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Pensando em Deus
São João, em sua Primeira Carta, capítulo 4, versículos 8 e 16, nos ensina que Deus é amor. Esta verdade nos leva a pensar sobre o significado do amor. Esta palavra é tão rica de sentidos, possui tão grande significado que, muitas vezes, nos embaralhamos e não a entendemos. Amar é querer o bem do outro. Querer, por sua vez, é um ato da vontade. A vontade é fruto da razão. Eu quero, eu posso. Parece que está tudo explicado, mas estará mesmo? Até agora não se falou em sentimento. Sentimento não é amor? Amor é uma verdade absoluta, e a verdade é imutável, não muda nunca. Já o sentimento não, é maleável, muda a todo instante, ora é positivo, ora é negativo, ora é pura paixão, depende das circunstâncias. O homem foi feito à imagem de Deus, pelo amor, no amor e para amar. Amar inclui o sentimento como um instrumento que capta o exterior e o traz para dentro para integrar o amor e colori- -lo. Quando a razão comanda o sentimento e, de fato, o integra ao amor, então o mundo fica maravilhoso. Mas sem o amor, razão e todos os sentidos que também o integram, tudo perde o sentido, a vida vira um inferno, e o inferno atinge e afeta todos os que se encontram por perto: cônjuge, filhos,
23 parentes, empregados, etc. Já se nos submetemos ao amor, nossa vida vira um céu, e o céu também atinge e afeta todos os que se encontram por perto, pois o amor se difunde e entra em todas as portas abertas. Deus é amor, e se fez carne para vir ao mundo e nos ensinar o amor e a amar, para nos ensinar a vida, o caminho, a verdade. Se achamos difícil seguir o caminho – Jesus Cristo – é porque nos apegamos demais ao mundo e de menos ao amor. E como ser feliz fora do amor? Como ser feliz fora de Deus? Sem Deus não há amor, não há felicidade, não há vida. Sem Deus não há o outro, há somente eu. E o eu é o reverso do amor, é o desamor, é o egoísmo. Nós não nascemos de nós mesmos e para nós mesmos. Nascemos dos outros para os outros. E é aos outros que devemos amar sempre, pois Deus está sempre presente no outro, seja ele quem for. Querer o bem do outro, fazer o bem ao outro é, por reflexo, querer e fazer o bem a si mesmo. Mas com o esquecimento do outro não há reflexo, não há felicidade, pois não há amor, não há Deus, e Deus é o amor.
Cida e Hélis Eq. N. S. do Carmo Ituiutaba-MG