Revista Energia 34

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Distribuição gratuita - Venda proibida

Jaú - Ano 4 | Edição 34 | Mensal - Junho 2013

Casa Ortigoza 75 anos e uma história de sucesso!

gente fina

Abílio Laranjeira Rodrigues de Areia

Namorar ou ficar?

Qual a preferência dos jovens?

Perfil

Uma mulher na Marinha Mercante


2 Revista Energia


Editorial

Ano 4 – Edição 34 – Jaú, Junho de 2013 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação mensal da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286

Viver é um ato de coragem

Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br

J

unho é o mês que marca o início da estação mais fria e chique do ano, o inverno. Como todo mês, a equipe da RE esteve empenhada e atenta aos principais assuntos do Brasil e do mundo, e o resultado foi um só: uma edição repleta de matérias atuais e que mostram, mesmo que subjetivamente, um item indispensável na vida: a coragem.

Criação de anúncios: Raul Galvão arte@revistaenergiafm.com.br Redação e revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br

Diagramação BV Gráfica (14) 3622-2851 Projeto gráfico: Revista Energia Projetos Especiais: Leandro Carvalho Fotografia e Produção Fotográfica Leandro Carvalho foto@revistaenergiafm.com.br Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colunistas Alexandre Garcia Antonio Paulo G. Trementocio Carlos Alexandre Trementose Caroline Pierim João Baptista Andrade Marcelo Macedo Mário Franceschi Netto Paulo Agnini Professor Marins Colaboraram nesta edição Antônio Orselli Érika Lopez Ricardo Izar Jr. Tamara Urias Comercial Jean Mendonça Joice Lopez Moraes Sérgio Bianchi Silvio Monari Impressão: Gráfica São Francisco Distribuição: Pachelli Distribuidora Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624-1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br

Foto: Cláudio Bragga

Repórteres Marcelo Mendonça jornalismo@revistaenergiafm.com.br

A matéria de capa traz a história da Casa Ortigoza, fundada por um imigrante espanhol que aprendeu a profissão de sapateiro na Espanha e mostra que, em um ato de coragem e dedicação, é possível transformar um pequeno negócio em uma empresa tradicional. No “Gente Fina” outro imigrante: Abílio Laranjeira Rodrigues de Areia, português, que por pouco não seguiu teologia e ordenou-se padre. Vindo ao Brasil para fugir da Ditadura de Salazar, acabou vivenciando a revolução militar de 1964 e tem muita história para contar. No perfil, você confere a história da jauense Michele Campanhã Cardia, que optou por ter o mar como sala de trabalho. E ainda temos as histórias e vitórias das relações homoafetivas, após o Conselho Nacional da Justiça determinar que todos os cartórios oficializem estas uniões estáveis. Além dessas, há muitas outras matérias incríveis, como o texto que aborda os filhos que passam muito tempo online, e dá embasamento para identificar até onde a tecnologia é benéfica para crianças e adolescentes. E para fechar com chave de ouro, “Salve-me, Jorge” marca o primeiro tema de uma nova coluna, “Entre aspas”, assinada pelo nosso queridíssimo repórter fotográfico Leandro Carvalho, que a cada edição abordará temas atuais, mas com uma pitada de humor. Desejo a você uma ótima leitura e uma dose de coragem a cada ato na vida!

Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, anúncios e informes publicitários.

Maria Eugênia Revista 3


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NESTA EDIÇÃO 06 Comportamento 18 Perfil 24 Tecnologia 32 Tendência 58 Conexão na Moda 80 Atualidade 82 Relacionamento

Look de Artista

ÍNDICE

SEMPRE AQUI 10 Radar 12 Jurídico 14 Pense Nisso 16 Especial Profissões 22 Raça do Mês 23 DPI 28 Gente Fina 34 Garota Energia 36 Unimed 42 Quem Fez Jahu 44 Capa 48 Look de artista 54 Varal 60 Look Kids 62 Moda 64 Fitness 66 Social Club 77 Boa Vida 78 Gourmet 79 Guia da Gula 85 Empresarial 86 Entre Aspas

4 Revista Energia

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Perfil Uma mulher na Marinha Mercante

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Gente Fina: Abílio Laranjeira Rodrigues de Areia

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Varal: Peças para arrasar em qualquer ocasião

Distribuição gratuita - Venda proibida

Jaú - Ano 4 | Edição 34 | Mensal - Junho 2013

Casa Ortigoza 75 anos e uma história de sucesso!

GENTE FINA

Abílio Laranjeira Rodrigues de Areia

NAMORAR OU FICAR?

Qual a preferência dos jovens?

PERFIL

Uma mulher na Marinha Mercante

Nossa capa: Paulo Sérgio e Fernando Ortigoza Foto: Leandro Carvalho Produção Gráfica: BV Gráfica



Comportamento Perfil

Namorar 6 Revista Energia


ou

ficar? Atitudes, valores e preferências dos adolescentes Texto Érika Lopez Foto Leandro Carvalho

S

er pai ou mãe, hoje em dia, não é tarefa fácil. Só quem tem filhos sabe bem como é. Primeiro, porque é necessário assumir, diante de tantos outros, um caminho pelo qual deve-se pontuar a autoridade e as decisões tomadas com relação a eles. Segundo, porque já está desgastada a comparação com os valores do passado. É preciso ter consciência de que tudo mudou, até mesmo os caminhos dos adolescentes. Os atos namorar ou ficar atingem níveis de comportamentos que preocupam muito os pais e educadores. Algo que deveria ser natural, belo, prazeroso e educativo, passa a ser um drama quando encarado como proibido para a idade, ou como uma caixa de surpresas: companhias, sexo, gravidez e doenças.

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HORA CERTA É frequente ouvir dos pais, principalmente de meninas, a frase: “Ainda não está na hora de namorar, primeiro os estudos!”. Mas, no ambiente escolar ou até mesmo no convívio com os amigos, o papo é outro. E uma coisa é certa, se forem proibidos, se encontrarão escondido. Segundo a psicóloga Patrícia Pelegrina Rosseto, é difícil dizer qual o momento certo, pois depende muito do jovem e da situação em que ele está. E, principalmente, de como ele interpreta o namoro. “Para muitos pré-adolescentes, estar namorando é poder se afirmar como homem e mulher, e mostrar ao mundo que se está deixando de ser criança; é poder experimentar ser adulto. Significa uma forma de aprender a sentir afetos, amor e prazeres associados a sexo, desde pegar na mão, beijar no rosto, entre outros”, afirma Patrícia. Idade exata para se iniciar um relacionamento não existe. O ideal é que, no próprio contexto familiar, se aprenda a respeitar o outro, a tolerar as diferenças, a valorizar a vida e as pessoas.

Tem gente que prefere apenas ficar, sem compromisso de namoro, sem ter que dar satisfações no dia seguinte. É uma forma de experimentar um início para a vida amorosa. Na maioria das vezes, representa o interesse sadio por outra pessoa e não passam de alguns beijos, abraços e carinhos, até certo ponto descomprometidos.

Foto: Arquivo Pessoal

SÓ POR HOJE

As amigas, Karolina Alencar, Ana Antonioli e Bia Altieri


Patrícia explica que o adolescente, ao ficar, exercita sua descoberta da sexualidade: seu corpo, sua personalidade, sua autoestima, o outro e o prazer. Na opinião da auxiliar de cabeleireira Ana Antonioli, 18, ficar é bom quando a pessoa está a fim de aproveitar a vida sem compromisso. “Não me acho nova para namorar. Acredito que para ter um relacionamento, idade não é o mais importante, mas se a pessoa é madura o suficiente”, conta. Ana acredita que hoje em dia muitos garotos não querem namorar porque preferem sair com os amigos, sem ter que se preocupar em ligar ou mandar uma mensagem pelo celular no dia seguinte. Mas também tem muitas garotas que não procuram mais um relacionamento sério. “Eu, por exemplo, também prefiro, pois não achei a pessoa certa. Já namorei quando tinha 14 anos, mas atualmente estou optando por apenas ficar”, afirma.

de intimidade que pode ocorrer vai depender de cada pessoa e também dos limites que se estabelecem. Mas a falta de compromisso não significa passar por cima dos seus valores e fazer algo contra a própria vontade, só para ser considerado pelo grupo. Patrícia ressalta que namorar envolve compromisso. “Este é o primeiro relacionamento afetivo, a primeira experimentação de convivência de duas pessoas que estão se gostando. Ficar ou namorar são situações distintas e que podem ser vivenciadas de forma saudável ou não”.

DIÁLOGO X SEXO Conversar com os filhos é, sem dúvida, a questão mais importante. A psicóloga orienta que não basta somente

informar, mas que os pais passem uma postura positiva em relação ao sexo, colaborando para que os jovens percebam a sexualidade como algo bonito e prazeroso. “Muitas vezes, antes de falar com os filhos, os pais devem se reeducar, revendo como ocorreu a sua educação sexual corrigindo, se necessário, mitos e conceitos errados. A educação sexual deve ser embasada na ética, nos valores, no respeito a si mesmo e ao outro”, enfatiza. É importante lembrar que o diálogo correto ajuda a lidar melhor com a sexualidade e permite vivê-la no momento certo, sem culpa. Segundo pesquisas, o fato de conversar com os filhos sobre sexo colabora, fazendo com que eles adiem o início da vida sexual para quando se sentirem mais amadurecidos e preparados.

É SÉRIO Já o namoro pressupõe a exigência de permanência, de mais consistência na relação, de maior envolvimento e, porque não, de maturidade. A possibilidade de dar e receber amor alimenta a autoestima, conduzindo os jovens ao equilíbrio emocional. O estudante Felipe Borgo, 18, conta que prefere namorar, já que nesse status sempre poderá ter uma pessoa especial ao seu lado para poder compartilhar os momentos felizes. “Ficar é bom, mas você não vai ter alguém para dar apoio na hora que você precisar, dar um ombro amigo, ajudar nas dificuldades, esses foram alguns dos muitos motivos que me levaram a começar a namorar”, conta. Além disso, na opinião dele, um namoro precisa de cumplicidade, sinceridade, confiança, fidelidade. Sobretudo, amor.

Vivemos em um mundo moderno. O ficar é um treinamento para relações futuras. Antes os pais flertavam, hoje os filhos ficam. Para a especialista, o grau

Foto: Arquivo Pessoal

É MELHOR QUE MEU FILHO NAMORE OU FIQUE? Felipe Borgo e a namorada Izabela Ricci

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Radar

Boa

Por Alexandre Garcia

Nações em terra brasileira

A

importação de médicos cubanos substituiu, no palco das notícias, o escândalo da importação de paraguaios para ocupar reservas indígenas fajutas. Mas a questão continua à espera de uma solução. No município de Alto Boa Vista, Mato Grosso, uma família de agricultores passa dificuldades porque a FUNAI não deixou que colhesse 600 hectares de soja que havia plantado, nem que retirasse o equipamento agrário da área, que virou reserva sem índio. Uma repetição do fiasco da reserva Raposa Serra do Sol, em que agricultores expulsos estão plantando arroz na Guiana e índios supostamente beneficiados estão na periferia de Boa Vista - em lixões ou na prostituição - já que o sustento deles vinha das relações com os rizicultores. Quem criou a reserva não está interessado em índio; apenas os usou como pretexto. Um ex-comandante de unidades militares no Amazonas me conta que índio não quer continuar na idade da pedra, onde a FUNAI e seus antropólogos, o Conselho Indigenista Missionário e ONGs sediadas na Europa querem que ele fique. Índio quer camioneta, parabólica, confortos de eletrodomésticos e escola para abrir caminho rumo à igualdade com os outros brasileiros. Hoje poucas tribos permanecem isoladas, como os Waimiri-atroaris, sob a influência de antropólogo que adora uma redoma sobre o índio. Aldeias são chamadas de nações, numa tentativa de segregá-las do Brasil, certamente por vontade de ONGs interesseiras. Afinal, temos madeira, matérias-primas medicinais e muito minério precioso em áreas dessas “nações”. Há algumas semanas, a presidente Dilma sofreu uma vaia por

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parte de agricultores e pecuaristas em Campo Grande. Ela teve a humildade de procurar a razão da vaia e descobriu que os produtores de alimento tinham razão. A consequência foi que sua Ministra do Gabinete Civil, Gleisi Hoffmann, pediu ao Ministro da Justiça que a FUNAI interrompa a criação de reservas no Paraná. Isso se estende ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, em lugares onde a EMBRAPA – a melhor empresa do governo – identificou como áreas produtoras de alimento. De agora em diante, a EMBRAPA vai ser ouvida. E, como sabemos, a EMBRAPA tem credibilidade e méritos para isso. Ela contribuiu para aumentar a oferta de alimentos no Brasil e para o sucesso das exportações de produtos da terra. A Ministra, que fala em nome da Presidente, foi dura: “a FUNAI não está preparada, não tem critérios claros para fazer gestão de conflito, não tem capacidade de fazer mediação entre interesses de índios, de agricultores e pecuaristas”. E a Presidente não aguenta mais o uso de índios para prejudicar as obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. Ela sabe quem manipula os índios. Hoje, 13% do território nacional é ocupado por aquilo que a FUNAI e ONGs chamam de nações. Ora, se a integridade nacional está sendo cedida a outras nações que não a brasileira, essa é uma questão para o Congresso Nacional, não para a FUNAI, CIMI, ONGs ou antropólogos. Na Constituição, o primeiro fundamento do Brasil é a soberania. Estariam abrindo ilhas na nossa soberania?



Jurídico

Por Carlos Alexandre Trementose

O

Alienação Parental

texto da Lei nº. 12.318/2010 traz expresso de forma simples a tradução do significado do nosso tema deste mês: “Art. 2º. Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância, para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.” Em resumo, a alienação parental é a prática de atos que visem a afastar a criança do pai, da mãe ou de seus familiares mais próximos sem qualquer motivo justo, utilizando a criança, na maioria das vezes, como instrumento de vingança. Isso é mais comum do que se imagina. Os especialistas dizem que a grande maioria dos filhos de pais separados já sofreu algum tipo de alienação parental. A lei explica ainda, de forma exemplificativa, como se caracteriza a alienação parental, que pode ser realizada por campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; de dificultar o exercício da autoridade parental; de dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; de dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; de omitir deliberadamente ao genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; de apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; de mudar o domicílio para local distante sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós, dentre outras.

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Constatada uma das fatalidades acima, ou ainda que sejam indícios de ato de alienação parental, as quais serão realizadas por perícia de profissionais ou equipe multidisciplinar de psicologia ou biopsicossocial, o juiz poderá: declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; estipular multa ao alienador; determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; declarar a suspensão da autoridade parental, conforme o caso. A situação é delicada e compromete muito o desenvolvimento dos filhos, sendo que a melhor solução para os conflitos é a resolução amigável, sempre buscando o bem-estar da criança e do adolescente.


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nisso

Pense

LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br

Por Professor Luiz Marins

Empresa não é vampiro! Há pessoas que confundem trabalhar, dedicar-se à empresa, aos clientes, ao mercado, à marca, com “dar sangue...” pela empresa. Essas pessoas são as chamadas “ativistas”. Matam um leão por dia como elas próprias dizem, trabalham, trabalham, trabalham. São muito “ativas”, vivem correndo para cima e para baixo. A pergunta é a seguinte: Será que o que essas pessoas demasiadamente “ativas” estão fazendo é o que elas deveriam estar fazendo? Será que o que elas estão fazendo está criando a empresa de amanhã, aumentando a fidelização de clientes à marca? Será que o que elas estão fazendo está agregando valor para os clientes da empresa? Será que o que elas estão fazendo não é apenas uma grande “poeira” para que todos vejam e que não tem eficácia alguma? Será que o elas estão fazendo não é simplesmente atormentar a vida de todos? Empresa não é vampiro. Ela não precisa do “sangue” dos seus funcionários para sobreviver. Ela precisa muito mais da inteligência, do comprometimento, da participação, da atenção aos detalhes. Uma empresa precisa de funcionários que realmente reinventem as relações empresa-mercado-marca-clientes.

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É claro que funcionários dedicados e sempre presentes são avaliados positivamente. É claro que funcionários que trabalham muito são valorizados. Porém, é preciso que tenhamos uma preocupação genuína com a qualidade de utilização de nosso tempo. Não basta ficar 12 horas na empresa fazendo coisas irrelevantes para o sucesso da empresa e seu mercado. Sempre desconfiei de pessoas que dizem “dar sangue” pela empresa. Sempre desconfiei de pessoas que nunca tiram férias. Sempre desconfiei de funcionários que se acham insubstituíveis. Gostaria de sugerir que você fizesse uma análise das suas atividades e visse se você anda fazendo coisas realmente relevantes para o sucesso da sua empresa. Veja se o que você faz realmente agrega valor para a marca, para o mercado, para os clientes. Não use este texto como desculpa para trabalhar menos, para se comprometer menos. Pelo contrário. A mensagem é de comprometimento total e para que isso seja realidade é preciso que demos à empresa muito mais nossa inteligência e vontade do que nosso “sangue”. Pense nisso. Sucesso!



Especial profissões

Químico Por Érika Lopez

Conheça mais sobre a carreira

O

químico é o profissional que estuda a composição, as propriedades, as transformações e reações da matéria - solo, água, ar e poluentes; tintas corantes, borracha, petróleo, têxteis; minerais e metais; metabolismo. Além disso, o químico usa os conhecimentos e as propriedades químicas conhecidas para criar novas substâncias, melhoram processos industriais, produzem medicamentos, cosméticos, podendo também realizar pesquisas. Segundo o professor de química, Daniel Antônio Turini, para ser químico é obrigatório o diploma de curso superior, que tem duração de quatro anos. O diploma de licenciatura é exigido para aqueles que querem atuar como professores no Ensino Fundamental e Médio. Para atuar em pesquisas tecnológicas e acadêmicas, no setor de produção e desenvolvimento industrial, e em atividades relacionadas à educação superior é indispensável o diploma de bacharel. Até o momento, a maioria das instituições de ensino superior exige pós-graduação. É necessário no mínimo grau de mestre para ter o cargo de professor.

Daniel Antônio Turini

ÁREAS DE ATUAÇÃO Dar aulas nos ensinos fundamental e médio e, com pós-graduação, na educação superior; Desenvolver e acompanhar técnicas de tratamento de resíduos industriais para impedir ou reduzir a poluição de água, ar e solo; Trabalhar em universidades, institutos de pesquisa, indústria e órgãos do governo, produzindo testes e publicando artigos científicos; Química Forense: atuar na área de perícia, realizando testes a partir de evidências como impressão digital e compostos químicos para solução de crimes; Química industrial: atuar desenvolvendo novos produtos, materiais e processos químicos industriais, testando a qualidade de produtos e trabalhando no tratamento de poluição e resíduos.

MERCADO DE TRABALHO De acordo com Daniel, a crescente onda de investimento no Brasil por parte das indústrias estrangeiras torna o químico um profissional de grande importância. “Basta atentar 16 Revista Energia

para o número de segmentos da indústria alimentícia, de materiais, de utensílios, da siderurgia, geração de energia, purificação de materiais básicos e farmacologia que temos em nosso país”, conta. O Petróleo, atualmente, apresenta duas boas oportunidades de trabalho para os químicos. A primeira é trabalhar como especialista, atuando na indústria petrolífera, que no Brasil tende a crescer muito nos próximos anos devido às novas descobertas; a segunda é o oposto, trabalhar pesquisando novas formas de energia e combustíveis para o futuro.

ONDE ESTUDAR As universidades mais próximas de Jaú para fazer o curso ficam em Bauru (UNESP), Araraquara (UNESP), Ribeirão Preto (USP) e São Carlos (USP E UFSCAR). A cidade de Bauru possui instituição particular e pública.


Revista 17


Perfil

O horizonte não é o limite Texto Marcelo Mendonça

“Ouvi dizer que quem entra nessa carreira não sai nunca mais, pois existem três tipos de homens: os mortos, os vivos e os que andam no mar. Os homens do mar não são pessoas comuns”

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Persistência e determinação são

Equipe Marinha Mercante

essenciais para quem vai Foto: Divulgação

trabalhar embarcado

A

carreira na Marinha Mercante nunca foi tão promissora como atualmente. Nesta profissão, é possível ter estabilidade financeira e perspectiva de crescimento. De acordo com publicação do IBGE (2008), houve um rompimento de tabus e hoje, as profissões antes destinadas ao público masculino, têm ganhado o coro de mulheres. Michele Campanhã Cardia, 26, é apaixonada pelo mar. Não quis ser advogada ou estudar moda em São Paulo. Fez uma escolha pouco comum entre as mulheres. Acaba de concluir o curso de Oficial da Marinha Mercante e vai ajudar a conduzir gigantes que navegam em alto mar. A RE conversou com esta profissional que dividiu um pouco do seu mundo.

O que a levou a seguir carreira na Marinha? Minha vontade de entrar na Marinha veio quando morei um tempo em Salvador, próximo ao porto, e ficava observando aqueles navios cargueiros enormes; isso me despertou uma vontade alucinante de estar embarcada em um deles. Como é sua rotina? Hoje estou morando em Belém-PA. Agora, com o fim das aulas, estou mais tranquila. Era bem puxado antes, as aulas começavam 7h10 da manhã e terminavam às 17h, inclusive aos sábados. Passávamos também por treinamentos de sobrevivência no mar e combate a incêndios, já que é um trabalho onde se correm muitos riscos. E não tinha alívio nenhum, mesmo sendo mulher (risos). Qual sua verdadeira função na Marinha? O próximo passo, após a teoria e os treinamentos, me torna praticante no navio, uma espécie de estágio que ainda faz parte do curso. No término dessa prática minha patente será 2°oficial de máquinas. Serei responsável por toda a parte de manutenção e controle das máquinas do navio. Quais as dicas para quem deseja seguir seus passos? Para realizar o curso da Marinha Mercante é necessário ser graduado. São aceitos vários cursos relacionados à engenharia; como sou formada em Construção Naval pela Fatec-Jaú, tive a oportunidade de realizar a prova e passar no concurso. É preciso muita dedicação, pois temos que abrir mão da família, dos amigos, da cidade natal para ir para outros lugares com pessoas e culturas diferentes. Persistência e Revista 19


determinação são essenciais para quem vai trabalhar embarcado. É uma oportunidade muito legal de conhecer lugares diferentes a cada instante.

A distância de casa e o tempo no mar geram um desgaste? A distância é parte mais difícil, estar longe da família nas datas comemorativas e na hora que estamos realmente no sufoco não é fácil, mas a vontade de realizar o sonho é maior. O apoio da família, mesmo que de longe, é o que me dá força para continuar na busca do meu sonho. Você pretende ir mais longe na Marinha, quais seriam as opções a partir de agora? Sim, eu pretendo seguir a carreira e ir me aprimorando na área. A Marinha oferece cursos, depois de certo tempo embarcado, que permitem que a patente vá subindo, de acordo com a hierarquia da Marinha. Meu objetivo é chegar à patente mais alta, que é a de chefe de máquinas do navio. Michele em treinamento

Como é a relação com outros marinheiros? Na minha turma são apenas três mulheres, é preciso dedicação para mostrar que você realmente é capaz de ter conhecimento o suficiente para ser uma boa profissional. Mas os homens procuram ajudar quando encontramos alguma dificuldade, porém, fazemos o mesmo trabalho, ninguém alivia pelo fato de ser mulher.

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Raça do mês

Maltês

Por Heloiza Helena C. Zanzotti | Fotos Leandro Carvalho

C

Marcela Sampaio de Souza, Jack Sparrow e Lara Croft

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onsiderada uma das raças mais antigas do mundo, o Maltês, ou Bichon Maltês tem origem muito discutida, sendo Malta a mais comum colocação aceita. Na antiguidade atribuíam-se propriedades sobrenaturais aos malteses, que eram considerados verdadeiros amuletos da sorte. Acreditava-se, por exemplo, que ter um destes cães por perto ajudava a curar doenças. Sua principal característica é ser um cão de companhia de primeira classe. Extremamente carinhoso, leal e corajoso, embora seu tamanho não lhe atribua a guarda, é um exímio cão de alerta. Inteligente e bastante apegado ao dono, apesar de seu instinto tão amável o Maltês não é a companhia mais recomendada para crianças pequenas, pois as brincadeiras podem machucá-lo ou incomodá-lo, entretanto, crianças que saibam como lidar com cães pequenos podem conviver bem com eles. O pelo longuíssimo do maltês é uma das características que torna esta raça muito atrativa. É um cachorro elegante, com cabeça, cauda e membros cobertos de pelo sedoso, branco e muito brilhante. O maltês é um cão pequeno, os exemplares machos da raça medem entre 21 e 25 cm, e as fêmeas entre 20 e 23 cm. O peso fica entre os 3 e 4 kg. Segundo a Dra Fabiana Polis Fedato, da Quatro Patas, para manter um pelo liso e sedoso os banhos devem ser semanais e a escovação frequente. Se a face é mantida seca e limpa diariamente, as manchas lacrimais podem ser minimizadas. Quando resolveu morar sozinha, Marcela Sampaio de Souza, 27, intérprete de libras, saiu com o namorado Peterson Coló, 28, para procurar um cãozinho para companhia quando se deparou com um maltês. “Peguei o cãozinho no colo e ele logo dormiu, fiquei encantada com aquela bolinha de pelo e disse que era aquele mesmo que eu queria”, conta ela. Assim, decidiram levar Jack Sparrow para casa. Mas Marcela lembra que a tranquilidade acabou logo, foi só chegar em casa que Jack ficou todo agitado, corria atrás dos pés deles, mordia as calças, só ficava quieto mesmo quando estava no colo. “Acontece que acabei nem ficando sozinha, o Peterson foi morar comigo, acho que pelo Jack”, diz, aos risos. Agora Jack está com 1 ano, e resolveram comprar uma fêmea para que ele não ficasse muito sozinho. Então, adquiriram a Lara. “O Peterson achou a Lara Croft na internet e a compramos”, conta Marcela. Ela diz que os dois são muito unidos, brincam o tempo todo e completa: “Não trocaria por outra raça, o maltês é muito companheiro, muito carinhoso, onde estamos eles estão”.


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Tecnologia

Carolina Amaral Dall’Ovo e o filho Murilo do Amaral Dall’Ovo

Crianças online: como evitar o vício Vivemos em um mundo em que estar conectado é fundamental, mas ultrapassar limites pode resultar em riscos para a saúde Texto Érika Lopez | Fotos Leandro Carvalho

E

le chega da escola correndo, fala rapidamente com os pais, vai direto para o quarto e passa a tarde inteira no computador ou no videogame, chegando a ficar até altas horas, saindo apenas para comer alguma coisinha ou ir ao banheiro. Você se identificou com essa história? Situações como essa, quando passam a ser rotineiras, podem ser sinal de dependência de jogos online e videogame. Alguns pais usam a justificativa: “É só uma fase”. Porém, muitos não 24 Revista Energia

sabem que a compulsão por jogos online é um problema real, e está associado a outro vício: a compulsão por internet. A tecnologia, até mesmo para os adultos, é viciante. Não é? Muitos adultos perdem horas em jogos online, brincando com seu smarthphone, ou tablet. Contudo, quando se fala em crianças x computadores x internet, o cuidado deve ser dobrado porque, além de vício, as crianças podem estar usando de forma errada as informações da rede.


Além disso, existem os videogames conectados à televisão, aos aparelhos móveis e portáteis, como os jogos de celular.

TENHA CERTEZA QUE É SEGURO

Segundo a psicopedagoga Alessandra de Souza Parronchi, é necessário ficar sempre de olho nos sites que seu filho visita, olhando o histórico do computador em um horário que ele não perceba, para que não perca a confiança em você. A internet pode ser bacana, mas também pode ser uma arma para o mal. Perfis engraçadinhos de crianças podem ser pedófilos disfarçados para conseguir novas paqueras e aliciar menores. Por isso, ver com quem seu filho conversa também é bom. “Crie um perfil nas redes sociais e seja amigo dele, não tenha vergonha ou medo de ser a única mãe no bairro a proibir seu filho de 9 anos de ter um perfil no Facebook. Você estará fazendo o certo”, ressalta Alessandra.

SAÚDE COMPROMETIDA

Crianças adoram a internet e algumas acabam por passar o dia inteiro, ou horas a fio conectadas. Isso pode resultar em problema, não apenas na educação, mas pelo desinteresse para com a vida social. A empresária Carolina Amaral Dall’ Ovo passa certos apuros com o pequeno Murilo do Amaral Dall’ Ovo, de 6 anos. Ela conta que o filho brinca com jogos online desde os 2 anos de idade. “Eu deixo jogar só um pouco e quando percebo já passou um tempão, peço para parar e ele reclama muito, fica bravo”, conta. O desenvolvimento de distúrbios psiquiátricos e crises de abstinência também estão associados ao vício. “Quando eles

não podem jogar, ficam irritadiços, inquietos e até deprimidos. Se saem com os pais no fim de semana, ficam péssimos porque querem logo voltar para casa”, explica a psicopedagoga.

ESTIPULE HORÁRIO

De acordo com Alessandra, todos os filhos devem ter horários, e mesmo que o computador esteja no quarto dos seus filhos, ele precisa de limites para acessar a internet. “Imagine-se nessa situação: você é uma criança, chega em casa depois da escola, almoça e vai logo para o computador. Seus pais não o proíbem, pois chegou da escola e está cansado, então, começa a jogar, todos sabemos que um estágio leva a outro, você se encontra em um estágio avançado e seus pais o chamam para fazer a tarefa. Como você ficaria? Irritado, com certeza. Esse sentimento é bom? Não. Os horários são importantes por esse motivo”, explica. Caso queira garantir que eles sejam cumpridos, coloque uma senha para desligar e ligar a internet, apenas com sua autorização. Não deixe que seus filhos percam o sono e cochilem em sala de aula porque ficaram a noite toda online. O melhor horário é depois de feitas as tarefas escolares e, no máximo, duas horas por dia. O tempo pode ir aumentando de acordo com a idade e com o amadurecimento dos pequenos. No caso de pesquisas escolares, você pode aumentar o horário de acesso, mas sempre vigiando, para ter certeza que é isso que eles estão fazendo.

RISCOS E PREVENÇÃO

Carolina acredita que se continuar impondo limite no filho em relação aos jogos, não deverá ter

Alessandra de Souza Parronchi, psicopedagoga

Revista 25


nenhum problema. “Os jogos que ele brinca estimulam o raciocínio, por esse lado é bom. Mas quando quer ficar só no computador, e não brinca com outras coisas, aí brigo com ele”, conta. A psicopedagoga explica que, com o excesso de tempo gasto em jogos online, as crianças têm a tendência a se desmotivar dos afazeres escolares, atividades extras e, consequentemente, da escola. Além de afetar o comportamento em relação à família, aos amigos e às pessoas que o rodeiam. “Não posso deixar de citar, também, a saúde, pois passam muito tempo sentados, prejudicando sua circulação sanguínea. O exagero pode causar ainda dores de cabeça, tontura, enjoo, estresse, isolamento social e depressão. Outros problemas que podem ocorrer são a tendinite e hérnia de disco, que causam dores nas costas ou na cabeça”, explica Alessandra. Ela ainda orienta para que seu filho não tenha problemas futuros de isolamento. “O ideal é trazer mais amigos para a aventura, de modo a incentivar a interação humana. Se ele não sai do computador, escolha sites que tenham jogos educativos que trabalhem a atenção, memória, percepção, visão lateral, raciocínio lógico, enfim, jogos que o ajudem a desenvolver habilidades”, finaliza.

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Murilo do Amaral Dall’Ovo


apresenta

A BBZ comemora com você mais um ano de sucesso! Neste mês a BBZ comemora 4 anos sob nova direção. Com foco na qualidade e bom relacionamento com os clientes, os proprietários Guilherme e Rodrigo possuem visão promissora e foco na inovação. Há mais de 30 anos atuando no mercado e com uma ampla gama de produtos nacionais e importados, a BBZ conta com uma equipe de vendas treinada e capacitada para melhor atender seus clientes.

Líder no segmento de distribuição de materiais elétricos, a BBZ oferece qualidade, preços competitivos e ótimos planos de pagamento, além de possuir consultoria técnica para acompanhamento de obra, seja ela comercial, industrial ou residencial. Neste mês de aniversário quem ganha é você, cliente BBZ. A loja está recheada de promoções relâmpago e descontos especiais.

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BBZ Materiais Elétricos

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Gente Fina

“A revolução me deixou pobre” 28 Revista Energia


Abílio Laranjeira Rodrigues de Areia Texto Antonio Marcos Orselli Fotos Leandro Carvalho

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uem diria que aquele menino, que aos 13 anos fugiu do país natal por medo da ditadura salazarista, iria encontrar anos depois no Brasil um Governo de Exceção semelhante ao português? Abílio Laranjeira Rodrigues de Areia, 71 anos a serem completados, é o “gente fina” de junho. E com muita história para contar. Nascido numa família de oito filhos, por muito pouco não cursou teologia e seguiu o caminho dos irmãos. “Naquela época ou você ia para a lavoura trabalhar, ou estudava no seminário. Tenho duas irmãs freiras e dois irmãos que foram ordenados padres”, conta. Quando deixou a Europa, Abílio sonhava em conseguir um bom trabalho, que lhe rendesse boa remuneração, sem que tivesse que passar pelo mesmo calvário dos amigos da mesma idade, em Portugal. “A vida era muito difícil, como eu disse, a única opção era trabalhar com enxada. Acho um trabalho muito digno, mas eu queria mais do que isso”, relembra. Chegando ao Brasil se fixou em São Paulo, onde um tio o aguardava com um emprego. “A passagem de navio foi paga por ele, então, trabalhei em uma de suas padarias para pagar a dívida da viagem”. E aqui começa a história deste imigrante português. Sair de um país que vivia uma ditadura, para encontrar outro que logo depois também viveria a mesma situação não o deixou frustrado?* Frustrado não, mas assustado. A ditadura de Salazar (Antônio

de Oliveira) foi uma época difícil para os portugueses. Apesar da pouca idade, 13 anos, eu não queria viver em um país onde não havia liberdade. Como parte da família já estava no Brasil, resolvi embarcar no navio para uma viagem que a princípio seria sem volta. Eu queria vencer na vida, ganhar meu dinheiro, constituir família, e infelizmente isso não era possível em Portugal. N.R.: Salazar assume o governo português em 1932 e inicia um longo mandato como primeiro ministro que dura cerca de 36 anos. Seus primeiros atos como governante são tornar a União Nacional como único partido legal do país e estabelecer uma nova Constituição (1933) que substituía a anterior, de 1911, com um perfil nitidamente fascista. Era o início do Estado Novo Português, que mergulharia Portugal na mais completa inércia política, econômica e social, reprimindo fortemente os grupos de pensamento diverso daqueles do partido oficial, e estabelecendo a ideologia fascista em Portugal. Foi difícil o começo em São Paulo? Não foi nada fácil. Trabalhava na padaria do meu tio, o pouco que ganhava era para pagar a passagem e o que sobrava dava para me manter, mas sem muita regalia. Era uma época difícil, mas que ainda tenho saudade. Foi trabalhando duro com 13 anos que amadureci, e hoje posso me orgulhar da família que construí. Hoje em dia, a molecada só aprende o que não presta na rua, a lei que impede esses jovens de trabalhar precisa ser mudada. O trabalho

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é algo que sempre fez parte da vida da minha geração, e das anteriores. Essa coisa de não deixar os garotos trabalharem os levam cada vez mais para o vício da bebida e das drogas, principalmente. E como foi viver a Ditadura no Brasil? A revolução militar de 64 me deixou pobre (risos). Quando ela aconteceu eu tinha 21 anos e já trabalhava com armarinhos e miudezas, além de produzir alguma bijuteria. Meus clientes eram todos do sul do país, principalmente do Paraná e Rio Grande do Sul. Costumava viajar para lá e ficava semanas visitando cidades. Quando explodiu a revolução, eu estava no Paraná, e voltei imediatamente para São Paulo. Aos poucos, fomos percebendo que os militares estavam transformando o Brasil numa Ditadura, com pessoas desaparecendo e tudo mais. E como boa parte dos meus clientes no sul era formada por políticos como prefeitos e vereadores, que tinham pequenos comércios, quase todos sumiram. Do dia para a noite perdi a maioria dos contatos que tinha e fiquei pobre. Novo recomeço? Sim, aumentei a produção de bijuterias e aos poucos fui me recuperando novamente. Nada é fácil, mas quando você acorda cedo para trabalhar, tudo acaba dando certo. E como Jaú apareceu em sua vida? Vim com a família para morar em Bariri. Comprei uma pro-

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priedade rural porque havia decidido fugir da loucura em que estava se transformando a cidade de São Paulo. Pouco tempo depois, percebi que Jaú era um bom lugar para o comércio de imóveis. Com mais dois sócios criamos, em 1986, a Imobiliária Jaú e ainda estou aqui, firme e forte, trabalhando. Os amigos que me ajudaram a criar a empresa resolveram sair logo depois, e venho mantendo os negócios com o apoio da família. Meu filho me ajuda muito e praticamente assumiu a empresa comigo. Apesar de estar no Brasil há mais de 50 anos, ainda visita Portugal? Quase todos os anos. Dei um intervalo após a morte de mamãe, mas volto para lá neste semestre. Adoro Portugal, mas não troco o Brasil por nada. A culinária portuguesa, para mim, é a melhor do mundo, mas o Brasil tem muitos atrativos. Quando era vendedor, na juventude, conheci praticamente todos os estados brasileiros e posso dizer: este país é ótimo para se viver. Mas ainda mantém alguns hábitos portugueses? Claro que sim. Não dispenso a culinária e um bom vinho. Minha médica, outro dia, me pediu para ficar uma semana sem tomar vinho, para ver se alterava algo nos exames. Com o resultado nas mãos ela me disse: ‘Continue com a tradicional taça diária porque quando parou, teve pequenas alterações’. Não dispenso as caminhadas que faço quatro vezes por semana na esteira da academia ou nas ruas próximas de onde moro, e agora só tomo vinho nos finais de semana. Mas a comida portuguesa está presente quase todos os dias.

*Em 31 de março de 1964 o Estado Maior das Forças Armadas destituiu o presidente da República João Goulart e implantou um governo militar que se manteve até 1985. A criação de Atos Institucionais como o AI-5, que limitava direitos civis, fez com que o período tivesse as características de uma Ditadura Militar.

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Tendência

Aquarismo A presença da água não garante apenas harmonia, mas a formação de um interessante ecossistema

Texto Érika Lopez Fotos Leandro Carvalho

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ouca gente pode resistir à fascinação de um aquário bem decorado. Quem é que nunca pensou em ter um em casa, no trabalho? Muitas pessoas têm como hobby a aquariofilia, mais conhecida como aquarismo, e entendem do assunto. Porém, um principiante é sempre confrontado com algumas dúvidas básicas, inclusive sobre possíveis produtos. Ainda existe um preconceito de que aquários dão muito trabalho, investimento financeiro, conhecimento, ou que peixes e plantas duram pouco. Segundo o sócio-proprietário da Carpas&Capins, Bruno Creste, antigamente o aquarismo era tido como um hobby caro e difícil. Hoje em dia os preços estão mais acessíveis, e as pessoas podem obter informações através da internet. “Por todas essas razões, o pessoal voltou a ter vontade de fazer um aquário ou lago em casa. Há também a questão do bem-estar que traz para a pessoa e para o lar. Até o final da década de 90 era raro alguém ter um aquário marinho em casa. Hoje, a cada dez clientes, sete se interessam por ele”, conta. AQUÁRIO ORNAMENTAL Bruno explica que o aquarismo vem evoluindo para o natural, ou seja, para a reprodução fiel à natureza, o que eles chamam de biótopos. “O aquarista busca reproduzir ambientes aquáticos de uma determinada região, com peixes, plantas e invertebrados”. Ter um belo aquário não depende do tamanho. Para que você possa desfrutar muito tempo dele, Bruno revela dois fatores impor32 Revista Energia

tantes: o equipamento técnico certo e a seleção correta de peixes e plantas. O comerciante Anderson Renie, 39, desde a infância sempre gostou de aquários. Começou com os pequenos e hoje possui dois de 700 litros cada. Com uma grande variedade de espécies, o comerciante possui 35 peixes no de água salgada e 150 no de água doce. Para ele, o tamanho do aquário não é problema. “Com a ajuda de um profissional faço a manutenção e limpeza a cada 15 dias”, conta. JARDIM COM LAGO ORNAMENTAL Nada como ter um local aconchegante em casa, principalmente quando se trata de um jardim bonito e bem elaborado. Para incrementar ainda mais este recanto agradável, no espaço externo da casa, um lago artificial é uma excelente opção e uma nova tendência. A busca por um lugar que proporcione equilíbrio, meditação, momentos de bem-estar e relaxamento, talvez seja um dos principais motivos que justificam a crescente procura por jardins com lagos ornamentais. Além disso, um lago ornamental valoriza muito um imóvel, especialmente na época em que estamos, onde sustentabilidade é o foco do momento. O médico hematologista Mair Pedro de Souza, 54, há três anos possui um lago ornamental em sua casa. Observando o espaço em seu terreno, e com o desejo de ter um cantinho de


Para realizar a manutenção correta do seu aquário de água doce é preciso:  Retirar elementos que possam degradar o sistema;  Eliminar a sujeira através de sifonagem (método de transporte de líquido)  Limpar as algas ou outros elementos que sujam o vidro;  Limpar filtros e bombas;  Colocar uma nova água tratada (sem cloro e com ph e temperatura ideais).

preservação e paz, a ideia surgiu e o lago foi construído. Atualmente, o local possui três espécies de peixes. Segundo o médico, após ter entrado em equilíbrio, a manutenção do lago é feita por ele mesmo. “Faço a troca de um tipo de manta acrílica a cada 40 ou 60 dias, o tempo varia de acordo com o estado do espaço”. Assim como o aquário, o lago também requer todos os cuidados. “É importante conhecer as plantas, os peixes, invertebrados, etc. Saber qual é o ph ideal e a temperatura de cada peixe, do que se alimenta, e respeitar os parâmetros de cada espécie. É necessário limpar filtros e bombas pelo menos duas vezes por mês”, explica Bruno. Não basta ter um aquário ou lago apenas para decoração. A dedicação é indispensável porque lá habitam várias vidas. Para dar mais segurança e qualidade, a Carpas&Capins proporciona tudo para o ramo do aquarismo – peixes (marinhos e de água doce), corais, plantas aquáticas, ração, filtros, iluminação, suplementos, bombas, decoração, tratamento de água, manutenção (aquário doce, marinho e lago), execução de projetos sob medida e exclusivos, tanto para aquários, como para lagos e jardins. Para quem é apreciador da natureza, Carpas&Capins oferece paisagismo e jardinagem – plantas ornamentais, ferramentas, vasos, insumos, decoração, entre outros. Rua santo antônio, 100 - Vila assis - Jaú/SP Tel.: 14 3416.3867

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Energia Garota

Arieli Sbardelini

Por Leandro Carvalho

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Fotos e Produção: Leandro Carvalho Looks: Malu Modas Fone: 2104 2848 Cabelo e make:Tide Junior Fone: 3032 0121 Joias: Érica Módolo Fone: 8128 1900

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A Unimed é mais que um plano, é atenção à saúde.

Unimed Jaú

Atendimento eficiente próximo do beneficiário Página 42

Agenda do Mês Encontro de Cuidadores Público: Acompanhantes de Idosos 14ª Turma Início: 22/06 Término: 13/07 Inscrições no NAS: (14)3621-4877

ANS-nº 30676-2

Encontro de Gestantes Público: Gestantes 25ª Turma Início: 22/06 Término: 20/07 Inscrições no NAS: (14)3621-4877

Destaques Esclarecimentos sobre prazos e respostas de autorizações AMU Jaú investe em impressão em braile Expediente Ano 4 - Edição 17 Jaú, junho de 2013 Informativo Saúde! é uma publicação da Unimed Regional Jaú Diretor Presidente: Dr. Paulo De Conti Diretor Vice-Presidente: Dr. Antônio José Craveiro Faria Diretor Superintendente: Dr. Paulo Fernando Campana Diretor Desenvolvimento e Educação: Dr. José Carlos Berto Diretor Secretário: Dr. Luiz Alfredo Teixeira Junior

Assessora de Marketing e Comunicação: Fernanda de Almeida - Conrerp 2ºr - 4092 Jornalista Responsável: Nádia De Chico - MTB: 46538/SP Redação/Fotos: Fernanda de Almeida e Nádia De Chico Colaboração: Felipe Azevedo Silva e Gisele Magi Diagramação: Revista Energia

Distribuição: Revista Energia Informativo Saúde! Rua Álvaro Floret, 565 - Vila Hilst - Jaú/SP Cep: 17207-020 Central de Relacionamento: 0800 10 53 33 www.unimedjau.com.br Elogios, críticas e sugestões de pauta nadia.chico@unimedjau.com.br

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PALAVRA do PRESIDENTE Prazos de Resposta de Autorizações: Esclarecimentos Para consultas das demais especialidades médicas em até 14 dias úteis

Dr. Paulo De Conti

Diretor Presidente da Unimed Regional Jaú Vice-Presidente da Associação Paulista de Medicina (Estadual)

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Resolução Normativa nº 319 da ANS, de 05 de março de 2013, não revoga os prazos elencados na RN 259, de 17 de junho de 2011. Esta última dispõe sobre o prazo máximo em que a operadora deverá garantir o atendimento integral dos procedimentos cobertos. Nestes prazos estão contidos: a entrada do pedido (que receberá número de protocolo), a análise, a autorização ou negativa, e realização do procedimento. Estes prazos continuam valendo: Para consultas básicas (pediatria, clinica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia) em até 7 dias úteis.

Para sessões de:  Fonoaudiologia  Nutricionista  Psicólogo  Terapeuta Ocupacional  Fisioterapeuta em até 10 dias úteis Serviços de Diagnóstico:  Laboratório (ambulatorial) – até 3 dias úteis  Demais Serviços de Diagnóstico – até 10 dias úteis  Procedimentos Alta Complexidade – PAC – até 21 dias úteis  Atendimento em regime hospital dia – até 10 dias úteis  Atendimento em regime de internação eletiva – até 21 dias úteis  Urgência e Emergência – atendimento imediato. Dentro destes prazos acima descritos, quando houver negativa de

procedimento a Unimed Regional Jaú, em até 48 horas da negativa, irá informar o beneficiário por telefonema gravado, através do nosso Serviço Social, com um número de protocolo. No momento do telefonema a Unimed Regional Jaú terá o documento escrito para ser entregue ao beneficiário (embora, tenha mais 48hs para fazê-lo). O beneficiário deverá optar em receber a negativa por escrito, pessoalmente, na sede da operadora, ou por correio eletrônico (e-mail). Portanto, não há que se confundir que a operadora terá 48hs para autorizar ou negar o procedimento após a entrada da solicitação de pedido de procedimento. A Unimed Regional Jaú preza pelo melhor atendimento aos seus beneficiários e cumpre rigorosamente as determinações da ANS.

Atenciosamente, Unimed Regional Jaú

ISO 9001:2008 A Unimed Regional Jaú mantém na segunda auditoria externa

A

Unimed Regional Jaú passou por uma visita periódica de monitoramento da Certificação ISO com o objetivo de analisar a conformidade da empresa junto aos requisitos da NBR ISO 9001:2008, a atual versão da norma internacional, que apresenta requisitos para um Sistema de Gestão de Qualidade em prol da satisfação do cliente final. De acordo com o consultor auditor líder da Empresa Método – Gestão e Qualidade em Saúde, Maximiliano Costa Xavier, a Unimed possui a certificação desde 2011 e as visitas de monitoramento demonstram o empenho e o compromisso da cooperativa em manter o padrão de qualidade em relação ao serviço

que presta. “Este padrão é atestado e garantido por auditores internos, devidamente qualificados, e por uma empresa externa que realiza visitas periódicas, para garantir que a conformidade quanto ao escopo da certificação esteja sendo atendido por toda a organização”, finaliza Xavier. As auditorias acontecem anualmente e a certificação ISO demonstra que os processos da organização são monitorados e as falhas, quando evidenciadas, são registradas e tratadas diferenciando a empresa pelo padrão de qualidade e assegurando ao cliente que os serviços prestados são sempre pautados pela busca incessante da melhoria contínua.

A Unimed é mais que um plano, é atenção à saúde. 38 Revista Energia


Casados, mas eternos namorados! Tempo e esforço são necessários!

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casal assistido pelo Programa Muito Idosos do Nas - Núcleo de Atenção à Saúde, Romulo Frollini e Amélia Ottoboni Frollini, ambos com 90 anos, chama a atenção por ainda manter o mesmo amor que os envolveu há 73 anos quando iniciaram o namoro, após casarem, terem três filhos, três netos e um bisneto. De acordo com Rômulo, o relacionamento que é um eterno namoro só deu certo porque na época em que se conheceram a seriedade foi a base de tudo. “Na mocidade era a paixão, mas mesmo depois do casamento, quando as coisas mudam muito, nós conservamos além do amor uma amizade profunda”, conta Frollini. Hoje, Amelinha, como é carinhosamente chamada pelo esposo, está com Alzheimer e precisa constantemente dos cuidados que lhe são oferecidos em horário integral, com muito amor e atenção pelo marido. Rômulo acredita ainda que, como tudo na vida, o casamento tem o lado bom e o ruim, e por isso um dos segredos é saber relevar, afinal, o amor não existe sem o compromisso e o comprometimento com o outro. O Dia dos Namorados, 12 de junho, é comemorado no Brasil na véspera do dia de Santo Antônio, também conhecido como casamenteiro. O namoro é a oportunidade de duas pessoas estarem juntas, partilhando novas experiências, conhecimentos e fortalecendo a confiança e a cumplicidade entre ambas. Não deveria deixar de envolver os já casados, afinal, os sentimentos precisam estar em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento, além de serem um grande bem para a saúde!

PROGRAMA MUITO IDOSOS

O Programa Muito Idosos do NAS – Núcleo de Atenção à Saúde da Unimed Regional Jaú existe desde 2010 e por meio de vários profissionais da saúde acompanha, atualmente, 348 beneficiários. “O programa melhora a condição clínica dos pacientes, reduzindo o número de quedas dos idosos e as descompensações clínicas que levam à utilização de pronto-socorro e internações clínicas”, explica o médico coordenador do NAS, Dr. Ramiro Teixeira Hernandez acrescentando ainda que o NAS, por meio de Programas de Promoção e Prevenção à Saúde, trabalha em favor da melhoria da saúde e qualidade de vida.

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Vida Iluminada AMU Jaú investe em impressão em Braille

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O professor Anderson Mistetra com a mais nova aquisição da AMU: Impressora que imprime em braille.

AMU - Associação Mulher Unimed de Jaú adquiriu a impressora Index Basic D, que imprime em braille, para utilizar nas salas do Programa Vida Iluminada, que tem como objetivo assistir pessoas com deficiência visual. “Atualmente, são 70 pessoas assistidas em Jaú e cidades vizinhas que irão se beneficiar nessas salas com essa nova aquisição”, conta a presidente da AMU-Jaú, Ana Clotilde De Conti. De acordo com o professor de informática especializado em informática para deficientes visuais, Anderson Mistreta, esta impressora converte todas as extensões de arquivo para o TXT onde é transformado em braille para a impressão,

inclusive livros em CD para serem lidos em Word ou PDF poderão ser convertidos em braille. “No site do MEC o material usado em apostilas para impressão, tanto do ensino básico, fundamental e superior estão disponíveis, sendo bastante úteis para os alunos matriculados no ensino regular e com deficiência visual”, explica o professor. A Associação Mulher Unimed de Jaú disponibiliza às Secretarias de Educação de Jaú, Bariri, Barra Bonita, Bocaina, Boracéia, Brotas, Dois Córregos, Igaraçu do Tietê, Itapuí, Itaju, Mineiros do Tietê e Torrinha para uso de alunos com essa deficiência. Mais informações com Anderson Mistreta (9623-7376).

AMU Jaú elege nova Diretoria para o triênio 2013/2016

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AMU – Associação Mulher Unimed Jaú, em 30 de abril, reuniu-se para Assembleia Geral Ordinária discutindo as ações realizadas em 2010/2013. Após as demonstrações, as voluntárias presentes elegeram nova Diretoria Executiva e Conselho Fiscal para o triênio 2013/2016. A psicoterapeuta Aline Cristina Rodrigues falou aos presentes sobre as motivações do trabalho voluntário. “O assunto trouxe acréscimo e maior conhecimento para todas”, diz a presidente da Associação, Ana Clotilde S. De Conti.

Voluntários presentes na AGO e Diretoria

Diretoria Executiva (Gestão: 2013/2016) Diretora Presidente Ana Clotilde G Sajovic De Conti

Diretora Financeira Renata Moya Kazmareck

Diretora de Marketing Rita Maria de Andrade Budin

Diretora Vice-Presidente Mariza Belloni Budin

Vice-Diretora Financeira Ana Lúcia Dalla Dea Trombini

Vice-Diretora de Marketing Claudete Aparecida Momesso Javaroni

Diretora Administrativa Ana Rosa Fogagnolo Arato

Diretora de Educação e Ação Social Lucianne Silva Maranho Magalhães

Vice-Diretora Administrativa Daniela Nahas Junqueira

Vice-Diretora de Educação e Ação Social Aline Queiroz Teixeira

Conselho Fiscal: Andréa Fuzinato Blasioli Eda Manzo Mara Lúcia Amaral Oliveira Maria Eugência C. Vianna Sorani Rosane Carla M. Bauab

A Unimed é mais que um plano, é atenção à saúde. 40 Revista Energia


Atendimento Médico eficiente e próximo do beneficiário

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o longo dos anos, a Unimed Regional Jaú construiu uma estrutura de atendimento diferenciada para atender as necessidades dos beneficiários dos seus planos de saúde. O mesmo cuidado se deu com a formação da rede de prestadores de atendimento médico. Hoje, a Unimed Jaú possui 269 médicos cooperados, distribuídos entre 41 especialidades médicas, atendendo quase a totalidade das especialidades reconhecidas pelo CFM – Conselho Federal de Medicina. Novos médicos são cooperados todos os anos – em 2012 houve 5 cooperamentos. A Unimed possui ainda 11 hospitais credenciados na região, além de diversos laboratórios, clínicas de diagnóstico por imagem e outros serviços credenciados. Esta estrutura garante o atendimento do Rol de Procedimentos da ANS – base da cobertura dos planos regulamentados. Segundo a coordenadora de atendimento da Unimed, Caroline dos Santos, são poucos os casos que realmente precisam de encaminhamento para atendimento em outras cidades, fora da região de Jaú – o que torna o atendimento não apenas eficiente, mas também conveniente para o usuário, já que não precisa se deslocar para outras cidades, principalmente quando se encontra em condição de saúde fragilizada. A partir deste ano, a Unimed passa a participar do Qualiss, programa de Qualificação das Operadoras e Prestadores de Serviços de Planos de Saúde,

iniciativa da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar – para o incentivo ao desenvolvimento contínuo da qualificação da assistência médica prestada aos beneficiários dos planos de saúde. Mas a Unimed Jaú já mantêm controles desde 2009. Segundo a pesquisa de satisfação dos beneficiários aplicada semestralmente, o nível de satisfação dos beneficiários com o trabalho dos prestadores de serviços está variando entre 90% (laboratórios, hospitais e outros serviços credenciados) e 95% (médicos cooperados). O trabalho desenvolvido garante aos beneficiários da Unimed Regional Jaú uma estrutura de atendimento eficiente, constantemente atualizada e monitorada. E tudo isso próximo dos nossos clientes.

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QuemfezJahu

Texto Heloiza Helena C. Zanzotti

Dr. Flávio de Mello Contador e advogado, Flávio de Mello nasceu em Bocaina em 04 de abril de 1920. Filho de João Batista de Paula Mello e Maria Malvino de Mello, ainda bem jovem iniciou sua carreira pública como funcionário da Prefeitura Municipal de Jaú, ocupando o cargo de servente no departamento de agronomia. Considerado um funcionário muito inteligente, perseverante e disciplinado, foi galgando novos cargos como auxiliar na seção de agronomia, bibliotecário e contador. Foi casado com Diná Campana de Mello, mas não tiveram filhos. Homem de extrema confiança e braço direito dos prefeitos com os quais trabalhou, chegou a exercer o cargo de chefe do executivo por duas vezes: em 1946 foi nomeado em substituição ao Prefeito Luiz Francisco Liarte, que disputava uma cadeira no legislativo paulista; e em 1947, quando Luiz Liarte deixou o cargo para ocupar a cadeira como deputado estadual, sendo substituído dias depois por Alfeu Fabris. A seguir, foi nomeado Chefe da Seção de Orçamento e Contabilidade, Diretor da Fazenda no município e Diretor Administrativo. Considerado elemento chave no executivo jauense, muitos que conviveram com ele dizem que era sempre o primeiro a chegar ao trabalho e o último a sair. Estudioso da heráldica - a arte que descreve brasões e escudos - participou da elaboração da bandeira de Jaú. Eleito vereador para a gestão 1969/1972, presidiu a Câmara Municipal de fevereiro de 1970 a janeiro de 1972. Sobre Flávio de Mello, a RE ouviu Ruy Pacheco de Almeida Prado, 67, advogado, que lembra muitas particularidades dele: “Uma das atitudes marcantes do Dr Flávio demonstra a preocupação que ele tinha com o estudo dos meninos na época. Como as ruas eram de paralelepípedos, muitos garotos na faixa dos 14 anos trabalhavam retirando a grama que crescia entre essas pedras, era um projeto como os Mirins de hoje. Dr Flávio, então, premiava aqueles que tiravam notas boas na escola, sempre acompanhando pessoalmente os estudos dessa garotada”. Ruy conta

que ele foi um homem extremamente humano e que tinha muita visão em relação ao orçamento municipal. “Ele era muito seguro, entendia muito de gasto público. Tanto, que organizou a parte jurídica do Saemja”. Ele lembra, também, que Flávio de Mello era muito querido no meio político e tinha ótimas relações. “Quando foi candidato a vereador, Dr Ulysses Guimarães fez uma propaganda especial para ele”, finaliza. A RE também conversou com Ruy de Campos Mello, 83, fotógrafo, que conheceu bem Flávio de Mello. “Apesar do mesmo sobrenome, não somos parentes. O Flávio gostava muito de uma pescaria, sempre ia pescar no Mato Grosso. Era sãopaulino e adorava futebol. Jogou muito tempo no “Time dos Formados”, do Caiçara. Ele ia a todas as copas do mundo e como a esposa não andava de avião, ia sozinho mesmo”. E Ruy Mello faz questão de dizer: “O Flávio foi um homem muito bom. Mesmo que estivesse conversando com um alto político, se algum andarilho se aproximasse e lhe dirigisse a palavra, ele o cumprimentava estendendo a mão e ainda lhe dava algum dinheiro. Nunca desprezava quem quer que fosse”. Dr Flávio de Mello foi presidente do Caiçara Clube de Jaú e de seu conselho deliberativo. Faleceu em 11 de fevereiro de 1987, aos 66 anos, durante o mandato do prefeito Celso Pacheco de Almeida Prado, ocasião em que ocupava o cargo de Secretário das Finanças. Está sepultado no Cemitério Municipal de Jaú e, em razão de seu falecimento, foi decretado luto oficial no município. Em 1988 uma lei municipal deu seu nome ao Ginásio de Esportes da cidade, que passou a chamar-se Ginásio de Esportes Dr Flávio de Mello.

Tel.: (14) 3601.7544 | Rua Marechal Bitencourt, 1188

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Capa

Casa Ortigoza: o desafio de

atravessar gerações O que faz com que um empreendimento familiar atravesse sucessões e se mantenha firme no mercado?

Texto Heloiza Helena C Zanzotti | Fotos Leandro Carvalho

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Paulo Sérgio e Fernando Ortigoza

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la começa sempre de um sonho, um ideal, uma oportunidade ou da necessidade de sobrevivência. Entretanto, consolidar uma empresa familiar é um desafio e tanto para os envolvidos no processo. De acordo com pesquisa do Sebrae, 90% das empresas brasileiras são compostas por integrantes de uma mesma família. Segundo dados do Grupo de Estudos de Empresas Familiares da Fundação Getúlio Vargas, estima-se que 70% das empresas familiares não atingem a sua segunda geração, e menos de 10% chegam à terceira. O número é preocupante visto que estas instituições são responsáveis por

aproximadamente metade do Produto Interno Bruto nacional (PIB). E o que acaba comprometendo a sobrevivência destas organizações familiares é justamente a falta de planejamento, problemas na divisão dos lucros, disputas de espaço e de poder, além de um ponto unânime entre os especialistas: a sucessão. Fundar uma empresa familiar não é tarefa fácil, porém, mantê-la pode ser menos ainda. No entanto, apesar das dificuldades, os dados não são apenas negativos: há inúmeros casos de sucesso, nos quais os herdeiros conseguiram dar continuidade ao trabalho do fundador.

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Arquivo Pessoal

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Equipe Ortigoza

Da Espanha para Jaú Já dizia Peter Drucker: “Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem”. Pois assim foi com o Francisco Ortigoza. Natural de Casariche, província de Sevilha, na Espanha, tinha 17 anos quando deixou seu país junto com os pais e irmãos. Trabalharam na lavoura de café, na Companhia Paulista de Estrada de Ferro e chegaram a Jaú em 1927, convidados por José Borelli, que estava construindo um grande armazém de café. Enquanto os pais e irmãos trabalhavam na construção, Francisco exercia a profissão de sapateiro, que aprendeu ainda na Espanha. Em meados de 1929 veio a crise do café e a família teve que voltar para a lavoura, entretanto, pelo mesmo motivo tiveram que deixar a fazenda, que também atravessava momentos difíceis. Francisco Ortigoza voltou a trabalhar como sapateiro, época em que foi convidado pelo futuro sogro, Francisco Alcantú, para exercer o ofício em sua fábrica, quando foi solicitado que ele fizesse uma amostra de calçado de baixo custo. A amostra foi aprovada, os calçados foram produzidos e, na primeira viagem que fizeram na região de Araraquara, foram vendidos 600 pares. No final de 1933 foi trabalhar com Diogo Sanches, que passaria a ser seu concunhado, em uma pequena fábrica de alpargatas que no ano seguinte foi trans-

ferida para o prédio onde é hoje a Casa Ortigoza. Em 1936 Francisco casou-se com Júlia Alcantú, com quem teve dez filhos. Dois anos depois o casal comprou a fábrica e a loja de Diogo. Com a ajuda de Júlia, Francisco administrou a fábrica, que funcionou até 1978, e a loja que permanece até hoje. O segredo do sucesso Não existe nenhum segredo, receita ou varinha mágica capaz de transformar um pequeno negócio em um grande empreendimento, mas algumas ações aumentam consideravelmente as chances de uma empresa se manter crescente e saudável com o passar dos anos. E um ponto fundamental é a preparação daqueles que serão os sucessores no negócio. Todos os dez filhos de Francisco e Júlia passaram pela experiência de trabalhar na loja, sendo que seis seguiram a carreira dos pais e tornaram-se comerciantes. Atualmente administrada por dois de seus filhos, Paulo Sérgio Alcantú Ortigoza, 60, e Fernando Alcantú Ortigoza, 53, também já está na empresa o neto, Arnaldo Sérgio Vianna Ortigoza, 30. Este mês a Casa Ortigoza completa 75 anos de atividade, sendo a mais velha e uma das mais modernas lojas de calçados de Jaú. Se uma empresa vive da venda de produtos, é condição indiscutível que estes produtos tenham qualidade

assegurada, preço competitivo e que a empresa funcione em local estratégico. Além disso, a fidelização dos clientes é fundamental, e a percepção deles sobre estes quesitos é que faz com que continuem sempre comprando. Assim, os empresários devem saber atender às necessidades dos clientes, e talvez aí esteja o verdadeiro diferencial competitivo das organizações vencedoras, que conseguem encantar seu público e elevar a força de vendas. E este é exatamente o segredo daqueles que conduzem a Casa Ortigoza. Fidelização de funcionários e clientes Com uma equipe de 11 funcionários, Paulo Sérgio, Fernando e Arnaldo sabem bem que salário, já há algum tempo, não é tudo. É preciso que a empresa ofereça a seus colaboradores um ambiente que lhes proporcione crescimento, aprendizado e, mais relevante, que os valorizem. Há 15 anos trabalhando na Casa Ortigoza, a RE ouviu Márcia Chenardi Mulero, 40, caixa e gerente: “Comecei aqui como vendedora. Nesse tempo todo, tive várias propostas de emprego, mas nunca quis sair. O convívio que temos é ótimo, os proprietários são pessoas excelentes e muito amigas, que sempre depositaram muita confiança em mim. Sei que posso contar com eles sempre que precisar”. Se manter funcionários motivados é Revista 47


Eunice Moura Fiorelli e o neto Atílio Fiorelli

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essencial, fidelizar clientes é muito mais difícil que conquistar novos. E esta é uma estratégia da qual Paulo Sérgio, Fernando e Arnaldo não abrem mão. Para fidelizar um cliente é preciso conhecê-lo de perto. Nome, hábitos, tipo de produto que prefere e tudo mais que for necessário para mantê-lo frequentando a loja. Como é o caso de Eunice Moura Fiorelli, 83, aposentada, que frequenta a Casa Ortigoza há muitos anos. “Meu marido e eu sempre compramos aqui. E hoje toda a minha família é cliente, inclusive netos e bisnetos. Os produtos são ótimos, nunca adquiri nada que não gostasse. Os funcionários são atenciosos e os donos são pessoas para quem eu tiro o chapéu, sempre atendendo a gente com muito carinho”. E essas palavras são endossadas por Atílio Fiorelli, 23, auxiliar de farmácia e neto de Eunice: “Já frequentava a loja com minha avó desde pequeno e nunca deixei de comprar aqui. A qualidade é excelente e o atendimento é ímpar”. Enfrentar novos desafios que surgem todos os dias, sem perder o foco, é essencial para garantir o sucesso. E para garantir a satisfação de seus clientes, a Casa Ortigoza procura a excelência no atendimento, com uma equipe de profissionais comprometida e produtos de alta qualidade, possuindo entre os seus fornecedores os maiores fabricantes de calçados do Brasil e as melhores marcas, com o intuito de trazer lançamentos e novidades, o que permite oferecer sempre as melhores opções. Tudo isso sem falar nas modernas e amplas instalações, que oferecem conforto e praticidade.


Look de artista

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Look de artista

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Fotografia Leandro Carvalho Modelos Fábio Benelli, Josiane Ribeiro, Aryadne Massucato e Arthur Costa Beleza Tide Júnior | Style Vestylle Megastore Acessórios Bia Nunes | Locação Pedras Decorativas Carinhato


Look de artista

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Varal

Fotos Leandro Carvalho

Ana Maria Fitness:

Rua Marechal Bittencourt, 82 Fone: (14) 3624.7276 - Jaú Rua Tiradentes, 415 Fone: (14) 3652.6454 Dois Córregos

Charlotte

Av. João Ferraz Neto, 1610 Fone: (14)3621.3902

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Arezzo:

Jaú Shopping Piso Superior Fone: (14) 3416.7737

Érica Módolo:

Fone: (14) 8128.1900


Feminina

BM - Brand Mark

Jaú Shopping Piso Superior Fone: (14) 3624.4854

Cintya Barros:

Rua Lourenço Prado, 841 Fone: (14) 3622.4945

Jaú Shopping Piso Térreo Fone: (14) 3621.7002

Camaleoah

Rua Rui Barbosa, 139 Centro - Jaú

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Varal

Regina Moya

Av. Prefeito Luiz Liarte, 104 Fone: (14) 3626.2833

Maria Bonita Acessórios Fone: (14) 9727.4949 | 8134.9169

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M. Officer:

Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.0831

Bia Modas

Rua Humaitá, 1325 Fone: (14) 3624.5149


Paula Mesquita

Rua Campos Sales, 256 Fone: (14) 3626.3850 | 3416.6710

Gold Silver:

Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.1858

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Conexão Na MODA

case com seu

casaco!

S

im, o casaco está em alta. Já pensou em montar vários look’s com esta peça fundamental? A Conexão Modas traz neste editorial duas formas para você se deliciar neste inverno. Um short, camisa animal print - look perfeito para o encontro com amigas em um sábado à tarde. Resolveu ir para a balada? Uma calça flaire, um cinto impactante e uma camisa. Pronto, sucesso total! Roupas e Acessórios: Conexão Modas Rua Rui Barbosa, 28 - Centro - Jaú Fone: 14 3622 8477 Fotos: Leandro Carvalho Modelo: Karina Godoy

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DICAS DE MODA

DIA DOS NAMORADOS O dia mais romântico do ano está chegando e você ainda não sabe como surpreender aquela pessoa especial? Visite as lojas Carlos Brusman e encontre presentes para eles e para elas.

Imagens Ilustrativas.

Essa é a hora de agradar quem você ama com algo que ele realmente deseja. Fique atenta ao estilo do seu namorado, pois o objeto de desejo pode ser uma calça, camisa, um sapato, ou aquela pólo tradicional. Para as mulheres, há várias opções de camisas femininas que deixam o look mais atraente e sofisticado com peças em algodão, renda e seda cuidadosamente elaboradas. Sua namorada vai adorar ganhar uma camisa Carlos Brusman de presente! Conheça mais sobre a nossa coleção Outono/Inverno 2013 no site: www. carlosbrusman.com.br. Fique por dentro das novidades curtindo nossa página no facebook. As melhores dicas de moda você só encontra na Carlos Brusman!

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Look

kids

Por Leandro Carvalho

LaĂ­s Mascari Laura Rodrigues Pedro Ferreira

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Bárbara Teixeira Bruno Freitas Locação: Caiçara Clube de Jaú Fone: (14) 3601.2511

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Moda Por Caroline Pierim

moda@revistaenergiafm.com.br


D

epois do sucesso do Azul Cobalto e do Azul Klein, chegou a vez do Azul Petróleo, que é uma ótima opção para o inverno, prometendo resgatar o colorido nas produções com tons sóbrios. As variações do tom são extremamente fáceis de combinar e imprimem um visual ousado às produções. A dica da vez é combinar o azul com outras cores fortes da estação, como os terrosos, burgundy e até o vermelho, deixando o look descontraído e moderno. Roupas e Acessórios: Hot Seven Rua Amaral Gurgel, 523 Centro - Jaú Fotos: Leandro Carvalho Modelo: Caroline Pierim


Fitness

Por Marcelo “Tchelinho” Macedo

Boxe O

boxe é uma modalidade esportiva que surgiu na Inglaterra, nos séculos XVIII e XIX. É considerado um esporte de combate, no qual os lutadores usam apenas os punhos, tanto para a defesa quanto para o ataque. A palavra deriva do inglês “to box”, que significa bater, ou pugilismo (bater com os punhos). Essa luta era praticada com as mãos nuas, ou seja, sem luvas, de modo que o boxe acabou sofrendo intensas mudanças em 1872, com a formulação das regras e a utilização obrigatória das luvas. Atualmente, existem duas modalidades de boxe, o amador e o profissional, sendo que no boxe profissional a luta tem de dez a doze rounds e no boxe amador (modalidade olímpica) são apenas quatro rounds de dois minutos no feminino, e no masculino são três rounds de três minutos, sendo que nesta categoria os lutadores são obrigados a usar os protetores na cabeça. Para conquistar pontos, nas duas modalidades, o boxeador tem que acertar o seu rival na frente e na lateral da cabeça. Golpes nos braços dos adversários não são válidos como pontos. Outra maneira de vencer o adversário é nocauteando-o. Isso ocorre quando o adversário leva um golpe e toca na lona com qualquer parte do corpo, com exceção dos pés. Ao ocorrer um nocaute, o juiz que está dentro do ringue deve fazer a contagem de 10 segundos. Caso o atleta não levante neste tempo, será dado como derrotado; caso o lutador consiga ficar em pé durante a contagem, o árbitro pode optar pelo fim da luta se perceber que o lutador não está mais em condições de prosseguir. Cada luta possui cinco árbitros, sendo que um deles fica dentro da lona. As faltas mais comuns são agarramentos, golpes abaixo da cintura, socos na nuca e socos de mão aberta.

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Dois avisos valem uma advertência e três advertências equivalem à desqualificação do lutador. Mas o que mais vem chamando a atenção não é a luta em si, e sim a procura pelas aulas de boxe nas academias, principalmente por mulheres. Isso graças ao poder de queima calórica proporcionado pela atividade. Uma aula de uma hora queima, em média, 600 a 800 calorias, e diferentemente do que muitos pensam, o treinamento de boxe não é violento e cada praticante escolhe se quer ou não ter contato físico com o outro, sendo desse modo voltado para a qualidade de vida e não para fins competitivos. Neste caso, a aula proporciona uma excelente atividade aeróbica. Outro benefício do boxe é deixar o corpo definido, sem aumentar o volume da massa muscular. O indivíduo que o pratica fica com ombro, costas e braços fortes e definidos, mas não superdesenvolvidos.

A aula é composta por corridas, cordas, saltos, movimentação, abdominais e socos variados como: Jabs - soco curto com a mão que está à frente. Os destros mantêm a mão esquerda à frente e os canhotos fazem o contrário. Cruzados - simula o desenho de uma meia lua em direção à parte lateral do rosto a ser supostamente atingido. Diretos - segue linha reta em direção ao rosto com a mão de trás (direita, no caso dos destros). Upers - como se fosse um gancho vindo de baixo para cima, para acertar o queixo do adversário. Essa é mais uma dica para quem quer perder uns quilinhos, treinar a defesa pessoal e ter uma boa qualidade de vida. Uma excelente opção para os que buscam exercícios aeróbicos diferentes dos habituais e que trabalham inclusive a força, resistência e coordenação motora! E então, vamos à luta?

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Social

Fotos: Dú Jaú

social@revistaenergiafm.com.br

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Parabéns FLÁVIA FAZ A FESTA NA ALGAZARRA Em uma noite de muita alegria e animação, Flávio Henrique Brando e Ágata Fernanda receberam amigos e familiares para comemorar os 3 anos da encantadora Flávia de Oliveira Brando. A festa aconteceu dia 8 de maio na Algazarra Festas, onde todos cantaram os parabéns para Flavinha. 2

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Bárbara Teixeira

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1. Flávia com os pais Ágata Fernanda e Flávio Henrique Brando 2. A avó Maria Isabel Cogo, Henrique Rossi, Ágata Fernanda, Flávia, Aretha Rossi, Aline Mendonça e Camile Mendonça 3. Felipe Brando, Eduardo Brando, Nathália Brando, Flávia e Flávio Henrique Brando 4. As avós Neusa Brando e Maria Isabel Cogo, Kauan Sona e Flávia 5. Flávia de Oliveira Brando


Studio de dança Fotos: Leandro Carvalho

O Studio de Dança Exupéry promoveu, na tarde de 3 de maio, um coquetel para inaugurar dois novos espaços: “Kazoo – arte criatividade” e “Luciana semijoias, cosméticos e perfumes”. Amigos e convidados presentes puderam prestigiar duas exposições: “Flores Perenes”, de Cleide Bauab; e “Arte Sacra”, de Mô Navarro. As obras também estavam à venda para interessados.

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Tec

Seu imóvel a um click! 2

A Tec Imóveis chega a Jaú e traz uma novidade em busca de imóveis. Nosso site reúne os melhores imóveis das principais imobiliárias da região, em um só lugar.

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1. Daniela Zago, Maria Helena Pirágine Ressinete e Fernanda Arroyos 2. Laura De Castro e Ricardo Junqueira 3. Tereza de Castro Fiorelli, Gabriela Ressinete Martins e Daltira Maria de Castro Pirágine Tumolo

www.tecimoveis.com.br Revista 67


club

Social

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social@revistaenergiafm.com.br

Cintya Barros, Glaucia Masson e Graziele Jacomini estiveram em Buenos Aires para aperfeiçoamento de novas técnicas na Pivot Point, líder em Educação Continuada voltada ao cabelo e à beleza. De salões top a escolas de cosmetologia, a Pivot Point, mais que uma simples academia de ensino, prepara profissionais da beleza e é referência em tendências e cortes.

Fotos: Arquivo Pessoal

Pivot Point

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6 1. Graziele Jacomini, Glaucia Masson, o Professor Javier Gomez, Cintya Barros 2. Glaucia Masson,
Cintya Barros,
Graziele Jacomini,
Marcio Trovarelli,
Luis Fernando,
Elaine Fragozo, Claudia Ramos,
Cidinha Monteiro e
Lucia
Meire França 3. Glaucia Masson, Graziele Jacomini, o professor Frederico e Cintya Barros 4. Graziele Jacomini, Cintya Barros, Glaucia Masson aplicando as tecnicas pivot point nas bonecas 5. Cintya Barros, Glaucia Masson, Graziele Jacomini no café Tortoni 6. Professor Javier Gomez

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Hot Seven

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Fotos: Raul Galvão

Nos dias 14 e 15 de maio aconteceu um delicioso coquetel para apresentação da nova coleção Hot Seven. Os clientes que passaram pela loja puderam conhecer as tendências da moda outono/inverno e saborear deliciosos petiscos. No decorrer do dia, uma equipe de fotógrafos contratada pelos proprietários presentou os clientes com um ensaio fotográfico.

1. Valéria Chiadi 2. Alessandra Rinaldi, Cris Tesser Rosa e Heloísa Rinaldi 3. Janete Mira e Cris Tesser Rosa 4. Roberta O. Aroni Masseto e José Davi 5. Cristiane Tesser Rosa e Veronica Irusta

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Social

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No dia 15 de maio a tradicional Óticas Precisão inaugurou mais uma loja, desta vez no Jaú Shopping, com o objetivo de oferecer aos clientes mais flexibilidade de horário e maior gama de produtos. Uma grande novidade é que a nova loja, além de trabalhar com as melhores marcas do segmento, também é joalheria, com uma linha completa de alianças e joias em ouro.

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Fotos: Leandro Carvalho

Óticas Precisão

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6 1. Alexandre Bassan, Alaélia Bassan e Gustavo Bassan 2. Célia Furlanetti, Alaélia Bassan e Gustavo Bassan Filho 3. Ana Fafrício Henrique, belinha Mira, Alaélia Bassan, Claúdia Grosso, Rita Cassaro e Bel Pascoallini 4. Cássia Serra Bassan, Gustavo Bassan Filho, Sirlei Serra e Antonio Serra 5. Josy Albergoni, Layla Ribeiro, Rosimeire Lopes, Fávio Santana, Alaélia Bassan, Rafael Galdino, Kamyla Coelho, Ana Maria Dionísio e Junior Basso 6. Valdete Cestari e Alaélia Basan

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Bar do Português 1

Fotos: Leandro Carvalho

Reconhecido nacionalmente pelo melhor e mais saboroso chopp, o Bar do Português é diariamente escolhido como ponto de encontro de amigos pelo ambiente receptivo, variados petiscos e atendimento de qualidade.

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1. Cinthya Zara Cinffa e Bruno Sanchez 2. Roberta Souza e Aline Moraes 3. Patricia Martins e Patricia Chiosi 4. Renan Nardelo e Gabriela Balthazar

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Social

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O’ffici Moda

No último dia 2 de maio, um coquetel de inauguração para amigos e clientes marcou a nova fase da O’ffici Moda. Sob nova direção e com o slogan “equilíbrio, refinamento, tendência e atenção a cada detalhe”, a loja oferece o que há de mais elegante em moda masculina e feminina.

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Fotos: Leandro Carvalho

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1. Anderson Luiz Sanchez, Juliana Francischini Sanchez, Ana Laura Francischini Sanchez e Pedro Otávio Francischini Sanchez 2. Maria Eduarda Catharin, Andréa Catharin, Marcos Augusto Catharin e Maria Laura Catharin 3. Milton Viana, Hemely Viana e Shirley Michelette 4. Adriano César Riggo, Silvia Dalpino e Eduardo Cascadan 5. Lúcia Cremasco, Joviana Nicola, Paulo Borgo e Ana Laura Francischini Sanchez


Aniversário Fotos: Lumière Design

NA ALGAZARRA FESTAS, 1 ANO DA PEQUENA LÍVIA Lívia Dantas Nalio comemorou um aninho e recebeu amigos e familiares no espaço super colorido da Algazarra, no dia 27 de abril. Cercada de muito carinho, os olhos da gatinha brilharam na hora dos parabéns.

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1. Lívia e Beatriz Nalio da Silva 2. Joice Vanessa Nalio, Lívia e Vagner Dantas da Silva 3. Lívia com os avós maternos Raimunda Dantas da Silva e Benedito Ramos da Silva 4. Lívia, os pais Patrícia e Jefferson e os avós paternos Carlos Celso Nalio e Vera Lúcia Sega Nalio Revista 73


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Social

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Mega show

No dia 11 de maio, pessoas de várias partes do Brasil prestigiaram o show da cantora Alessandra Rios, na Festa de Santa Cruz, em Brotas. Com um repertório que vai desde composições próprias ao sertanejo, modas de viola até clássicos internacionais, a cantora animou por duas horas um público de mais de 7 mil pessoas. Alessandra mostrou que conhece mesmo instrumentos: tocou violão, viola e até berrante. Durante o show, em homenagem ao dia das mães, lançou sua nova música “Vivo o ritmo da natureza” e como de praxe distribuiu mudas de árvore para ajudar a preservar o planeta e a vida.

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Fotos: Divulgação

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1. Alessandra Rios 2. Alessandra Rios acompanhada da Mãe, Pai e Irmãos 3. Alessandra Rios e Fãs 4. Claúdia, Alessandra Rios e Carlos Atanázio 5. Alessandra com o Prefeito Dú Barreto

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Sílvio Monari, Najla Moraes, o Presidente a AESP, Rodrigo Neves, Maria Eugênia Marangoni e Milene Perez Maria Eugênia Marangoni, Sílvio Monari, Milene Perez e Najla Moraes

Energia FM A equipe da Energia FM participou da 1ª Jornada de Capacitação realizada pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Aesp), de 23 a 26 de maio no Hotel Blue Tree Park em Lins. Durante a abertura, o governador Geraldo Alckmin defendeu mudanças na veiculação do programa Voz do Brasil. A jornada contou com palestrantes que abordaram temas envolvendo a gestão administrativa, técnicas de vendas, programação e promoção.

Bárbara Fernandes A Garota Energia Bárbara Fernandes participou do concurso Top Teen, realizado pela marca TN Bolsas. A promoção teve mais de 200 inscritas de todo o Brasil. Como premiação, a grande vencedora seria durante um ano garota propaganda da marca, além de receber, pelo mesmo período, diversos produtos TN Bolsas. A primeira fase, pelo facebook, selecionou 10 meninas e Bárbara estava entre elas. A seguir as garotas enviaram um vídeo fazendo uma apresentação e falando porque mereciam ganhar. O material foi julgado pela comissão organizadora e a grande vencedora foi Bárbara. Durante este mês, a jovem passará uma semana fora da cidade para fotos e divulgação da campanha.


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Social

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No dia 09 de Maio um delicioso coquetel marcou a inauguração do Paradiso Nail Bar, que apresenta um novo conceito de esmaltaria. Com profissionais altamente treinados e uma gama de mais 1000 opções em produtos nacionais e importados, o local oferece ambiente propício para o bem-estar da mulher moderna. Uma equipe especializada em estética e depilação está sempre pronta a atender. Além disso, serviço de bar com deliciosos drinks, vinhos, espumantes e cervejas nacionais e importadas.

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Fotos: Leandro Carvalho

Paradiso Nail Bar

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1. Natássia Sávio e Tamara Mello 2. Monalize Neves, Kátia Maciel e Meire Neves 3. Kátia Maciel, Flávia Caldeira e Lais Medeiros 4. Kátia Maciel, Aline Rosa e Felicia Godoy 5. Paula Peralta, Kátia Maciel e Eliani Lopes

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vida

Boa

Por João Baptista Andrade

Comida e Maximalismo Digital

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e o leitor pasmou-se com o título, eu explico o termo. Trata-se de uma filosofia que defende dois pontos. Número um: estar conectado através de telas (computadores, smartphones, tablets e assim por diante) é bom. Número dois: quanto mais conectado, melhor. O criador do termo é William Powers, ex-redator do Washington Post e hoje autor do impagável “O BlackBerry de Hamlet”. É claro que ninguém pode ser contra a conectividade que nos une a todos, mas é preciso atentar ao que ela nos leva a perder. Como estamos cada vez mais conectados, estamos mudando a própria natureza da vida cotidiana. Ela está mais rápida, diria mesmo frenética. E nesse tumulto todo de mensagens e conexões, nós começamos a perder a profundidade. Sim, tudo é rápido, mas igualmente superficial. Acabamos com a profundidade de ideias, de sentimentos, das relações com os outros e em quase tudo o que fazemos. Citando Powers: “Como a profundidade é o que torna a vida compensatória e significativa, é espantoso permitirmos essa perda”. O cara é um gênio! Só para deixar o leitor tão boquiaberto quanto eu mesmo fiquei, em 2009 a International Telecomunication Union (www.ttu. int) e a CIA (aquela dos norteamericanos...) publicaram que o número de celulares ao redor do mundo passou de 500 milhões no começo do século XXI para algo perto de 5 bilhões naquele ano (www.cia.gov). Imagine quantos eles são hoje em dia. Eu já falei aqui acerca de telefones celulares em restaurantes, sobre o quanto eu fico irritado com gente falando alto enquanto um vivente tenta desfrutar um bom prato. Mas agora a coisa piorou: as pessoas fotografam a comida! Isso é maluco. Enquanto o fulano fotografa, ele ou ela perde o momento mágico de cheirar aqueles aromas deliciosos emanados do prato recém-servido. Pior ainda é quando pedem para fotografar o seu prato. Você tem que esperar a foto enquanto o prato esfria. Não dá! Admito sem qualquer vergonha que sou um simplório em termos tecnológicos e uso aparelhos de telefonia celular para telefonar. Ponto final. Mas esses fulanos superconectados (outro

termo do Powers) querem ensinar-me uma quantidade enorme de aplicativos sobre restaurantes, vinhos, roteiros gastronômicos e por aí afora. Acho tudo ótimo, mas por que isso precisa ser feito durante o almoço ou o jantar? É uma chateação sem tamanho. Lá nos matos de Joaquim Egídio é tudo minimalista. Não tem internet (de propósito). A comida é tradicional (só uso sal e pimenta branca moída na hora para temperar quase tudo). Se a receita pedir algum tipo de erva fresca eu pego no quintal mesmo. Caso eu não tenha o necessário vou até a horta do seo Zito, que planta tudo sem agrotóxico ou adubo (exatamente como fazia o meu falecido avô materno), e ele me arranja o que preciso. Apesar de não termos todos esses gadgets eletrônicos a prosa costuma ser boa, contínua, agradável e profunda. A gente vai proseando sobre coisas boas, pessoas queridas, momentos de prazer. Ou então fica quieto, apenas saboreando as delícias que se apresentam naquele dia. Quando a refeição acaba ainda sobra um restinho de vinho para compartilhar, ou um queijo, uma fruta ou um sorvete. Com sorte tem uns biscoitinhos amanteigados ou recheados com goiabada. Nada de pressa. Mais um pouco de conversa e passamos para o café e os digestivos. Tudo demorado como deve ser. Uma cerimônia de comunhão entre confrades. O celular nunca funciona direito, mas a gente fica perto uns dos outros do mesmo jeito. Claro que não fica perto de todos, mas certamente desfruta da companhia daqueles que estão presentes. Ninguém “curte” nada, nem “cutuca” ninguém. Só almoça ou janta de maneira civilizada. Conversando sobre coisas profundas como amar alguém, ou das saudades que sentimos daqueles que não estão conosco, ou dos filhos cada dia maiores e mais independentes, ou de uma comida bacana, uma lembrança terna sobre a pessoa mais que amada... Os dias sempre são bons quando a gente aprende a absorver tudo o que eles nos reservam. Até a próxima. PS: Comprem o livro. Revista 77


Gourmet Por Mario Netto

Capeletti, panna i prosciutto Ciao a tutti Com a proximidade do inverno, trago para vocês uma receita muito fácil e rápida de se preparar, ideal para esses dias de friozinho, quando vem uma vontade de comer alguma coisa quentinha e saborosa, mas sem dar muito trabalho. Pois bem, essa é a receita ideal para esses dias e para essa fome. A receita é “capeletti, panna i prosciutto”, isto é, capeletti, creme de leite e presunto. Essa é uma receita muito conhecida em toda Itália, e sua origem certamente remonta à região da Emilia Romagna. De sabor delicado e preparada com bons ingredientes que combinam muito bem entre si, resulta num prato muito bonito, colorido, saboroso, que agrada a quase todos os paladares, desde o mais simples aos mais refinados, fazendo felizes crianças e adultos.

Mario Franceschi Netto Formado pelo SENAC Águas de São Pedro e pelo Instituto ALMA de Cucina Italiana, já trabalhou no Grande Hotel Águas de São Pedro, Café de la Musique em São Paulo, Ristorante Gellius em Oderzo Vêneto e, atualmente, trabalha no restaurante La Gazza Ladra em Módica, na Sicília.

Ingredientes Receita para 4 pessoas: 400g de capeletti (o recheio tanto faz, pode ser carne, frango, queijo, use aquele que você mais gosta); 200g de presunto (pode ser presunto cortado em fatias, você faz um rolinho com cada fatia e corta no sentido transversal, resultando em finas tirinhas de presunto; ou peça para cortar em fatias grossas, de meio centímetro de espessura cada uma e corte essas fatias em cubinhos de meio centímetro cada); 200ml de creme de leite fresco (encontrado nos melhores supermercados, o da marca “saluti” é bom); 30g de manteiga; Parmesão ralado, sal e noz moscada a gosto.

Modo de preparo: Primeiramente coloque uma panela com água e sal em fogo alto; enquanto a água não ferve, dedique-se à preparação do molho. Numa frigideira ou panela em que caibam todos os ingredientes, em fogo alto, derreta a manteiga e faça dourar delicadamente o presunto; em seguida coloque o creme de leite fresco e deixe que reduza por poucos minutos; acrescente a noz moscada, se necessário o sal e um punhado de parmesão ralado, mexa tudo muito bem, baixe o fogo e espere a água entrar em ebulição; assim que isso acontecer, coloque o capeletti para cozinhar. Quando estiver “al denti” escorra e junte-o ao molho; mexa tudo delicadamente e sirva em seguida, ainda bem quente, com um belo punhado de parmesão ralado. Está pronto o nosso capeletti, saboroso e como viram muito fácil de preparar. Essa é uma receita básica, você pode acrescentar os ingredientes que preferir como bacon frito, milho, ervilha, azeitona, brócolis, couve-flor, enfim, use a imaginação!

Buon apetitto i saluti a tutti.

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guia da gula

guia gastronômico

sabores para todos os paladares

PONTO DO CHURRASCO Chegou mais uma novidade deliciosa do Ponto do Churrasco! Todas as sextas e sábados rodízio Bi Legal! O melhor churrasco junto com a melhor pizza! Irresistível, experimente! Rodízio completo com 12 tipos de carnes incluindo picanha, mais as deliciosas pizzas com a qualidade Ponto da Pizza. São 20 variedades, sendo 5 sabores doces e também a especial de sorvete, além do buffet com 30 tipos de saladas, 13 pratos quentes, tudo à vontade por um precinho mais que especial. De segunda a sábado, das 18h30 às 23h30. Rua Quintino Bocaiúva, 1427, Centro – Jaú. Com estacionamento próprio. Fones: (14) 3626-7326 e 3416-0856

Restaurante A Chácara No dia dos namorados desfrute bons momentos num ambiente extremamente agradável, com ampla área verde e espaços ao ar livre. No Restaurante A Chácara, além de você encontrar todos esses itens, poderá degustar porções especiais como picanha grelhada, contrafilé à parmegiana, contrafilé com fritas, leitoa à passarinho, frango, linguiça caseira e outras delícias típicas. Venha compartilhar esse dia tão especial. Experimente também um Happy Hour e conheça todos estes sabores!!! De terça a sábado, jantar a partir das 17h30 Sábados, domingos e feriados, almoço a partir das 11h e jantar a partir das 17h30 Rua Cesário Caramano 229 – Jardim América – Jaú (Próximo à Av. João Franceschi) Tel: (14) 8146 1070 // 9641 0607


Atualidade

O Novo Código Florestal

Texto Ricardo Izar |Colaboração Luís Filipe Nazar

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novo Código Florestal começou com uma proposição em outubro de 1999, quando foi apresentado um projeto de lei pelo Deputado Sérgio Carvalho (PSDB/RO). O projeto dispunha sobre Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal, exploração florestal e dava outras providências. Após muitas comissões e debates, em maio de 2011 foi aprovada a urgência para a votação do Novo Código Florestal. Em plenário foram apresentadas 186 emendas, sendo aprovada a emenda substitutiva global nº186, de autoria do Deputado Henrique Eduardo Alves, fruto de entendimento da Frente Parlamentar Agropecuária. Foram apresentados, ainda, seis destaques de bancada, sendo que apenas um foi aprovado: a emenda nº164, que alterou as regras da consolidação de atividades em áreas de Preservação Permanente, dando competência ao Programa de Regularização Ambiental para determinar as explorações permitidas na referida área e o quanto deve ser recuperado. 80 Revista Energia

A matéria foi ao Senado Federal em junho de 2011 de onde retornou com suas alterações. Tais alterações foram votadas em abril de 2012 e foram apresentados doze destaques de bancada, sendo aprovados cinco que tratavam dos apicuns, regulamentação das várzeas, regras do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e regulamentação da consolidação de APPs (Áreas de Preservação Permanentes) em “olhos d’água”. O projeto foi à sanção presidencial e recebeu 10 vetos. Ato contínuo, foi editada Medida Provisória para que não houvesse vácuo jurídico na regulamentação da exploração da vegetação brasileira. Tal medida foi votada pela Comissão Mista de Senadores e Deputados em agosto de 2012. Após intensas negociações, chegou-se a um acordo que possibilitou sua votação e envio à Câmara dos Deputados onde foram apresentados três destaques de bancada, todos rejeitados. O texto final votado pelo Congresso Nacional, resultado da tramitação da Medida Provisória nº 571, de 2012, possui cinco pontos alterados:


1- Permaneceu a recomposição escalonada para imóveis de até 4 módulos fiscais. Acima disso, é permitida a recuperação de 15 metros de APP (5 metros a menos que na redação original). Para os imóveis com mais de 15 módulos fiscais, poderão recuperar 20 metros (na redação inicial eram 30 metros). Será permitido o uso de árvores frutíferas para recuperar APP e reserva legal. 2- Permitiu recuperação menor de APP para imóveis maiores de 4 e com até 10 módulos, com limite de 25% da área total, exceto para os localizados em área de floresta na Amazônia Legal. 3- Excluiu o princípio de que as florestas brasileiras são bens de interesse comum. 4- Excluiu o limite de 25% da área de propriedade na qual pode ser praticado o pousio. 5- Excluiu a definição de área abandonada. A matéria foi remetida à sanção e, com a publicação da Lei nº 12.727 de outubro de 2012, a Presidente da República vetou nove pontos da redação final da Medida

Provisória nº 571/12. Além destes vetos, a Presidente publicou Decreto que estabelece normas de caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental. Todo esse histórico resultou em um código com princípios e regras voltadas à preservação e proteção ambiental, mas sem se esquecer da necessidade de progresso. O desenvolvimento sustentável é citado de forma recorrente e no texto aprovado, de maneira que muitos estudiosos sobre o tema criticaram o que chamaram de “retrocesso” na proteção ao meio ambiente e que foi aprovado no novo texto legal. A principal questão que ainda se discute é essa eventual regressão na proteção ao meio ambiente feita pela legislação pátria, em aparente afronta ao princípio da proibição do retrocesso. Essa é uma discussão complexa do ponto de vista jurídico e que com toda certeza ainda será colocada em pauta pelo Ministério Público nas demandas em prol do direito difuso a um meio ambiente equilibrado e preservado.

Deputado Federal Ricardo Izar Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal.

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Relacionamento

Quebrando tabus Em tempos de excomunhão na Igreja Católica, Jaú sai na contramão com uniões homoafetivas Texto Tamara Urias 82 Revista Energia


Foto: Leandro Carvalho

Rafael Batista e Fábio Rogério Fornarolli

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pós defender ideias um tanto polêmicas sobre homossexualidade e matrimônio, Padre Beto, de Bauru, foi excomungado da Igreja Católica. Um pedido de retratação foi feito, mas não acatado pelo sacerdote. Em nota oficial, a Igreja informou que o mesmo não teria mais direito a nenhum dos sacramentos católicos como confissão, comunhão, celebração de missa, casamentos e batizados. Neste meio tempo, Jaú sai na contramão. No último mês, a cidade registrou uma cerimônia homoafetiva, e já possui outra agendada para outubro, que também está dando o que falar. Na noite do dia 11 de maio, o relacionamento das prestadoras de serviço Lucia Elaine Cortez, 45, e Erica Melissa de Souza, 29, ficou marcado não apenas na memória, mas nos principais assuntos da cidade. Tudo porque uma cerimônia ecumênica selou o relacionamento de seis anos da dupla. A ideia nasceu há dois anos, mas elas aguardavam a formalização em união estável da forma como elas viviam. Logo após a publicação do Provimento nº 25/2013 da Corregedoria Geral da Justiça, que reconhece a união estável entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, Erica e Lucia que já planejavam se casar de forma tradicional, contrataram uma assessora de eventos para ajudar na concretização do sonho. “Eu vou realizar o desejo de toda moça de 20 anos. Vou entrar no salão vestida de noiva e acompanhada do meu pai. Teremos padrinhos, musical agitando a festa, valsa e tudo mais que idealizamos para este dia”, diz Lúcia. Ela foi casada por 18 anos e teve dois filhos. Após se apaixonarem, a decisão em assumir um relacionamento homoafetivo foi tomada, e os primeiros a serem comunicados foram os da família. “Quando expusemos o assunto, minha mãe aceitou na boa, talvez por ela ter acompanhado meu conturbado relacionamento heterossexual. Também acredito que o fato deles conhecerem e gostarem da Erica influenciou. Já a minha filha, de imediato ficou chocada e pediu um tempo para digerir a ideia, mas ao mesmo tempo queria me ver feliz, independente da opção sexual”, revela. Elas contam que no início o preconceito até apareceu, mas o apoio da família e do círculo de amigos foi fundamental. “Desde

o momento em que escolhemos viver juntas, a Érica me acompanha a todos os lugares e é meu marido perante a sociedade”. Em locais públicos, a dupla acredita que uma atitude mais íntima pode soar agressiva, portanto, em respeito à sociedade, elas agem com discrição. “Nós não escondemos nosso relacionamento de ninguém. Mas não vamos chegar a um restaurante e ficarmos nos beijando, pode ter crianças e outras pessoas ali que não são obrigadas a verem este tipo de cena. Isso vale para todo tipo de relação, seja ela hetero ou homo. Para tudo existe o momento e local certo, isso é uma questão de educação e respeito”, afirma. Um brinde à felicidade Há sete anos o cabeleireiro Fábio Rogério Fornarolli, 34, e o maquiador Jonas Rafael Batista, 23, se conheceram numa balada GLS. Segundo Fábio, num primeiro momento rolou uma paquera de ambos, após uns três meses começaram a sair e até hoje estão juntos. Com o passar do tempo, o relacionamento foi ficando mais sério e o sentimento muito forte. “Tínhamos vontade de fazer algo para celebrar nosso relacionamento, mas tínhamos receio de como a sociedade reagiria a isso e fomos deixando a ideia meio que de lado”, diz Fábio. Quando souberam que na Argentina os homoafetivos podiam se casar, o primeiro pensamento do casal foi: “Vamos para lá!?”. Mas, como Fábio e Jonas queriam a presença de todos os amigos que conviveram e convivem com eles, a ideia foi abortada. Algum tempo depois, o cabeleireiro viu a notícia que no Brasil o casamento gay estava amparado por lei, e embasado nisso pediu Jonas em casamento. “Ele aceitou! A partir daí começamos os preparativos para o grande dia”, conta. A união será em outubro deste ano, no Espaço Grevillea, onde receberão parentes e amigos a fim de celebrarem o amor de ambos. A cerimônia contará com um juiz de paz e um celebrante que dirá algumas palavras de reflexão. Depois de firmada a união, haverá um brinde à felicidade do casal. Fábio relata que quando começaram a preparar a recepção e informar alguns amigos, as reações foram diversas, contudo, a curiosidade se destacou. “A família, em ne-

Revista 83


nhum momento foi contra, pois já moramos juntos há quase 4 anos”. Tudo era alegria em relação aos preparativos, até contratarem a violinista. Ao saber que se tratava de uma união homoafetiva, ela recusou o trabalho. Um fato bastante interessante relatado pela dupla é que após a decisão de se casar, muitos questionamentos em relação à adoção de uma criança foram levantados, e Fábio explica: “Neste momento, achamos que adoção é um passo muito importante, pois é uma vida que dependerá de nós para sobreviver, portanto, no momento não pensamos nisso, quem sabe futuramente”. Fique por dentro da lei A polêmica sobre as uniões homossexuais chegou ao Supremo Tribunal Federal depois que muitos casais recorreram à Justiça pedindo a equiparação de suas uniões às de casais heterossexuais, a fim de dividir bens e adotar filhos, por exemplo. A advogada especialista em Direito Civil e Processo Civil, Presidente da Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia, e Presidente da Comissão do Direito da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil Subseção de 84 Revista Energia

Jaú, Rogéria Coimbra Vicente, lembra que no dia 5 de maio de 2011 o Superior Tribunal Federal reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. Com esta decisão, os casais homossexuais não necessitavam mais de uma sentença judicial. Bastava que o casal fosse até um Cartório de Notas e fizesse um registro através de Escritura Pública, declarando a convivência de união estável. “Uma vez munidos deste documento, passaram a ter todos os direitos que um casal heterossexual, como pensão por morte do companheiro, direito aos alimentos em caso de dissolução da união, direito securitário, dependência no imposto de renda, adoção de filhos, entre outros”, esclarece Rogéria. Na prática, o casal levava a escritura de reconhecimento de união estável lavrada em Cartório de Notas ao Cartório Civil das Pessoas Naturais, requerendo a conversão para casamento. Diante da não aceitação de alguns cartórios, no dia 14 de Maio de 2013 o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obrigou todos os Cartórios do país a cumprirem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de realizar a união estável de casais do mesmo sexo. De acordo com a especialista, o que

muda é que agora todos os cartórios são obrigados a realizarem uniões estáveis, e também a realizarem a conversão de união estável em casamento civil. Mas, segundo Rogéria, é preciso ficar alerta, já que existe ainda uma carta escondida na manga a ser usada por aqueles contrários à união homoafetiva. “Sob o argumento de que a mudança só poderia vir por Lei, certamente questionarão a resolução através de um Mandado de Segurança no Supremo. Mas, assim que publicado o provimento do CNJ, e não obstado por medida própria em Mandado de Segurança, será possível o casamento homoafetivo em nosso país, dando a todo cidadão brasileiro a condição de viver de forma digna e sem preconceito”. A especialista também ressalta que o Estado não deve intervir na opção sexual e de vida do cidadão, já que é inerente e subjetivo da pessoa humana, e deve ser respeitada como condição ‘Sine qua non’ (sem o qual não pode ser).

São Paulo já registra 2 casamentos gays a cada 3 dias e Cartórios apostam em aumento na procura.

Foto: Alessandra Moraes

Lucia Elaine Cortez e Erica Melissa de Souza


Empresarial

Por Antônio Paulo Grassi Trementocio

Contribuição Sindical e as micro e pequenas empresas

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Confederação Nacional do Comércio (CNC) interpôs, perante o Supremo Tribunal Federal (STF), uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) de nº 4033, que isentou as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo regime tributário do Simples Nacional, ao pagamento das contribuições sociais, em especial da contribuição sindical patronal. Esse dispositivo legal prevê que essas empresas optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das contribuições instituídas pela União, inclusive aquelas para entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, e demais entidades de serviço social autônomo, o que alcançaria a contribuição sindical patronal. A Confederação Nacional do Comércio apresentou a alegação de que tal dispositivo legal, que atribui isenção às micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional da contribuição sindical patronal, por exemplo, violaria as normas que regem a organização sindical, por conta da ausência de receita que essa isenção traria. Mencionou, ainda, que referida isenção violaria também a isonomia trazida na Constituição Federal, uma vez que beneficiaria alguns contribuintes em detrimento de outros que se encontrariam na mesma situação mercadológica, porém, em regime tributário diverso. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal julgou improcedente referida ação. O fundamento utilizado pela maioria dos Ministros, em suas respectivas decisões, foi no sentido de que a própria Constituição Federal determina que a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios dispensem às micro e pequenas empresas tratamento jurídico diferenciado. Tal incentivo consiste, através de benefícios, em que simplifiquem as obrigações tributárias, bem como a redução das mesmas, para que estas possam progredir dessa condição de “pequena empresa” para a condição de “média empresa” e assim sucessivamente, buscando principalmente que as “pequenas empresas” deixem a informalidade. Pudemos extrair também desse julgamento que a intenção do dispositivo invocado é no sentido de provocar o fomento dessas empresas, possibilitando às mesmas um fortalecimento financeiro, que naturalmente propiciará uma melhor realidade social, além da busca da legalidade da atividade desenvolvida, ao ponto que o seu crescimento ultrapasse as vias da informalidade. Extraiu-se ainda do referido julgamento que as entidades de classe patronal, de fato, podem se enfraquecer por ausência des-

sa receita, agora isenta, porém as mesmas não se enfraquecerão a ponto de não conseguirem exercer seu papel constitucional na sua condição parestatal. Enfim, referido dispositivo trouxe às micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional a isenção ao pagamento de todas as contribuições instituídas pela União, bem como as contribuições para entidades privadas de serviço social e de formação profissional, vinculadas ao sistema sindical, e o mesmo ficou mantido no reconhecimento de sua constitucionalidade. Assim, todas as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional, em nosso país, estão ISENTAS do pagamento da CONTRIBUIÇÃO SINDICAL, inobstante deixarmos aqui destacado a importância da atuação social dos Sindicatos Patronais em sua representatividade, porém, não se pode esquecer a importância dessas empresas para a sociedade, e sua sobrevivência tem caráter fundamental no equilíbrio social de todo o país, onde essas pequenas atividades empresariais constituem grande número.

Revista 85


Entre Aspas

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É o que dizem por aí... Salve-me, Jorge!

ntre fatos e barracos da novela acompanhei pouco, mas o lado criativo da autora Glória Perez me chamou a atenção para Salve Jorge. Acredito que a Carminha de Avenida Brasil devia estar trabalhando na casa da autora, pois existem fatos que não entendo, mesmo acompanhando as explicações de Glória pelo twitter, narrando cenas que possivelmente Carminha sabotou. Morena, grávida, com aquela barriga imensa, sendo protegida por D. Helô (a delegada), está prestes a dar à luz; começa a chover e ao invés de Morena ficar quietinha, sai correndo e acha uma caverna com São Jorge na parede (sim, eu sei que São Jorge veio da Capadócia, mas o que tem a ver um desenho do tipo: oi, estou na idade da pedra?); pois ela dá à luz Jéssica Vitória, em uma caverna suja e sem ajuda de qualquer ser humano ou não humano, e correndo o risco da máfia capturá-la. A delegada resolve contar para a mãe de Morena que ela está viva e envolvida com a máfia. Se acontecesse isso comigo, eu ficaria quietinho, não entraria em lugar algum gritando que minha filha estava viva. Pois bem, foi o que a mãe dela fez, abriu os braços e saiu pelo meio da favela gritando: “a Morena está viva!”, parecia a cena em que Rose descobre que Jack não morreu no Titanic. Lucimar, mãe de Morena, vai ao seu encontro, ela mal pergunta se a mãe está bem, sua principal preocupação: o galã! Mas, e o filho? Só Deus e Glória sabem onde está. Morena, então, decide ir à igreja. Detalhe: a cena se passa durante a madrugada. Ela, com um vestidinho curto, claro! Além do fato de estar com uma filha pequena e ter um filho que nem viu ainda, está fugindo da máfia (coisas bobas), e ainda a igreja fica aberta na madrugada? Sim, na novela de Glória abre, e também viajar para outro país é como ir à esquina comprar um doce, e o melhor, em qualquer país todo mundo fala português! Que magnífico, não? Enquanto Morena reza, quem chega à igreja no mesmo horário? Claro, o galã! Quem mais poderia ser? O Capitão Nascimento? Pela criatividade de Carminha (ainda defendo a tese de que ela está trabalhando contra Glória e sabotando os textos), até poderia ser. Morena, então, olha para trás e vê Théo com aquela cara de “esse cara sou eu”.

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Por Leandro Carvalho

Alguns capítulos depois Wanda, a comparsa, está presa e é claro que a máfia tem um plano super legal para ela sair. Entra uma figurante, fica no lugar dela e ela sai com uma peruca nada chamativa. Como elas trocaram de roupa sem ninguém ver? Só por Deus e Glória! E o final? Foi surpreendente, como a novela toda. Engraçado ver a polícia chegando, com as sirenes ligadas para avisar os bandidos que eles seriam presos. A vilã Irina diz que não tinha nada a ver com a máfia, que só fazia a contabilidade. Oi? Como assim produção? Enfim... Alguém entendeu a ligação de Pescoço com a Lívia? E por que a Glória não deixou a Érika contar para o Théo que eles perderam o bebê? Morena ajuda a prender Wanda, que estava saindo de um buraco na rua (sem falar nos tiros que Morena disparou fazendo Wanda sapatear). Jô seduz Russo, algemando-o na cama, leva as amigas para dar aquela surra nele (será que só eu prestei atenção na música de carnaval que tocou nessa hora? Não era um momento tenso? Ai, ai, Carminha). O reencontro de Morena com “esse cara sou eu” foi legalzinho, se não tivesse demorado tanto, pois a delegada saiu da Turquia, foi para a Bulgária prender a Lívia que fazia strip em uma taça (delegada vidente, ou o google sabia que ela estava lá). Pois D. Helô reatou e casou com Stênio, Aisha foi para a Turquia, Wanda e Lívia aparecem na cadeia (sem contar que a Wanda se converteu, mas Lívia, ah, essa não tem jeito, ficou de olho no diretor do presídio), e nada da Morena, de Théo, nada de nada. Difícil entender. Mas logo eles aparecem no Morro do Alemão (e o tão sonhado/esperado casamento com a benção de São Jorge, cadê, cadê???), uma cena com ar de sei lá, (Carminha deveria estar bem cansada e parou de sabotar), pois a cena não teve nenhuma emoção, fiquei mais empolgado com as pipas subindo na hora que terminou. Para falar a verdade? Eu até que me diverti com essa novela, foi pura comédia! Lembrando que não é minha opinião, é o que dizem por aí...


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