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Natal: veio até nós a divina criança
Vamos viajar no tempo e no espaço. Vamos a Belém. Estejamos na presença de São José e da Virgem Maria. Eles fizeram uma longa caminhada (150 km aproximadamente). Belém encontra-se com sua população acima do normal. É tempo de recenseamento. José e Maria não têm onde hospedar-se. Batem de porta em porta. Ali naquele isolamento aconteceu o parto de Maria, trazendo ao mundo o filho de Deus: nosso Redentor. Na simplicidade da gruta de Belém, toda iluminada com o esplendor da luz divina, proclamamos: é Natal! Eis a festa da luz. Eis a festa do amor. É festa no mundo! Festa na igreja. É festa nas famílias! Nos fala o Papa Francisco: “Deus fez-se pequeno a fim de que pudéssemos compreendê-lo, acolhê-lo e amá-lo”. O dia tão esperado finalmente aconteceu: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz”. Celebremos a vitória do amor triunfante de Deus. Para nós, que temos sempre que lutar contra as sombras e a morte, “uma luz resplandeceu para nós”! Porque algo inacreditável, algo que parecia um sonho nos aconteceu: “Nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado”. Olhem o presépio! Contemplem a manjedoura e prestem atenção: “A graça de Deus é revelada em uma criança, neste menino que nos foi dado”. Que graça pequenina: uma criança! Que graça infinda: é Deus que veio nos visitar! Creia. Deus vem a nós, veio para sustentar o fraco, levantar o caído, consolar o sofrido, amparar o desprotegido, dar vigor e força ao enfraquecido. Ele veio para aquele que jazia nas trevas e agora pode receber e reconhecer a luz. Eis a alegria da Igreja. Celebrar a vitória sem igual! São Leão Magno (século V) dizia ao povo na noite de Natal: “Hoje nasceu o nosso salvador. Alegremo-nos. Não pode haver tristeza no dia em que a vida dissipou a morte. Hoje nasceu aquele que traz a promessa da eternidade. Ninguém está excluído da participação nesta felicidade. Exulte o justo porque se aproxima da vitória. Rejubile o pecador porque lhe é oferecido o perdão”. Deus sempre rejeita as lógicas e os esquemas das forças das armas ou da prepotência humana. Deus escolhe vir ao nosso encontro na simplicidade, na ternura, na fragilidade de uma criança nascida no meio de animais em absoluta pobreza. Na singeleza da manjedoura o filho de Deus nos convida ao amor verdadeiro e a esperança que não termina. Façamos um silêncio-memória e rezemos pelas crianças que sofrem todo tipo de abuso e violência. Nessa memória o Natal nos chama à nossa conversão e nos interpela a transformar o que precisa ser transformado. Que esta festa revigore a fé em nossos corações que tanto precisaremos para enfrentar os desafios vindouros. Que a luz divina ilumine os nossos caminhos a serem percorridos em todos os dias do novo ano que se aproxima. Reine a paz, o amor e a união em nossos lares. Feliz Natal a todos.
Pe. José Oslei SCEP Centro-Oeste