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O retiro

Falar de retiro espiritual é falar de uma pausa, um refrigério para a alma, um tempo para si e para Deus. Desde o tempo antigo os povos já viviam muito ocupados. Jesus percebeu isso e, em uma passagem bíblica muito especial, ele observou que muitas pessoas viviam tão apressadas que nem tinham tempo para comer, então convidou os discípulos para subirem a montanha para orar e descansar um pouco. Dois mil anos se passaram e nos encontramos na mesma correria, sem tempo para refeição, para meditação, para oração. Eu me lembro de ficarmos incomodados com tantos compromissos, que mal tínhamos tempo para ficar em casa. Mas, com a chegada dessa assustadora pandemia, tudo mudou, passamos a ficar muito tempo em casa, e aí nos envolvemos com os afazeres da casa, o trabalho remoto, as aulas on-line da nossa filha. Estamos o tempo todo conectados, contudo, se nós não nos policiarmos também não teremos tempo para o que é importante na vida: nos conectarmos sim, só que nos conectarmos com Deus. E o retiro é um facilitador para isso. Particularmente, nós sentimos muita falta dos retiros. Porque sempre foi um PCE do qual gostamos muito e nos dedicamos para cumpri-lo todos os anos. Nós somos paulistas, e moramos em Goiânia há 15 anos, mas não temos parentes aqui. Então, nos deparamos com um problema para participar dos retiros, pois quando tivemos nossa filha, não tínhamos com quem deixá-la. No entanto, isso não foi um empecilho para realização desse PCE, pois todos os anos convidávamos alguém de nossa família (avós, tias) para vir de São Paulo ficar com nossa filha para que pudéssemos participar deste tempo tão especial para nós, equipistas. Nos lembramos com muito carinho de todos os retiros que participamos. Percebemos que cada um é único, pois é moldado de acordo com quem o está conduzindo. Já participamos de retiro com muito tempo de oração, outro em que fizemos uma viagem ao encontro de nós mesmos; outro nos trouxe uma inquietação interior, uma necessidade de mudança; outro que nos trouxe uma leveza, uma tranquilidade; outro nos emocionou e nos levou às lágrimas. Todos nos ajudaram fortemente a crescer na espiritualidade conjugal. Não podemos esquecer também do aconchego do Convento das Irmãs Dolorosas, lugar calmo, arborizado, onde pudemos nos conectar um pouco com a natureza, e sempre contar com a dedicação de todos os casais envolvidos na organização do evento. Só nos resta pedir a Deus que essa pandemia passe e que nossos retiros voltem o mais breve possível. E quando isso acontecer, vamos prestigiar os nossos retiros e realizar com zelo este PCE tão importante.

Márcia e Carlos Eq. N. S. da Rosa Mística Setor B Goiânia

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