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Gerar vidas

Chegou o resultado! O tão esperado por tempos! Abriu-se o papel, ou viu-se no teste caseiro ou o telefonema da assistente social veio - e a alegria tomou conta da casa, do lar, da família, do coração! Assim nasce uma mãe. Será? Penso que já nascemos mães! Desde cedo, brincamos de casinha, bonecas, de cuidar de alguém “dodói” – geralmente a mamãe ou o papai. Crescemos e começamos a cuidar dos amigos de escola, da vida. Seja nas festas, em casa, na Igreja. Aprendemos a cuidar daqueles que fazem parte da nossa “tribo”. Quando saímos de casa, aprendemos a cuidar do canto onde habitaremos, das pessoas com quem dividiremos a vida por algum tempo ou pela vida inteira. No trabalho, há quem precise de uma palavra, um colo, um remédio, um “socorro”, e as mãos se fazem maternas e ali estão, de novo, acolhendo. Vizinhos, amigos, familiares. Não há onde as mãos e o coração materno não alcancem. Mulher – menina, moça, adulta – carrega em si este dom, esta força, esta natureza própria que a faz ser especial neste planetinha: gerar vidas! Vidas através do seu ventre, do seu coração, do seu jeito acolhedor, da sua compaixão. Gerar vidas através de um gesto ou de um sorriso para alguém que se desenganava. Gerar vidas através do seu trabalho diário – em casa ou no mercado profissional ou ambos. Gerar vida através do seu jeito de temperar a comida, a vida! Mães de fato, de afeto. Algumas choram ainda não terem encontrado seus filhos e vivem a angústia de Ana e Isabel. Algumas buscam seus filhos que nasceram de outras. Outras choram seus filhos que já estão com o Pai e tornam-se mães de anjos. Tantas veem seus filhos crescerem no ventre e na vida. Muitas ajudam outras a cuidarem dos seus. São mães! Coração materno nasce desde que começa a bater! E aprende a se alargar para acolher “todos os filhos que Deus lhe confiar”.

Débora e Marcio Dias Eq. 23 – N. S. Imaculada Conceição Setor B - Barbacena-MG

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