Revista Energia 55

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Distribuição gratuita - Venda proibida

Jaú - Ano 6 | Edição 55 | Mensal - Março 2015

síndrome de down Sem Tabus suicídio Epidemia Silenciosa Gente Fina Neyde Felippe

Renault

escolha o seu!


TARG Engenharia

Um novo nome, uma nova empresa e profissionais com experiência no mercado há mais de 20 anos!

P

rojetadas para os mais variados segmentos, as estruturas metálicas possibilitam economia, qualidade, rapidez e segurança para as mais diversas obras como residências, galpões, supermercados, lojas, postos de gasolina, ginásios esportivos, etc. A MPM Estruturas Metálicas produz estruturas utilizando os melhores materiais em obras das mais diferentes finalidades, procurando atender a necessidade de seus clientes com eficiência e atenção total. Empresa sólida, completando um ano em Jaú, a MPM tem uma equipe com mais de 20 anos de experiência, grande credibilidade e ainda mantem parceria com marcas consagradas. Oferecer a solução ideal com o melhor custo beneficio é o diferencial da MPM, que prima pela pontualidade, pois sabe que seus clientes são seu maior patrimônio. Além disso, a MPM trabalha com respeito e preocupação total com o meio ambiente. Em sua próxima obra consulte a MPM Estruturas Metálicas.

Donizete Marinho, Pérsio Pascolate e Edgar Paes


UPA

Dr. Fernando

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Luto Paulista

Residência Pederneiras

Residência Valinhos

Residência Valinhos


4 Revista Energia


Editorial

mulher

Ano 6 – Edição 55 – Jaú, Março de 2015 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação mensal da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286 Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br

Viver a mulher que somos atualmente é um papel difícil, diário e enriquecedor

Repórteres Heloiza Helena C. Zanzotti heloiza@radioenergiafm.com.br Tamara Urias tamara@revistaenergiafm.com.br Revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br

J

á fomos educadas para obedecer e sermos manipuladas pelos homens nas figuras de nossos pais, irmãos ou futuros maridos. Só saímos de casa, estudávamos ou trabalhávamos se eles consentissem. Entretanto, depois de muitas lutas conquistamos nosso espaço como profissionais e, sobretudo, como seres humanos, adquirindo respeito e reconhecimento da sociedade.

Criação de anúncios: Well Bueno arte@revistaenergiafm.com.br Fotografia: Douglas Ribeiro foto@revistaenergiafm.com.br

Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colaboraram nesta Edição Camila Perobelli Colunistas Alexandre Garcia Antônio Paulo G. Trementocio Eduardo Bauer Giovanni Trementose João Baptista Andrade Maira Espricigo Paulo Sérgio de A. Gonçalves Professor Marins Ricardo Izar Junior Wagner Parronchi Comercial Carlos Alberto de Souza Joice Lopez Moraes Sérgio Bianchi Silvio Monari Impressão: GrafiLar Distribuição: Pachelli Distribuidora Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624-1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br

Foto: Cláudio Bragga

Diagramação Junior Borba (14) 99749.6430 Projeto gráfico: Revista Energia

Uma nova

Ainda assim esta nova mulher enfrenta inúmeros desafios, e tem de provar a cada dia sua capacidade de administrar a casa, a vida, o trabalho. Desse modo vivemos nos reinventando, superando todos os obstáculos e provando que somos assim: um misto de delicadeza e força, razão e sensibilidade. Nesta edição da RE convido você, leitor, a refletir sobre o papel da mulher nos dias atuais através de exemplos de mulheres fortes que estampam nossas páginas, como nossa Gente Fina Neyde Maria Felippe, que assumiu o desafio de trabalhar com crianças autistas; ou de Daniele Varandas Coltre, que enfrentou grandes batalhas e preconceito para que Alice adquirisse respeito e independência. Ao noticiarmos todas as semanas um ou mais casos de tentativa de suicídio em Jaú, durante os nossos jornais, percebemos a importância de abrir espaço para a questão, que já é a terceira causa de morte entre os jovens. No contraponto abordamos o poder da fé, e como ela pode influenciar de maneira positiva a vida das pessoas. Uma ótima leitura para você, e um brinde às mulheres que fazem do mundo um lugar melhor para se viver!

Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, anúncios e informes publicitários.

Maria Eugênia


NESTA EDIÇÃO

13 Imóveis 15 Psicologia 17 Raça do Mês 24 Inclusão 36 Religião 44 Educação 48 Empresarial 50 Saúde 56 Escolha Certa 62 Comportamento

SEMPRE AQUI

ÍNDICE

08 Perfil 10 Jurídico 12 Radar 14 Pense Nisso 16 Consultoria 18 Gente Fina 22 Transformação Animal 28 Garota Energia 30 Capa 35 Conheça Jahu 40 Look de Artista 49 Varal 52 Social Club 58 Legislação 60 Boa Vida 61 Guia da Gula 66 Trabalho e Previdência

40 Look de Artista

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Nossa capa: Renault Viviani France Foto: Douglas Ribeiro Produção Gráfica: Junior Borba

Gente Fina

Distribuição gratuita - Venda proibida

Jaú - Ano 6 | Edição 55 | Mensal - Março 2015

SÍNDROME DE DOWN Sem Tabus SUICÍDIO Epidemia Silenciosa GENTE FINA Neyde Felippe

Renault

escolha o seu!


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Perfil

Talento

Foto: Gert Weigelt

sem limites

8 Revista Energia


Através do corpo Marcos Menha se expressa artisticamente. A dança fez o jauense ganhar o mundo Texto Tamara Urias

A

través do seu próprio corpo o artista se manifesta. Na dança, sentimentos são expressados por meio dos movimentos coreografados ou livres. Nascido em Jaú, o bailarino Marcos Menha, 31, descobriu ainda na infância o gosto pela dança. Ao se deparar com apresentações em programas de TV ou reportagens sobre ballet, o jovem parava o que estivesse fazendo e ficava à frente do aparelho tentando aprender as coreografias dos bailarinos. A frase dita era sempre a mesma: “Quando eu crescer vou me transformar em um grande bailarino e me apresentar em grandes teatros”. Gravações eram feitas para depois treinar com mais afinco. “Eu chamava as vizinhas e ficávamos a tarde toda dançando. Chegávamos até a montar novas coreografias”. A oportunidade de conhecer mais a fundo o ballet surgiu a partir do convite de uma das vizinhas. O primeiro contato aconteceu numa academia localizada no bairro onde morava, mas seu primeiro curso foi o jazz, passando depois para o ballet clássico. Passados dois anos ingressou no Studio de Dança Exupéry, onde permaneceu durante boa parte da adolescência até ir para São Paulo, para a Cia Promodança. Após participar de vários festivais e apresentações foi convidado a estudar no Seminário de Dança de Brasília, onde conquistou uma bolsa de estudos para Alemanha. “Fui para a Akademie des Tanz Mannhein, com direção de Birgit Keil. Formei-me em dois anos e logo em seguida fui contratado como bailarino profissional em Karlsruhe Staatstheater, onde trabalhei por oito anos. Há três anos estou no Dusseldorf na Deutsch Oper Am Rhein, também na Alemanha”. Atleta de alta performance A formação de um bailarino profissional pode dar-se por dois caminhos: universidade ou escola de dança. A grande diferença está na possibilidade de atuação e estilo. Para alcançar êxito na área é preciso disciplina, preparo físico, talento, disposição, sensibilidade artística, e isso Menha possui. Em São Paulo, o jauense conta que treinava no mínimo duas vezes ao dia. “Tinha ballet, pás deux e variações clássicas”. Já em sua formação na Alemanha eram seis dias por semana, doze horas por dia. “Ali era trabalhado quase todo o repertório que um bailarino possa aprender: clássico e neoclássico, moderno, flamenco e jazz”. Atualmente a rotina continua intensa, com treinos seis dias por semana. “Começo às 10h com uma hora e meia de clássico e depois vou até às 14h com ensaios de coreografias que serão apresentadas nos próximos espetáculos. Temos uma hora de

pausa para almoço e às 15h voltamos e nos estendemos até às 18h30, isso quando estamos fora de temporada”. De acordo com Menha, o dançarino deve entregar-se realmente ao treinamento, para assim descobrir quais são seus limites e ultrapassá-los. “Ser bailarino é dar-se de corpo e alma, correndo o risco diário de uma lesão, que pode tirar o sonho da carreira em segundos de suas mãos”, descreve. Dentre os inúmeros espetáculos onde apresentou-se estão Joinville, Santos, Promodança, Seminário de Dança Brasília e Benois de La Dance. Abrindo mão Para alçar voos mais altos foi preciso dedicação e abrir mão do cômodo. “Para as portas se abrirem é preciso arriscar. Deixei minha família e minha cidade natal e fui”. O incentivo dos pais foi fundamental para o bailarino percorrer os palcos do mundo. “Desde a primeira aula eles sempre me apoiaram. Vejo que sou muito sortudo, sem eles não estaria onde estou”. Alguns trabalhos se encaixam com o físico e a estatura, mas para galgar mais papéis é preciso dedicação ao extremo. “Nossa carreira é cheia de audições, quase todo mês coreógrafos convidados vão assistir nossas aulas e ensaios para decidir o elenco das novas criações, por isso é necessário estarmos sempre em forma e preparados para uma nova experiência”. Quando as cortinas se abrem, o frio na barriga é inevitável. Ao descrever a sensação vivida em cima dos palcos, Menha diz que cada apresentação é sempre única. “Nunca é igual, mas sempre é especial”. Ao ser questionado sobre a responsabilidade de ser um solista, o bailarino comenta que é grande, pois em alguns momentos a atenção está toda voltada para ele, sem contar a responsabilidade com a partner bailarina, que deve ser colocada no eixo das pontas dos pés. “Neste momento o pensamento positivo e a concentração andam de mãos dadas para não derrubar ninguém ou errar a coreografia”. Mas se algo sai errado o artista sempre dá um jeito de consertar e fazer com que o público não perceba. As inspirações vêm dos bailarinos Mikhail Nikolaévich Baryshnikov e do Rudolf Khametovich Nureyev. Fora da sua profissão, Beyonce é uma das cantoras que mais admira. Segundo o jauense, a carreira do bailarino é curta se comparada com outras. Seu desejo é manter saudável corpo e mente para poder dançar por muitos anos. “Sou muito feliz por acordar e poder realizar esse sonho. Faço o que gosto, sou respeitado e posso ser eu mesmo dentro e fora dos palcos”.

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Jurídico

Por Wagner Parronchi juridico@revistaenergiafm.com.br

Alô criançada, o Bozo chegou! Personagem infantil dos anos 80, o Palhaço “Bozo” animava as manhãs e era sinônimo de alegria em um programa envolvente, sem nenhuma malícia, de qualidade espetacular

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o dito popular, entretanto, o apelido “Bozo” pode designar uma pessoa que se pode fazer de palhaço a qualquer momento, e é nessa condição como consumidor de telefonia e internet móvel que nós, jauenses, estamos vivendo nos últimos anos. Atraídos por um marketing bem elaborado, adquirimos celulares de última geração e planos de voz e dado, cujas operadoras prometem “mundos e fundos” na contratação, e na hora de utilizar ficamos apenas observando nas telas de nossos sofisticados smartphones as animações utilizadas para carregamento de dados que nunca são baixados ou visualizados nas redes de banda larga propagandeada que já nem sei mais quantos “Gs” realmente funcionam em Jaú. Engraçado que, em “stand by” está lá, na tela do seu smartphone, a sigla de não sei quantos “Gs”, porém, quando acessamos a internet ela desaparece, caindo por completo o sinal, ou aparecem siglas como “E” ou “GPRS”, simplesmente incapazes de cumprir com o que foi contratado. Interessante que, se você consultar o uso do seu plano de dados, perceberá que houve consumo e eu pergunto: para quê? Eu mesmo respondo: para ver a animação de carregamento, sejam várias bolinhas girando ou uma barra que aumenta gradativamente para, ao final, exibir a mensagem de que não foi possível completar a operação que você, “Bozo”, contratou! E a internet “4G” e “4G Max” que fazem propaganda em Jaú, e ela nem funciona por aqui? E as ligações ilimitadas entre celu-

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lares da mesma operadora? Piada, não é? Quem consegue falar por mais de um minuto com nitidez, ou sem cair a ligação? E o que nos resta fazer? Muitos responderiam: portabilidade, muda de operadora. Realmente é uma boa opção e um tapa de pelica na sua operadora, porém, muitas vezes você troca seis por meia dúzia. Reclamar? Só se você tiver muito tempo e paciência de sobra! Abrir uma reclamação na Anatel ou no Procon? Se alguém já conseguiu algum resultado com isso, por favor, me avise! As operadoras parecem não se importar com nada disso e o consumidor jauense continua sem comunicação e internet móvel. É claro que você deve tentar tudo isso, e se não funcionar procure a Justiça, pois as operadoras não estão imunes às leis, principalmente o Código de Defesa do Consumidor, pelo qual devem entregar exatamente o que prometeram, ou seja, no mínimo ligações de qualidade, com o tempo contratado e o acesso à internet na tal banda larga prometida, exatamente na quantidade de “Gs” que tanto propagandeiam, solicitando ao Juiz da causa, em liminar ou final sentença, que obrigue a operadora a assim agir sob pena de multa diária em favor do consumidor. Sem contar, ainda, a possibilidade da repetição do valor pago enquanto não funcionou adequadamente o serviço e indenização por danos morais pela frustração e desvio produtivo (tempo útil perdido para resolver o problema). É óbvio que ainda há boas operadoras, e a essas os meus parabéns, e que continuem melhorando ainda mais os serviços para a nossa população. 


Centro Médico de primeiro mundo Infraestrutura completa, atendimento rápido e eficiente aliado à tecnologia de ponta, com os recursos mais avançados disponíveis na área

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naugurado em dezembro de 2014, com atendimento na área de Oftalmologia e Cirurgia Plástica, Ártemis Centro Médico tem a direção do Dr. Rodrigo Travessolo, oftalmologista com especialização em catarata, córnea e refrativa; e da Dra Ana Carolina M. Fernandes, cirurgiã plástica com especialização em estética, reparadora e atendimento ao queimado. A competência e ética profissional da equipe garantem aos pacientes consultas, procedimentos e exames com alto grau de precisão e excelência. Localizada em ponto estratégico, a clínica atende a todas as normas da Vigilância Sanitária, inclusive com acesso total para deficientes físicos e cadeirantes. Centro Cirúrgico para realização de pequenos e médios procedimentos com total segurança e conforto para o paciente. Oftalmologia Atendimento geral na área de oftalmologia e adaptação de lentes de contato. Cirurgia para Catarata com anestesia de colírios, rápida (média de 5 minutos), indolor e com retorno precoce às atividades. Além de cirurgia para Pterígio, Pálpebras, refrativas (miopia, hipermetropia e astigmatismo), entre outras. Cirurgia Plástica Cirurgias estéticas e reparadoras que incluem: Ritidoplastia (face), Blefaroplastia (pálpebras), Rinoplastia (nariz), Mamoplastia (lifting/aumento mamário), Abdominoplastia (abdome), Contorno corporal (lipoaspiração), Gluteoplastia (implantes glúteos); atendimento a queimaduras e correção de sequelas; procedimentos ancilares: aplicação de toxina botulínica e preenchimentos. Convênios UNIMED, Sindicatos de Calçados e do Comércio, Funerárias Prever, Central, Jauense, Raio de Luz.

Fotos: Douglas Ribeiro

Informe Publicitário

Ártemis


Radar

Por Alexandre Garcia

País doente Não há outra forma de criar riqueza a não ser pelo trabalho

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ntem passei por duas mulheres na calçada e pude ouvir a frase de uma delas: “Meu sonho é ter muito dinheiro, mas sem trabalhar”. Fiquei com vontade de me meter na conversa e dizer: “Senhora, dinheiro sem trabalhar, só roubando”. A reflexão me fez lembrar o dinheirão que circulou no Petrolão, e o único trabalho foi escolher empreiteiras para obras na Petrobras. É oportuno recordar isso, porque no sul do país caminhoneiros fazem paralisações em protesto pelo elevado preço dos combustíveis, que está caindo no mundo inteiro porque despencou para menos da metade o preço do petróleo. Aqui no Brasil, não. Tem que tapar o rombo das medidas populistas e burras, mais a safadeza. Ter dinheiro sem trabalhar não ocorreria a um japonês ou a um alemão. Eles buscariam a justificativa para ganhar dinheiro e só a encontrariam no trabalho. Mas por aqui muita gente deixou de trabalhar em obra de hidrelétrica porque é mais fácil o ócio com bolsa-família. Outros buscam imitar as espertezas dos mais graúdos, ladrões de gravata. Filas imensas nas loterias mostram o quanto gostamos de apostar num papelzinho, em vez de apostar em nós mesmos. Felizmente também temos milhões de exemplos a provar que o trabalho compensa. Infelizmente, os modelos do governo mostram que alguém vai prover, e que é preciso aproveitar o populismo, a demagogia,

porque, afinal, a parte do país que trabalha e paga imposto garante a sobrevivência do ócio. Mas não há como manter isso para sempre. Lula pregou o consumismo para o Brasil sair da crise mundial. Pensou que consumismo substituiria investimento. Piorou. O mundo se recupera e o Brasil afunda. O país ficou sem investimento porque não sobrou poupança, e agora o consumo sofre restrições porque o crédito ficou mais caro e os preços foram inflacionados. O Instituto Data Popular pesquisou as compras da classe C, a chamada “classe média emergente” - de 2.900 reais de renda mensal - e descobriu que 47% estão comprando menos no supermercado. E só 12% enchem mais o carrinho. O governo só gasta e administra a riqueza gerada pelos impostos - que, por sua vez, são gerados pelo trabalho. Esperto, o governo cobra imposto sobre a produção, mesmo que ela ainda não exista. Uma indústria, antes de produzir seu primeiro produto, já pagou muito imposto. Um comércio tem que pagar tributos para se estabelecer e gerar emprego, antes mesmo de faturar o primeiro real. Um prestador de serviço gera imposto antes mesmo de atender seu primeiro cliente. Até o doente paga imposto altíssimo sobre o remédio de que necessita. Enquanto México, Colômbia, Estados Unidos e outros países não cobram um centavo sequer de imposto sobre remédio, o doente, aqui, arca com quase 34% para o governo. Não parece que uma doença acomete o Brasil? 

Ter dinheiro sem trabalhar não ocorreria a um japonês ou a um alemão. Eles buscariam a justificativa para ganhar dinheiro e só a encontrariam no trabalho 12 Revista Energia


1 Imóveis Por Eduardo Bauer

imoveis@revistaenergiafm.com.br

Como comprar imóvel com tranquilidade? O primeiro passo para comprar um imóvel com logro, definitivamente, é através de um corretor de imóveis credenciado

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uando você está doente procura um médico, se precisar de uma orientação jurídica irá a um advogado, correto? Então, por que não procurar um especialista no assunto que cuidará do seu maior patrimônio? Aliás, costumo dizer que não é só seu maior patrimônio material, mas também o local onde vive os melhores momentos da sua vida ao lado da família. Portanto, requer carinho e cuidado. Assim, meu conselho é que ao procurar um corretor converse com ele pessoalmente, exponha detalhadamente todas as características do imóvel que almeja (metragem mínima do terreno e construção, quantidade de quartos, disposição dos cômodos, área de lazer, vagas de garagem, finalidade, motivo, bairros de interesse, etc.), bem como as condições de pagamento (financiamento, consórcio, à vista, parcelado, entrando carro ou imóvel de menor valor como forma de pagamento, etc.). Com estas informações aliadas ao prazo de urgência na compra do imóvel, o corretor poderá iniciar o processo de seleção de imóveis numa orientação certeira, poupando o precioso tempo do cliente e evitando eventual frustração ou arrependimento. Para isso, no entanto, é necessário que o cliente ao realizar

uma proposta de compra para o imóvel escolhido exija toda a documentação de praxe, que garanta a segurança no negócio, tais como certidões negativas dos vendedores na Receita Federal, justiça federal, justiça cível e criminal, justiça trabalhista e cartório de protestos. Além dessas, é necessário que a matrícula do imóvel esteja livre e desembaraçada, o IPTU quitado e com a certidão negativa. Caso a compra seja feita através de financiamento ou consórcio, é de suma importância que sejam analisados minuciosamente todos os critérios de concessão de crédito do(s) comprador(es) e confirmada a viabilidade do negócio pela instituição financeira, obviamente antes do pagamento de qualquer quantia ou sinal. Exija do corretor de imóveis que a proposta ofertada seja feita por escrito, assim como o aceite da mesma. E que em seguida seja assinado pelas partes o contrato particular de compromisso de compra e venda do imóvel, mesmo sabendo que em breve lavrarão a escritura pública, a qual sempre deverá ser registrada em cartório competente, caso contrário dará brecha para eventuais problemas que venha o correr por este descuido. Bons negócios! 

O mais importante para nós,

não é vender casa.

É oferecer um lar.

“Eu gostaria de uma casa com uma área de lazer maior. Com churrasqueira, forno a lenha, com piscina para as crianças brincarem... Um lugar onde a família e os amigos possam se divertir.”

R. Rui Barbosa, 1759 - Jaú/SP - Centro - CEP 17210-000

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nisso

Pense

Por Professor Luiz Marins

LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br

Reinventando o silêncio Tenho me lembrado muito da cantora Rita Lee, que em Jardins da Babilônia diz “pra pedir silêncio eu berro...”

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ois é, nunca sentimos tanta falta do silêncio, da calma, de ambientes que favoreçam a concentração, o diálogo sereno, o prestar atenção. Vivemos numa verdadeira ditadura do barulho. Fala-se alto demais! Grita-se muito! Crianças gritam para ser ouvidas. Pais gritam para ser atendidos. Clientes gritam para reclamar e atendentes gritam para responder. Parece que vivemos numa sociedade de surdos. Desaprendemos o silêncio, a calma, o falar baixo. Vamos a um restaurante e não podemos conversar. A tal música de fundo, que invadiu o mundo contemporâneo, é tão alta que impede o diálogo. As pessoas da mesa ao lado gritam umas com as outras e riem alto sem a menor consideração para com seus vizinhos. No avião e no ônibus é a mesma coisa. Pessoas gritam para seus colegas de assento e todos têm que ouvir o que não interessa saber. A impressão que me dá é que todos querem ser celebridades públicas, ou pensam estar num palco de teatro falando para uma plateia. Repare que o barulho dos carros, das motos, das músicas em volume alto, das conversas está cada dia mais elevado, sem que nos apercebamos disso. Pessoas falam alto ao celular em qualquer lugar, até em cinemas, salas de aula e igrejas. Crianças desaprenderam o falar baixo. Jovens estudam com

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a TV ligada. Mães falam alto demais com seus filhos, que por sua vez respondem no mais alto volume possível. Outro dia, ao entrar em uma casa de família, fiquei horrorizado com tanto barulho, gritaria, televisão e rádio ligados em alto volume e todos gritando para serem ouvidos ao mesmo tempo. Qual a qualidade de vida dessa família? Na empresa é a mesma coisa. Todos falam alto demais ao telefone, com seus colegas e a poluição sonora toma conta do ambiente, o que faz com que as pessoas não consigam ter foco no que estejam fazendo. Muito do retrabalho, dos erros, das desatenções é ocasionado pela falta do necessário silêncio que favorece a concentração. O próprio fato de todos trabalharem juntos na mesma sala, sem um código de ética em relação ao barulho excessivo, faz com que as pessoas não consigam prestar atenção, gerando problemas sérios de qualidade e produtividade. Ninguém mais ouve. Todos querem falar e falar alto. É preciso reinventar o silêncio. É preciso baixar o volume, respeitar o outro e parar de gritar. Leve essa ideia para sua casa, seus amigos, seu trabalho e reaprenda a ouvir você mesmo, através do precioso silêncio.  Pense nisso. Sucesso!


1 Psicologia Por Maira Espricigo

maira-psico@hotmail.com

O que na verdade é a Hipnose? Existe certo receio quando falamos a palavra hipnose; a maioria das pessoas tem uma visão muito distorcida do que, na realidade, ela significa

A

hipnose não é regressão, não está ligada ao sonambulismo, menos ainda ao “sono eterno” ou até mesmo ao “comer cebola achando que é maçã”, como algumas pessoas o descrevem. A hipnose é um estado alterado de consciência, onde o individuo entra em transe; um sono terapêutico através da voz do hipnoterapeuta, e a partir daí é realizada a sessão. O que na verdade é o transe? Todos nós podemos entrar em transe, ele é natural do ser humano, é semelhante ao sono, gerado por um processo de indução, onde o paciente fica muito suscetível à sugestão do hipnotizador, e então é feito o tratamento. A hipnose é uma técnica de grande importância para a Psicologia, pois está sendo cada vez mais utilizada como instrumento no tratamento de diversos diagnósticos. Através desta técnica pode-se amenizar e até mesmo eliminar diversos transtornos psicológicos, tais como: ansiedade, pânico, fobias, síndromes, depressão, traumas de infância que atrapalham nossa vida cotidiana adulta, entre outros. Dentro da hipnose não existem contraindicações, ela pode ser considerada uma higiene mental por trabalhar o inconsciente do indivíduo; tudo o que ele traz de positivo vai ser reforçado; e de negativo, que gera certo incômodo, automaticamente vai sendo eliminado dos registros mentais.

Além disso, a hipnose também é muito utilizada atualmente para tratamento de obesidade; preparação mental de vestibulandos; envolvimentos pessoais; autoestima; relaxamento; insônia; vícios; redução de estresse; tratamentos sexuais; disfunções neurológicas, digestivas, cardiovasculares, respiratórias; auxiliando no manejo dos sintomas degradáveis ou ainda provendo os recursos de cura do próprio paciente.

Na hipnose não existem contraindicações, ela pode ser considerada uma higiene mental por trabalhar o inconsciente do indivíduo Por isso sua importância, dispor o organismo como um todo para a cura ou para a manutenção da saúde do paciente. É importante frisarmos que, para levarmos alguém a entrar em transe, a pessoa deve acreditar nesse processo, nos benefícios que a terapia traz e querer ser hipnotizada. Lembrando também que apenas profissionais capacitados devem se utilizar desse processo. 


Consultoria

Por Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves consultoria@revistaenergiafm.com.br

Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves é administrador, contador, consultor, palestrante e professor universitário com MBA pela FGV – RJ em Gestão Estratégica de Pessoas; presidente da AESC – Associação dos Escritórios e Profissionais da Contabilidade de Jaú e região - gestão 2004/2005; atualmente diretor da AESC Jaú; proprietário do DinamCorp Corporação Empresarial e Contábil; proprietário da Prosol Unidade Jaú e consultor e orientador em desenvolvimento de softwares Prosol – São Carlos

Qual o principal produto da sua organização?

D

ias atrás, num final de tarde, um amigo e eu fomos até um posto de combustíveis, numa cidade da região e, quando fui abastecer o carro, perguntei ao frentista onde havia uma panificadora para que pudéssemos tomar um café tranquilo e saborear algo gostoso. De prontidão e de maneira muito gentil ele disse: “olha existe uma logo ali, do outro lado da rua, mas nós temos uma aqui também que tenho certeza vocês irão gostar”. Ali já entendi o recado que ele quis nos passar: “não tem problema, caso queiram ir até lá, porém adoraria que entrassem para conhecer a nossa também”. Isso demonstrou segurança, pois apontou o concorrente, mas também demonstrou muita confiança na empresa em que trabalha, fato raro nos dias de hoje. Enfim, ao entrar na panificadora do referido posto fomos recebidos por uma senhora com aproximadamente setenta e poucos anos e fomos contagiados pelo seu sorriso, voz doce, com uma sonoridade tranquila e uma gentileza muito sincera dizendo melodiosamente: - ♪ BOA TARDE, SEJAM BEM-VINDOOOS ♪. “Eu disse em voz baixa pra mim mesmo: - NUSSSSSS!!!…”, tamanho o encanto que achei na situação. É muito comum, ao termos contato com as organizações, seja um hospital, supermercado, loja, farmácia, entre outros, sermos atendidos pelas pessoas que as representam com aquela vontade maravilhosa, do tipo: “Você bem que poderia não ter vindo hoje, né?” ou um “bom dia” (quase rastejando pra sair), ou seja, uma falta de vontade, de comprometimento e desmotivação contagiantes. Puro reflexo da maneira como são tratados, pelo reconhecimento que recebem, da atenção que é dada a eles, da condição de trabalho, do clima organizacional, e espe-

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cialmente da cultura que a empresa traz enraizada por anos. A vontade que temos é nunca ter ido até ali. Você há de convir comigo que a primeira pessoa que representa sua empresa na chegada de um cliente é a sua secretária ou muitas vezes a faxineira. Portanto, elas são o Marketing inicial de divulgação dos seus produtos e serviços, a chave de abertura do seu negócio. Serão o primeiro contato com seus clientes e também podem ser o último. É melhor não mexer com elas (ops brincadeirinha). É importante cada um ter consciência do quanto impacta na percepção e a visão que o cliente terá sobre tudo que se passa dentro da empresa, e sobre os produtos e serviços oferecidos, seja no primeiro atendimento ou durante toda a existência dela. Isso explica, com certeza, o porquê das grandes corporações investirem tanto em treinamento e desenvolvimento dos seus talentos humanos, oferecendo cada dia mais condições de trabalho e melhores ambientes, além da criação de programas de valorização e respeito aos que compram e vendem diariamente suas marcas, com carinho e dedicação. Agora ficou fácil em saber qual o principal produto da sua empresa não é mesmo? Se você disse: - AS PESSOAS QUE TRABALHAM NELA. Bingo!!! Acertou em cheio. 

“A primeira pessoa que representa sua empresa na chegada de um cliente é a sua secretária ou muitas vezes a faxineira”


Raça do mês

Setter Irlandês Por Heloiza Helena C. Zanzotti | Foto Douglas Ribeiro

Um verdadeiro aristocrata

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esenvolvido pela aristocracia irlandesa para caçar aves, a origem do nome Setter vem do verbo “to sit”, que em inglês significa sentar. Isto porque ele permanece sentado para indicar onde a caça está. Nobre e elegante, a raça apresenta temperamento vivo, afetuoso e leal. É um cão bastante paciente com crianças, muito simpático, meigo e brincalhão, geralmente estabelecendo um forte laço com a família. O Setter Irlandês, por sua característica de caçador, é muitíssimo veloz, ágil, resistente e possui um olfato extraordinário. O que impressiona muitos criadores é a capacidade do Setter de perceber situações de emergência e interagir para resolvê-las. Pode ser mais demorado adestrar um Setter, devido ao seu espírito independente, mas uma vez ensinados assimilam as lições por toda a sua vida, sem a necessidade de manutenção. Cães desta raça não possuem instinto de guarda, e não são agressivos. Todos os Setters são muito ativos, assim, não é recomendado que vivam em apartamentos e espaços pequenos. Caminhadas e exercícios diários são necessários. A raça possui ótima saúde e pode viver por mais de 16 anos. Pesam entre 20 e 30 kg, sendo que os machos medem entre 56 e 64 cm, enquanto as fêmeas ficam entre 54 e 62 cm. Devem ser escovados com muita frequência, especialmente em épocas de troca de pelo. Adriana Cristina Alonso Javaroni, 40, autônoma, apaixonou-se pela raça após possuir um Setter que ganhou ainda filhote e morreu aos 11 anos. “O amor por ele era tão grande que adquirimos um da mesma raça em um canil no Paraná”, afirma. Zimba está com 9 anos e Adriana conta que toda vez que chega em casa é como se estivesse longe há muito tempo, mesmo que seja por alguns minutos. Ela diz que ele é bem tranquilo, não costuma avançar em ninguém, mas late diante de estra-

Adriana Cristina Alonso Javaroni Emerson Caramano e Doroty e Zimba

nhos. “O Zimba é tão tranquilo que vive levando dura de nossa Lhasa Apso, que tem 10% de seu peso”, brinca. “Quando era bebê, a única vez que escapou de casa foi numa passagem de ano, quando ‘atropelou’ um carro que estava parado e fez um escândalo tão grande que o dono do carro até queria levá-lo ao veterinário, mas já conhecíamos suas manhas”. Adriana adora falar do Zimba, e lembra que recentemente o irmão preparou um lanche caprichado, com tudo o que tinha direito. Virou-se para pegar um copo e segundos depois o lanche não estava mais no prato, estava na boca do Zimba. Apesar do tamanho, Zimba é muito sensível a bombas, trovões e barulhos intensos. “Em outro final de ano, com medo das bombas, ele se enfiou embaixo da cama de casal. Como ele é muito grande, tivemos que levantar a cama para que conseguisse sair”, diverte-se. Quando pedimos para falar do amor pelo amigo ela emociona-se: “Não me vejo sem meu Zimba e peço a Deus que retarde sua partida para daqui a muitos anos”. 

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Gente Fina

Neyde Maria de Andrade Felippe “Acredito que o compartilhamento de conhecimento pode mudar o panorama de segregação e diferença de tratamento de pessoas com alguma necessidade especial”

Texto Tamara Urias Fotos Douglas Ribeiro

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izem que o acaso existe, particularmente, não acredito. Acredito que quando a gente se predispõe a trabalhar por um objetivo os dons afloram e as coincidências (que não são coincidências) começam a surgir. Mas, para isso acontecer é preciso acreditar, ter coragem para acionar e trabalhar. Onde quero chegar com este pensamento? Em nossa Gente Fina desta edição. Nascida em Mirassol, SP, Neyde Maria de Andrade Felippe, 55, é filha de Aderbal Pierre de Andrade (in memoriam) e Neyde Lopes de Andrade. Como seu pai era agente fiscal de renda, estava sempre sendo convocado para as mais diversas cidades e, consequentemente, a família o acompanhava. Nessas andanças, Jaú entrou na rota e foi aqui que Neyde conheceu o grande amor de sua vida, Geraldo Felippe Filho. Da união que completou 37 anos nasceram quatro filhos: Geraldo, Tiago,

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Carolina e Lorrany, e mais seis netos, dos quais dois estão para nascer. Com um currículo vasto, cursou Administração de Empresas, Pedagogia, Psicopedagogia, Catequética, Filosofia, Sociologia, Neuropsicopedagogia, é especialista em TEA, além de vários outros cursos de especialização. Mas, se você acha que ela parou, engana-se. Apaixonada pela educação, Neyde continua estudando, pois acredita que há muito o que fazer. Ela é diretora pedagógica da Escola Especial do Autista Professora Sophia Ottoni Guimarães do Amaral, docente em vários cursos de pós-graduação e faz atendimento clínico. Neste mês vai dar aulas em Palmas, TO, sobre o Transtorno do Espectro do Autismo. O assunto autismo entrou em sua vida há mais de 25 anos, enquanto aguardava uma consulta com o neuropediatra José Salomão Schwartzman, referência em Transtorno do Espectro


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Autista (TEA). Após algum tempo no local conheceu um autista. Impressionada com o tratamento que estava sendo aplicado (ainda novo no Brasil) e como o foco dos seus estudos era em função do motivo pelo qual algumas crianças tinham facilidades para aprender e outras não, Neyde achou uma nova vertente de estudo: o Autismo. “Nunca imaginei que uma consulta médica me levaria a descobrir este mundo pelo qual me apaixono mais a cada dia”. Com amor e entusiasmo Neyde descreve e apresenta a escola. No meio do percurso, conhecemos um garoto chamado Bruno, que se relaciona, conversa e nos conta sobre o que mais gosta: futebol americano. Os resultados são citados e comprovados através das conquistas. Lá, a intervenção acontece cedo. O trabalho é individualizado, afinal, cada criança tem sua necessidade. “Aqui a rotina é como na escola regular. Temos turmas nos períodos da manhã e tarde. Elas são alfabetizadas e com tempo ganham autonomia e independência”. Enfim, quando se tem um objetivo claro, todas as peças e contribuições vão se encaixando. Quando não, as coisas não acontecem, e isso já foi alertado há algum tempo pelo filósofo romano Sêneca: “Enquanto o homem não souber para que ponto quer ir, nenhum vento será vento certo”.

Como a Associação de Pais, Amigos e Educadores de Autistas de Jaú entrou na sua vida? Jaú não possuía atendimento adequado para crianças com autismo e havia um grupo de pais que lutava há anos por aten20 Revista Energia

dimento adequado, e que este chegasse de forma mais precoce possível. Com a ajuda de uma vereadora nasceu a Associação de Pais, Amigos e Educadores de Autistas de Jaú. Acabei conhecendo o trabalho e como eu tinha em meu currículo muitos cursos focados na questão do porquê algumas crianças aprendiam e outras não, apresentei meu currículo, entrei neste grupo e continuei com os estudos. Pouco tempo depois a Associação montou a Escola Especial do Autista Professora Sophia Ottoni Guimarães do Amaral de Jaú, que através de apoios específicos procura facilitar a independência e autonomia das crianças com TEA. A escola tem uma despesa per capita exigente e até hoje é mantida pela Associação com convênios, ajuda voluntária de pais, educadores e comunidade. É uma luta diária.

Qual o objetivo da escola? A premissa de que o autismo tem difícil diagnóstico é equivocada. Hoje temos protocolos específicos onde é possível detectar dificuldades de interação social, comunicação e atividades restritas que podem prejudicar o desenvolvimento global da criança desde pequena. O nosso objetivo aqui é atender essas crianças o mais precocemente possível, mas para matricular-se na escola é preciso que o diagnóstico esteja fechado com médico especialista. Atendemos crianças, jovens e adultos autistas que precisam de educação permanente para aprender e manter comportamentos adequados, facilitando sua inclusão social. Atualmente são sessenta crianças em salas de até quatro alunos e para isso contamos com professores especializa-


dos, monitores e uma equipe multidisciplinar. O objetivo da escola é complementar a educação da pessoa com TEA facilitando sua comunicação, integração social e seu repertório comportamental e acadêmico. As pessoas encaram o assunto como um tabu? Eu acho que a falta de conhecimento faz com que as pessoas entendam de maneira errada a criança autista. Às vezes ouvimos que a criança com TEA vive no mundo dela. Dói ouvir isso. Ela vive no nosso mundo e tem autismo não por falta de intervenção ou de limites dos pais, a etiologia é múltipla e complexa. Os pais estimulam e educam, a questão é que elas têm uma dificuldade em comunicação, sociabilização e suas atividades são restritas; muitas vezes a forma que encontram para se comunicar é através de birra, choro e grito. A escola ajuda na medida em que a criança aprende a pedir de forma adequada, substituindo comportamentos inadequados por comportamentos mais adequados. A análise funcional do comportamento ajuda a entender o comportamento da criança para poder intervir, assim como a comunicação alternativa.

Assumir a direção da escola foi um desafio? Nós já passamos por muitas dificuldades, principalmente por conta do desconhecimento, preconceito e dúvidas, mas os resultados apontam o bom trabalho desenvolvido e isso nos fortalece. Eu diria que o desafio é diário e está em tudo. Está naquela criança com a qual estamos trabalhando para substituir um comportamento pelo outro. Está em vencer preconceitos. Em estudar, em treinar a observação, em instrumentalizar profissionais para atendimento específico destas pessoas. Por isso diariamente agradeço a Deus e peço alegria e força para continuar e melhorar cada vez mais o trabalho prestado. A confiança em Deus é fundamental para que continuemos firmes. E quando há êxito? É uma alegria imensa e também é diária. Está nas pequenas coisas. Em ver aquela criança que usa fralda, após um planejamento e controle, pedindo para ir ao banheiro. É observar aquela que só comia um quarto de bolacha uma vez por semana, pedir para comer arroz e outros alimentos. Perceber que estamos ajudando na funcionalidade e proporcionando meios para que ela se desenvolva é extremamente gratificante. Desde quando assumiu este trabalho, qual foi o grande benefício para sua vida? Aqui se aprende a viver, dar valor às pequenas coisas, à comunicação, à interação social, ajuda e apoios. Aqui se entende que não podemos fazer nada sozinhos e que há, sim, uma força maior. Que Deus está presente em tudo e principalmente naqueles que têm vontade de ajudar. Aqui, posso afirmar, é um aprendizado diário. Por isso trabalho com satisfação, pois acredito que o conhecimento pode mudar o panorama de segregação e diferença de tratamento em pessoas com alguma necessidade especial. O que você espera para o futuro? Espero que cada cidade tenha uma escola que possa dar os apoios específicos aos alunos com TEA e que possa apoiar as famílias a enfrentarem essa missão. Desejo também que o bom atendimento se multiplique, que surjam muitos profissionais capacitados e que sempre estejam em busca de conhecimento. No campo pessoal, quero ter sempre a casa cheia. Mãe, marido, filhos, noras, genros, netos e amigos, que estejam sempre presentes. Como você se descreveria? Uma pessoa que procura fazer as tarefas, poucas ou muitas, da melhor maneira possível. Teimosa e muito feliz. Qual o seu objetivo de vida? Aprender a cada dia amar a vida e as pessoas, e valorizar tudo o que Deus tem feito em minha vida.  Revista Energia 21


Transformação

Fotos: Douglas Ribeiro

Animal

Depois

T

ratar nossos pets da melhor forma possível não significa dar somente comida e carinho. Há uma série de cuidados indispensáveis que devemos ter com os nossos animais de estimação, entre eles, o banho. Cães que tomam banho regularmente têm menos chances de adquirirem doenças de pele. Além disso, muitos parasitas acabam fixando-se nos pelos, o que é bastante perigoso para a saúde dos animais e da família toda. Outro fator importante é que na hora do banho o corpo do pet é examinado mais detalhadamente, o que ajuda a identificar qualquer anormalidade na pele, nos olhos, orelhas, patas, unhas e dentes. Muito atenta a todos estes cuidados, Milene Theodoro, 32, empresária, leva com frequência a Babalu, uma linda Shitzu de 4 anos, ao Beto Banho e Tosa para o banho semanal. E olha que a Viviane Nalio caprichou tanto que até pensamos tratar-se de outro cãozinho. Ela começou pela tosa higiênica, limpeza dos ouvidos e corte das unhas. A seguir deu o banho tradicional e usou o condicionador para deixar os pelos macios. Após a secagem, Viviane finalizou com este look gracioso, que deixou a Babalu muito charmosa. 

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Antes


quanto mais cedo cuidar, melhor A odontopediatria é a especialidade da odontologia que cuida da saúde bucal dos bebês e crianças

Fotos: Douglas Ribeiro

Informe Publicitário

Os dentinhos do bebê:

É

através dela que a criança tem seu primeiro contato com o dentista, e os cuidados com a higiene oral. Por esse motivo é fundamental que esse primeiro contato seja feito por um dentista com formação voltada ao atendimento de crianças, que fará de maneira adequada essa abordagem inicial, bem como todo o tratamento específico, respeitando a individualidade e as peculiaridades de cada paciente infantil. O odontopediatra apresenta conhecimento sobre as diversas fases de crescimento e desenvolvimento do pequeno paciente, além de fazer o correto acompanhamento desde o nascimento do bebê até o aparecimento do primeiro dentinho, continuando por toda infância até a adolescência, fazendo com que ele chegue à vida adulta com um sorriso saudável e sem medo do tratamento dentário.É essencial que as mães procurem esses profissionais durante a gravidez, enquanto ainda têm tempo sobrando até a chegada do bebê, para receber todas as orientações de como proceder desde o nascimento, quando o bebê normalmente não apresenta dentes, até o surgimento do primeiro dente de leite, tomando os devidos cuidados e evitando a instalação da cárie.

“O sucesso do tratamento, no entanto, depende além desse primeiro contato adequado entre o profissional e o paciente infantil, de uma boa comunicação do odontopediatra com a criança e principalmente com seu núcleo familiar, pois um vínculo de confiança mútua é de fundamental importância para que os ensinamentos obtidos no consultório possam ser vividos na rotina da criança, fazendo com que ela cresça de forma saudável e feliz, sem traumas ou fobias frente ao tratamento odontológico”, explica a Dra. Ana Paula Fernandes, especialista em odontopediatria pelo Hospital de Anomalias Craniofaciais de Bauru, o famoso Centrinho, e mestre e doutoranda na mesma área pela USP (Bauru). Além disso, o odontopediatra prepara a criança para receber o tratamento através do condicionamento psicológico, em que a criança brinca com todos os aparelhos para que tudo lhe seja familiar, tornando a consulta prazerosa. Os hábitos relacionados à saúde, quando estabelecidos na infância, são mantidos por toda a vida, por isso, quanto mais cedo o contato com o odontopediatra, mais positiva será essa imagem, favorecendo a implantação das práticas odontológicas de forma rotineira.


Inclusão

Sim, eu existo

Foto: Tamara Urias

Daniele Cristina Varandas Coltre e Alice Varandas Coltre

Negar as potencialidades do portador de Síndrome de Down é tirar de si a oportunidade de desenvolvimento e independência. Inseri-lo o quanto antes no processo de escolarização é fundamental para a socialização e desenvolvimento psicoafetivo Texto Tamara Urias

O

dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, foi criado com o objetivo de trazer aos holofotes a luta por direitos iguais, bem-estar e inclusão das pessoas que nasceram com este distúrbio genético. Para desmistificar o assunto, a RE

organizou uma mesa redonda com membros da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Jaú. Dentre os profissionais presentes estavam a psicóloga Ludmilla Cristine Santos, 32; a fisioterapeuta Lígia da Silva Mancine Freire, 37, e a fonoaudiólogas Carla Ortigoza, 34 e Marina Pirágine Pengo, 31, que na época fazia parte da Instituição.


A síndrome de Down (SD) acontece por uma série de sinais e sintomas presentes em indivíduos que carregam três genes no cromossomo 21 ao invés de dois, como esperado para todo ser humano. Essa trissomia ocorre por causa de um acidente genético não justificado durante a gestação. Caracterizada por um grau variável de atraso no desenvolvimento cognitivo, motor e da linguagem, está associada a características como olhos amendoados, face achatada, pescoço curto, dedos das mãos menores e menor força muscular. Por não ser uma doença, mas uma condição, para que pessoas com Síndrome de Down alcancem a independência é necessário que haja intervenção da família e acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. De acordo com Lígia, esse acidente genético ocorre com maior facilidade em mães acima de 35 anos, devido ao envelhecimento normal dos órgãos e estruturas responsáveis pela geração de uma vida, porém, também pode acontecer em mães mais jovens. “Também há a possibilidade de terem problemas cardíacos e respiratórios, alterações auditivas, de visão e ortopédicas, mas poderão ser tratados como em qualquer outra criança”, diz. Chega de tabu Antigamente os portadores desta síndrome eram tidos como em estado demoníaco, por isso deveriam ser extintos da sociedade, diferentemente de hoje, em que se vive o paradigma da inclusão social, onde as diferenças devem ser respeitadas. A falta de oportunidades e superproteção que ocorre, tanto pelas atitudes de pais quanto de alguns profissionais que trabalham negando as potencialidades das pessoas com Síndrome de Down, faz com que elas não desenvolvam algumas atividades. Para Ludmilla, o recomendado é que a criança seja inserida na sociedade o mais cedo possível, estude em escolas com as adaptações necessárias a cada um, levando sempre em consideração seu potencial. “Quando ocorre a intervenção precoce na aprendizagem, estimulação adequada por parte da família e profissionais da área da saúde e educação, mesmo com algumas dificuldades a realização de inúmeras atividades que fazem parte da vida do ser humano torna-se possível”. A equipe enfatiza que desde pequenino o portador deve receber estímulos motores e cognitivos (de intelecto), para conseguir usar todas as ferramentas a seu favor. Assim, quando adulto, terá possibilidade de uma vida mais independente, de trabalhar, usar transporte público e até cursar uma faculdade. “As práticas garantem o futuro da criança. Esse trabalho de terapias estimula o desenvolvimento do equilíbrio, da postura, dos movimentos e do raciocínio”, garante Marina. Avanços na medicina As pesquisas, assim como trabalhos por equipes como a da APAE de Jaú, apontam avanços da medicina. Hoje os problemas de saúde associados à síndrome são tratados com relativa facilidade e isso tem contribuído para um aumento de vida. Estudos apontam que em 1947 a expectativa de vida ficava entre 12 e 15 anos; em 1989 subiu para 50 anos e hoje é comum ver pessoas nesta condição chegarem aos 60, 70 anos. “Hoje atendemos pessoas acima de 70 anos. Vemos essas pessoas fazendo coisas antes impensadas como casar, trabalhar, estudar, mas muita coisa ainda precisa mudar”, fala Carla. A APAE de Jaú possui uma equipe composta por médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, assim como a equipe pedagógica. Cada área tem o seu objetivo e foco de trabalho, fazendo com que a criança seja incentivada nas áreas de fala e linguagem, aprendizagem, cognição, atividade de vida diária/prática, motora, socialização, afetividade e saúde. “A estimulação precoce com uma equipe multidisciplinar não descarta a necessidade de estímulos em casa, e nem quando se atinge a idade da escola”, salienta Lígia. Se você é pai de uma criança com Síndrome de Down, saiba que seu filho Revista Energia 25


Fotos: Douglas Ribeiro

Anderson de Oliveira e Marina Pirágine Pengo

é capaz de sentir, amar, aprender, divertir-se e trabalhar. Ele poderá, se incentivado, alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará crescentes níveis de realização e autonomia. Assim, ocupará um lugar próprio e digno na sociedade. A notícia A locutora Daniele Cristina Varandas Coltre, 36, soube que sua filha Alice Varandas Coltre, hoje com 5 anos, era portadora de Síndrome de Down no dia seguinte ao seu nascimento. Tudo começou quando ela notou que, diferentemente das outras crianças que haviam nascido naquele mesmo dia, Alice só dormia e apresentava dificuldades de sucção na hora da amamentação. A princípio o pediatra não disse do que se tratava, mas falou que o bebê apresentava algumas características diferentes de outras crianças como o olhinho puxado, prega na mãozinha e orelhinha baixa. Como a locutora já tinha um pouco de conhecimento sobre o assunto perguntou se poderia ser Down e a resposta não descartou a hipótese. “Aquilo me assustou muito! Eu me tranquei no quarto, não queria receber ninguém e só chorava. Passei muitos dias chorando, não querendo receber visitas. Como todas as mães que têm filhos com qualquer deficiência, eu passei por um momento de luto. Aquela criança que eu esperava perfeita nasceu e morreu. E em seu lugar veio a Alice, linda, cheia de vida e que mais tarde eu entenderia todos os propósitos que Deus tinha para mim”, recorda. A partir do momento em que Daniele pegou o resultado do Lígia da Silva Mancini Freire e Carla Ortigoza

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Ana Keila Sampaio, Ludmilla Cristine Santos e Mateus Aparecido Ribeiro de Carvalho

exame que comprovou a presença da síndrome, decidiu que não iria mais chorar e a partir daí começou a procurar profissionais das mais diversas áreas. Alice cada vez mais vem conquistando independência, não apresenta dificuldades para falar, andou em um tempo considerado bom pelos profissionais, conhece as letras, está aprendendo a diferenciar os números, já escreve seu nome, enfim, vem apresentando cada vez mais progresso e independência. “Ela iniciou com terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia na APAE de Igaraçu do Tietê, onde permaneceu por um ano. Depois foi encaminhada à Escola Andorinha, em Barra Bonita, para fazer além dos tratamentos citados a equoterapia e a hidroterapia. Vejo que tudo contribuiu muito para o seu desenvolvimento”, diz. No fim do ano passado Alice teve alta da escola especial e hoje frequenta um colégio regular em Igaraçu do Tietê, está no Infantil III. Ali tem o respeito e carinho dos amigos. Olhar diferente Quanto ao preconceito, a jovem descreve o que a aborrecia: a forma com que as pessoas olhavam para a filha. “Isso me incomodava bastante, mas um dia cheguei à conclusão de que é em função da curiosidade o modo como a olham. Hoje, quando isso acontece, não me importo mais e até acho engraçado”. Um caso que se recorda aconteceu há alguns anos, quando ainda trabalhava no comércio. “Eu estava atendendo uma senhora quando entrou na loja uma mulher portadora de Síndrome de Down e me cumprimentou. Observando isso, a senhora me disse que ‘pessoas assim eram como um peso na vida da família’. E emendou que um parente seu teve um filho com Down, mas que Deus, em sua infinita misericórdia, o levou e livrou a família daquele peso”. Estática e quase sem reação, Daniele respondeu que em sua casa tinha uma bebezinha com Síndrome de Down, e que de maneira alguma a considerava um peso. “Essa foi a única situação constrangedora que passei. O preconceito infelizmente existe e vai continuar existindo, mas o importante é a gente saber contornar a situação e seguir”, finaliza. 


Mito x realidade

Ô Síndrome de Down tem cura Mito. Por ser uma alteração genética, ela não se modifica no decorrer dos anos e afeta o desenvolvimento do individuo, determinando algumas características físicas e cognitivas. Ô As pessoas com SD apresentam atraso na linguagem Realidade. A linguagem é um processo cerebral mais complexo que a fala e se desenvolve a partir de trocas de experiências com o outro e com o mundo. A criança com SD demora mais que crianças sem alterações genéticas a realizar essas trocas. Porém, não existe uma regra, cada criança com SD se desenvolve ao seu tempo. Ô Pessoas com Síndrome de Down são agressivas Mito. A agressividade não é uma característica da síndrome. Todas as pessoas, inclusive as pessoas com SD, têm características únicas, tanto genéticas, herdadas de seus familiares, quanto culturais, sociais e educacionais. O que pode ocorrer é que alguns, devido à sua história de vida ou em um momento específico podem ser agressivos, outros não. Ô Pessoas com SD têm a sexualidade mais aflorada Mito. A sexualidade da pessoa com SD não é diferente da sexualidade das demais pessoas. É claro que podem existir pessoas com SD com a expressão da sua sexualidade mais aflorada, assim como isso também pode ocorrer com pessoas que não têm a síndrome. A pessoa com SD quer amar e ser amada, namorar, casar e também precisam aprender as regras sociais que devem ser respeitadas conforme cada ambiente que a pessoa frequenta. Ô Pessoas com Síndrome de Down adoecem mais Realidade. Ocasionalmente, como consequência de baixa resistência imunológica, as crianças com Síndrome de Down, principalmente nos primeiros anos de vida, são mais susceptíveis a infecções, principalmente no sistema respiratório e digestivo. Esta propensão vai diminuindo com o crescimento. Ô Pessoas com SD podem trabalhar Realidade. Eles têm condições de aprender e desenvolver suas potencialidades. O trabalho faz parte da vida adulta, consequentemente, também faz parte da vida das pessoas com a síndrome. Os indivíduos com a SD participam ativamente da vida familiar, escolar e de lazer. Com mais acesso, tornam-se mais independentes e a autoestima cresce podendo alcançar habilidades para o trabalho. Ô Pessoas com SD devem frequentar escola especial Mito. Cada caso deve ser avaliado pela equipe de saúde, pedagógica e família. O ideal é que essas crianças fossem matriculadas em escolas regulares ainda que frequentando a especializada. Tanto uma escola quanto a outra pode contribuir para o desenvolvimento de suas potencialidades como também para a sua exclusão. A sociedade ainda não está tão preparada para a inclusão de fato. Ô Pessoas com SD podem praticar esporte Realidade. Quem tem Down pode e deve praticar algum esporte, mas como qualquer outra pessoa é preciso passar por uma avaliação médica antes de iniciar as atividades. A prática esportiva em portadoras de SD tem se consolidado como importante método de terapia, integração e sociabilização. Entretanto, a presença de instabilidade atlantoaxial (IAA) nestas crianças merece consideração especial, porque expõe os seus portadores a sérios riscos de lesão medular aguda com morte súbita caso ocorra, durante a atividade esportiva, uma flexão cervical forçada, luxando ou subluxando as vértebras e comprimindo a medula espinhal. Fonte: Equipe APAE Jaú

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Energia Garota

Thays Agostinho

Por Paula Mesquita

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Ficha técnica:

Fotos e Produção: Douglas Ribeiro Looks e Acessórios: Paula Mesquita Beleza: Pro Hair Cabelo e Estética Fone: 3416 2576 Revista Energia 29


Capa

Chegou

a sua vez! Depois de muito pensar você decidiu que vai trocar seu carro. Antes de fazer qualquer negócio, confira vantagens que vão ajudar a realizar o seu sonho Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Douglas Ribeiro 30 Revista Energia


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esejo da maioria de nós, brasileiros, que adoramos carro, um zero quilômetro é sinônimo de segurança, conforto e confiabilidade. Entretanto, a compra do carro novo é tarefa que deve ser realizada com muita atenção, para garantir que você não tenha problemas no futuro. Por se tratar de um bem durável, com o qual você vai permanecer por um bom período, vale a pena conhecer bem o carro, seus itens de série e acessórios, consumo, garantia e outros detalhes que fazem a diferença. E, fundamental, é importante ouvir a opinião de quem já adquiriu o veículo pretendido, saber do seu grau de satisfação e da sua experiência com a concessionária. Opção inteligente O gosto de dirigir um carro novinho, zero quilômetro, não tem igual. Depois da casa própria, o automóvel é considerado o segundo bem de consumo mais importante que uma pessoa pode adquirir. E o prazer de sair da loja em um carro com os plásticos nos bancos e aquele cheirinho característico de carro zero é inigualável. Embora muitas pessoas aconselhem a compra de um seminovo, especialistas lembram que o carro zero oferece uma situação bem mais interessante ao consumidor. A parte mecânica é mais confiável, os custos de manutenção são praticamente nulos e o carro tem garantia de fábrica.


Equipe Renault Viviani France

Escolha difícil Com tantas opções de marcas e modelos, escolher aquele que atenda às suas necessidades não é uma tarefa das mais simples. Primeiro é preciso definir qual categoria é a mais adequada para você e sua família, afinal, cada uma tem características diferentes (compacto, sedã, hatch, SUV). É importante avaliar o local onde o carro será usado, por exemplo, quem usa mais o carro na cidade deve pensar em veículos mais econômicos; quem vai dirigir mais na estrada, deve pensar em carros mais potentes, etc. Definida a categoria, é hora de encontrar um carro que lhe agrade e cujo preço esteja dentro de suas possibilidades, claro. Renault, o seu próximo carro Presente em 118 países nos cinco continentes, a Renault é uma das maiores montadoras de veículos e está há mais de 15 anos no Brasil. Em Jaú, a Viviani France é a concessionária autorizada da Renault, com lojas também em Bauru, Botucatu e Marília. Com o objetivo de buscar sempre a satisfação plena dos clientes, a equipe Viviani France trabalha com dedicação, seriedade e transparência. A concessionária sabe orientar o cliente na compra do carro ideal, sempre avaliando o seu perfil com a finalidade de oferecer a melhor negociação. 32 Revista Energia

Tem um Renault para você Dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) comprovam que entre os 25 modelos mais emplacados no Brasil no ano passado, três são da Renault: Sandero, Duster e Logan. A Renault acredita que um carro melhor deixa sua vida melhor. Com esse pensamento, disponibiliza modelos que atendem às mais variadas necessidades e expectativas. Do popular Clio ao completíssimo Fluence, a linha ainda dispõe da SUV Duster, do Etios, do surpreendente Renault Sandero, do elegante Logan, do utilitário Kangoo, além dos veículos de carga como o Master Chassi, Master Furgão e de passageiros como o Master Minibus. Um deles, certamente, é o ideal para você. Só falta você Se você ainda está em dúvida, antes de efetuar a compra do seu veículo passe na Renault Viviani France e conheça todas as vantagens de ter um Renault. Lá você vai encontrar o carro perfeito para você e sua família, com a melhor negociação. E mesmo que já tenha encontrado algum outro carro que lhe agrade, a um preço que considere atraente, passe antes na Viviani France e faça um Test Drive em um dos modelos da categoria. Esta é a melhor forma de ter certeza que você está fazendo o negócio ideal.


Quem tem, está feliz  Dinael Alves da Silva, corretor de seguros, 47, adquiriu um Renault Sandero e está satisfeito com o custo benefício. Ele afirma que o tamanho do carro em relação aos demais veículos da mesma categoria é ponto a favor, além da manutenção fácil e da economia. “Tenho dois veículos Renault e estou muito satisfeito”, afirma. Outro fator determinante para a escolha do veículo foi com relação ao seguro. Como profissional da área, Dinael explica que entre os veículos da mesma categoria, pelo conjunto de itens que o carro oferece, o seguro do Sandero costuma ser bem mais em conta. Sobre o atendimento na concessionária ele diz: “O atendimento na Renault Viviani France é excelente, a revisão e o pós-venda são muito bem feitos pela equipe”.  Dioneia Elvira Alves da Silva, 44, corretora de seguros adora a sua Duster 2,0. “Além de ser um carro muito bom, completo, tem um visual lindo e a altura é ideal. Isso sem falar no ótimo desempenho”. Ela afirma que adquiriu o veículo também em função do atendimento na Renault Viviani France, que teve papel fundamental em sua decisão. “O pessoal da concessionária é bem profissional, sabe orientar e tirar todas as suas dúvidas”.  Eliana Alcalde, 57, bancária aposentada, procurou a Renault Viviani France porque gostou da Duster assim que a viu nas ruas. Ela estava procurando um carro que tivesse altura ideal, segurança e beleza. “Lógico que compraria de novo, fui muito bem atendida, concessionária nota 10”, afirma. Ela já fez a primeira revisão e completa: “O que mais gosto no carro é o jeitão forte e o fato de ser alto. Para quem é ‘mãetorista’ precisa ser um carro que passe segurança quando você sai com seus filhos. Além da segurança, outro fator que chama a atenção na Duster é a beleza”.

Dinael Alves da Silva

Dioneia Elvira Alves da Silva Eliana Alcalde

 Otávio Priori Alcalde, 28, engenheiro, comprou o Novo Logan por escolha da esposa, que viu o carro e gostou muito do design. “Depois que fiz o Test Drive gamei no carro, é bem completo, tem muitos acessórios para um carro desta categoria, é um diferencial comparado a outras marcas”. Para ele, o atendimento que teve na concessionária Renault Viviani France foi ótimo: “O pessoal é muito atencioso, negociaram bem comigo, foi uma experiência bem legal”.  Lúcio José Fiorelli, 51, economista, escolheu a Renault porque já teve oportunidade de ter outro veículo da marca, um Renault Scenic que não era zero como o atual. Hoje ele possui um Sandero Stepway e acha o carro muito moderno, com alta tecnologia, custo benefício excelente, bom desempenho, confortável, e com uma incrível amplitude interna. Com relação à sua experiência com a revendedora ele diz: “Foi o lugar que mais valorizou o meu usado na hora da troca. O atendimento pós-venda é maravilhoso, tudo o que eu preciso ligo na empresa e eles resolvem”.

Otávio Priori Alcalde

Lúcio José Fiorelli


A Renault é uma das marcas que mais crescem no país e firma a sua posição entre principais montadoras brasileiras. Esse desempenho foi alcançado graças à renovação dos carros e ao novo design mundial da marca. Os novos Sandero e Sandero Stepway, por seu design marcante, alto nível de equipamentos e conectividade, firmaram posição entre os dez mais vendidos do país

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Heloiza Helena C. Zanzotti

Cano Torto

Fotos: http://walcestari.blogspot.com.br

Q

uem vem a Jaú e bebe a água do Cano Torto, certamente retorna à cidade. Esse dito fez parte da vida dos jauenses por muito tempo, tornando-se verdadeira lenda entre os moradores locais e espalhando tal fama por toda a região. Construído no século passado para servir de bebedouro aos animais e tropeiros que vinham do sertão, o encontro das ruas Tenente Lopes e General Galvão alagava-se facilmente, inclusive por sua proximidade com o Rio Jaú. Ali, tropeiros e boiadeiros que vinham de diversas regiões para comercializar animais faziam parada para matar sua sede e de suas montarias. Com o progresso chegando, casas sendo construídas ao redor, foi necessário fazer o desassoreamento do rio para evitar as enchentes. As terras onde havia a mina d’água foram doadas para a prefeitura após a morte do dono, e a administração municipal resolveu canalizar as águas dessa mina construindo, então, o Cano Torto, na verdade uma cuia de cerca de dois metros e meio de diâmetro e uma pequena parede vertical com um cano torto, que redirecionava a água da mina. Esta água que caía em um bebedouro em forma de concha ganhou fama de encantada e tomou tamanha proporção que muitas histórias surgiram a respeito desse encantamento. Há quem afirme que as moças que namoravam rapazes de fora os levavam ao Cano Torto para tomar um gole daquela água. Outros contam que as solteiras mantinham em suas casas uma garrafa com a água mágica para servir a algum pretendente que estivesse de passagem por esta cidade. Os mais antigos moradores de Jaú lembram-se das tropas de animais tomando água em um cocho, seus donos matando a sede com uma água límpida e cristalina, azulejos portugueses que revestiam a estrutura do pilar. Dizem que a água do Cano Torto também serviu para o banho de formatura dos alunos de uma escola próxima e dos atiradores do Tiro de Guerra. Por volta de 1970, devido a muitas reclamações da população pela má frequência no local, o então prefeito Jarbas Faracco mudou o Cano Torto de lugar, levando-o para uma praça localizada na Avenida Marginal. A praça recebeu o nome de Praça Miguel Rosso, em homenagem ao antigo proprietário das terras doadas. Tempos depois, após constatar-se contaminação na água, o bebedouro foi desativado. Como forma de abastecimento de água é óbvio que o Cano Torto não seria funcional atualmente, entretanto, continua a ser usado como ponto de referência em nossa cidade, inclusive entre os mais jovens. 


Religiosidade

Imagem: Internet

O poder da

Acreditar no tratamento, em si mesmo e na recuperação é de grande importância; o confiar pode contribuir para respostas positivas, inclusive para a cura de diversos problemas

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Texto Tamara Urias

ocê pega um exame médico e recebe uma notícia que não é das melhores, ou fica sabendo que alguém que você ama está passando por uma situação crítica. Milhões de pensamentos rondam sua mente. Alguns são desastrosos, mostram a morte batendo à porta. Outros são cheios de positividade, geram força e fazem acreditar que a cura é possível. Estudos apontam que a fé pode ser uma grande aliada da saúde, já que pode contribuir com uma resposta positiva em 36 Revista Energia

processos de quimioterapia e radioterapia podendo, ainda, combater a depressão e outros distúrbios. Mas, saiba, ela sem ação nada adianta. A relação entre a oração e a saúde desperta questionamentos que iremos percorrer com a ajuda de um psicólogo, um médico e representantes de algumas religiões. O que diz a Psicologia Para o psicólogo clínico Uriel de Carvalho, 63, a fé pode in-


terferir como possibilidade de ajuda na recuperação, mas esta não é determinante, já que existem outros fatores que influenciam como a resposta do organismo ao tratamento. E exemplifica: “O emocional interfere no físico, e a recíproca é verdadeira. Se você pegar duas pessoas que têm a mesma doença e estão recebendo o mesmo tratamento, mas uma delas está deprimida, angustiada, com certeza a recuperação será mais lenta, pois a nossa esfera psicológica contribui tanto para uma melhora, quanto para uma piora”. Ao descobrir o problema e haver aceitação, o psicólogo enfatiza que o indivíduo busca caminhos e soluções para melhorar e curar-se. “Quando ele não aceita a doença, fica mergulhado em sentimentos pessimistas, sentindo-se perdido e com isso fica difícil levantar hipóteses para resolvê-lo”. O primeiro passo para uma mudança no panorama é admitir o problema, e isso não significa conformar-se. “O segredo está em olhar o problema de cima. Ao passar por uma situação difícil, saia dela para conseguir ampliar a visão. A psicoterapia é uma ótima ferramenta para ajudar a pessoa se reconhecer, mostrar os pensamentos e sentimentos”. E lembre-se: não é proibido sentir. O segredo do equilíbrio está em saber lidar e não deixar-se dominar por ele.

Foto: Leandro Carvalho

Medicina Ao ser questionado se acredita em milagres, enfático, o médico e membro da Igreja Presbiteriana do Brasil Abdala Atique, 70, diz que sim. Em seu ponto de vista, o milagre seria a atuação direta de Deus quando não existe possibilidade médica em se trabalhar a favor desta pessoa. “Já vi rubéola evoluir para encefalite, o que normalmente é muito difícil acontecer. E também vi casos gravíssimos obterem a cura. Acredito que Deus age naquele momento usando as circunstâncias que estão à sua volta”. Em seu consultório, diz que não mistura as coisas, mas que a fé nunca fica de lado. “Se eu não trabalhar com ela, não adianta”. E crê que enquanto houver esperança pode-se mudar o panorama. “Se você estiver trabalhando dentro da vontade Dele (isto está na bíblia), e pedir alguma coisa segundo a vontade Dele, Ele ouvirá. Através da fé pode-se mudar. Mas, se não estiver dentro da vontade Dele, você pode pedir o que quiser e não será feito, mesmo que pareça algo muito simples dentro da medicina”. Atique não dissocia sua vida da presença de Deus, já que acredita que só pode conseguir fazer alguma coisa se Ele estiver consigo. “Como médico, aplico tudo o

Uriel de Carvalho

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Foto: Douglas Ribeiro

que há de melhor. Eu nunca deixo de exercer um tratamento, não falo para o individuo só orar e acabou. Quem faz isso, morre”. Para ele, o milagre visa a um fim específico, e nunca é para a auto satisfação. A razão seria para dar testemunho da presença de Deus na vida daquela pessoa. “Jesus fez muitos sinais para deixar como testemunho, porque quem crê pode fazer milagres iguais ou maiores que os que foram feitos”. Visão Espírita Espírita há trinta anos, Roosevelt Andolphato Tiago, 43, realiza palestras por todo o país e já tem algumas publicações. Ele diz que hoje a fé é estudada pela ciência em vários setores e esta pode dar o entendimento da fé. Para isso, ele cita o “efeito placebo”, que são resultados obtidos não pela reação das substâncias, mas pela crença do doente de que determinado remédio vai curá-lo. Experiências são feitas onde grupos de pessoas tomam medicamentos para determinados resultados, no entanto, um grupo, sem saber, toma remédios com substâncias neutras e, superando as expectativas, este grupo obtém resultados semelhantes aos que tomaram o medicamento convencional. Um estudo mais detalhado sobre esta questão é apresentada no livro “Você é o humor que você tem”, Solidum Editora. Ele explica que no caso de uma enfermidade, a confiança da melhora é fator determinante para a reorganização orgânica, pois o paciente confiante se submete com maior empenho aos tratamentos necessários. A capacidade de acreditar em algo superior mantém a vida e é caráter determinante para uma vida com qualidade. Roosevelt descreve que, doente, o homem necessita de ajuda e da confiança no amparo da Providencia Divina, fator complementar aos processos terapêuticos. “Sem falar que a fé prática estabelece pensamentos elevados que garantem o distanciamento do desespero e dos sentimentos deletérios, que consomem a vitalidade por vários meios. Em verdade, relembramos, a fé é um sentimento inato no homem, afinal, pressente a existência de Deus naturalmente”. No entanto, esta fé pode estar adormecida pela falta de exercício, porém, o palestrante diz que quando as dificuldades surgem e os meios imediatos de resolvê-las são ineficazes, somos impelidos a buscar algo superior, e a fé aparece. “Buscamos a Deus justamente quando os recursos humanos não são suficientes para nos encaminhar para a paz. A fé é um guia para quando falham os recursos humanos, e será um guia mais seguro quanto mais for racional a sua crença e confiança”, declara.

Abdala Atique Roosevelt Andolphato Tiago

Eliana A. A. R. Lazzarin, Junior e Vilson Donizetti Lazzarin

Fotos: Arquivo Pessoal

Paulo Eduardo Roda

Catolicismo Para o catolicismo, a fé é muito mais que conhecimento, ela é certeza e pode curar em todas as situações. É assim que o Padre Paulo Eduardo Roda, 34, responde quando questionado sobre o poder dela. “Na história de nossa salvação muitos, movidos por esta certeza, deram o seu sim a Deus: Abraão, que deslocou-se para uma terra estrangeira para formar um novo povo, o “povo de Deus”; os mártires, que derramaram seu sangue por um ideal superior; os Apóstolos de Jesus que deram continuidade ao seu anúncio e missão; todos tiveram a certeza de que o algo a mais, o superior, existe e nos move”. Sobre a importância da religião, Padre Paulo Eduardo fala que ao descobrir uma doença e a esperança estiver só em si, o ser humano se sentirá frágil, vulnerável e incapaz. “É aí que entra o papel de toda e qualquer religião. Ela nos conforta, anima e faz acreditar no impossível, na cura, no milagre. Ter uma religião não nos livra dos males e doenças, mas nos capacita a enfrentá-los e superá-los”. Para ele, todos têm fé, mesmo que seja uma fé em si mesmo. Porém, haverá um momento em que sua própria força não se sustentará mais, e este é o momento em que a pessoa busca algo além, fora de si, busca a Deus. “Acredito que todos, mesmo em seu último segundo de vida, se voltam para Deus, para o seu Criador. Em nossa vida há muitas situações de desespero, doenças e dificuldades. Elas são caminhos oportunos para reconhecer Deus como Criador e a nós como criaturas, ou seja, amadurecer na fé”, finaliza. Tratando a doença No final do ano de 1999, a cabeleireira Eliana Aparecida Astorga Róvero Lazzarin, 41, ouviu do seu filho, o estudante Vilson Donizetti Lazzarin Júnior, 18, que sua urina

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estava de cor diferente. Após exames e consulta médica foi atestado que ele estava sangrando por dentro. Para vasculhar a causa, o menino foi encaminhado a novos exames, quando foi constatado um tumor no rim esquerdo e, segundo o médico, já havia tomado todo o órgão. Imediatamente Júnior foi encaminhado ao Hospital Amaral Carvalho (HAC), e por tratar-se de um caso de extrema urgência, tudo foi muito rápido. Foi internado numa quarta-feira, fez exames preparatórios no dia seguinte e na sexta-feira entrou na sala de cirurgia. “Tudo correu bem, mas conforme o médico havia adiantado, estávamos lidando com o tumor de Wilms, uma neoplasia renal maligna”. O rim esquerdo foi retirado, ficando apenas com o direito. Após quinze dias na UTI ele foi para o quarto, mas não havia garantias. “Cada vez tínhamos uma notícia, de metástase e ínguas pelo corpo. E também havia a possibilidade do câncer estar no sangue”. Vieram as sessões de quimioterapia e todos seus efeitos. Vômito, falta de apetite, dor, sofrimento, perda de peso e dos pelos do corpo, inclusive dos cílios. Para acompanhá-lo, Eliana teve que abrir mão de sua vida, da casa e de cuidar dos outros filhos, e para isso contou com a ajuda do marido e familiares. “A cada sessão de quimioterapia passávamos vinte dias num quarto isolado. Ele não reclamava, ao invés disso, dizia que Deus estava purificando o seu corpo”. A fé Após receber a notícia que de que seu filho só tinha quarenta por cento de sobrevida, juntos começaram a fazer um

trabalho mental, imaginando vários soldadinhos lutando contra invasores dentro do corpo dele, ou de uma faxineira maluca varrendo toda a doença para fora. Além de ter, segundo ela, “uma conversa com Deus”. “Diante daquele desespero pedi que Ele intercedesse por meu filho e assim, daquele momento em diante, mudaria minha vida para a caridade”. Enquanto se recompunha encontrou dentro de uma das revistas que tinham sido deixadas no quarto a Novena de Santa Terezinha do Menino Jesus, que diz que a prova que recebeu a graça está no recebimento de uma rosa. Fez a novena sem contar nada a ninguém, e num domingo teve uma surpresa. “Uma voluntária que sempre me ajudava chegou e começamos a conversar sobre o estado do Júnior. Após algum tempo, ela tirou uma rosa vermelha de trás do corpo. Naquele momento caí de joelhos e tomada pela emoção contei a ela”. Júnior seguiu o tratamento com a quimioterapia e os medicamentos. Ainda não satisfeita, a cabeleireira conta que desejava fortemente que seu filho estivesse em casa no dia do seu aniversário, pois não aceitava que ele estivesse ali naquele dia tão importante para ela. “Recebemos alta no dia 31 de maio e no dia 02 (meu aniversário) estávamos em casa, comendo bolo com minha irmã que hoje é enfermeira devido a essa situação”. Com o tempo passando as manutenções aconteciam mensalmente, depois bimestralmente, trimestralmente, semestralmente e anualmente. Até que em 2013 o nome do estudante entrou para o livro dos curados do HAC. “Júnior está curado. É saudável, inteligente e cursa enfermagem na FMR” conta, emocionada. 

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Look de artista

Fotografia Douglas Ribeiro Modelo Marcela Chiriano Beleza Pro Hair Cabelo e EstĂŠtica Style Vestylle Megastore

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Look de artista

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Educação

É hora

da leitura Instigar o hábito à leitura na infância abre portas para a criatividade e o conhecimento, além de gerar um provável interesse em obras mais complexas que serão apresentadas no decorrer da vida escolar Texto Tamara Urias

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que criem suas próprias histórias, pois antes mesmo da alfabetização a criança já faz leitura do que a cerca. Criando repertório A maior diferença de uma criança que foi incentivada ao hábito de ler está na aquisição de um repertório verbal e cultural que a transformará em um bom escritor, além de gerar desenvoltura na comunicação e entendimento dos fatos que acontecem ao seu redor. Por isso, toda e qualquer leitura torna-se instigante e necessária, como um “vício” que todos deveriam ter, independente do grau de instrução formal. “Costumo dizer sempre que ler e amar são dois verbos que não devem ser conjugados no imperativo. É preciso seduzir. Ou, parafraseando Drummond, podemos dizer que assim como amar, ler é um verbo intransitivo: quem ama, ama e quem lê, lê. Simples assim”, descreve. Para ela, o papel do professor é importante para cativar alunos e transformá-los em leitores para toda a vida, independente de espaço, acervo ou mobiliário adequado. “Se eles forem ins-

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Q

uando uma criança é estimulada desde a infância à leitura, no início por seus pais e depois por seus professores, especialmente pelo exemplo, elas tendem a ser ótimos leitores, porém, não se pode confundir estímulo com imposição. São nos contos de fadas que as crianças aprendem estratégias de luta para vencer conflitos interiores, afinal, ali encontram além da fantasia e do encantamento, o bem, o mal, a morte, o medo, a dor, o amor, o perigo, o desafio e a felicidade. “Crianças gostam de ouvir histórias, mas estas precisam estar adequadas à idade, como o tamanho dos textos e a maneira como são apresentadas. Os pequenos adoram fantasiar e imaginar”, afirma a professora e coordenadora da Escola Estadual Prof. Túlio Espíndola de Castro, em Jaú, Claudete Filomena Richieri, 52. De acordo com a profissional, é preciso contar-lhes histórias, deixar que tenham contato tátil com o objeto livro, folheá-lo, olhar as imagens e tentar compreender o que veem, permitindo

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tigados desde a infância, com a família e a escola, isso será consequência em suas vidas, e o farão espontaneamente”. As mesmas dicas são válidas para os adolescentes, obviamente em outras proporções. Eles precisam participar de rodas de leitura, saraus, ter contato com diferentes portadores de textos, escolher o que gostam de ler e participar de sites literários. “Um bom exemplo é o www.cabineliteraria.com.br, um canal feito por jovens e para o jovem público leitor”.

de cultura gratuita sejam modestas, é importante aproveitá-las quando ofertadas”. Uma paixão Há quatro anos, quando chegou à Escola Estadual Prof. Túlio Espíndola de Castro, Claudete conta que viu uma das cenas mais bonitas que já havia presenciado: alunos espalhados pelo jardim, deitados ou sentados às sombras das árvores, absortos em suas leituras conduzidas pela professora de Literatura, Vanessa Regina Aizza, que hoje é sua colega de trabalho na coordenação desta escola. Ao caminhar pelo pátio da escola é comum deparar-se com depoimentos apaixonantes de alunos que não só gostam de ler, como já definiram suas preferências e autores. “É evidente que todas as trilogias editadas recentemente fazem a cabeça da garotada, mas há também os ecléticos e criteriosos na escolha de seus livros, tendenciando para os clássicos”. A cada ano a equipe docente de Língua Portuguesa da escola vem desenvolvendo projetos voltados ao incentivo à leitura. Um deles é o que acontece nos sextos e sétimos anos – Contos de fadas modernos – do qual fazem parte atividades de leitura dos clássicos contos de fadas e das diversas versões já publicadas. A partir da leitura e das intervenções do professor, os alunos produzem seus próprios contos. Também no Ensino Médio, espontaneamente, a professora sugeriu à turma que produzisse uma coletânea de poesias a partir da leitura de autores consagrados, e em 2014 foram publicados alguns livros confeccionados artesanalmente, contendo a coletânea dos melhores textos produzidos em sala de aula. “São contos de fadas, poemas, além de uma obra de ficção baseada no entendimento sobre o Nazismo, pela aluna Samara Fernanda Buoso, do 9º ano; e Olhares Contemporâneos, uma organização de imagens sobre o patrimônio histórico de Jaú, a partir da observação e fotografia dos próprios estudantes. O resultado foi apresentado à comunidade escolar através de um evento de lançamento das obras”. Claudete acrescenta que em 2015 eles pretendem continuar com os projetos e ampliar a impressão dos livros.

Histórias em quadrinhos No ambiente escolar, as histórias em quadrinhos podem quebrar a seriedade do livro e desenvolver habilidades de leitura que, melhor exploradas, promovem o interesse por uma leitura mais complexa. “Não tenho esse preconceito de que gibis não servem para formar leitores. Ao contrário, para os pequenos que ainda não aprenderam o sistema da escrita, a leitura das imagens destas histórias proporciona o desenvolvimento da imaginação e da fantasia”, diz. Livros x vícios tecnológicos Atualmente é comum ver crianças e até adultos trocando livros por tablets, celulares ou computadores. Ao mesmo tempo em que a evolução tecnológica trouxe o acesso à informação e leitura rápida num simples toque, de certa forma nos afastou dos livros. Para que não haja excessos na frente dos computadores, a dica é apresentar sugestões também atrativas para os pequenos, proporcionando momentos duradouros e agradáveis de convivência familiar. “Os pais precisam ‘tirar’ seus filhos da frente da televisão, do computador, do celular, oferecer-lhes opções saudáveis de cultura e de entretenimento”. O poder público, algumas instituições privadas e Organizações Não Governamentais têm proporcionado gratuitamente cada vez mais o acesso aos bens culturais, mas é preciso aprender a usufruí-los de forma rotineira. “Embora no interior as oportunidades

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Fotos: Douglas Ribeiro

Claudete Filomena Richieri

Salas de leitura Além de projetos espontâneos propostos por professores, a Secretaria Estadual da Educação mantém o Programa Sala de Leitura em mais de três mil escolas da Rede Estadual de Ensino, equipadas com um rico acervo de livros, jornais, revistas, folhetos, CDs e DVDs, orientações para pesquisa, além de contar com professor responsável pela gestão do espaço. Porém, Claudete enfatiza que não basta que frequentem, é preciso que deixem de ser leitores ingênuos e se transformem em leitores competentes, a partir da leitura de diferentes estilos e autores. “O trabalho desenvolvido pelos professores de Arte, com a leitura de imagens e a expressão através das linguagens artísticas, tem um papel primordial na formação desse leitor. Ainda assim, o rico acervo abrange as necessidades literárias de todas as disciplinas do currículo. Precisamos romper uma pequena barreira que se coloca na passagem do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, pois no final de um ciclo e início do outro, muitos alunos perdem o


Leandra Lopes Pereira da Silva e Gabriel Silva

interesse pela leitura, principalmente porque nessa fase são oferecidas obras mais complexas”. Criando o hábito Desde quando seu filho tinha dois anos a costureira Leandra Lopes Pereira da Silva, 40, lê para ele. Tudo começou quando ela se cadastrou no site de um banco que, por meio de um projeto de incentivo à leitura, presenteia pessoas que se cadastram com três livros. “Quando eu os recebi achei que ele não entenderia o que estava sendo lido, mas pelo contrário, ele entendeu e repetia as histórias contadas”. Com isso, Leandra e seu esposo Andersom decidiram ampliar a coleção. Mas não só com clássicos, gibis também têm espaço garantido. “A cada conto ele ficava mais encantado e entusiasmado. Hoje o Gabriel cresceu, tem quase seis anos e sua coleção de livros também”. Ao adentrar na fase escolar, o estímulo se fortaleceu no colégio através de projetos com foco na leitura. A família, além de comprar, ganha muitos livros, conforme a costureira conta. “Nós temos um espaço reservado na estante da sala só para os livros dele. As histórias que ele mais gosta, nós relemos”. Para ela, que teve incentivo à leitura pela família, o estímulo foi de suma importância. “Cheguei a ser citada em reuniões do Conselho de Escola em função das minhas redações na antiga quinta séria, e isso contribuiu bastante para a minha autoestima. Acredito que a leitura faz a criança pensar, desenvolver a inteligência e a criatividade”, finaliza.

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Empresarial

Por Antônio Paulo Grassi Trementocio empresarial@revistaenergiafm.com.br

Responsabilidade bancária em tempos de crise Estamos em meio à maior crise que o empresário de toda ordem enfrentará até meados do segundo semestre

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omo sabemos, a maioria das empresas possui endividamentos importantes perante as instituições financeiras, normalmente imperceptíveis em face do giro financeiro natural. Quando chega a crise ou quando a escravidão financeira já está sufocando a empresa, nos deparamos com a real situação desse endividamento, e pior, com situações em que é quase impossível solvê-la sem medidas drásticas como a venda de patrimônio, que infelizmente também não resolverá a essência do endividamento. Gosto muito de fazer a equiparação do Crédito Financeiro com uma droga qualquer, pois os seus efeitos são muito parecidos. No início há uma grande sensação de prazer, depois levam suas vítimas à morte. No caso em que aqui tratamos não é diferente. A escravidão não se resume somente aos valores que podem ser saldados com eventuais patrimônios, mas também ao próprio exercício da atividade empresarial, quando os empresários perdem o foco de sua atividade principal para gerir não só fisicamente, mas emocionalmente, todo esse endividamento. Esse cenário se agrava em tempos de crise, uma vez que há uma queda brusca de faturamento ou de receita, e agora não apenas o endividamento financeiro se avoluma, mas também os compromissos anteriormente assumidos com fornecedores, funcionários, etc. Esse agravamento da situação financeira chega rapidamente ao seio familiar, atingindo a própria saúde física e emocional do empresário que praticamente entra em colapso diante de situação tão grave, sem perspectivas de melhora. Aumento de impostos, inflação, escândalos sociais. Enfim, sinais de desespero.

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Inobstante todo esse cenário, o mais grave, sem dúvida, é o endividamento bancário, que destrói financeiramente e emocionalmente o empresário. A pergunta que se faz, então, é muito objetiva. O que fazer? Enfrentar esse endividamento através de procedimentos administrativos e jurídicos legais e lícitos que podem levar a empresa à recuperação financeira, sem a insurgência dos bancos em sua atividade cotidiana. Ela pode voltar a ter sua independência financeira, dependendo exclusivamente de si, utilizando os bancos não para obtenção de crédito, mas para sua atividade regular, pois poderá ter seu capital de giro próprio, permitindo que os empresários voltem seu olhar para a própria atividade empresarial, fazendo as mudanças necessárias, principalmente com a redução de custos, que tanto se faz necessária neste tempo de crise. Mais do que isso, esses procedimentos permitem que o empresário consiga honrar seu próprio endividamento com os bancos. São grandes os desafios e dificuldades que devem ser enfrentados, porém, é como um remédio amargo. É ruim, mas cura. Sei que muitos empresários encontram-se desesperados, vivendo a realidade aqui descrita, porém, saibam que existe solução, e você poderá suportar a crise instalada e sair vencedor, prospectando um futuro próspero para a sua empresa. Basta ter coragem e enfrentar o seu endividamento de forma profissional, legal e lícita. Existem muitos profissionais em nossa região que podem ajudar. Acredite em você. Faça a diferença. Você tornou-se empresário para vencer e ajudar muitas famílias a terem uma vida digna. Você tem uma grande responsabilidade social. Siga em frente e vença.


Varal

Fotos Douglas Ribeiro

Geniou’s Joalheria

Lojas Silva

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Foto: Internet

Saúde

Núcleo de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna de Jaú Neurocirurgia é a especialidade médica que realiza cirurgias em portadores de doenças do cérebro, coluna e nervos Texto Dr. Carlos Moreira e Dr. Vinicius Coralino

Fotos: Douglas Ribeiro

Dr. Carlos Moreira

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Dr. Vinicius Coralino


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mbora seja uma especialidade relativamente nova, há relatos de que as primeiras cirurgias realizadas na humanidade (período neolítico) foram feitas no cérebro, no entanto, a data de início da neurocirurgia moderna é o ano de 1871, tendo sido iniciada no Brasil somente em 1928. De todas as especialidades médicas, a Neurocirurgia é o curso de maior duração: são seis anos de faculdade de medicina, seguidos de cinco anos de residência médica; e se o médico optar por uma subespecialização, este tempo pode ter um acréscimo de mais um ou dois anos, perfazendo um total de quase 13 anos de estudos. Até há bem pouco tempo os Neurocirurgiões de Jaú atuavam de forma independente, na Santa Casa de Jaú e no Hospital Amaral Carvalho, mas a partir de 2014 os quatro Neurocirurgiões da cidade resolveram unir forças e criaram o grupo de Neurocirurgia, composto pelo Dr. Pedro Paulo Thimóteo e o Dr. José Ricardo Toloi, que já atuavam na cidade, associados aos recém-chegados Dr. Carlos Moreira e o Dr. Vinicius Coralino. A união destes quatro profissionais alavancou a Neurocirurgia na cidade, fazendo com que a especialidade se destacasse em ambos os hospitais. A última década foi um período de crescimento exponencial da Neurocirurgia. Com o aprimoramento da tecnologia de imagem aplicada às cirurgias tornou-se comum o uso da neuronavegação, que permite precisão milimétrica durante os atos cirúrgicos, além do uso da endoscopia para cirurgias do cérebro e da coluna, o que permite cirurgias mais rápidas e seguras, com incisões cada vez menores, havendo ainda os tratamentos minimamente invasivos, sem qualquer tipo de corte, tais como a radiofrequência e o laser, que podem ser aplicados em pacientes portadores de dores na coluna. A Santa Casa de Jaú não tem medido esforços no sentido de apoiar e equipar o grupo de Neurocirurgia; graças a este empenho, Jaú conta hoje não só com uma equipe de profissionais capacitados, como também com uma gama de equipamentos de última geração no que diz respeito à Neurocirurgia, sendo a última aquisição da Santa Casa de Jaú um microscópio de xenônio que elevou sobremaneira a qualidade técnica das cirurgias. Recentemente, o Dr. Vinicius Coralino e o Dr. Carlos Moreira, que possuem afinidades na área de cirurgia da coluna, uniram forças e traçaram objetivos; dessa união nasceu o NNCC (Núcleo de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Vertebral) de Jaú, com o objetivo de oferecer o que há de mais moderno, atual e minima-

Dr. Vinicius Coralino Dr. Carlos Moreira

mente invasivo em relação ao tratamento de doenças da coluna vertebral, cerebrais e de outras doenças neurocirúrgicas. Na área de doenças da coluna houve o maior avanço dentro da Neurocirurgia; muitas doenças que há anos eram dadas como incuráveis, hoje são tratadas e resolvidas. Os tratamentos mais modernos para doenças da coluna vertebral usam novas tecnologias que agrupadas sob a denominação de técnicas minimamente invasivas, visam a diminuir riscos e complicações da cirurgia, sendo claro que os grandes beneficiários destes avanços são os pacientes. As técnicas modernas de cirurgias de coluna oferecem inúmeros benefícios para os pacientes, como a redução no tamanho do corte (o que diminui o porte da cirurgia com menor risco de sangramentos), menor exposição a microrganismos que podem causar infecção e, finalmente, menos dor no pós-operatório. Além disso, o tempo de internação também diminui consideravelmente e a recuperação do paciente se torna muito mais rápida. Os Membros do grupo de Neurocirurgia, Dr. Pedro Paulo, Dr. José Ricardo Toloi, Dr. Carlos Moreira e o Dr. Vinicius Coralino, além de terem objetivos profissionais em comum na área da neurocirurgia e coluna, prezam pela qualidade de seu trabalho e pelo respeito aos pacientes, e têm como meta nada menos do que a excelência. Eles acreditam que a população de Jaú e toda a região merecem um tratamento neste patamar. 

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1 Fotos: Douglas Ribeiro

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Social

Bar do Português Desde 2010 o Bar do Português se faz presente em Jaú. Reconhecido nacionalmente pelo melhor e mais saboroso chope, o Bar do Português é diariamente escolhido para encontrar os amigos e como refúgio para aqueles dias de stress. Que tal fechar o dia com um happy hour? Ah, e vem novidade por aí! 1. Karina Veronesi, Edgar Paes e Miriam Zanin 2. Claúdia Férrer, Tiele Mello, Camila Gatto, Selma Guerra e Glaúcia Pelisson 3. Renata Prado, Gabriela Prado e Paulo Bueno 4. Karol Agostinho, Claúdia Fernandes e Carolina Deliberato 5. João Paulo, Leandro Moreira e Jac Cremasco

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Fotos: Douglas Ribeiro

Jaú Shopping A super promoção Pague 1 e Leve 2 está de volta. Até o dia 19 de março a praça de alimentação do Jaú Shopping oferece um cardápio amplo e faz você feliz duas vezes, afinal, você pede um e leva outro. A promoção acontece de segunda a quinta-feira a partir das 17h. Que tal convidar os amigos e curtir os finais de tarde no Jaú Shopping? 1. Trio Birinight 2. Roger de Andrade, Lucas de Andrade e Manú de Andrade 3. Camila Coutinho e Sofia Costa

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club

Fotos: Arquivo Pessoal

Social

Conexão Pré-Vestibular

Garantir uma vaga nas melhores universidades do país está cada vez mais competitivo. Pensando nisso, o Conexão criou diversas opções de curso para melhor atender você, como o extensivo diurno, vespertino e noturno, supermed e intensivo. Todos os anos os alunos do Conexão garantem uma vaga nos cursos almejados, nas melhores universidades do país. Faça como esta turma, escolha fazer parte do Conexão PréVestibular, afinal, você também quer vencer! 1. Marcos Donisete Granado Junior - Medicina - UFMA 2. Douglas Levorato - Odontologia - UENP 3. Luis Otávio - Medicina - PUC-SP e USF 4. Daiene Mouzin - Matemática - UFSCar e UNESP 5. Eduardo Batochio - Biomedicina - UEL 6. Kimberly Peixoto - Odontologia - USP-FOB, Unicamp e UNESP 7. Ricardo Rocchi - Odontologia - UNESP, Leonando Romano - Economia Empresarial USP / Administração - Unicamp, UNESP e IFSP, Marina Papeti - Nutrição - UNIFESP 8. Juninho Pir - Letras - UEL e UENP - Thiago Trevisan - Farmácia - UEL 9. Ana Flávia Sorratini - Administração - USP e Unicamp 10. Amanda M. Vicente – Fisioterapia – USP, UNESP e Unifal 11. Isabela Rozatte – Nutrição – USP, UNESP, Unicamp e UFMT (980 nota do ENEM) 12.Michelle Vasques - Engenharia Cívil - IFSP 13. Mariane Bregadioli – Odontologia – USP-FOB / Terapia Ocupacional – UFSCar 14. Tobias M. Carioba – Engenharia Florestal – USP e UNESP

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Escolha Certa

Ficha técnica:

Modelo: Camily Gonçalves Fotos e Produção: Douglas Ribeiro Looks e Acessórios: Nicolly Boutique 56 Revista Energia


Sempre

preto A tendência que se transformou em um clássico da moda

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Verão já está em tom de despedida para ceder espaço para o Outono. A cada estação a moda se reinventa, mas há tendências que sempre terão espaço garantido nas vitrines. Uma delas é o vestido preto. Atemporal e versátil, a peça pode ser usada por mulheres de todas as idades e manequins, basta que escolha um modelo apropriado para o seu estilo e formato do corpo. Que ele deixa a mulher poderosa, isso não há dúvida, podendo ser usado em muitas ocasiões como no trabalho, jantares de negócios e casamentos, mas também em eventos informais como almoços e passeios pelo shopping. Com uma profusão de modelos e detalhes, ele pode ser longo, mídi e curto; com rendas, bordados, recortes e transparências; podendo torná-la romântica, sexy, clássica ou moderna. Pode ser combinado com sandálias de salto ou rasteiras. Para não haver erros, escolha os complementos que melhor se adequam à ocasião. Se você quiser incrementar, a dica é investir em acessórios diferenciados. Pode abusar, sim! Para chegar arrasando use um belo scarpin. O salto alongará sua silhueta deixando você ainda mais elegante e bonita.

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Legislação

Órteses e próteses:

um caso de polícia Sou autor da proposta de CPI para investigar práticas irregulares no mercado de OPME (órteses, próteses e materiais especiais) Texto Ricardo Izar |Colaboração Luís Filipe Nazar

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o ano passado, muito antes da notícia veiculada pelo Fantástico, da Rede Globo, fiz um pedido para apuração dos fornecedores, das operadoras, dos profissionais de saúde e hospitais não éticos envolvidos. Descobri, através de levantamentos e denúncias, que o mercado de órtese e prótese é um caso de polícia no Brasil. A disparidade dos preços é enorme. Em um dos relatos, um hospital público do Rio de Janeiro pagou por uma prótese R$ 15 mil, enquanto a Unimed pagava por este mesmo dispositivo R$ 1,5 mil. Trata-se de uma prática abusiva, prejudicial ao paciente (consumidor final), que é atendido no SUS, às próprias operadoras, que são obrigadas a repassar esse custo para o usuário, além de prejudicar hospitais e médicos éticos. Se a sociedade brasileira está reclamando tanto da saúde pública e dos preços dos planos de saúde, é preciso verificar onde está o erro, o que está tornando os recursos cada vez mais 58 Revista Energia

insuficientes. A partir dessas constatações, realizamos uma audiência pública que resultou em uma Proposta de Fiscalização e Controle. O documento está tramitando na Comissão de Defesa do Direito do Consumidor. Concomitantemente, foi aberta uma CPI para investigar o comércio de prótese e órtese no Brasil e suas implicações, especificamente relacionadas ao SUS. Obviamente, essa investigação deve ser ampliada, atingindo profissionais de saúde, operadoras e hospitais não éticos envolvidos, o que para muitos é uma grande máfia operando dentro da saúde brasileira. É importante frisar, contudo, que existem empresas sérias atuando no mercado. Algumas multinacionais, outras grandes e pequenas corporações locais que atuam no segmento chegaram a nos procurar para dizer que são contrárias a este tipo de prática ilícita. Alguns setores da indústria se dizem reféns deste comissionamento repassado para médicos não éticos. O próprio Conselho Federal de Medicina (CFM) vem condenando


veementemente esse tipo de prática. A falha que permite que este tipo de distorção se perenize começa na intermediação indústria/médico/hospital até chegar à fonte pagadora, mas o desvio de conduta acontece, principalmente, no lobby sobre os médicos. O problema maior está justamente nos profissionais que aceitam receber por fora para indicar a prótese X ou Y, mesmo havendo outras opções no mercado com a mesma função e qualidade, além de preços infinitamente inferiores. A regulação dos preços de órteses e próteses, com uma política de preços máximos e mínimos, é necessária para a própria sustentabilidade do setor. Acho possível implementar no segmento de órtese e prótese algo parecido com o mercado de medicamentos, cujos preços são controlados pelo governo. É preciso uma legislação específica para balizar o mercado e estamos em contato com técnicos que vão nortear as nossas ações. A estimativa, baseada em informações das fontes pagadoras, é de que uma regulamentação acarretaria uma diminuição de 15% nos valores das mensalidades pagas pelos usuários de planos de saúde. Para os cofres públicos, essa conta representaria uma economia de centenas de milhões de reais. Há falha nas agências reguladoras, nos órgãos fiscalizadores, no controle dos próprios planos de saúde, dos hospitais – alguns deles intermedeiam essas negociações de forma nada ética – e dos médicos. Do outro lado estão as empresas que utilizam o pagamento de propina e comissões indevidas. Muito ainda precisa ser feito e precisamos aproveitar esse momento de grande clamor público que a reportagem acima citada deu ao caso, e emplacarmos uma investigação séria e contundente sobre esse tema. 

Deputado Federal Ricardo Izar Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, Presidente da Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, Membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados


vida

Boa

Por João Baptista Andrade

Comida e Pancs Não. Eu não quis criar um neologismo para os Punks. A sonoridade pode ser a mesma, mas o termo é bem diverso

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autor é Valdely Kinupp, um biólogo como eu mesmo fui (pode desmanchar a cara de surpresa, leitor) e a quem não tive ainda o prazer de conhecer. Mas se o Alex Atala e a Helena Rizzo (nada de merchandising sobre os seus respectivos restaurantes, mesmo porque os dois não precisam da minha ajuda) prestam atenção nele, acho melhor eu também prestar... Mas vamos ao que interessa. Filha de tigre, tigresinha é, não estou correto? Que nada. Aninha, essa minha filha linda e aventureira, não come mais carne por uma questão de sustentabilidade. Já contei essa história aqui antes, quando ela andava pela Europa fazendo um mochilão, então nada de se repetir. Pois bem. Agora ela foi para Roraima, justo na divisa com a Venezuela, trabalhar como guia do povo que vai fazer trekking por lá. Tem horas em que eu me pergunto: “Meu Deus, onde foi que eu errei?”. E eu mesmo respondo: “Quando decidiu que dois filhos bastavam, sua besta quadrada!”. Se eu soubesse o quanto seria bom, teria tido uns oito, no mínimo. Só com a Tina eu teria mais uns quatro (além daqueles que nós já temos, vindos de casamentos anteriores) sem fazer força... Mas voltando à Aninha, como ela vai ficar uns meses por aquelas bandas eu fiz um jantar de bota fora para ela aqui em Joaquim Egídio. E será que tem pai que bota filho fora? Só se for doente da caraminhola. O cardápio do jantar? Fiz um molho ao sugo daqueles de deixar um caboclo com dor de corno. Mais de seis horas de fogo baixo, cebolas branqueadas que quase desapareceram depois do cozimento. Queijo? Grana Padano, ralado grosso, para esparramar sobre um fettuccine italiano que ficou num ponto de cocção que eu não faço ideia sobre como o dito cujo foi atingido.

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Realmente, ficou muito bom. Apesar do fato que eu preferia um belo assado... Mas com a minha filha não tem negociação quando o assunto é o meio ambiente. Carne de frigorífico não é sustentável e carne de caça é proibida. Não se come mais carne. Simples assim. Então eu fiz também uma salada enorme. Mas e as Pancs? A sigla quer dizer Plantas Alimentícias Não Convencionais. Lá na gloriosa Monte Alto a gente chama essas plantas de matos ou ervas daninhas. Por que elas são “não convencionais”? Porque elas crescem de qualquer jeito em tudo quanto é canto. Eu é que não sabia que podiam ser comidas. Melhor ainda, que fazem bem à saúde. E, supra sumo da felicidade, são gostosas! No dia do jantar em questão usamos duas dessas amiguinhas novas. A primeira foi a mais que conhecida Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata), cujas folhas são compostas (25%) de proteínas. Sendo que 85% das mesmas são facilmente metabolizáveis pelo corpo humano. A outra se chama Saião Azul (Kalanchoe brasiliensis, segundo a Internet), que eu sempre imaginei apenas como planta decorativa. Claro que tinha alface, rúcula, cenoura, beterrabas e por aí afora. Mas não é que as plantinhas fizeram o maior sucesso? Ao todo eu encontrei mais de oitenta espécies que podem ser incluídas em nossa alimentação sem maiores preocupações. Fontes de várias vitaminas, fibras, açúcares e proteínas. Umas poucas folhinhas e a cara da sua salada nunca mais será a mesma. Dá o que pensar. Uma flora tão vasta, tão rica em variedade de espécies... E o povo comendo alface americana transgênica. E ainda por cima pagando caro, enquanto todas as Pancs estão dando sopa por aí. E de graça.  Até a próxima.


guia da gula

guia gastronômico

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Douglas Ribeiro

sabores para todos os paladares

Bem Brasil batatas

Pastelaria Ponto Certo

Que batata frita é uma delícia, isso não há dúvida! A Bem Brasil Batatas oferece diferentes produtos para as mais variadas ocasiões. Levando sempre à mesa o verdadeiro sabor da batata, a Bem Brasil Batatas oferece diversas linhas como fast food, food service, infantil e varejo. A dica é: se quiser sair do tradicional, o site www.bembrasil. ind.br disponibiliza diversas receitas, sempre usando como prato principal a batata. Para Jaú e região, a empresa representante da marca é a Devito - Distribuidora de Frios.

A Pastelaria Ponto Certo oferece um local agradável e tranquilo para apreciar deliciosos pastéis fritos na hora, bem recheados e feitos com produtos de qualidade. Além disso, a pastelaria oferece uma ampla variedade de salgados, dentre eles as famosas coxinhas douradas nos sabores camarão, carne seca, ricota com brócolis, frango, frango com catupiry e quatro queijos. Junte a família e os amigos e venha prová-las! O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 7h30 às 18h e aos sábados das 7h30 às 17h.

Foto: Douglas Ribeiro

Devito - Distribuidora de Frios Rua: Osvaldo Antônio Piton - Centro - Boracéia - SP (14) 3295-1139 / 3295-1399

Rua Amaral Gurgel, 366 - Centro, Jaú - SP (14) 3416-2827

Café e Salgadaria Trigo de Ouro Diariamente o Café e Salgadaria Trigo de Ouro oferece os mais saborosos lanches na chapa, salgados assados, pão de queijo, sucos naturais, de polpa e detox. Além disso, lá é possível encomendar deliciosos bolos e tortas doces. Dentre as variedades de doces à pronta entrega, o destaque desta edição fica para as suculentas bombas de chocolate. Quem provou confirma, é irresistível. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 8h às 18h30, e aos sábados das 8h às 17h. Rua: Edgard Ferraz, 305 – Centro – Jaú – SP (14) 3416-9110

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Comportamento

Viagem sem

volta “Por mais que eu fale, nunca vou conseguir fazer você entender o que leva alguém a se matar” Texto Heloiza Helena C Zanzotti 62 Revista Energia


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uvi estas palavras quando fui entrevistar M.S.S., 24, técnico em informática. Pedi que tentasse expressar o que vinha sentindo antes de tomar vários comprimidos de Rivotril com uma grande dose de álcool. Ele tentou me explicar. “Eu não queria mais existir, não queria estar em lugar nenhum, nunca mais. Não tinha planos, não tinha sonhos, nada me motivava. Sabia que minha família me amava, até pensei na dor que iam sentir, mas com o tempo iam seguir suas vidas. O problema é que eu sobrevivi”. M.S.S. foi socorrido em estado grave, ficou vários dias no hospital e quando teve alta foi encaminhado para tratamento psicológico. “Tive sorte de encontrar um psicólogo que, ao invés de me julgar, procurou entender meus sentimentos e mostrar outros caminhos. Hoje não faria isso novamente”. A mãe de M.S.S. disse que não percebeu o quanto a situação dele estava séria. Achava que era uma fase e que logo passaria. Dados assustam Relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) chama a atenção para o suicídio, considerado um grande problema de saúde pública e que não é tratado e prevenido de maneira eficaz. Segundo a OMS, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo e o Brasil é o oitavo país em número de casos. Estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia em nosso país. O estudo aponta que os homens cometem mais suicídio que as mulheres, e que nos últimos vinte anos o suicídio cresceu 30% entre os brasileiros com idade entre 15 e 29 anos, tornando-se a terceira principal causa de morte nessa faixa etária, perdendo apenas para acidentes e homicídios. Em pessoas acima dos 70 anos a prática é comum, devido à falta de expectativa em melhorar a vida de alguma forma. Os números preocupam, mas segundo a OMS podem ser revertidos se superarmos os preconceitos e divulgarmos melhor e mais intensamente as informações. Causas e métodos O relatório divulgado afirma, ainda, que em países desenvolvidos as causas mais comuns são desordem mental, abuso de álcool e depressão. Já em países com menor índice de desenvolvimento, como o Brasil, as principais causas são conflitos de relacionamento e o estresse ocasionado por problemas econômicos. Com relação à maneira com que as pessoas tentam tirar a própria vida, a OMS aponta que o envenenamento, o enforcamento e o uso de armas de fogo são os métodos mais comuns de suicídio global. Suicídio infantil Assim como nos adultos, a depressão está fazendo parte da vida das crianças e já atinge 20% do universo infantil. Esses dados são alarmantes, segundo a psicóloga e hipnoterapeuta

Maira Cibele Espricigo, 28. Ela explica que os índices de suicídio infantil vêm aumentando progressivamente nas últimas décadas, e de acordo com a psicologia, o que pode levar uma criança a essa fatalidade é a depressão infantil. “A taxa de suicídio é maior do que se pensa entre as crianças, que também sofrem diante de certas situações, ou mesmo por algo que lhes é dado acima do limite que elas possam suportar. Assim, sentem-se deprimidas, sofrem conflitos internos e encontram na morte a única solução ou um alívio para o que estão sentindo”, afirma Maira. Além da depressão, que é o principal fator que pode levar ao suicídio infantil, existem outros fatores de risco como o bulling, o preconceito de cor, raça, crença, frustrações, sentimentos de rejeição, dentre outros. Ela alerta para o fato do suicídio infantil não ser levado a sério pelo mito de que crianças não chegam a fazer isso. “Quando uma criança apresenta alguns sintomas, normalmente são vistos como birra, malcriação, atitudes para chamar a atenção. É fundamental que seja observada qualquer mudança no comportamento dos pequenos. Acredito que falte mais informação para a população, programas de prevenção do suicídio infantil, assim como do adolescente e do adulto”. Ela lembra que o carinho, a atenção e conversas são as bases para fazer com que a criança recupere o interesse pela vida, e fundamentais para identificar e compreender as causas do seu sofrimento. É possível evitar? Para Mário Sérgio Cortella, 61, filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário, uma pessoa que tira a própria vida é aquela que perdeu seus laços sociais. Que entrou em um processo de “ausência de convivência”. Ele afirma que é impossível evitar que alguém possa cometer suicídio. “Nós somos seres livres, inclusive para isso. Não é possível evitar na totalidade, mas é possível prestar atenção. Uma pessoa só perde a esperança quando ela não tem um dedo para encostar”, diz, referindo-se á pintura feita na Capela Sistina por Michelangelo, onde os dedos de Deus e Adão quase se tocam. E também à mais famosa cena do filme “E.T. – O Extraterrestre”, quando o alienígena toca o dedo de Elliott, uma criança sozinha, sem amigos. O apoio do CVV O CVV (Centro de Valorização da Vida) é uma das organizações não governamentais mais antigas do Brasil. Fundada em 1962, sua atuação baseia-se no trabalho voluntário de pessoas distribuídas por todas as regiões do Brasil. Associado ao Befrienders Worldwide, entidade internacional que congrega instituições de apoio emocional e prevenção do suicídio em todo o mundo, o CVV mantém diversos canais de atendimento em seu site. Adriana Rizzo, 44, voluntária do CVV há 16 anos, contou à RE que os voluntários têm se atentado para o rápido crescimento do índice de suicídios entre jovens no Brasil. Ela diz que

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os atendimentos nos últimos 6 anos estão próximos de 1milhão por ano. Questionada se os atendimentos através do CVV criam algum tipo de dependência ela explica: “Eventualmente isso ocorre, mas procuramos estimular a autonomia da pessoa para superar suas dificuldades. Mas se a pessoa continua nos procurando é porque ela ainda precisa de apoio e, de nossa parte, esse apoio nunca deve faltar”. Ela ressalta a importância de manter o sigilo e diz que por isso as pessoas confiam nos voluntários. “Só podemos acompanhar o desfecho quando a pessoa nos procura novamente para agradecer e contar o que aconteceu”, afirma. O CVV presta serviço gratuito de apoio emocional e, desta forma, consegue fazer prevenção do suicídio. “Precisamos conversar a respeito em casa, no trabalho, nas escolas, nas igrejas, nos serviços de saúde, enfim, em todo o lugar”, completa. Prevenção é a solução Adriana esclarece que, em pelo menos 90% dos casos, quem quer se matar pede ajuda, mas a maioria de nós não está preparada para entender esses sinais e muito menos sabe como agir para ajudar. Por isso é necessário falar, debater, entender o problema. “A prevenção da AIDS e do câncer só mudaram de patamar quando os preconceitos e tabus caíram por terra e a população passou a conversar naturalmente sobre o assunto”, diz ela. O drama de Estela Estela (como ela pediu para ser chamada), 31, vendedora, 64 Revista Energia

conta que há dois anos tomou certa quantidade de veneno para rato, aquele com chumbinho. “Esperei todo mundo sair para o trabalho, sabia que iam demorar”, diz. Entretanto, a mãe havia esquecido as chaves de um armário em casa e precisou voltar. Foi o que salvou Estela. “Depois da separação voltei a morar com meus pais. Mas vivia isolada. Entrei em depressão, não queria sair, não queria receber amigos, não atendia telefone. Ia trabalhar porque tinha que ir, mas havia dias em que não conseguia sair da cama e acabei perdendo o emprego também”, lembra. A mãe tentou ajudar, marcou consulta com uma psicóloga, mas Estela fingia que ia às consultas e ficava perambulando por uma praça da cidade. Depois voltava para casa, trancava-se no quarto e dormia. “Um dia não aguentei mais. Queria acabar com tudo, até com a culpa de estar enganando minha mãe daquele jeito”. Atualmente ela segue em tratamento psicoterápico e toma medicamento. “Não faria isso novamente. Não depois de ver a dor que causei à minha família”. Como saber Não acredite na frase “quem quer se matar não ameaça, vai e faz”. Uma das principais causas do suicídio é a depressão, e é preciso saber que isso não é frescura, mas uma doença, como hipertensão ou diabetes. Vale lembrar que dados de 2013 divulgados pela OMS indicam que mais de 350 milhões de pessoas no planeta têm depressão – o que representa 5% da população mundial. Depressão é uma das principais causas de afastamento do trabalho em todo o mundo. Os sintomas podem ser físicos e psíquicos. Tristeza, desâ-


nimo, perda ou ganho de peso, dores inexplicáveis no corpo, insônia ou sonolência em excesso, apatia, falta de prazer, choro fácil, temperamento explosivo, irritabilidade são alguns sinais. Também há casos em que a pessoa começa a se despedir de parentes e amigos de forma sutil, fazendo alguma visita inesperada, mandando algum recado ou presente. Outras tentam colocar as coisas em ordem, doam objetos, distribuem bens. Assim, como já se decidiram pelo suicídio, muitas ficam mais tranquilas o que engana a família. Como ajudar Com um amigo ou parente deprimido não adianta só conversar. Dizer coisas como “vai passar” ou “deixa isso pra lá” não resolve. Se o paciente estiver com ideias suicidas, a melhor forma de ajudar é incentivá-lo a ir ao médico. Nunca deixe uma pessoa com depressão profunda sozinha. Procure acompanhá-la às consultas, evite que tranque portas e se ela não quiser conversar, apenas fique por perto. O diagnóstico deve ser feito por um especialista, uma vez que os sintomas podem ser confundidos com outras enfermidades. E não se engane: segundo os psiquiatras, homens e mulheres, crianças, adultos e idosos podem ser acometidos pelo mal. Na rede pública, a ajuda pode ser encontrada nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Além disso, lembre-se que frequentar uma religião é fundamental. Diversas delas mantêm atendimentos diferenciados para pessoas com depressão e muitas acompanham de perto aquelas com tendências suicidas.

O CVV tem atendimento via chat, Skype, telefone ou e-mail. - www.cvv.org.br Revista Energia 65


Trabalho e 1 Previdência Por Giovanni Trementose

empresarial@revistaenergiafm.com.br

As alterações do auxílio doença em 2015 A partir de 1º de março passará a vigorar a regra de ampliação do período de interrupção do contrato de trabalho de 15 para 30 dias, com salário pago pelo empregador

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omo sempre, aproveitando-se do período de festas, o Governo Federal nos “presenteou” com as Medidas Provisórias 664 e 665, datadas de 30 de dezembro de 2014. Tais Medidas objetivam a redução de custo da Previdência Social com ônus para os segurados. Nesta edição trataremos da MP 664, que alterou a lei 8.213/1991 quanto aos afastamentos por motivo de doença, frisando que para os contratos de trabalho em vigor alterou-se o período de afastamento a cargo do empregador em caso de doença ou acidente do trabalho. A nova redação do parágrafo 3º do artigo 60 da Lei 8.213/91 ficou assim: “durante os primeiros trinta dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral”. O objetivo da alteração, assim declarado, tem relevância direta para os cofres da Previdência Social porque, supostamente sendo maior o período de espera para que o segurado se habilite para o benefício, menor será o número de benefícios gerados, ao passo que se dará ao segurado a oportunidade de se recuperar antes mesmo de onerar os cofres da Previdência.

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Mas a alteração não onerou somente o empregador como também o empregado, vez que atingiu diretamente a estabilidade prevista no art. 118 da Lei 8.213/91 (proveniente de acidente do trabalho). A garantia de emprego de 12 meses somente é concedida ao empregado acidentado caso esse receba o benefício previdenciário de Auxílio Doença Acidentário. Este novo prazo poderá impedir que os empregados se afastem caso obtenham alta dentro de 30 dias, hipótese em que não se aplicaria a garantia de emprego de 12 meses.

A alteração não onerou somente o empregador como também o empregado Portanto, caros leitores, novamente estamos tolhidos em nossos direitos e onerados em nossos deveres, mas, infelizmente, continuamos assistindo a tudo de maneira passiva, sem sequer imaginar o que o futuro nos reserva. Será que não vale à pena começar a mudar esse jogo? 


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