Distribuição gratuita - Venda proibida
Jaú - Ano 4 | Edição 36 | Mensal - Agosto 2013
Vai um
cafezinho aí? Auto Posto Rosângela conveniência de primeiro mundo
Jaú
160 anos
Perfil
Karina Martin, uma jauense nas telonas
gente fina
João Bergamasco: desafios, superação e sucesso
2 Revista Energia
Revista Energia 3
4 Revista Energia
Editorial
Ano 4 – Edição 36 – Jaú, Agosto de 2013 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação mensal da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286
Olhar para o futuro
“A
qui, no entanto, nós não olhamos para trás por muito tempo. Nós continuamos seguindo em frente, abrindo novas portas e fazendo coisas novas, Porque somos curiosos... e a curiosidade continua nos conduzindo por
Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br Criação de anúncios: Raul Galvão arte@revistaenergiafm.com.br Redação e revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br
Diagramação BV Gráfica (14) 3622-2851 Projeto gráfico: Revista Energia Projetos Especiais: Leandro Carvalho Fotografia e Produção Fotográfica Leandro Carvalho foto@revistaenergiafm.com.br Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colunistas Alexandre Garcia Antonio Paulo G. Trementocio Caroline Pierim Giovanni Trementose João Baptista Andrade Marcelo Macedo Mário Franceschi Netto Paulo Agnini Professor Marins Colaboraram nesta edição Karen Aguiar Ricardo Izar Jr. Comercial Jean Mendonça Joice Lopez Moraes Sérgio Bianchi Silvio Monari Impressão: Gráfica São Francisco Distribuição: Pachelli Distribuidora Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624-1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, anúncios e informes publicitários.
Foto: Cláudio Bragga
Repórteres Marcelo Mendonça Tamara Urias
novos caminhos”.
Com essa frase de Walt Disney, abro esta edição da Revista Energia falando da nossa equipe, que tem em seu DNA esse desejo de abrir novas portas, essa curiosidade para pensar e inovar em suas iniciativas. Procuramos o novo sempre, mas isso só é possível se estivermos atentos ao hoje, às necessidades de nossos leitores, clientes e parceiros. Se inovar é a palavra da vez, convido você a conferir nossa matéria de capa e, quando tiver um tempinho, experimentar todas as delícias da nova conveniência do Auto Posto Rosângela. Serviços de alimentação diferenciados, acesso à internet e qualidade no atendimento são o diferencial do segmento. Mais que exemplos de vida, nossa coluna Gente Fina busca trazer histórias de pessoas que nem sempre aparecem para a sociedade em geral. Assim, queremos compartilhar com você a história do nosso Gente Fina desta edição, João Batista Bergamasco, que entre lutas, desafios e perseverança nos faz acreditar no milagre da vida. E o que dizer quando um carro, além de meio de transporte, se transforma em uma grande paixão? Conheça nossos entrevistados para os quais o Opala não é apenas um carro, mas um estilo de vida. E nos 160 anos de Jaú, nossas páginas retratam um pouco dessa cidade cheia de ENERGIA. E para fechar este editorial, eu não poderia deixar passar em branco esta data tão especial. No mês dos pais, nossos parabéns a esses seres fortes, protetores, que dão exemplos e inspiram. Ser pai não é para qualquer um... não, mesmo! Boa leitura.
Maria Eugênia Revista Energia 5
6 Revista Energia
Revista Energia 7
44
NESTA EDIÇÃO 10 Perfil 20 Clássicos 26 Jaú 72 Segurança 74 Arte
Capa
ÍNDICE
SEMPRE AQUI 12 Radar 14 Jurídico 16 Pense Nisso 18 Especial Profissões 24 Raça do Mês 25 DPI 28 Gente Fina 34 Garota Energia 36 Unimed 42 Quem Fez Jahu 44 Capa 50 Look de artista 54 Varal 58 Look Kids 60 Moda 62 Fitness 64 Social Club 77 Boa Vida 78 Gourmet 79 Guia da Gula 80 Vinhos 81 Empresarial 82 Entre Aspas
26
Jaú Parabéns pelos 160 anos
28
Gente Fina: João Batista Bergamasco
54
Varal: Peças para arrasar em qualquer ocasião
Distribuição gratuita - Venda proibida
Jaú - Ano 4 | Edição 36 | Mensal - Agosto 2013
Vai um
cafezinho aí? Auto Posto Rosângela conveniência de primeiro mundo
JAÚ
160 anos
PERFIL
Karina Martin, uma jauense nas telonas
GENTE FINA
João Bergamasco: desafios, superação e sucesso
Nossa capa: Martina Luchini Foto: Leandro Carvalho Produção Gráfica: BV Gráfica Beleza: Tide Júnior Roupas e Acessórios: Hot Seven
Revista Energia 9
Foto: Patrick Brito
Perfil
10 Revista Energia
O furacão jauense Karina Martin retorna às páginas da RE para falar sobre os novos trabalhos e detalha os segredos de se manter sempre linda Texto Tamara Urias
“P
ara realizar grandes conquistas devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar”. A frase do escritor francês Anatole France retrata a trajetória da atriz jauense Karina Hernandez Martinez, 37 anos, que desde criança sempre soube o que queria e onde gostaria de chegar. Mesmo quando as pessoas ao seu redor diziam que seria impossível, ela manteve o foco, acrescentou mais garra e foi em busca de seu objetivo. Hoje ela colhe os frutos da realização. “O impossível não existe no meu vocabulário”. A atriz, contratada pela Rede Globo, teve o início da carreira baseado em estudo, disciplina, perseverança e determinação. Formada em jornalismo, fez balé clássico e morou em países como Canadá e Inglaterra. Além de um belo rosto, a filha do médico Manoel Martinez Júnior e da empresária Sônia Regina é dona de um vozeirão, o que a levou a atuar em musicais. Carreira Em 2003 estreou na Rede Globo participando do “Sítio do Pica-pau Amarelo”. A seguir, trabalhou em “Cobras & Lagartos” e “Vida Alheia”. Como as participações eram pequenas, o reconhecimento veio somente na novela “Aquele Beijo”, no papel de Odessa. Pouco tempo após o término do folhetim, foi aprovada para estrelar a série “Pé na cova”, que já está em sua segunda temporada. No sitcom, Karina interpreta Giussandra, irmã gêmea de raça diferente e dona da barraca de cachorro-quente ao lado de Soninja (Karin Hils, ex-Rouge). Durante as férias do seriado humorístico Karina embarcou em um grande navio, cenário do novo longa-metragem brasileiro “S.O.S. – Mulheres ao mar”, que será rodado na Europa. Na trama ela fará a camareira Hylda, e no elenco há nomes de peso como Reynaldo Gianecchini e Giovanna Antonelli. Ela também está no corpo de atores da peça “Mentiras que as mulheres contam”, que devido às gravações do filme teve que ser adiada. Sucesso Ao colocar na balança os prós e contras, Karina ressalta que a fama lhe trouxe muito mais coisas boas, e que o fato de estar na TV não mudou seu modo simplista de ver o mundo. “Outro dia eu estava dormindo no camarim e quando abri a porta per-
cebi que tinha algumas pessoas aguardando autógrafos. Eu cumprimentei e passei direto. Depois de alguns metros caiu a ficha que eles queriam tirar foto comigo!”, conta às gargalhadas. Seu principal receio é da morte, mesmo acreditando que o ser humano está de passagem pela Terra apenas para aprender. “Eu amo viver! E você há de concordar comigo, é bom demais, né?”, diz. Família e amores A jovem atriz, que viveu até os 18 anos em Jaú, não tem planos de voltar para o interior, porém, não descarta a possibilidade. Para ir em busca de seus sonhos Karina precisou tomar uma difícil decisão: deixar o filho em sua cidade natal. “Não há cobranças e também não me culpo, tenho certeza que fiz o certo”. Enfática, a atriz diz que sempre esteve presente na vida de Bruno, hoje com 19 anos, e afirma que para ela “estar na mesma casa” não significa ter bom relacionamento. “Eu tenho certeza que converso e estou muito mais presente na vida dele do que muitos pais que dividem o mesmo teto”. Quanto à saudade, conta que teve que aprender a lidar, mas para supri-la um pouco fala com a família pelo telefone todos os dias. Karina foi casada duas vezes. O último matrimônio foi com o diretor de cinema americano Ken Quinn, com quem viveu junto no Canadá. Mantendo certa discrição, a bela assume que há alguns meses está com o coração preenchido. Salientando que já viveu grandes amores, diz não acreditar em apenas um. “Acho que amamos muitas vezes na vida e de formas diferentes. Vejo estas relações como uma colcha de retalhos: a cada momento vivido guardamos um pedacinho do amor e o levamos por toda a vida”. Sempre bela Apaixonada por atividades físicas, Karina sempre praticou natação, boxe e dança, mas devido a um problema na coluna há quatro anos cessou os exercícios. “Por causa de cinco hérnias na cervical tive que operar e agora que a cirurgia completou um ano vou voltar à malhação”. Para manter o corpo impecável e a pele saudável ela dá uma dica importante: cuidar da cabeça. “Quando ela está boa, tudo funciona direito e ficamos mais bonitas. Manter o bom humor também ajuda e, claro, uma boa sessão de laser”, diverte-se. Com 1,65 m e 49 quilos, a jauense não descarta a possibilidade de posar nua.
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Radar
Boa
Por Alexandre Garcia
A quem interessa?
E
stão chamando de vândalos os saqueadores e arruaceiros que têm atacado lojas, bancos e prédios públicos. Não é bem aplicado o nome, porque os vândalos, quando saíram da Germânia e chegaram a conquistar cidades do norte da África e depois saquearam Roma, não escondiam o rosto. Lutavam sem cobrir a cabeça. Os daqui, quase dois mil anos depois, são diferentes. Têm motivos para ocultar o rosto. Um ministro de tribunal superior me disse estar convicto de que eles são pagos para fazer o que fazem, e com o objetivo de enfraquecer o ânimo dos manifestantes que em junho deram vazão à indignação contra a corrupção, os gastos públicos com estádios e a falta de atenção à educação, à saúde, ao transporte público e à segurança pública. Chama a atenção o ódio com que atacam agências bancárias e lojas, o que demonstra motivação ideológica contra a economia de mercado e a iniciativa privada. Quem pensa assim, também debocha dos jovens que saíram às ruas, qualificando-os de “juventude burguesa”. Um qualificativo que identifica a mesma origem ideológica. Como fracassou o contraponto às manifestações espontâneas, organizado pelas centrais sindicais, PT e MST, os ditos vândalos recrudesceram. A polícia militar se confessa inexperiente com esse tipo de manifestações. Antes, eram passeatas promovidas por chamados movimentos sociais, sindicatos e ongs, tudo organizado,
planejado, comandado, muitas vezes pago, com carros de som, faixas e bandeiras distribuídas, sempre em defesa de interesses próprios. Em junho brotou nas ruas um desabafo sem lideranças nem donos. A polícia ficou desorientada, porque não tinha com quem negociar condições. E respondeu com balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta. Enquanto manifestantes pacíficos recebiam esse tratamento, os arruaceiros e saqueadores oportunistas invadiam bancos e lojas sem a rigorosa e necessária reação policial – para esses, usar spray, gás e bala de borracha é pouco. E por que agem livremente, para serem filmados e mostrados? Só depois de as imagens do vandalismo percorrerem o país e assustarem quem pretenda voltar às ruas, é que meia dúzia de desordeiros é identificada e detida. Não há dúvida de que levar sacolas cheias de rojões e coquetéis molotov para as ruas é algo que demanda planejamento. Não é igual a improvisar numa cartolina “População passiva = Corrupção ativa”. Não; é preciso sair com tudo comprado e com o objetivo de quebrar e incendiar. Haverá adesões de aproveitadores para saquear a loja arrombada, mas o objetivo é assustar, atacar símbolos da economia de mercado – força bruta em lugar da crítica inteligente dos manifestantes espontâneos. Os arruaceiros querem convencer as famílias que acordaram o gigante adormecido, que manifestação de rua é algo perigoso. A quem interessa?
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Jurídico
Por Giovanni Trementose
Direitos dos empregados domésticos
E
m prosseguimento à matéria veiculada na edição 33 da RE acerca do Projeto de Lei dos Domésticos, após três meses de tramitação, no último dia onze de Julho o Senado aprovou o referido projeto por unanimidade. Vale lembrar que o texto ainda precisa ser aprovado junto à Câmara dos Deputados e sancionado pela Presidente Dilma Roussef para entrar em vigor. Os novos direitos que merecem destaque são: A criação do imposto SIMPLES para que o empregador doméstico recolha 8% sobre a remuneração do empregado a título de INSS, e 11,2% referente ao FGTS (sendo 3,2% para a multa do FGTS em caso de dispensa sem justa causa); A possibilidade de redução do intervalo de almoço – desde que ambas as partes aceitem – de uma para meia hora; Férias fracionadas em até dois períodos, desde que um seja de no mínimo 14 dias corridos; Jornada de 12 horas trabalhadas por 36 de descanso – devendo existir consenso entre empregador e empregado; Hora noturna de 52 minutos e 30 segundos, remuneradas com adicional de 20%; Possibilidade de criação de banco de horas para compensação das horas extras com a concessão de folgas.
14 Revista Energia
Ressalta-se que a única mudança que já está em vigor, desde a criação da PEC em abril/2013, é a jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 semanais, devendo a hora extra ter acréscimo de, no mínimo, 50%. Portanto, sugere-se atenção, em especial aos empregadores, uma vez que os mesmos terão 120 dias, contados a partir da publicação da Lei, para atenderem às novas determinações.
nisso
Pense
LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br
Por Professor Luiz Marins
A culpa torna as pessoas indefesas e sem ação
N
ada é mais prejudicial para a proatividade de uma pessoa do que viver com sentimentos de culpa não resolvidos. A culpa é proveniente de sentimentos negativos em relação ao passado. Coisas que fizemos ou deixamos de fazer; palavras que falamos ou deixamos de falar. Há pessoas que vivem mergulhadas no passado com sentimento nostálgicos ou de culpa e vivem travadas, sente-se indefesas, não agem. É preciso reeducar a mente para a realidade de que só temos domínio sobre o nosso momento presente. Aquilo que fizemos uma hora atrás, vinte anos atrás ou mesmo um minuto atrás pertence ao passado, à história. Não podemos refazer o passado. A história, mestra da vida, só nos serve para com ela aprendermos. Não há como apagá-la ou reescrevê-la. Daí, do ponto de vista pragmático, o sentimento de culpa em relação ao passado é um sentimento inútil. A única coisa que podemos fazer é pedir perdão, nos desculpar e mudar. Não mais cair no mesmo erro que nos trouxe a culpa. Por isso o perdão é o melhor remédio para a culpa. Se temos um sentimento de culpa em relação a alguém, se for ainda
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possível, devemos pedir perdão a ela pelo que fizemos. Isso aliviará a nossa consciência e nos fará nos perdoarmos a nós mesmos. Temos que aprender a nos perdoar. Todos nós cometemos erros mais graves e menos graves. Somos humanos e não deuses. E para nos perdoarmos é preciso que vençamos a nossa falta de humildade, o nosso orgulho, a nossa soberba. Pessoas que não conseguem se perdoar são, no fundo, pessoas cheias de si, orgulhosas demais para pedir perdão e se perdoar. Para vencer sentimentos de culpa é preciso coragem e humildade. Coragem para nos olharmos de frente e humildade para reconhecer que erramos, e que muitas vezes ainda erraremos nesta vida. A coragem também nos dará a força para recomeçar quantas vezes for necessário, para nunca desistir, para lutar por princípios e valores elevados. Pense nisso. Sucesso!
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Especial profissões
Fotografia Por Heloiza Helena C. Zanzotti
Câmeras, lentes e filmes
A
arte de captar imagens com o uso de câmeras, sua gravação e reprodução em papel e meios digitais. O fotógrafo domina o uso de máquinas, lentes e filmes e conhece a fundo as técnicas de revelação, ampliação e tratamento de imagens analógicas e digitais. Com base em conhecimentos de iluminação e enquadramento, procura captar da melhor maneira possível a imagem de pessoas, paisagens, objetos, momentos e fatos políticos, econômicos, esportivos e sociais.
atualizações após a era digital. “Podemos dizer que o setor da fotografia possui duas vertentes: uma delas é a dos fornecedores de equipamentos para fotografia e a outra dos fotógrafos. Para o primeiro, o mercado nunca esteve tão aquecido. Para os profissionais de fotografia o mercado está excelente, mais ainda para aqueles que buscam a especialização e capacitação constantes”.
Áreas de atuação
O bacharelado tem duração média de 4 anos e o tecnológico de 2 anos. Há apenas dois bacharelados no país que oferecem uma formação mais humanística se comparados aos tecnólogos, mais focados na prática. O Senac Jaú oferece os cursos de Formação Básica em Fotografia, Introdução à Fotografia Digital, Fotografia Digital Profissional e Fotografia Publicitária.
Área pericial - Documentar situações para investigações policiais e ações judiciais. Arquitetura de interiores - Fotografar maquetes, ambientes e edifícios para publicações de arquitetura e decoração. Banco de dados - Projetar, instalar e administrar arquivos de fotografias e material iconográfico em museus, instituições e centros de documentação. Curadoria - Organizar e promover exposições em museus, galerias, centros de documentação, informação e eventos. Estúdio - Fotografar produtos e modelos para moda, culinária, decoração, publicidade e venda de produtos. Fotojornalismo - Fazer reportagem jornalística e editar fotografias para jornais, revistas, agências de notícias e sites. Restauração e conservação - Pesquisar, desenvolver e aplicar técnicas para recuperar e conservar fotografias, cromos e filmes fotográficos.
Onde estudar
Daniel Robson Gonçalves
As áreas de propaganda e marketing, moda, arquitetura, decoração, jornalismo e cinema estão em crescimento no Brasil e precisam de profissionais que entendam de suas especificidades. Outro setor aquecido é o audiovisual, no qual o fotógrafo não apenas faz direção de fotografia como passa, ele mesmo, a produzir os vídeos. Essas oportunidades valem tanto para bacharéis quanto para tecnólogos, que têm atuações e oportunidades muito semelhantes. Ambos também podem abrir um estúdio próprio ou trabalhar como prestadores de serviços para jornais, editoras de revistas e livros, agências de publicidade e departamentos de comunicação de empresas privadas. São Paulo e Rio de Janeiro oferecem as melhores oportunidades de trabalho. Segundo Daniel Robson Gonçalves, 38, docente da área de fotografia do Senac Jaú, a fotografia vem sofrendo constantes
Foto: divulgação
Mercado de trabalho
Informe Publicitário
Registre emoções com o Studio Fena Foto Dia 19 de agosto é o Dia Mundial da Fotografia.
A
criação do equipamento que através de suas lentes capta e registra a história, a princípio em sua forma, e posteriormente em cores, transformou toda uma sociedade. Em 1826 Joseph Nicéphore Niépce, após unir elementos da química e da física, criou a héliographie. Para chegar a este resultado, o francês combinou o princípio da “câmara escura” à característica fotossensível dos sais de prata. Anos depois, o também francês Jean Jacques Mandé Daguerre aprimorou o método, fixando e aumentando a longevidade das imagens, e o rebatizou de Daguerreótipo. Graças a esta criação, pessoas das mais diversas idades e nacionalidades podem eternizar seus momentos, sendo considerado um presente à humanidade. Fundado em 1989, o Studio Fena Foto atua em Jaú há 8 anos e foi o pioneiro em revelação e compra de fotos online. Com equipamentos modernos, oferece os melhores serviços do mercado como produtos personalizados, ampliações e revelações em geral, banners, painéis, reprodução, restauração, lembranças e convites especiais, foto documento, fotolivros, acessórios fotográficos e principalmente atua na cobertura de eventos. Está reinaugurando as instalações da loja e do estúdio fotográfico, que é a maior rede de franquias de estúdio do país, a Flash Studio, um trabalho diferenciado e apaixonante em books infantis, juvenis, adultos, melhor idade e gestantes.
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Clรกssicos
Thiago R. Manzato e seu opala comodoro 1981
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Lata velha, nem pensar! Todos nós, em nossas juventudes, tivemos experiências que deixaram lembranças. Quando o assunto é carro, então, cada época teve seu símbolo de status e potência, ícones que marcaram uma geração inteira. Texto Marcelo Mendonça | Fotos Leandro Carvalho
H
ouve um tempo em que os mais jovens viam um camarada passar com aquele Opalão de ronco grosso, belas rodas, curvas em harmonia com o conjunto do carro que faziam com que o desejo de possuí-lo fosse muito grande. Faziam? Não, fazem! A verdade é que esse desejo continua em muita gente, e vem aumentando entre aqueles das mais novas gerações. A criação da Chevrolet até hoje arranca suspiros por onde passa. Quem duvida pode dar uma olhada na internet. São páginas e páginas dedicadas a declarações de amor ao carrão e diversas comunidades como Amigos do Opala; Apaixonados por Opalas; Amantes de Opalas e até, acreditem, Namoradas de Opaleiros! Clássico, independente do ano, quando bem conservado e original chama bastante atenção por onde se passa. De acordo com seus fãs a fácil manutenção, peças baratas e mecânica simples agradam quem procura um automóvel potente, confiável e extremamente confortável. E se alguém disser a um amante de Opala que não vale a pena comprar um por já não estar sendo mais fabricado pela General Motors, vai ouvir frases como as que ouvimos na produção desta matéria: “Opala é beleza, conforto e qualidade”, ou ainda, “É um automóvel de
verdade, não como esses novos, todos de plástico”. Muito cobiçado o Opala teve, nos últimos anos de produção, uma clientela basicamente de empresários, pessoas acima dos 40 anos e bem sucedidas.
O famoso programa Caldeirão do Hulk reforma carros utilizando uma boa dose de tecnologia. A RE descobriu em Jaú um apaixonado por dar nova vida a essas máquinas. Só que nesse caso, são Opalas. Joias raras A conversa com Valdir Castilho, 36, aconteceu ao lado de um Opala ano 76, desmontado, pronto para ser reformado. Será mais um possante que vai ganhar uma nova cor, rodas, acabamento de primeira, motor seis cilindros e toda a dedicação que Valdir e os irmãos Gerson Donizete Castilho,
Lucas Rodrigo Castilho e o amigo Fernando Peres, que ajudam na reforma dos carros, irão investir para construir mais uma máquina. Dono de um comércio de rodas, Valdir é apaixonado por Opalas. Quando sobra tempo, na maioria das vezes à noite, ele se dedica a reformá-los. “Meu primeiro Opala eu tive com 14 anos. Deste então não parei mais de comprar e até pouco tempo eu tinha seis. No total, já foram mais de 40”, conta. Ainda na infância, trabalhando em oficina de funilaria, Valdir aprendeu sozinho. Não tive nenhum professor que ensinasse como montar os carros, foi tudo na base da raça mesmo”. Até hoje já foram oito Opalas reformados, todos do ano 1979 para baixo. O último, um Amarelo SS 1977 que reformou cuidadosamente, foi vendido por 60 mil reais. “Não existe um período determinado para reformar um carro; se eu tivesse tempo, a cada seis meses entregava um, mas às vezes levo dois anos para terminar, não pode haver pressa”. A maior parte da reforma do carro é Valdir mesmo quem faz. Recentemente, ele montou uma estufa no fundo de sua loja para pintar os carros. Embaixo de uma capa, outro Opala vermelho, já reformado, faltando somente rodas cromadas para ganhar as ruas. “Eu faço o carro inteiro, desde a parte mecânica, elétrica, suspensão e funilaria. Esse Opala 76, quando comprei, paguei cinco mil reais. Depois
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O xodó de Rogério Martins, Opala 1973
de pronto eu não vendo por menos de 60 mil”. A preferência nas máquinas é sempre pelo motor seis cilindros; se não tem, Valdir coloca. “Faço os meus carros e valorizo-os, por isso não tenho pressa para acabar e nem para vender, as pessoas não dão o mesmo valor e só eu sei o quanto dá trabalho para deixar pronto”. Casado com Michele Castilho, o casal tem dois filhos: Igor, 6, Amanda, 4.
fácil notar que o carro chama a atenção. A parte interna do veículo Tiago também reformou, e do motor original pretende cromar algumas peças. “Como não sou de acelerar, não penso em mudar o motor para seis cilindros ou mexer na potência, vou deixar original mesmo”. Segundo ele, o grande charme do cupê é que esse modelo não possui coluna entre o vidro das portas e os vidros traseiros, deixando o carro mais esportivo.
Paixão de família Tiago Roberto Manzato, 24, empresário, herdou do pai a paixão por Opala. “Meu pai tinha um ano 92, diplomata seis cilindros, eu ainda criança já era apaixonado pelo carro” diz ele. Morador do Pouso Alegre, nossa equipe encontrou Tiago para um bate-papo e, claro, para registrar a raridade que abre esta matéria: um Opala 81 verde claro, 4 cilindros, álcool original, que ele comprou há exatos nove meses. “No total eu já gastei quase 10 mil reais para deixar ele assim”, afirma. Além das rodas aro 17, o carro também possui um sistema de som potente. “Demorei quase um ano para achar esse carro, eu queria um quatro portas, mas quando encontrei esse cupê foi paixão à primeira vista”. O carro já veio pintado, mas segundo Tiago ainda vai uma boa grana para finalizar alguns detalhes. “Sou perfeccionista demais, quero ainda melhorar a estética dele”. Tiago chegou atrasado ao nosso encontro, isso porque uma luz interna do carro havia ficado acesa a noite toda e a bateria arriou. Essa não foi a primeira vez que o carro o deixou na mão. “Quando havia acabado de comprar fui dar uma volta com a namorada e na estrada, por causa de um acidente que havia acontecido, eu diminui a velocidade e o carro afogou do nada. Fiquei um bom tempo parado no acostamento à noite tentando fazer pegar, no fim a gente até ria, são coisas que acontecem”. Na conversa com nossa equipe, enquanto era fotografado, foi
Placa preta é para poucos “Quando encontrei esse carro não pensei duas vezes. Não tinha dinheiro, mas não poderia de maneira nenhuma perder a oportunidade, eu tinha que comprá-lo”. Essa história aconteceu há 16 anos, quando Rogério Martins tinha 19 anos. “Quando comprei o carro ele estava em ótimo estado, mas depois de um tempo resolvi desmontar tudo e restaurar por completo”. O Opala sedan ano 73, quatro cilindros, com motor na cor vermelha original é o xodó dele. O que chama atenção na raridade, além do ótimo estado, é sua placa de cor preta, que segundo ele somente carros acima de 80% originais a possuem. A placa é uma espécie de premiação pelo bom estado de conservação do carro. Rogério possui até o manual de instrução, buscou os pneus originais em Santos, pois somente lá encontrou aqueles que saíram de fábrica no veículo. O rádio também é o mesmo de fábrica, detalhes que fazem qualquer um voltar no tempo. O Opala de três marchas, com câmbio na direção é silencioso até na partida. “Eu costumo andar somente nos finais de semana, ou quando levo para alguma exposição”. diz. O mais longe que o Opala de Rogério rodou foi uma viagem a São Paulo, para uma exposição. “Na estrada ele não deixa a desejar, anda bem e é muito confortável”. Eu bem que tentei dar uma volta, mas sem sucesso. “Nem o mecânico testa, quando surge algum probleminha eu mesmo arrumo, ninguém coloca a mão”, afirma.
Opala reformado por Valdir
Revista Energia 23
Raça do mês
Pastor Alemão Capa Preta Por Heloiza Helena C. Zanzotti | Fotos Leandro Carvalho
A
exemplo de Rin Tin Tin, o cão astro do cinema, o Pastor Alemão é, sem dúvida, um cachorro completo. Como cão policial não há o que não faça. Fareja drogas, explosivos, pessoas desaparecidas, participa de patrulhamentos e está sempre a postos para acompanhar tropas de choques enfrentando rebeliões, tumultos e o que mais vier pela frente. Altamente inteligente, obediente, corajoso e responsável, desempenha com eficiência as mais variadas tarefas: cão de guarda, de salvamento, de companhia, exposição, polícia, estrela de cinema, mensageiro. Guia de deficientes, ainda atua bem no papel de agente terapêutico, pela docilidade e receptividade com doentes e idosos. Se a ideia é ter um cão de guarda competente, que conviva com os amigos da família sem colocá-los em risco, o Pastor Alemão é a melhor opção. Mas a natureza sociável da raça não é sinônimo de permitir qualquer atitude por parte das pessoas de fora da casa. Se uma visita agir de forma ameaçadora, o papel de um bom exemplar é defender seu dono. Latir é uma característica marcante do Pastor fazer a guarda. Ele absolutamente não é um guardião discreto, que só late em ultimíssimo caso. Um certo estardalhaço faz parte do seu show. Quem tem Pastor o ouvirá latindo todos os dias. Os pastores machos costumam medir entre 60 e 65 cm de altura, enquanto as fêmeas medem entre 55 e 60. Com relação ao peso, pode variar entre 34 e 40 kg. A sua pelagem é de comprimento médio, lisa e rija. É mais comum encontrar cachorros desta raça com uma pelagem que mescla as cores caramelo e preto. A raça tem uma esperança média de vida que ronda os 14 anos de idade. Infelizmente, existe alguma propensão para o desenvolvimento de displasia da anca, dermatites, torção gástrica e epilepsia. Para evitar as dermatites, deve-se dar banho poucas vezes, para não eliminar a oleosidade natural da pele. A pelagem
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João Gustavo Bachega Masiero, Daika e Carmel
deve ser escovada frequentemente, a fim de eliminar o pelo morto e deve-se praticar exercício físico diariamente, já que estes cães necessitam ser estimulados intelectualmente. João Gustavo Bachega Masiero, 36, advogado, e sua esposa Fernanda Cristina da Silva Masiero, 34, pedagoga, são o que podemos chamar de apaixonados por cães. Pais de Caio, 1 ano e 10 meses, possuem 4 melhores amigos em casa: uma lhasa, uma shitzu e duas pastoras alemãs capa preta, a Daika de 9 meses e a Carmel, 5 meses. “Estamos construindo nossa casa e queríamos um cão de guarda. Compramos a Daika em um canil especializado e voltamos lá um dia para comprar a lhasa. Mas vimos a Carmel, ficamos apaixonados e a trouxemos também”. Eles afirmam que elas são tranquilas, estão sendo adestradas e convivem muito bem com o Caio. “Mas a shitzu é muito brava com elas e apesar do tamanho, sempre ganha a briga”, afirmam. E isso pudemos constatar na sessão de fotos, quando aquela miniatura impôs respeito, dominando o espaço.
aĂş, J
AniversĂĄrio
160 anos
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Jaú completa 160 anos e nossas páginas não poderiam deixar de prestar uma homenagem à nossa querida cidade. Capital nacional do calçado feminino, no coração do estado de São Paulo, cidade de terra roxa, patrimônios históricos e gente batalhadora que acredita em um futuro cada vez melhor. Parabéns Jaú, o melhor lugar para se viver. Texto Marcelo Mendonça Fotos Leandro Carvalho
Gente Fina
João Batista Bergamasco O industrial passou por momentos difíceis, mas estes não tiraram o brilho da vida e o desejo de conquistar tudo aquilo que sonhou
Texto Tamara Urias Fotos Leandro Carvalho
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as é claro que o sol vai voltar amanhã, mais uma vez, eu sei. Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã, espera que o sol já vem”. O refrão escrito pelo grande poeta Renato Russo tem muito a ver com a história de vida do nosso gente fina desta edição. Natural de Bocaina, o industrial João Batista Bergamasco, 49 anos, conheceu o que é trabalho na infância. Vindo de família humilde, os salários do pai, trabalhador rural, e da mãe, empregada doméstica, eram insuficientes para manter a casa e sustentar os filhos. Mesmo diante de um panorama de dificuldade, Bergamasco tinha sonhos, e estes o impulsionaram para a vida. Com apenas 7 anos trabalhava em uma algodoeira, passava o dia limpando os fardos de algodão. Na entressafra dos felpudinhos, ele colhia jabuticabas ou recolhia estercos. A compra com seu primeiro “salário”, ele lembra fielmente: um tênis Bamba. Bergamasco recorda que levou em torno de 20 vezes uma carriola lotada de esterco por mais ou menos 10 quarteirões, e o pagamento das viagens deu apenas para pagar a entrada do objeto de desejo. Poucos anos depois foi trabalhar em uma fábrica de botas para trabalhadores rurais em Bocaina e com 11 anos, através de contato do seu irmão, começou a trabalhar em Jaú. Mesmo diante das dificuldades, o garoto decidiu ter uma profissão. Diariamente saia às exatas 5h da manhã, vinha para Jaú trabalhar e de lá seguia para a faculdade, onde cursava História. Apenas às 23h30 retornava para casa. Quando questionado sobre a alimentação, uma pausa acontece e ele conta que quando não passava na tia, dificilmente jantava, já que na época não tinha dinheiro nem mesmo para comprar um lanche. “Muitas vezes passava a noite sem nada no estômago, só ia comer alguma coisa quando chegava em casa”. Ah, Renato Russo, você tinha razão quando disse que “Quem acredita sempre alcança”. João é prova disso! Ele acreditou num futuro bom e confiou em si. Formado também em Geografia e Gestão de Empresas, o garoto cheio de planos hoje possui uma potente fábrica de sapatos femininos. No caminhar da entrevista é possível notar, entre as pausas, respirações profundas e lágrimas que desejam escorrer, os assuntos que mais mexem com o industrial: a cura de uma grave doença e a ausência das filhas Gabriela, 23, e Jaqueline, 19. Palmeirense roxo, ou melhor, verde, a paixão pelo time pode ser notada nas paredes da área de lazer de sua casa. Desde pequenas, as filhas o acompanham aos jogos do verdão. Outra paixão herdada na infância continua latente: o amor pelos animais. Atualmente em sua casa tem tucano, arara, mico leão, papagaios, cachorros e uma bezerra, isso mesmo, uma bezerra de 2 meses que perdeu a mãe por complicações no parto e foi levada à casa da família para receber tratamento específico. Convido você, leitor, a sentar-se em um local confortável e durante a entrevista viajar conosco pela história deste homem que com esforço e dedicação realizou sonhos, venceu desafios, aprecia a vida e acredita que para ser feliz não é preciso muito. 30 Revista Energia
Durante estes 26 anos vocês passaram por altos e baixos? Sim, sem dúvida. Nós passamos por mudanças na moeda, como os planos Color e Bresser. Além do que, no início, o pouquinho de dinheiro que a gente tinha e movimentava na poupança foi confiscado, e quase paramos. Outro fator complicado foi a transição do sapatão para o calçado feminino. Inserir uma nova marca no mercado é difícil, mas graças a Deus tivemos amigos que nos auxiliaram e hoje a nossa marca é conhecida por todo o país. Você teve um sério problema de saúde? Como foi que descobriu? Em 1996 eu comecei a me sentir mal, tinha muita dor no corpo. Os primeiros médicos me diziam que eu estava com reumatismo, e fui encaminhado para um especialista da área. Durante cinco meses fiz tratamento para esta patologia e quando houve melhora, recebi alta. Pouco depois tudo o que eu sentia retornou, só que muito mais intenso, a gravidade era tamanha que fiquei internado durante trinta dias na Santa Casa de Misericórdia de Jahu. Neste período, para tentar descobrir o que havia comigo, o hematologista Dr. Mair Pedro de Souza ia para o local com equipamentos do Hospital Amaral Carvalho, para fazer alguns exames. Na época, ele começou a desconfiar que eu tinha um tipo de leucemia, porque os glóbulos vermelhos se mantinham, mas os brancos cresciam exageradamente. Após inúmeros exames me sugeriram buscar um centro maior. Ao chegar em Botucatu descobri que o especialista estava de férias nos EUA. Por cir-
cunstâncias do “acaso” um conhecido de meu irmão, Aparecido Antônio Bergamasco, o Cido, sugeriu um médico de Ribeirão Preto [pausa profunda]. Acredito que foi Deus quem colocou meu irmão conversando com aquele rapaz, pois a partir deste episódio eu caí nas mãos do médico especialista na doença que eu havia adquirido. Após muitas suspeitas e uma bateria de exames, Dr. Flávio Calil Petean atestou que eu tinha poliarterite nodosa. E me adiantou que dificilmente eu me curaria e que seu trabalho seria prolongar minha vida. Durante o tratamento como ficou o psicológico? Olha, na época eu não tinha noção da gravidade da doença. Eu acho que Deus coloca a mão e não deixa a gente imaginar a gravidade de tudo. Cheguei a pesar 49 quilos. Quando íamos para Ribeirão, minha irmã ia daqui até lá averiguando se eu estava vivo, porque muitas vezes eu ficava em estado de torpor. De 1996 a 2000 fiz quimioterapia. Durante um ano recebi a quimioterapia normal, só que meu corpo rejeitava o soro. Como na veia não estava dando certo, comecei a fazer quimioterapia oral, e com isso tive uma melhora. Só que neste intervalo houve um fato curioso. Não sei se você é católica e acredita em Deus. Bom, após um convite de minha mãe eu fui à missa do Padre José, em Dourado. Durante toda a missa fiquei na expectativa dele colocar a mão na minha cabeça e abençoar, mas isso não aconteceu. Voltei chateado, mas passado um tempo estava meio distraído, olhando uma revista e ao folheá-la vi uma matéria do Padre José, mas detalhe, o homem que vi ministrando a missa não era o mesmo da foto, era um barbudo. [neste momento a voz embarga
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e a emoção toma conta]. Então procurei o padre José e ele me disse que aconteceu um milagre, e que provavelmente naquele dia eu recebi uma missa especial, acredito que era Cristo quem estava ali. Contei o fato ao meu médico e este, que já havia me adiantado que eu não me curaria, deu alta e salientou que havia acontecido um milagre. Foi uma época bastante difícil, como você conseguiu manter-se firme? O apoio da família foi tudo. Meu irmão estava sempre atento e corria comigo, independente da hora. Durante o tratamento eu precisei tomar um remédio importado e foi minha irmã de São Paulo que me forneceu durante todo um ano. Eu fiquei oito meses sem trabalhar, na época não passamos dificuldades financeiras, já que a fábrica estava engatinhando e se mantinha sozinha. Mas, com certeza, se não tivesse ajuda seria difícil, porque os medicamentos eram muito caros e as meninas pequenas, a Gabriela tinha 5 anos e a Jaqueline, 2. Como é lidar com a falta das filhas? Há oito anos me separei da mãe delas e há seis meses me casei novamente. Mas eu sempre fiz papel de pai e mãe. Desde pequenas, quem vai às reuniões de escola, acompanha ao dentista e ao médico sempre fui eu. Hoje sou mais amigo do que pai, nós temos uma relação aberta e conversamos de todos os assuntos, de tudo mesmo, há uma relação de amizade e confiança, o que é fundamental. Elas moraram comigo até dezem-
bro de 2012, lógico que toda separação é difícil, principalmente para o pai que cria o filho. Eu preferiria que elas estivessem aqui comigo, mas elas estão crescendo e a vida vai ensiná-las, como me ensinou, que o pai/mãe só faz as coisas pensando na proteção dos filhos. Você passou por momentos bons e difíceis. O que deseja daqui para frente? Deus já me deu mais do que eu preciso para viver, por isso hoje eu só quero saúde para poder usufruir o que conquistei. Todos os meus sonhos procurei realizar, sempre fui da opinião que se não dá hoje, tudo bem, mas um dia ele irá se concretizar. E assim fui traçando e conquistando. Esta semana eu tive um “piripaque” e quase enfartei, o sapato cansa, esgota, tem que saber a hora de começar e parar. É preciso equilibrar a vida pessoal com o trabalho. Não adianta eu ficar preso na fábrica, ganhar horrores e não ter saúde para usufruir, ou gastar tudo em médico. Na idade em que estou já consigo ver isso, mas confesso que é difícil separar as coisas, é um treino diário. Daqui a cinco anos eu me aposento, aí quero me mudar para Bariri e cuidar do meu sítio. Como é lidar com mais de 100 funcionários? Diariamente estou na fábrica das 6h às 18h. Lá, lido diretamente com 104 pessoas, que na grande maioria faz parte da classe baixa. Todo dia eles têm problemas e me veem como um porto seguro. Um não tem leite, outro precisa de R$ 20 para comprar medicamento para o filho; a gente ajuda um pouco aqui, outro ali. Eles não têm uma formação, então ganham pouco mais de R$ 1 mil, pagam R$ 800 de aluguel e o restante tem que dar para sustentar a esposa e quatro, cinco filhos. Está vendo porque passei mal? É difícil não se envolver. Há muita instabilidade na economia brasileira; em Jaú vimos muitas fábricas baixarem as portas. Como você conseguiu manter e seguir? O que prejudicou Jaú foi o sapato da China. O nosso produto tem um preço superior ao deles, mas as pessoas esquecem que lá o trabalho é escravo e aqui o empregador, além da grande carga de impostos, tem inúmeras burocracias, o que fica difícil para aumentar o número de funcionários. E até o governo lançar uma medida para subir as taxas de importação do produto chinês, muita fábricas quebraram. Quem tinha a fábrica enxutinha e bem administrada conseguiu levar, mesmo com as dificuldades. Agora, quem vendia 100 pares de sapatos, ia ao banco e trocava por duplicata, quebrou. No sapato aparece muito aventureiro, mas um sapateiro não pode ser um médico e a recíproca é verdadeira. O dono de fábrica precisa saber analisar a qualidade do seu produto, quando ele não tem este conhecimento, precisa contratar alguém para suprir esta função e com isso a mão de obra fica cara. Diante de tantos tributos, acredito que é por isso que muitos industriais, quando conquistam uma independência financeira, decidem parar.
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A Unimed é mais que um plano, é atenção à saúde.
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ANS-nº 30676-2
Encontro de Gestantes Público: Gestantes 25ª Turma Início: 14/09 Término: 05/10 Inscrições no NAS: (14)3621-4877
Destaques Remoção Inter-Hospitalar - Tire suas dúvidas! Guia Médico – Acesse do seu celular! Expediente Ano 4 - Edição 19 Jaú, agsto de 2013 Informativo Saúde! é uma publicação da Unimed Regional Jaú Diretor Presidente: Dr. Paulo De Conti Diretor Vice-Presidente: Dr. Antônio José Craveiro Faria Diretor Superintendente: Dr. Paulo Fernando Campana Diretor Desenvolvimento e Educação: Dr. José Carlos Berto Diretor Secretário: Dr. Luiz Alfredo Teixeira Junior
Assessora de Marketing e Comunicação: Fernanda de Almeida - Conrerp 2ºr - 4092 Jornalista Responsável: Nádia De Chico - MTB: 46538/SP Redação/Fotos: Fernanda de Almeida e Nádia De Chico Colaboração: Felipe Azevedo Silva Diagramação: Revista Energia
Distribuição: Revista Energia Informativo Saúde! Rua Álvaro Floret, 565 - Vila Hilst - Jaú/SP Cep: 17207-020 Central de Relacionamento: 0800 10 53 33 www.unimedjau.com.br Elogios, críticas e sugestões de pauta nadia.chico@unimedjau.com.br
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A Judicialização da Saúde em Debate Fonte: Revista da APM - Associação Paulista de Medicina (Publicação autorizada)
Prezado Leitor,
O
s defensores de uma saúde pública universal e gratuita, que forjam a reforma sanitária brasileira na década de 1980, criaram o sistema Único de SaúReynaldo Mapelli Júnior Promotor licenciado de Justiça de (SUS), uma aposta na solidado Ministério Público de São riedade da sociedade brasileira. Paulo e chefe de gabinete da Depois da Constituição Federal Secretária de Estado da Saúde de 1988, a saúde passou a ser ‘’direito de todos e dever do Estado’’ (art. 196, CF). Nada mais natural para um país que saía da ditadura militar em busca de uma democracia baseada no Estado Democrático de Direito (art. 1º, CF). A CF previu a integralidade do atendimento dentro de um sistema constituído por uma rede regionalizada, hierarquizada e organizada segundo diretrizes constitucionais (art.198, CF); as políticas públicas deveriam, inclusive, garantir a universalidade e a igualdade no atendimento, como reza o final do art. 196 da CF. Infelizmente, hoje o Brasil sofre o impacto de uma judicialização da saúde, que desconsidera por completo as regras do SUS, privilegiando poucos indivíduos em detrimento da população mais carente, como registram recentes trabalhos científicos (por exemplo, Litiganting Health Rights: Can Courts Bring More Justice to Health?, Alicia Ely Yamin e Siri Gloppen, Cambridge, Mass.: Havard University Press, 2011). Os recursos orçamentários limitados vêm sendo canalizados para os que têm acesso à via judicial, que postulam terapias caras discutíveis. Os princípios constitucionais da universalidade e da igualdade, assim, são violados. É claro que recorrer ao Poder Judiciário é legítimo (art. 5º, XXV,CF), mas em regra, como demonstram as estatísticas brasileiras, as ações judiciais são ajuizadas por pessoas da classes mais altas, muitas vezes em tratamento na rede privada de saúde, para a obtenção de liminares que obrigam o SUS a fornecer tratamentos, medicamentos e insumos terapêuti-
cos fora dos protocolos clínicos e listas oficiais. Até mesmo sem o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e produtos importados, em flagrante desrespeitado à lei (art. 12 da Lei nº 6.360/76 e os arts. 19-M e T da Lei Orgânica da Saúde, a Lei nº 8.080/90). A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo recebe perto de 10 mil novas ações por ano. Atualmente, cerca de 34 mil ações judiciais e 17 mil solicitações administrativas para produtos não padronizados estão em andamento, com custo mensal médio de R$ 78.000.000. Aproximadamente 65% das ações judiciais possuem prescritor da rede privada. As distorções nessas prescrições, como a escolha de marca e a posologia específica, obrigam a SES/SP a adquirir mais de 16 tipos de ácido acetilsalicílico, 83 tipos de fraldas, seis tipos de tiras reagentes de glicose, protetores solares e hidratantes corporais importados, shampoo anticaspa, água mineral, filtro de barro, poltrona de massagem, óleo de soja, lubrificantes íntimos, achocolatados, farinhas, leite integral e desnatados... No caso dos medicamentos sem registro na ANVISA e importados, é feito um contrabando oficial por ordem judicial. Essas prescrições médicas irregulares e violadas da legislação sanitária são produzidas por inexperiência, desconhecimento ou má-fé do médico. Ou mesmo por influência e manobra da própria indústria farmacêutica. O médico deve usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente, mas observando as práticas cientificamente reconhecidas, e respeitada a legislação em vigor (capítulo II, II, CEM). Se defendermos saúde para todos e um SUS verdadeiramente universal e igualitário, temos que discutir essas questões. Não há dúvida de que todos os homens de bem, certamente a maioria dos médicos, querem equacionar o problema e garantir a sustentabilidade do SUS. Afinal, o SUS é de todos nós. REYNALDO MAPELLI JÚNIOR, Promotor licenciado de Justiça do Ministério Público de São Paulo e chefe de gabinete da Secretária de Estado da Saúde. Dentre outras obras, é coautor do livro Direito Sanitário, Juntamente com Mário Coimbra e Yolanda Alves Pinto Serrano de Matos, São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2012.
A Unimed é mais que um plano, é atenção à saúde. 38 Revista Energia
Unimed Jaú
Central de Relacionamento e Ouvidoria Canais diretos com o beneficiário
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Unimed Regional Jaú, com o objetivo de atender cada vez melhor o seu público, estabeleceu como meio de comunicação direto com os beneficiários a Central de Relacionamento e a Ouvidoria. Ao longo dos anos, uma estrutura foi criada para que os beneficiários possam realizar suas manifestações (sugestões, elogios, reclamações ou dúvidas) e receber atendimento diferenciado de forma que tenham suas manifestações resolvidas e/ou acatadas com agilidade. “Nossos beneficiários não ficam sem resposta”, conta o presidente da Unimed Regional Jaú, Dr.Paulo De Conti, destacando ainda que a Central de Relacionamento e a Ouvidoria são os canais de contato que os beneficiários devem procurar para quaisquer solicitações, pois estes meios seguem as regras estipuladas pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar e leis que regulamentam este tipo de atendimento.
Central de Relacionamento Regulamentada pelo decreto de lei 6523 – Lei do Call Center
A Central de Relacionamento da Unimed Regional Jaú funciona 24 horas por dia e qualquer beneficiário pode entrar em contato para fazer suas manifestações ou solicitações de informações e/ou serviços como reajustes, adesão e carência de planos, segunda via de cartão e boleto, autorizações, agendamento de consultas, entre outros. A ligação é gratuita para o telefone: 0800 10 53 33. O e-mail para contato é: centraldeatendimento@unimedjau.com.br
Ouvidoria Regulamentada pela Resolução Normativa 323 da Agência Nacional de Saúde Suplementar para operadoras com mais de 20 mil beneficiários.
A Ouvidoria atua como segunda instância para análise da solicitação do cliente, quando este não se sentir satisfeito com as soluções apresentadas por outros canais de atendimento ou pela forma como o atendimento foi realizado. Para buscar a Ouvidoria, pede-se que o beneficiário esteja de posse do protocolo do primeiro atendimento realizado através dos demais canais de atendimento, como a Central de Relacionamento ou nos setores Atendimento/Serviço Social, Comercial, Cadastro ou Postos de Atendimento Administrativo. Para falar com a Ouvidoria, o beneficiário deve usar o 0800-105333 e pedir para falar com a Ouvidoria (estando de posse do protocolo do primeiro atendimento) ou enviar e-mail para ouvidoria@unimedjau.com.br; ou, ainda, pode buscar atendimento presencial na sede da Unimed Regional Jaú, em horário comercial.
Remoção Inter-Hospitalar Entendendo como ter acesso a esse serviço
O
s beneficiários dos Planos Regulamentados ou Adaptados à Lei 9656/98 (ou seja, os contratos assinados após 01/01/1999 ou que foram adaptados à legislação conforme as normas da ANS), têm cobertura da remoção inter-hospitalar, nos casos de urgência ou emergência.
Mas como esse serviço funciona?
Como o nome define, o serviço de remoção terrestre é obrigatório nos casos em que o paciente deve ser removido de um hospital para outro quando, por indicação médica e após os primeiros atendimentos de urgência/emergência, ficar constatado que o hospital não possui as condições necessárias para prover o atendimento ao paciente e o procedimento necessário estiver coberto pelo plano de saúde. Outra situação que deve ser atendida pela remoção inter-hospitalar é quando o beneficiário que precisou de atendimento de urgência/emergência estiver em carência para internação ou cumprindo período de Cobertura Parcial Temporária para Doen-
ças Preexistentes, e por esses motivos a internação não será coberta pelo plano de saúde. Neste caso, o plano de saúde cobre os primeiros atendimentos em até 12 horas, no ambiente ambulatorial e, sendo necessária a internação, será providenciada a remoção do paciente para um estabelecimento do SUS. A remoção inter-hospitalar terrestre abrange a região de atuação do plano de saúde, ou seja, entre os municípios que fazem parte da cobertura do plano, conforme descrito no contrato. Mas fique atento: não está prevista na cobertura a ser garantida pelos planos de saúde a remoção domiciliar, da casa do beneficiário para o hospital. A solicitação deste serviço de remoção deve ser sempre feita pelo médico assistente, através de contato com a Central de Relacionamento da Unimed Jaú. Para mais informações e esclarecimento de dúvidas ligue 0800-105333. Recomendamos que leia atentamente as cláusulas do contrato assinado com a Unimed Regional Jaú, para observação detalhada da cobertura deste serviço.
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mais nova ferramenta da Unimed, o Guia Médico Mobile, está disponível no seguinte endereço: m.unimed.com.br/ guiamedico. Os beneficiários podem acessar do celular todo o conteúdo que, na versão mobile, permite a busca direta de um prestador, de acordo com o seu plano, relacionando-o a uma rede específica de atendimento sem a necessidade de baixar o arquivo completo no celular. É apenas uma consulta: rápida e gratuita! Ágil e moderno, o GUIA MÉDICO MOBILE está disponível para I-Phone, aparelhos com Android e atende as exigências da ANS- Agência Nacional de Saúde Suplementar na RN 190, no que diz respeito à forma de apresentação das informações para consulta dos clientes.
A Unimed é mais que um plano, é atenção à saúde. 40 Revista Energia
Atleta da Academia do Bill/Unimed é Bicampeão Estadual
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atleta Willian Kenji Bernardo, da equipe de natação da Academia do Bill e patrocinado pela Unimed Regional Jaú, conquistou três medalhas sendo uma de ouro (100m nado peito) e duas de bronze (100m borboleta e 200m medley), na Copa São Paulo de Nadadores Vinculados, realizada entre 28 e 30 de junho em Guaratinguetá. O atleta faturou o bicampeonato mostrando que tem um futuro brilhante no esporte.
Willian Kenji Bernardo faturou o bicampeonato mostrando que tem um futuro brilhante na modalidade
CTU Jaú inicia no segundo turno do campeonato
O
s Jogos de basquete feminino, realizados pela Unimed Centro Oeste Paulista em parceria com as cooperativas médicas da região, iniciaram em agosto o segundo turno do Campeonato. De acordo com a técnica do time, Élida Gonçalves de Souza, o time da sub 13 venceu todos os jogos e ocupa o primeiro lugar da chave, já a sub 15, o quarto lugar. “O CTU beneficia, por meio do esporte, várias meninas, crianças e adolescentes. O projeto é social e totalmente inclusivo”, comenta a técnica. O projeto conta com parceria realizada entre a Unimed, Sesi e Secretaria de Esportes da Prefeitura Municipal.
No segundo turno do campeonato, atletas disputarão mais quatro rodadas. Revista Energia 41
QuemfezJahu
Texto Heloiza Helena C. Zanzotti
Décio Pacheco de Almeida Prado
A
gricultor, filho de João Pacheco de Almeida Prado e Maria Conceição Cintra Pacheco, nasceu na Fazenda Nova América, no bairro Pouso Alegre de Baixo, em 13 de março de 1910. Estudou no Ateneu Jauense e no Colégio São Bento, em São Paulo. Participou da Revolução de 1932 junto com o irmão Paulo e foi eleito vereador por quatro vezes em nossa cidade, sendo presidente da Câmara de Vereadores em 1956 e 1958, época em que esses representantes do povo não recebiam salário. Sempre gostou de política, sendo considerado um grande articulador, alguém que possuía diálogo com todas as correntes políticas e nunca criava atritos. Com esse perfil foi candidato a prefeito, tendo recebido apoio até mesmo de antigos adversários, e recebeu uma das maiores votações da história, sendo eleito em 15 de novembro de 1963. Tomou posse em 01 de janeiro de 1964 e deveria terminar seu mandato em 31 de janeiro de 1968, mas em virtude do Ato Complementar nº 37 de 14 de março de 1967 teve o referido mandato prorrogado e governou até 31 de janeiro de 1969. Casado com Maria Cacilda de Almeida Prado, o casal teve dois filhos: Ruy Pacheco de Almeida Prado e Maria Cecília Pacheco de Almeida Prado. Entre muitas ações como prefeito, no seu mandato as ruas de Jaú passaram a ter iluminação a vapor de mercúrio, foi lançada a pedra fundamental da construção das primeiras 104 casas pela Cecap, foi iniciada a construção do atual prédio da Prefeitura Municipal e também teve início a primeira exposição agropecuária de Jaú, no então “Parque do
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Centenário”. Ainda na sua gestão, a lei número 9.850 de 26 de setembro deu nome de “Comandante João Ribeiro de Barros” à rodovia SP 255; foi inaugurada a ponte sobre o Rio Jahu, ligando a Rua Rangel Pestana à Álvaro Floret e foi inaugurada a bandeira do município, com a bênção do Padre Bento Braz Belucci. Em meados de 1966 foi implantado o transporte coletivo urbano em nossa cidade, batizado inicialmente de Circular Cidade de Jaú. Décio Pacheco de Almeida Prado trouxe a primeira instituição de ensino superior para a cidade de Jaú, a FAFIJA – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jahu, com os Cursos de Pedagogia, Letras, História e Geografia. A RE conversou com Ruy Pacheco de Almeida Prado, advogado, que disse: “Meu pai era uma pessoa facílima de lidar, nunca ficava bravo, pouquíssimas vezes o vi irritado com alguma coisa”. Ele conta que o pai acordava muito cedo e às 6h30 já estava na Prefeitura. Segundo ele, a porta do gabinete ficava sempre aberta, as pessoas tinham acesso total ao prefeito. Conhecido como homem muito correto, Ruy lembra uma passagem do pai: “Uma vez ele mandou prender todos os animais que estavam soltos pelas ruas. E prenderam uma vaca de um amigo dele, pessoa muito simples. Como era preciso pagar multa para retirar esses animais apreendidos, o amigo dele pediu para isentá-lo da multa, pois não tinha condições de pagar. Meu pai, então, para não desautorizar a ordem que ele mesmo havia dado, pagou a multa do próprio bolso para aquele homem”. Maria Cecília Pacheco de Almeida Prado, empresária agrícola, recebeu a RE em sua casa e conta: “Meu pai era uma pessoa extremamente carismática, encantadora, de extrema bondade. Gostava demais de música clássica e sempre ouvia no almoço e jantar”. Ela se emociona ao lembrar: “Ele sempre deu atenção para os filhos, era muito dedicado à família. Sempre ia me levar e buscar na escola. Na prefeitura tinha uma sacadinha, eu ficava fazendo tarefa e sempre que tinha um tempinho ele ia olhar. Quando eu era mocinha ele possuía um jipe, colocava minhas amigas todas nesse jipe, levava para a fazenda, a gente se divertia muito”. Maria Cecília conta que o pai faleceu cinco dias depois que ela teve o segundo filho. Décio Pacheco de Almeida Prado morreu de problemas cardíacos em 09 de junho de 1980, aos 70 anos, e está enterrado no Cemitério Municipal de Jaú.
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Capa
Martina Luchini
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Ótimo para seu carro, perfeito para você No início do século XX ainda não havia postos de combustível no Brasil. Então, como os proprietários de automóveis abasteciam seus veículos? Texto Heloiza Helena C. Zanzotti | Fotos Leandro Carvalho
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ssa história começou no início do século passado. Na verdade, desde 1870 já havia importação de derivados de petróleo no Brasil, uma vez que a iluminação das vias públicas no Rio de Janeiro era feita a querosene. Mas posto de gasolina, nem pensar. Os proprietários dos primeiros automóveis – na época cerca de 2.400, todos importados da Europa – compravam gasolina em tambores grandes, de duzentos litros, transferiam esse combustível para latas menores e abasteciam seus carros usando funis. Complicado, não? O conceito de “posto de gasolina” só surgiu em 1921, quando foi inaugurada a primeira bomba de rua, instalada na calçada, na capital fluminense. Mas há quem diga que a primeira da América do Sul foi instalada em 1919, em Santos, na esquina da Avenida Ana Costa com a praia. Nesse tempo Shell, Esso e Texaco já traziam o produto para
o país. A partir daí, os postos de revenda começaram a crescer na mesma proporção que o número de veículos. No ano de 1950 o consumo de petróleo ultrapassa a utilização do carvão como fonte de energia. Novas fábricas, o crescimento das cidades e a implantação da indústria automobilística no Brasil contribuem para essa substituição, impulsionando o consumo e a revenda de combustíveis. Conveniência: mais serviços, mais clientes De lá para cá muita coisa mudou. Hoje, não dá para imaginar um posto de combustível sem agregar serviços como loja de conveniência, lavagem e troca de óleo. O mercado de postos de combustíveis segue a tendência das grandes redes de supermercados e incrementa o fluxo em suas unidades. Houve um tempo em que comer em um posto significava se arriscar em um salgado para lá de suspeito. Atualmente, as opções Revista Energia 45
para uma refeição saudável e rápida nesses locais são muitas, e a qualidade indiscutível. E quando o tempo é cada vez menor, parar o carro na porta da loja sem preocupação com vaga, comer um lanche ou uma salada e tomar um café ou suco enquanto abastece o carro já não é mais um diferencial, mas uma necessidade que facilita a vida de quem está de passagem. A conveniência nos postos atrai grande fluxo de pessoas e os proprietários investem nesse nicho ao perceber a venda de combustíveis aumentar. E já são inúmeros aqueles em que o faturamento da conveniência está tão grande, que o abastecimento se tornou o segundo negócio. Especialistas afirmam que no futuro os consumidores evitarão instintivamente postos que não tenham estas lojas.
“Para a economia de Jaú, a ampliação do Auto Posto Rosângela gerou mais empregos. No início eram 4 pontos de abastecimento e 16 funcionários. Hoje são 36 pontos e 52 funcionários”. Auto Posto Rosângela: perfeito para você Enquanto abastece seu carro, que tal comer um sanduíche, comprar o jornal ou sua revista favorita e ainda levar para casa uma bebida gelada? O Auto Posto Rosângela mudou para facilitar a sua vida: ali você encontra produtos de qualidade com atendimento rápido e personalizado, estacionamento, conforto e segurança. Com o objetivo de se diferenciar e trazer mais qualidade e serviços para os clientes, passou por uma ampliação com grandes melhorias como amplo estacionamento, bombas de abastecimento com profissionais qualificados, troca de óleo, filtro de ar, loja de conveniência com variada praça de alimentação, que serve desde o café da manhã até o lanche da madrugada, TV, Wi-Fi e fica aberto 24h, inclusive sábados e domingos. E conta com câmeras de monitoramento 24h e seguranças a noite toda. Durante a semana são frequentes as reuniões de negócios realizadas durante o cafezinho combinado no local. Representantes de multinacionais marcam com fornecedores, empresários e industriais encontram ali o local perfeito para uma reunião informal, uma vez que podem acessar a internet, mandar e-mails, consultar dados, apresentar projetos enquanto desfrutam dos serviços da conveniência ou enquanto funcionários treinados cuidam dos seus carros. À frente do empreendimento, Márcia Rejane Faracco, 52, e Hernani Guimarães do Amaral Filho, 48, não medem esforços quando o assunto é satisfação dos clientes. Segundo Márcia, a ampliação da conveniência veio incrementar a parte de sanduiches. “Na loja antiga tínhamos sanduiches frios apenas, agora temos os quentes como carne, frango, calabresa. O pessoal
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que sai da balada sempre faz uma parada aqui para comer um salgado, um lanche”. Hernani completa: “Sábado e domingo vem mais família; inclusive nos domingos, após a missa das nove, muitas vêm tomar um café aqui. Os funcionários até brincam: acabou a missa das nove, vem vindo o pessoal com as crianças para o café”. E quando questionamos sobre a mudança no nome, Márcia e Hernani concordam: “Todo mundo conhece aqui como Tiger, então fica difícil tirar de uma hora para outra. São inúmeras as pessoas que vêm de fora, não sabem andar em Jaú, então marcam no Tiger, porque todos sabem onde fica”. Atendimento é diferencial Clientes fidelizados é o que não falta no Auto Posto Rosângela. Frequentando o local desde que abriu, Rodolfo de Jesus Gonçalves de Oliveira, o Sr Mano, 82, professor aposentado conta: “Abasteço meu carro, compro o jornal e gosto de sentar para ler tomando um cafezinho. Com a reforma ficou muito gostoso, o atendimento é como eu penso que tem que ser. Aqui é meu lugarzinho tranquilo, não tem bagunça, dá vontade de ficar mais”. Saboreando seu café da manhã com o filho caçula, encontramos o Dr José Egberto Mattoso Castro Ferraz, 59, psiquiatra, que também frequenta o local desde sua inauguração. Ele diz que aprecia muito o café servido ali: “São poucos os locais que se preocupam em manter o padrão de qualidade”. Dr Egberto conta que tem um amigo provador de café que depois que experimentou, passou a frequentar o Auto Posto Rosângela, pois, segundo ele, o grão é de excelente qualidade. “Aqui o local é limpo, todos são atenciosos, tratam o cliente com respeito. Muitas famílias estão vindo tomar seu café aqui. É o local onde encontro amigos e arrisco dizer que é o posto que mais abastece em Jaú”, finaliza. Prestar um atendimento que atenda a todas as expectativas do cliente, tanto em serviços quanto na comercialização de produtos de qualidade é a única forma de fidelizar o cliente e se manter no mercado. A linha de frente de um posto de combustível ou loja de conveniência é formada por seus atendentes, caixas e frentistas. Por isso, treinar a equipe é o primeiro passo para um negócio de sucesso. Trabalhando com a bandeira Shell, uma das mais tradicionais, a preocupação do Auto Posto Rosângela é sempre primar pela qualidade do combustível oferecido aos clientes. E Hernani diz que a Shell se preocupa muito com segurança: “Tem alguns procedimentos importantes que o pessoal da companhia veio implantar. Como o procedimento dos motoqueiros descerem da moto durante o abastecimento para evitar acidentes como cair combustível no piloto, etc. Hoje isso virou até lei estadual”. Quem frequenta o Auto Posto Rosângela não só abastece o carro, mas é sempre lembrado de verificar óleo, água, calibrar pneus e alguns itens de segurança. E depois da entrevista para esta matéria, enquanto saboreávamos um delicioso café na conveniência concordamos com o Sr Mano: dá vontade de ficar mais!
Equipe Auto Posto Rosângela
“Ponto de referência na cidade de Jaú, o Auto Posto Rosângela está presente no dia a dia dos motoristas e moradores da cidade e região”.
Hernani Guimarães do Amaral Filho e Márcia Rejane Faracco
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Promoção especial para o mês de Agosto Durante o mês de Agosto, uma parte da venda dos combustíveis Gasolina VPower e Etanol VPower serão doados para o Hospital Amaral Carvalho. A cada litro abastecido com estes combustíveis, R$ 0,01 centavo será revertido ao HAC, mais o valor da venda de camisetas personalizadas da ação. De 15 a 18 de Agosto, abastecendo com os combustíveis Gasolina VPower e Etanol VPower - acima de R$ 50,00 - o cliente poderá tirar uma foto exclusiva ao lado de um dos carros da Stock Car Brasil ou da Ferrari da Fórmula 1. Nos dias 15, 16 e 17 de agosto será o carro da Stock Car Brasil e nos dias 17 e 18 de agosto a Ferrari da Fórmula 1. Abastecimentos válidos apenas para estes dias, e não cumulativos.
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Look de artista
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Fotografia Leandro Carvalho Modelos Josiane Rattini e Felipe Borgo Beleza Tide Júnior | Style Vestylle Megastore Acessórios Bia Nunes Agradecimetno Movéis Casa Verde
Look de artista
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Varal
Fotos Leandro Carvalho
Camaleoah
BM - Brand Mark
Rua Rui Barbosa, 139 Fone: (14) 9665.3044
Gold Silver
Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.1858
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Jaú Shopping Piso Térreo Fone: (14) 3621.7002
Arezzo:
Jaú Shopping Piso Superior Fone: (14) 3416.7737
Ana Maria Fitness:
Rua Marechal Bittencourt, 82 Fone: (14) 3624.7276 - Jaú Rua Tiradentes, 415 Fone: (14) 3652.6454 Dois Córregos
Regina Moya
Av. Prefeito Luiz Liarte, 104 Fone: (14) 3626.2833
Embreex Pró-Phisical Rua Quintino Bocaiúva, 580 Fone: (14) 3416.3533
Bia Moda Plus
Rua Humaitá, 1310 Fone: (14) 3624.7335 Revista Energia 55
Varal
Calf Modas:
O’ffici Moda
Rua Riachuelo, 819 Fone: 3622.0927
Érica Módolo:
Fone: (14) 8128.1900
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Rua Sete de Setembro, 405 Fone: (14) 3624.1015
Cintya Barros:
Rua Lourenço Prado, 841 Fone: (14) 3622.4945
M. Officer:
Jaú Shopping - Piso Térreo Fone: (14) 3416.0831
Conexão Modas Rua Rui Barbosa, 28 Fone: (14) 3622.8477
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Look
kids
Por Leandro Carvalho
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Arthur Nascimento Raísse Camargo Luana Camargo Arthur Mellado Locação: Caiçara Clube de Jaú Fone: (14) 3601.2511
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Moda Por Caroline Pierim
moda@revistaenergiafm.com.br
Roupas e Acess贸rios: Hot Seven Rua Amaral Gurgel, 523 Centro - Ja煤 Fotos: Leandro Carvalho Modelo: Caroline Pierim
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s vestidos longos inovam o guarda-roupa feminino a cada ano, marcando presença desde o verão de 2010 e permanecendo como tendência até hoje, garantindo looks para muitas ocasiões.
“Vale investir nessa tendência junto a um grande hit de toda estação que é o Animal Print, estampa que adiciona muita sensualidade e atitude ao look” O modelo é super confortável e atemporal, criando um efeito elegante e longilíneo, além da grande variedade de estampas e cores. Aposte nos vestidos florais e coloridos para o dia e abuse dos modelos mais sofisticados para a noite, contendo rendas e transparências. Complete com um cinto e acessórios.
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Fitness
Por Marcelo “Tchelinho” Macedo
Atleta de fim de semana
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ngana-se quem acha que as lesões esportivas ocorrem somente em atletas de alto nível. Elas acontecem, na maioria das vezes, nos finais de semana, principalmente com esportistas mal condicionados, que acreditam que podem fazer tudo aquilo a que não estão aptos. O tipo de lesão que esses “atletas” sofrem depende da modalidade esportiva praticada como futebol, corrida, vôlei, tênis, entre outros. As lesões podem ser resultado de um trauma direto (impacto) ou indireto (sobrecarga). As mais frequentes são as musculares, que vão desde as inflamações ou mialgias, chegando às rupturas parciais ou totais, que podem ser definidas como:
Contratura muscular Quando o músculo detecta que algo estranho vai acontecer, como defensiva, ele se contrai por um longo período e não relaxa. A contratura pode ser sentida quando se coloca a mão sobre o músculo e nota-se uma parte mais dolorida e dura, como se fosse uma bolinha ou um nódulo.
Cãibra O músculo entra em espasmo e se contrai, sem controle voluntário do organismo. Pode ocorrer por diversas causas como o acúmulo de ácido lático, ou devido a uma alteração no metabolismo de alguns elementos como sais minerais, potássio, cálcio, entre outros.
Estiramento Dá-se quando as fibras musculares alongam-se além do seu normal.
Distensão Quando as fibras musculares alongam-se além do seu normal e acontece o rompimento delas, havendo o hematoma.
Foto: divulgação
Contusão Quando existe um trauma em qualquer parte do corpo provocado, por exemplo, por uma pancada, um chute ou uma bolada que gera um hematoma.
Tendinite É a inflamação nos tendões (tendinopatias). Esta gera dor e limitação do movimento, consequentemente, acontece muitas vezes quando há repetição excessiva de movimentos, ou quando são realizados de uma forma errada, podendo tornar-se crônico.
Entorse É o movimento anormal de uma articulação que vai além da capacidade dos ligamentos daquela região. A torção pode provocar lesões ligamentares e, em casos mais graves, até fratura. Geralmente ocorre na articulação do tornozelo.
Luxação É o deslocamento traumático agudo ou permanente das superfícies que compõem uma articulação e que, assim, perdem suas relações anatômicas normais, ou seja, quando uma articulação sai do lugar. Essa lesão é mais comum no vôlei, onde há o deslocamento do ombro.
Rupturas ligamentares Têm sua maior prevalência relacionada com esportes que envolvem rotação como futebol, basquete e handebol. Sendo de maior incidência no ligamento cruzado anterior do joelho, causada em situações em que o pé do esportista fica fixo
ao solo e o corpo roda internamente sobre a perna, levando à sensação de instabilidade e insegurança, com o impedimento da prática esportiva normal.
Fratura É a perda de continuidade de um tecido ósseo decorrente de um trauma direto (pancada e queda), ou também de um trauma indireto como as fraturas por estresse, ou seja, por excesso de atividade. As fraturas da tíbia são as mais frequentes e geralmente ocorrem em corredores.
Sem dúvida, o bom condicionamento físico e o fortalecimento muscular diminuem e previnem o aparecimento de lesões nas práticas esportivas. Quando qualquer tipo de alteração ocorrer, a primeira providência é a interrupção da atividade praticada. Em casos de entorse, distensão, estiramento, contusão e inflamação na fase aguda, a aplicação de gelo no local lesionado é o indicado em um primeiro momento, a seguir procure o atendimento médico.
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Na noite do dia 6 de julho o pequeno Davi Nicola da Silva comemorou seu primeiro aninho. Os papais Adilson Araújo da Silva e Deborah Nicola da Silva organizaram uma bela festa com o tema fazendinha, no salão da Algazarra Festas.
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1. Davi Nicola da Silva 2. Adilson Araújo da Silva, Davi e Deborah Nicola da Silva 3. Joviana Cremasco Nicola, Davi e Daniel Nicola 4. Adilson Araújo da Silva, Marina Nicola, Davi, Arthur Ribeiro e Deborah Nicola 5. Antônio José da Silva, Maria A. da Silva, Davi, Norberto Nicola e Maria Helena Nicola
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Fotos: Thaís Rodrigues
Meu primeiro aninho!
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Parada obrigatória Que tal curtir o melhor chope? Com ambiente acolhedor, o Bar do Português diariamente oferece chope gelado, bom atendimento, além de deliciosas porções. Junte os amigos e venha curtir um happy hour!
Fotos: divulgação
1. Larissa Gromboni e Ana Laura Bonini 2. Paula Aroni e Carla Carrara 3. Cláudia Oliveira, Arieane Oliveira e Suzana Menegheti
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Um novo conceito Em torno de cem pessoas estiveram presentes na inauguração do Rudney França - Lucas Leite - Cabelo e Centro de Estética Marroquina, em Bocaina. Um delicioso coquetel marcou a noite do dia 17 de julho. Além de conhecer o espaço e saborear os quitutes, os convidados puderam presenciar um novo conceito em salão de beleza. 2
1. Rudney França, Dani Soriano e Lucas Leitte 2. Lucas Leitte, Ana Julia Silva, Dilza Prieto, Rudney França e Elizabete França 3. Rudney França e Lucas Leitte 4. Marcela Oliveira, Lu Barbosa, Lucas Leitte, Lucia Zanardi, Rudney França e Dani Soriano 5. Jonas Amaral Emilia Maiyumi Kiota Amaral, Larissa Bianca Soriano, Adriano Luis Soriano, Dani Soriano, Jonas Amaral Jr e Guilherme Genrich Soriano 6. Ana Cláudia Marangoni, Dani Soriano, Laura Mobilon Diz, Amanda Mobilon, Valéria Gonçalves e Daiane Severino 7. Cassia Adriana, Ana Claudia Marangoni, Lucas Leitte, Rudney França, Daniela Boconcelo, Flavia Belchior
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Óptica Jardim Para melhor atender seus clientes, a Óptica Jardim inaugurou sua 2ª loja, no centro de Bariri. Na noite do dia 17 de julho, o casal Assis Reginaldo Firmino, Maria Terezinha Ferin Firmino e o filho Murilo Ferin Firmino receberam convidados para um brinde de lançamento do empreendimento, com direito a benção do Padre Sérgio da Comunidade Nossa Senhora de Fátima, de Jaú. Na manhã do dia 18, a loja recebeu mais uma benção, desta vez do Padre Danilo, de Bariri. 2
4 1. Vitorio Prearo, Celia Prearo, Maria Terezinha e Assis Reginaldo 2. Lucia Ferin, Assis Reginaldo,Maria Terezinha e Bruna Ferin 3. Assis Reginaldo, Maria Terezinha, Margareth Além e Carlos Além 4. Murilo Firmino, Maria Terezinha, Wesley Ferreira e Assis Reginaldo 5. Luciane Trombini, Assis Reginaldo, Maria Terezinha, Maria Kelly e Ana Claudia 6. Equipe das lojas de Jaú e Bariri 7. Sebastiana Firmino, Aparecido Bergamasco, Rosely Bergamasco, Maria Terezinha, Assis Reginaldo e Mariana Javaroni
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15 anos
Uma belíssima recepção foi organizada para comemorar o aniversário do casal Ismael Medeiros e Elisângela de Medeiros. A festa aconteceu no dia 29 de junho na Linda Chácara.
Foto: Leandro Carvalho
Parabéns Foto: Foto Juba
Uma noite repleta de emoção marcou o aniversário da jovem Amanda Oliveira Gaiato. A festa foi no salão de festas Happy Day, no dia 8 de junho. Mas a valsa só aconteceu quando o relógio marcou 0h do dia 9, data do seu nascimento. Os pais, Luciane Souza Oliveira Gaiato e Evandro Gaiato receberam calorosamente parentes e amigos.
Homenagem ao voluntariado O 17º Encontro dos Grupos Voluntários de Combate ao Câncer promovido pela Fundação Hospital Amaral Carvalho e a Federação Brasileira de Entidades de Combate ao Câncer (Febec) reuniu cerca de 2 mil pessoas. Realizado no dia 6 de julho, o encontro reuniu membros do voluntariado de cerca de 80 cidades e autoridades de Jaú e região. A dupla Cesar e Alan, Rosa e Rosinha, o Remédicos do Riso e o padre Juarez de Castro e banda divertiram e abrilhantaram ainda mais a festa.
Foto: divulgação
O coordenador das Ligas de Combate ao Câncer da Fundação, Eduardo Nadalet e os Remédicos do Riso
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De dar água na boca
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Fotos: divulgação
Daisy e Aílton Dallano receberam, na nova loja Italínea do Grupo Dallano Móveis, com assessoria de Patrícia Dornellas Santesso, um seleto grupo de convidados para o 1º Curso de Gastronomia, ministrado pela banqueteira Vilma Capelozza. Os organizadores proporcionaram, no dia 26 de junho, uma noite diferente aos apreciadores da boa comida. Os presentes puderam aprender a fazer um delicioso vatapá, harmonizando o prato com os vinhos Moscato e Riesling.
1. Daisy C S Dallano, Ailton Dallano e Nilton Luiz 2. Vilma Capelozza, Ailton Dallano, Daisy C S Dallano e Patricia Dornellas Santesso 3. Ricardo Vissechi, Denise Mariano do Carmo, Daisy C S Dallano, Simone Soffner, Marcos Paulo Antonio, Ana Claudia Rondon, Ailton Dallano e Maria de Lourdes Dallano
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Segurança
Voltamos aos tempos da barbárie Texto Ricardo Izar |Colaboração Luís Filipe Nazar
É
incrível o descaso das autoridades com o problema de segurança pública no Brasil. A lei penal é frouxa e não pune de forma suficiente. A execução das penas também é irrisória, seja pelos inúmeros benefícios legais que permitem a um condenado sair do sistema carcerário antes do tempo ou, ainda, pela falência do sistema prisional. Todos os projetos no sentido de endurecer as leis penais não estão caminhando dentro das casas do Congresso Nacional, de maneira que atualmente é praticamente impossível fazer sozinho alguma coisa para mudar esse cenário. Outro ponto que demonstra o descaso com a questão de segurança pública é a desvalorização da polícia, que não tem infraestrutura nenhuma para desenvolver seu trabalho em condições salubres, além de ser mal remunerada e não ter o devido preparo para desenvolver seu serviço a contento, exigindo dos agentes do Estado que sejam verdadeiros heróis na missão de manter a ordem pública ou investigar infrações penais. Todos esses fatores somados fazem com que a violência chegue a índices alarmantes, transformando nossas ruas em verdadeiras praças de guerra. Todos sabemos que a pobreza e a ausência do Estado nas questões de infraestrutura (tais como educação, saúde, transporte público e todos os demais fatores sociais de desenvolvimento) fazem com que a violência aumente, mas esses são investimentos e propostas para uma solução de longo prazo. A prova de que esse pensamento é verdadeiro é que, em países desenvolvidos, as leis são severas. Como no caso da Inglaterra, EUA, Alemanha, Holanda e outros em que o Estado é presente, mas a lei também é dura quando prevê sanções e determina a sua execução. É evidente, pois, que não é apenas o desenvolvimento que rebate a violência, a punição e a certeza da sua aplicação também. Ressaltamos outro tópico de suma importância, que é o fato do nosso país ser um dos únicos a manter impunes adolescentes menores de 18 anos de idade, não importa o quão grave ou brutais sejam os atos que eles cometam. Nesse aspecto, especificamente, a lei penal está em discrepância com o resto da legislação pátria, já que a maioridade civil pode ser emancipada para os 16 anos de idade, e a idade para 72 Revista Energia
Deputado Federal Ricardo Izar o trabalho, ainda que na conEconomista, dição de aprendiz, também é coordenador para o menor que os 18 anos de idaSudeste da Frente Parlamentar em Defesa de considerados pelo sistema do Consumidor de punitivo. Energia Elétrica e Não acredito que colocar membro da Comissão adolescentes na cadeia com de Defesa do criminosos maiores de idade Consumidor da Câmara resolva o problema, mas a Federal. impunidade fere o mais íntimo sentimento do ser humano de justiça (e não vingança). Nessa esteira de pensamento, acredito que não seja necessário mudar a constituição para abaixar a idade da maioridade penal, mas tão somente mudar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para prever que em caso de condutas violentas ou com grave ameaça, os menores fiquem internados pelo mesmo período que a pena restritiva de liberdade para o maior de idade. Ou seja, os menores continuarão a cometer mero ato infracional e não crime, mas a medida sócio-educativa deve ser cumprida pelo prazo e nos mesmos moldes da pena restritiva de liberdade cominada para aquela conduta. Em conclusão, acredito que a segurança pública tem uma solução para o longo prazo, uma solução para o médio prazo e outra solução para o curto prazo, senão vejamos: educação, saúde e infraestrutura estatal como um todo, essas são sabidamente as soluções para o longo prazo; ofertas de emprego, já que a economia aquecida reflete diretamente nas relações pessoais do dia a dia e no índice de desenvolvimento humano; investimento em nossos órgãos de segurança pública, notadamente da polícia, para que sejam mais preparadas e tenham condições dignas de trabalho, essas são as soluções para o médio prazo; punição rigorosa (inclusive para menores de idade, ainda que cumprindo medida sócio-educativa), certeza da aplicação da pena e um sistema carcerário no mínimo razoavelmente digno, essas são as soluções para o curto prazo. Todas elas devem ser colocadas em prática imediatamente e concomitantemente, para que o futuro e também o nosso presente sejam mais promissores e a população não fique à mercê da barbárie.
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Arte
João Canola Júnior 74 Revista Energia
Vida em quadrinhos O fascínio pelas histórias em quadrinhos trilhou a vida e carreira do jovem João Canola Júnior. E ilustrando uma grande paixão é que seu trabalho foi divulgado do outro lado do mundo
Texto Karen Aguiar | Fotos Leandro Carvalho
N
o dia dos namorados, último 12 de junho, a Boutique Daslu – aquela loja de artigos de luxo de São Paulo – lançou uma campanha, mais precisamente um concurso cultural onde os participantes não precisariam gastar centenas de reais em uma peça de roupa ou acessório para concorrer, mas apenas enviar uma foto com seu amado(a) para o marketing da empresa, com uma linda história de amor. O prêmio? Uma revista em quadrinhos sobre seu próprio conto de fadas. Tudo lindo, muito romântico, mas sabe quem foi o convidado para ilustrar essa grande campanha, manchete em vários sites de moda, quadrinhos e blogs de fashionistas? João Canola Júnior, 27 anos, nascido em Jaú, e com um dom feroz para ilustração. Com 14 anos e o vislumbre por um desenho do Homem Aranha, João pensou: “Gostei! Quero fazer um igual”. A ilustração era de Ricardo de Paiva Guerra, um conhecido dele. Depois de várias tentativas e conselhos do artista, ele alcançou seu objetivo. E é
assim até hoje. “Tudo que ele ‘encasqueta’ em fazer vai até o final”, afirma a namorada e apoiadora Patrícia Chagas. E de incentivadoras e ‘Patrícias’, a vida de João está completa: a irmã e modelo Patrícia Canola também sempre torceu, incentivou e investiu na carreira de João. “O trabalho dele é maravilhoso. Admiro demais! Seu dom vai além da arte, ele é especial. Desejo que se realize e consiga expressar tudo aquilo que queira com seus desenhos. E que sempre continue se esforçando, aprendendo e disposto a enfrentar todos os desafios”, diz a irmã. Todo esse apoio, segundo João, é essencial para continuar fazendo o que gosta e tem o dom. “Nessa área é preciso ter incentivo, pois é uma profissão muito difícil de conquistar visibilidade pela massiva concorrência. Se eu mando um desenho para um teste, disputo com ilustradores do mundo todo”. Antes de começar na carreira, por desenhar bem, quando João dizia às pessoas que gostava e sabia desenhar ouvia sempre a mesma coisa: “Por que você não faz curso para calçados? Traba-
Desenho que ilustrou a campanha da Daslu
lhe com isso”. João seguiu os conselhos. “Fiz de modelista, projetista e depois saí batendo de porta em porta pedindo emprego. Graças a Deus ninguém me contratou!”, diverte-se. O jovem agradece, pois ao procurar emprego vários amigos e conhecidos perguntavam se ele não dava aulas de ilustração, e foi aí que João decidiu e conseguiu, com o apoio da família, fundar sua própria escola de quadrinhos. Sonho realizado! Na sua lista de ídolos, João cita o professor e grande mestre Roberto de Souza, que foi quem lhe ensinou vários truques e macetes da ilustração, além de ser um grande amigo. “Muitos professores não aprofundavam algumas técnicas, camuflavam alguns traços, ele não”. Outro grande ídolo é aquele que João chama de seu padrinho, o ilustrador Luke Ross, de Santo André, que é simplesmente o desenhista de Os Vingadores, da Marwell. “Encontrei um contato do Luke pela internet, queria muito falar com ele, pedir dicas, então tentei a sorte. Quando ele me respondeu, quase fiquei sem reação. Hoje nos falamos sempre, costumo ir a palestras que ele ministra e até já almocei na casa dele. Foi uma honra! Ele é para a ilustração o que Ronaldo é para o futebol mundial”. Sobre a campanha da Daslu, ele ainda se surpreende. “Não imaginei que meu trabalho teria tanta repercussão. Sabia que a empresa era grande, famosa, mas não fazia ideia. Foi impressionante participar de uma campanha dessa proporção, meu nome saiu até em mídias japonesas. Recebi, e ainda recebo contato de vários lugares. Estou muito feliz com o reconhecimento do meu trabalho”. De acordo com o marketing da Daslu, a campanha recebeu mais de 170 cartas, foi divulgada em centenas de sites e blogs, e foi considerada um sucesso. Uma pena o HQ com a história de amor do casal não poder ser divulgado, mas só de ver esse desenho, aí em cima, dá para imaginar, não é?
vida
Boa
Por João Baptista Andrade
Comida para solteiros 2, a missão
E
screvo minhas colunas à mão; em qualquer lugar. E escrevo rápido. As ideias me surgem a partir de certos acontecimentos, situações ou comentários. Eu carrego uma pequena caderneta negra (Moleskine, é claro), onde tomo notas das coisas que me chamaram a atenção e/ou podem servir de tema para uma coluna. Depois, eu paro uns instantes e vou escrevendo sem pensar muito. Quando chega a cobrança da editora (e ela sempre vem, tão certo quanto o dia do Juízo Final), eu vou ao meu “estoque” de rascunhos e vejo o que preciso publicar. Dou umas mexidas e... Ficou pronta? De jeito nenhum. O meu problema é parar de reescrever. A cada momento encontro uma falha, um acréscimo ou um excesso. A minha ex-mulher sempre foi a primeira a ler. Por vezes ela fazia isso ao mesmo tempo em que eu escrevia. Meu senso de qualidade estava concentrado no semblante dela. Se ela sorrisse enquanto estivesse lendo, estava bom. Caso contrário, de volta ao trabalho. Depois de tantos anos juntos, dividindo pratos, camaradagem, vinhos e viagens, ela adquiriu o direito de ser mais que a primeira leitora: ela virou a crítica. E eu posso garantir que ela foi uma das mais duras que conheci. Pois não é que, durante um jantar lá em casa numa noite dessas, imaginei que ela olhou-me nos olhos enquanto falava da minha última coluna publicada (Comida de Solteiros): “se os solteiros ficarem comendo em suas respectivas casas, nunca irão encontrar alguém...”. Até os matos de Joaquim Egídio ficaram embasbacados com a clareza do raciocínio. Eu então, nem se fala. Fiquei desconcertado e me sentindo em dívida com os meus leitores (além da editora, é claro). Eu não frequento baladas ou coisas do gênero. Eu vou a restaurantes. Mas como ir a um restaurante sozinho? Algumas regras de sobrevivência são fundamentais. Em primeiro lugar, sente-se numa mesa confortável. Nada de cantinhos, mesas voltadas para a parede ou coisas do gênero. Você quer ver e ser visto. E jantar ou almoçar desacompanhado não é crime (ainda). Em segundo lugar, nada de celular ou smartphone. Quando você está sozinho e pior, meio carente, acaba mandando mensagens ou telefonando para pessoas que não importam de verdade. Sua vontade era estar com um outro alguém, provável ou certamente impossível. Ainda por cima, celular em restaurante é uma
tremenda falta de educação. Terceiro lugar, olho na bebida. Quando você conversa com outras pessoas à mesa, bebe devagar. Mas se você não tem outro alguém para conversar, a velocidade de ingestão tende a aumentar e o garçom, solícito, vai te oferecer ainda mais bebida. Além de sozinho você acaba bêbado e, portanto, digno de pena. Quarto lugar. Escolha um estabelecimento daqueles seus favoritos. Um local verdadeiramente restaurador (coisa de restaurateur ou buon ristoro). De preferência, onde você seja conhecido e respeitado. É ótimo perceber todo o pessoal da casa te chamando pelo nome. Transmite a imagem correta. Você não vive sozinho; desta vez você veio desacompanhado. Isso é muito importante para o seu gerenciamento emocional: você estabelece uma duração temporal para a sua solteirice. Olhe para todas as pessoas presentes com naturalidade. Você não é portador de uma doença infecto contagiosa. Você é solteiro. Coma devagar e com cuidado. Comer bem demanda muito tempo, então desfrute o seu momento sem pressa. Por fim, preste atenção nas mesas onde estão sentadas pessoas em números ímpares. Obviamente ali vai ser mais fácil encontrar alguém tão solteiro quanto você. Foi assim que eu conheci a minha ex-mulher e, provavelmente, será assim que conhecerei a próxima. Até mais. Revista Energia 77
Gourmet Por Mario Netto
Carpaccio com queijo grana padano e rúcula Ciao a tutti,
Ingredientes 100 g de fatias finas de carne bovina 75 g de fatias finas de queijo grana padano 50 g de rúcula Suco de um limão siciliano, 2 colheres de sopa de azeite extra virgem Sal e pimenta do reino moída na hora, a gosto
Modo de preparo: Filtre o suco de limão numa vasilha, adicione o sal, a pimenta do reino e por último o azeite. Bata energicamente com um fouet ou batedor de ovos. Disponha as fatias de carne num prato de madeira de modo que as fatias cubram todo o prato, respeitando a sua borda. Cubra as fatias com o queijo e, por último, disponha a rúcula. Por fim, regue com o molho. Sugestão: Cipriani fez uma versão deste molho com maionese e molho inglês. Basta adicionar 75 g de maionese e 2 colheres de molho inglês à emulsão. O procedimento é o mesmo.
Buon apetitto e saluti a tutti!
Foto: divulgação
Nesta edição vou falar do Carpaccio, um prato apreciado no mundo todo. O Carpaccio de carne com queijo grana padano e rúcula é simples e rápido de se preparar; não requer qualquer tipo de cozimento e, por isso, podemos defini-lo como um prato leve. Trata-se de finíssimas fatias de carne crua, geralmente bovina, que são organizadas em um prato, cobertas com queijo grana padano e rúcula, temperadas com azeite, limão, sal e pimenta. Com o decorrer dos anos, esse prato adquiriu fama internacional e transformou-se em um clássico mundial. Hoje em dia, tudo o que se corta fino e se põe um molho é chamado de Carpaccio como, por exemplo, o de salmão, de abobrinha, de berinjela, de pupunha, o que é um erro, pois só pode ser chamado de Carpaccio uma preparação igual à de seu inventor, Giuseppe Cipriani, que preparou para sua esposa um prato à base de carne crua, uma vez que ela não podia comer carne cozida por ordens médicas. O prato inventado por Cipriani consistia em finíssimas fatias de filé mignon bovino com uma emulsão de azeite, limão, sal, pimenta e lascas finas de queijo grana padano, mais rúcula. O Carpaccio pode ser servido como aperitivo ou como entrada de uma refeição, por isso é um prato individual. Vamos à receita.
Mario Franceschi Netto Formado pelo SENAC Águas de São Pedro e pelo Instituto ALMA de Cucina Italiana, já trabalhou no Grande Hotel Águas de São Pedro, Café de la Musique em São Paulo, Ristorante Gellius em Oderzo Vêneto e, atualmente, trabalha no restaurante La Gazza Ladra em Módica, na Sicília.
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guia da gula
guia gastronômico
Foto: Leandro Carvalho
sabores para todos os paladares
Adoce a vida Com qualidade inigualável, ambiente aconchegante e bom atendimento, a Doceria Duciana oferece uma grande variedade de opções: bolos de diversos sabores, doces finos, tortas, salgados, sorvetes, sucos e a tradicional torta de frango. Nesta edição apresentamos o maravilhoso bolo de brigadeiro branco com morango, sugestão apaixonante a todos os paladares. Tortas inteiras e em pedaços de segunda a sábado das 8h às 18h. Venha conhecer esse delicioso sabor em um ambiente acolhedor!
Doceria Duciana Rua: Quintino Bocaiuva, 462 - Centro - Jaú Tel. 14. 9730 9630
Sua melhor opção
Restaurante Ítalo Libanês Rua Visconde do Rio Branco, Nº 675 - Centro - Jaú Telefone (14) 3624 7292
Foto: Leandro Carvalho
Diariamente, o Restaurante Ítalo Libanês oferece os mais sofisticados pratos à La Carte, prato do dia, marmitas, marmitex e disk-entregas. Atendimento diferenciado e as melhores opções em comida caseira, num ambiente familiar e aconchegante. A casa oferece as melhores marcas de bebidas, vinhos, refrigerantes e sucos naturais e de polpa. O horário de funcionamento é de domingo a quinta para almoço, sexta e sábado para almoço e jantar. Nesta edição apresentamos uma especialidade da casa: abadejo à indiana - peixe recheado com catupiry, frito à milanesa e coberto com molho branco, acompanhado de batata corada e arroz provençal - que serve até 3 pessoas.
Vinhos
Por Paulo Agnini Especial para Revista Energia
Queijo e vinho Saborosos, cheirosos e famosos, há séculos são objetos de desejo à mesa e grandes amigos do vinho...
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ra) acompanham bem os queijos azuis, pois equilibram a pungência destes: o Roquefort cai bem com Sauternes, o inglês Stilton faz combinação clássica com o Porto e o gorgonzola combina com tintos potentes. Queijos frescos e sem casca, como os cremosos, o mascarpone ou a mozarela pedem vinhos brancos leves. Vinhos tintos de classe, e mesmo brancos, parecem insinuar sua adequação com queijos macios, de casca rica, como Cammembert, Brie e Gouda, desde que não muito curados. Os queijos mais suaves, do tipo Emmenthal e Gruyère, aceitam vinhos tintos pouco tânicos, suaves. Vinhos brancos leves e aromáticos combinam com queijos de massa mole, tais como os frescos de cabra e a ricota. Você pode combiná-los com um Chardonnay, por exemplo (Riesling ou Chardonnay), rosés ou tintos jovens e frescos, como o Beaujolais francês e o italiano Bardolino.
Foto: divulgação
A
França produz queijos de leite de vaca, cabra e ovelha com diferentes tipos de massa: prensada; mole; fresca; com ervas; aromatizada com bebidas ou vinhos; envolta em folhas de uva, carvalho ou castanheira; imersa em especiarias ou friccionada com cinzas de carvão vegetal. E uma boa parte dos queijos possui também diferentes períodos de maturação. Comum a todos, o gosto inigualável. Eles procedem de todas as regiões do país e alguns são copiados em várias partes do mundo. São amigos íntimos dos vinhos e a verdadeira harmonia entre ambos se dá durante a refeição. A harmonização de queijos e vinhos é tradicional e, por ser um produto isolado, sua combinação pode parecer mais fácil. Mas não se engane, principalmente quanto aos queijos fortes, que geralmente matam os vinhos. Vamos nos ater a certas regrinhas básicas e aos princípios das combinações, que seguem textura e sabor: Quanto mais duro for o queijo (parmesão, por exemplo), mais tânico pode ser o vinho. As uvas são suficientemente robustas para não perder a estrutura. Quanto mais cremoso o queijo, mais acidez o vinho deve conter. Vinhos doces ou generosos (como Sauternes, Porto ou Madei-
Empresarial
Por Antônio Paulo Grassi Trementocio
Desoneração da folha de pagamento Nova forma de redução da carga tributária
A
desoneração da folha de pagamento é umas das mais novas medidas que permite a redução da carga tributária de determinados setores empresariais contemplados com esse permissivo legal. Com essa medida o governo, para esses setores beneficiados, está excluindo a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento, nos casos de sua existência, nos regimes tributários de Lucro Presumido e Lucro Real, e substituindo por uma nova contribuição previdenciária sobre o faturamento bruto das empresas, com exceção do faturamento obtido na atividade exportação. Na maioria das situações fáticas, esse nova contribuição é menor que a anterior, incidente sobre a folha de pagamento. A base legal desse benefício está estampada nas letras da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011 e na Medida Provisória nº 610. Como já mencionado acima, o benefício não se estende a todas as empresas, apenas àquelas que tenham suas atividades enquadradas na legislação já referida. É importante mencionar que a desoneração da folha de pagamento aplica-se apenas em substituição à contribuição patronal no importe de 20%, sendo que as demais incidências fiscais continuam a serem exigidas, como o FGTS e a contribuição dos próprios empregados. De uma maneira mais simples, a empresa que se enquadrar na nova sistemática da desoneração da folha de pagamento deverá continuar recolhendo as contribuições dos seus empregados e as outras contribuições sociais incidentes. Apenas a contribuição patronal será calculada sobre o faturamento, e não mais sobre a folha de pagamento. Há duas alíquotas diferentes para a desoneração da folha, que se diferenciam pelo setor no qual a empresa atua. Para empresas que industrializam determinados produtos, identificados pelo código constante da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, a alíquota é de 1% em regra. Para empresas que atuam na prestação de serviços, como as do ramo hoteleiro, de call center e design houses, mais as empresas de tecnologia de informação e tecnologia de comunicação, a alíquota é de 2%. No caso de uma empresa produzir tipos diferentes de produtos, ou prestar diferentes tipos de serviços, estando apenas parte deles elencados na legislação já mencionada, a contribuição deverá ser proporcionalizada. No mês de julho último a Câmara dos Deputados aprovou projeto de conversão da Medida Provisória 610 que, entre outras
medidas, estende os benefícios da desoneração da folha a outros setores como as empresas jornalísticas, de construção, de transportes, de operações com contêineres, de reparo de embarcações e do comércio varejista. Você, empresário, deverá ficar atento a essa realidade fiscal, que pode trazer grandes benefícios financeiros com a redução de sua carga tributária. Consulte seu contador ou consultor fiscal para verificar se sua empresa já pode ser beneficiada com a desoneração da folha de pagamento. Essa é uma das poucas e boas notícias que as empresas podem receber, num universo tributário fiscal tão injusto e improdutivo.
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Entre Aspas
É o que dizem por aí...
Por Leandro Carvalho
Conectando para desconectar
É
comum sentar-se em uma mesa de bar com os amigos ou almoço com a família, pegar o celular e esquecer que está ali, fazer o login e desligar-se daquele momento, transferindo-se para o virtual. Os assuntos à mesa são geralmente para comentar o que o outro está fazendo, com quem está e com que roupa saiu. Ficou fácil interagir com o mundo apenas com o celular, mas o fato é que esquecemos que não somos virtuais, estamos ali de corpo presente, não como extensão de um aparelho eletrônico. Em postagens, todo mundo se torna um Caio Fernando Abreu ou uma Clarice Lispector, movimentando sentimentos e desejos com um control+C e control+V. É claro que escritores conseguem transferir para o papel sentimentos e emoções que não conseguimos expressar, o que torna mais fácil apenas
copiar, colar, mas não pensar. Não que eu seja contra isso, pois me peguei um dia desses ao lado de uma amiga e estávamos quase sem assunto (isso considerando o fato de que falo um pouco demais), os dois olhando para o celular curtindo a mesma burrice, quando decidimos fazer um trato: a próxima vez que estivermos em algum barzinho ou outro lugar, colocaremos os celulares na mesa e o primeiro que pegar irá pagar a conta; resta saber se dará certo, se será motivo para uma briga ou boas risadas. O mais estranho com as redes sociais é que temos vários amigos, mas quando passam na rua ao seu lado nem ao menos nos olham no rosto, parece que curtem seu status, mas não você. Por falar em curtir você, algumas redes sociais deixaram de lado a promoção pessoal ou empresarial, e se tornaram veículos de promoção da traição em massa. Quantas vezes recebemos cantadas de pessoas que namoram? Ou desejamos o final do relacionamento de certas pessoas? Ou desejamos o impossível com o amigo virtual?
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Aplicativos, jogos viciantes, correntes malignas, postagens desnecessárias e uma infinidade de coisas enjoativas que me faz lembrar o quanto somos fracos mentalmente por deixar uma conversa cara a cara com amigos, um encontro familiar agradável para relembrar momentos engraçados que passamos com eles, tudo para permanecermos conectados e sermos astros falidos na rede. Qual o sentido de tudo isso? Estamos conectados um com o outro por uma rede de ilusão, que mexe com nossos sentidos e não nos deixam dormir: é viciante e dependente. A parte engraçada é que conseguimos falar para as pessoas coisas que jamais falaríamos pessoalmente. O que pode nos tornar os maiores conquistadores do Universo. Pois bem, penso eu, quantas pessoas já terminaram o relacionamento por conta de uma postagem ou de um curtir? Até quando vamos nos permitir estragar um abraço por uma rolagem no mouse? Outro fato é que as pessoas gostam de sensacionalismo, gostam da tristeza ou de desastres com outras pessoas, a curiosidade move e comove de uma forma desnecessária. Dúvidas, indiretas e o que mais se pensar são jogados na linha do tempo, linha que vai passando e deixamos de viver apenas para rolar o dedo na tela do celular. O potencial que temos nessas redes é imensurável, grupos e mais grupos são criados com objetivos comuns como uma carona, uma troca ou venda, uma manifestação a nível nacional. Isso é bárbaro, é lindo. Mas, que tal vivermos mais ao invés de deixarmos que as pessoas vivam nossas vidas? Eu tentarei fazer isso, talvez seja mais complicado e me provoque uma abstinência maior do que largar o cigarro. Afinal, rede social já pode ser considerada uma droga? Um crime contra o sentimento verdadeiro? Olha só, já ia me esquecendo... mas isso é o que dizem por aí.
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