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São José: Defensor da Vida

São José é pai adotivo de Jesus, esposo de Maria, padroeiro da Igreja, patrono de carpinteiros e trabalhadores. O que Paulo VI ensina sobre Maria pode bem ser atribuído a José: nele, como “em Maria, tudo se refere a Cristo e dele depende” (MC 25). Na Patris Corde, Papa Francisco afirma: “Com coração de pai” José amou Jesus, a quem os Evangelhos chamam “o filho de José”. As Igrejas Católica, Ortodoxa e Anglicana veneram-no como Padroeiro e a Luterana como “Tutor do Senhor”. A liturgia católica consagra-lhe a solenidade de 19/3 e a memória de 1/5. Bolívia, Espanha, Honduras, Itália, Lichtenstein e Portugal comemoram o Dia dos Pais a 19/3, em honra de São José. Pela Carta Apostólica Patris Corde/ Coração de Pai, o Santo Padre abriu o Ano de São José, celebrado entre 8/12/2020 e 8/12/2021. No dia 1º de maio de 2013, Francisco pedira a inclusão da invocação a São José nas Orações Eucarísticas II, III e IV, como Papa João XXIII havia feito para a 1ª Oração Eucarística, em 1962. Qual a exemplaridade de José para casais e conselheiros espirituais das ENS? Duas palavras caracterizam-no adequadamente: cuidado e justiça. O cuidado qualifica-se por desvelo e segurança, cordialidade e competência. A Bíblia não registra nenhuma palavra de José: Ele não fala, mas faz; ele não promete, mas cumpre. Junto com Maria, teve a missão de criar, proteger e educar Jesus, formando uma família, oferecendo-lhe um lar. Ele protegeu Jesus no massacre de Belém. Levou o Menino e sua Mãe ao Egito e trouxe-os de volta. Inseriu Jesus na fé e cultura de Israel, na história e nas orações do seu povo. Introduziu-o no culto sinagogal e no conhecimento das Escrituras. Orientou-o às habilitações de carpinteiro. Junto a Maria, José também usufruiu das alegrias que Jesus lhes propiciava. Viu-o crescer “em sabedoria, idade e graça diante do Senhor e das pessoas” (Lc 2,52). Ouviu de seus lábios e coração algo como: “Obrigado, papai!”; “Paizinho, te amo!”; “Quero ir com você!”; “Vou ser como o senhor!”. A justiça evangélica identifica-se com aquilo que efetivamente ajuda a viver. Trata-se da justiça vital que, muitas vezes, não bate com a justiça legal. De acordo com a justiça legal, ao saber que Maria estava grávida de um filho que não era seu, José deveria denunciá-la e ela seria apedrejada até a morte (cf. Dt 22,23-24). Movido por justiça vital, porém, José preservou a Bendita entre as mulheres, salvou o Fruto bendito de seu ventre que nos trouxe vida e é nossa Vida.

Pe. Mariano SCE Setor Taubaté A

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