiene, pois possuem fechamento automático, sem a intervenção do usuário. Também contamos com modernas válvulas de descarga, reguladas para soltar somente 6 litros de água e bacias sanitárias com nova sifonagem, o que permite seu funcionamento perfeito com até 4,8 litros de água”. Ele ainda enfatiza: “Temos que nos conscientizar de que, no último século, a população da terra aumentou quatro vezes e economizar água hoje é uma questão de sobrevivência, já que a quantidade de água disponível é a mesma”. Utilizando os avanços tecnológicos – sensores sofisticados, medidores inteligentes e tantos outros – podemos sempre gerenciar melhor a água de nosso planeta. Podemos dar a toda e qualquer pessoa a consciência do uso que fazem de sua água. Mas esta é apenas uma primeira gota.
A Unimed é mais que um plano, é atenção à saúde.
Dia Mundial da Saúde
Porque a gente acredita que ações simples tornam a vida mais saudável Página 45
Agenda do Mês Encontro de Cuidadores Público: Acompanhantes de Idosos 13ª Turma Inicio: 11/05 Término: 08/06 Inscrições no NAS: (14)3621-4877 Encontro de Gestantes Público: Gestantes 24ª Turma Inicio: 11/05 Término: 01/06 Inscrições no NAS: (14)3621-4877
ANS-nº 30676-2
Destaques
Unimed Regional Jaú tem nova Diretoria A qualidade do seu empenho pode ser o diferencial do seu trabalho Expediente Ano 4 - Edição 15 Jaú, Abril de 2013 Informativo Saúde! é uma publicação da Unimed Regional Jaú Diretor Presidente: Dr. Paulo De Conti Diretor Vice-Presidente: Dr. Antônio José Craveiro Faria Diretor Superintendente: Dr. Paulo Fernando Campana Diretor Desenvolvimento e Educação: Dr. José Carlos Berto Diretor Secretário: Dr. Luiz Alfredo Teixeira Junior
Assessora de Marketing e Comunicação: Fernanda de Almeida - Conrerp 2ºr - 4092 Jornalista Responsável: Nádia De Chico - MTB: 46538/SP Redação/Fotos: Fernanda de Almeida e Nádia De Chico Colaboração: Felipe Azevedo Silva e Gisele Magi Diagramação: Revista Energia
Distribuição: Revista Energia Informativo Saúde! Rua Álvaro Floret, 565 - Vila Hilst - Jaú/SP Cep: 17207-020 Central de Relacionamento: 0800 10 53 33 www.unimedjau.com.br Elogios, críticas e sugestões de pauta nadia.chico@unimedjau.com.br
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PALAVRA do PRESIDENTE Prezado Leitor,
Judicialização da Saúde Novos Caminhos Dr. Paulo De Conti
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evido ao crescente aumento das demandas judiciais envolvendo questões relacionadas à saúde tanto pública como privada, e à especificidade do assunto, torna-se necessária a criação de suporte técnico para que a Magistratura possa julgar com maior segurança os conflitos existentes nesta área. Em 30 de Março de 2010 o Conselho Nacional de Justiça publicou a “Recomendação n° 31” orientando os Tribunais de Justiça dos Estados e os Tribunais Regionais Federais que celebrem convênios que objetivem disponibilizar apoio técnico para auxiliar os magistrados na apreciação de demandas judicias envolvendo a assistência à saúde. A interação, tanto a nível estadual como regional, entre o judiciário, entidades da classe médica e faculdades de Medicina são necessárias para o encaminhamento dessas questões e, com certeza, quem mais se beneficiará será a sociedade. Da mesma forma que no Direito, as decisões em Saúde dependem das melhores provas e de evidências científicas confiáveis. Não se valorizando este contexto, pode-se gerar danos individuais e coletivos, além de dispêndios desnecessários e prejuízo às políticas de saúde. A Associação Médica Brasileira, o Conselho Regional de Medicina e o Centro Cochrane do Brasil já disponibilizam sites de Medicina Baseada em Evidências, para que os médicos possam se informar e tomar decisões com maior segurança. Os avanços tecnológicos exigem a incorporação de novos materiais, medicamentos, exames e procedimentos, e quando o padrão de comportamento das partes envolvidas é inadequado, os custos se tornam extremamente elevados e a tecnologia deixa de ser bem aplicada, além de gerar conflitos indesejáveis. As ações de caráter individual contra o Estado ou um plano de saúde, para a obtenção de medicamentos e tratamentos não disponibilizados pelo SUS ou sem cobertura contratual no caso da Saúde Supletiva, transforma-os em um sistema de consumo com sérios prejuízos na sua estrutura coletiva. Diretor Presidente da Unimed Regional Jaú Vice-Presidente da Associação Paulista de Medicina (Estadual)
O Estado de São Paulo gastou, em 2011, por volta de 800 milhões com medicamentos reivindicados por meio da justiça. Ainda em 2011 o governo paulista foi obrigado a consumir mais de oitenta milhões com fraldas geriátricas, farinha láctea, produtos de higiene pessoal, entre outros. Esta situação também atinge em cheio as prefeituras, que já comprometem em média mais de 25% dos seus orçamentos com a saúde. Enquanto neste país o poder público continuar negligente, sem levar a sério a concretização dos direitos fundamentais na saúde, o poder judiciário deverá intervir no setor, porém, existem posicionamentos que precisam ser revistos para se obter o ponto de equilíbrio necessário. Este esforço não deve ser apenas do judiciário. Dr. Paulo De Conti Diretor Presidente da Unimed Regional Jaú Vice-Presidente da Associação Paulista de Medicina (Estadual)
A Unimed é mais que um plano, é atenção à saúde. 42 Revista Energia
Assembleia Geral Unimed Regional Jaú elege nova Diretoria
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Unimed Regional Jaú, em 26 de fevereiro, reuniu-se para Assembleia Geral Ordinária discutindo as Demonstrações Contábeis e Relatório de Gestão sobre as ações realizadas em 2010/2013. Após a aprovação dos resultados, os cooperados presentes elegeram a nova Diretoria Executiva, Conselho de Administração: Técnico e Fiscal, para o triênio 2013/2016, que assumiram em 27/02/2013. Diretor Presidente: Dr. Paulo De Conti Diretor Vice-Presidente: Dr. Antonio José Craveiro Faria Diretor Superintendente: Dr. Paulo Fernando Campana Diretor de Desenvolvimento e Educação: Dr. José Carlos Berto Diretor Secretário: Dr. Luiz Alfredo Teixeira Junior VOGAIS 1: Dr. Celso Roberto Passeri 2: Dr. Jamil Buchalla Junior 3: Dr. João Ricardo Auler Paloschi 4: Dr. José Aparecido Segura Ruiz 5: Dr. José Benedito Alves da Silva 6: Dr. José Eduardo Sanzogo 7: Dr. Paulo Mattar 8: Dr. Raul Bauab Filho CONSELHO TÉCNICO 1: Dr. Afonso do Carmo Javaroni 2: Dr. José Carlos Barauna Neto 3: Dr. José Prado Rocchi Filho 4: Dr. José Roberto Polonio 5: Dr. Mauricio José Vieira 6: Dr. Vergílio Antonio Rensi Colturato
CONSELHO FISCAL 2013/2014 1: Dr. Carlos Alberto Barchi - Efetivo 2: Dr. Leonardo Dante Castro de Carmesini - Efetivo 3: Dr. João Bosco Martins Pinto - Efetivo 4: Dr. Luiz Aguinaldo Ricetto Pegorari Suplente 5: Dr. Alexandre Sérgio de Oliveira Azoubel Suplente 6: Dr. Mozart Marques de Oliveira Suplente
Nova Diretoria Executiva: Dr Luiz Alfredo Teixeira Jr.( Diretor Secretário), Dr. Paulo Fernando Campana (Diretor Superintendente), Dr. Paulo De Conti (Diretor Presidente), Dr. Antônio José Craveiro Faria (Direto Vice-Presidente) e Dr. José Carlos Berto (Diretor de Desenvolvimento e Educação).
07 de abril - Dia Mundial da Saúde Porque nós acreditamos que atos simples tornam a vida mais saudável
Estar em família faz bem!
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Divertir-se como na infância faz bem!
o dia 07 de Abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde. O objetivo dessa data é a conscientização sobre a importância da saúde e a prática de hábitos saudáveis no dia a dia. De acordo com o médico coordenador do Núcleo de Atenção a Saúde – NAS da Unimed Regional Jaú, Dr. Ramiro Teixeira Hernandez, esse dia é um alerta sobre a importância do assunto, mas não é suficiente, e prova e exemplo disso são os inúmeros levantamentos que mostram um aumento proporcional do número de mulheres que passaram a fumar nos últimos dez anos em relação aos homens, ou mesmo o aumento da obesidade em todas as camadas da população. “Há um início de percepção, mas que ainda não tem significância em termos populacionais. Se pensarmos no plano coletivo e público, percebemos que os investimentos em áreas
de lazer, voltadas à prática de atividade física, ainda são muito baixos. Podemos tomar como exemplos a criação de ciclovias. Onde as encontramos atualmente? Poucos municípios fizeram-nas”, explica Hernandez. O médico comenta, ainda, que outro fator preocupante e sentido também no NAS, que trabalha com Medicina Preventiva e Promoção de Saúde, é a busca mais frequente por mudanças de hábitos depois que os agravos da doença já estão estabelecidos, como, por exemplo, a de casos de pacientes que depois de um infarto procuram mudar o estilo de vida. Enfim, o segredo está em prevenir! Uma boa higiene, alimentação adequada, fazer exercícios físicos regularmente, dormir bem, um passeio em um dia de sol ou qualquer outra coisa que te faça sentir bem, feliz e satisfeito, ajuda a ter uma qualidade de vida melhor e uma saúde em dia.
A Unimed é mais que um plano, é atenção à saúde. 44 Revista Energia
Saborear uma refeição colorida faz bem!
Seu bem-estar pode aumentar sua produtividade
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ocê já pensou em como, geralmente, são seus dias de trabalho? Muitas pessoas enfrentam dias atribulados, com muitas tarefas para ontem, com suas caixas de e-mails sempre lotadas e indo de reunião em reunião. Tem gente que passa tanto tempo nesse ritmo que não sai da frente do computador nem para almoçar. Uma pesquisa realizada pela Right Management - empresa especializada em gestão de carreira e talentos - com 751 pessoas, revelou que mais de um terço delas almoçam em suas mesas de trabalho. Além disso, 50% delas afirmaram que irão trabalhar durante as férias. No entanto, há muita gente com hábitos parecidos com esses, mas que não se sente produtiva de fato. Em artigo publicado no The New York Times, o CEO do The Energy Project (empresa voltada para capacitação de funcionários), Tony Schwartz, diz que investir muito tempo num trabalho não é garantia de realizar mais atividades. Para ele, o mais importante é a energia que a pessoa leva para o trabalho. A qualidade do empenho, muitas vezes, é realmente o diferencial, e não a quantidade de horas trabalhadas. Ele lembra também que, muitas vezes, mais tempo no trabalho significa menos tempo de sono, o que costuma afetar negativamente a produtividade.
Fonte: Agência de Noticias Unimed
Exercite-se. Além de contribuírem para a saúde, atividades físicas ajudam a aumentar a disposição
Por isso, cuide da sua saúde, não fique adiando suas férias, respeite os intervalos para almoçar e procure fazer pequenas pausas quando possível. Separamos algumas dicas para você se cuidar melhor e ver o resultado refletido em várias áreas da sua vida: • Faça refeições nutritivas e balanceadas; • alimente-se com calma; • se estiver com dificuldades para dormir bem, tente descobrir a razão disso; • procure não levar todas as preocupações do trabalho para casa; • exercite-se. Além de contribuírem para a saúde, atividades físicas ajudam a aumentar a disposição; • faça o que gosta. Seu trabalho deve ter sentido para você.
Falando em Trabalho.... Comemorado em 1° de maio o dia do trabalho ou do trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. De acordo com Assessora Jurídica da Unimed Regional Jaú, Roberta Duarte S. Ranieri a Consolidação das Leis Trabalhista - CLT trouxe grandes benefícios aos trabalhadores, entretanto é uma lei de 1943, que muitas vezes não acompanha a dinâmica das relações trabalhistas atuais e não garante salários dignos e condições de trabalhos melhores. “Precisamos que a legislação atente para as novas e atuais relações trabalhistas, para que possa ser garantida com efetividade as necessidades dos trabalhadores. Enquanto isso não ocorre, é o próprio poder judiciário, através de suas jurisprudências que vai adaptando a lei às novas realidades neste âmbito.”, afirma Roberta. Para auxiliar as empresas no cuidado preventivo com a saúde do trabalhador, no desempenho de suas funções, a Unimed Regional Jaú, desde 1999, por meio do DSO Departamento de Saúde Ocupacional, oferece programas de prevenção, rastreamento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde, ou seja, todo o suporte necessário para que o empregador mantenha a saúde do seu trabalhador em dia, de acordo com as normas regulamentares do trabalho. Revista 45
QuemfezJahu
Texto Heloiza Helena C. Zanzotti
Dr. Quinzinho Advogado e cafeicultor, Joaquim Fernando Paes de Barros Neto, o Dr. Quinzinho, nasceu em Bocaina, em 21/04/1911. Filho de Ana Blandina de Almeida Prado Barros e Joaquim Fernando Paes de Barros Júnior, teve grande destaque na carreira jurídica e vida pública. Cursou o Ensino Médio no Colégio Santa Maria, em Campinas e Direito na Universidade do Largo São Francisco, onde foi líder estudantil e participou da Revolução de 1932 como integrante do 1º Batalhão da Milícia Civil. Casou-se com Clara Ferraz de Magalhães, com quem teve 11 filhos: Joaquim Fernando, Clara Maria, José Camilo, Ana Clara, Raquel de Maria, Francisco Fernando, Marcos Fernando, Manoel Bernardes, João Batista, Paulo de Tarso e Maria Rosana. Como advogado, começou a exercer sua profissão em Jaú. Muito ligado a causas sociais, religioso e de temperamento tranquilo, sempre lutou pelos direitos do homem e da família. Foi vereador em Jaú, em 1935, eleito deputado estadual em 1950 e reeleito em 1954. Nessa época, apresentou diversos projetos, sempre focados em temas sociais e econômicos tão importantes que, em 1957, viajou para a Holanda a convite das Associações Católicas Holandesas, onde recebeu da rainha daquele país uma das mais altas distinções, a Comenda de Nassau, pelo seu trabalho na promoção das boas relações entre os dois países. Candidato a deputado federal em 1958, obteve votação expressiva, mas ficou na suplência. Nesse período, lecionou filosofia e religião no Instituto de Educação Caetano L. Camargo, em Jaú, e Direito Civil na Faculdade de Direito de Bauru. Em setembro de 1960 assumiu a cadeira como deputado federal e, embora tenha ficado pouco tempo no cargo, apresentou projetos de interesse nacional. Indicado pelo então governador Abreu Sodré para ministro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, tomou posse em fevereiro de 1968 e em 1970 foi eleito vice-presidente do referido Tribunal. Segundo o livro “Dos farrapos à urna eletrônica”, de Hamilton Chaves, Dr. Quinzinho foi homenageado por sua adversária política, deputada Conceição S. Maria, que se referiu a ele publicamente como “um colega exemplar, de
ideias avançadas, extraordinária cultura, honestidade fora do comum e excelente conduta parlamentar”. A RE conversou com Francisco Fernando Magalhães Paes de Barros, 68, publicitário e radialista, filho de Dr Quinzinho, que diz: “Pela graça de Deus, Quinzinho foi meu pai. E é impossível falar dele sem relembrar minha mãe; eles se completavam. Homem de profunda vida interior, agiu como cristão em todos os momentos: como estudante, soldado, advogado, agricultor, vereador, jornalista, político, parlamentar, professor e juiz de contas”. Chico Paes de Barros ainda relata: “Zezé Ferraz de Magalhães contava que meu pai o deixara impressionado durante a revolução de 32. Várias vezes, em pleno combate, tiveram que ir recuando diante da ofensiva dos adversários. Muitos soldados ficaram feridos e meu pai, voluntariamente, sempre se dispôs a voltar, mesmo sob tiroteio intenso, em socorro deles”. Chico também contou que, em 1973, Dr. Quinzinho foi fazer uma palestra em Marília acompanhado de diretores do Tribunal. Na volta o jatinho da Líder no qual viajavam caiu perto de Botucatu. Apesar de ter sofrido ferimentos graves, salvou-se milagrosamente. Passou cerca de seis meses hospitalizado, recuperou-se e reassumiu suas funções, chegando a presidente do Tribunal de Contas. Sobre a fama de Dr. Quinzinho como homem justo e de caráter exemplar, o filho lembra: “Tendo prestado três concursos para Juiz de Direito, meu pai classificou-se em todos em primeiro lugar. Entretanto, por razões políticas foi preterido pelo interventor de Getúlio Vargas. Essa injustiça não lhe trouxe ressentimento; ao contrário, foi motivo para ele lutar contra esse critério errôneo que, felizmente, anos depois foi superado. São lembranças de meu pai que ficarão para sempre”. Após sua morte, em 30 de setembro de 1979, aos 68 anos, recebeu diversas homenagens, entre as quais dar nome ao Fórum de Bariri; à Escola Estadual do Parque Paraíso, em Itapecerica da Serra e à importante avenida de Jaú. Dr. Quinzinho morreu em Jaú e foi enterrado no Cemitério Gethsemani, em São Paulo.
Tel.: (14) 3601.7544 | Rua Marechal Bitencourt, 1188
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Psicopedagogia
Dislexia
Um dom aprisionado
O
que têm em comum grandes personalidades de nossa história como Einstein e Darwin; Picasso, Leonardo da Vinci, John Lennon, Tom Cruise, Harrison Ford e Agatha Christie; Churchill e o general Patton; Henry Ford, Ted Turner, Walt Disney e Magic Johnson? Eles possuíam ou possuem um dom - são disléxicos. Isso mesmo, todos são reconhecidos por um talento extraordinário, desenvolvido em uma área específica e em determinada época da humanidade e são disléxicos: os primeiros da lista foram grandes cientistas e dispensam qualquer apresentação. Na sequência temos uma lista irrepreensível de notáveis artistas e escritores. Churchill e o general Patton foram políticos que mudaram o rumo da história da humanidade. O que dizer, então, dos empresários Henry Ford, Ted Turner e Walt Disney e do talentoso jogador americano de basquete Magic Johnson? Podemos incluir nessa lista milhares de pessoas que, apesar de não serem famosas, venceram na vida pessoal e profissional, mesmo sofrendo de dislexia. São advogados, engenheiros, psicólogos, fisioterapeutas e tantos outros que, em dado momento da vida, pensaram em desistir, porém, seguiram em frente. Logo, é fato que a dislexia não interfere no desenvolvimento intelectual propriamente dito. A dislexia, segundo Jean Dubois, é um defeito de aprendizagem da leitura caracterizado por dificuldades na correspondência entre símbolos gráficos, às vezes mal reconhecidos, e fonemas, muitas vezes mal identificados. São considerados sintomas da dislexia relativos à leitura e escrita os seguintes casos: erros por confusões na proximidade especial (confusão de letras simétricas; confusão por rotação e inversão de sílabas); confusões por proximidade articulatória e sequelas de distúrbios de fala (confusões por proximidade articulatória; omissões de grafemas, e omissões de sílabas). As características linguísticas, envolvendo as habilidades
de leitura e escrita mais marcantes das crianças disléxicas, são a acumulação e persistência de seus erros de soletração ao ler e de ortografia ao escrever, tais como: confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia (ao; c-o; e-c; f-t; h-n; i-j; m-n; v-u; etc); confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço (b-d; b-p; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; a-e); confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum, e cujos sons são acusticamente próximos (d-t; j-x;c-g;m-b-p; v-f); inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras (me-em; sol-los; som-mos; sal-las; pal-pla). Em alguns países do mundo, como Portugal e Estados Unidos, as escolas têm aulas especiais de apoio a crianças disléxicas. No Brasil isso está muito longe de acontecer. Por aqui os pais são obrigados a procurar ajuda especializada fora da escola. Os primeiros passos para minimizar os problemas advindos da dislexia são ACEITAR o diagnóstico e PROCURAR ajuda especializada para o acompanhamento do desenvolvimento escolar da criança. Logo, a aceitação e o acompanhamento são os melhores tratamentos para que a dislexia deixe de ser um problema e se torne um dom.
Alessandra de Souza Parronchi Psicopedagoga associada à Associação Brasileira de Psicopedagogia - ABPp nº. 12.762
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Rafaela Vicco
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A loja mais democrática do mundo Texto Karen Aguiar | Fotos Leandro Carvalho
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eças únicas, em bom estado de conservação, com preços acessíveis e que carregam estilo e atitude. São assim definidos os itens que podem ser encontrados em brechós de roupas usadas ou seminovas. Muitas destas peças fazem ainda mais sucesso por serem de coleções antigas, até de grandes marcas, e dificilmente encontradas no mercado. Os brechós são os queridinhos das fashionistas de todas as idades, estilos e classes, que exigem boa qualidade e bom preço. Com peças para todos os gostos e bolsos, é realmente a loja mais democrática do mundo. Outra característica que atrai as atenções para esse tipo de comércio é a exclusividade das peças, pelo fato de a maioria não vir de lojas de fast fashion - magazines que trabalham com larga produção e influência das tendências de moda, criando looks individuais e com muito conceito. Com todos os seus atrativos, os brechós se tornaram a melhor opção para
aqueles que estão preocupados em estar de acordo com sua própria moda. E o mais importante, de forma consciente, pois como afirma a jornalista e blogueira de moda Mirella Cabaz, a sustentabilidade é uma questão importante relacionada à “moda dos brechós”. “Outro ponto forte desse comércio é o fato das peças serem reutilizadas. Ninguém vai usar a mesma roupa a vida inteira e muitas delas ficam no armário, paradas. Trocar, vender, doar são ótimas ações de desapego. Como muitos dizem, ‘ao adquirir uma peça, desfaça-se de outra, aja e consuma conscientemente!’”. E muito mais do que lojas de roupas usadas, Mirella afirma que os brechós podem ser verdadeiros baús de surpresas. “Você pode encontrar objetos de decoração, mobília, acessórios, entre outros. E como a moda vem e vai, os brechós são uma ótima oportunidade de garimpar aquela peça que voltou com tudo na estação. Claro que elas sempre voltam repaginadas, mas com um bom olho é possível encontrar itens atemporais
ou que sofreram poucas mudanças de uma temporada para outra. Sem contar os brechós chiques, em alta na Europa e na América do Norte, que contam com peças requintadíssimas por preços acessíveis”, conta a blogueira. Segundo ela, além das próprias roupas, um diferencial que tem feito o maior sucesso nos brechós é a customização. “Este conceito possibilita que as peças se tornem ainda mais exclusivas, cada uma com seu corte, cor e textura. Sem falar dos inúmeros acessórios como correntes, tachas, botões e broches que permitem criar e compor vários estilos.” Brechó.com Como em todos os segmentos online, os brechós são também uma boa oportunidade para comprar, trocar ou vender, de qualquer lugar do país, sem sair de casa e com todo o conforto que o meio proporciona. Mirella, que aposta nessa combinação “Moda + Internet”, afirma que a aposta em sites confiáveis, que prezam a qualidade do produto, se torna Revista 49
Foto: Divulgação
Mirella Cabaz
uma maneira ótima de reciclar o armário. “É uma ótima alternativa! Sobra espaço para as novidades das temporadas ou até mesmo a troca por uma outra peça, já usada claro, mas que para quem compra tem sabor de novo. Assim, todo mundo sai ganhando.” De acordo com Lorena Turini, empresária do ramo, os brechós são muito conhecidos pela quantidade de itens exclusivos, antigos e diferentes. “São coisas que geralmente você não encontra em nenhum outro lugar. E através da internet é possível encontrar um número cada vez maior de opções. Afinal, você conhece lojas do Brasil e até do mundo, pesquisa inúmeros lugares e acha muita coisa boa com preços excelentes. Tenho uma loja física e criei uma página dela no Facebook para vender também no meio virtual; hoje tenho clientes do Rio de Janeiro, Santa Catarina, entre outros. Uma boa parte das vendas são online. O retorno tem sido excelente!” Antenada às novidades dos brechós, aliadas às redes sociais, Silvia Lima Marques, residente em Jaú, reuniu-se com algumas amigas e criou um grupo no Facebook chamado “Brechó Comunitário” que realiza trocas de roupas, sapatos e outros itens variados. “Criamos com a intenção de fazer apenas trocas de coisas que não usamos mais. Cada pessoa cria um álbum com as fotos do que quer trocar (seja o que for, mas em bom estado), e conforme há o interesse as trocas vão acontecendo”, explica Silvia. O grupo está há 11 meses no ar e conta com mais de 1.100 membros. Vale conferir! 50 Revista Energia
Meio de vida Se para muitos, brechós são sinônimos de moda, desapego e consumo sustentável, para outros o segmento, além de tudo isso, significa fonte de renda, independência financeira e superação. Como é o caso de Mara Jorge Biliassi, que há 12 anos complementa a renda da família vendendo roupas usadas. Comprando e garimpando nos armários de casa, da família e de colegas, Mara juntava peças, colocava-as no porta-malas de seu carro e saia de porta em porta oferecendo-as para venda. “Nunca vou me esquecer daquela época, era tudo muito difícil. Eu era dona de casa e precisava ajudar meu marido com as contas. Foi então que resolvi vender roupas usadas. Meus três filhos eram bem novinhos e tinham que me acompanhar. Foram tempos de muito sacrífico, mas que renderam muitas bênçãos. Nossa vida mudou bastante!”. Hoje Mara tem o seu ponto fixo de brechó e já prevê a montagem de uma segunda loja. Eliana Garcia Pizzo também se orgulha da atividade, que foi iniciada após uma cirurgia na coluna, ocasionada pelos anos trabalhando como manicure. Ela se emociona ao contar que, com o lucro obtido em seu brechó, além de completar a renda da família, ajuda a custear os estudos dos filhos. “Tenho dois filhos jovens e nada é fácil hoje em dia. O mais velho está terminando a faculdade de Odontologia graças ao que ganho aqui também.” De acordo com as colegas do ramo, Jurandir Silva é o precursor dos brechós na Rua Visconde do Rio Branco, em Jaú. Ele conta que trabalhou bastante tempo em uma loja de
Mara Jorge Biliassi
Vanilza e Jurandir Silva
departamentos como vendedor, e foi lá que adquiriu toda a experiência para montar o próprio negócio. Hoje sua esposa Vanilza Silva é quem cuida da loja, que já está há 21 anos em funcionamento. Ana Claudia Antonelli Melges tem um brechó há oito anos e, além de fonte de renda, afirma que o estabelecimento é praticamente um “consultório de terapia”. “Eu sou lojista, psicóloga, amiga, conselheira, sou tudo aqui! Tenho clientes que frequentam a loja diariamente, compram, conversam, vendem, batem papo. É uma alegria!” conta, aos risos. Outra comerciante do segmento, Divina Scudilio, sempre se dedicou ao comércio de alimentos, mas vendeu seu estabelecimento há pouco mais de dez anos para cuidar dos pais que estavam bem velhinhos. “Depois que Deus os levou, minha mãe com 88 anos e meu pai com 101, fiquei um pouco desorientada, sozinha, e foi aí que minha sobrinha me deu esse brechó para administrar, viver e me distrair. Estou aqui há um ano e essa loja é minha vida, sem ela não respiro”. Com o aumento da oferta, as grandes vilãs dos brechós são hoje as lojas populares, aquelas que vendem roupas novas a baixo custo. Elas invadiram o mercado e geram concorrência ao setor de usados e seminovos. Desavenças à parte, quem sai ganhando é o consumidor. E quem é fã dos brechós não nega a paixão por esse “baú de variedades”. Como é o caso de Rafaela Vicco, que sempre que possível, garimpa brechós e se surpreende com os “achados”. “Encontro muitas peças diferentes, com cortes finos e tecidos de qualidade. Adoro babados, poás, rendas e tudo que a moda vintage traz, e que nesses locais são sempre encontrados.”. Assim como Rafaela, eu também acabei seduzida por cada brechó que visitei enquanto coletava informações para redigir essa matéria. Fato, várias peças usadas, novas em meu armário.
O famoso BAZAR Além de vitrine de moda e fonte de renda, o segmento de comercialização de roupas usadas ou seminovas gera possibilidades de auxílio também às pessoas e entidades carentes. Como é o caso de bazares organizados por instituições de apoio a crianças e adolescentes, idosos e até pessoas em tratamento hospitalar. Em Jaú são várias as entidades que recebem doações de roupas e calçados em geral, e que não é aproveitado para o local, vão para bazares, para arrecadação de fundos. Também existem instituições que produzem peças, bordados e as comercializam com o mesmo intuito. Conheça algumas delas e saiba como você pode ajudar, além de adquirir itens diferenciados para compor seu visual.
Eliana Garcia Pizzo
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AMAI (Associação e Movimento de Assistência ao Individuo Deficiente): O bazar está desativado no momento e em fase de reorganização, mas fica aberto em horário comercial. Vende roupas e sapatos, e funciona na Av. Gustavo Chiosi, S/N. APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais): Tem um grupo de mães (Gera Renda) que desenvolvem trabalhos artesanais. O primeiro material a instituição fornece, depois o produto é vendido e parte do dinheiro compra material, parte fica para a mãe. As exposições são realizadas duas vezes ao ano, em datas comemorativas, em frente ao prédio da APAE. Rua Santa Luzia, 340. Associação Hospitalar Thereza Perlatti de Jaú: Possui dois tipos de trabalhos: bazar de roupas e bazar da costura. O Bazar de roupas recebe doação, faz triagem, separa o que
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serve para os pacientes e o restante é vendido. Com a renda compram material para lençóis, fronhas e outros artigos que o bazar da costura se encarrega de confeccionar para uso no próprio hospital e venda. O bazar funciona na entrada atrás do hospital, toda quarta-feira das 7h30 às 10h (bazar de roupa) e das 13h30 às 16h (bazar de roupa e costura). Entidade Anna Marcelina de Carvalho: Realiza dois tipos de bazares: o de artesanato que funciona em um quiosque em frente ao HAC, das 7h30 às 16h, todos os dias; e o bazar de doações (roupas, sapatos, móveis, etc). Rua Paulino Maciel 296, das 10h às 15h, todos os dias. ARJE (Associação de Recuperação Jovem Esperança): Realiza no momento bazar de calçados novos femininos. Rua Capitão José Ribeiro, 207, de segunda a sexta das 8h às 11h. Abrigo São Lourenço: Realiza ba-
zar de roupas e calçados todos os dias, das 8h às 11h30 e das 13h às 17h30, na recepção do abrigo. Av. do Café, 131. FAC (Fraterno Auxílio Cristão): Realiza dois tipos de bazares: o de roupas, aventais, artigos para cama, mesa e banho, tapetes, todos novos, e funciona permanentemente na Major Prado 340, de segunda a sexta das 14 às 17h e aos sábados das 9h às 17h. E o bazar da pechincha, com artigos provenientes de doações que funciona na Pastoral do Menor, Rua Rangel Pestana 340, às segundas e terças das 13h às 16h. Nosso Lar: Realiza bazar de roupas, calçados, bolsas, entre outros, provenientes de doações. Toda segunda e quarta das 13h às 17h. Av. do Café, 1470. Pró Meninas Sociedade de Amparo: realiza bazar periodicamente e aceita doações diversas. R João Mandruzatto, 21.
Look de artista
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Look de artista
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Fotografia Leandro Carvalho Modelo Vicky Evelyn Beleza Escola de Cabeleireiro Tide Júnior Style Vestylle Megastore Joias Bia Nunes Locação Sindicato Rural de Jahu Revista 55
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Varal
Fotos Leandro Carvalho
Charlotte
Av. João Ferraz Neto, 1610 Fone: (14)3621.3902
Érica Módolo:
Fone: (14) 8128.1900
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Gold Silver:
Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.1858
Sonhare
Av. João Ferraz Neto 16-14 Fone: (14) 3622.8435
Cintya Barros:
Rua Lourenço Prado, 841 Fone: (14) 3622.4945
Ana Maria Fitness:
Rua Marechal Bittencourt, 82 Fone: (14) 3624.7276 - Jaú Rua Tiradentes, 415 Fone: (14) 3652.6454 Dois Córregos
BM - Brand Mark Jau Shopping Piso Térreo Fone: (14) 3621.7002
Arezzo:
Jaú Shopping Piso Superior Fone: (14) 3416.7737
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Varal
Feminina
Rua Major Prado, 55 Fone: (14) 3626.8455
M. Officer:
Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.0831
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Regina Moya
Av. Prefeito Luiz Liarte, 104 Fone: (14) 3626.2833
Maria Bonita Acessórios Fone: (14) 9727.4949 | 8134.9169
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Look
kids
Por Leandro Carvalho
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Crianças
Gabrielle Nunes e Luiz Guilherme Petian Locação: Caiçara Clube de Jaú Fone: (14) 3601.2511
Revista 63
Moda Por Caroline Pierim
moda@revistaenergiafm.com.br
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a moda é fácil perceber que, depois de uma temporada carregada de cores vibrantes, o preto sempre volta com força total, e dessa vez ele aparece junto ao branco, sendo o queridinho da temporada em peças que compõem o “P&B” em listras. O hit da estação vem com toques de modernidade, dando sobriedade, refinamento, elegância e funcionalidade ao look. Para acertar, o bacana é combinar com peças mais neutras, já que as listras chamam bastante atenção. Roupas e Acessórios: Hot Seven Rua Amaral Gurgel, 523 Centro - Jaú Fotos: Leandro Carvalho Modelo: Caroline Pierim Revista 65
Fitness
Por Marcelo “Tchelinho” Macedo
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ma nova febre está tomando conta do mundo fitness. Ela se chama Zumba, e consiste em uma aula que reúne o ritmo da aeróbica com a cadência contagiante de músicas latinas. É uma excelente opção para quem deseja fugir da malhação convencional. O programa foi criado por acaso, pelo colombiano Beto Perez, no final dos anos 90. Prestes a iniciar uma aula de ginástica localizada, o professor notou que esqueceu o seu Foto: Leandro Carvalho
Aula de Zumba na Academia La Vie 66 Revista Energia
CD e improvisou uma coreografia de dança usando uma fita que tinha na bolsa com ritmos latinos. Os alunos adoraram a aula e então ele começou a estudar e aprimorar a técnica que havia criado, e também a colocar outros ritmos em sua lista. Desde a sua criação em 2001, o programa Zumba cresceu até se tornar o maior e mais bem sucedido programa de dança e ginástica do mundo. São mais de 14 milhões de
Foto: Divulgação
pessoas, de todos os tipos e idades, que fazem aulas semanais em mais de 140.000 estabelecimentos em 150 países. O sucesso foi tanto que rapidamente se espalhou pelas academias do mundo inteiro. O exercício também é sucesso de venda em DVDs e até mesmo em jogos de vídeogame para Wii, Xbox e PS3. As aulas de Zumba atualmente misturam ritmos como salsa, merengue, samba, reggae, axé, hip hop e outros. É composta de exercícios aeróbicos, intervalados e de resistência, fazendo com que o gasto calórico chegue a até 1.000 calorias, dependendo do nível físico do indivíduo. A atividade pode ser praticada por qualquer pessoa independente do sexo, idade ou condição física. E não é necessário saber dançar, entretanto, os exercícios requerem atenção e disciplina para que não sejam realizados de maneira incorreta. A Zumba traz imensos benefícios ao organismo, pois o mantém em forma, atuando principalmente no aumento da função cardiorrespiratória, melhora da autoestima, melhora da coordenação motora do equilíbrio e o fortalecimento dos músculos como glúteos, pernas, braços, peitorais e abdômen. Para quem gosta de dançar, esvaziar a mente e se divertir depois de um dia de stress, está aí uma excelente opção. Cada aula é uma festa à parte e vai encher seu dia a dia de energia, boa disposição e muita saúde.
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Foto: Leandro Carvalho
club
Social
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Speed Form Com uma rede de lojas na região, a Speed Form abriu suas portas também em Jaú, na Rua Quintino Bocaiúva 161. Sucesso total em suplementos alimentares, a inauguração da casa aconteceu dia 23 de março, em uma agradável recepção para amigos e clientes, e contou com a presença de Fabiano Ferreira, o Mister Universe 2012.
1. Fabiano Ferreira 2. Eduardo, Daniel, Diego e Éder 3. Pedro e Deivid 4. Tiago, Fabiano Ferreira, Daivid e Marina 5. Severino, Diego e Luciano Platas
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Bar do PortuguĂŞs
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Mais uma tarde descontraĂda no bar mais badalado da cidade. Confira quem curtiu a qualidade com sabor diferenciado, o atendimento nota dez e o chope sempre geladĂssimo. 2
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1. Ana Paula Rossi 2. Fernanda Prado Alves, Marcela Fernandes e Teruo Yoshino 3. Renata Ajub, Camila Nardi e Leia Corteze 4. Vanessa Greatti e Giovana Nani
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Social
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Baianos a Bordo A tradição do restaurante Baianos a Bordo agora também está na Avenida Zezinho Magalhães, 1664. Conheça o novo espaço de sua loja 2, inaugurada no dia 21 de março. Com um cardápio variadíssimo, não deixe de saborear o filé à parmegiana e os tradicionais pratos à base de peixe, marca registrada da casa. Veja quem marcou presença na inauguração.
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1. Iris Meira e Valdir Aguiar 2. Antonio Alves, Mauricia Alves e Malu Sinatura 3. Ana Cláudia Rascachi, Patrícia Tidei, Stephanie Tidei e Otávio Junior 4. Marcelo Lopes e Fabiana Lopes 5. Vanessa Fernandes e Mariane Laborda 6. Silvia Sega e Luiz Roberto Sega
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Sesi Foto: Leandro Carvalho
Em espaço amplo, aparelhos de última geração, esteiras com programas específicos e muitas outras novidades em condicionamento físico, o SESI abriu as portas de sua nova academia para os associados e a comunidade. Localizada à Avenida João Lourenço Pires de Campos, 600, as aulas acontecem de terça a sexta-feira, das 15h45 às 22h e aos sábados das 9h às 15h.
SESI
Jogos do
Uma conquista de Saúde e Produtividade
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Preparem-se! Corrida de Integração SESI Jaú
5km e 10km
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Dia 26/05 às 8 horas SESI JAÚ Informações:
(14) 3621-1042 ramal 212
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1. José Francisco Leonelli e Antonio Passarelli 2. Benedito Calderare 3. Antonio Mussi Junior Revista 71
social@revistaenergiafm.com.br
Foto: Antonio Rodrigues
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Social
Kaiane Agapto e Jeiciane Nunes
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A Sonhare Moda Íntima inaugurou sua loja com uma charmosa recepção para amigos e clientes. Localizada à Av. João Ferraz Neto, 1614, em Jaú, a Sonhare convida a todos para conhecer sua encantadora coleção em moda íntima feminina, masculina e infantil.
Aconteceu dia 07 de março o coquetel de lançamento da coleção de inverno da Arezzo. Lindíssimos, os novos modelos foram apresentados por Kaiane Agapto, a nova embaixadora da marca.
Foto: Leandro Carvalho
Sonhare
Bárbara Buscariolo, Gustavo Grandeso e Tamires Mussio
Carlos Brusman
Eduardo e Bruna Bulsonaro
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Delazir, Mariana, Edgard, Graciane, Eduardo e José Carlos Bulsonaro
Foto: Rafael Bigarelli
Bom gosto e requinte em moda masculina e camisas femininas, a Carlos Brusman inaugurou sua loja em Bauru, no Shopping Boulevard Nações, dia 07 de março, em uma recepção onde todos os presentes puderam conferir as novidades da moda outono/inverno.
15 anos Fotos: Saigon Fotografias
Sonho, magia e encanto marcaram a noite dos quinze anos de Beatriz de Freitas. Entre familiares e amigos, a jovem debutante exibiu estilo e irradiou felicidade na linda festa que aconteceu dia 23 de fevereiro no Grevillea.
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1. Beatriz de Freitas e suas 15 damas 2. ValĂŠria Bugica, Beatriz de Freitas e JosĂŠ Roberto de Freitas 3. Emerson Bugica e Beatriz de Freitas 4. Beatriz de Freitas e Gabriela de Freitas 5 e 6. Beatriz de Freitas e JosĂŠ Roberto de Freitas
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Fotos: Arquivo Pessoal
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Pet
Mister Dog É uma empresa onde os profissionais amam aquilo que fazem. Lá você encontra uma grande variedade de produtos voltados ao seu amigo pet. Sempre atentos às novidades e aos lançamentos que o mercado oferece, cuida com carinho para que nada falte para seu animalzinho de estimação. E lá você também encontra peixes, coelhos, hamsters, periquitos e diversos outros pequenos animais.
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4 1. Vitória Valentini Barbosa e sua lebre Cuky 2. João Carlos Cicolin Penedo e seu Louro Tagarela 3. Gabriel Felipe Toni Garrido, Laura Aburad Garrido e o coelhinho é o Fofinho 4. Eduardo Dezem Dora e Bruno Eduardo Dora, o cachorro Yank 5. Ana Beatriz Ignácio e seu hamister Lolly
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Atualidades
A eterna violência nos estádios Texto Ricardo Izar
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princípio, é importante lembrar que não há a menor dúvida de que a origem da violência no futebol brasileiro exorbita, e muito, a simples afirmação de que se trata de um fenômeno específico do esporte. Entretanto, ainda que guarde forte ligação com outros problemas já de longa data no Brasil, fica muito fácil para as autoridades atualmente no comando, ou no transcorrer de seus mandatos, culparem mazelas brasileiras históricas, como as questões educacionais, no intuito de se esquivarem da responsabilidade. A memória traz à tona a condenação dos clubes ingleses em 1985, que foram proibidos durante 5 anos de participarem de campeonatos europeus, como punição para a batalha campal que se instalou no jogo entre Liverpool e Juventus, o que resultou em 38 mortos. A referida condenação enfraqueceu significativamente o movimento liderado pelos “hooligans” Na luta contra o racismo, que infelizmente também permeia o esporte, severas multas já foram aplicadas em estádios europeus, principalmente na Itália e Alemanha, onde as práticas preconceituosas ainda acontecem de maneira reiterada. A ação da polícia ostensiva é primordial, mas não basta, é preciso que a chamada “inteligência policial” atue, e que o Estado não seja leniente no tratamento das torcidas organizadas, em decorrência de interesses político-eleitorais envolvidos. Pois, na sua maioria, esses grupos vêm se transformando
em verdadeiras quadrilhas aos olhos da sociedade, principalmente em razão da atuação de parte de seus membros. Apesar de também contarem com pessoas de boa-fé, em 1994 eram compostos em mais de 15% por indivíduos com antecedentes criminosos, de acordo com dados do Ministério Público. Atualmente, com o evidente afastamento das famílias dos estádios, não seria espanto algum caso esse percentual tenha aumentado vertiginosamente. A aberração jurídica que se vislumbra na Bolívia não deve ser vista como uma solução, ou sequer como algo digno de louvor. Naquele país foram presos 12 corintianos apenas para oferecer à população da cidade alguma resposta, ainda que todas as provas demonstrem a inexistência de qualquer vínculo com o assassinato que lá ocorreu. A solução boliviana não é parâmetro, é apenas jogada de luzes em um país infinitamente atrasado e com instituições extremamente frágeis, até mesmo para os padrões sul-americanos. A saída talvez não esteja apenas nos métodos europeus, mas até o presente momento a “inteligência policial”, somada ao controle das torcidas organizadas e à aplicação de severas punições, tem demonstrado ser o melhor remédio, ainda que paliativo. Porém, todos nós sabemos a solução derradeira, a qual está e sempre estará na educação.
Deputado Federal Ricardo Izar Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia ElÊtrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal.
Revista 77
Gourmet Por Mario Netto
Penne alla norma Ciao a tutti,
A receita que trago esse mês é dedicada a todos os leitores da minha coluna que me param na rua e sempre me passam um feedback muito positivo. É sempre uma alegria imensa receber esse carinho, que é o motivo maior dessa coluna. E como a maioria me pediu uma receita com berinjela, esta é uma receita saudosa, que me faz lembrar dos dias ensolarados da Sicilia, e que consegue traduzir na simplicidade de seus ingredientes todos os aromas dessa terra tão bela, acolhedora e histórica. A receita é o ‘‘penne alla norma’’, uma receita que nasceu na cidade de Catania, para homenagear um famoso compositor de óperas da cidade que se chama Vincenzo Bellini, cuja ópera chama-se, claro, “Norma”. Seus ingredientes são simples, mas se forem de qualidade, transformam essa receita numa explosão de sabores sicilianos; são eles: berinjela, tomate, azeite de oliva, alho, manjericão e ricota.
Mario Franceschi Netto Formado pelo SENAC Águas de São Pedro e pelo Instituto ALMA de Cucina Italiana, já trabalhou no Grande Hotel Águas de São Pedro, Café de la Musique em São Paulo, Ristorante Gellius em Oderzo Vêneto e, atualmente, trabalha no restaurante La Gazza Ladra em Módica, na Sicília.
Ingredientes Receita para 4 pessoas: Sal grosso a gosto Manjericão, aproximadamente 20 folhas 400 g de penne 200 g de ricota ralada 500 g de tomate ‘’pelatti’’ - aqueles sem pele, encontrados nos melhores supermercados (marcas: barilla, la pastina, la rioja, de cecco, etc) 4 dentes de alho 2 berinjelas médias 4 colheres de azeite de oliva Pimenta do reino a gosto
Modo de preparo:
Lave a berinjela e tire a ponta verde; corte no sentido do comprimento, com espessura de meio centímetro. Num escorredor de macarrão, faça uma camada de berinjela com um pouco de sal grosso e repita essa operação até acabarem as fatias de berinjela; depois coloque um prato por cima e um peso e deixe-as descansarem por pelo menos uma hora; essa operação ajuda a tirar o amargor da berinjela. Enquanto isso, numa panela, esquente o azeite de oliva e frite os dentes de alho bem picados, até que eles fiquem dourados; acrescente o tomate e deixe cozinhar em fogo brando por meia hora, ou até que o molho fique bem denso. Em seguida, adicione metade das folhas de manjericão, tampe a panela e desligue o fogo. Enxague as fatias de berinjela em água corrente e seque-as muito bem com um pano limpo. Frite-as em óleo quente até que elas fiquem douradas dos dois lados e seque-as com papel absorvente. Enquanto as fatias secam, coloque numa panela bastante água e sal a gosto para ferver; quando a água estiver fervendo acrescente o macarrão. Durante o cozimento do macarrão, corte as fatias de berinjela em tirinhas e coloque-as numa panela com o restante das folhas de manjericão e o molho de tomate. Quando o macarrão estiver al dente, escorra-o e acrescente-o na panela com a berinjela e o molho de tomate. Adicione ricota ralada e mexa tudo cuidadosamente. Finalize com a pimenta do reino a gosto e tcham tcham tcham!!!!!!!!!!!!. Pronto! Aprecie a sua massa como preferir!
Buon apetitto i saluti a tutti. Arrivedercci!!!!!
78 Revista Energia
guia da gula
guia gastronômico
sabores para todos os paladares
PONTO DO CHURRASCO Chegou mais uma novidade deliciosa do Ponto do Churrasco! Todas as sextas e sábados rodízio Bi Legal! O melhor churrasco junto com a melhor pizza! Irresistível, experimente! Rodízio completo com 12 tipos de carnes incluindo picanha, mais as deliciosas pizzas com a qualidade Ponto da Pizza. São 20 variedades, sendo 5 sabores doces e também a especial de sorvete, além do buffet com 30 tipos de saladas, 13 pratos quentes, tudo à vontade por um precinho mais que especial. De segunda a sábado, das 18h30 às 23h30. Rua Quintino Bocaiúva, 1427, Centro – Jaú. Com estacionamento próprio. Fones: (14) 3626-7326 e 3416-0856
Revista 79
vida
Boa
Por João Baptista Andrade
Comida e medidas
Q
uando você lê (ou assiste na TV hoje em dia) uma receita, é muito provável que algumas medidas ou indicativos não façam muito sentido aparente. Exemplos? “Água que baste” ou “acerte o sal” ou ainda “quando estiver no ponto...”. Por que os cozinheiros não fazem uso do sistema métrico decimal (essa invenção da Revolução Francesa) para as quantidades? É simples. Porque este é o terreno dos engenheiros de alimentos. Sim, caro leitor, engenheiros produzem fórmulas para a indústria. E ali não tem improviso. É só exatidão nos conservantes, acidulantes, edulcorantes e outros venenos do gênero. As medidas são exatas até na gramatura da carne de cavalo a ser acrescentada na lasanha congelada... Cozinheiros usam os sentidos ao invés de balanças. Tudo bem que às vezes dá errado, a receita desanda e a gente passa vergonha. Faz parte da vida. Entretanto, na maioria das vezes, cozinhar é uma ocupação prazerosa. Mas é preciso dizer que eu não sou uma pessoa precisa, no sentido estrito do termo. Como regra eu não só generalizo como também exagero quando falo ou escrevo sobre comida. Pois não é que justamente uma dessas generalizações que eu tanto uso me causou o maior problema? Pois é. Duas colunas atrás eu discorria sobre a culpa, falando que as mulheres têm a tendência de se acharem gordas mesmo quando não o são. A frase exata foi: “Lá em casa é assim. A namorada sempre diz que está gorda, apesar de pesar pouco mais de 50 kg”. Aí veio o problema. O peso da namorada estava errado. Na visão dela “quase 60 kg” é muito diferente do mencionado “pouco mais de 50 kg”. Está bem. No rigor do idioma ela até pode estar correta. Mas daí a me acusar de bígamo (só podia ser outra mulher que não ela a que eu inseri na malfadada coluna) vai uma diferença enorme. Eu expliquei, racionalizei, pedi desculpas, abri minha caixa de e-mails e o Facebook para ela escarafunchar à vontade. Como se diz lá em Monte Alto, quem não deve, não teme. Pensa que adiantou? Ficou pior! Provavelmente eu teria uma mulher idealizada na cabeça que, claro está, não era ela. Subitamente o cardápio lá de casa, nas vezes em que ela dorme por lá, tornou-se muito monótono. Café da manhã: frutas, sucos, 80 Revista Energia
pães, geleias e... Beiço! Almoço: Arroz, feijão, bife acebolado, saladas e... Beiço! E pensa que resolveu sair para comer fora? Nadinha. Restaurante japonês: Sushis variados e... Beiço! Jantar fora com amigos: comida francesa e... Mais beiço! No final eu capitulei. Não tinha como lutar contra tanta vontade e razão. Procurei ajuda psiquiátrica e o doutor me receitou um desses comprimidos que nos deixam abestalhados e férias urgentes. Fui para a casa de uns amigos na praia e dispensei os comprimidos. Longas caminhadas na areia, camarões fritos, lulas na farinha, cervejas e caipirinhas. Uma delícia! Eu estava começando a recuperar um pouco da sanidade mental quando um vizinho mal intencionado (certamente a mando de Moscou ou do Talibã) me desafiou a fazer um peixe no sal igual àquele do Troisgros. Mandei que ele escolhesse o peixe. Pois não é que o desgraçado me aparece com um sargo-de-beiço? Agora eu estou mais calmo. Com tempo de sobra descobri que o peixe é classificado como Anisotremus surinamensis. O pessoal da clínica é ótimo e me trata como “aquele cozinheiro excêntrico com tendências assassinas”. Devo ter alta em poucos dias, assim que o maldito vizinho retire a queixa de tentativa de homicídio qualificado (a faca nem era das maiores...) na delegacia local. Se eu for libertado, volto a escrever. Até a próxima.
Vinhos
Por Paulo Agnini Especial para Revista Energia
Uma grande
propriedade da Borgonha T
odos os enigmas de vinhos vêm à cabeça nesta extraordinária propriedade. Tem-se aceito por pelo menos três séculos que o vinho de estilo e fascinação inimitáveis vem de uma pequena área de colina, e que o vinho diferente, marginal, mas sistematicamente menos fascinante, vem dos terrenos ao redor. Romanée-Conti parece uma prática muitíssimo bem-sucedida de relações públicas. Em certos aspectos é até mesmo organizado como tal. Más não há nenhum truque. Em uma escala tão pequena, e com milionários ávidos por cada gota, é possível exercer o perfeccionismo total. Sem o solo e a localização, a oportunidade não estaria lá; e sem a busca laboriosa por perfeição, ela seria desperdiçada. Os vinhedos são cultivados de forma orgânica, com experiências biodinâmicas em alguns terrenos. Novos materiais vegetais são selecionados com cuidados das videiras existentes, para preservar sua marca única. A política do domaine é postergar a colheita até que as uvas estejam consumadamente maduras, submetendo-se às tempestades de outono e correndo o risco de apodrecimento, simplesmente rejeitando todas as uvas que sucumbiram. A porção de engaços no tonel depende da estação. A fermentação é muito longa, de três semanas a um mês. Todo o vinho é amadurecido em barris novos a cada ano. Há um mínimo de decantação e filtração. De fato, são as uvas que fazem isso. Como os preços dos vinhos do domaine são altíssimos, espera-se que eles tenham um caráter excepcional e estejam em perfeitas condições. Eles são essencialmente vinhos de longa guarda.
Revista 81
Estilo de Vida
Marcos Húngaro
Lugar de homem é... na cozinha!
Texto Marcelo Mendonça | Foto Leandro Carvalho
Está cada vez mais comum eles assumirem o comando da cozinha sem deixar nada a desejar. Conheça histórias de homens que se dedicam a preparar pratos de dar água na boca, além de provocar inveja em muita mulher por aí.
J
á se foi o tempo em que cozinhar era coisa só para mulher. Claro que na maioria das casas são elas que mandam na cozinha, só que essa “mística” já começa a mudar. Começamos com Bernardo Antônio Ferreira, 50, que desde pequeno já aprendeu com a mãe os segredos da arte de cozinhar. “Aos poucos mexia numa panela ali, aprendia a fazer um 82 Revista Energia
tempero aqui, até desenvolver o toque especial”, conta ele. Bernardo é famoso por seu churrasco e há tempos não se limita em apenas preparar em casa ou com os amigos seus pratos preferidos. Ele atende festas, casamentos e por onde passa sempre é elogiado. “Você precisa saber o ponto certo da churrasqueira e também, claro, é importante a qualidade da carne”. Bernardo não mostra seu
talento apenas nos espetos, sabe também cozinhar diversos pratos. Durante o bate-papo ficou evidente que ele gosta mesmo é de cozinhar. Foram inúmeras receitas compartilhadas na conversa, entre feijoada - que ele havia feito no dia anterior - e a costela cozida antes de assar. Azar o nosso, passava das sete da noite e a equipe ainda não havia jantado. Foi bem difícil terminar a conversa sem combinar com ele de preparar o jantar. Família que cozinha unida, permanece unida! Bernardo conta com a ajuda da esposa e filhos na realização dos eventos e na preparação dos pratos. Gabriel, Mariane Fernanda, Fabiana Cristina e a esposa Tereza já sabem que ele é exigente, e faz questão que todos saibam como preparar os alimentos durante os eventos ou confraternizações nas quais a família trabalha. “Claro que quando comecei a me aventurar na cozinha errei bastante, até pegar o que chamamos de “mão”, aquele toque pessoal que deixa o prato ou o churrasco saboroso”. Mas o segredo ele não contou. Justo! É algo pessoal que você, que está lendo essa edição, tem ou ainda vai ter quando aprender a cozinhar. Entre os pratos que Bernardo mais gosta de preparar está a sua famosa farofa colorida. “Sem dúvida, posso dizer que essa especialidade não pode faltar por onde passo, já é ‘tradição do Bernardo’ essa farofa”. Gentilmente, ele disponibilizou a receita e você pode aprender a fazer, claro, sem aquele toque secreto, mas mesmo assim ele afirma que “vai ficar uma delícia”. Segue a receita e o modo de preparo. Mãos na massa!
Farofa Colorida Ingredientes:
1 xícara de chá de azeite 2 dentes de alho amassados 2 xícaras de chá de cebola picada 2 xícaras de chá de pimentões vermelhos cortados em cubos 1 cenoura média ralada 1 xícara de chá de cheiro verde picado 200 gramas de azeitonas verdes sem caroço 3 xícaras de chá de abacaxi picado em cubos 200 gramas de bacon cortado em cubos 200 gramas de calabresa cortada em cubos 500 gramas de farinha de mandioca temperada
Modo de Preparo:
Em uma panela média, aqueça o azeite e frite o bacon e a calabresa. Após dourar coloque o alho, deixe-o dourar também, depois coloque a cebola e, por fim, a cenoura ralada. Desligue o fogo e coloque o pimentão e a azeitona. Vá despejando aos poucos a farinha de mandioca e mexendo até misturar tudo. No final coloque o abacaxi e o cheiro verde, misture bem e sirva. Segredo? Inovar com qualidade Marcos Húngaro, 21, se formou em nutrição na Universidade do Sagrado Coração, em Bauru. Mas começou cedo na cozinha, com 16 anos, aprendendo a fazer doces, pães e confeitaria em geral. “Queria mesmo me especializar em culinária e resolvi fazer o curso, era um sonho”. Mesmo após ter concluído a faculdade, Marcos conta que não parou de estudar, está sempre pesquisando e inovando em seus pratos. “Eu gosto mesmo de inovar nos sabores, é um estilo e um desafio”. Atualmente, ele é gerente em um restaurante de culinária Texas/México, o que no início foi um grande desafio por ser uma cultura bem diferente da nossa. Marcos, além de nutricionista, tem outra profissão bem diferente, ele é modelo agenciado e faz trabalhos em São Paulo. “É muito engraçado quando digo durante meus trabalhos que sei cozinhar, muitos não acreditam, e então tenho que provar preparando uma receita”. Para ele, o segredo do sucesso de um chefe é a busca por novos ingredientes, modos de preparo, entre outros. “Testes requerem estudo e ousadia, as ideias não vêm da noite para o dia. Hoje me sinto bem à vontade para preparar algo novo, sem medo”. O curso de nutricionista está ligado sim à Gastronomia, mas existe uma pequena “rixa” entre os profissionais dessas áreas. A nutrição está ligada ao alimento e o bem-estar que ele faz ao corpo. Já a gastronomia tem o papel de se mostrar atrativa ao consumidor. Intrigante contradição. Revista 83
Para todos os gostos Formado em Educação Física, técnico de vôlei, trabalhou na Seleção Paulista, no São Caetano e foi em Santos que conheceu e pegou gosto pela culinária. Ceci Benedito Santo, 61, gostava muito do seu trabalho de professor dedicado e vencedor no vôlei, mas como a vida sempre nos apronta várias surpresas, certa vez, através de uma amiga, conheceu um curso de culinária básica. “Na época não havia o curso de gastronomia, era somente este, que fiz em Águas de São Pedro”. Foi tudo muito rápido e Ceci, além de professor de Educação Física, começou a ministrar aulas de culinária em São Paulo e foi assim que o vôlei acabou dando lugar à panelas, sabores, cheiros e tudo o que a culinária oferece de mais saboroso. Seu primeiro trabalho foi em um restaurante com culinária internacional. “Sérgio Arnor, renomado chefe, foi quem ensinou a Ceci a teoria e a prática sobre diferentes pratos de vários países, e a paixão pela culinária se tornou maior ainda, tanto que ficou por dez anos em São Paulo, trabalhando e estudando cada vez mais. “Me apaixonei pela cidade e por sua culinária diversa”. Foram várias as experiências culinárias de Ceci à frente de cursos. Questionado, ele responde que há tempos o número de homens é maior do que o de mulheres em suas aulas. “Eu acho que os homens, quando gostam de cozinhar, se dedicam mais e levam a arte também como uma terapia, um lazer”. Ceci, além de professor, hoje é um estudioso sobre a história da culinária. “O conhecimento é o ingrediente essencial para qualquer receita, seja da mais simples à mais complicada e requintada”.
84 Revista Energia
Bernardo Antônio Ferreira
Empresarial
Por Antônio Paulo Grassi Trementocio
PEP DO ICMS
O
Estado de São Paulo, mais uma vez, inovou na questão tributária apresentando uma nova oportunidade para o contribuinte regularizar sua situação fiscal perante o Fisco Estadual e, mais importante, aumentar a adimplência fiscal, trazendo consideráveis recursos ao cofre estadual. Através do Decreto n° 58.811, de 27/12/2012, alterado pelo Dec nº 58.921 de 28/02/2013, instituiu o Programa Especial de Parcelamento, o PEP, devidamente autorizado pelo Convênio ICM nº 108/12 de 28/09/2012. O PEP é um programa de parcelamento oferecido para promover a regularização dos créditos do estado, decorrentes de débitos de ICMS, inclusive os inscritos em dívida ativa, ajuizados ou a ajuizar, em razão de fatos geradores ocorridos até 31/07/2012, com redução de multas e juros e possibilidade de parcelamento em até 120 parcelas. O contribuinte, ao acessar o site www.pepdoicms. sp.gov.br através de um código de acesso que poderá ser obtido junto ao contador, encontrará relacionados todos seus débitos junto ao fisco estadual, salvo algumas exceções, e poderá selecionar quais deseja incluir no referido parcelamento, não sendo obrigado a selecionar todos. Outra inovação interessante é que o contribuinte poderá simular todo o parcelamento, incluindo e excluindo débitos, aumentando ou diminuindo as parcelas para, no final, realizar o parcelamento da maneira que melhor lhe convier. Poderá liquidar o débito do parcelamento utilizando-se de depósitos judiciais já realizados em processos judiciais em trâmite, bem como através de créditos acumulados junto ao fisco estadual. Não há exigência de garantia bancária ou hipotecária para a celebração do parcelamento, salvo aqueles já constantes em processos executivos fiscais. O PEP está disponível para adesão do contribuinte desde 01/03/2013 e ficará disponível até 31/05/2013. Tome cuidado quando da aceitação dos termos do PEP do ICMS no site, pois após essa aceitação a mesma se torna definitiva e irrevogável, com as devidas consequências assumidas. Quanto aos benefícios trazidos com o parcelamento, mais precisamente podemos observar que o contribuinte poderá experimentar a redução de 75% no valor das multas e de 60% nos juros incidentes, desde que o pagamento seja à vista. Em caso de parcelamento, é prevista a redução de 50% no valor das multas e 40% nos juros, sendo que o valor máximo de parcelas é de 120, sendo o valor mínimo por parcela no importe de R$ 500,00 (quinhentos reais), com acréscimos financeiros diversos para cada período de parcelamento. Outro fator importante é que, para os débitos oriundos de Autos de Infração, desde que ainda não inscritos em dívida ativa, estão previstas reduções adicionais e cumulativas no valor da multa, correspondentes a 70% dela, se o valor for liquidado em até 15 dias da notificação; 60% se o pagamento ocorrer no período de 16
a 30 dias da lavratura do auto e 45% nos demais casos, podendo chegar a um desconto muito vantajoso. No Auto de Infração poderá também o contribuinte selecionar algum item que deseje parcelar do referido auto, não sendo necessário o parcelamento de todos os itens constantes. Assim, deve o contribuinte analisar a viabilidade de eventuais recursos administrativos ou ações judiciais que visam à impugnação de autos de infração e, no caso, optar pelo PEP do ICMS, tendo-se em vista a enorme vantagem concedida pelo fisco nessas situações. Deve, também, aproveitar a oportunidade e fazer uma análise fiscal em sua contabilidade, para fins de verificar eventuais irregularidades a título de ausência de recolhimento de ICMS, e proceder com a denúncia espontânea no prazo oportuno, incluindo a referida denúncia no aludido parcelamento. Entretanto, deve-se observar um detalhe importante no referido parcelamento: as parcelas são iguais e sucessivas, incidindo sobre elas acréscimos financeiros através da Tabela Price. Assim, em algumas situações, é mais interessante obter o valor no mercado financeiro para pagamento dos débitos à vista, em face dos descontos que são maiores, do que realizar o parcelamento, tudo após o exercício das simulações possíveis perante o site. Caros contribuintes, não percam esta oportunidade e consultem seus contadores para melhores esclarecimentos e definições quanto à sistemática que melhor atenda a solução do seu passivo fiscal.
Revista 85
Religião
O Papa no Facebook quem gostou, curte! Texto Heloiza Helena C. Zanzotti
Católica. Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, filho de um funcionário ferroviário e de uma dona de casa, Jorge Mario Bergoglio é o primeiro pontífice não europeu em mais de 1200 anos. Lembrado como um menino travesso, que corria muito pelas escadas do colégio quando começou a frequentar a escola, ainda jovem teve uma doença respiratória devido ao tabaco, o que ocasionou a perda de um pulmão. Graduado em Filosofia e Teologia; fez graduação e mestrado em Química na Universidade de Buenos Aires e doutorado na Alemanha. Além do espanhol, fala fluentemente italiano, alemão, francês, inglês e possui razoável conhecimento do Português. Ligado a setores católicos conservadores na Argentina, contrário ao aborto, à eutanásia e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, durante seus anos como cardeal em Buenos Aires vivia num pequeno quarto atrás da Catedral Metropolitana e utilizava transporte público, além de cozinhar a própria comida. O atual Papa Francisco também sempre evitou aparições na mídia e é grande apreciador de música clássica e literatura. Já nos primeiros dias depois de eleito, algumas atitudes chamaram a atenção e foram largamente divulgadas, como ter aparecido ao povo na sacada do Vaticano com seu crucifixo de aço, e não de ouro como os de Papas anteriores, e também o fato de ter recusado o manto vermelho decorado com peles, usado por Bento XVI, continuando a usar sua roupa branca. Francisco também recusou a limusine blindada papal para comparecer a um primeiro evento, no dia seguinte de sua eleição, preferindo um veículo comum, e ainda surpreendeu a todos fazendo questão de pagar pessoalmente a conta do hotel onde tinha se hospedado para o conclave. Lembrando que o hotel pertence à própria Igreja Católica. Publicações em diversos sites contam que dias depois de eleito, surpreendeu um telefonista em Roma ao ligar pessoalmente querendo falar com um padre amigo e dizendo ser o Papa. E adivinhem o que ouviu de volta? – “Você é o novo Papa? Ah sim, e eu sou Napoleão!”. Em outra ocasião, também ao anunciar-se em uma ligação telefônica, teve sua chamada novamente confundida com um trote e foi chamado de “idiota”. Vale informar que nunca outro Papa fez ligações telefônicas diretamente, estas sempre foram feitas por assessores ou pelo seu secretário. Ainda que todas estas atitudes atraiam a simpatia pelo novo Papa, seu nome já foi associado à ditadura militar na Argentina e ele foi denunciado em 2005 pela justiça daquele país por supostamente ter se envolvido no sequestro de dois missionários 86 Revista Energia
Foto: Divulgação
C
onhecido por possuir hábitos simples, mostrando desde o início um novo estilo de papado, conheça um pouco mais de Francisco, o novo líder da Igreja
jesuítas em 1976 e de filhos de presos políticos durante a ditadura no país (1976-83). Seus defensores dizem que não há provas contra ele e que, ao contrário, ele ajudou muitos a escapar das Forças Armadas durante os anos de chumbo. Segundo o Cientista Político e Sociólogo Heraldo Bello da Silva Júnior, infelizmente é frustrada a expectativa criada pela maioria das pessoas de que o Papa eleito fosse “bonzinho, defensor da diversidade” uma vez que, sabe-se, os moldes da igreja católica não serão mudados, pelo menos não radicalmente. Ele explica: “Este ou qualquer outro Papa que fosse escolhido deveria ser conservador, sem possibilidades de Papa revolucionário! Creio que o principal motivo da escolha do Papa argentino é pelo fato de a América Latina deter o maior número de católicos no mundo. Isso é de fundamental importância na revitalização do catolicismo. A Igreja Católica precisa renovar sem mudar seu conservadorismo, precisa não perder mais fiéis ao mesmo tempo em que quer manter sua linha de pensamento conservador. E um desafio é justamente o fato de vir perdendo fiéis, principalmente para as religiões evangélicas. Na verdade, o próprio nome do Papa foi uma renovação, pois o nome Francisco nunca havia sido usado na Igreja”. Discussões à parte, o esperado pela maioria é que o Papa, ou qualquer outro líder religioso, possa contribuir cada vez mais para a paz e a harmonia entre todos os seus seguidores. Quanto ao Facebook, o Papa Francisco já tinha um perfil na rede social antes da nomeação e, por sinal, depois de sua posse como novo pontífice da Igreja, o número de “curtidas” em sua página aumentou em mais 100 mil.
Revista 87
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