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2o dia – Amor Familiar
Ainda inebriados com as palavras de acolhida e acolhimento do Papa Francisco na cerimônia de abertura da véspera, iniciamos o 2º dia do encontro, que teve como tema Amor Familiar, com a missa celebrada na Basílica de São Pedro pelo Cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Em sua homilia, admoestou as famílias a “construir pontes entre as gerações, preservar a esperança no futuro, ser guardiões da sacralidade da vida, ser instrumentos de misericórdia, profetas da fidelidade e da providência de Deus e testemunhar Jesus na própria vida”. Na sequência, o próprio Cardeal Farrell abriu os trabalhos na Sala Paulo VI, explicando que os temas que seriam abordados durante todo o encontro eram os mais urgentes em relação à pastoral familiar e matrimonial e pediu: “Perguntemo-nos, em que áreas e de que forma podemos agir melhor juntos para conscientizar as famílias sobre seu papel na Igreja?”. As palestras testemunhais que se seguiram foram respondendo a essa questão no decorrer do dia. A primeira conferência foi realizada pelo casal americano Gregory e Lisa Popcak, com o tema “Igreja doméstica e sinodalidade”. O casal apresentou os três ritos do que chamaram “Liturgia da Vida da Igreja Doméstica”: a adoração cristã (práticas simples que levem as famílias a consagrar sua vida a Deus diariamente); os gestuais familiares (palavras e ações, como trabalhar, brincar, conversar e orar, que cultivem atitudes cristãs); e a proximidade entre as pessoas da própria família e destas com as de outras famílias. Neste enfoque, todas as tarefas cotidianas passam a ser oportunidades de fortalecimento dos laços familiares e um permanente convite para que Deus entre nas casas e se relacione com as famílias. Os temas seguintes pareciam ter saído de uma sessão de formação das Equipes de Nossa Senhora: esposos e sacerdotes unidos para construir a Igreja, jovens e idosos juntos para a Igreja do amanhã, acompanhar os primeiros anos de casamento, perdão, provação, acolher a vida. Que bom perceber que o nosso Movimento caminha pari
passu com a Igreja, na busca da solução de problemas e da valorização da família. O Pe. Juris Jalinskis introduziu o tema Esposos e sacerdotes unidos para construir a Igreja, dizendo: “Ao conhecer as alegrias e angústias das famílias, posso compreender melhor a vida real de hoje, porque a família é, como sabemos, a base de toda sociedade. Conhecer e amar as famílias é a nossa vocação de sacerdotes que vêm de Cristo, que como o Bom Pastor conhece suas ovelhas e dá sua vida por elas. Quanto aos esposos, gostaria de dizer que o seu papel na Igreja não deve limitar-se apenas a ‘dar uma mão’ ao clero em seu ministério, mas serem os verdadeiros protagonistas, capazes de dar frutos abundantes à vida da Igreja, segundo a sua vocação e carisma.” Já o casal espanhol Eduardo de La Paz e Mónica González nos falou sobre a necessidade do acompanhamento dos casais nos primeiros anos do casamento: “Necessitamos de um acompanhamento que nos revele o verdadeiro sentido do matrimônio, na sua dimensão sacramental e transcendental, na sua vocação à santidade. De repente, percebemos que o outro não existe para afligir minha vida, mas é dom de Deus, que ajuda meu caminho de santidade, que é um dom para mim.” Extasiados, queríamos interpelar a todos e perguntar-lhes se eram equipistas, dizer-lhes que não só concordávamos com seus pontos, mas que buscávamos o mesmo. E nesse momento, ecoava em nossos corações a fala do Pe. Caffarel: “Procuremos juntos, unamos nossos esforços e partamos para a descoberta!” Por fim, queremos também partilhar com vocês os curta-metragens realizados para o X Encontro Mundial das Famílias, com temas afeitos à vivência familiar. No QR Code, o que fala sobre “Acolher o amor”, que julgamos muito pertinente ao programa desse segundo dia. Aproveitem não só ele, mas todos (links disponíveis CM 550 digital – ens.org.br).
Tatiana e Rubens Coimbra Casal Comunicação Externa