Jaú - Ano 6 | Edição 61 | Mensal - Setembro 2015
Distribuição gratuita - Venda proibida
Lojas
Roth Moda para todos os estilos
Gente Fina Méia Cremasco Comportamento Transtorno bipolar
4 Revista Energia
Editorial
e escolhas
Ano 6 – Edição 61 – Jaú, Setembro de 2015 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação mensal da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286
Ser independente significa, acima de tudo, sermos condutores do nosso próprio caminho
Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br Repórteres Heloiza Helena C. Zanzotti heloiza@radioenergiafm.com.br Tamara Urias tamara@revistaenergiafm.com.br
N
Revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Criação de anúncios: Well Bueno arte@revistaenergiafm.com.br
Projeto gráfico: Revista Energia Social Club social@revistaenergiafm.com.br Colaboraram nesta Edição Jéssica Prado Colunistas Alexandre Garcia Antonio Paulo Grassi Trementocio Eduardo Bauer Giovanni Trementose João Baptista Andrade Paulo Sérgio de A. Gonçalves Professor Marins Ricardo Izar Junior Wagner Parronchi Comercial Carlos Alberto de Souza Sérgio Bianchi Silvio Monari Impressão: GrafiLar Distribuição: Pachelli Distribuidora Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624-1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, anúncios e informes publicitários.
Foto: Cláudio Bragga
Fotografia: Douglas Ribeiro foto@revistaenergiafm.com.br Diagramação Junior Borba (14) 99749.6430
Independência
o mês em que comemoramos a Independência do Brasil, aproveitamos para refletir um pouco sobre o que significa ser independente. No dicionário, independência “é o estado de não se achar sob domínio ou influência estranha; autonomia”. “Condição de uma pessoa, de uma coletividade, que não se submete a outra autoridade e se governa por suas próprias leis”. Entretanto, muito além destas definições, acredito que independência tenha um sentido bem mais amplo.
Mostramos nossa independência quando enfrentamos com otimismo os desafios que se apresentam em nossas vidas; quando usamos nossa liberdade com consciência para buscar nossos sonhos e realizar nosso projeto de vida, sem medo dos obstáculos, sem nos deixarmos influenciar por opiniões negativas. Independente é quem se dispõe a aprender algo novo todos os dias, quem divide experiências e quem é responsável por suas escolhas. Na presente edição, Méia Cremasco, a nossa Gente Fina, demonstra como usa sua independência para ajudar a salvar vidas e contagiar as pessoas com simpatia, competência e bom-humor. Abordamos como pessoas acometidas pelo Transtorno Bipolar acabam perdendo sua independência, e o que é possível fazer para minimizar os problemas e permitir que elas levem uma vida normal. No Perfil a Banda Armada desponta para o sucesso provando que Jaú é realmente um celeiro de grandes talentos. O crescimento do setor de franquias em época de crise, e as vantagens e desvantagens do uso do anticoncepcional também são assuntos em pauta nesta edição que você confere agora. Boa leitura! Maria Eugênia
NESTA EDIÇÃO
12 Imóveis 16 Trabalho e Previdência 38 Comportamento 44 Empresarial 50 Negócios 58 Saúde
36 Garota Energia
SEMPRE AQUI
ÍNDICE
10 Perfil 14 Jurídico 18 Gente Fina 22 Radar 24 Pense Nisso 26 Capa 34 Consultoria 35 Conheça Jahu 36 Garota Energia 43 Próximo Destino 46 Look de Artista 49 Legislação 55 Social Club 62 Guia da Gula 63 Boa Vida
18 Gente Fina
Jaú - Ano 6 | Edição 61 | Mensal - Setembro 2015
Distribuição gratuita - Venda proibida
Nossa capa: Lojas Roth Foto: Douglas Ribeiro Produção Gráfica: Junior Borba Modelos: Valéria Rothberg Gimael e Fernando Marques Gimael
Lojas
Roth Moda para todos os estilos
GENTE FINA Méia Cremasco COMPORTAMENTO Transtorno bipolar
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Segurança e tranquilidade
para sua empresa
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m nosso país, onde frequentemente mudam as regras fiscais e tributárias que regem o funcionamento de uma empresa, contar com uma boa assessoria contábil é imprescindível. Cada vez mais o profissional deve estar atualizado, acompanhando toda a dinâmica para gerir com competência os negócios dos seus clientes. Fundada em 1992, a Organização Contábil JCPolonio vem se consolidando como uma importante empresa contábil em Jaú e região, servindo a grandes, médias e pequenas empre-
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sas comerciais, industriais, prestadoras de serviços, produtores rurais, entidades sem fins lucrativos, autônomos, entre outros segmentos que buscam qualidade, confiabilidade e bom atendimento A Organização Contábil JCPolonio possui uma equipe altamente qualificada, em constante processo de treinamento e atualização profissional nas áreas técnica e comportamental, buscando sempre a excelência nos serviços prestados. Conheça os serviços da JCPolonio e encontre a qualidade e segurança que você procura.
Equipe JC Polonio
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Diretoria JC Polonio
Legalização de empresas Abertura e encerramento de empresas em geral Assessoria contábil, fiscal e trabalhista Regularização de obras Aposentadorias e benefícios Declaração de Imposto de Renda pessoa física Livro Caixa profissionais liberais Certificado digital Assessoria ao produtor rural Planejamento tributário
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Rumo
Perfil
ao
sucesso
Recentemente a banda Armada participou do Festival Planeta Rock, onde conquistou o quinto lugar na disputa com mais de 190 bandas de todo o Brasil
Foto: Guilherme Santos
Texto Tamara Urias
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á cinco anos, cinco jovens decidiram se unir para colocar em prática um projeto: a Armada Acústica. Com a proposta de fazer releituras de canções do cenário pop e eletrônica, usando instrumentos acústicos, a banda criou um repertório onde apresentavam versões de sucessos de cantores como Lady Gaga, Maroon 5, Katy Perry e Jessie J. “Queríamos algo diferente, se possível que não existisse no cenário musical”, diz o baixista da banda Thiago Candido, 28. Após a saída de duas integrantes, a Armada se reformulou. Os violões foram substituídos pela guitarra e pelo baixo, e adicionaram uma bateria mais agressiva.
O nosso objetivo é trazer uma nova sensação para quem nos ouve, como se fosse uma nova canção”
Através da indicação de um amigo conheceram Camila Soufen, 20, que assumiu o vocal. Iniciaram a elaboração de novas versões onde desconstruíram arranjos de músicas pop/eletrônicas consagradas e as transformaram em um rock energético e vibrante. “Esse contexto combinou muito bem com a voz potente e peculiar da Camila. A formação acústica funcionava bem, mas a mudança para a vertente do pop-rock deixou o show mais agitado e com mais energia”, aponta o baixista. O estilo tocado foi intitulado “eletropoprock”. Segundo os componentes Thiago, Camila, Ângelo Tito (guitarra) 28, e Juliano Pelaquim (bateria) 28, atualmente quem for ao show encontrará o que há de mais novo no mundo da música. Hits de Rihanna, Bruno Mars, One Republic e Lady Gaga não faltam. A banda já participou de alguns festivais. Em Jaú, o mais expressivo foi o Festival Saul Galvão. Recentemente participou do Planeta Rock, em São José do Rio Preto, onde a banda foi para a final e conquistou o quinto lugar. “Concorremos com 197 bandas de doze estados brasileiros, com um público estimado em 15 mil pessoas. Esta foi uma das experiências mais importantes da nossa carreira até aqui”. O concurso é dividido em duas categorias: interpretação e composição. Candido acrescenta que, no total, trinta grupos de todo o país foram classificados para abrir os shows de Pitty, Raimundos, Camisa de Vênus e Biquíni Cavadão. “Nós nos inscrevemos com a música “I Kissed a Girl”, da Katy Perry, que originalmente é pop eletrônica, mas durante o festival apresentamos uma versão rock and roll. A transformação agradou e fomos selecionados”, conta Candido. Após se aventurarem em fazer versões, agora com um pouco mais de maturidade e identidade, a banda está idealizando a gravação de alguns vídeos de shows ao vivo, mostrando a energia e interação do grupo com o público, que em breve poderão ser conferidos no canal do site da banda: www.bandaarmada.com.br.
O grupo buscava um nome forte e feminino. A violinista da primeira formação, que era muito fã de Harry Potter, sugeriu o nome Armada, que nos contos estava no contexto de ‘Armada de Dumbledore’. O grupo gostou do nome e adotou Revista Energia 11
1 Imóveis Por Eduardo Bauer
imoveis@revistaenergiafm.com.br
Terreno e sua importância Produto de extrema importância, os terrenos costumam ser esquecidos quando o assunto é imóvel
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uando falamos em imóveis, geralmente falamos sobre casas, apartamentos e com frequência boa parte dos clientes e profissionais do setor imobiliário se esquecem de falar e analisar o produto que está por baixo, sua essência: o terreno. O terreno pode ser rural ou urbano. Quando urbano, pode ser residencial, comercial ou industrial. Há tamanhos e formas diversas, o que influencia, e muito, no valor de mercado. Geralmente os compradores optam por terrenos retangulares e com frente ampla para a rua, tornando-o mais valioso que o estreito, principalmente quando se trata de terreno para construção de comércio. Outro fator importante é a topografia, e a preferência é sempre por terreno plano. E quando não, que seja este com aclive (onde o fundo do terreno tem mais terra e está acima do nível da rua). Já ao contrário, terreno com declive, é preciso aterrar, e isso pode chegar a um valor bem acima do esperado, motivo que leva este tipo de terreno a ter um preço de mercado mais barato, visto que há menos compradores e os mesmos terão que incorporar ao preço final do produto o custo com aterro. Importante salientar que, caso escolha um lote com declive, é fundamental que o comprador consulte um corretor de imóveis, arquiteto e/ou engenheiro, com intuito de não sair prejudicado quanto ao valor final e comprometimento do projeto arquitetônico. Outro item a ser analisado é sua localização no bairro: onde
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ficam os comércios, vias de acesso ao centro e saídas da cidade, bem como se há estrutura hidráulica nas ruas e tipo do solo (arenoso, argiloso, etc). Por último, verifique sempre o plano diretor e lei de diretrizes da cidade para ter certeza que sobre o terreno poderá construir exatamente o que pretende. E também, obviamente, toda a documentação e certidões negativas que o negócio requer. Portanto, preocupe-se com os itens acima e com o alicerce natural do seu imóvel para que no mesmo você possa projetar um sonho sólido, resistente e valioso. Bons negócios!
É fundamental que o comprador consulte um corretor de imóveis, arquiteto e/ou engenheiro, para não sair prejudicado quanto ao valor final e comprometimento do seu projeto arquitetônico
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Jurídico
Por Wagner Parronchi juridico@revistaenergiafm.com.br
Lava jato “...não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz” - Lucas 8:17
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operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção na Petrobrás, tem dado muito trabalho aos políticos brasileiros com revelações contundentes daquilo que com certeza será o maior escândalo de corrupção de nossa Nação e, talvez, do planeta. Doutro lado, essa mega operação da Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Federal e do Procurador Geral da República, significa muito mais do que investigar, revelar e punir os responsáveis por corrupção no comando da Petrobrás, mas, sim, uma mudança de cultura antes enraizada em nosso povo, tanto que causou revolta na mais alta cúpula do cenário político nacional, dos investigados e seus apoiadores, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado, arrancando discursos de ódio, raiva e sem qualquer decoro, dirigidos diretamente a quem ocupa o mais alto cargo do Ministério Público, inclusive com acusações de conchavo entre este e o Poder Executivo, o que foi refutado. O que não admitem os políticos, acostumados com a impunidade e acreditando estarem acima da lei, é verem-se investigados e alvos de busca e apreensão, bloqueios judiciais e todas as medidas ao alcance da Justiça, com o fim de obter provas e garantir a devolução dos valores desviados em caso de condenação dos mesmos. Como disse Rodrigo Janot em sua sabatina, respondendo a questionamento de que sua atuação era midiática, da qual dez dos treze senadores investigados participaram: “pau que bate em Chico também bate em Francisco”.
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É um recado muito claro de intolerância para o político corrupto e todos aqueles que vivem do desvio de recursos públicos, de que o Brasil não suporta mais tanta corrupção. Parabéns à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e à Justiça Federal que têm agido firmemente no combate à saga maligna da corrupção, porém, precisamos fazer a nossa parte, pois se olharmos a lista de investigados facilmente nos deparamos com pessoas que há muito tempo vivem da política e, pior, que já foram alvos de escândalos no passado, o que demonstra que o povo brasileiro não tem utilizado de forma correta sua principal arma contra a corrupção: o voto!
“O povo brasileiro não tem utilizado de forma correta sua principal arma contra a corrupção: o voto!” Nas próximas eleições, preste muita atenção em quem você quer para governar e fiscalizar nossa cidade. Use seu voto com consciência e sabedoria e não se deixe enganar com velhos e conhecidos truques que apenas maquiam o candidato, como se trocar de roupa mudasse o caráter das pessoas.
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Trabalho e 1 Previdência Por Giovanni Trementose
empresarial@revistaenergiafm.com.br
Lei das domésticas Lei complementar nº 150 de 1º de Junho de 2015
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Lei que regulamenta a Emenda Constitucional ampliando os direitos dos trabalhadores domésticos, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, garante novos direitos à categoria, regulamentando a obrigatoriedade do recolhimento do FGTS e os direitos a adicional noturno e indenização em caso de demissão sem justa causa. Esses pontos estavam sem regulamentação desde a promulgação da Emenda Constitucional 72 – PEC das Domésticas. Com a nova lei, a alíquota referente ao INSS a ser recolhida pelo empregador caiu para 8% (a do empregado passou a ser fixa, de 8%), mas ele passará a recolher também 8% para o FGTS, 3,2% para o fundo que arcará com a multa em caso de demissão sem justa causa e 0,8% para uma espécie de seguro para acidentes de trabalho. O total de 20% sobre o salário do empregado deverá ser recolhido pelo empregador em uma única GRU (Guia de Recolhimento da União). O chamado Super Simples Doméstico estará vinculado a um sistema encarregado de calcular os encargos e fazer o pagamento de forma eletrônica. O empregador já é obrigado – e continuará sendo – a pagar férias e 13º salário aos empregados domésticos. A partir de agora o empregado doméstico terá direito à multa de 40% sobre o saldo do FGTS, se for demitido sem justa causa. A multa não será paga pelo empregador, como ocorre com os demais trabalhadores. Os empregados receberão a multa
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pela Caixa Econômica Federal, junto com o FGTS, se desejarem sacá-lo no momento da demissão. Os empregadores são obrigados a contribuir com 3,2% do salário do empregado todo mês para garantir o saldo da multa. Se a demissão não for sem justa causa, os empregadores poderão receber de volta a contribuição que fizeram para este fundo. Fica caracterizado o vínculo empregatício em casos de prestação de serviços domésticos acima de duas vezes na semana em uma mesma residência. O empregado doméstico poderá ser contratado em regime de experiência por até 90 dias. Ele deverá ter mais de 18 anos. O auxílio-transporte poderá ser pago em vale ou dinheiro.
A partir de agora o empregado doméstico terá direito à multa de 40% sobre o saldo do FGTS, se for demitido sem justa causa Ressaltamos, ainda, que o Super Simples para doméstico será criado no prazo de 120 dias após a sanção da Lei, e é por meio deste “imposto” que todas as contribuições serão pagas em um único boleto bancário, a ser emitido pela internet. O Ministério do Trabalho e Emprego publicará portaria sistematizando seu pagamento.
Gente Fina
Maria Amélia Gasparotto Cremasco “Aprendi que nós, seres humanos, somos limitados. Muitas vezes não temos o domínio de todas as situações e devemos aceitar a evolução do caso, deixar a natureza agir”
Texto Tamara Urias
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erta vez ouvi que a vida é um instante, e por dias fiquei refletindo sobre a frase. O autor está coberto de razão, principalmente quando se tem como “mantra” o deixar para depois. Mas a reflexão não parou por aí. Coincidentemente, a Gente Fina desta edição é uma jovem na idade, mas no exemplo mostra sabedoria. Carismática, comunicativa e de bem com a vida, a jauense Maria Amélia Gasparotto Cremasco, carinhosamente chamada Méia, não teve medo de mudanças. Enfrentou desafios, superou obstáculos e foi em busca de autoconhecimento. Filha de Antônio Luiz Cremasco e Lúcia Aparecida Gasparotto Cremasco, e irmã de Joviana, Méia tem como principais valores o respeito e a humildade, herdados dos pais. Buscou especialização em UTI, fez curso técnico em Hemodinâmica na UNESP de Botucatu e há dois anos é enfermeira supervisora das Unidades de Terapia Intensiva da Santa Casa de Jaú e da CIHDOTT (Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante). Trabalha diariamente das 7h às 17h; dá plantões e coordena uma equipe de mais de vinte funcionários, e tudo isso com apenas 29 anos. Como acredita que só se consegue uma sociedade melhor modificando o homem, foi em busca de aprimoramento pessoal e hoje é Master Practitioner em programação neurolinguística. Durante a entrevista passamos por diversos temas, dentre eles a importância em trabalhar-se internamente, e ela faz ques18 Revista Energia
tão de dizer que para ver mudanças, seja no trabalho, na vida, no governo, é preciso arregaçar as mangas e sair da zona de conforto. “Sempre quando você faz as mesmas coisas, você tem os mesmos resultados. Se você quiser resultados diferentes, tem que fazer diferente. Mas aí você vai dizer: tudo eu? E eu respondo: Não é você que quer? É preciso trabalhar na zona de esforço sempre que for necessário”. Também lembrou a importância de trabalhar as virtudes e não julgar o próximo, afinal, ninguém sabe o que realmente se passa com o outro. “Cobramos muito dos outros e esquecemos que também somos responsáveis pelo que acontece. Enquanto não começarmos a mudar a nós mesmos, não vamos mudar o mundo. Mudar é trabalhoso, mas o segredo é dar o primeiro passo”. Para descrevê-la, poderia dizer que em seus olhos há vida e nas ações, conhecimento e amor ao próximo. A trajetória de Méia mostra que é possível construir uma história de sucesso, mesmo tendo pouca idade. Mas para isso é preciso buscar e acreditar no seu potencial. Quer que as coisas aconteçam? Trace um objetivo. O de Meia é claro: estar ao lado de quem ama, construir uma família, ter filhos e cada vez mais fazer a diferença na vida das pessoas. Como se recorda da sua infância? Minha infância foi muito gostosa e divertida. Sempre ao lado
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dos primos, tios, avós e padrinhos. Sempre com muitas pessoas. Todo final de semana reuníamos toda a família em nosso rancho, na beira do rio Tietê. Um fato marcante é que eu e minhas primas íamos de perua de Jaú até o rancho gritando: Vamos cair no rio! Vamos cair no rio! Vamos cair no rio! Era uma diversão e uma alegria imensa, pois sabíamos que o final de semana seria de muitas brincadeiras. Hoje em dia, quando nos reunimos, sempre comentamos essa situação e damos muita risada. Outro fato marcante foi uma ligação na madrugada com a notícia de que meu primo havia falecido em um acidente de carro. Comecei a entender que não existe dia e nem hora para a vida levar as pessoas que mais amamos. Por que decidiu ir para a área da saúde? Sempre gostei de ajudar as pessoas nesse sentido. Sou muito grata por essa profissão e jamais me arrependo de ter escolhido, pois é com ela que faço a diferença na minha vida e na vida das pessoas que estão necessitando dos meus cuidados. Atualmente fala-se muito na questão da humanização. Qual é a importância dela na saúde? A humanização nada mais é do que cuidar daquela pessoa que você não conhece, que tem valores diferentes dos seus, com o mesmo amor, carinho, atenção e respeito que você cuidaria da pessoa que você mais ama. Humanização é o resgate do respeito à vida humana. Não é apenas fazer o que é necessário, mas fazer o que é necessário olhando nos olhos e perguntar se está tudo bem e no que mais você pode ajudar. É você sorrir para aquela pessoa, quando o mundo dela parece que está desabando. É você ter a sensibilidade de saber fazer a diferença no momento em que a pessoa mais precisa e menos merece. Humanização é saber que a tecnologia nunca substituirá os bons pro20 Revista Energia
fissionais da saúde que associam gestos simples e humanos aos cuidados técnicos da profissão. Humanização é lembrar que eu escolhi estar lá, os pacientes não. Eles estão lá por alguma necessidade. Qual a lição mais valiosa que tirou trabalhando dentro de uma UTI? Valorize as pessoas que ama, pois a vida não avisa quando vai terminar. A frase: “tchau até amanhã” é incerta, pois o amanhã talvez não chegue. Eu vivencio essas situações todos os dias dentro da UTI, e lá pode ter certeza de que eu já presenciei palavras e olhares mais sinceros de toda a vida. Aprendi que nós, seres humanos, somos limitados. Muitas vezes não temos o domínio de todas as situações, devemos aceitar a evolução do caso e deixar a natureza agir. Qual o momento mais tocante nesse período em que trabalha na UTI? Existem vários momentos marcantes e são aqueles que presenciamos os milagres da vida. Em 2014 teve um caso de um paciente que já não respondia a tratamento algum. Tínhamos que esperar a evolução do caso e esperávamos também o pior. Sua esposa esteve ao seu lado todo o tempo, sempre com muita garra e determinação. Foi quando ele começou a apresentar melhora e conseguiu sair da UTI. Quando estava em condições de andar, ele e a esposa foram até a UTI para nos dar um abraço e foi um momento muito emocionante. Pudemos realmente vivenciar um milagre. Um dia desses o encontrei trabalhando em uma loja do centro, pudemos conversar e trocar experiências, foi muito importante esse momento. O que aprendeu com seus pais? Humildade, respeito, bom humor e segurança. Meu pai sem-
pre me ensinou dar um bom dia, boa tarde, boa noite, por favor e obrigada. Isso é o mínimo. Devemos ter orgulho de tudo o que conquistamos e de nunca ter passado por cima de ninguém. Somos aquilo que vivemos. O que deseja para o mundo? Mais compreensão. Desejo que as pessoas encontrem a paz dentro de si. Que elas entendam que o mundo só irá mudar se elas mudarem. “Seu mundo muda quando você muda”. Que crescer dói e são nesses momentos que amadurecemos e temos as maiores lições de vida. Que paremos de nos revoltar contra os outros e olhemos mais para dentro. Quando começarmos a mudar nossas atitudes, quando começarmos a trabalhar nossos sentimentos, poderemos ter um mundo melhor. Esquecemos que somos os principais autores de nossas vidas. Que sejamos capazes de perceber que a escolha nunca é do outro, é sempre nossa! Da vida levamos a vida que a gente leva. Sim! Somos o que pensamos. Você é conhecida pelo alto astral e animação por onde passa. A que se deve isso? Primeiramente à minha família. Cresci ao lado das minhas primas e primos, sempre nos divertimos muito. As brincadeiras e piadas sempre fizeram parte da minha vida. Vejo humor onde poucas pessoas veem. Vejo situações engraçadas nos momentos sérios. Sempre dou risada quando não se pode rir. Ser feliz sem medo de julgamentos! Depois que participei de um treinamento que trabalha com a programação neurolinguistica, percebi que a vida é leve e somos nós que a complicamos. Passei a ver soluções no lugar de problemas. Passei a compreender mais as pessoas, me colocando no lugar delas antes de julgar. Quando não estou satisfeita com as atitudes das pessoas, começo a mudar primeiro a minha atitude. Como você lida com os problemas dos pacientes? É um crescimento e um amadurecimento muito grande. Eu
consigo dissociar de toda a situação e realmente estar presente 100% para poder atuar naquela situação. Muitas pessoas dizem que nós, profissionais da saúde, somos frios. Sentimos as mesmas emoções iguais a todos, porém, sabemos controlar e administrar no momento exato. A PNL me ajuda muito nessa parte. Sabemos que não podemos passar por aquilo que o outro está vivenciando, porém, podemos ajudar, minimizando essa dor. Em que a Programação Neurolinguística ajudou? A PNL ensina como você programar o seu cérebro e a sua fala, pois aquilo que você programa será o que você vai ser. Então, se você pensa não vou conseguir, você não vai conseguir mesmo. Além disso, ela trabalha e faz vir à tona alguns sentimentos que a gente esconde. Para você se livrar de certos sentimentos que causam tristeza, é preciso ir ao ponto. Dói, claro que sim, mas só assim nos reconhecemos e trabalhamos para melhorar. E quando eu falo que aprendi muito, é porque aprendi. Aprendi principalmente que é preciso se dissociar da situação, pois se ficar associada eu não cuido, fico incapacitada de ajudar aquele paciente naquele momento. A PNL me ajuda nesta parte e também a equilibrar as meninas, pois se estou numa situação de estresse, a minha equipe também fica. Eu tenho que me policiar muito, pois sei que sou eu quem imprime resultado na minha equipe. Como e por que se deve trabalhar nas virtudes? O primeiro passo é se colocar no lugar do outro. Às vezes, quando nos deparamos com alguém que não dá um sorriso ou é um pouco ríspido temos o costume de falar que a pessoa é mal amada, mas na verdade ninguém sabe como a pessoa foi criada, se ela sofreu algum abuso na infância e também não sabemos como são seus pais. Talvez ela não saiba como expressar um carinho, talvez ela nunca tenha tido isso. Antes de sair julgando, o primeiro passo é se colocar no lugar do outro. Quando a gente se coloca no lugar do outro, a gente entende, e aí nasce a compreensão.
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Radar
Por Alexandre Garcia
A tempestade perfeita Aproxima-se no horizonte a tempestade perfeita, já prevista por não-meteorologistas
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governo veio desmontando o país por anos e agora está sem proteção para o que vem aí. A China, escolhida como nosso principal parceiro comercial, desacelera; o sol, nosso parceiro cotidiano, exagera explosões e esquenta uns graus as águas do Pacífico, o que significa catástrofes climáticas para o Brasil; e o governo, que tem sido uma catástrofe ambulante, enreda-se cada vez mais na própria teia. E o brasileiro, que escolheu pelo voto que isso acontecesse, vai pagar uma conta alta por uns três anos. Tentaram uma manifestação pró-governo no meio da semana passada, com condução, camisas e cartazes, tudo pago, e ainda assim foi um fracasso. Nota oficial do partido no governo diz que os manifestantes do domingo anterior “não escondem seus propósitos antidemocráticos”. Os propósitos dos manifestantes espontâneos do dia 20 foram impeachment e anticorrupção. Ora, impeachment é essencialmente democrático, como defendeu o PT no processo contra o presidente Collor. Portanto, o que deve ser antidemocrático é a luta contra a corrupção. Supõe-se, portanto, que corrupção seja democrático, como se depreende da nota oficial. Mas é bom que a presidente não saia, pois é preciso assumir tudo o que foi feito. Que ela e o partido dela vivam as
consequências do que cometeram nesses últimos anos. Difícil será corrigir o desmonte do país, a continuar com as ideias que fracassaram na União Soviética, na China, em Cuba, na Albânia, nos ridículos desastres da Coreia do Norte e da Venezuela. O governo escolheu como parceiros políticos e comerciais países para onde não estão indo brasileiros que buscam uma vida melhor - à razão de 36 emigrantes por dia, só considerando as saídas formais e legais. No plano interno, os que desfrutavam do poder estão abandonando um governo à deriva, numa demonstração de esperteza e covardia, com olhos nas eleições do ano que vem. O PMDB, que deu ministros a Sarney, Itamar, Fernando Henrique e o Vice de Lula e de Dilma, e também governou nessas últimas décadas, agora ensaia uma retirada, percebendo o fracasso de que é sócio. O partido, aparentemente saciado, se motiva pela eleição municipal do ano que vem. Teria que permanecer governo, assumindo seus compromissos, suas responsabilidades. E o eleitor, que elegeu essa gente toda, vai purgar seu voto, para aprender que votar é mais importante que time de futebol e gera sérias consequências para todos. Aliás, por falar em futebol, o esporte nacional com mais público revelou um barômetro na meca do rodeio, Barretos. Num show no Parque do Peão, madrugada de domingo, ergueram-se em uníssono 40 mil vozes das arquibancadas, de gente nervosa como touros antes de entrar na arena. O coro condenava Lula e Dilma com palavras de ordem que não ouso repetir. Um barômetro prevendo tempestade.
Votar é mais importante que time de futebol e gera sérias consequências para todos
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FOCUS FASTBACK ELE VAI CONQUISTAR VOCÊ
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onforto, dinamismo e esportividade definem o Novo Focus Fastback, que você já pode conferir nas concessionárias Ford.
Com interior requintado e muita tecnologia, o modelo se destaca de seus concorrentes e chega ao mercado em quatro versões – SE, SE Plus, Titanium e Titanium Plus, todas equipadas com motor 2.0 capaz de gerar 178 cavalos de potência e com câmbio automático sequencial de seis velocidades. Com visual incrível, o destaque vai para as rodas aro 17” de liga leve, além do desenho da traseira que é curta e elevada. Por dentro, a inspiração esportiva vem dos cockpits de carros de corrida: todos os instrumentos estão ao alcance do motorista e os bancos são revestidos em couro. Além da performance surpreendente, no quesito segurança o novo modelo da Ford conquistou
nota máxima com a aprovação do LatinNCAP, instituto independente que avalia a segurança de veículos produzidos e comercializados na América Latina. O carro traz itens que protegem ativamente seus ocupantes como o Assistente de Frenagem Autônomo e o Advance Trac. O primeiro é responsável por frear automaticamente o carro caso perceba uma colisão iminente, e com isso é capaz de reduzir o impacto ou até mesmo evitar o acidente. Já o segundo, o Advance Trac, é um pacote de tecnologias que entram em ação no caso de uma das rodas derrapar. O sistema atua controlando o deslizamento do veículo através do torque do motor e da aplicação seletiva dos freios, utilizando o módulo dos freios ABS. Equipamentos de alta tecnologia, segurança, desempenho e muito mais. Conheça o Focus Fastback na Zevel.
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nisso
Pense
LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br
Por Professor Luiz Marins
A crise e as vantagens comparativas do Brasil Como um país com tantas vantagens pode errar tanto?
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onversando com empresários, industriais e investidores estrangeiros que tinham planos já definidos e aprovados para investimentos de longo prazo no Brasil, fiquei impressionado ao ver que, de forma unânime, eles falaram da sua profunda decepção com o que vem acontecendo com o nosso País — desarranjo total da economia, corrupção, desemprego, destruição do valor da Petrobras, crescimento negativo do PIB, etc. — afirmando que não veem alternativa a não ser buscar outro local para receber esses investimentos diretos produtivos. Todos reforçaram a palavra “decepção”, pois acreditavam que desta vez “o Brasil iria marcar o tão esperado gol de se transformar num país desenvolvido, pois a bola estava na área”. Alguns me disseram da surpresa em ver a capacidade das autoridades brasileiras de cometer erros grosseiros na economia sem prever suas consequências. “Vamos ter que esperar mais para ver o que vai acontecer”, me disse um investidor europeu que sempre se disse fã de nosso País, e o qualificava como a melhor opção de investimento no mundo de hoje. É claro, afirmam eles, que o Brasil continua tendo vantagens estratégicas comparativas muito grandes em relação aos nossos concorrentes emergentes: “(a) não tem problemas étnicos ou religiosos sensíveis; (b) não tem problemas de fronteira; (c) é uma democracia constitucional consolidada; (d) tem um setor agropecuário e do agronegócio considerado dos melhores
A nós, brasileiros, resta o direito de protestar e fazer chegar nossa indignação àqueles em quem votamos e que devem nos representar
do mundo - tem terra, sol e água em abundância para produzir alimentos, sem cataclismos naturais como terremotos, vulcões, etc.; (e) tem um mercado interno pronto para consumir assim que as pessoas tenham recursos; (f) fala um único idioma. Isso para citar apenas algumas dessas vantagens estratégicas”, completaram. E vem exatamente daí a grande decepção: como um País com tantas vantagens pode errar tanto? Depois de ouvir esses comentários todos fiquei com a pergunta: e nós, brasileiros, o que podemos fazer? Nós povo; nós trabalhadores; nós empresários; nós que não somos políticos, o que fazer? Acredito que para nós, os simples e mortais brasileiros, além do voto que só podemos exercer nas eleições, nos restam o direito de protestar, espernear e fazer chegar nossa indignação àqueles em quem votamos e que devem nos representar. E, aos que ainda não perderam o emprego, resta trabalhar, trabalhar, trabalhar para que, através do nosso trabalho duro, competente e honesto, possamos evitar que o desemprego aumente, a economia piore e a crise se aprofunde ainda mais se transformando num caos total que, certamente, não interessará a ninguém. Com tantas vantagens estratégicas comparativas, temos que acreditar que um dia ainda deixaremos de ser “o País do futuro” para ter o presente que merecemos.
Pense nisso. Sucesso!
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Fotos: Divulgação: Carduz
Capa
Moda e personalidade Vestir-se bem é muito mais do que escolher roupas e acessórios. A moda é uma forma de nos expressarmos, de afirmarmos a nossa personalidade
Texto Heloiza Helena C Zanzotti Revista Energia 27
Interior Loja Roth Centro
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uito se fala em estar na moda. Entretanto, antes de qualquer coisa vamos deixar claro que estar na moda é muito mais uma questão de elegância. E elegância é, na verdade, uma combinação de estilo, escolhas e atitudes. Atualmente, com tantas opções no mundo da moda, qualquer pessoa pode desenvolver seu estilo pessoal e acompanhar as tendências, lembrando que o importante mesmo é sentir-se bem, confortável e bonita. O look ideal Não adianta sair por aí comprando peças só porque estão na moda. Lembre-se que o look perfeito é aquele que combina com o seu jeito de ser. O que fica bem em uma amiga nem sempre vai causar o mesmo efeito em você, por isso é fundamental 28 Revista Energia
escolher suas roupas priorizando o conforto, o seu tipo físico e a adequação ao ambiente onde vai usá-las. E com tantas opções no mercado da moda, é importante que você adquira suas peças em lojas que primam pelo bom atendimento, pela qualidade dos itens que comercializa e por preços justos. Lojas Roth Sempre acompanhando as novas tendências com looks atuais, estilo, elegância e uma grande variedade de marcas, as Lojas Roth vêm se consolidando pela qualidade e bom gosto em seus produtos. Com a primeira unidade inaugurada em 1990, hoje a empresa conta com dez lojas físicas e uma loja virtual, sempre trilhando uma trajetória de constante expansão. À frente da empresa o casal Fernando Marques Gimael e Valéria Rothberg Gi-
mael pratica uma gestão voltada para a excelência, buscando sempre inovar e reinventar maneiras para trazer novidades que superem as expectativas dos clientes. Baseando-se no princípio de que é fundamental proporcionar o melhor resultado possível para quem adquire seus produtos, as Lojas Roth trabalham com moda feminina, masculina e acessórios, atuando nas cidades de Bauru, Jaú e Marília.
Moda é o que faz o seu estilo, e o seu estilo está nas Lojas Roth! Três lojas em Jaú Para atender nossa cidade e região, a Roth possui três unidades em Jaú. Renata Coutinho, 27, gerente da loja da Rua Major Prado, no centro, explica que a Roth trabalha com toda linha de confecção masculina, calças jeans, bermudas, camisetas polo, meias, gravatas, cintos, cuecas, além de camisaria com fabricação própria. Em moda feminina há uma grande diversidade de itens como vestidos, calças, blusas, jeans, entre outras, do básico até looks mais produzidos para festas, inclusive em moda plus size. E ainda comercializa uma encantadora linha de acessórios femininos como brincos, colares, pulseiras, anéis, cintos e bolsas. Renata ressalta que o horário de funcionamento da loja do centro é diferenciado, permanecendo de portas abertas de segunda a sexta-feira até 18h30, e aos sábados até 17h30. Roth Store Localizada no Território do Calçado, a Roth Store oferece o melhor da moda feminina em produções casuais e bem elaboradas, procurando facilitar a vida da mulher, oferecendo serviços e soluções para as mais diversas ocasiões de forma personalizada e inovadora. Além de conhecer as últimas novidades em tendências e produtos, Mariana Martins das Chagas, 29, gerente da Roth Store, conta com uma equipe treinada e sempre disponível para orientar suas clientes no processo de escolha, seja para um evento importante, uma festa de última hora ou para dar uma repaginada no visual, sempre levando em conta o biótipo de cada uma. Lojas Roth – Território do Calçado Primeira unidade da Roth em Jaú, a loja reinaugurou seu espaço no Território do Calçado no dia 15 de agosto último, com um coquetel que recebeu amigos, convidados e clientes. A gerente Mariana Fernanda Leite, 25, explica que o novo espaço é bem amplo, climatizado, com uma decoração moderna e toda a estrutura direcionada para o cliente escolher, experimentar ou tirar dúvidas sobre os produtos. A equipe dispensa sempre total atenção às necessidades de cada pessoa, o que torna agradável a experiência de escolher e comprar. Além disso, a Roth apresenta o melhor da moda em suas coleções, com novidades que superam as expectativas. Loja virtual Uma das mais bem estruturadas lojas em e-commerce, em
Valéria e a equipe de gerentes da lojas Roth Gerente Mariana Leite e equipe de vendas Loja Roth Território
Gerente Mariana Chagas e equipe de vendas Loja Roth Store
Gerente Renata Coutinho e equipe de vendas - Loja Roth Centro
Interior Loja Roth Território Projeto Onix Strass
www.lojasroth.com.br é possível encontrar todos os produtos comercializados de maneira simples e muito visual, com moda masculina, feminina, acessórios, bolsas, plus size e ofertas incríveis. E em caso de troca o cliente pode procurar uma loja física, onde todas as suas dúvidas serão esclarecidas.
Fachada Loja Roth Território
Primavera Verão 2016 Com a proposta de conquistar clientes que se identifiquem com o conceito da loja, a Roth preocupa-se em trazer sempre novidades atraentes, modernas e inovadoras para suas vitrines, preocupando-se em manter uma política de preços de “fast fashion”, ou seja, bastante acessíveis e competitivos. Conheça a Pré Coleção Primavera Verão 2016 que chega às lojas com peças lindas, originais e que certamente trará muita personalidade, seja qual for o seu estilo.
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Lojas Roth - Centro Rua Major Prado, 294 - (14) 3621-5575 rothjaucentro@hotmail.com Lojas Roth - Território do Calçado (14) 3624-8741 - rothterritorio@lojasroth.com.br Roth Store - Território do Calçado (14) 3621-2265 rothjaustore@hotmail.com
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Fachada Loja Roth Store
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Consultoria
Por Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves consultoria@revistaenergiafm.com.br
Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves é administrador, contador, consultor, palestrante e professor universitário com MBA pela FGV – RJ em Gestão Estratégica de Pessoas; presidente da AESC – Associação dos Escritórios e Profissionais da Contabilidade de Jaú e região - gestão 2004/2005; atualmente diretor da AESC Jaú; proprietário do DinamCorp Corporação Empresarial e Contábil; proprietário da Prosol Unidade Jaú e consultor e orientador em desenvolvimento de softwares Prosol – São Carlos
Seja fiel ao seu cliente ou não espere dele fidelidade Todos somos consumidores de uma maneira geral, o que nos dá a condição de criticar ou elogiar os produtos ou serviços que adquirimos e os locais que frequentamos diariamente
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ou apaixonado por lugares tranquilos, boa comida, atendimento decente e respeito pelo consumidor acima de tudo. Por isso, ao entrar em qualquer comércio, escola, oficina, loja de manutenção e solicitar algum serviço ou produto, procuro sempre analisar o que oferecem de diferente dos seus con-
correntes. Outro dia estive numa panificadora, lugar bonito, bem cuidado, atendimento legal e com uma variedade enorme de doces e salgados, uma perdição para os amantes da culinária. E para aqueles que seguem regimes, quase um desafio aos olhos e ao estômago. É daqueles lugares onde você entra e parece não querer sair mais, sempre tudo em ordem e os produtos colocados de maneira simetricamente e deliciosamente atrativos. UM CONVITE AO PECADO. Comprei aqueles canudinhos doces de beijinhos e, para minha surpresa, CADÊ O RECHEIO feito pela vovó? É, aquele mesmo que sempre tiveram, que me lembrava a infância, trazia ótimas recordações, podia sentir o aroma da época. Optaram por rechear com doce industrializado, que compramos em prateleiras de supermercados. A graça da desgraça era exatamente a diferença e ao degustar mandou a expectativa para a casa do chapéu. Aí eu pergunto: PRA QUÊ MEXER NA QUALIDADE? Claro que teremos respostas, tais como: redução de custos, mais facilidade para quem faz, já vem pronto, o país está em crise, o consumidor quer preço (claro que sim, mas também paga
mais por mais), entre outras que não explicam convincentemente quem está ali justamente por causa da qualidade que sempre prezaram. Cara, mexe em tudo, menos na qualidade do seu produto ou serviço. Isso é investimento às avessas, é levar vantagem em desvantagem, é querer SUBESTIMAR A FIDELIDADE DO CONSUMIDOR e é o começo do fim do seu negócio. Pegam o que sempre deu certo, num relance esquecem a razão e caem na armadilha da emoção. Sabemos que é preciso parar, pensar, ouvir os empregados que estão na linha de frente para sentir, saber e ver o que de fato pode ser melhorado ou mudado, e avaliar quais as atitudes que serão tomadas daquele momento em diante, sem colocar em risco o negócio. Aquela frase que diz “O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã” é muito verdadeira e expressa que devemos nos preocupar sempre em fazer o nosso melhor e o jogo limpo com aquele que investe em nós: O NOSSO CLIENTE. Pois, com certeza, se ele retornou é porque houve uma época em que sua empresa ofereceu produtos e serviços bons, e de certa forma utilizou as pessoas certas. Porém, a queda nas receitas fez com que deixassem todo aquele gás para trás e partissem para a mesmice dos outros. Mudar as coisas sem MEDIR AS CONSEQUÊNCIAS e os efeitos colaterais que aquela decisão implicará a partir da mudança, é o mesmo que baixar a guarda e esperar o gancho no queixo: não tenha dúvidas, você vai cair.
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Heloiza Helena C. Zanzotti
ída através da técnica de taipa de mão, e uma estufa de plantas que abriga uma belíssima coleção de orquídeas. Entre os objetos que chamam a atenção estão uma mesa usada pela escritora jauense Maria Dezonne Pacheco, a autora do livro “Sinhá Moça”, que virou filme e novela; o primeiro semáforo de Jaú; a antiga urna de lona, peça inventada pelo jauense Abílio Cezarino, usada nas eleições por todo o país, antes do aparecimento da urna eletrônica. O Museu abriga em suas dependências a Biblioteca Municipal Rubens do Amaral, com um acervo de mais de 25 mil volumes distribuídos em vários assuntos, uma gibiteca e a hemeroteca, com milhares de recortes de jornais utilizados para pesquisa, além de uma coleção de livros gravados em áudio para deficientes visuais. Ali também podem ser encontradas revistas da década de 50, exemplares de jornais jauenses desde 1909, além de mais de 20 mil processos forenses com muitas informações sobre famílias, escravos e fatos criminais antigos. O Museu recebe centenas de visitas todos os meses, entre cidadãos jauenses, pessoas de outras cidades e grupos de escolas de Jaú e região. Aberto de segunda a sexta-feira das 9h às 11h30 e das 13h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados das 13h às 17h.
Fotos: Internet
enominado inicialmente Museu Pedagógico Jorge Tibiriçá, inaugurado em 29 de agosto de 1975, o Museu Municipal de Jahu foi criado pela Lei Municipal 2258/84 publicada em 12 de setembro de 1984 e posteriormente teve seu nome alterado para Museu Municipal José Raphael Toscano pela Lei 4461, publicada em 08 de junho de 2010. Localizado na Avenida João Ferraz Neto, na Praça Dr. Lopes, ocupa o espaço de uma chácara, antiga residência de Francisco Claudio de Almeida Prado e sua esposa Lúcia Penteado de Almeida Prado. O imóvel original, que tem a forma de um “X”, não sofreu nenhuma reforma para abrigar o museu, tendo sido apenas adaptado para receber o acervo. Em 20 de junho de 1987, após reforma e modelação, foi reaberto ao público com uma nova organização dos objetos, misturando o antigo e o contemporâneo. As paredes são bastante largas e foram erguidas com tijolos assentados em um tipo de “amarração”, sendo um na horizontal e dois na vertical, o que dá para conferir bem na entrada do prédio. Há também inúmeros para-raios sobre a casa, pois conta-se que o casal que ali residia tinha muito medo de raios. O museu possui uma sala especial dedicada ao Comandante João Ribeiro de Barros, onde está exposta a hélice original do hidroavião Jahu, com o qual ele cruzou o Oceano Atlântico; além da cama de seus pais, o berço usado por ele, diversos objetos pessoais e fotos de família. Na sala de comunicação há objetos interessantes como uma antiga mesa de PBX, um dos primeiros microcomputadores e o famoso “tijolão”, aparelho celular utilizado no início da telefonia móvel. Através do acervo existente pode-se conhecer a história da indústria calçadista em Jaú, dos povos nativos, da religião, da ferrovia, do café, da Revolução de 32, da botica (antiga farmácia que manipulava remédios), além da evolução da moeda brasileira. Em meio a tantos artigos que remetem ao passado, é possível admirar a arte por meio de telas a óleo pintadas por artistas de renome como as de Oscar Pereira da Silva. Nas dependências externas do museu há uma casa constru-
Museu Municipal de Jahu
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Energia Garota
Ana Paula de Carvalho
Por Paula Mesquita
Ficha técnica:
Fotos e Produção: Douglas Ribeiro Looks: Paula Mesquita Cabelo e Make: Fábio Fornarolli e Jonas Rafael
Tel.: (14) 3626 3850 Rua Campos Salles, 256 - Centro Jaú/SP Paula Mesquita Modas
14 3624.4946 Rua Sebastião Ribeiro 513
Comportamento
Transtorno
Bipolar
vendaval de emoções Texto Heloiza Helena C Zanzotti
Por acometer adultos jovens e prejudicar os aspectos familiar, social e profissional dos doentes, o diagnóstico rápido e o tratamento são fundamentais para garantir a qualidade de vida das pessoas e suas famílias
T
odos nós temos sentimentos como alegria, tristeza, medo, desânimo, raiva, enfim, com maior ou menor intensidade, todos experimentamos uma diversidade de emoções ao longo de nossas vidas. Nosso humor varia de acordo com a situação que vivemos no momento, assim, ficamos felizes com o nascimento de um filho, ou tristes com a morte de pessoas queridas. Entretanto, quando mudanças de humor ocorrem sem motivo aparente, quando a pessoa passa da mais pura alegria à raiva ou tristeza repentinamente, é sinal de que alguma coisa não vai bem. A história de Ana Ana, 25, enfermeira, solteira, foi levada pela família às sessões de terapia e quando não se mostrava agressiva, ficava o tempo todo calada. Com o tempo foi se sentindo mais à
vontade e conseguiu falar sobre o que a perturbava. “No mesmo instante em que estava feliz, tudo mudava. Eu tinha muito medo. Achava que estava sendo perseguida, que queriam me prender. Então passava dias escondida, não queria sair de casa, ficava a maior parte do tempo dentro do quarto, com a janela e cortinas fechadas. Eu sofria muito, pensei em suicídio várias vezes, só não fiz porque tinha mais medo de não morrer e ficar inválida”. Há seis anos Ana está em tratamento devido ao Transtorno Bipolar, sente-se bem mais tranquila, mas afirma que o diagnóstico correto demorou. O Transtorno Bipolar De acordo com a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB) filiada à ISBD - International Society for Bipolar Disorder, o distúrbio atinge 4% da população e é a sexta principal causa de incapacidade no mundo.
Imagem: Internet
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O psiquiatra André Gustavo Pellizzari, 33, especialista em psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria, explica que o Transtorno do Humor Bipolar (THB) é uma doença crônica, caracterizada por alterações cíclicas do humor, com períodos de depressão (baixa energia, tristeza, angústia) ou de manias (euforia, agitação, aceleração de fala, impulsividade, irritabilidade). “Até o início da década de 1980 era conhecida como Psicose Maníaco-Depressiva, termo alterado com razão, pois apesar de haver chance de ocorrerem sintomas psicóticos em alguma fase da doença, isso não é uma regra” esclarece. Ele ressalta, entretanto, que há perfis clínicos diferentes, em que variam a intensidade dos sintomas, os intervalos entre os ciclos da doença e os fatores desencadeantes de crise. “Os manuais de diagnóstico reconhecem apenas os tipos I (crises de mania com sintomas mais intensos), tipo II (sintomas de mania menos intensos, mas não menos prejudiciais) e a Ciclotimia (com alterações de humor pouco mais sutis, sem o preenchimento de critérios para crises depressivas ou de mania). Estudiosos, porém, chegam a descrever mais de sete tipos, além de se falar muito no termo espectro bipolar, mais abrangente”. 40 Revista Energia
O diagnóstico Dr André Pellizzari explica que o diagnóstico é essencialmente clínico, feito apenas por especialista através da história colhida, observação dos sintomas e resposta a tratamentos prévios, descartando outras patologias ou fatores que possam confundir o diagnóstico, como abuso de drogas ou medicamentos. “O termo Transtorno, utilizado em psiquiatria, representa principalmente o grau de sofrimento pessoal e/ou social que os quadros trazem, assim, os prejuízos trazidos ao portador da patologia são claros como abandono de emprego ou relacionamentos na fase de depressão; descontroles emocionais e de impulsos como gastos desenfreados e agressividade, na fase da mania”. Quem pode apresentar THB Dados do National Institute of Mental Health, EUA, apontam que embora a doença possa começar na infância ou mais tarde, aos 40, 50 anos, a idade média de manifestação do Transtorno Bipolar é em torno dos 25 anos, e tanto homens como mulheres podem desenvolvê-la, independente de raça, etnia e classe social. Além disso, pesquisas demonstram que mais de
Reconhecendo sinais Sobre causas determinantes para a manifestação do Transtorno Bipolar, o médico diz que há uma conjunção de diversos fatores como vulnerabilidade genética, uso de substâncias (álcool e drogas), elevados níveis de estresse (principalmente na infância), entre outras. “Para os familiares, identificar alguém com THD em casa não é fácil, mas através da informação disponível para leigos nas principais associações de portadores da patologia é possível ficar atento a alguns sinais e, fundamental, à menor suspeita é importante levar a pessoa a uma consulta com o psiquiatra, pois apesar do maior acesso à informação na atualidade, o diagnóstico pode se confundir com quadros de transtornos de personalidade, abuso de drogas ou medicamentos, ou até mesmo alguma patologia orgânica”. Tratamento e cura Segundo o Dr Pellizzari, assim como em outras doenças crônicas como a hipertensão arterial ou o diabetes, o THB não tem cura. Porém, há uma grande chance de o portador ficar bem através da terapêutica disponível que vai desde a prescrição de medicamentos, psicoterapia, terapias ocupacionais e psicoeducação (para contar com a ajuda da família). “O portador de THB deve ser levado ao tratamento e a família deve aprender junto a lidar com a patologia, com a orientação dos profissionais, auxiliando na adaptação e no uso dos medicamentos, e principalmente reconhecendo os primeiros indícios de uma eventual crise se aproximando”, pontua o especialista. Para ele, a melhor maneira de ajudar o paciente é a família participar do tratamento. “Quem segue o tratamento regularmente não está imune a uma crise, mas o uso contínuo das medicações e um bom contato com os profissionais reduzem a chance de uma crise tomar proporções mais graves”. Sobre a necessidade de uma internação, o psiquiatra deixa claro que ela pode se fazer necessária quando, em uma crise, há o descontrole dos sintomas e a vida da pessoa ou dos próximos fica em risco. “Por exemplo, quando há risco de agressividade ou crise psicótica na mania; ideação e risco iminente de tentativa de suicídio na crise depressiva, abuso de álcool ou outras drogas”, completa.
Além disso, o tratamento do portador de THB é ininterrupto, e não se recomenda uma gestação em uso de medicamentos. Dessa forma, essa sempre é uma situação de risco e cada paciente deve tomar essa decisão em conjunto com seu médico e familiares”. O caso de Laura Laura, 31, casada, publicitária, apresentou os primeiros sintomas de THB há dois anos. O marido Fábio, 36, empresário, contou à RE que a princípio ela começou a reclamar que seus colegas de trabalho não gostavam dela e tinham inveja de sua cultura e competência. Pediu demissão e foi trabalhar em uma grande agência, com excelente salário. Meses depois as mesmas queixas com relação aos colegas, entretanto, desta vez ela acreditava estar sendo perseguida e dizia que algumas pessoas sabotavam seus trabalhos. Laura oscilava entre períodos de bom humor, acessos de raiva e tristeza profunda, mas a família só percebeu que havia algo errado quando ela recusou-se a sair de casa por vários dias afirmando estar sendo seguida por uma quadrilha que queria sequestrá-la. A seguir vieram as compras. Laura chegou a adquirir 36 pares de meias e 14 camisetas de uma só vez, ainda que em seu armário houvesse peças iguais, sem uso. Fábio recorda que foi à loja devolver os itens, bastante constrangido. Em outra ocasião ela contratou um salão de eventos elegante da cidade para um jantar em comemoração ao aniversário do pai. O marido explicou que o jantar realmente aconteceria, mas para a família apenas, na própria casa do pai e com a presença de umas doze pessoas bem íntimas. Com as crises de humor aumentando, gastos excessivos e outras atitudes desconexas, a família levou Laura para uma
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dois terços das pessoas com THB têm pelo menos um parente próximo com o problema, o que indica certo componente hereditário (Instituto Nacional de Saúde Mental). Dr Pellizzari esclarece: “Se um dos pais for portador de THB, há probabilidade de 10 a 20% de que os filhos apresentem a patologia. Se ambos forem, as chances aumentam para até 50%, segundo o grupo americano de estudos Depression and Bipolar Support Alliance”.
Uma vida normal Questionado sobre se é possível um paciente com THB levar uma vida normal, Dr Pellizzari pondera: “É possível a pessoa ficar distante de crises, manter-se estável por muito tempo, ter seu trabalho, sua família, seus amigos, sua vida social, enfim, ter uma vida considerada normal, desde que tenha cuidados e mantenha-se em tratamento regular”. Entretanto, quando o assunto é gravidez em uma jovem portadora do transtorno, ele alerta: “Há o risco aumentado de o filho vir a desenvolver a doença, em 10 a 20%, segundo alguns estudos. Revista Energia 41
avaliação e com o terceiro médico veio o diagnóstico de THB. Fábio explica que não foi fácil levar Laura ao consultório médico e que quando este sugeriu uma internação ela ficou furiosa, ameaçou agredir o profissional e revoltou-se contra Fábio dizendo que ele era cúmplice do médico para trancá-la em um hospital e arrumar outra mulher. Desde o diagnóstico foram três as internações, a última em junho deste ano, após Laura doar todas as suas joias a uma diarista (felizmente elas foram recuperadas) e passar noites acordadas afirmando estar ouvindo vozes. Patrícia, super mulher “Era assim que eu me sentia”, afirma Patrícia, 32, professora. Ela relata que as amigas diziam o tempo todo que queriam ser como ela. “Eu me sentia poderosa, linda, invejada. Frequentava academia duas vezes ao dia, dormia muito pouco, mas acordava com pique total. De uma hora para outra eu ficava agressiva, ofendia alguém da família sem motivo, perdia o controle, explodia. Mandava as pessoas embora da minha casa, queria ficar sozinha”. Emocionada, ela diz que depois das explosões de raiva sentia-se má, chorava muito, ficava bastante deprimida. Patrícia chegou a tomar grande quantidade de comprimidos, não queria mais viver. Foi parar no hospital e de lá foi encaminhada ao psiquiatra, onde ainda faz tratamento para Transtorno Bipolar. Foi proibida de dirigir e de sair sozinha. “No começo não aceitei, mas depois tive que concordar. Hoje eu estou bem, trabalhando, mas não posso deixar de tomar a medicação. É para o resto da vida”, afirma. Gente famosa É bem grande a lista de artistas que já assumiram ser bipolares. Catherine Zeta-Jones não esconde o fato de ter se internado em 2011 para tratamento de seu Transtorno Bipolar tipo II. Demi Lovato confirmou ter a doença, disse que estava maníaca, tratou-se e atualmente faz acompanhamento. Outra famosa é Britney Spears, que manteve seu segredo por bastante tempo e que agora parece ter recuperado o equilíbrio. O roqueiro Kurt Cobain, apesar do sucesso, tirou a própria vida aos 27 anos e uma das músicas da banda é intitulado “Lithium”, que também é um estabilizador de humor utilizado no tratamento do Transtorno Bipolar. A lista ainda inclui Marilyn Monroe, Sinead O’Connor e o pintor Vincent van Gogh. No Brasil temos a cantora Rita Lee, a atriz Cássia Kiss, o ator Maurício Mattar, entre outros.
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André Gustavo Pellizzari
THB e suicídio A importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado justifica-se pelo fato de levar o portador à perda de emprego, divórcio, caos financeiro, complicações com a lei e outros problemas além, é claro, da alarmante taxa de suicídio. Aliás, o suicídio é a causa mais frequente de morte, principalmente entre os jovens. Estima-se que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas, e 15% efetivamente o cometem. Dr André Pellizzari fala sobre outras complicações que podem surgir: “Maior incidência de doenças metabólicas como hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipercolesterolemia, obesidade e até neoplasias; assim, hábitos de vida saudáveis são primordiais para uma melhor evolução do quadro. Álcool e outras drogas ilícitas acentuam os sintomas, aumentam as chances de crises, aumentam a gravidade das crises e aumentam as chances de pessoas vulneráveis desencadearem a patologia”. Portanto, é indiscutível que o tratamento adequado do THB reduz a incapacitação e a mortalidade dos portadores e a família, sem dúvida, é engrenagem fundamental para a promoção de uma melhora na qualidade de vida dos envolvidos. Por fim, sabe-se que a luta a ser travada nesses casos é longa e difícil, mas vale a pena manter o equilíbrio da própria vida.
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Empresarial
Por Antônio Paulo Grassi Trementocio empresarial@revistaenergiafm.com.br
Vencendo a crise Muitos empresários não sabem mais como agir diante de uma crise que aparenta ser sem solução e sem previsão de término
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que escutamos em todos os cantos do país são empresários em real e profundo desespero, delapidando seu patrimônio, vivendo graves crises pessoais, familiares e emocionais, e muitos deles fisicamente adoecendo. Esse cenário atinge desde pequenos empresários até grandes indústrias do país; para constatar, basta olhar para o lado e para a mídia. Naturalmente a pergunta que nasce é: Como devo agir? Devo prosseguir, desistir, e outras dúvidas das mais variadas formas. Nesta matéria quero trazer algumas assertivas que podem ajudar você, empresário, a vencer a crise e inicio minhas sugestões trazendo uma metáfora que pode ajudar muito em meio ao seu desespero. Quando estamos diante de uma grande tempestade, e aqui podemos fazer a analogia para qualquer situação difícil em nossas vidas, nossa primeira reação é pular no mar e entregar-se ao desespero, à angústia e ao medo. Mas aqui está o maior segredo: feche seus olhos e apenas reme, reme, reme sem cessar. Devagar ou depressa, reme, pois a única certeza que temos é que ela vai passar. Ainda que tudo pareça sem solução, apenas reme. Um dia de cada vez. Resolva uma situação de cada vez. Apenas uma. Amanhã será outro dia. Outra sugestão prática é buscarmos fazer mais, ou o mesmo que fazemos hoje, com menos, muito menos, agindo com sabedoria, inteligência, foco, dinamismo. Neste ponto precisamos sair das nossas mesas administrativas. Devemos ir para a linha de frente, descendo as escadas, nos mostrando para nossos colaboradores, fornecedores e clientes. Precisamos buscar sobreviver, crescer.
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Mais uma sugestão é não ser otimista, mas realista, porém, não deixar de buscar alternativas incessantemente. É importante deixar claro que não devemos ficar reclamando. Precisamos agir e não nos esquecermos de que a crise é uma grande oportunidade para muitos que sabem usufruir dela. Há uma história que dois vendedores de calçados se dirigiram para uma localidade onde ninguém usava calçado nos pés. Diante dessa realidade, os dois enviaram mensagens para seus superiores. O primeiro, pessimista, mencionou que estava indo embora daquele local, pois não conseguiria vender nenhum par de calçado; já o outro mencionou que a indústria deveria se preparar, pois venderia muitos pares de calçados. Vemos que a realidade era a mesma para os dois, porém, a forma de encará-la e utilizá-la foi diferente, e é assim que devemos nos comportar como empresários na crise vigente. Enfim, desejo que as letras aqui colocadas possam colaborar para você passar por essa tempestade econômica. Desejo que você, empresário, não tome nenhuma decisão precipitada. Não pule no mar. Ainda que seus braços estejam cansados, ainda que seu peito aperte de angústia, ainda que você não consiga mais dormir. Reme, reme, reme. Posso garantir que essa tempestade vai passar, e quando ela passar tenho certeza que você estará mais forte, mais vivido, mais corajoso, e o melhor de tudo, mais sábio para prosseguir com sua atividade de uma maneira saudável e lucrativa, abandonando todos os erros e equívocos cometidos no passado. Aproveite a crise. Sofra, mas aprenda. Santo Agostinho sempre disse que se Deus permite algo ruim em sua vida, no mesmo instante Ele o presenteia com bênçãos. Então, procure suas bênçãos e vença.
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Look de artista
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Legislação
Quem cuida
dos animais? Enfim conseguimos instaurar CPI para investigar maus tratos aos animais
Deputado Federal Ricardo Izar Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, Presidente da Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, Membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
Texto Ricardo Izar |Colaboração Luís Filipe Nazar
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omo a maioria dos leitores deve saber, há muito tempo, logo que me elegi Deputado Federal pela primeira vez, minha filha Isabela, na época com apenas 7 anos de idade, perguntou qual era a função de um Deputado. Respondi que os Deputados criavam leis para cuidar das pessoas e, então, ela me perguntou: e quem cuida dos animais, papai? Esse foi o primeiro passo para que eu começasse a minha jornada em prol da defesa dos direitos animais. Desde então apresentei diversos projetos de lei que salvaguardam os animais das mais variadas formas, além disso, sou o criador e presidente da Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos Animais, que tem a missão de conseguir avanços sobre essa matéria pela união de forças do grupo de parlamentares que a assinaram, que hoje passam de 300, dos 513 da Câmara dos Deputados. Ainda na legislatura anterior entrei com um pedido para a instauração de uma CPI para investigar diversos escândalos de maus tratos, como o caso do prefeito da cidade de Santa Cruz do Arari, no Estado do Pará, que editou um decreto em que pagava um valor para quem trouxesse animais (cachorros e gatos) vivos ou mortos para a prefeitura, visando ao controle populacional; ou, ainda, o caso do Deputado que postou em uma rede social a foto de uma onça morta, como se fosse um troféu, exibindo o fruto de sua caçada por pura diversão. Foram diversos os casos que justificaram o pedido da CPI, e o mais importante de tudo isso é que ela foi instaurada. Não deixaremos que tudo isso reste impune. Estamos trazendo à tona esse tema para que a Comissão seja
mais do que apenas investigativa, mas propositiva de Projetos de Leis e Políticas Públicas destinadas ao cuidado com os animais. Ressalto que esse é um tema, inclusive, de saúde pública, já que dados da Organização Mundial da Saúde indicam que a cada real investido em controle de zoonoses e populacional de animais, economizam-se 27 reais mais adiante em saúde humana. O caso do Instituto Royal, instituição localizada na cidade de São Roque e que fazia testes cruéis para cosméticos e fármacos em animais, está sendo uma das matérias fervilhantes da CPI, que já avança nas investigações. Novos dados sobre as suas ações já revelaram que essa entidade não possui cadastro no Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal (Concea), em especial quando recebeu cerca de R$ 5 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para realizar suas pesquisas. Essa informação foi revelada pela presidente da Comissão de Ética da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), Denise Fantoni, convidada a depor por ter aprovado pesquisa de aluna que utilizou dados do instituto para elaborar sua tese. Se o instituto não estava cadastrado, também não poderia utilizar animais para testes laboratoriais. Ao mesmo tempo, o ministério (MCT) só pode repassar recursos para entidades cadastradas no Concea. Ademais, biólogos afirmam que a experimentação animal não garante eficácia aos medicamentos, pois existem diferenças entre as espécies em relação às vias moleculares e metabólicas. Estamos vendo que a CPI está trazendo à tona mais do que os maus tratos, mas a corrupção que se escondia por traz de alguns experimentos cruéis. O trabalho será incansável no sentido de que nada reste impune, isso eu posso garantir. Revista Energia 49
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Negócios
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Texto Heloiza Helena C Zanzotti
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Ao longo dos últimos anos as franquias vêm se destacando na vida econômica do Brasil, que já é o terceiro país do mundo onde este segmento mais cresce
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uito se tem falado em crise, desemprego, fechamento de empresas. Entretanto, em meio a uma conjuntura econômica desfavorável, há quem tenha o que comemorar. Dados divulgados este ano pela ABF – Associação Brasileira de Franchising apontam que o setor faturou alto em 2014, cresceu 7,7%, gerou empregos e teve mais de 200 novas marcas que ingressaram no mercado. Reconhecido pelo baixo risco de investimento, o setor também tem baixo índice de negócios fechados.
As primeiras franquias A origem do sistema de Franshising data de 1862, nos EUA, quando a empresa I. M Singer & Co, fabricante de máquinas de costura, começou a conceder o direito de uso de sua marca e de comercialização de seus produtos para comerciantes locais, sem nenhuma ligação com a empresa. Posteriormente grandes indústrias como a General Motors e a Coca-Cola também instituíram os seus sistemas de franquia. No Brasil a novidade chegou nos anos 60 e não parou mais de crescer. Como funciona o sistema Fábio Trombeta, consultor empresarial e docente do Senac Jaú na área de Gestão e Negócios, explica que franquia é basicamente um modelo de negócio onde uma empresa se propõe a ceder sua marca e todo seu know-how a partir de uma contrapartida financeira. “O investidor tem a oportunidade de entrar em um negócio que já existe e simplificar boa parte do planejamento necessário para abertura do mesmo. No sistema de franquias muitos itens são definidos ou cedidos pela empresa franqueadora como equipamentos, análise do mercado consumidor, estratégia de marketing, definição de políticas de compra, venda e muitos outros pontos que vão desde a escolha da cor da fachada até a definição dos preços a serem praticados”. Ele cita como exemplo algumas franquias de fast food presentes na maioria das cidades: “A mesma franquia que existe em Jaú e Bauru, por exemplo, contam basicamente com a mesma identidade visual, uniformes, preços, etc”. Na contramão do cenário econômico Rafaela Brugnatti, analista de negócios do escritório regional do Sebrae-SP em Bauru (que tem abrangência em 35 cidades da região, incluindo Jaú), faz uma análise do crescimento do setor em tempos de crise: “As franquias se apresentam como um investimento mais seguro e de menor risco, pois já eliminam o problema inicial de começar uma nova empresa e ter que tornar a marca conhecida. O fato de ser uma imagem consolidada e um produto que já vem acompanhado de todas as pesquisas de mercado facilita esse primeiro passo, fazendo com que o empreendedor não comece do zero”. Ela afirma que a procura por franquias cresce muito durante as crises e os fatores determinantes são o aumento do desemprego ou a perspectiva e o temor dele, além dos programas de demissão voluntária que normalmente ocorrem nestas épocas. Profissionalismo e desenvolvimento Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de franchising respondeu por 16,9% dos empregados registrados em 2014, enquanto a indústria reduziu as contratações e até demitiu (Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários do IBGE). De acordo com a Associação Brasileira de Franchising é notório o amadurecimento e profissionalização que o sistema vem apresentando, especialmente após a Lei do Franchising (8.955/94), que regulamenta suas ações. Além disso, os treinamentos Revista Energia 51
Riscos e cuidados Antes de sair correndo atrás de algum negócio de franchising é bom saber que embora menores os riscos existem, e alguns cuidados são imprescindíveis para quem pensa em ingressar neste mercado. Como alerta a analista do Sebrae Rafaela, há desvantagens como pouca flexibilidade (os controles sobre as operações do franqueado são constantes e permanentes), podem ocorrer falhas como o descumprimento de algumas cláusulas do contrato e alguma divergência quanto ao local, pois muitas vezes o franqueado possui um bom imóvel para a instalação, mas o estudo feito pela unidade franqueada pode indicar que o mesmo não é apropriado para o negócio. Fábio também ressalta que é importante que o investidor realmente pesquise a empresa franqueadora, seus concorrentes, sua aceitação no mercado, visite outras franquias, converse com franqueados e analise com cuidado a questão da localização do negócio. Rafaela lembra que alguns passos devem ser seguidos como analisar a Circular de Oferta de Franquia (COF) que é entregue pelo franqueador para que o candidato a franqueado analise em 20 dias. Por se tratar de um documento importante, é necessário submetê-lo a um advogado, para que esse indique pontos obscuros. “Recomendo também conversar com ex-franqueados para saber quais foram os pontos negativos da franqueadora e com franqueados atuais, que poderão esclarecer dúvidas quanto ao cotidiano do negócio”, pontua.
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Segmentos em alta Rafaela cita que pesquisa feita pela ABF indicou que alimentação permanece sendo um dos mais expressivos e consolidaRafaela Brugnatti
Fábio Trombeta
dos segmentos do franchising e, isoladamente, é o principal em receita, com maior fatia na composição do faturamento total. Negócios relacionados à terceira idade também têm tudo para dar certo. “Estudos indicam que a população com mais de 60 anos deve triplicar nos próximos 40 anos, portanto, a demanda por serviços especializados aumenta”. Além destes, o segmento de beleza foi um dos que mais cresceu no ano passado. E a saúde não fica de fora. “Clínicas odontológicas estão em alta. Franquias que ampliam o acesso a tratamentos dentários a preços mais populares tendem a ganhar cada vez mais espaço no mercado”. Fábio ainda cita o setor de pet shop e pontua: “A questão principal é adequar o produto ou serviço ao público local. O mercado e o cenário atual não permitem empresas que fazem mais do mesmo, o espaço existe para empresas que inovam nas soluções e que oferecem mais por um custo menor”. Perspectiva e investimento Para nossos entrevistados, o setor continuará a crescer. Como explica Fábio, as franquias estão cada vez mais ganhando espaço e principalmente se adequando a mercados que até pouco tempo atrás não comportariam altos investimentos. “Hoje existem franquias para todos os investidores (a partir de R$ 1.000,00). Temos franquias que oferecem vários tamanhos de loja ou até mesmo quiosques. Penso que ainda tem muito a crescer, pois quando bem analisada, a opção pela franquia pode minimizar os riscos de se abrir uma empresa, sendo uma ótima opção para investidores mais conservadores e moderados”. A analista do Sebrae completa: “O que vemos em nossa região é uma procura crescente em empresas querendo se tornar franquias, em nosso escritório é constante a procura por esse tipo de atendimento”. Ela conta que desde fevereiro, a ABF e o SEBRAE vêm desenvolvendo em todo o país o “Projeto Franquias Brasil”, que leva cursos sobre o sistema de franchising para cidades de médio e pequeno porte, além de algumas ca-
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e capacitação constantes contribuem para um atendimento de qualidade ao consumidor, o que fortalece essas empresas. Para o consultor Fábio, as franquias também acabam constituindo opções para que pessoas que estão fora do mercado de trabalho voltem para o mesmo na condição de empresários.
pitais. “O SEBRAE, através do escritório regional de Bauru, se coloca à disposição no atendimento aos empresários e futuros empresários para sanar as mais diversas dúvidas sobre gestão empresarial, inclusive as decorrentes do sistema de franquias”, afirma Rafaela. Experiência de quem usa Alex Tiago de Souza, 34, proprietário da “Upii Batata Belga” relata sua experiência: “Hoje em dia para ser um franqueado não precisa fazer um alto investimento, mas é necessário saber tudo sobre a franquia que se quer. Venho estudando sobre franquias há mais de um ano e estou na minha terceira franquia, todas em shopping”. Para ele, as chances de um franqueado obter sucesso em seu negócio são maiores do que as de uma pessoa que monta um negócio independente. Mas faz uma ressalva: “Há algumas falhas no franqueador, mas no final tudo deu certo. Minha observação é que devemos saber e estudar muito onde empregamos nosso dinheiro”. Mercado está seletivo Seja qual for o modelo de negócio escolhido, Fábio adverte: “O empreendedor deve ter consciência de que se faz necessário muito estudo, trabalho e perseverança, pois o mercado atual é extremamente seletivo e as empresas não têm mais margens para erros. É preciso conhecer muito do mercado, do produto ou serviço que está oferecendo e principalmente acompanhar ativamente o que se passa em sua empresa”. Outro ponto importante a ser considerado é a questão do atendimento ao clien-
te: “Parece absurdo, mas a maioria das empresas ainda peca no atendimento ao cliente demorando para retornar solicitações ou deixando a desejar no produto ou serviço demandado”. Todos estes números e fatos mostram um cenário extremamente favorável aos investimentos em franshising no Brasil, ainda com a economia instável. Entretanto, apesar do espirito empreendedor que quase todo brasileiro tem, é sempre bom seguir as dicas e conselhos dos nossos especialistas entrevistados. Sucesso!
Alex Tiago de Souza
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Jaú shopping Até o dia 17 de setembro a promoção “Pague 1 Leve 2” continua na Praça de Alimentação no Jaú Shopping. Além de receber produtos em dobro, o cliente ganha descontos nas lojas. A promoção acontece de segunda a quinta-feira, a partir das 17h.
1. Naiara Sanchez e James Lucas 2. Adriana Mazzetto e Luiz Gustavo Pires da Fonseca 3. Filipe Batocchio e Diego Ximenes Vieira
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Foto: Leandro Carvalho
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Bar do Português Reconhecido nacionalmente pelo melhor e mais saboroso chope, o Bar do Português, presente em Jaú desde 2010, é diariamente escolhido para happy hour com amigos e como refúgio para aqueles dias de stress. Venha você também!
1. Paulo Takaki e Bruno Freitas 2. Joseane Reale e Camila Ressinetti 3. Bruna Techi e Danieli Vicente 4. Marina Palmesan e Marina Putte 5. William Matos, Filipe Azevedo e Wilson Fernandes Junior
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Colégio Porto Alvorada
A cada ano, na terceira quinta-feira do mês de março, um gigantesco número de estudantes (neste ano, mais de seis milhões) em todo o mundo faz parte de um importante evento internacional de Matemática, o “Canguru de Matemática”. Estudantes de todas as idades, dos 7 aos 18 anos, podem participar da competição, em seis diferentes categorias etárias, resolvendo 24 ou 30 testes de múltipla escolha em 90 minutos (ou mais, dependendo do país participante). Neste ano, no Brasil, foram 126.272 mil alunos participantes. Pelo Colégio Porto Alvorada participaram alunos do 2º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, e com muito orgulho e alegria recebemos a notícia que tivemos 5 medalhistas sendo 4 de bronze (Guilherme, Larissa, Eduardo e Rafael) e 1 de prata (Pedro).
1. Guilherme Claro Pereira, Larissa Salmazo Bezerra, Pedro Oliveira Monare, Eduarda Gallis Montanari e Rafael Calderan Bebber 2. Professores e alunos participantes da premiação Canguru de Matemática Brasil
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medo? Há algum tempo temos ouvido notícias ligando o uso de contraceptivo oral ao acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. A verdade é que o risco existe, principalmente se a pílula for usada indiscriminadamente Texto Tamara Urias
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udo começou com uma leve dor de cabeça. Com o decorrer dos dias a dor, ao invés de cessar, se intensificou. A estudante Letícia, 19, foi levada pela mãe ao Pronto Atendimento, onde foi diagnosticada e tratada como enxaqueca. Passados três dias a dor persistia e ela foi levada novamente ao Pronto Atendimento. Ali, Letícia foi consultada por outro médico que acreditava que ela estava com uma forte sinusite. Um antibiótico foi prescrito e ela retornou para a casa. Algumas horas após ter ingerido o remédio, Letícia começou a passar mal, perdeu o controle das pernas e braços, o lábio formigou e ela foi levada às pressas para a emergência da Santa Casa. O plantonista imediatamente solicitou exames, entre eles uma tomografia onde atestou uma alteração na veia da cabeça. Um neurologista foi chamado e novos exames foram pedidos. A ressonância magnética mostrou que a estudante havia tido uma trombose venosa cerebral (TVC), um tipo de acidente vascular cerebral (AVC) que acontece quan58 Revista Energia
do um coágulo de sangue entope uma das artérias do cérebro, podendo levar à morte ou a sequelas. O fato ocorreu em função do uso do contraceptivo oral que ela havia começado a tomar há pouco mais de um mês. O remédio foi prescrito por um ginecologista, mas o que ele não sabia é que a avó materna da estudante havia tido trombose na perna. Hoje Letícia passa bem, mas durante um ano vai fazer tratamento em função do risco de ter hemorragia; a cada três semanas a jovem tem que fazer exame de sangue para ver se a dosagem do medicamento precisa ser aumentada ou diminuída. O caso é recente, ocorreu em julho deste ano em Jaú. O anticoncepcional hormonal é um medicamento, e como todo medicamento apresenta riscos e benefícios, portanto, só deve ser usado quando os benefícios ultrapassarem os riscos potenciais e teóricos. De acordo com a médica ginecologista e obstetra, responsável pelo setor de Ginecologia e Obstetrícia e pelo Ambulatório de Gestação de Alto Risco da Santa Casa de
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Jaú, Mirce Milhomem da Mota Tamanini, 54, toda usuária de contraceptivos deve ser cuidadosamente avaliada, e o método escolhido deve passar pelos critérios de elegibilidade estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela FEBRASGO (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), onde se avalia cada método para cada usuária individualmente, dividindo-se em quatro categorias: não tem restrição a uso, os benefícios são maiores que os malefícios teóricos ou comprovados, os malefícios teóricos ou comprovados podem ser maiores que os benefícios e não pode ser prescrito devido ao risco inaceitável. “Cada mulher deve ser individualmente avaliada porque todas podem correr riscos, no entanto, deve-se ter em mente que o risco de morte ou eventos graves associados ao uso de anticoncepcional é muito menor, por exemplo, do que dirigir automóvel ou moto”. Mirce acrescenta, ainda, que mulheres com hipertensão arterial, doença cardiovascular, doença cardíaca isquêmica, diabetes com complicações vasculares, epilepsia, AVC, cânceres hormônio-dependentes, mutações trombogênicas, portadoras de HIV ou AIDS, enxaqueca com aura, doenças hepáticas como cirrose ou tumores têm contraindicações ao uso de contraceptivos, mas muitas outras condições clínicas menos graves podem constituir contraindicações relativas, e cada caso deve ser avaliado individualmente. Os efeitos colaterais de menor importância como retenção hídrica, náuseas, cefaleia, alteração de pele e outros podem ser causas de descontinuação do uso. Mas o uso da pílula também oferece benefícios como redução da acne, excesso de pelos, tratamento da síndrome de ovários policísticos, dos cistos funcionais do ovário, melhora do padrão menstrual, tratamento de cólicas, da endometriose, entre outros. “O anticoncepcional proporcionou a muitas mulheres uma considerável melhora na qualidade de vida, bem como no exercício da sua sexualidade”, explica.
“Cada mulher deve ser individualmente avaliada porque todas podem correr riscos” - Pontua Mirce Mirce Milhomem da Mota Tamanini,
Pode causar AVC? O uso de anticoncepcionais hormonais pode aumentar o risco de fenômenos tromboembólicos, entre eles o tromboembolismo venoso (TEV) e o Acidente Vascular cerebral (AVC). Apenas mulheres com fatores de risco como portadoras de trombofilias congênitas ou adquiridas, malformações vasculares ou outras doenças que predispõem - hipertensão, diabetes, câncer, doenças venosas, enxaqueca com aura, entre outras, têm risco aumentado. A especialista diz que às vezes é difícil fazer a triagem das mulheres com maior risco para excluí-las do uso do anticoncepcional. “Por exemplo, no caso das trombofilias, que provavelmente são as condições mais relacionadas aos fenômenos tromboembólicos em mulheres jovens, a raridade dessas condições não indica a sua pesquisa em todas as mulheres para as quais se vai prescrever pela primeira vez um anticoncepcional. O risco de AVC e TEV são maiores no primeiro ano de uso, por isso não se recomenda a troca indiscriminada de anticoncepcionais de uma marca pela outra apenas porque é mais moderno ou porque a vizinha recomendou”. Lembre-se: o anticoncepcional não deve ser comprado sem prescrição médica, porque os fatores de risco só podem ser avaliados por um médico especialista. Ao ser questionada do motivo pelo qual cada vez mais tem sido recorrente ver jovens tendo AVC em função do uso, Mirce diz que é possível que seja apenas devido à globalização da informação. “Não há registro estatístico da maior incidência. Outros fatores podem estar envolvidos na gênese do AVC como as dislipidemias, obesidade, hipertensão e diabetes, que são hoje considerados como o mal do século”. Para quem não pode ou não quer usar a pílula anticoncepcional, há outros métodos como o Condom ou diafragma; os comportamentais como Billings, tabelinha e coito interrompido, porém, são de menor eficácia. “O DIU de cobre ou hormonal, que em geral tem menor risco que os contraceptivos orais ou injetáveis, e para os casais com prole definida existe também o recurso da laqueadura ou vasectomia”, complementa. Anticoncepcional x câncer Muito se discute sobre os efeitos da anticoncepção hormonal no risco de câncer de mama, mas há dificuldade em estabelecer vínculo de causa-efeito entre o uso de anticoncepcionais e o aumento das afecções mamárias ao longo da vida da mulher. “Mulheres cujas mães ou irmãs tiveram câncer de mama antes dos 40 anos têm maior probabilidade de serem portadoras de mutações genéticas relacionadas ao câncer, e estas devem evitar o uso de anticoncepcionais hormonais”, pontua a médica. Comprovadamente, o uso de anticoncepcional reduz em 50% a probabilidade de câncer de endométrio e 20% de câncer de ovário para cada cinco anos de uso, mesmo naquelas portadoras de mutações genéticas. “Mas há um pequeno aumento da incidência de câncer de colo uterino pela maior prevalência de HPV, pois as mulheres que usam anticoncepcionais geralmente não usam preservativos”, diz. Eu tive um AVC e... No dia 14 de junho de 2013, ao levantar da cama, a comerciante Luciana Gigliotti Frattiano dos Santos, 30, sentiu o braço e a perna esquerda sem força, além da sensação de formiga-
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mento. Três dias antes desta sexta-feira fatídica, Luciana sentia dores de cabeça intensa, mas nunca imaginou que poderia ser algo sério. “Eu não dei muita importância, pois achava que o formigamento era resultado de um mau jeito”. Preocupado, o marido da comerciante ligou para o neurologista da família que já tratava das sequelas que um AVC deixou em seu pai, e contou o que estava acontecendo. “Ele disse que poderia ser o início de uma trombose causada pelo uso do anticoncepcional e que eu deveria ir ao seu consultório às 18h, horário em que chegaria lá”. Nervosa por não conseguir pegar objetos com a mão decidiu ir para o Pronto Socorro. “Começou bater o desespero, tudo o que eu tentava segurar não conseguia, minha mão tombava e eu não tinha força. No hospital acharam que era reflexo do nervoso, me deram medicação e fui dispensada”. Às 18h, após consultar com o neurologista, Luciana foi internada e uma bateria de exames foi solicitada. Pouco tempo depois o resultado da ressonância magnética apresentou o que ela havia tido: um AVC isquêmico. Começou então uma saga para descobrir a razão do problema e foi constatado que a causa era o contraceptivo oral. Imediatamente o remédio foi cortado. “Ele me disse que se eu fosse usuária de fumo ou álcool os danos teriam sido piores. Tempos depois, em consulta de rotina com o ginecologista, ele disse que quem tem enxaqueca com aura não pode tomar anticoncepcional e eu tomei por dez anos. Neste período tinha dores de cabeça terríveis e até perdi a visão, só que os problemas sempre eram atribuídos a ingestão de alimentos como mortadela e chocolate, além de frituras”.
Luciana Gigliotti Frattiano dos Santos
Depois do ocorrido, Luciana toma regularmente medicações para o sangue e para enxaqueca. “Fiz dez sessões de fisioterapia e graças a Deus não ficaram sequelas, foi um aviso e deu para contornar a tempo”, finaliza.
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guia da gula
guia gastronômico
sabores para
todos os paladares CHOCOLATES BRASIL CACAU Chocolates Brasil Cacau. Você conhece? Não? Então, tem que provar. Uma diversidade de produtos e sabores que fazem você cair em tentação. Barras, trufas, fondue, waffers, dindas, café, capuccino e tantos outros. E ainda oferece o cartão afinidade. Suas compras valem pontos e ao completar o cartão 10% do valor será convertido em produtos. O consumidor aqui tem sempre mais vantagens. Chocolates Brasil Cacau. Tem que provar.
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Jaú Shopping Telefone (14) 3621 869
É OKTOBERFEST NO EMPÓRIO CERVISIA A Oktoberfest é a festa mais famosa de Munique e tem como objetivo promover a cultura e gastronomia da região da Baviera. Todo ano ela começa no final de setembro e termina em meados de outubro. Em março de cada ano as seis maiores cervejarias de Munique começam a produzir especialmente para a festa as cervejas do estilo “Oktoberfest”, dentre as quais podemos destacar a Hofbräu, Paulaner e Hacker-Pschorr. Essas e outras cervejas você encontra no Empório Cervisia. PROSIT! Jaú Shopping - Piso superior Tel.: 14 3416 9151
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vida
Boa
Por João Baptista Andrade
Comida e Pelarga Não houve qualquer erro de sintaxe ou revisão. Apesar de elevada a possibilidade de o leitor haver imaginado que eu pretendesse fazer menção à doença, trata-se apenas de um neologismo
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ara quem, eventualmente, não tenha compreendido por completo onde residiria o risco de confusão, eu explico. A Pelagra é uma doença nutricional que decorre da falta de niacina na dieta. Além da razão mais que óbvia, advinda da fome pura e simples, a moléstia também é comum em pessoas que abusam doentiamente do consumo de álcool. Mas eu quis dizer Pelarga mesmo e não Pelagra. Eu, a exemplo de outros milhões de brasileiros, preciso trabalhar para viver. As contas chegam com uma precisão e regularidade impressionantes, portanto, se faz mister honrar os compromissos assumidos. Meus pais, enquanto viviam, fizeram exatamente o mesmo. Traduzindo: não sou uma pessoa rica, no sentido financeiro do termo. Nesses tempos bicudos em que vivemos de inflação alta, PIB de país africano (daqueles bem pobrinhos) e escândalos sem conta, o dinheiro é algo que precisa ser controlado. Tampouco sou um desses moradores de rua, desafortunado ou desvalido. Se não sou milionário e nem pobretão, sou um remediado membro da (hoje em vias de extinção) classe média. Tenho cabeça de classe média, valores de classe média e hábitos de classe média. Isto inclui mudanças no cardápio dos finais de semana. No dia a dia, o trivial bem feitinho agrada-me sobremaneira. Mas quando chegam a sexta-feira, o sábado e o domingo a gente merece algo mais caprichado, não é não? Dia desses fui ao peixeiro na praia, daqueles que expõem seus produtos sobre uma bancada e recobrem tudo com gelo. Nada de refrigeração por aparelhos! Peixe bom é peixe recém-pescado. E entre aquelas pilhas maravilhosas, fruto do esforço de gente que eu nem sequer terei a chance de conhecer, eu me deparei com ele. Um Vermelho maravilhoso, com pouco mais
de quilo e meio, quase vivo de tão fresco. Claro está que o levei para casa. Cozinhar um peixe delicado é mais ou menos como conviver com vizinhos. Basta ter bom senso, não exagerar nos temperos, não abusar da compreensão e tolerância e, mais que tudo, respeitar a natureza de cada um. Pois branqueei umas cebolas na manteiga e piquei no meio um maço de salsa e cebolinha. Os verdes eu temperei como se fosse uma salada. Tudo foi misturado (depois que as cebolas esfriaram) e acabou recheando o peixe. O que sobrou da mistura joguei por cima do bicho, junto com o sal e a pimenta branca moída na hora; esparramei azeite e cobri com papel metalizado. Para que o Vermelho não ficasse solitário demais na assadeira, espalhei umas colheradas de farinha de mandioca artesanal, produzida em São Luis do Paraitinga. Forno brando e paciência fizeram o restante. Almoçamos devagar e ao final do repasto Cristina soltou a bomba: “Estou gorda por causa da sua comida”. Eu já disse aqui antes que toda mulher é gorda na cabeça. Não tem relação com o peso corpóreo, mas com o sentimento constante de culpa e/ou remorso que as acomete. Achei que cabia argumentação e, asno completo que sou, comecei a demonstrar o meu ponto de vista. Cristina é linda. Não tem um grama de gordura em excesso e come feito um colibri sem apetite. Contrariada, ela foi ao quarto e voltou com uma calça nas mãos, exibindo-a feito um troféu: “Eu não entro mais nessa calça!”. Levantei-me e observei a dita peça de vestuário. “Cristina, essa calça é tamanho P”. Ela saiu dali quase chorando e dizendo: Mas é P larga... Pelarga!”. Último ato. Não cozinho mais Vermelho... Até a próxima.
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