Apostila de desenho técnico fundamentos e exercícios diogo pedriali

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DESENHO TÉCNICO FUNDAMENTOS E EXERCÍCIOS

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Eng. Diogo Pedriali

Rev. 00 Mogi Guaçu – São Paulo – Brasil Julho de 2016


DESENHO TÉCNICO

SUMÁRIO

1

Introdução à Reprodução Gráfica Técnica ......................................................... 1

2

Elaboração de Desenhos Técnicos ..................................................................... 2

3

NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO ................................................................. 3

4

INSTRUMENTO DE DESENHO .............................................................................. 4 4.1 Prancheta ........................................................................................................... 4 4.2 Papel................................................................................................................... 5 4.2.1 Dobramento.................................................................................................. 6 4.2.2 Legenda........................................................................................................ 8 4.3 Régua-Tê ............................................................................................................ 9 4.4 Réguas ............................................................................................................... 9 4.5 Esquadros .......................................................................................................... 9 4.6 Compasso ........................................................................................................ 10 4.7 Lapiseiras e Lápis ............................................................................................ 10 4.8 Borracha e Lápis Borracha .............................................................................. 11

5

CALIGRAFIA TÉCNICA ........................................................................................ 12

6

DESENHOES E CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS ........................................... 14

7

PERSPECTIVA ISOMÉTRICA .............................................................................. 44 7.1 Eixos Isométricos ............................................................................................. 45 7.2 Linha Isométrica ............................................................................................... 46 7.3 Traçando a perspectiva isométrica do prisma ................................................ 47 7.4 Perspectiva isométrica de elementos paralelos .............................................. 49 7.5 Perspectiva isométrica de elementos oblíquos ............................................... 51 7.6 Perspectiva isométrica com elementos arredondados ................................... 53 7.7 Perspectiva isométrica do círculo .................................................................... 53 7.8 Perspectiva isométrica do cilindro ................................................................... 55 7.9 Perspectiva isométrica do cone ....................................................................... 55 7.10 Exemplos de traçado de perspectiva isométrica............................................. 56

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PROJEÇÃO ORTOGONAL .................................................................................. 57 8.1 Plano de projeção ............................................................................................ 58 8.2 Diedro ............................................................................................................... 58 8.3 Projeção ortográfica do prisma retangular no 1º diedro ................................. 59 8.4 Rebatimento dos planos de projeção .............................................................. 61 8.5 Correspondência das vistas ortográficas às faces do modelo ....................... 62 8.6 Representação de arestas em vistas ortográficas .......................................... 63

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TIPOS DE LINHAS ................................................................................................ 64

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DESENHO TÉCNICO

10 COTAGEM ............................................................................................................. 67 10.1 Cuidados na cotagem ...................................................................................... 68 10.2 Indicação de tamanho e localização de elementos ........................................ 69 10.2.1 Cotagem de peças simétricas ................................................................... 69 10.2.2 Cotagem de diâmetro e raio ...................................................................... 70 10.2.3 Cotagem de elementos esféricos .............................................................. 71 10.2.4 Cotagem de ângulos em peças cilíndricas ............................................... 71 10.2.5 Cotagem de elementos angulares............................................................. 72 10.2.6 Cotagem de chanfros................................................................................. 73 10.2.7 Cotagem em espaços reduzidos ............................................................... 74 10.2.8 Cotagem por faces de referência .............................................................. 74 10.2.9 Cotagem de furos espaçados igualmente................................................. 76 11 ESCALA ................................................................................................................. 77 12 DESENHO EM CORTE ......................................................................................... 79 12.1 Hachura ............................................................................................................ 79 12.2 Corte longitudinal ............................................................................................. 81 12.3 Corte longitudinal horizontal ............................................................................ 81 12.4 Corte transversal .............................................................................................. 82 12.5 Mais de um corte .............................................................................................. 82 12.6 Corte composto ................................................................................................ 83 12.7 Meio corte ......................................................................................................... 84 12.8 Corte parcial ..................................................................................................... 84 12.9 Encurtamento ................................................................................................... 85 12.10Seção................................................................................................................ 86 12.11Omissão de corte ............................................................................................. 86 13 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................................................................ 89 13.1 Simbologia ........................................................................................................ 90 14 GLOSSÁRIO GEOMÉTRICO ................................................................................ 95 15 - CADERNO DE EXERCÍCIOS ............................................................................. 96 15.1 Caligrafia técnica .............................................................................................. 97 15.2 Aplicação de linhas e uso dos esquadros ....................................................... 99 15.3 Perspectiva isométrica ................................................................................... 102 15.4 Traçado de cilindros ....................................................................................... 107 15.5 Traçado de detalhes arredondados............................................................... 109 15.6 Desenho em corte .......................................................................................... 112 15.7 Corte em desvio ............................................................................................. 114 15.8 Instalações elétricas residenciais .................................................................. 115 15.9 Comandos elétricos ....................................................................................... 116 15.10Complete as projeções .................................................................................. 117 15.11Desenhe a vista que falta .............................................................................. 120 15.12Desenhe as vistas essenciais........................................................................ 121 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 129

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1 INTRODUÇÃO À REPRODUÇÃO GRÁFICA TÉCNICA

A palavra, no campo do desenho técnico, torna-se um recurso restrito, pois dificilmente transmite a idéia da forma de peça, da estrutura ou da instalação elétrica pretendidas. A fotografia da peça é outro recurso limitado, pois apesar de transmitir bem a idéia da parte exterior da peça, não exibe os detalhes internos das peças mecânicas por exemplo. O modelo torna-se impraticável quando se trata de peças muito grandes ou de peças recém projetadas. Finalmente, é através do desenho que se podem transmitir todas as idéias de forma e dimensões de uma peça. Além disso, somente o desenho pode fornecer outras informações, tais como: 

o material de que é feita a peça;

o acabamento das superfícies;

as tolerâncias de suas medidas;

a lista de materiais de uma montagem;

outras informações.

O Desenho Técnico é utilizado pelos projetistas para transmitir uma idéia de produto, que deve ser realizada da maneira mais clara possível. Mesmo preso por procedimentos e regras um desenho técnico necessita que o projetista use sua criatividade para mostrar, com facilidade, todos os aspectos e características da sua idéia, sem deixar dúvidas. Do outro lado, uma pessoa que esteja lendo um desenho deve compreender seus símbolos básicos, que são usados para simplificar a linguagem gráfica, permitindo que haja o maior número de detalhes possível. O desenho pode ser feito com ou sem auxílio de instrumentos, quando executado

com

instrumentos

apropriados, é

chamado

de

“desenho

com

instrumentos”; quando feito à mão livre é denominado “esboço” ou “croquis”; quando executado em ambientes computacionais, é chamado de “desenho auxiliado por computador”. Eng. Diogo Pedriali

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Todos os assuntos, que serão apresentados a seguir, serão orientados de acordo com os requisitos estabelecidos pela ABNT, (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

2 ELABORAÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS

Às vezes, a elaboração do desenho técnico mecânico ou elétrico envolve o trabalho de vários profissionais. O profissional que planeja uma peça, um conjunto de peças ou uma instalação elétrica residencial, predial ou industrial é o engenheiro ou projetista. Primeiro é imaginado como a peça deve ser. Depois representa suas idéias por meio de um esboço, isto é, um desenho técnico à mão livre. O esboço serve de base para a elaboração do desenho preliminar. O desenho preliminar corresponde a uma etapa intermediária do processo de elaboração do projeto, que ainda poderá sofrer alterações. Depois de aprovado, o desenho que corresponde à solução final do projeto será executado pelo desenhista técnico. O desenho técnico definitivo, também chamado de desenho de execução, contém todos os elementos necessários para a sua compreensão. O desenho para execução, que tanto pode ser feito em prancheta como no computador, deve atender rigorosamente a todas as normas técnicas que dispõem sobre o assunto. O desenho técnico chega pronto às mãos do profissional que vai executar o projeto. Esse profissional deve ler e interpretar o desenho técnico para que possa executar corretamente o projeto. Quando o profissional consegue ler e interpretar corretamente o desenho técnico, ele é capaz de imaginar exatamente como devera ser o projeto, antes mesmo de executá-lo. Para tanto, é necessário conhecer as normas técnicas em que o desenho se baseia e os princípios de representação da geometria descritiva.

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3 NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO

Para o desenho técnico as normas mais utilizadas no Brasil são exibidas na tabela abaixo: Código

Título

ABNT NBR 5410:2008

Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 5444:1989 ABNT NBR 6158:1995

Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais Sistema de tolerâncias e ajustes

ABNT NBR 8196:1999

Desenho técnico - Emprego de escalas

ABNT NBR 8402:1994

ABNT NBR 8403:1984

ABNT NBR 8404:1984

ABNT NBR 10067:1995

Execução de caracter para escrita em desenho técnico Procedimento Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas Larguras das linhas - Procedimento Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos - Procedimento Princípios gerais de representação em desenho técnico Procedimento

ABNT NBR 10068:1987

Folha de desenho - Leiaute e dimensões - Padronização

ABNT NBR 10126:1998

Cotagem em desenho técnico - Procedimento

ABNT NBR 10582:1988

ABNT NBR 12288:1992

ABNT NBR 12298:1995

Apresentação da folha para desenho técnico Procedimento Representação simplificada de furos de centro em desenho técnico- Procedimento Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico - Procedimento

ABNT NBR 13142:1999

Desenho técnico - Dobramento de cópia

ABNT NBR 13273:1999

Desenho técnico - Referência a itens

ABNT NBR 14611:2000

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Desenho técnico - Representação simplificada em estruturas metálicas

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4 INSTRUMENTO DE DESENHO

Instrumentos de desenhos são objetos destinados a traçados precisos. Os instrumentos de desenho mais comuns são: 

Prancheta

Papel

Régua-tê

Réguas

Esquadros

Compasso

Lapiseiras e lápis

Borracha e lápis borracha

4.1 Prancheta A prancheta é um quadro plano, usado como suporte de papel para desenhar. Há vários tipos de prancheta. Algumas são colocadas sobre mesas e outras são apoiadas em cavaletes.

Figura 1 - Prancheta. Figura 2 - Tecnígrafo.

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4.2 Papel O papel é um dos componentes básicos do material de desenho. Ele tem formato básico, padronizado pela ABNT. Esse formato é o A0 (A zero) de qual derivam outros formatos. Abaixo segue a tabela com os formatos da série “A” (Unidades em mm):

Formato

Dimensão

Margem

Margem

Comprimento

Direita

Esquerda

da Legenda

Espessura das Linhas de Margem

A0

841 x 1189

10

25

175

1,4

A1

594 x 841

10

25

175

1,0

A2

420 x 594

7

25

178

0,7

A3

297 x 420

7

25

178

0,5

A4

210 x 297

7

25

178

0,5

O formato básico A0 tem área de 1m2 e seus lados medem 1189mm x 841mm.

Figura 3 - Configuração dos formatos a partir do formato A0.

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Do formato básico derivam os demais formatos.

Figura 4 - Dimensões das margens.

4.2.1 Dobramento Quando o formato do papel é maior que A4, é necessário fazer o dobramento para que o formato final seja A4. Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185mm. A parte final é dobrada ao meio.

Figura 5 - Dobramento de cópia para formatos A0.

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DESENHO Tร CNICO

Figura 6 - Dobramento de cรณpia para formatos A1.

Figura 7 - Dobramento de cรณpia para formatos A2.

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4.2.2 Legenda A legenda do desenho técnico é utilizada para registrar as referências principais sobre o contexto do detalhamento pretendido. Não há norma específica para a definição de quais campos deverá ser contemplada pelo desenhista, desta forma, cada empresa poderá ter o seu padrão de legenda. Abaixo segue um exemplo de modelo de legenda.

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4.3 Régua-Tê A régua-tê é um instrumento usado para traçar linhas retas e horizontais.

Figura 8 - Régua-tê com fundo de escala.

4.4 Réguas As réguas, geralmente em milímetros, são utilizadas para realizar medições e não devem ser usadas para cortar papel.

4.5 Esquadros São triangulares, utilizados aos pares com os ângulos de 45º e 30/60º. Facilitam muito a criação de retas paralelas e perpendiculares.

Figura 9 - Esquadros de 45º e 30/60º.

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4.6 Compasso O compasso é um instrumento usado para traçar circunferências e arcos de circunferência, tomar e transportar medidas. O compasso é composto de uma cabeça, haste, um suporte para fixar a pontaseca e um suporte para fixar o grafite.

Figura 10 - Compasso.

4.7 Lapiseiras e Lápis Utilizados para traçar os desenhos, possuem diversos graus de dureza. Quanto maior a dureza do grafite, mais claro o traço; quanto menos a dureza, mais escuros são os traços. Para lapiseiras recomenda-se a utilização das combinações de grafites 0,7 e 0,5mm ou 0,5 e 0,3mm. Para lápis recomenda-se utilizar as combinações de grafites HB e H ou F e 2H, lembrando que o lápis deve estar muito bem apontado. É importante apontá-lo distante da mesa de trabalho para evitar sujeiras e borrões. Os lápis de grafite 9H, 8H, 7H, 6H, 5H e 4H são mais duros, os de grafites 3H, 2H, H, F, HB e B são de dureza média e os 2B, 3B, 4B, 5B, 6B e 7B são mais macios.

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Figura 11 - Lapiseiras.

Figura 12 - Lápis.

4.8 Borracha e Lápis Borracha Utilizados para apagar os traços. As borrachas devem ser de boa qualidade, macias e flexíveis. Após a utilização das borrachas, as partículas devem ser removidas com uma flanela e nunca com as mãos.

Figura 13 - Conjunto de borrachas chanfradas, com capas plásticas e lápis borracha.

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5 CALIGRAFIA TÉCNICA

Uma das mais importantes condições dos desenhos técnicos é a caligrafia simples, perfeitamente legível e facilmente desenhavel. O desenhista deverá utilizar a caligrafia técnica e não a comum, com a qual escrevemos habitualmente. Observe a diferença: As letras e algarismos podem ser verticais ou inclinados para a direita. Será adotada a caligrafia técnica, cujas letras e algarismos são inclinados para a direita formando um ângulo de 75º graus com a linha horizontal, conforme exemplo a seguir:

Exemplo de letras maiúsculas

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ Exemplo de letras minúsculas:

abcdefghijklmnopqrstuvwxyz Exemplo de algarismos:

0123456789 Proporções: Vide ABNT NBR 8402:1994. As alturas das letras maiúsculas e minúsculas não devem ser menores do que 2,5mm. No caso de combinação de maiúsculas e minúsculas a altura não deve ser menor que 3,5mm. No AutoCAD geralmente a fonte utilizada é a Simplex. ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 123456789

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6 DESENHOES E CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS

Para a criação de desenhos utilizam-se elementos geométricos como pontos, linhas, planos, curvas, etc., juntamente com a concordância entre eles, como tangência, perpendicularidade e etc.

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7 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

Perspectiva é a maneira de representar objetos de acordo com a sua posição, forma e tamanho.

Existem vários tipos de perspectivas. Será estudada apenas a perspectiva isométrica por ser a mais utilizada para as representações em desenhos técnicos.

A perspectiva isométrica mantém as mesmas medidas de comprimento, largura e altura do objeto. Para estudar a perspectiva isométrica é necessário conhecer o ângulo e a maneira como ele é representado. Ângulo é a figura geométrica formada por duas semi-retas com a mesma origem.

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Uma das formas para se medir o ângulo consiste em dividir a circunferência em 360 partes iguais. Cada uma dessas partes corresponde a 1 grau (1º).

A medida em graus é indicada pelo numeral seguido do símbolo de grau. Exemplo: 45º (lê-se: quarenta e cinco graus).

7.1 Eixos Isométricos O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semiretas que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 120°. Veja:

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Essas semi-retas, assim dispostas, recebem o nome de eixos isométricos. Cada uma das semi-retas é um eixo isométrico. Os eixos isométricos podem ser representados em posições variadas, mas sempre formando, entre si, ângulos de 120°. Neste curso, os eixos isométricos serão representados sempre na posição indicada na figura anterior. O traçado de qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos eixos isométricos.

7.2 Linha Isométrica Agora você vai conhecer outro elemento muito importante para o traçado da perspectiva isométrica: as linhas isométricas. Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica. Observe a figura a seguir:

As retas r, s, t e u são linhas isométricas: 

r e s são linhas isométricas porque são paralelas ao eixo y;

t é isométrica porque é paralela ao eixo z;

u é isométrica porque é paralela ao eixo x.

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As linhas não paralelas aos eixos isométricos são linhas não isométricas. A reta v, na figura abaixo, é um exemplo de linha não isométrica.

7.3 Traçando a perspectiva isométrica do prisma Para aprender o traçado da perspectiva isométrica você vai partir de um sólido geométrico simples: o prisma retangular. No início do aprendizado é interessante manter à mão um modelo real para analisar e comparar com o resultado obtido no desenho. Neste caso, pode-se usar uma caixa de fósforos fechada.

O traçado da perspectiva será demonstrado em cinco fases apresentadas separadamente. Na prática, porém, elas são traçadas em um mesmo desenho.

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1ª fase - Trace levemente, à mão livre, os eixos isométricos e indique o comprimento, a largura e a altura sobre cada eixo, tomando como base as medidas aproximadas do prisma representado na figura anterior.

2ª fase - A partir dos pontos onde foi marcado o comprimento e a altura, trace duas linhas isométricas que se cruzam. Assim ficará determinada a face da frente do modelo.

3ª fase - Trace agora duas linhas isométricas que se cruzam a partir dos pontos onde foi marcado o comprimento e a largura. Assim ficará determinada a face superior do modelo.

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4ª fase - E, finalmente, será encontrada a face lateral do modelo. Para tanto, basta traçar duas linhas isométricas a partir dos pontos onde foi indicada a largura e a altura.

5ª fase (conclusão) - Apague os excessos das linhas de construção, isto é, das linhas e dos eixos isométricos que serviram de base para a representação do modelo. Depois, é só reforçar os contornos da figura e está concluído o traçado da perspectiva isométrica do prisma retangular.

7.4 Perspectiva isométrica de elementos paralelos A forma do prisma com elementos paralelos deriva do prisma retangular. Por isso, o traçado da perspectiva do prisma com elementos paralelos parte da perspectiva do prisma retangular ou prisma auxiliar. Para facilitar o estudo, este traçado também será apresentado em cinco fases. Mas lembre-se de que, na prática, toda a seqüência de fases ocorre sobre o mesmo desenho. O traçado das cinco fases será baseado no modelo prismático indicado a seguir: Eng. Diogo Pedriali

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Fase 1

Fase 4

Fase 2

Fase 5

Fase 3

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7.5 Perspectiva isométrica de elementos oblíquos Os modelos prismáticos também podem apresentar elementos oblíquos. Observe os elementos dos modelos abaixo:

Esses elementos são oblíquos porque têm linhas que não são paralelas aos eixos isométricos. Nas figuras anteriores, os segmentos de reta: AB, CD, EF, GH, IJ, LM, NO, PQ e RS são linhas não isométricas que formam os elementos oblíquos. O traçado da perspectiva isométrica de modelos prismáticos com elementos oblíquos também será demonstrado em cinco fases. O modelo a seguir servirá de base para a demonstração do traçado. O elemento oblíquo deste modelo chama-se chanfro.

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Fase 1

Fase 2

Fase 3

Fase 4

Fase 5 Eng. Diogo Pedriali

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7.6 Perspectiva isométrica com elementos arredondados

7.7 Perspectiva isométrica do círculo O círculo, representado em perspectiva isométrica, tem sempre a forma parecida com uma elipse. O próprio círculo, elementos circulares ou partes arredondadas podem aparecer em qualquer face do modelo ou da peça e sempre serão representados com forma elíptica.

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Para representar a perspectiva isométrica do círculo, é necessário traçar antes um quadrado auxiliar em perspectiva, na posição em que o círculo deve ser desenhado.

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7.8 Perspectiva isométrica do cilindro

7.9 Perspectiva isométrica do cone

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7.10 Exemplos de traçado de perspectiva isométrica

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PROJEÇÃO ORTOGONAL

A projeção ortográfica é uma forma de representar graficamente objetos tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir suas características com precisão e demonstrar sua verdadeira grandeza. Para representar o modelo em projeção ortográfica, o observador deve analisálo cuidadosamente em várias posições. As ilustrações a seguir mostram o observador vendo o modelo de frente, de cima e de lado.

Em projeção ortográfica deve-se imaginar o observador localizado a uma distância infinita do modelo. Por essa razão, apenas a direção de onde o observador está vendo o modelo será indicada por uma seta, como mostra a ilustração abaixo:

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8.1 Plano de projeção Os planos de projeção podem ocupar várias posições no espaço. Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as projeções de modelos: um plano vertical e um plano horizontal que se cortam perpendicularmente.

Esses dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro regiões chamadas diedros.

8.2 Diedro Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do movimento dos ponteiros do relógio.

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O método de representação de objetos em dois semiplanos perpendiculares entre si, criado por Gaspar Monge, é também conhecido como método mongeano. Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método mongeano adotam a projeção ortográfica no 1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro. Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3º diedro. O símbolo ao lado indica que o desenho técnico está representado no 1º diedro. Este símbolo aparece no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos, dentro da legenda.

Quando o desenho técnico estiver representado no 3º diedro, deve ser utilizado este outro símbolo:

8.3 Projeção ortográfica do prisma retangular no 1º diedro Para entender melhor a projeção ortográfica de um modelo em três planos de projeção será realizada a demonstração de um sólido geométrico - o prisma retangular em cada um dos planos, separadamente.

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Vista Frontal

Vista Superior

Vista de Lateral Esquerda

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8.4 Rebatimento dos planos de projeção

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Finalmente, veja como fica a representação, em projeção ortográfica, do prisma retangular que tomamos como modelo:

a projeção A, representada no plano vertical, chama-se projeção vertical ou vista frontal;

a projeção B, representada no plano horizontal, chama-se projeção horizontal ou vista superior;

a projeção C, que se encontra no plano lateral, chama-se projeção lateral ou vista lateral esquerda.

8.5 Correspondência das vistas ortográficas às faces do modelo Observe o prisma com rebaixo representado em perspectiva isométrica e, ao lado, seu desenho técnico:

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A letra A, na face da frente do modelo em perspectiva, aparece também na vista frontal. Isso ocorre porque a vista frontal corresponde à face da frente do modelo. Na perspectiva, as letras B e C indicam as faces de cima do modelo. Essas letras aparecem na vista superior mostrando a correspondência entre as faces de cima do modelo e sua representação na vista superior. Finalmente, as letras D e E, ou seja, as faces de lado do modelo - correspondem às faces D e E na vista lateral esquerda.

8.6 Representação de arestas em vistas ortográficas Outra atividade que ajuda a interpretar o desenho técnico é a correspondência entre as arestas e vértices das vistas ortográficas e as arestas do modelo. Segue exemplo sobre correspondência de arestas:

E exemplo sobre correspondência de vértices:

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9 TIPOS DE LINHAS

Linha

A

Denominação

Contínua larga

Aplicação Geral (ver Figuras 1a, 1b e outras) A1 contornos visíveis A2 arestas visíveis B1 linhas de interseção imaginárias B2 linhas de cotas B3 linhas auxiliares

B

Contínua estreita

B4 linhas de chamadas B5 hachuras B6 contornos de seções rebatidas na própria vista B7 linhas de centros curtas C1 limites de vistas ou cortes parciais

C

Contínua estreita a

ou interrompidas se o limite não

mão livre

coincidir com linhas traço e ponto (ver Figura 1c)

D

Contínua estreita em ziguezague

E

Tracejada larga

F

Tracejada estreita

D1 esta linha destina-se a desenhos confeccionados por máquinas (ver Figura 1d) E1 contornos não visíveis E2 arestas não visíveis F1 contornos não visíveis F2 arestas não visíveis G1 linhas de centro

G

Traço e ponto estreita

G2 linhas de simetrias G3 trajetórias

Traço e ponto H

estreita, larga nas extremidades e na

H1 planos de cortes

mudança de direção

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J

Traço e ponto largo

J1 Indicação das linhas ou superfícies com indicação especial K1 contornos de peças adjacentes K2 posição limite de peças móveis

K

Traço dois pontos estreita

K3 linhas de centro de gravidade K4 cantos antes da conformação (ver Figura 1f) K5 detalhes situados antes do plano de corte (ver Figura 1e)

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10 COTAGEM

Cotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho. Para a cotagem de um desenho são necessários três elementos:

a – Linha de cota b – Linha de chamada c – Cota

Linhas de cota são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades; nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da peça.

A linha auxiliar é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota.

Cotas são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de seus elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura.

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10.1 Cuidados na cotagem Ao cotar um desenho é necessário observar o seguinte:

As cotas guardam uma pequena distância acima das linhas de cota (1mm). As linhas auxiliares também guardam uma pequena distância das vistas do desenho (1mm). A unidade de medida usada é o milímetro (mm), e é dispensada a colocação do símbolo junto à cota. Quando se emprega outra distinta do milímetro (como a polegada), é colocado seu símbolo. As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada. Evita-se colocar cotas em linhas tracejadas.

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10.2 Indicação de tamanho e localização de elementos Em peças como essas é necessário interpretar também as cotas dos elementos.

10.2.1

Cotagem de peças simétricas

A utilização de linha de simetria em peças simétricas facilita e simplifica a cotagem, conforme os exemplos abaixo:

Com linha de simetria

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Sem linha de simetria

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10.2.2

Cotagem de diâmetro e raio

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10.2.3

Cotagem de elementos esféricos

Elementos esféricos são elementos em forma de esfera. A cotagem dos elementos esféricos é feita pela medida de seus diâmetros ou de seus raios. ESF = Esférico Ø= Diâmetro R = Raio

10.2.4

Cotagem de ângulos em peças cilíndricas

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10.2.5

Cotagem de elementos angulares

Existem peças que têm elementos angulares. Elementos angulares são formados por ângulos. O ângulo é medido com o goniômetro pela sua abertura em graus. O goniômetro é conhecido como transferidor. A cotagem da abertura do elemento angular é feita em linha de cota curva, cujo centro é vértice do ângulo cotado.

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10.2.6

Cotagem de chanfros

Chanfro é a superfície oblíqua obtida pelo corte da aresta de duas superfícies que se encontram. Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados: por meio de cotas lineares e por meio de cotas lineares e angulares. As cotas lineares indicam medidas de comprimento, largura e altura. As cotas angulares indicam medidas de abertura de ângulos.

Em peças planas ou cilíndricas, quando o chanfro está a 45º é possível simplificar.

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10.2.7

Cotagem em espaços reduzidos

Para cotar em espaços reduzidos, é necessário colocar as cotas conforme os desenhos abaixo. Quando não houver lugar para setas, estas substituídas por pequenos traços oblíquos.

10.2.8

Cotagem por faces de referência

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DESENHO TÉCNICO

Na cotagem por faces de referência as medidas da peça são indicadas a partir das faces. A cotagem por faces de referência ou por elementos de referência pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva. A cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada onde há limitação de espaço, desde que não haja problema de interpretação. A cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso.

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10.2.9

Cotagem de furos espaçados igualmente

Existem peças com furos que têm a mesma distância entre seus centros, isto é, furos espaçados igualmente. A cotagem das distâncias entre centros de furos pode ser feita por cotas lineares e por cotas angulares.

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11 ESCALA

A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas lineares do objeto representado. Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do desenho da peça com o tamanho real da peça. A escala permite representar, no papel, peças de qualquer tamanho real. Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas, ou então são aumentadas ou reduzidas proporcionalmente. As

dimensões

angulares

do

objeto

permanecem

inalteradas.

Nas

representações em escala, as formas dos objetos reais são mantidas. Exemplo:

A figura A é um quadrado, pois tem 4 lados iguais e quatro ângulos retos. A Cada lado da figura A mede 2u (duas unidades de medida). B e C são figuras semelhantes a A: também possuem quatro lados iguais e quatro ângulos iguais. Mas, as medidas dos lados do quadrado B foram reduzi das proporcionalmente em relação às medidas dos lados do quadrado A. Cada lado de B é uma vez menor que cada lado correspondente de A. Já os lados do quadrado C foram aumentados proporcionalmente, em relação aos lados do quadrado A. Cada lado de C é igual a duas vezes cada lado correspondente de A. Existem três tipos de escala: natural, de redução e de ampliação.

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Exemplo de escala de redução – rodas de vagão:

Exemplo de escala de ampliação – agulha de injeção:

Escalas recomendadas pelo ABNT NBR 8196:1999:

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12 DESENHO EM CORTE

Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre imaginário permitindo ver as partes internas da peca. Veja a figura a seguir:

12.1 Hachura Na projeção em corte, a superfície imaginada cortada é preenchida com hachuras, conforme a figura. O hachurado é traçado com inclinação de 45º graus, conforme ilustração a seguir:

Para desenhar uma projeção em corte, é necessário indicar antes onde a peca será cortada. Essa indicação é feita por meio de setas e letras que mostram a posição de observação. Vide o próximo exemplo:

Eng. Diogo Pedriali

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DESENHO TÉCNICO

Observações: 

A expressão Corte AA é colocada embaixo da vista hachurada;

As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas;

Na vista hachurada, as linhas tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não dificulte a leitura do desenho.

Hachuras são linhas estreitas que, alem de representarem a superfície imaginada cortada, mostram também os tipos de materiais:

A seguir, exemplos de corte nas três vistas ortogonais: 

Corte na vista frontal (longitudinal).

Corte na vista superior (longitudinal horizontal)

Corte na vista lateral esquerda (transversal)

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12.2 Corte longitudinal

12.3 Corte longitudinal horizontal

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12.4 Corte transversal

12.5 Mais de um corte

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12.6 Corte composto

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12.7 Meio corte

12.8 Corte parcial

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12.9 Encurtamento

Nas representações com encurtamento, as partes imaginadas cortadas são limitadas por linhas de ruptura, que são linhas contínuas estreitas, desenhadas à mão-livre.

Nos desenhos técnicos confeccionados à máquina, pode-se optar pela linha contínua estreita em ziguezague para representar os encurtamentos.

Eng. Diogo Pedriali

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DESENHO TÉCNICO

12.10

Seção

12.11

Omissão de corte

A omissão de corte indica as partes não cortadas de uma peça representada em corte. A omissão de corte é representanda pela ausência de hachuras e é usada para destacar certos elementos como: nervuras, chavetas, parafusos, eixos, etc.

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DESENHO TÉCNICO

Para diferenciar as representações das duas polias e para dar uma idéia mais real da estrutura da peça, os braços da polia são representados com omissão de corte no desenho técnico.

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13 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A representação dos detalhamentos das instalações elétricas se baseiam na conceituação simbológica de quatro elementos geométricos básicos: o traço, o círculo, o triângulo equilátero e o quadrado.

Traço O seguimento de reta representa o eletroduto.

Círculo Representa três funções básicas: o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer dispositivo embutido no teto. O ponto de luz deve ter um diâmetro maior que o do interruptor para diferenciá-los. Um elemento qualquer circundado indica que este localiza-se no teto. O ponto de luz na parede (arandela) também é representado pelo círculo.

Triângulo eqüilátero Representa tomadas em geral. Variações acrescentadas a ela indicam mudança de significado e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo), bem como modificações em seus níveis na instalação (baixa, média e alta).

Quadrado Representa qualquer tipo de elemento no piso ou conversor de energia (motor elétrico). De forma semelhante ao círculo, envolvendo a figura, significa que o dispositivo localiza-se no piso.

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DESENHO TÉCNICO

13.1 Simbologia

Atualmente há a possibilidade de utilização de outros símbolos para representar as instalações elétricas, desde que tomado os devidos cuidados de criação de legenda e de transmitir claramente a intenção do projeto por meio do detalhamento. Vide exemplo utilizado na planta elétrica executiva na próxima figura: Eng. Diogo Pedriali

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DESENHO TÉCNICO

Também são utilizadas as representações por meio dos diagramas unifilares, onde os dispositivos de comando, proteção, fontes de consumo, condutores etc., são representados como nos exemplos abaixo:

Este esquema unifilar é somente representado em plantas baixas, mas o eletricista necessita de um outro tipo de esquema chamado multifilar, onde se mostram detalhes de ligações e funcionamento, representando todos os seus condutores, assim como símbolos explicativos do funcionamento, como demonstra o esquema a seguir: Eng. Diogo Pedriali

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Esquema multifilar:

Esquema unifilar:

Lâmpada, Tomada e Interruptor Simples

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Exemplo de uma planta geral de instalação de luz de residência

Trata-se de instalação tubulada em eletrodutos, alimentada por sistema monofásico.

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Exemplo de diagrama elétrico industrial para a partida de um motor trifásico no esquema estrela-triângulo

É aplicável quando o motor é de indução, trifásico e com rotor em gaiola. O botão de comando b1 aciona o contator estrela c2 e, ao mesmo tempo, o dispositivo de retardamento d1; o contato fechador de c2 atua sobre o contato de c1, fechando a bobina c1 do contator da rede. Assim o motor parte em estrela. Decorrido o tempo de retardamento, o contato abridor d1, opera e o contator estrela c2 é desligado. Quando o contato abridor de c2 abre, fecha o contator triângulo c3, pois o contato fechador de c1 já estava fechado quando c1 ligou. O motor opera em triângulo. Se quisermos parar o motor, aciona-se o botão b0, interrompendo o contator de rede c1. O contato fechador de c1 abre-se, o contator triângulo é desligado e o motor pára.

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14 GLOSSÁRIO GEOMÉTRICO

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DESENHO TÉCNICO

15 - CADERNO DE EXERCÍCIOS

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DESENHO TÉCNICO

15.1 Caligrafia técnica

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DESENHO TÉCNICO

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DESENHO TÉCNICO

15.2 Aplicação de linhas e uso dos esquadros

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DESENHO TÉCNICO

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DESENHO TÉCNICO

Eng. Diogo Pedriali

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DESENHO TÉCNICO

15.3 Perspectiva isométrica

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DESENHO TÉCNICO

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DESENHO TÉCNICO

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DESENHO TÉCNICO

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DESENHO TÉCNICO

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DESENHO Tร CNICO

15.4 Traรงado de cilindros

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DESENHO TÉCNICO

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DESENHO Tร CNICO

15.5 Traรงado de detalhes arredondados

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DESENHO TÉCNICO

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DESENHO TÉCNICO

15.6 Desenho em corte

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DESENHO TÉCNICO

CORTE HORIZONTAL

CORTE HORIZONTAL

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DESENHO TÉCNICO

15.7 Corte em desvio

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15.8 Instalações elétricas residenciais

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115


DESENHO TÉCNICO

15.9 Comandos elétricos

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DESENHO TÉCNICO

15.10 Complete as projeções

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DESENHO TÉCNICO

1) 2)

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DESENHO TÉCNICO

15.11 Desenhe a vista que falta

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DESENHO TÉCNICO

15.12 Desenhe as vistas essenciais

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DESENHO TÉCNICO

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DESENHO TÉCNICO

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REFERÊNCIAS

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PROVENZA, F.P. Desenhista de máquinas. 4.ed. São Paulo:PROTEC. 1991.

PROVENZA, F.P. Projetista de máquinas. 4.ed. São Paulo:PROTEC. 1996.

SANTANA, F.E. Desenho técnico. Apostila da Faculdade de Tecnologia. São Carlos:FATESC. 2005.

SENAI. Leitura e interpretação de desenho técnico mecânico. Vitória:Senai. 1996.

SILVA, S.S.da. A linguagem do desenho técnico. Rio de Janeiro:LTC, 1984. SOCIESC. Desenho técnico. Apostila da Escola Técnica Tupy. Joinville:Sociesc. 2004.

SPECK, H.J. Manual básico de desenho técnico. 3.ed. Florianópolis:UFSC, 1997.

TELECURSO 2000. Leitura e interpretação de desenho técnico mecânico. vol.13. São Paulo:Globo, 2000.


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