Revista HNB 6

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Revista

HOSPITAL NIPO-BRASILEIRO Edição 6 - Ano III

Tecnologia HNB investe em novas tecnologias e implanta Ecocardiograma Tridimensional (3D).

Pioneirismo Criada em 1986, a Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional do HNB é referência hospitalar.

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Inclusão Cresce o número de portadores do espectro do autismo no mercado de trabalho. Pág. 14

PROBLEMAS RENAIS Conheça as melhores soluções e tratamentos SAÚDE

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QUALIDADE

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COMPORTAMENTO

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INSTITUCIONAL


Editorial

Expediente

Prezados leitores

Diretor Responsável Dr. Walter Amauchi

A Revista Hospital Nipo-Brasileiro traz como matéria de capa desta edição, reportagem especial sobre os problemas renais, um assunto que afeta cada vez mais o homem contemporâneo e, em especial, cinco entre cada dez brasileiros. De forma didática e esclarecedora, Dr. Paulo Sakuramoto, médico especialista do setor de urologia do HNB, explica todas as características e diferenças das disfunções renais e, principalmente, as melhores formas e opções de tratamento, como o laser, considerado hoje a mais moderna arma contra os chamados cálculos renais. Merece destaque também nesta edição, matéria especial sobre o pioneirismo do HNB na criação e implementação da primeira Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral (EMTN), instituída em 1986 e considerada hoje uma referência no segmento hospitalar. Registramos a presença no HNB a convite da Enkyo, do médico cardiologista Prof. Dr. Go Watanabe e também do Dr. Kenji Kawachi, Professor-Assistente de cirurgia cardiovascular da Tokyo Medical University, que fizeram palestra sobre cirurgia robótica e os desafios da saúde. E confirmando o nosso permanente compromisso com as novas tecnologias, fazemos uma apresentação do recém-adquirido equipamento de Ecocardiografia 3D e em tempo real para estudo do coração, que nos integra num seleto e restrito grupo de hospitais que dispõem desse equipamento. Reafirmando nossa vocação para ações preventivas, trazemos ainda neste número matéria sobre a Herpes Simples, doença infecciosa e muito contagiosa, cuja transmissão ocorre por contato direto das lesões com a pele ou mucosa de uma pessoa não infectada. E por último, convidado mais uma vez pelo Projeto PIPA - Projeto de Integração Pró-Autista, o especialista em autismo Dr. Masao Taira, da Universidade Seisa, do Japão, destacou em sua palestra a importância do TVD – Tratamento da Vida Diária no processo de inclusão social e principalmente econômica, dos portadores do espectro do autismo. Boa leitura a todos! Dr. Walter Amauchi Superintendente Geral

Conselho Editorial Dr. Walter Amauchi (Presidente) Tadao Yamashita (Vice-Presidente/Japonês) Hirokazu Sasaki (Diretor Responsável Revisão) Dr. Luiz Carlos Takeshi Tanaka Dr. Teruhiko Okamoto Carlos Massuo Ozawa Enfª Gilmara Aparecida Nogueira Editor Rafic Ayoub Jornalista Responsável Rafic Ayoub - MTB 11.692 Produção Editorial Departamento de Comunicação e Marketing Supervisão Editorial e Chefe do Depto. de Comunicação e Marketing Adriana Storai - CONRERP 2ª Região nº 4071 Redação Raissa Lira Tradução Kazumi Kawamorita Apoio Nathalia D. Oliveira Design Gráfico Ricardo Akamine Edição 6 - Ano III Tiragem: 6 mil exemplares Distribuição: Gratuita A REVISTA HOSPITAL NIPO-BRASILEIRO é o órgão oficial de comunicação institucional do HNB.

Mantenedora do Hospital Nipo-Brasileiro Rua Pistoia, 100 - Parque Novo Mundo 02189-000 - São Paulo - SP

Diretor Presidente Yoshiharu Kikuchi Presidente da Comissão de Administração Hospital Nipo-Brasileiro Akeo U. Yogui Presidente da Comissão de Divulgação Saburo Sakawa

Envie suas sugestões e comentários para: marketing@hospitalnipo.org.br


Índice

4. Ecocardiografia 3D Novo aparelho para estudo do coração

5. Herpes Simples O que é e como prevenir

6. Problemas Renais Conheça as novas tecnologias e soluções

9. Memória Cultural A saga de Seiti Sacay

10. Cirurgia Robótica Avanços e Desafios da Saúde

11. EMTN Um diferencial a serviço do paciente

14. Inclusão Os autistas no mercado de trabalho


Tecn ologia

ECOCARDIOGRAFIA 3D EM TEMPO REAL NO HNB *Dr. José Victor Kairiyama

Alinhado permanentemente com as novas tecnologias, o HNB adquire aparelho de Ecocardiografia 3D

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Hospital Nipo-Brasileiro (HNB) agora faz parte de um seleto grupo de hospitais de São Paulo que dispõe da tecnologia 3D para estudo do coração. Acompanhando os avanços tecnológicos, o serviço de Cardiologia do HNB dis-

ponibiliza aos clientes aparelho de última geração em Ecocardiografia Tridmensional (VIVID E9 da GE Medical). Este aparelho top de linha com todos os recursos disponíveis, permite realizar exames de coração mais acurados e detalhados do que os realizados com a tecnologia bidimensional com doppler colorido. A tecnologia 3D exige processadores muito rápidos e sondas especiais para obter imagens nas três dimensões do coração em tempo real (por isso chamada também de 4D). Diferentemente da Ecocardiografia 2D, na Ecocardiografia 3D as aquisições são volumétricas (imagens tridimensionais) possibilitando a observação das estruturas a partir de qualquer ponto, permitindo analisar todos os planos, fornecendo assim mais detalhes espaciais e estruturais, como também melhores características do fluxo sanguineo dentro do coração. Desta forma, facilita e melhora a interpretação das ima-

De forma simples, as principais vantagens dessa nova tecnologia oferecida pelo Hospital Nipo-Brasileiro, podem ser assim destacadas:

gens para o diagnóstico das doenças das valvas, a avalia-

• Rapidez na aquisição das imagens;

ção do tamanho e da contratilidade cardíaca; permitindo

• Observação das estruturas cardíacas a partir de novos planos anatômicos de observação não visualizados pela ecocardiografia 2D convencional;

um melhor planejamento estratégico nos casos que serão submetidos a cirurgia cardíaca ou a procedimentos de correção através de cateterismo. A sonda transesofágica 3D disponível neste equipamento, permite realizar Ecocardiograma 3D mediante a introdução da mesma no esôfago, fornecendo imagens mais nítidas e com maior detalhe, alem de poder ser usado durante cirurgias cardíacas e outros procedimentos como correção de defeitos congênitos e implante de próteses valvares através de cateteres. *Dr. José Victor Kairiyama é médico cardiologista do Hospital Nipo-Brasileiro

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VANTAGENS

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• Maior e melhor identificação espacial das estruturas cardíacas • Possibilidade de melhor conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos de diversas cardiopatias. Adicionalmente, permite um melhor planejamento em casos que serão submetidos a cirurgia cardíaca ou procedimentos de correção através de cateterismo, além de facilitar a comunicação entre o cardiologista clínico, hemodinamicista e o cirurgião cardíaco.


Prevenção

HERPES SIMPLES

*Dra. Marilia Jukemura

Doença muito contagiosa, a transmissão da Herpes ocorre através do contato direto das lesões com a pele ou mucosa de uma pessoa não infectada.

O que é? É uma doença infecciosa e muito contagiosa, às vezes muito recorrente, causada pelo vírus herpes (HSV 1 e 2). Estes vírus ocasionam o aparecimento de pequenas bolhas agrupadas geralmente nos lábios e nos genitais, mas que podem surgir em qualquer parte do corpo.

ao urinar. A primeira infecção herpética na criança causa lesões dolorosas na boca, as vezes confundida com aftas, mas, na verdade é a estomatite herpética.

Como se diagnostica? Na maioria dos casos o diagnostico é pelo exame clinico.

Como se adquire? A transmissão deste vírus se faz por contato direto das lesões (bolhas) com a pele ou mucosa (lábios, boca, vagina, pênis, etc) de uma pessoa não infectada. O vírus pode permanecer latente no organismo (isto é, sem atividade destrutiva) e provocar recidivas de tempos em tempos.

O que se sente? Antes do aparecimento de pequenas bolhas cheias de um liquido transparente ou amarelado, o paciente sente um leve ardor, coceira , agulhada ou formigamento neste local. As bolhas se rompem formando uma crosta (“casquinha”) e estas caem ao se formar uma nova pele ou mucosa. No caso do herpes genital, pode ocorrer febre e ardor

Como se trata? Existem medicamentos antivírus da herpes que diminuem o período de evolução da doença e as recidivas.

Como se previne? • Lave sempre as mãos e evite tocar as lesões; • Alguns fatores favorecem a recidiva como traumas, estresse, exposição a agentes físicos (luz solar, vento, frio, calor)e exposição a agentes químicos (alimentos ácidos, produtos químicos) .Procure controlar ou utilizar medidas de proteção local (protetor de lábio, cremes,roupas de manga longa, bonés, etc); • Herpes pode ser uma doença sexualmente transmissível. O uso do preservativo ajuda a diminuir o risco de contagio.

*Dra. Marilia Jukemura é médica infectologista do Hospital Nipo-Brasileiro Hospital Nipo-Brasileiro

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Diferenciais

HNB ADOTA TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR E LASER NO COMBATE A PROBLEMAS RENAIS Hospital de referência regional, HNB oferece novas tecnologias e soluções contra problemas renais.

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cálculo renal, litíase, ou simplesmente pedra nos rins é uma doença muito comum que afeta uma em cada cinco (05) pessoas ao longo da vida. Trata-se de um problema sério, que provoca dores intensas e pode exigir internações e cirurgias de urgência, além do risco de perda da função renal e infecção urinária de graves consequências. Numa definição simples, o cálculo renal é causado pela agregação de cristais que se formam no rim. Geralmente, a dor ocorre quando o cálculo migra em direção à bexiga através do “canal” do ureter. O ureter possui três pontos anatômicos de menor calibre onde o cálculo pode impactar e permanecer um tempo maior, levando à obstrução e dilatação do rim e, consequentemente, intensa dor nas pessoas afetadas. Dr. Paulo Sakuramoto, médico especialista do Setor de Urologia do Hospital Nipo-Brasileiro (HNB), esclarece que o diagnóstico do cálculo renal ou ureteral pode ser feito através de ultrassom, urografia excretora ou com tomografia, e seu tratamento depende basicamente da localização do cálculo, de seu tamanho, de sua densidade e dos sintomas do paciente.

Tratamento Na condição de referência regional no setor de urologia, o HNB tem se destacado pela busca permanente de diferenciais e tecnologias capazes de assegurar as melhores soluções e alternativas de tratamento a seus pacientes. As alternativas de tratamento, segundo Dr. Sakuramoto, podem contemplar desde um simples acompanhamento e medidas clínicas, passando por soluções minimamente invasivas como litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO), retirada do cálculo através de ureteroscopia, cirurgia renal percutânea, cirurgia laparoscópica ou cirurgia convencional. Dr. Sakuramoto explica que a Litotripsia extracorpórea (LECO), é um tratamento indicado para cálculos renais de até 1,5 cm de tamanho e que não sejam muito duros. Nesse caso, um equipamento gera ondas de choque que são direcionadas para o cálculo, com o objetivo de fragmentá-lo para que o paciente possa eliminá-lo espontaneamente. E caso o cálculo não seja eliminado totalmente, podem ser exigidas outras aplicações.

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Diferenciais Por sua vez, os cálculos ureterais são tratados pelo método da ureterolitotripsia, através do qual, equipamentos endoscópicos que visualizam o cálculo e o fragmentam com laser, ultrassom ou pelo litotridor pneumático.

A utilização do laser para a fragmentação de “cálculos sem a necessidade de incisão cirúrgica, tem sido realizada com muito sucesso e com um mínimo de complicações

Para o tratamento de cálculos renais com mais de 2cm de tamanho, a opção mais indicada e com boa taxa de sucesso é a cirurgia renal percutânea, na qual uma câmera é introduzida no rim através de uma punção percutânea na região lombar do paciente, por onde o cálculo é fragmentado e retirado.

Robótica Dr. Sakuramoto esteve recentemente em visita à Universidade de Kanazawa, no Japão, para atualização em relação ao desenvolvimento de cirurgia robótica no tratamento de problemas urológicos. Segundo ele, trata-se de uma técnica que utiliza a cirurgia laparoscópica acoplada a uma plataforma robótica para auxiliar o ato operatório. E a exemplo do que ocorre na cirurgia laparoscópica, são efetuadas pequenas incisões através das quais são colocadas pinças especiais acopladas à plataforma robótica comandada pelo cirurgião que, com uma visão tridimensional do interior do corpo humano, realiza os movimentos cirúrgicos através de um instrumento que traduz os movimentos e envia as informações à plataforma robótica.

Tumores A cirurgia laparoscópica em urologia, que começou como um método diagnóstico, hoje é também uma das alternativas para o tratamento de diversas doenças urológicas, como a pieloplastia (estreitamento do ureter), para a retirada de tumores renais e suprarrenais e, atualmente, de tumores malignos da próstata. O Dr. Sakuramoto explica que a técnica laparoscópica consiste em pequenas incisões no abdome ou região lombar do paciente, através das quais são introduzidos uma câmera e pinças, que permitem visualizar o interior do corpo e a realização do ato cirúrgico. Lembrando que o câncer de próstata é hoje o segundo maior responsável pelo número de mortes no país, perdendo apenas para o câncer de pulmão, Dr. Sakuramoto destaca a importância da interação dos setores de urologia e de oncologia clínica, uma vez que o tratamento de um câncer invasivo exige um acompanhamento multidisciplinar, que é reconhecidamente o ponto forte do HNB.

Dr. Paulo Sakuramoto Médico da Equipe de Urologia do Hospital Nipo-Brasileiro desde 1990, Dr. Paulo Sakuramoto, de 57 anos, é formado desde 1980 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Adicionalmente, é Professor Assistente e Chefe do Grupo Geral da cadeira de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC.

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Registro

MEMÓRIAS DE SEITI SACAY UMA SAGA DE TALENTO E SUCESSO Descendente de imigrantes japoneses compartilha uma história de determinação, desafios e conquistas.

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raças aos alentados registros históricos sobre os movimentos imigratórios que marcaram o País, ninguém desconhece hoje a rica, diversa e inestimável contribuição da colônia japonesa no desenvolvimento social, econômico, político e cultural do Brasil. Desde a emblemática viagem do “Kasato Maru” que trouxe as primeiras levas de colonos japoneses ao Brasil, ocorreram sucessivos movimentos que, um século depois, descendentes desses personagens sem rosto, inspirados por uma saga histórica, decidem generosamente compartilhar suas próprias memórias.

Este é o caso Seiti Sacay, um filho de imigrantes japoneses, caçula de seis irmãos, nascido na cidade de Igarapava, no norte do Estado de São Paulo e criado em Brejo Alegre, município próximo para onde sua família se mudou atraída pelas terras férteis da região nas proximidades do Córrego Seco. Contada em episódios comoventes narrados por ele mesmo e por cada um de seus seis filhos, as memórias de Seiti Sacay abrangem desde o período inocente da infância vivida em torno da rotina do sítio da família, até a vinda para São Paulo, onde estudou, e formou-se na Escola Técnica FGV/SP e na Escola Politécnica da USP; casou, teve os seis filhos e desenvolveu toda a sua trajetória de sucesso profissional como empreendedor, executivo, incentivador, patrocinador e presidente de várias entidades de cunho social, cultural, desportivo e filantrópicas da comunidade nipo-brasileira de São Paulo, como: Presidente do Enkyo e Conselheiro Honorário do Hospital Nipo-Brasileiro; Presidente do Rotary Clube de São Paulo (Liberdade); Diretor Tesoureiro da federação Paulista de Atletismo, Presidente do Grupo Escoteiro Caramurú, dentre outras. A saga de Seiti Sacay, mais do que uma obra de interesse cultural, é certamente uma fonte de inspiração para todos aqueles que buscam e se identificam com histórias desafiadoras e verdadeiras de perseverança, talento e sucesso! Vale a pena conferir!

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Belas fotos de época ilustram livro de Seiti Sacay


Tecnologia

ESPECIALISTAS JAPONESES EXPLICAM AVANÇOS DA CIRURGIA ROBÓTICA E OS DESAFIOS DA SAÚDE A cirurgia robótica como um novo divisor de águas na área não só em cardiologia mas também em outras especialidades.

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onfirmando seu permanente compromisso com a medicina de ponta e com as inovações tecnológicas, o Hospital Nipo-Brasileiro (HNB) promoveu uma dupla palestra com os Prof. Dr. Go Watanabe, cardiologista e considerado atualmente o maior especialista japonês em cirurgia robótica e com o Prof. Dr. Kenji Kawachi, Professor-Assistente de Cirurgia Cardiovascular da Tokyo Medical University. Como professor titular de cirurgia cardiovascular do Kanazawa University Hospital e presidente da Associação Japonesa de Cirurgia Robótica, o Prof. Dr. Go Watanabe tem no seu curriculo mais de 3 mil cirurgias cardíacas com 99,5% de sucesso. Nesta sua 6ª visita ao Brasil a convite da Enkyo – Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo e Hospital Nipo-Brasileiro, o Prof. Dr. Go Watanabe, de 55 anos, fez uma brilhante exposição ao corpo médico do HNB sobre os avanços da cirurgia robótica no Japão.

Experiência Apoiado nessa vasta e significativa experiência, Dr. Watanabe destacou o papel da cirurgia robótica como o divisor de águas de uma nova era não apenas no campo da cardiologia, mas também nas demais especialidades como nas áreas digestiva, pulmonar, cervical, urológica e outras. Segundo ele, os recentes avanços na medicina, especialmente no campo da anestesia e dos equipamentos ópticos, tem permitido oferecer aos pacientes cirurgias minimamente invasivas, com o máximo de segurança e rápida recuperação. Hoje, segundo o Dr. Watanabe, existem instalados no Japão cerca de 800 robôs em atividade.

Desafio Por sua vez, o Prof. Dr. Kenji Kawachi, professor-assistente de cirurgia cardiovascular da Tokyo Medical University explicou que apesar dos significativos avanços tecnológicos já conquistados, o Japão vive hoje o grande desafio de equacionar a elevação exponencial dos custos de seu sistema de saúde, provocados entre outros, pelo crescente desequilíbrio em sua pirâmide etária que registra uma redução sistemática da população jovem, ou seja, de contribuintes, e o crescimento dos idosos, os principais usuários dos serviços. Até há pouco tempo, patrocinado integralmente pelo governo japonês, o sistema de saúde foi reformulado recentemente com o repasse de 30% dos custos à população usuária através de uma espécie de seguro saúde, arcando o Estado com os 70% restantes.

Dilema E a exemplo do que ocorre no Brasil, o Dr. Kenji explica que o Japão vive hoje também o conflito entre falta de médicos e a má distribuição desses profissionais nas regiões de maior concentração (Sul) e de maior carência (Norte) do país. E na condição de Presidente da Associação Médica de Tokyo, ele acrescenta que diante desse impasse, discute-se a conveniência de estimular o surgimento de mais faculdades médicas ou promover a importação de médicos estrangeiros, ou ainda, a redução do tempo hoje exigido para a formação de profissionais médicos, de seis (6) para quatro (4) anos, como solução para reequilibrar a capacidade geral de atendimento à saúde no País.

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Diferenciais

EMTN

A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR COMO DIFERENCIAL NA TERAPIA NUTRICIONAL E SEGURANÇA DO PACIENTE

O HNB se destaca pelo pioneirismo na criação e implementação da primeira equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral.

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rientada pela Organização Mundial da Saúde e gerenciada rigorosamente pelos órgãos de acreditação reconhecidos, a segurança dos pacientes transformou-se num dos principais indicadores de qualidade e eficiência das instituições médico-hospitalares. Não por acaso, essas instituições têm investido sistematicamente na atualização e treinamento de seus profissionais com o claro objetivo de fazer frente aos contínuos desafios exigidos na rotina de atendimento e segurança dos pacientes. E nesse processo, as atividades de enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, farmácia e médica na conduta dietoterápi-

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ca (oral, enteral e parenteral) tem sido fatores determinantes no esforço de conquista da excelência no atendimento dos pacientes hospitalares . Comprometido com esse objetivo, o Hospital Nipo-Brasileiro notabilizou-se em 1986, pela criação e implementação de forma pioneira, da primeira Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral (EMTN), coordenada pelo Dr. César Quintão Brant e considerada hoje uma referência no segmento hospitalar. Por definição, a nutrição enteral é aquela que não utiliza a via oral normal para a entrada dos alimentos. Ela se faz através de sondas introduzidas diretamente no estômago


Diferenciais ou no intestino do paciente. Os pacientes que recebem dieta por sonda ficam temporária ou permanentemente impedidos de receber alimentação por via oral, mas seu trato gastrointestinal deve estar em condições de realizar o mecanismo de digestão.

rapia nutricional, esse programa de capacitação acabou gerando um bem elaborado livro em formato de bolso intitulado “Terapia Nutricional Enteral e Parenteral – Consenso de Boas Práticas de Enfermagem” voltado para a consulta diária desses profissionais.

As indicações visam as lesões do Sistema Nervoso Central (SNC), estado de coma, debilidade, traumatismos faciais, obstruções no tubo digestivo, fístulas, síndromes disabortivas, septicemia, anorexia, depressão profunda, desnutrição severa, queimaduras extensas, pós-operatórios, estados de insuficiência respiratória, renal, cardíaca ou hepática.

Dados desse importante trabalho coordenado por especialistas em qualidade e nutrição parenteral e enteral e com a colaboração de um elenco de profissionais de diversas instituições hospitalares, dentre os quais o HNB, revela que a prevalência de desnutrição moderada e grave em hospitais é alta no Brasil (48,1%), e é considerado um dos principais responsáveis pelo aumento dos custos hospitalares e de morbidade. Adicionalmente, alguns estudos têm mostrado que após a hospitalização, os pacientes apresentam uma

Por sua vez, a nutrição parenteral é a alimentação que fornece todos os nutrientes necessários ao paciente por via venosa. É uma solução manipulada e preparada com os elementos necessários à alimentação de pacientes em condições especiais, tanto em regime hospitalar, como ambulatorial ou domiciliar. Ela deve ser utilizada quando o trato gastrointestinal não está apto a receber alimentos, ou seja, no agravamento do quadro do paciente que recebe nutrição enteral ou em casos de obstruções severas do tubo gastrointestinal, pancreatites, fístulas, traumatismos, intervenções cirúrgicas, pós-operatórios, doenças inflamatórias intestinais, síndromes disabortivas, septicemias, queimaduras graves e extensas, e ventilação mecânica prolongada.

Consenso Confirmando a importância e o rigor que envolve atualmente esse assunto em todo o universo médico-hospitalar, o Comitê de Enfermagem da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral desenvolveu e implementou um programa de capacitação específico, denominado “Meeting de Boas Práticas de Enfermagem em Terapia Nutricional”, que tem como objetivo fundamental subsidiar as decisões e atuações dos profissionais dessas duas áreas na rotina de atendimento dos pacientes. Focado no objetivo de promover intercâmbio entre enfermeiros, estabelecer consensos e fornecer subsídios para o cumprimento das melhores práticas assistenciais na te-

piora em seu quadro nutricional. Participando como representante da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) do HNB no Comitê de Enfermagem da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, a enfermeira Simone Teixeira de Sousa explica que a desnutrição hospitalar pode ser atribuída a diversas causas, como, por exemplo, relacionadas à própria doença (anorexia, má absorção, catabolismo), a fatores circunstanciais, como medicamentos, ansiedade e mudança de hábitos alimentares, e também a fatores iatrogênicos, como avaliação inadequada do paciente (não mensuração de peso e altura), rotatividade e despreparo do pessoal, ausência de controle da ingestão alimentar e retardo na indicação da terapia nutricional.

Diferencial Para a nutricionista e especialista em nutrição clínica, Lilian Chika Kato, que também integra a Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) do HNB, todos esses fatores revelam a importância da identificação dos pacientes em risco de desnutrição ou já desnutridos no momento da hospitalização, que deve ser feita já nas primeiras 24 horas e, no máximo, 48 horas, para estabelecer plano terapêutico após a internação. Para permitir que todos os paciente sejam avaliados nesse período, Lilian destaca a importância da triagem nutricio-

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Diferenciais

Integrantes da EMTN:

nal, que consiste na realização de um inquérito simples com o paciente ou seus familiares para a identificação de eventual risco nutricional.

reabilitação, acompanhamento da aceitação alimentar e comunica a equipe multidisciplinar para intervenção precoce tendo um papel importante na detecção do risco nutricional.

Destacando a EMTN do Hospital Nipo-Brasileiro como diferencial no tratamento e segurança dos pacientes, Simone lembra que o enfermeiro exerce um papel fundamental nesse processo: “ por ter o primeiro contato na admissão do paciente, ele é capaz de detectar precocemente os pacientes desnutridos e com perfil para a terapia nutricional especializada, que acaba incorporado no histórico de enfermagem e de avaliação inicial desse paciente”.

• A preocupação focada na desnutrição e/ou risco nutricional no ambiente hospitalar, o HNB tem como compromisso garantir o aporte nutricional de qualidade aos seus pacientes. Atualmente, os suplementos nutricionais prescritos pelas nutricionistas são ofertados pela equipe de enfermagem e registrado em prontuário eletrônico onde é possível acompanhar e monitorar a aceitação dessa oferta.

Ressaltando ainda, com a presença da fonoaudióloga Patricia Nagato, avalia o paciente com risco de broncoaspiração, verificando a possibilidade de manter a oferta de dieta via oral, com necessidade, às vezes, de modificação. Realiza-se

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Nutricionista Lilian Kato FngºPatricia Noriko Enfª Simone Sousa Dra. Maiara Macedo Dr. César Quintão Brant

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• Realizamos também um Plano educacional para os pacientes e seus familiares como atribuição capaz de minimizar complicações e garantir a segurança do paciente, familiares e cuidadores durante o período de hospitalização e pós alta hospitalar.


Diferenciais Social

CRESCE A INCLUSÃO DE AUTISTAS NO MERCADO DE TRABALHO Com o apoio dessa experiência vitoriosa, portadores do espectro do autismo vêm conquistando cada vez mais oportunidades no mercado de trabalho japonês, como forte evidência do crescente processo de inclusão social.

O

intercâmbio de ideias e de experiências tem proporcionado a universalização de soluções e de conquistas cada vez mais importantes nas relações humanas, principalmente como um fator de resgate de cidadania e de inclusão social.

Apoiada nesse espírito, a Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo (Enkyo) promoveu mais uma apresentação do Projeto de Integração Pró-Autista (PIPA), que teve como convidado especial, o professor e especialista em autismo, Dr. Masao Taira, da Universidade de Seisa, do Japão. Em seu discurso de boas vindas às autoridades e demais convidados presentes no evento, o presidente da Enkyo, Sr. Yoshiharu Kikuchi, destacou a importância pioneira do Projeto

PIPA no Brasil, no esforço de inserção social e, futuramente, no mercado de trabalho, das crianças que hoje o integram. O representante da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Sr. Vicente Murakami, reiterou todo apoio dado ao Projeto PIPA desde a sua criação em São Paulo, em 2006. Lembrando que a experiência já está consagrada também no Japão, EUA e Uruguai, confirmou o apoio da instituição a todas iniciativas de inserção social e econômica dos portadores do espectro do autismo. Nesta sua segunda visita ao Projeto PIPA, o Prof. Taira destacou o eficiente trabalho realizado com autistas no Japão através da Terapia de Vida Diária(TVD), com o apoio da Toposunokai, uma entidade especializada no tratamento e apoio Hospital Nipo-Brasileiro

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Social à inclusão econômica dos autistas e da qual é um de seus principais dirigentes. Segundo ele, estimativas de portadores do espectro de autismo no Japão que eram de 1 para cada mil habitantes, saltaram hoje para 1 a cada 100 pessoas. Depois de superar o desafio do preconceito e da discriminação social, rompido apenas em 1947 com a criação de escolas especiais, os autistas japoneses experimentaram um contínuo processo de inclusão social que se consolidou em 2007, através do Tokubetsu Shien Gakko, um novo conceito que definiu e unificou sem qualquer discriminação, a denominação de todos os portadores de deficiência.

Porém, o especialista destacou que a partir de uma nova leitura menos rigorosa, alguns aspectos considerados a como pontos fracos dos autistas, através de treinamento e educação, podem se transformar em pontos fortes.

Aspectos

tistas, o Prof. Taira destacou como seus pontos fundamentais, o fato de não utilizar medicamentos; de promover o trabalho em grupo e de ser uma terapia de 24 horas.

Como referência dessa vitoriosa experiência japonesa, o Prof. Taira destacou três (3) aspectos essenciais no processo de análise das crianças autistas. O primeiro deles, de ordem biológica, refere-se à produção insuficiente de um hormônio chamado de ocitocina, responsável pelas dificuldades de relacionamento e de segurança delas. Num segundo aspecto, de nível cognitivo, o autista sem capacidade e treino adequado, apresenta grandes dificuldades de correção comportamental. E, o terceiro, de ordem comportamental, por sua vez, depende compreensivelmente do fortalecimento do nível cognitivo. De maneira geral, o Prof. Taira destacou um elenco de seis (6) características típicas dos autistas:

o pessoal; para ter contat • Insegurança ficar em grupo; • Dificuldade de

fim; ividades até o • Não realiza at

resse, ividade de inte • Quando faz at r; não quer para os; imitar os outr • Dificuldade de

le emocional. perder o contro • Facilidade de

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Como exemplo, ela destaca que a inflexibilidade por eles apresentada, evidencia um perfil de respeito às regras; ou ainda, a postura de isolamento por eles adotada, pode caracterizar opinião própria; ser sincero demais, revela senso de justiça e imparcialidade; ou a sua insegurança em relação às coisas imprevistas, a necessidade de regras. Enfatizando a grande importância da Terapia de Vida Diária (TVD) no processo educacional e terapêutico das crianças au-

Finalizando, o Prof. Taira reiterou que existem hoje no Japão cerca de 350 mil trabalhadores. portadores de deficiência, que correspondem a 1,68% da força de trabalho do país, 80% dos quais em atividades temporárias e/ou de meio período, desenvolvidas em escritórios, atividades de computação, limpeza/manutenção de prédios, em restaurantes, nos serviços de cozinha, no comércio, como controladores de estoques, nos serviços internos dos Correios; e como cuidadores, em asilos para idosos


卓越性

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卓越性

桜本パウロ医師 1980年、サンパウロ大学医学部(FMUSP)卒。1990年より日伯友好病院泌 尿器科医療チームの医師を務める。57歳。 ABC大学医学部においても、泌尿器科グループの主任として指導にあた る。

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技術

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社会支援

自閉症の生活療法 自閉症者就労への希望を示した日本の自閉症専門家

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機関誌

日伯友好病院 第6号 - 発刊3年目

保健

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品質

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行動

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設備


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