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Correio da ERI

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CNSE

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A responsabilidade nas Equipes Satélites

10 Escrevemos estas palavras no final do ano de 2019, quando se aproximam as festas de Natal e Ano-Novo. Mas, quando as lerem, já estaremos em 2020. Portanto, iniciamos estas linhas com dois olhares: um para o ano que já se foi e outro para aquele que apenas começa. E queremos lançar nossos olhos para tudo o que nos aconteceu desde o término do Encontro de Fátima, quando começamos a participar da Equipe Responsável Internacional – ERI, com a responsabilidade de coordenar as Equipes Satélites até 2024. Desde aquele memorável encontro temos vivenciado momentos muito intensos de oração, trabalho, alegria, estudo, discernimento, convivência, descobertas, amizade e, sem dúvida, momentos de conhecer e amar esta nova família. Em Brasília, capital de nosso querido Brasil, onde moramos, temos visto ao longo de nossos 44 anos de casados nossa família crescer. Hoje, além dos quatro filhos, temos uma nora, dois genros e uma netinha. E nossa equipe de base também se alarga para acompanhar, conosco, seja nas orações, seja nas coparticipações, nosso envolvimento na equipe da ERI. Como veem, temos muito a agradecer e louvar ao Senhor. E, a partir do que nos ensina o Evangelho de Lucas 12,48, “a quem muito foi dado, muito será pedido”, temos procurado colocar os dons divinos e as capacidades humanas que recebemos a serviço da construção do reino de Deus. Com efeito, podemos constatar que a ERI já trabalhou muito neste período. Desde nossa primeira reunião em Paris, ainda em 2018, passando pela reunião itinerante no Líbano, pela reunião e Colégio em Valência (Espanha) e, por fim, em outubro passado, a última reunião do ano de 2019 no secretariado em Paris. E isto sem falar nas atribuições específicas de cada um dos casais, seja como casais ligação de zonas, seja na área a que foram chamados a servir (secretaria, comunicação, Equipes Satélites, coordenação geral). Quanto às Equipes Satélites, nosso campo de atuação, foram lançadas em Lisboa, entre os dias 3 e 5 de outubro de 2019, as quatro novas equipes que trabalharão nos próximos anos. Elas vão abordar temas que as Super-Regiões e Regiões ligadas à ERI sugeriram, a partir das necessidades levantadas, bem como daquelas que a ERI, a partir das orientações propostas para os próximos anos, entendeu necessárias. Estão trabalhando as seguintes Equipes Satélites, formadas por quatro casais cada uma: a de pedagogia, que irá atualizar o processo de pilotagem de novas equipes; a de pesquisa e reflexão,

que proporá um sistema de coleta de informações sobre o Movimento nos vários lugares onde se encontra inserido, com a finalidade de conhecer melhor a realidade local; a de casais jovens, que irá preparar material com vistas à formação de equipistas para atuarem pastoralmente com casais jovens, bem como elaborará material para este público a partir da pedagogia do Movimento; a de casais em segunda união, que também irá preparar material de formação de equipistas para trabalharem com casais em segunda união, bem como elaborará material que possa ser utilizado no trabalho pastoral com este público, utilizando a pedagogia do Movimento. Como todos sabem, as Equipes Satélites foram criadas pela ERI em 2001, no Colégio Internacional de Dickinson- -Houston, no Texas, com o objetivo de aprofundar temas de interesse para o Movimento e para a formação integral dos equipistas de base. Estas equipes foram batizadas com o nome de Equipes Satélites pelos membros da ERI, talvez influenciados pela visita que os membros do Colégio tinham feito ao centro espacial de Houston, fazendo uma analogia com o serviço de comunicação, de ligação e de exploração realizado pelos satélites criados pelo homem. O trabalho atual das Equipes Satélites é o de contribuir com as demandas de reflexão sobre o futuro do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, em função dos desafios propostos no Encontro de Fátima, procurando distinguir os elementos imutáveis da vocação e missão ligados ao seu carisma

fundador, daqueles que lhe dão margem de liberdade para responder aos desafios de nossa época, colocando sua pedagogia a serviço da Igreja junto às diferentes realidades do casamento e da família. E lançando nosso olhar para o que nos espera em 2020, pela primeira vez na história do Movimento a ERI fará sua reunião itinerante num país da África, em Lomé, capital do Togo, onde terá a oportunidade de encontrar as lideranças do Movimento no continente africano, com a expectativa da presença de 450 participantes, entre casais e conselheiros espirituais. Em Varsóvia, Polônia, no final de julho, haverá a segunda reunião de 2020, seguida do colégio internacional. E estamos trabalhando a pleno vapor para que todos os objetivos fixados para as ENS sejam alcançados. Amigos, como veem, há muito pelo que agradecer e louvar, e muito por rezar. Desejamos que o Menino-Deus que renasceu em nossos corações no Natal que passou nos entusiasme e nos fortaleça a cada dia de 2020, porque estamos certos de que, hoje e sempre, o Senhor fez e faz em nós maravilhas. Recebam todos nosso abraço muito carinhoso.

Mariola e Elizeu Calsing CR - Equipes Satélites - ERI

Diretrizes gerais da CNBB

12 A Igreja Católica possui uma organização básica que a divide, territorialmente, em dioceses espalhadas pelo mundo inteiro, regidas por um bispo. Como a comunhão é sempre um desafio, os bispos sempre buscaram discernir juntos os melhores caminhos para soluções que atingem toda a Igreja, acreditando que é na comunhão que a vontade de Deus pode ser encontrada. O primeiro caso assim é descrito no capítulo 15 dos Atos dos Apóstolos, diante do processo de entrada de não judeus na Igreja. A história testemunha o surgimento de Concílios, Sínodos, Assembleias e por fim as Conferências Episcopais de cada país ou conjunto de países. O objetivo desta última é buscar caminhos e soluções que iluminem as decisões pastorais posteriores de cada diocese. Para tanto, no Brasil a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) elabora, a cada 4 anos, um documento chamado Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, com a intenção de iluminar/orientar projetos pastorais da Igreja diante de algumas urgências observadas pelos bispos do Brasil. As diretrizes propostas para 2019- 2023 reconhecem que nossa vocação é anunciar a Palavra, promover a paz, superar a violência, construir pontes em lugar de muros, oferecer a misericórdia de Jesus e reacender a luz da esperança. É apresentada a imagem de uma casa como representação da Igreja. A Casa foi sempre um dos lugares privilegiados para o encontro e diálogo de Jesus e seus seguidores (Mc 1, 29; 2, 15; 3, 20; 5, 38; 7, 24). Depois, os discípulos continuariam a se reunir comunitariamente em casas (cf. At 4, 34-35). Casa lembra sempre proximidade, família e relação. A Casa aqui proposta possui 4 pilares: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária. O pilar da Palavra se refere à formação necessária a todo cristão, por meio dela aprende-se a reconhecer Jesus, compreender a fé para poder assumi-la. O Pão refere-se à participação litúrgica (Eucaristia) e espiritualidade que continuamente alimenta nossa fé e nos faz crescer na comunhão com os outros nos tornando irmãos. A Caridade se refere ao mandamento de amar o próximo como a si mesmo, buscar não

negar ao outro o bem que temos possibilidade de fazer, tendo Jesus como modelo. A Ação Missionária se refere à nossa proximidade aos outros testemunhando que o motivo e nossa alegria está em Nosso Senhor, para assim levar esperança aos outros também. Para nossa família equipista este modelo, que será mais bem aprofundado depois, nos representa bem. Também nós nos reunimos em nossas casas, e a partir de pequenas comunidades, nossas equipes de base, buscamos crescer juntos. Os 4 pilares são reconhecíveis em nossos PCEs e na espiritualidade das ENS. Para nós, a proposta imediata mais marcante é estarmos sempre abertos para ajudar e contribuir também com outros para que, mesmo não

participando do Movimento, pode ser beneficiado por nosso testemunho e proximidade. Que Deus nos ajude sempre em nosso constante esforço de sermos santificados através da boa vivência do sacramento do matrimônio e nos faça também sinais de esperança para muitos outros neste tempo.

Pe. Antonio Xavier Batista Eq. 101 Setor C Região Brasília

Epifania – Dia de Reis

Em 6 de janeiro celebramos a Epifania do Senhor, Dia de Reis, que é uma Manifestação de Deus a nos mostrar o caminho, a direção. Os Reis Magos - Belchior, Gaspar e Baltazar - ao mirarem no céu avistaram a Estrela Guia e não tiveram dúvidas: é a Estrela do Senhor! Deixaram tudo o que estavam fazendo para seguirem a Estrela, pois no íntimo de seus corações eles buscavam muito mais do que possuíam no Oriente. Levaram consigo o Ouro, o Incenso e a Mirra para saudar o novo Rei. Com o Ouro, queriam oferecer o que era mais precioso, com o Incenso, demonstravam confiança no Sacerdócio Messiânico do Menino Jesus, e, com a Mirra, tinham consigo a certeza da Imortalidade da Alma. Celebrar o Dia de Reis depois do Natal é viver a Manifestação de Deus em cada um de nós, é deixar o agir Divino iluminar a nossa vida, o nosso caminhar, as nossas decisões, é nos entregar por completo e com alegria à vontade de Deus. No Movimento das Equipes de Nossa Senhora a Reunião de Equipe é uma manifestação de Deus, uma verdadeira Epifania do Senhor e Dia de Reis, pois, para a casa do casal equipista anfitrião, todos os outros casais se dirigem e levam o que têm de melhor: o Ouro é a Palavra de Deus que bebemos na fonte, o Incenso é a presença dos sacerdotes e acompanhantes espirituais inspirados pelo Espírito Santo, e a Mirra somos nós, que buscamos a Espiritualidade Conjugal com a Escuta da Palavra, a Meditação, a Oração, o Retiro, o Dever de Sentar-se e a Regra de Vida para alcançarmos a santidade. Os Reis Magos enfrentaram uma viagem difícil, longínqua e não desistiram! Esta é uma grande lição para nós, que muitas vezes abandonamos o Projeto de Deus. Participar do Movimento das Equipes de Nossa Senhora é viver o projeto de salvação dentro do Matrimônio, vivenciar as dificuldades que surgem, reconhecer que Deus está conosco em todos os momentos para nos fortalecer e levantar. Busquemos com alegria a manifestação de Deus em nossas vidas e que sejamos também nós esta manifestação viva para o outro, para a esposa, para o esposo, os filhos, os casais, e, principalmente, para os jovens e jovens casais carentes de exemplo de família edificada na simplicidade de Jesus, Maria e José na manjedoura e fortalecida na fé da Família de Nazaré. Sejamos exemplos de fidelidade à nossa missão de casal do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, e, assim como os Reis Magos voltaram para as suas casas na certeza de que conheceram o Salvador, também nós tenhamos a mesma certeza e anunciemos ao mundo o seu reino!

Deniz e Jorge Jazon CRR Bahia

São José

O Evangelho fala pouco de sua vida, mas o exalta por ter vivido segundo “a obediência da fé” (cf. Rm 1,5). São José foi pai verdadeiro de Jesus, não pela carne, mas pelo coração; protegeu o Menino das mãos assassinas de Herodes, e ensinou-lhe o caminho do trabalho. Naquela rude carpintaria de Nazaré Ele trabalhou até iniciar sua vida pública, mostrando-nos que o trabalho é redentor. Na história da salvação coube a São José dar a Jesus um nome, fazendo-O descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas divinas. A José coube a honra e a glória de dar o nome a Jesus na Sua circuncisão. O Anjo disse-lhe: “Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21). A vida exemplar desse grande santo da Igreja é exemplo para todos nós. Num tempo de crise de

autoridade paterna, na qual os pais já não conseguem conquistar seus filhos e fazerem-se obedecer, o exemplo do Menino Jesus submisso a seu pai torna- -se urgente. Isso mostra-nos a enorme importância do pai na vida dos filhos. Celebrar a festa de São José é lembrar que a família é fundamental para a sociedade e que não pode ser destruída pelas falsas noções de família, que nada têm a ver com o que Deus quer. É lutar para resgatar a família segundo a vontade e o coração de Deus, é celebrar a vitória da fé e da obediência sobre a rebeldia e a descrença que hoje invadem os lares, a sociedade e até a Igreja. São José, tal como a Virgem Maria, com o seu “sim” a Deus, no meio da noite, preparou a chegada do Salvador. Deus Pai contou com ele e não foi decepcionado. Que o Altíssimo possa contar também conosco! E o mais importante é dizer “sim” a Deus como São José. “Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado” (Mt 1,24). Celebrar a festa de São José é celebrar a santidade, a espiritualidade, o silêncio profundo e fértil. O pai adotivo de Jesus entrou mudo e saiu calado, mas nos deixou o Salvador pronto para começar a Sua missão. Ele é o mestre da oração e da contemplação, da obediência e da fé. Com ele aprendemos a amar a Deus e ao próximo.

15 Rosimeri e Zequinha CRR RN II Província NE I

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