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Eu não me acostumei nas terras onde andei

Alô, Meu Deus, fazia tanto tempo que eu não mais Te procurava

Alô, Meu Deus, senti saudades Tuas e acabei voltando aqui Andei por mil caminhos e como as andorinhas Eu vim fazer meu ninho em tua casa e repousar Embora eu me afastasse e andasse desligado Meu coração cansado resolveu voltar Eu não me acostumei nas terras onde andei. Pe. Zezinho

Em 2019 tivemos a oportunidade de percorrer, em casal, os caminhos do filho pródigo com a parábola do pai misericordioso. Percebemos que a espiritualidade conjugal, ponto central das ENS, precisa ser, antes de tudo, esse caminho que nos leva a Deus e, porque nos leva a Ele, nos levou a nós, individualmente e em casal. Vivemos uma verdadeira conversão, um retorno. Como o filho pródigo, muitas vezes, vamos nos distanciando de Deus e de nós mesmos, perdemos nossa essência e já não conseguimos encontrar a tão desejada felicidade na vida que construímos. Fruto de ilusões. Pela realização dos PCEs experimentamos a oração como resultado de Deus em nós, quase que como uma forma de recrutá-lo de dentro de nós pela palavra. Vivíamos tão para fora que esquecemos o caminho de dentro, como diz a música: “[…] fazia tanto tempo que eu não mais Te(me) procurava”. Com o estudo do tema fomos levados a perceber que falávamos tanto aos outros, mas passávamos longos períodos sem trocar uma única palavra cada um consigo e, logo, com Deus. Voltar para casa significou voltar para si e, portanto, para Deus, para compreendermos que se formos desconhecidos de nós mesmos não conseguiremos conhecer Deus que nos habita. A espiritualidade conjugal depende da espiritualidade de cada cônjuge e precisa representar o Movimento para dentro de si para encontrar Deus em nossa morada: “Eu vim fazer meu ninho em tua casa e repousar”. E temos o privilégio, pelo sacramento do matrimônio, de percorrer esse caminho com o auxílio do cônjuge. Sobre a busca da santidade e a presença de Deus em nós, pensemos sempre que a semente já tem todas as possibilidades da árvore, mas precisa ser plantada e cultivada para tornar-se árvore. Assim somos nós. Precisamos olhar para nossa vida e questionar se nossas escolhas estão nos fazendo bem, interpretar nossos desassossegos. Sejamos honestos, Deus espera de nós essa honestidade. O lugar da santidade, o lugar da nossa salvação, é em nós mesmos, em Deus que está em nós. Onde há um ser humano que se encontrou, ali Deus o salvou. Esteja em sim! Regresse! Comprometa-se! Esteja em Deus!

Paula e Tiago Eq. N. S. da Luz Setor A Maracaju-MS

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