Entender a mulher #1

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+ CULTURA Livros e filmes para entender as mulheres e o amor + PODER Onde elas mandam – e onde precisam conquistar espaço

uma publicação da Biolab exclusiva para médicas e médicos n. 01 | SET / OUT | 2010

n. 01 | agosto | 2010

Por um sentido

Quem é a Geração Y, e o que ela nos ensina sobre a felicidade

uNIDAS PELo bem

As incríveis histórias da Rede Feminina de Combate ao Câncer

amigas de sangue

Mulheres contam como transformaram a relação de mãe e filha em amizade

Aos 20, 30, 40, 50, 60

Os melhores alimentos e hábitos para manter a saúde em todas as fases

o que diz o

coração Nos dias felizes, ele bate mais forte. Em outros, parece partir em mil pedaços. A paixão muda a vida – e o seu corpo também



Editorial diretora editorial Roberta Faria diretor executivo Rodrigo Pipponzi

As mulheres na

editora-chefe Roberta Faria editora Tatiana Bandeira Repórteres Mariana Gomes, Rita Loiola, Sheyla Miranda ESTAGIÁria de textoJuliana Dias diretora de arte Claudia Inoue editorA de arte Danielle Bidóia designers Larissa Ribeiro, Paula Bittar ESTAGIários de design Karine Tressler, Luana Almeida pesquisa e produção Claudine Luz atendimento Amanda Rahra colaboradores

Felipe Gressler (tratamento de imagem) | Eduardo Toaldo (revisão) Fale com a gente:

entenderamulher@editoramol.com.br Telefone (11) 3034-3839 Rua Andrade Fernandes, 303, loft 3, São Paulo/SP, CEP 05449-050 Entender a Mulher é impressa em papel LWC 60g

tiragem

impressão

40 mil exemplares

Plural

CEO Cleiton de Castro Marques Vice-presidente Comercial S.C. Capelli Diretor de Marketing Jailson Bispo Marketing Vulmeron Borges Marçal Neto, Tito Marques Ferreira, Giselle Schuster Comunicação Daniela Masson Diretoria Médica Dr. Fernando Fernandes e Dra. Egle Oppi Anúncios Artgraphic Publicidade

realização

sala de espera Não faz muito tempo, elas eram divididas da maneira mais rasa: havia as solteiras e as casadas, simplesmente. Dê uma olhada na sua sala de espera hoje. Provavelmente, faltarão dedos e categorias para classificar as mulheres que vão ao consultório – e que você encontra todos os dias nas ruas, no restaurante, no clube, na escola, no hospital, no shopping. Elas mudaram, e muito. Os últimos 30 anos fizeram mais pelas mulheres do que os últimos 300. Nesse período, elas colocaram de fato em prática as conquistas das revoluções culturais dos anos 1960. E tomaram o mercado de trabalho, superaram os homens na educação, viraram donas de seus narizes, passaram a decidir o consumo, ganharam mais atenção na saúde e espaço para dizer o que pensam. De simplesmente solteiras ou casadas, agora elas podem ser o que bem entenderem, sem se encaixar em nenhum estereótipo. A gente sabe: entender quem são as mulheres parece uma missão grande demais. Mas conhecê-las melhor pode fazer a diferença em um atendimento. O estilo de vida, as atitudes, os valores, os dilemas das suas pacientes afetam a saúde, o bem-estar e até a eficácia do tratamento delas. Foi por isso que criamos esta revista. Ela não é uma publicação médica. Nem uma revista feminina. É uma revista para profissionais de saúde compreenderem melhor as mulheres que atendem todos os dias. E, por isso, é sobre elas que fala: como vivem, como se sentem, o que buscam. Trata de relacionamentos, das pequenas experiências cotidianas, da saúde sob a perspectiva das emoções. E faz isso não só com pesquisas, mas também com histórias de mulheres comuns, médicas e pacientes como você. Esperamos que seja útil e inspirador para o seu trabalho. Conte-nos o que você achou, sugira pautas, mande histórias que se passam na sua sala. Mais do que uma revista, queremos construir um espaço de relacionamento, que ajude você – e a nós – a fazer um trabalho melhor pelas mulheres do Brasil. Equipe Entender a mulher

Foto de capa Karina Belloli (Agência Lumiére) foi fotografada por

Rodrigo Braga. Assistente de fotografia: Alexandre Braga. Beleza: Daniel Brazil (Agência First). Produção de moda: Cris Vianna. Tratamento de imagem: Felipe Gressler. agradecimentos Capa Corporeum (21) 2511-1141

Tipos Polly Maggoo (11) 3813-4627 História de mães Squat (11) 3081-4317, Restaurante Tordesilhas -(11) 3107-7444, Ponto do Livro, Café e Art (11) 2337-0507

Sobre a Biolab A Biolab está entre os maiores laboratórios brasileiros. Nós desenvolvemos medicamentos e dermocosméticos e nos orgulhamos em ser referência na área de inovação em saúde. Buscamos sempre soluções para melhorar a qualidade de vida das pessoas: investimos em pesquisa, desenvolvimento e inovação por meio de parcerias com universidades e centros de pesquisa. Nosso foco são os medicamentos sob prescrição médica nas especialidades de cardiologia, ginecologia, reumatologia, ortopedia, clínica médica, pediatria, endocrinologia, geriatria e dermatologia. Por meio de um contínuo e intenso trabalho junto a você e seus colegas, oferecemos mais de 100 produtos que viabilizam um tratamento seguro à população. Ao longo da revista, você irá conhecer melhor, em publieditoriais, algumas de nossas marcas. Boa leitura!

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O que tem nesta edição:

No consultório

1 médico para cada

578

brasileiros. São Paulo tem

1 médico para cada 238 habitantes. Mais do que a Suíça e a Alemanha!

Já Roraima tem

10.306

pacientes por médico. Sudão e Haiti têm índices melhores.

22

06

Na média Os números não mentem: as mulheres estão dominando o mundo.

capa O sentimento que faz o coração bater mais forte é também o que as mulheres mais buscam durante a vida. Entenda mais sobre a paixão.

08

32

Tipos Por mais sentido na vida. O que as jovens da Geração Y pensam sobre o futuro — e como vão chegar lá.

aos 20, 30, 40, 50, 60 Saiba o que não pode faltar no seu prato — ou sobrar — em cada fase da vida.


Há cerca de

330 mil

61%

médicos no Brasil.

são homens.

Os Homens

são mulheres.

39%

estão à frente em cardiologia, cirurgia geral, medicina do trabalho, ortopedia e urologia.

61%

Quem somos?

16

As mulheres

dominam as áreas de clínica médica, ginecologia e obstetrícia, pediatria e dermatologia.

dos médicos não cursam residência.

47%

não têm registro de especialidade.

Guerreiras Geração após geração: conheça as mulheres da Rede Feminina de Combate ao Câncer, que dedicam a vida para ajudar o próximo.

Mais cuidado

No Brasil, as mulheres vivem, em média,

7 anos

a mais do que os homens. Uma das razões: elas se preocupam mais com a

saúde. 54%

36

Histórias de mães Confiança, perdão e companheirismo. Porque depois de serem mães e filhas, elas se tornaram grandes amigas.

42

para entender Livros, filmes, músicas e mais! Para tentar entender o quê, afinal, as mulheres desejam no amor.

das consultas e 59% das internações são de pacientes mulheres.

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Na média: Mulheres em números

Sim, elas

podem

Nunca antes na história deste país as mulheres tiveram tanto poder. Não se trata só do recorde de candidatas nas eleições. Elas também controlam o dinheiro, as escolas, as relações... e ainda têm muito a conquistar Texto Rita Loiola e Roberta Castro

Política

Elas constroem

A lei exige que elas representem 30% dos candidatos de cada partido. Mas ainda não ocupam as cadeiras na mesma proporção. A julgar pelos números das eleições de 2010, é questão de tempo Elas são... 11% dos deputados estaduais

8% dos deputados federais

14% dos senadores

11% dos governadores

Archive Holdings Inc . / GettyImages

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Linha do tempo

1928

Eleita no Rio Grande do Norte a primeira prefeita do país.

1932

1933

Mulheres votam pela primeira vez no Brasil. Primeira deputada federal eleita.

Embora elas sejam mais da metade dos eleitores, de cada 10 candidatos em 2010,

apenas 2,2 são mulheres. Uma nova geração promete mudar isso: na faixa de candidatos entre 18 e 20 anos, há mais mulheres do que homens na disputa.

1994

1990

Primeira governadora eleita no país.

Primeiras senadoras eleitas.

2010

Mulheres na eleição à Presidência.


compras

Elas mandam

Ok, isso você já imaginava. Só não sabia quanto dinheiro elas são capazes de gastar A palavra final é dela nas compras de...

93% pacotes turísticos 92% imóveis 91% alimentos 82%

engenharia civil

15% medicina

11%

Negócios

Elas competem

Elas ainda não atingiram a igualdade. Mas estão escalando degrau por degrau – ou construindo a própria escada

Elas têm mais anos de estudo e estão tomando posse de profissões que até ontem eram coisa ‘de homem’

2%

cosméticos

eletrônicos

EducaÇÃO

Elas ganham

Nas empresas com mais de 1,5 mil funcionários,

para cada 4 diretores

36%

58 %

direito

13% 40%

Em 2009, elas compraram

43 %

dos carros novos,

há apenas 1 diretora

odontologia 51%

18%

32%

farmácia 65%

mulheres na profissão em 1970

Elas recebem

30%

a menos do que os homens

De cada 100 empresas abertas nos últimos três anos e meio, 53 pertencem a mulheres

mulheres na profissão hoje

Mas palpitaram nas vendas de

90% dos automóveis

em média, as mulheres recebem

6 de cada 10

(Provavelmente, porque 99% dos homens pedem opinião feminina ou ouvem mesmo sem pedir...) diplomas no ensino superior no Brasil

Em 2009, pela primeira vez, o número de empreendedoras superou o de homens

De cada R$ 10 consumidos com bens ou serviços no Brasil, R$ 6,50 são gastos pelas mulheres, num total anual de

R$ 1,3 trilhões

RelAções

Elas mandam

Elas cuidam da casa e da família. E também decidem quando o amor acaba

Em 7 de cada 10 lares, elas controlam o orçamento

mesmo que eles paguem a conta

80%

das decisões de compra são influenciadas por mulheres

71 %

7 em cada 10

pedidos de separação judicial são feitos por elas

das brasileiras são independentes financeiramente. Entre os homens, essa taxa é maior

89%

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Tipos: Mulheres de hoje

Por um sentido na

vida Elas abrem mão da estabilidade para encontrar realização. Conheça as mulheres da Geração Y, que vêm ensinando ao mundo que todos os desafios valem a pena na busca da felicidade

texto Sheyla Miranda fotos Raoni Maddalena

P

ara dar conta de todas as reviravoltas na sua biografia,Gica Trierweiler fala rápido.Nascida em Blumenau, no interior de Santa Catarina, ela deixou para trás um emprego estável como publicitária – porém desgastante,em que trabalhava até 16 horas por dia – e foi viver na Colômbia. Lá, com um expediente curto numa universidade, pôde pensar em si, reorganizar desejos e dar um novo rumo à sua história.De volta ao Brasil, não demorou a se mudar para Florianópolis, cidade que a esperava com um emprego em uma agência de publicidade bacana. Na mesma época, foi morar com o namorado. A certa altura,a realidade azedou.Desencantada com o trabalho e o parceiro,arrumou de novo as malas,desta vez com destino a São Paulo. Os passos de Gica cresceram à proporção da capital paulista, onde virou redatora de uma grande agência de marketing e conheceu um novo amor. Casou-se de véu e papel passado, com direito a festa para os amigos dos vários lugares em que morou. E é nessa cidade que nascerá seu primeiro filho, esperado para janeiro próximo.

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gica: Currículo longo e internacional, dois casamentos e um filho. E ela só tem 25 anos

A pensar na quantidade de acontecimentos, a história de Gica parece ser a de uma mulher madura: passagens por cidades e empregos diversos, dois casamentos e uma criança planejada na conta. Mas ela tem apenas 25 anos. E sua trajetória é um exemplo certeiro de como a vida tem acontecido para a chamada Geração Y,a qual pertence os nascidos entre 1979 e 1990. Moldados por mudanças sociais, econômicas e culturais tremendas – da democracia política à estabilidade da moeda, da tomada feminina do mercado de trabalho às novas tecnologias de comunicação –,esses jovens têm sido razão de pesquisas e polêmicas. Como cresceram em um mundo radicalmente diferente, agem e pensam como nenhuma geração anterior. No entanto, o desafio de entender quem são – e, particularmente, o que querem essas jovens mulheres – parece mais simples ao ouvi-las. Porque todas têm uma busca comum: encontrar um sentido na vida. Só se for bom Para conhecer uma cultura, uma boa medida é olhar para como funcionam seus relacionamentos. A Geração Y foi a que colocou em pauta o termo “ficar”, para designar seus namoros sem compromisso. Mas o que foi alardeado como sinal de que o casamento sairia de moda, no entanto, não se comprovou. Embora mais livres do que as gerações anteriores, as jovens mulheres brasileiras continuam querendo estabelecer compromissos. Segundo os dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de matrimônios cresceu 34,8% entre 1998 e 2008. O que elas mudaram foi a duração das histórias. Nesse mesmo período, os divórcios também cresceram e,em 2008, chegaram ao recorde de cerca de uma separação definitiva para cada quatro casamentos. Os altos índices vão ao encontro de uma conclusão de Ailton Amélio, psicólogo especialista em relacionamentos da Universidade de São Paulo: set/out 2010 << entender a mulher

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9 pistas para reconhecer uma Y Elas fazem (e querem) tudo ao mesmo tempo agora. E podem inspirar você a se arriscar mais

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» Elas são multitarefa. Escrevem, falam no telefone, assistem à TV, pintam a unha e navegam em 12 sites ao mesmo tempo. E prestam atenção em tudo.

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» Encaram o celular como uma extensão natural do corpo e não lembram como era a vida sem internet e computador. Aliás, tinha vida?

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» É pela tecnologia que alimentam suas relações. Por SMS e nas redes sociais, como Facebook e Twitter, elas se mantêm em dia com a turma.

4» O horário comercial padrão não faz

sentido para elas. É comum fazerem academia às 7h ou saírem do escritório às 22h. Mas sofrem com a falta de tempo.

5» O mundo é plano para elas: estudar em outro país, mudar de estado, se apaixonar por alguém que nunca viram ao vivo – tudo é possível e próximo.

6

» Não acreditam em príncipe encantado. Mas querem paixão com compromisso. Se não dá certo, tudo bem: a fila anda. E elas não desistem.

7» A rotina é insuportável para essas

garotas. No amor e no trabalho, querem desafios, estímulos, novidades. Se as coisas não mudam, mudam elas.

8

» Eu primeiro: para elas, não se trata de agradar aos outros. O mais importante é estar satisfeita. E se alguém não concordar... não é problema delas.

9» O valor, não o preço: para elas, tudo

tem que fazer um sentido maior do que só ter por ter, fazer por fazer, ser por ser. Mas, quando convencidas, vão até o fim.

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as mulheres brasileiras, sobretudo as jovens, querem se casar, mas só mantêm o relacionamento caso ele esteja realmente bom. “Antigamente, havia uma enorme pressão social para que as mulheres dessem continuidade a seus casamentos, mesmo que fossem infelizes. Hoje, ficou mais fácil se separar. Existe mais liberdade para encontrar o que realmente as faz felizes.” Tanta autonomia decorre, principalmente, da emancipação profissional e da menor influência de valores patriarcais na vida dessas mulheres.“Elas estão muito seletivas, porque sabem que não há mais nada que as prenda em uma relação a não ser o desejo de vivê-la”, diz o psicólogo Thiago de Almeida. Donas da própria vida, elas têm o poder de escolher o fim quando deixam de ver sentido em estar junto – e se dão ao direito de partir para outra história. Foi o que aconteceu com Gica. Quando passou a dividir o apartamento com o antigo namorado, não tinha noção de que a relação – que já durava dois anos – degringolaria em pouco tempo. O fim foi intempestivo. Já em São Paulo, conheceu o atual marido, o escritor Fábio Yabu, em uma festa de amigos em comum. Levou algum tempo até que se encontrassem por acaso, dessem um beijo e não se desgrudassem mais. Quando fizeram três meses de namoro, ela o presenteou com as chaves de seu apartamento. Daí ao altar foi um pulo. “Tenho um faro bom. Quando as coisas começam a dar errado, como no meu primeiro casamento, caio fora rápido”, diz ela.“Mas nem por isso deixei de querer uma relação em que me sentisse realmente feliz.” Mais do que o salário Sentir-se feliz é uma demanda recorrente no discurso da Geração Y – e se aplica a qualquer instância da vida. Seus efeitos têm sido notados sobretudo na carreira. Em um momento econômico de crescimento e estabilidade, as razões antes decisivas na escolha de um emprego, como salário e perspec-

tiva de passar anos no mesmo lugar, deixaram de ser prioridades. Os resultados de uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração com 200 jovens de São Paulo, em 2009, bem mostram isso. Para 96% dos entrevistados, todos nascidos entre 1980 e 1993, o principal objetivo do trabalho é realização pessoal,e 99% só permanecem em atividades de que gostam. Por causa disso, essa geração fez da mudança de emprego uma rotina – é capaz de trocar de empresa, cidade, país ou área até encontrar algo que a satisfaça. Outra característica notável é a necessidade de estabelecer relações horizontais, já que sentem a necessidade de admirar seus superiores, e não apenas respeitar ordens. Porque querem fazer o que gostam, exigem exemplos e não hesitam em reclamar, não raro a juventude Y é tachada de insubordinada e egoísta pelas gerações anteriores. Dá para entender: se por séculos o importante foi agradar ao chefe, essa turma hoje tem como compromisso primeiro agradar a si mesma. Sidnei Oliveira, consultor de recursos humanos e autor do livro Geração Y – O Nascimento de uma Nova Versão de Líderes, explica que a procura desse grupo é por desafios,e não mais pela estabilidade que foi tão desejada por seus pais.“Esses jovens procuram empregos que estimulem seu desenvolvimento, ofereçam flexibilidade e oportunidades de crescer. Só continuam em um trabalho se enxergam nele um significado além de cumprir tarefas.” Milena Boniolo,de 27 anos,entende dessa equação. Formada em química, ela bem que tentou trabalhar em uma indústria de plástico enquanto estava na faculdade, mas não se acostumou à repetição do cotidiano. Desejava ser mais criativa. Arriscou em um projeto de despoluição da água, que tocava paralelo ao emprego. Anos depois, já cursando mestrado na Universidade de São Paulo, partiu para outra pesquisa – o uso de cascas de banana para tratar a água utilizada na indústria, que lhe


Milena trocou a carreira na indĂşstria pela pesquisa. Para ela, o trabalho vale mais do que dinheiro

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Priscila deixou o emprego para trabalhar em casa e estudar ioga. A busca pelo equilĂ­brio ĂŠ sua prioridade

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valeu o Prêmio Jovem Cientista em 2007 e reconhecimento internacional. Milena agora vive em Rio Claro, no interior de São Paulo, onde cursa o doutorado – também sobre despoluição das águas – e divide a casa com o marido e duas cachorrinhas. Se tivesse continuado na indústria, provavelmente ganharia o triplo do que recebe em sua bolsa de estudante. Mas para ela o trabalho tem outro valor.“Penso que a ciência tem de servir à sociedade. Para mim, o interessante é identificar um problema e ver como posso ajudar a resolvê-lo a partir de minhas pesquisas. Esse é meu maior desafio”, diz ela, que também é conselheira da ONG Movieco, instituição que luta por preservar a natureza e divulgar hábitos sustentáveis. E tudo isso é bem maior do que o dinheiro que entra na conta bancária. Causa nobre Quando o Rio de Janeiro sediou a ECO-92, primeiro grande evento mundial para a sustentabilidade, as mulheres da Geração Y eram crianças. Elas assistiram às campanhas contra a extinção do mico-leão-dourado e foram ensinadas na escola a fechar a torneira enquanto escovavam os dentes. Não à toa, chegaram à vida adulta com uma consciência social ímpar em relação às gerações anteriores – e praticar seus valores está entre suas prioridades. Historiador, sociólogo e coordenador de voluntariado do Greenpeace, Pedro Henrique Torres enxerga nessa geração um anseio por fazer a diferença.“Mesmo meio perdidos, os jovens se mobilizam e se colocam como agentes transformadores da sociedade. Quando acreditam em uma bandeira, lutam por ela.” Mais solidárias por natureza,as mulheres são a maioria entre os engajados.No Greenpeace,elas são 68% dos voluntários e, em média, são o dobro dos homens em todas as organizações não governamentais, segundo o IBGE. Janaína Carmello, de 28 anos, é um retrato dessa capacidade de se mobilizar. Formanda em enfermagem, traba-

lhava para a prefeitura de Londrina, no Paraná, quando foi chamada para participar de uma missão da Médicos Sem Fronteiras,organização humanitária internacional.Partiu para o Zimbábue,no continente africano, em dezembro de 2008, para uma intervenção urgente, já que um surto de cólera abatia o país. “Pessoas estavam morrendo de um dia para o outro. Pedi para colegas trocarem plantões comigo e fui ajudar”, conta com naturalidade. Janaína trabalhava das 8h às 22h, atendendo pacientes e gerenciando a equipe local. Menos de seis meses depois de retornar ao Brasil, partiu para outra missão, dessa vez em Moçambique. Como enfermeira obstetra, ficou por um ano no país tratando grávidas portadoras do vírus HIV. Voltou ao Brasil e para seu trabalho na prefeitura em julho de 2010 – exausta, mas feliz como nunca. “A população de cada canto da África é maravilhosa. Eles são muito agradecidos pelo pouco que pude colaborar”, lembra. Para a Geração Y, o reconhecimento anda lado a lado com a busca pelo sentido. Sentir-se útil, ao mesmo tempo em que pratica seus valores, é a maior motivação para empreender qualquer realização – não importa o quão difícil ela seja. Tanto que Janaína mal pode esperar para arrumar as malas.“Esse trabalho me deu muita alegria. Saí de lá chorando. Assim que puder, volto para ajudar mais.” Ode à mudança Não raro, a busca pela satisfação exige se desfazer de ideias, sonhos, hábitos e compromissos para recomeçar de outro ponto. Se essa geração encara mudanças com relativa facilidade, nem tão simples é encontrar o que buscam. E embora o sentido seja algo pessoal, há outro desejo coletivo em vista em todas essas histórias.Que,provavelmente, também é o maior desafio das jovens Y: viver com equilíbrio. Os psicólogos Ailton Amélio e Thiago de Almeida concordam que a grande questão para elas é balancear

vida afetiva e carreira.“Esse papo parece meio antigo, mas continua a ser um grande desafio para as mulheres, que querem ser ótimas profissionais,lindas, saudáveis,além de boas companheiras para os maridos e mães exemplares”, diz Thiago. Ailton completa: “Elas sentem a obrigação de dar conta de tudo, principalmente quando são jovens e têm tantos recursos a sua volta. Só alcançam a satisfação pessoal quando conseguem conciliar muitos vetores”. Essa pressão não se reflete só nos impulsos dessa geração. De um jeito ou de outro, se manifesta também no corpo. No começo desse milênio, transtornos alimentares e emocionais – sobretudo a depressão – atingiram níveis de epidemia. A idade média da primeira crise depressiva é 26 anos,e as mulheres são duas vezes mais acometidas pela doença do que os homens. Foi em busca de mais balanço que a paulista Priscila Brenner, de 27 anos, deu uma guinada em sua vida. Há menos de um ano, deixou o trabalho em uma agência de publicidade e tornouse autônoma.Agora,atende os clientes de casa, em outro ritmo: o dela.“Não tinha espaço para cuidar de outras áreas da minha vida, e isso me estressava demais”, conta. Outro desejo a motivou a mudar de rotina: dedicar-se aos estudos para tornar-se professora de ioga, atividade que já pratica há seis anos – e na qual começou justamente para ganhar mais equilíbrio. “Transformei minha vida em busca de mais liberdade. Hoje driblo a ansiedade, encontrei meu eixo e aproveito muito mais meus dias”, conta Priscila. Quando se formar, ela planeja conciliar as carreiras de publicitária e professora. E levar adiante os bons hábitos que a ioga lhe ensinou:por causa dela,Priscila deixou de beber, fumar e comer carne vermelha, e faz check ups periódicos para garantir a saúde. Apostar no novo – se o presente não as faz felizes – é quase cotidiano para as jovens da Geração Y. Uma coragem que pode inspirar mulheres de todas as idades. set/out 2010 << entender a mulher

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Biolab Apresenta

De bem com o coração Você sabia que as doenças cardíacas são responsáveis por mais óbitos entre mulheres do que entre homens?

Nina Ricci Fedotova/Dreamstime

No Brasil, as doenças do coração matam seis vezes mais mulheres do que o câncer de mama e, segundo a Federação Mundial do Coração, 8,5 milhões de óbitos femininos no mundo ocorrem devido a cardiopatias. Como se não bastasse, desde 1984 as mulheres morrem mais por problemas cardíacos do que os homens. Diante desses dados, não há como negar que as estatísticas são uma luz vermelha piscando. Afinal, muitas mulheres perdem a vida por falta de atenção. Elas sabem, por exemplo, a data da última menstruação, mas não têm ideia da sua taxa de colesterol ou mesmo da sua pressão arterial. Nesta entrevista, a cardiologista carioca Maria Eliane Campos Magalhães explica por que é preciso dar mais atenção ao coração da mulher.


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Por que as mulheres morrem mais de cardiopatias? Elas estão mais preocupadas com doenças ginecológicas do que com o coração?

A prevenção do câncer de mama, útero e ovários foi incorporada pelas mulheres como uma avaliação praticamente obrigatória. Até pouco tempo o câncer era considerado quase uma sentença de morte, enquanto as doenças cardiovasculares, além de estarem mais relacionadas ao sexo masculino, eram negligenciadas pelas mulheres devido à conhecida proteção hormonal conferida pelos estrógenos quando elas estão em idade fértil, diminuindo o risco dessas doenças. Esse cenário mudou com a inserção da mulher no mercado de trabalho, bem como devido aos hábitos e ao estilo de vida pouco saudáveis. Assim, os fatores de risco para as doenças cardiovasculares passaram a ter maior impacto nas mulheres. Como o estilo de vida está relacionado com o aumento de casos de doenças do coração?

O hábito de cozinhar e ingerir alimentos processados e industrializados, que são mais ricos em sódio e carboidratos, a maior ingestão de álcool, a vida sedentária e o hábito de fumar, além do estresse e da vida competitiva em decorrência do desempenho de múltiplas tarefas, penalizaram igualmente as mulheres, aumentado as taxas de doenças do coração.

A pressão psicológica, as frustrações, a competição e a ansiedade também são fatores de risco?

Sem dúvida. O estresse causado por inúmeras situações (trabalho, família e filhos) é um gatilho para o aumento da liberação de catecolaminas, substâncias que elevam a pressão arterial e podem causar arritmias cardíacas. Como a combinação de anticoncepcionais e cigarros prejudica a saúde da mulher?

O hábito de fumar e o uso de anticoncepcionais são muito preocupantes e determinam maior risco. Isso porque ambos (nicotina e hormônios) alteram a agregação das plaquetas, podendo levar à obstrução de vasos sanguíneos. Muitas mulheres alegam não ter tempo para praticar esportes ou se alimentar bem. O que a doutora aconselharia para essas pacientes?

Não existe mágica. O conselho é tentar não fazer do tempo de trabalho um período totalmente sedentário. Use a escada em vez do elevador, evite o estresse com técnicas de relaxamento e procure se alimentar de forma saudável. Eu recomendo às mulheres que reflitam sobre as consequências do seu estilo de vida e “ponham-se na sua agenda”, arranjando um tempo para si. Além, claro, de visitar o médico regularmente.

Em que sentido a má alimentação contribui para o aumento das cardiopatias nas mulheres?

Aumentando o peso corporal, elevando a pressão arterial e as taxas de açúcar, de colesterol e de triglicérides, todos reconhecidos como os fatores de risco cardiovascular tradicionais. O ideal é uma alimentação balanceada e o mais natural possível, além da prática de exercícios físicos.

Dra. Maria Eliane Campos Magalhães Médica cardiologista do setor de Hipertensão Arterial e Lípides do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É coordenadora do Centro de Hipertensão Arterial do Hospital Pró Cardíaco e foi Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia-Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro no biênio 2007-2009.

Informações adicionais disponíveis à classe médica mediante solicitação. Bula e informações adicionais disponíveis no interior desta publicação.


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Guerreiras: O poder da uni達o

amor

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entender a mulher >> set/out 2010


Unidas pela

texto Mariana Gomes e Roberta Castro fotos Gabriel Rinaldi, Humberto Furtado, Fabiano Dallmayer ilustração Rodrigo César e Paula Bittar

as garotas de rosa Dona Ernesta, ao centro: 98 anos, 30 deles dedicados a apoiar quem, como ela, sofreu com o câncer. Com as voluntárias do Hospital A. C. Camargo, ela leva adiante a missão de Carmen Prudente de humanizar o tratamento

E

las formam um exército numeroso, mas discreto. Estão nos maiores hospitais e em cidades tão pequenas que nem hospital há. Não são profissionais de saúde nem assistentes sociais. Na verdade, o trabalho delas não exige formação. Mas pode ser tão importante no tratamento do câncer quanto a medicação mais avançada. O que essas mulheres fazem é simples – e imensurável. Elas dão apoio. De todos os tipos que pacientes carentes possam precisar: da ajuda para conseguir atendimento à companhia afetuosa nas horas difíceis. E fazem isso com os recursos à mão – nenhum deles maior do que a força que mulheres unidas têm para resolver problemas. Esta é a história da Rede Voluntária de Combate ao Câncer, também chamada de Rede Feminina, seu nome original. Não é à toa: o movimento começou com uma mulher, e foi pela dedicação de milhares de outras que se espalhou pelo Brasil, dando origem a centenas de redes independentes. Nem a fundadora, uma escritora gaúcha de livros de viagem radicada em São Paulo, esperava tanto – embora fosse conhecida por não sonhar pequeno. Carmen Anne Dias criou a Rede Feminina em 1946, com um projeto ambicioso: angariar fundos para construir um hospital dedicado ao câncer. Casada com o médico Antônio Prudente, seu parceiro na causa, Carmen não só pôs de pé aquele que hoje é conhecido como Hospital A. C. Camargo, referência internacional em oncologia, como instituiu uma nova forma de voluntariado. Da missão original de arrecadar recursos, a Rede passou a estender suas preocupações à pre-

Elas resolvem qualquer problema com dose extra de doçura. são as mulheres da Rede feminina de Combate ao Câncer, pioneiras no apoio social à saúde

venção do câncer, ao apoio das famílias dos pacientes e à qualidade de vida no tratamento. Reunindo donas de casa em suas tardes livres, senhoras das altas rodas em busca de uma obra de caridade e gente sensibilizada pela causa,Carmen formou um batalhão de mulheres generosas, dispostas a doar o que tinham. Podia ser tempo para acompanhar pacientes, recursos para comprar medicamentos, cara de pau para pedir donativos, talento para costurar lençóis. E foi a visão de que qualquer mulher tem algo com que contribuir que transformou a Rede num movimento nacional. Embora não tenham conexão entre si – não se sabe nem mesmo quantas redes há ao certo –, esses grupos levaram adiante a missão de Carmen, falecida em 2001, aos 90 anos. Hoje, Brasil afora, há redes bem estruturadas, que reúnem centenas de voluntárias, recebem financiamento e oferecem serviços especializados, de terapia ocupacional a próteses. Há muitas quase caseiras, mas capazes de mobilizar uma comunidade inteira num jantar beneficente para custear a viagem de um paciente que precisa se tratar em outra cidade. Em comum, elas reúnem mulheres de todas as idades e origens, dedicadas a prevenir e combater a doença que é a segunda que mais mata no Brasil. Na própria pele Para seguir os passos de Carmen Anne, duas vezes por semana Ernesta Calia Callegaro pegava quatro ônibus para ir e voltar até o Hospital A. C. Camargo, onde continua a funcionar a Rede Voluntária. Há pouco mais de um ano, faz o trajeto de ida de táxi. “É que comecei a ficar cansada. Mas o médico set/out 2010 << entender a mulher

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Carmen formou um batalhão de mulheres generosas, dispostas a doar o que tinham. Podia ser tempo para acompanhar pacientes, recursos para comprar medicamentos, cara de pau para pedir donativos ou talento para costurar lençóis

em família Léia esperou os filhos crescerem para poder se dedicar a combater o câncer. Hoje, sua neta Luise, de 16 anos, segue seus passos com orgulho

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falou que está tudo perfeito. É só a idade batendo...”, diz. Ernesta tem 98 anos – 30 deles dedicados ao voluntariado.Chegou por convite da própria fundadora.“Fui ao hospital com uma amiga para uma visita”, lembra.“Demos de cara com a Dona Carmen. Nunca tínhamos nos visto. Ela me olhou e, sem cerimônias, perguntou:‘A senhora não quer ser voluntária?’.Aceitei na hora.” O poder de persuasão de Carmen era famoso. Mas Ernesta tinha outra razão para dizer sim.“Sete anos antes daquele encontro, fui internada para tirar um nódulo no pescoço e acordei sem um seio”, conta. O câncer de mama que ela superou foi uma motivação poderosa para ajudar – como acontece com cerca de 40% das mais de 200 voluntárias da Rede que atuam no hospital, que são ex-pacientes da instituição ou conviveram com a doença na família.E Ernesta,que por décadas usou um enchimento de alpiste no sutiã, hoje se dedica à produção de modernas próteses para mulheres que, como ela, sofreram mastectomia. Esse é só um dos serviços que a Rede Voluntária oferece ali. As senhoras de avental cor-de-rosa (que são acompanhadas por alguns homens – são nove voluntários de avental azul) recepcionam cada uma das 15 mil pessoas que passam pelo

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hospital diariamente, confeccionam uniformes e roupas para exames, produzem cartilhas informativas, organizam campanhas de prevenção e coordenam atividades lúdicas para os pacientes, como aulas de dança.“Como a Rede funciona no próprio hospital e recebe recursos do governo, hoje nosso trabalho está mais focado no ‘dar’ à sociedade do que no ‘receber’ dela”, explica Liana de Moraes,presidente da instituição.E o que fazem comove tanto quem conhece que há fila de espera para ajudar: a Rede do Hospital A.C.Camargo recebe mais de 3.500 candidatos a voluntário por ano. Mais que ajuda Se passar pelo câncer foi o que motivou Ernesta a se engajar, para Elke Willecke foi trabalhar pela causa que salvou sua vida.Em 1974,ela foi uma das fundadoras da Liga Feminina de Blumenau, em Santa Catarina.Oito anos depois,notou os sintomas do que seria um câncer, que a faria perder as duas mamas.“Ser voluntária foi fundamental para que eu percebesse a doença no início”, conta. E ainda que fizesse parte de uma rede de apoio, sentiu na pele o drama.“Me desesperei, xinguei, esperneei. Tinha certeza de que ia morrer. Mas estou com 72 anos e tenho uma saúde de ferro.” A Liga de Blumenau começou por iniciativa das irmãs do Hospital Santa Isabel, um dos principais da cidade, e hoje reúne cerca de 130 mulheres. Elke faz parte do Conselho Consultivo e transformou sua experiência em inspiração para o trabalho. “Fomos as primeiras em Santa Catarina a criar grupos multidisciplinares de


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apoio às mastectomizadas”, conta. As pacientes são acompanhadas por psicólogos, fazem dança, ioga, artesanato, recebem próteses e se reúnem para conversar.“É um grupo lindo, que proporciona muito mais do que apenas uma assessoria de saúde. Nele, brotam grandes amizades.” Pelo exemplo “Carmen, como se sente por não ter filhos? Faz falta?”, perguntou certa vez um jornalista desavisado à fundadora da Rede Voluntária. Ao que ela, com um sorriso largo, respondeu: “De jeito nenhum! Deus não me deu um filho porque sabia que eu teria muitos”. A ausência de herdeiros permitiu que a pioneira Carmen dedicasse a vida à causa.Já Léia Dias de Vasconcelos teve que esperar que os seus crescessem. Gaúcha de Santa Maria, ela teve o primeiro dos cinco filhos aos 20 anos.“Sempre repetia para mim mesma que, o dia em que eles não precisassem mais de mim, eu me dedicaria às pessoas carentes. E foi o que fiz. ” Aos 63 anos, Léia contabiliza mais de uma

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década de trabalho na Liga Feminina da cidade, onde começou como balconista e hoje é presidente. Desde o primeiro dia, preocupou-se em levar junto alguém para seguir seus passos: a neta Luise Araújo, hoje com 16 anos.“A educação não é feita apenas com palavras.Passo meus ensinamentos por meio dos exemplos também”, decreta Léia. Luise tanto gostou que virou vicepresidente da Liga Jovem. Com outras garotas, organiza eventos e visita crianças internadas. E acabou por inspirar o maior projeto da avó: um programa de prevenção em escolas. Falar de câncer para adolescentes não é tarefa fácil. Nas palestras, as voluntárias explicam os sintomas de diferentes tipos da doença, ensinam hábitos de prevenção, quando fazer autoexames e ir ao médico.“Na primeira, ficamos apreensivos. Achamos que não dariam bola”, conta Léia. “No entanto, a sala lotou e os alunos permaneceram em silêncio absoluto. Aquilo me emocionou. Ver coisas desse tipo me dá força para continuar e acreditar que nosso trabalho faz diferença.”

inspiração Elke (no centro, na primeira fila) transformou sua experiência com a doença em um trabalho pioneiro, que realiza com as voluntárias da Liga de Blumenau



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Saúde & Emoções: O corpo fala


Completamente

apaixonada Ela nos faz sentir que a vida vale a pena. Mas é um ciclo – e seu fim pode ser dramático, transformador ou... um recomeço. Porque a paixão acaba. E sempre volta a acontecer texto Rita Loiola fotos Rodrigo Braga

L tODO AMOR DO MUNDO A cada esquina, você pode se apaixonar. É um impulso incontrolável, que move a vida e faz tudo parecer possível

ouise Heine gosta de um único adjetivo para se definir. “Sou uma mulher apaixonada”, fala. Aos 30 anos, essa advogada de Porto Alegre, mãe de Eduardo, de 2, está solteira. E é com sinceridade desconcertante que assume o quanto precisa desse sentimento para dar sentido à vida.“Só quero saber da paixão. A comum, a diária, a autêntica”, diz. Para Louise, o mundo visto sob as lentes cor-de-rosa é outro: apaixonada, ela se encanta com o cotidiano, reinventa o presente e idealiza o futuro. Mesmo que as histórias que tenha vivido não tenham terminado com um ‘...e foram felizes para sempre’, ela não deixa de desejar outro encantamento ao virar a próxima esquina.“O amor é forte, imenso e gentil comigo”, afirma. Para ela, conhecer pessoas, sentir o frio na espinha e se arriscar nessa avalanche chamada paixão é ser feliz – e viver sem essa sensação é viver vazia. Louise não está só. Na verdade, tem o mundo ao seu lado. Em uma pesquisa dos antropólogos americanos William Jankowiak e Edward Fisher de 1992, foram investigadas 166 sociedades ao redor do planeta. Em quase 90% delas, encontraram-se provas da busca pelo amor romântico – e nas outras, nada que o negasse. A conclusão foi de que a paixão é um sentimento universal. Mais do que uma invenção cultural que rende boas histórias, ela está em nosso tutano. Ou, melhor, na nossa cabeça. No início dos anos 2000, a tecnologia da ressonância magnética funcional permitiu pela primeira vez à ciência investigar de fato como a paixão se processa no cérebro. Enxurradas de pesquisas surgiram, na difícil missão de entender o que se esconde por traz das definições poéticas desse “estado anormal de atenção que ocorre em um homem normal”, como descreveu o filósofo espanhol Ortega y Gasset. E o que elas contam até agora é

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Só tenho olhos para você A paixão desliga o juízo. Tudo no amado é perfeito – e não dá para pensar em mais nada

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tão belo quanto assustador: a paixão é inevitável, provoca profundas alterações físicas e químicas no organismo, prejudica a capacidade de julgamento, modifica-se com o tempo e... como quase todos os ciclos humanos, tem data certa para terminar. Paixão cruel desenfreada Para Louise, a melhor parte das histórias é o começo.“Sempre gostei mais da paquera”, conta. “Tenho frio na barriga, sinto uma angústia boa e fico extremamente tímida – o que é muito louco, porque sou extrovertida”, diz. Para os cientistas, Louise realmente fica “muito louca” – no sentido de que seu corpo sai dos padrões. “A paixão é um estado fisiológico alterado, em que ocorrem intensas transformações psíquicas, hormonais e comportamentais”, diz a fisiologista Cibele Fabichak, autora de Sexo, Amor, Endorfinas & Bobagens. São mudanças e sintomas incontroláveis – e essa afirmação não é romântica, mas científica. É porque a paixão está associada ao sistema límbico, uma das estruturas mais primitivas do cérebro, responsável pelas emoções. É dali que vêm, à frente das ideias, os instintos de sobrevivência, os impulsos e nossa espontaneidade. Ou seja: antes de conseguirmos racionalizar qualquer coisa, as sentimos. Isso significa mãos frias, borboletas no estômago, pensamentos obsessivos, nervosismo, angústia – sintomas comuns a qualquer apaixonado, de qualquer idade.“A paixão começa em regiões inconscientes do cérebro, das quais não temos controle”, diz Renato Puppi Munhoz, chefe do serviço de neurologia do Hospital Universitário da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.“Ela é mais antiga do que a nossa espécie.” O gatilho para tudo isso é um simples olhar. Assim que enxergamos aquela pessoa, entram em jogo os outros sentidos. Estimulados, eles ativam a amígdala, uma estrutura cerebral

Inevitável, incontrolável e adorada – ainda que possa ser assustadora –, a paixão alimenta a vida. Sem essa energia, nossa espécie estaria condenada à extinção que avalia riscos, ajuda na formação da memória e dá expressão às emoções. É ela quem joga adrenalina no sangue, fazendo o coração disparar, as mãos suarem e a gente guardar com detalhes o primeiro beijo. Correm pelas veias doses extras de testosterona, que eleva a libido às alturas, e de noradrenalina, que nos põe alegres, sem fome ou sono, prontas para viver pelo amor. O coquetel fica ainda mais explosivo: o cérebro despeja no organismo dopamina, o principal neurotransmissor da paixão – que nesse combo contribui, entre outras dádivas, para dar a certeza de que só ao lado do amado seremos felizes. Um beijo me faz amar Tudo isso se passa em instantes – mas é uma combinação tão forte que bate a certeza de ter encontrado a tampa da panela. E não precisa ser à primeira vista: o curto-circuito pode acontecer nos momentos (e entre as pessoas) mais improváveis. A ginecologista Luísa de Oliveira, de 29 anos, de Florianópolis, sentiu isso. Os encontros com Henrique não pareciam sérios. Até a noite em que jantaram, se despediram e, minutos depois, ela recebeu um telefonema assustador: ele havia sofrido um acidente de carro. “Vi aquele homem tão bonito, manchado de sangue, descabelado, frágil... e soube que era o amor da minha vida.” Naquele momento, Luísa começou sentir os sintomas do encantamento, causados pela descarga ininterrupta daquele coquetel químico – que, para a ciência, tem os efeitos de uma droga viciante. Correspondida ou não, a paixão dá vitalidade: nos sentimos belos

e eufóricos. Tudo parece melhor – inclusive o amado, que fica perfeito. “A ação de hormônios e neurotransmissores faz com que o cérebro desative a área do juízo e do julgamento”, diz Renato Puppi Munhoz.“É por isso que vemos tudo cor-de-rosa e fazemos coisas ridículas, das quais nos arrependemos depois que a paixão passa.” A dopamina é a principal responsável por desligar o interruptor do bom senso. Já a serotonina, outro neurotransmissor envolvido no tumulto, torna o amado uma ideia fixa, e qualquer atitude adquire significados profundos e desproporcionais. “A etapa do namoro é como um par de óculos. A pessoa vê as coisas de maneira distorcida, enxerga defeitos como qualidades e fantasia situações fora da realidade”, explica o psicólogo Ailton Amélio, pesquisador da Universidade de São Paulo e autor do livro Relacionamento Amoroso. Luísa bem lembra dessa fase.“Prestava atenção em cada detalhe do que ele fazia. Assim, comecei a ver o lado bom dele – e de nós dois juntos.” Essa sensação de dependência também é efeito da química da paixão. O corpo é inundado por endorfinas, responsáveis pelo bem-estar – que não só são a alegria de estar apaixonado, como tornam possível aguentar eventuais sofrimentos. Tudo isso junto faz os pares encantados acreditar que são especiais e únicos no mundo, simplesmente feitos um para o outro. É lindo – mas passa, explica Ailton. “A paixão é a partida a gasolina de um carro a álcool. Mais lento, o amor vem depois dessa avalanche de sensações.” set/out 2010 << entender a mulher

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As fases da paixão TODOS OS ROMANCES CABEM EM QUATRO TEMPOS

1 você vem sempre

aqui? (3 primeiros meses) Você conheceu aquela pessoa incrível e, que maravilha, ela gostou de você. Adrenalina, noradrenalina, dopamina e testosterona fazem o papel de óculos com lentes de coração, e o outro parece cada vez mais interessante.

1.5 No seu ou no meu?

O coquetel químico faz o desejo pelo outro crescer vertiginosamente. Se ele é consumado, os níveis de endorfina sobem. Isso gera prazer e euforia e faz com que você queira mais. O ciclo dura cerca de três meses.

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é meu! (3 a 18 meses) Os níveis de hormônios começam, lentamente, a baixar. Já existe algum compromisso e vocês começam a ver que o outro não é exatamente como parecia. Algumas brigas podem fazer tudo voltar à etapa inicial. Mas é assim que vocês começam a colocar na balança a história para decidir se ela vai para a frente.

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sim! ou não (18 a 36 meses) O corpo volta ao normal. É a fase do vamos ver: se passar adiante, pode vir um longo amor por aí, regado a ocitocina, em que a paixão dá lugar a companheirismo e cumplicidade. Ou... acaba.

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Infinito enquanto dure Ninguém aguenta a paixão – e não é por falta de romance. Ela tem data para terminar porque organismo não consegue passar muito tempo sob o estresse da montanha-russa química do início de um relacionamento. O mais provável é que dure de três meses a três anos. No máximo, quatro, dependendo da frequência com que os apaixonados se encontram. Então, há duas saídas: acabar ou transformar-se em outra coisa – o amor. Para Luísa, que costumava se apaixonar e desapaixonar rapidamente, o sentimento evoluiu. Cerca de oito meses depois do acidente que a uniu a Henrique, eles ficaram noivos e, no fim de 2007, se casaram. “Cheguei a fazer terapia porque achei que nunca conseguiria ficar muito tempo com alguém”, conta.“Mas com o Henrique as coisas foram simples. O mais forte em nós é a cumplicidade. A cada dia descubro coisas novas sobre ele, uma pessoa que admiro e que me entende como ninguém. É muito bom ter um parceiro na vida”, conta. Quando a paixão acaba, a tempestade no cérebro muda de área. Enquanto a paixão está localizada em áreas subcorticais, aquelas inconscientes, o amor está em regiões corticais, conscientes e controláveis. E, se a paixão tem a ver com a adrenalina, o amor está no domínio da ocitocina, uma proteína conhecida como o hormônio do amor e da confiança. É ela quem junta os casais e faz com que eles se sintam acolhidos. “Todo mundo busca a paixão, essa coisa nervosa e intensa. Mas ela é apenas a mola que impulsiona os casais a ficarem juntos para descobrir o que acontece depois”, diz a psicóloga Marina Vasconcellos.“É então que aparece o companheirismo, o afeto e o carinho entre as duas pessoas.” Só que sem a ação dos neurotransmissores, a capacidade de julgamento volta com tudo. E aí, aquela pessoa

antes maravilhosa começa a aparecer como realmente é. “Normalmente, as mesmas coisas que antes atraíam o casal costumam separá-lo”, diz Marina. “Esse é o momento de realmente conhecer o outro e ver se vai ser possível ser feliz para sempre.” Se não for, ao menos resta um consolo: não importa quantas vezes nos apaixonemos na vida, nunca nos tornamos imunes a esse sentimento. E o ciclo vai recomeçar, de algum ponto, com alguma pessoa, em algum outro lugar. Você não soube me amar É claro que essa transição – entre o fim e um novo começo – não é fácil. Durante três anos, a fisiologista Cibele Fabichak estudou as modificações provocadas pela paixão para tentar compreender por que esse impulso é capaz de provocar tanto a felicidade plena como a mais profunda tristeza. “Quem ama está sujeito a forças incontroláveis. O grande desafio é ter a capacidade de entendê-las e guiálas”, diz. Foi a lição que a escritora paulistana Gisela Rao, de 46 anos, teve que aprender. Apaixonada por um policial, manteve um namoro por um ano e três meses.“Você imagina o que entrou aí de fetiche, não é? Vivi momentos maravilhosos até que me perdi de mim. O dia em que terminamos foi quando o peguei me traindo.” Vivendo ainda os reflexos da paixão, a primeira reação dela foi a revolta. Acontece com todo mundo: acostumados a ter o outro ao lado, o corpo e o cérebro negam a ruptura. E insistem, provocando estresse e estimulando a produção de dopamina. Por um mecanismo paradoxal, o neurotransmissor incentiva a paixão, ainda que a relação tenha acabado.Até a aceitação chegar, o apaixonado pode ficar depressivo, confuso e rancoroso. A dor de cotovelo não é só no cotovelo: é no corpo inteiro. O cérebro de quem foi abandonado tem mais atividade em regiões associadas ao sofri-


Deixa ir Eventualmente, o ciclo se encerra. Se a hist贸ria acaba antes do sentimento, o corpo reage com revolta. Mas ela passa

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Assistente de foto: Alexandre Braga Maquiagem: Daniel Brazil Moda: Cris Vianna

Livre para amar A paixão pode dar lugar ao amor. Ou acabar em si mesma – e deixar lições para viver melhor a próxima

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mento físico. As áreas ligadas a comportamentos obsessivos e a escolhas arriscadas também ficam movimentadas – e levam o rejeitado a remoer a história e a planejar cada passo. Ou quem nunca começou uma dieta depois de um fora? É um processo doloroso, mas ajuda a seguir em frente. Gisela resolveu usar todos esses sentimentos de forma produtiva. “Transformei barro em ouro e escrevi meu terceiro livro, chamado Tchau, Nestor, que foi um sucesso”, conta. “O dia em que terminei aquela relação foi o pior e o melhor da minha vida. Nunca mais fui submissa ou deixei um homem ser o centro de meu universo. Agora, ele é apenas um dos planetas”, brinca. Em seus livros, Gisela narra suas dores e transformações. Foi com eles – e com um novo amor – que se curou do fim. Para ela, a paixão está profundamente relacionada à ansiedade e ao apego. E foi passando por essas loucuras que aprendeu a se valorizar, a ser feliz sozinha e a cultivar o amor.“Amor é respeitar o espaço e não precisar do outro, mas gostar de ficar ao seu lado”, diz. Plena e com a autoestima saudável, ela divide sua

A paixão transparece

vida com um novo namorado desde o início do ano. “Dessa vez, o cupido acertou em cheio. Ele não me faz feliz. Ele me faz mais feliz.” Nasci para amar Inevitável, incontrolável e adorada – ainda que possa ser assustadora –, a paixão alimenta a vida. Sem essa energia, nossa espécie estaria condenada à extinção. Ela funciona como um tipo de supercola natural entre dois indivíduos, que faz uma pessoa se interessar por outra, unir-se a ela, gerar descendentes e cuidar deles. Dispensada a confusão e até o leve estresse provocado por ela, possivelmente ninguém teria coragem de fazer tudo isso com um estranho – e ainda aproveitar cada instante como se fosse a melhor coisa do mundo. “A paixão é um impulso humano fundamental”, afirma a antropóloga Helen Fisher, uma das pioneiras no estudo do amor. “Como o anseio por comida e água, ela é uma necessidade fisiológica.” Helen chegou a elencar os objetivos da paixão por faixa etária. Aos 20 anos, é hora de descartar encontrar alguém para formar um laço

social. Mais tarde, um dos cônjuges pode se apaixonar por outra pessoa e produzir uma descendência mais variada. Na velhice, a paixão garante ao casal energia, um corpo flexível, além de apoio físico e emocional. “O amor romântico está profundamente entremeado em nosso espírito. Enquanto a humanidade sobreviver, essa força primordial prevalecerá”, afirma. A despeito dos instintos e de toda a bioquímica, a paixão também é um fenômeno social. E é o sentimento que ela desperta quando evolui que a torna ainda mais desejada. Correntes como o humanismo, defendido por filósofos contemporâneos como o francês Luc Ferry, afirmam que o sentido da vida está no amor. É ele que organiza as relações e faz o ser humano encontrar significado para a existência. Já para a psicologia, a paixão e o amor são fontes de energia que fazem o homem se relacionar com outras pessoas e se jogar no desconhecido. “A paixão é a força que cria a vontade humana de se aventurar”, diz o psicólogo Ailton Amélio. Sim, ela não vai durar. Mas enquanto estiver viva, vai deixar a sua vida mais completa.

sabe Aqueles clichês todos? pura verdade: são os efeitos da química do amor

Quem ama o feio, bonito lhe parece O apaixonado é um péssimo juiz. E isso acontece principalmente por causa da dopamina e das endorfinas. Elas desligam os mecanismos cerebrais que apontam as falhas e os defeitos do outro. Vendo o mundo em cor-de-rosa O amor é um ótimo remédio para a depressão. Uma pesquisa da University College, em Londres, mostrou que, nos apaixonados, áreas do cérebro relacionadas a sentimentos negativos como tristeza e medo estavam inativas. Outra região muito agitada em pessoas depressivas também estava desligada, sugerindo que há razões cerebrais para o otimismo e felicidade de quem ama.

só penso em você O nome que os cientistas dão para a ideia fixa dos apaixonados é “pensamento intrusivo”. Nas pesquisas da antropóloga Helen Fisher, os amantes disseram que

pensam no amado 85% do tempo ou mais. A possível culpada é a serotonina, neurotransmissor envolvido, por exemplo, em comportamentos obsessivo-compulsivos.

Com a cabeça nas nuvens Frio na barriga, bochechas coradas e o coração que parece que vai saltar pela boca. Além de sofrer isso tudo, o apaixonado ainda fica aéreo. É a ação da adrenalina e do cortisol. Em conjunto com outros hormônios, eles também provocam alterações no sono e no estômago, como a falta de apetite e o frio na barriga.

Amar faz bem para a pele A paixão é uma injeção de ânimo. Feliz e motivado, quem ama passa a encontrar tempo para se cuidar mais e, por consequência, sente-se mais bonito. O grau elevado de endorfinas no corpo gera a sensação de bem-estar e alegria que os apaixonados estampam no rosto. set/out 2010 << entender a mulher

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Biolab Apresenta

贸leo do fruto do Caf茅 verde um novo aliado contra o envelhecimento

Piotr Marcinski/123RF

Rico em polifen贸is, 茅 um poderoso antioxidante para a pele.


Especial Publicitário Alguma vez já passou pela sua cabeça que o café pode fazer bem para a pele? Talvez não, mas a ideia foi levada em conta por pesquisadores que testaram os benefícios do óleo do fruto do café verde no combate ao envelhecimento e concluíram ser um excelente antioxidante para atenuar os efeitos do fotoenvelhecimento. O sol é um dos principais responsáveis pelo surgimento das rugas, pois os raios solares aumentam a produção de radicais livres que oxidam a derme. E décadas de estudos científicos comprovaram que uma das maneiras de cuidar da pele é combater os radicais livres com produtos antioxidantes – quanto mais dessa propriedade um produto anti-idade tiver, maior a sua eficácia, seja em homens, seja em mulheres. Entre as descobertas recentes no segmento de dermocosméticos, o destaque é o óleo extraído do fruto do café verde, riquíssimo em polifenóis. Eles removem os radicais livres das fibras do colágeno e da elastina, as principais responsáveis pela sustentação e a firmeza da pele. O ponto ideal da extração do óleo é na fase que antecede a maturação da fruta, quando a concentração de antioxidantes na semente é elevada. Aqui no Brasil, país que no século XX ganhou notoriedade mundial devido a agricultura do café, a Biolab Farmacêutica desenvolveu a Caffe Green, uma linha concebida para a mulher e o homem brasileiros. Os produtos deixam a pele com textura suave, viçosa e hidratada. São rapidamente absorvidos e, assim que aplicados, exalam um suave aroma da semente verde. Usar café para cuidar da pele é uma nova experiência no combate ao envelhecimento.

Uma linha completa para manter a pele sempre bonita Indicados para ser utilizados por mulheres e homens, os produtos da linha Caffe Green (abaixo) apresentaram ótimos resultados nos testes de avaliação: houve uma melhora de 90% das rugas de expressão na região dos olhos e de 87,5% nas marcas da testa. Uma prova de que o óleo do fruto do café verde é o mais potente antioxidante do mercado.

Gel diurno

Contém FPS 15 para prevenir os efeitos do fotoenvelhecimento e ácido hialurônico para proporcionar uma hidratação intensa e o preenchimento das rugas.

Creme Gel noturno

Sua fórmula contém um complexo de peptídeos que estimulam a síntese do colágeno e têm ação firmadora a pele.

Emulsão corporal

Revitaliza a textura e a suavidade da pele, garantindo hidratação profunda e ação firmadora.

Mousse de limpeza facial

Remove o excesso de oleosidade e limpa profundamente a pele, sendo ideal para uso diário.

Loção tônica facial

Hidrata a pele seca e tem a vantagem de poder ser usada antes da aplicação da maquiagem.

Serum para a região dos olhos

Desenvolvido para minimizar as olheiras, as rugas e os edemas (bolsas).


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Aos 20, 30, 40, 50, 60: Seu melhor em cada fase

O alimento de cada

primavera

ainda que regras de alimentação valham para a vida toda, cada fase tem suas necessidades. Atendê-las pode deixar você mais animada, feliz e bonita texto Mariana Gomes ilustração Lupe

T

udo começa no prato. O que você come não só abastece o organismo, como influencia a imunidade, o humor, a força, a aparência... E ainda combate uma infinita lista de problemas de saúde. Embora as dietas mudem como a moda, uma boa alimentação segue regras básicas, válidas a qualquer tempo.“Equilibrar o que ingerimos significa comer um pouco de tudo para garantir uma rotina mais ativa e saudável”, diz o geriatra Clineu Almada Filho, de São Paulo. A conta é simples e bem conhecida.“O ideal é consumir cerca de 60% de carboidratos, 30% de proteínas e 10% de gorduras por dia”, ensina Clineu. Melhor se a fonte desses carboidratos for alimentos integrais, legumes, verduras e frutas; que as proteínas sejam magras e as gorduras, vegetais. Evitar alimentos industrializados, sal e açúcar também consta na lista de bons hábitos. Junte a tudo isso a lei da hidratação: beber 2 litros de água por dia desintoxica e faz o organismo trabalhar melhor. Mas se o básico é regra para a vida inteira, há necessidades específicas que variam conforme a fase. “Com o avanço da idade, o metabolismo muda e o corpo demanda diferentes substâncias”, diz o nutrólogo carioca José Alexandre Portinho. As necessidades individuais devem ser determinadas por um especialista. Mas conhecer seu organismo em cada etapa ajuda a fazer boas escolhas agora. Confira!

Aos

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Sua vida, seu corpo: Estudar, trabalhar e ainda manter a vida social agitada: nessa fase, a correria dá o tom. Para manter o pique e não deixar as atividades de lado, o organismo precisa de energia. Os hormônios podem estar instáveis ainda, e a TPM tende a apertar. É bom para você: Carboidratos abastecem seu corpo, mas escolha as versões integrais de arroz, massas e pães – as fibras que elas contêm prolongam a saciedade. Leite, queijos e derivados com baixo teor de gordura também caem muito bem: além de ajudar na construção dos músculos, podem amenizar a TPM. Dica de ouro: Alimente-se a cada três horas para manter o metabolismo em alta. Carregue com você lanches como frutas secas, biscoitos integrais e sucos. Rico em minerais, o tomate acelera a resposta dos músculos para quem malha.


Aos

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Sua vida, seu corpo: Nessa década o trabalho fala mais alto, e conciliar todos os papéis pesa na rotina. O corpo começa a se sentir cansado e a manifestar os efeitos do tempo. É hora de prevenir: cuidar do sono, do humor e da beleza.

É bom para você: Não pule refeições – especialmente o café da manhã, que garante energia para dias longos. Combinar carnes magras com grãos integrais como a quinoa ajuda a nutrir o corpo e a manter a forma. Diminua a cafeína: em excesso, ela causa irritação, dores de cabeça, insônia e ansiedade. Dica de ouro: Ponha amarelo no prato. Alimentos ricos em carotenoides, como cenoura, abóbora, tomate, manga e mamão, previnem o envelhecimento provocado pelo sol, atenuam rugas e estimulam a produção de colágeno.

Aos

40 Sua vida, seu corpo: Nessa fase, o metabolismo assume uma marcha mais lenta, e a produção de hormônios cai. As consequências são o ganho de gordura e a perda muscular. Mas a alimentação e os exercícios combatem a flacidez e previnem a perda óssea. É bom para você: A soja e a linhaça amenizam os efeitos da baixa hormonal. Consumir cerca de 500 gramas ou dez porções de hortaliças, frutas e legumes por dia ajuda a reduzir em 50% o risco de desenvolver câncer. Para retardar o envelhecimento, coma frutas vermelhas e beba chá verde, que são antioxidantes. Dica de ouro: Experimente saladas feitas com brotos, como o de alfafa, que são fontes de clorofila e uma centena de nutrientes. Uma porção diária de sementes como amêndoas, castanhas e nozes protege as artérias, o coração e o cérebro. set/out 2010 << entender a mulher

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Aos

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Sua vida, seu corpo: O metabolismo em marcha lenta exige uma dieta mais restritiva e prática de esportes pra evitar a perda muscular e quilos a mais. Há propensão a doenças degenerativas, como artrose, e problemas no coração.

Aumente a energia A rotina exaustiva de médicos pede uma dose extra de ânimo. Fazer

É bom para você: Duas vezes por semana, ponha no prato peixes ricos em ômega 3, 6 e 9, como a cavala e a sardinha. Esses nutrientes previnem infarto, reduzem o colesterol ruim e combatem a depressão e o mal de Alzheimer. Sementes e óleos vegetais poliinsaturados também são indicados.

pequenos lanches a cada três horas ajuda a manter o pique – uma dica é a combinação de dois damascos e duas castanhasdo-pará, que são antioxidantes e aumentam a imunidade. Pães integrais, frios e laticínios magros, sucos de frutas e chás não adoçados também são práticos e saciam sem pesar na balança. Para garantir bom humor, ponha no prato alimentos ricos em ácido fólico e selênio, que equilibram as funções cerebrais e combatem o cansaço mental. Boas fontes desses minerais são feijão-branco, fígado, ovos e frutos do mar. E beba água: hidratar-se revigora o corpo.

Dica de ouro: Uma taça de vinho tinto ou suco de uva três vezes por semana, ou mesmo um quadrado de chocolate meio amargo diário, são bons para o coração. Evite quilos a mais substituindo o jantar por lanches leves.

Fontes: Clineu Almada Filho, geriatra; Elenise Corbari, nutricionista; e José Alexandre Portinho, nutrólogo.

É bom para você: Diminua as porções no prato e abuse de sucos frescos sem açúcar e de água de coco para combater a fome fora de hora. Para amenizar os sintomas da menopausa, consuma fontes de cálcio, como iogurte natural e queijos brancos. Eles também ajudam a evitar a osteoporose. Dica de ouro: Abuse do azeite de oliva extravirgem, especialmente em saladas folhosas e legumes. Além de saboroso, ajuda a proteger o coração e as artérias.

Aos

60+ Sua vida, seu corpo: A força muscular

diminui e a imunidade fica mais baixa. Pode haver déficit de vitamina D, que aumenta o risco de osteoporose. Boa alimentação, esportes, sol e acompanhamento médico ajudam a manter a vitalidade.

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Histórias de mães: Lições de vida

minha melhor

amiga Por anos, décadas até, o convívio é intenso – e isso vale para brigas e alegrias. Mas um dia os filhos crescem. E aquele amor maternal tem a chance de evoluir para uma imensa e incomum amizade texto Larissa Soriano e Mariana Gomes fotos Guilherme Gomes e Renata Chéde

E

las ensinam, protegem, cuidam, brigam, carregam no colo. E entre tantas tarefas, tanto amor, tantos conflitos, acabam por subir num pedestal – o de Mães, primeiras e únicas – onde não cabem relações mais leves, como a amizade.‘Mãe é mãe, não é amiga’, é a desculpa que elas dão para não concordar com a gente na adolescência (e da gente, para não contar as coisas para elas). Tem razão o receio: dar limites (e lutar contra eles) não é coisa de amigos. Mas o tempo passa, os filhos crescem, as mães se acalmam. E quando não há mais necessidade de se preocupar, há a chance de, enfim, curtir. É aí que aquela que acompanhou cada dia da sua vida, que conhece cada olhar e tom de voz, que sabe de segredos inconfessáveis, que perdoa tudo e que conhece o mundo, torna-se a candidata perfeita a melhor amiga de todos os tempos. “Ser mãe é sentir mais do que pensar, perceber mais do que julgar. E, mesmo com toda essa intensidade, é ter consciência de que este é apenas um estado passageiro, que mudará com o tempo”, diz Fernando Bignardi, gerontologista do Centro de Estudos do Envelhecimento da Universidade Federal de São Paulo. Para ele, quando os cuidados e a transmissão cultural não são mais necessários, a maternidade transforma-se em outro tipo de convivência. “Vira companheirismo. Isso é natural e saudável.” É o que comprovam as histórias dessas mães e filhas, que reinventaram sua convivência com cumplicidade.

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Com açúcar e com afeto Mara Salles Simon, 57 anos, e Encarnação Sion Garcia Salles, 80 anos, de São Paulo (SP)

O ano era 1990, e a família de Encarnação, a Dona Dega, passava por vacas magras. Morando em São Paulo, vinda do interior do estado, ela cuidava dos netos durante o dia, mas se sentia ansiosa para ajudar nas contas de casa. Ao observar a feira que uma vez por semana era montada em frente de casa, decidiu cozinhar para fora. “Passei a fazer marmitas com os legumes mais baratinhos, despretensiosamente”, conta. “Em questão de dois meses, tinha que recusar pedidos, tamanha era a procura.” Na mesma época, Mara andava insatisfeita com o trabalho de secretária executiva. Em uma viagem, bateu o olho em um restaurante de comida caseira. Voltou com uma ideia fixa: “Também quero abrir o meu”. A empreitada precisava de uma parceira – e quem melhor que Dona Dega, sua mãe? “Pensei que ela não aceitaria. Por isso, antes de falar, bolei um discurso altamente persuasivo, cheio de argu-

mentos”, lembra Mara. Não precisou usá-lo: a mãe topou de primeira a proposta. Juntas, elas fizeram uma dupla que se tornaria referência na gastronomia do país. No comando do restaurante Tordesilhas, mais do que comida caseira, Mara e Dona Dega fazem comida brasileira – autêntica, inovadora e reconhecida por pilhas de prêmios ao longo desses 20 anos de sociedade. E no lastro do trabalho, viram a convivência diária, feita de dias bons e dias duros, transformar uma relação familiar numa amizade ímpar. “Tenho muitos amigos. Sempre prezei o fato de conhecer pessoas novas e levá-las comigo”, fala Mara. “No entanto, entre todos, tem uma que ocupa o lugar mais profundo. É a minha mãe. Se não existisse o laço sanguíneo e eu tivesse que escolher uma amiga para desabafar meus maiores desalentos, essa pessoa seria, com certeza, a Dona Dega.” set/out 2010 << entender a mulher

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Carne, unha e esmalte

Márcia Portari, 44 anos, e Mayara Portari da Silva, 21 anos, de Bauru (SP)

Márcia ainda lembra daquele momento como se fosse hoje. “Quando a Mayara abriu os olhos pela primeira vez, senti que ela seria minha melhor amiga. E foi mesmo”, conta emocionada, mesmo que 21 anos tenham se passado. A proximidade foi garantida um tanto pelas circunstâncias, outro pelas afinidades. Márcia tinha 23 anos quando se tornou mãe. Dois anos depois, separada, mudou-se com a filha bebê para a chácara dos pais, no interior de São Paulo. Ali, criou Mayara com tudo que uma infância idílica tem direito. Juntas, subiram em árvores, nadaram em lagos, comeram frutas do pé. Mas como sempre acontece, a menininha cresceu. Só que o que podia ser uma longa fase de separação, na verdade, tornou-se uma nova etapa do companheirismo que as duas sempre cultivaram. Na adolescência de Mayara, descobriram partilhar

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gostos por músicas, roupas, lugares, pessoas, programas. E até para a turma da filha Márcia entrou. “Quando minha mãe não sai comigo, não tem a mesma graça. Até minhas amigas reclamam”, conta Mayara. Dividindo a pista, elas colecionam casos e partilham segredos. “Certa vez, eu e minha mãe estávamos em uma festa, conversando. Avistei um mocinho e comecei a paquerá-lo. De repente, ele veio em nossa direção. Fiquei superansiosa”, conta Mayara. “Assim que chegou... em vez de falar comigo, acredita que foi direto nela e a convidou para dançar? A gente sempre morre de rir dessa história”, diverte-se. Para ela, ter a mãe como cúmplice é valioso, nunca temerário. “Gosto que ela esteja presente. Senão, depois, quando vou contar tudo o que aconteceu, sempre esqueço algum detalhe. Não troco nossa relação por nenhuma outra.”


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Colegas de classe Tamirys Vigo Furquim de Campos, 19 anos, e Sônia Vigo, 47 anos, de São Paulo (SP)

O primeiro filho, Felipe, veio aos 20 anos; Tamirys nasceu sete anos depois. E diante da infância deles, Sônia, que já trabalhava fora o dia inteiro, teve que escolher entre estudar ou passar as noites com as crianças. “No impasse, escolhi tentar ser uma mãe mais presente”, conta. O sonho de fazer faculdade ficou guardado para o dia em que os filhos estivessem crescidos. E eles cresceram. Sônia estudou, fez vestibular e, há dois anos, entrou no curso de gestão de marketing, feliz da vida em retomar os estudos. Mas os filhos não a deixaram. E este ano, por iniciativa própria, começaram a estudar na faculdade da mãe. Tamirys, a caçula, fez mais: escolheu a mesma carreira e virou caloura de Sônia. “Quando alguém me pergunta como é estudar com a própria mãe, brinco que agora tenho mais é que andar na linha”, diz Tamirys. Para a

Sônia, ser colega de classe da filha é a chance de exercer novas trocas. “Os amigos acabam se misturando, as aulas também. Mas o melhor é que, toda vez que surge alguma dúvida, posso ajudá-la – e vice-versa”, diz. As lições que Sônia e os filhos compartilham são das aulas e da vida. “Eles aceleram meu ritmo, o que é muito bom. E eu tento ensiná-los sobre a prática da tolerância e da paciência, qualidades que, convenhamos, vêm somente com o passar do tempo”, diz Sônia. Tamirys já lamenta que essa fase tenha data para acabar. “Daqui a pouco ela se forma. Vou sentir saudade de vê-la na faculdade”, conta. Mas a mãe continua por perto – ao menos simbolicamente. “Como pacto de amor, fizemos a mesma tatuagem no ombro, um pentagrama de proteção. É como se estivéssemos sempre juntas. Onde vou, minha mãe está comigo.” set/out 2010 << entender a mulher

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Amor conquistado Suely Kluppel, 40 anos, e Mirna Kluppel, 64 anos, de Curitiba (PR)

Quando tinha 10 anos, Suely chegou à conclusão de que odiava a mãe. “Foi porque ela dispensou a faxineira e me colocou com minhas irmãs para ajudar na arrumação”, conta – hoje, às gargalhadas. Por décadas, conflitos assim, carregados de drama e ressentimento, regeram a relação entre ela e Mirna, a mãe. Até que... Suely tivesse as próprias filhas. E entendesse, na pele, as escolhas da mulher que a criou. “Achava que ela não ligava pra mim, porque não me ajudava em nada”, conta Suely. “Ser mãe me fez compreender o lado mulher dela. E perceber que ela estava me ensinando a ser capaz”, diz. Foi enxergando uma a outra como mulheres crescidas que as duas se reencontraram. Transformações na vida de Suely – a chegada das crianças, o fim de um casamento e o começo de outro, uma mudança de cidade – a fizeram buscar na mãe conselhos. No lugar

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da relação turrona, encontrou uma amizade adulta e madura, cheia de respeito e admiração. Hoje, as duas compartilham mais do que almoços em família. “Se passo por algum problema, se preciso relaxar ou desabafar, logo penso na minha mãe”, diz Suely. “Conto pra ela coisas que nenhuma outra pessoa sabe. É, com certeza, minha melhor amiga.” E assim como foi questão de maturidade para ela ver a mãe com olhos mais generosos, também é um aprendizado para Mirna respeitar os espaços da filha. “Algumas coisas ainda são difíceis de escutar”, confessa ela. “Mas tento lembrar de quando tinha a mesma idade e penso que, assim como eu, a Suely também pode fazer suas escolhas. Eu tentei criar filhas autônomas e acho que consegui. Isso me tranquiliza e volto para a condição de amiga, que é onde permaneço.”


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Biolab Apresenta

GRAVIDEZ SEGURA

E SAUDáVEL N

A ingestão de DTN-Fol® pode auxiliar na prevenção de defeito no fechamento do tudo neural

a gravidez, as funções metabólicas do corpo se modifi-

Neural (DTN). Do contrário, podem ocorrer problemas de saú-

cam, preparando-o para a gestação e o desenvolvimen-

de no bebê, como anencefalia, má-formação da coluna verte-

to do bebê, e nessa fase a atenção com a saúde da mãe é

bral e lábio leporino, entre outros. O DTN-Fol®, desenvolvido

muito importante. Além de controlar o peso e a pressão ar-

pela Biolab Farmacêutica, é o primeiro suplemento associado

terial, toda mulher que engravidou ou pretende ter um filho

a vitamina E, que atua como um adjuvante na fertilidade da

precisa tomar ácido fólico diariamente. Ele mantém os níveis

mulher, criado para prevenir o DTN. O medicamento à base

de homocisteína baixos durante a formação do feto, evitan-

de ácido fólico pode ser tomado por mulheres de todas as

do que a criança nasça com Defeito no Fechamento do Tubo

idades e auxilia uma gestação saudável para a mãe e o bebê.

Na medida certa De cada 2 mil nascimentos, três crianças apresentam Defeito no Fechamento do Tubo Neural. Uma maneira de prevenir que o bebê nasça com má-formação na coluna, problemas cardíacos e anencefalia, entre outros, é ingerir ácido fólico no mínimo 30 dias antes da concepção e quando a gravidez for confirmada. Deve-se manter o uso do medicamento até a 20ª semana de gestação. As autoridades internacionais da saúde indicam a ingestão diária de 0,4 mg, e o DNT-Fol® da Biolab Farmacêutica é o único produto existente no mercado que, nessa combinação, contém essa dosagem por cápsula.

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Informações adicionais disponíveis à classe médica mediante solicitação. Bula e informações adicionais disponíveis no interior desta publicação.


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Para entender: Cultura cor-de-rosa

As mulheres

e o amor

não se sabe ao certo o que elas querem. Mas a seleção a seguir, sobre como as mulheres vivem suas paixões, pode ajudar texto Sheyla Miranda

Caramelo, de Nadine Labaki, 2007. Um salão de beleza em Beirute é o ponto de encontro de cinco mulheres, cada qual com um dilema do coração para resolver. Uma é apaixonada por um homem casado, outra está confusa com a sexualidade... e por aí seguem conflitos com os quais muitas mulheres podem se identificar – e o homens, aprender com elas.

O amor nos tempos do corre Acredite: homens de todo o mundo continuam a assistir a episódios da série Sex and the City para entender melhor as mulheres. Não que a tarefa fique lá muito mais fácil – já que tão cheias de pequenos segredos são as garotas. Mas as histórias valem a tentativa: retratam, com humor afiado, como é ser mulher nestes tempos de trabalho duro e amores fluidos. As quatro personagens principais, todas maiores de 30 anos, circulam por Nova York e, entre um romance aqui e outro lá, conversam sobre sexo, amizade, trabalho, maternidade, moda, expectativas para o futuro e o papel da mulher na sociedade contemporânea. A série, sucesso no mundo todo, foi encerrada em 2004, mas você pode assistir a suas seis temporadas em DVD, formato em que também estão disponíveis os dois filmes do combo. Ou, ainda, ler o livro homônimo de Candace Bushnell, que deu origem a tudo.

Ensaios de Amor, de Alain de Botton, editora Rocco. Em seu romance de estreia, o filósofo parte de uma história de amor prosaica – que começa com um retumbante encantamento e esmorece na rotina – para analisar atitudes, pensamentos e expectativas de homens e mulheres. Para isso, usa clássicos da filosofia e da literatura, e até conceitos de física e química.


Mulheres Alteradas, de Maitena, editora Rocco. A cartunista argentina representa em suas tirinhas temas femininos universais, como amor, família, corpo, moda, filhos, o passar do tempo, a falta de tempo pra tudo... Dona de um humor escrachado, Maitena costuma dizer que seu alvo são mulheres de 15 a 80 anos – e homens que saibam rir das paranoias delas. Amar não é vexame “Recomendo Mulher Perdigueira, o mais recente livro do poeta e escritor gaúcho Fabricio Carpinejar. Em contos e crônicas, o autor revela a sua devoção às fêmeas e defende a passionalidade feminina. A mulher perdigueira, segundo ele, sofre um terrível preconceito no amor. Como se fosse um crime desejar alguém com toda intensidade. Ela não deveria confessar o que pensa ou exigir mais romance. Tem que se controlar, fingir que não está incomodada, mentir que não ficou machucada por alguma grosseria. Ela é vista como uma figura perigosa. Não pode criar saudade das banalidades, extrapolar a cota de telefonemas e perguntas. É condenada a se desculpar pelo excesso de cuidado. Pedir perdão pelo ciúme, pelo descontrole, pela insistência de sua boca. Exige-se que seja educada. Ora, só o morto é educado. O homem inventou de discriminá-la. Em nome do futebol. Para honrar a saída com os amigos. Para proteger suas manias. Diz que não quer uma mulher o perseguindo. Que procura uma figura submissa e controlada que não pegue no seu pé. Eu quero. Quero uma mulher segurando meus dois pés. Segurar os dois pés é carregar no colo. Porque amar não é um vexame. Escândalo mesmo é a indiferença.” Indicação do escritor e jornalista Xico Sá

Educação, de Lone Scherfig, 2009. Uma garota de 16 anos precisa quebrar tabus para se tornar a mulher que gostaria de ser: independente, culta e, sobretudo, livre. Na Londres dos anos 1960, ela recebe uma educação conservadora, e tudo muda quando se apaixona por um homem mais velho. Com delicadeza e alguma ironia, o filme retrata as dores do crescimento provocadas pela paixão.

O Mundo Pós-Aniversário, de Lionel Shriver, editora Intrínseca. A partir de um único beijo, a protagonista tem de decidir entre permanecer com seu companheiro de dez anos ou entregar-se a outra relação. Em duas histórias paralelas, de honestidade estarrecedora, o enredo explora as possibilidades de cada escolha e fala daquele “e se...” que sempre nos intriga.

Para ouvir Maria Bethânia, As Canções Que Você Fez Pra Mim. O disco é uma homenagem ao romance – e àquele que dedicou a vida a cantar o amor: Roberto Carlos. Lançado em 2003, traz apenas clássicos do repertório do rei, como Detalhes. As canções escancaram os meandros das relações amorosas e, na voz de Bethânia, ficam ainda melhores. Carla Bruni, Comme Si De Rien N’était. Mais conhecida por ser casada com Nicolas Sarkozy e, por consequência, ser primeira-dama da França, Carla Bruni também tem trabalhos musicais delicados e encantadores, ora interpretados em francês, ora em inglês. Seu terceiro álbum é recheado de canções românticas para o marido, como You Belong to Me. Billie Holiday, A Fine Romance. Sua habilidade para transformar sentimentos em música certa vez foi descrita assim: “Quando uma mulher canta que seu homem foi embora, você lamenta. Quando Billie canta, você vê ele fazendo as malas e indo para nunca mais voltar”. A coletânea traz a diva brilhando em clássicos agridoces do jazz. chico e vinicius “Quando o assunto é entender a mulher, qualquer música de Chico Buarque ou poema de Vinicius de Moraes são uma porta para se entender a alma feminina”, indica a cantora Miúcha. Exemplo perfeito é Valsinha, composta em parceria por Chico e Vinicius – um poemacanção que fala sobre as expectativas românticas de uma mulher. set/out 2010 << entender a mulher

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Na internet As Pontes de Madison, de Clint Eastwood, 1995. Meryl Streep recebeu o Oscar de melhor atriz ao representar uma dona de casa do interior dos Estados Unidos, casada e mãe de dois filhos. Quando nem mais sonhava com esse tipo de história, um fotógrafo chega a sua cidade e eles vivem uma paixão arrebatadora por quatro dias. A escolha entre o casamento e o romance é de tirar o fôlego.

Como Ser Legal, de Nicky Hornby, editora Rocco. Embora o título pareça o de um livro de autoajuda, é um romance divertido. Ao narrar a vida de uma médica de meia-idade, em dúvida sobre seu casamento, trabalho e criação dos filhos, o autor escancara a frustração de percebermos que é impossível ser bom em tudo, o tempo todo.

Harry e Sally – Feitos um Para o Outro, de Rob Reiner, 1989. Meg Ryan e Billy Crystal estrelam uma das comédias românticas mais famosas do século XX. Quando se conhecem, ainda estudantes, se odeiam, mas acabam por se tornar grandes amigos. Ela acha que jamais se apaixonará pelo mulherengo Harry, e ele não vê muita graça nela. Mas a paixão tem mesmo estranhos caminhos...

os médicos indicam!

Ana e o Rei, de Andy Tennant, 1999. Em 1860, uma inglesa, interpretada Jodie Foster, viaja até o Sião para ser tutora dos 58 filhos do Rei Mongkut. Conflitos, choque de culturas e o início de um romance embalam a trama. “A protagonista é uma mulher forte e decidida”, recomenda o pediatra Jackson Fernando de Rezende Vilela.

E você, o que recomenda? 44

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Ghost, de Jerry Zucker, 1990. Clássico estrelado por Patrick Swayze e Demi Moore, narra a história de um casal apaixonado, separado por um crime – o assassinato dele. Mesmo em outro ‘plano’, o amor continua vivo. “Acho a história uma das mais belas do cinema”, diz o ginecologista Luis Alberto Soares Pereira.

Blog 02 Neurônio. Escrito por três mulheres, o blog faz um apanhado bemhumorado e muito honesto sobre o universo feminino, de frustrações amorosas à passagem dos anos. (02neuronio.blog.uol. com.br) é un mondo difficile. Os desenhos da argentina Julieta Arroquy são uma espiada sobre o que se passa na cabeça das mulheres. E podem ser tão otimistas quanto melancólicos. (julietaarroquy.blogspot. com) Cardboard Love. Pequenas declarações de amor e gratidão escritas em pedaços de papelão alimentam esse blog. É inspiração para pôr carinho no cotidiano de qualquer relacionamento. (www.cardboardlove.com) Brilho de Uma Paixão, de Jane Campion, 2009. A história de amor entre o poeta John Keats (1795-1821) e uma estudante conduz o longa, que de quebra faz um ótimo retrato da vida das mulheres à época. “É um filme muito bonito, que fala de amor e poesia com delicadeza”, diz o pediatra Giovanni Di Sarno.

Na próxima edição, o tema é união. Escreva para entenderamulher@editoramol.com.br, indicando os filmes, livros e discos que você acha que melhor retratam o poder das mulheres unidas.


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Level ®: Forma farmacêutica e apresentação: comprimido revestido. Caixa com 21 comprimidos. Uso adulto. Composição: Comprimido

Revestido. Cada comprimido contém: levonorgestrel 0,100 mg, etinilestradiol 0,020 mg. Indicação: contracepção oral e tratamento dos distúrbios menstruais. Posologia: Primeiro ciclo: o uso de Level® deve iniciar-se no 1º dia do ciclo menstrual, isto é, no 1º dia da menstruação (primeiro dia de sangramento). Assim, diariamente, durante 21 dias consecutivos, deve-se tomar 1 comprimido. Ciclos seguintes: a administração deverá reiniciar com um novo estojo-calendário, após passada esta pausa de 7 dias, ou seja, no 8º dia após ter usado o último comprimido. Após o término do estojo-calendário com 21 comprimidos de Level®, faz-se um intervalo de 7 dias sem uso da medicação, quando então deverá ocorrer o fluxo menstrual. Recomenda-se que Level® seja sempre tomado à mesma hora, todos os dias, como por exemplo após o jantar ou antes de deitar. Contra-indicações: o produto não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, nos casos de gravidez comprovada ou suspeita; tromboflebites ou histórico de doenças tromboembólicas; tumor no fígado; tumor no endométrio, tumor nas mamas ou outra neoplasia estrógeno-dependente suspeita ou confirmada; sangramento genital de causa desconhecida; icterícia. Precauções Advertência: antes de iniciar o tratamento com Level®, a paciente deve submeter-se a um exame geral, um minucioso exame ginecológico (inclusive Papanicolaou) e das mamas, além de ser excluída qualquer possibilidade de estar grávida. O tratamento deve ser suspenso nos casos de cirurgia programada (com 6 semanas de antecedência) ou imobilização forçada. O fumo aumenta o risco de efeitos cardiovasculares graves, o que é acentuado com a idade e a maior quantidade de cigarros fumados. Gravidez - Extensivos estudos epidemiológicos não demonstraram aumento de riscos de malformações, em recém nascidos de mulheres que usavam contraceptivos orais antes da gravidez. Os contraceptivos orais devem ser imediatamente descontinuados caso haja confirmação da gravidez. Interações Medicamentosas: uso de barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, fenilbutazona, sulfonamidas, clorpromazina, penicilinas, rifampicina, neomicina, nitrofurantoína, ampicilina, tetraciclina, cloranfenicol, fenacetina e pirazolona pode provocar menor eficácia contraceptiva. Os contraceptivos orais podem interferir no metabolismo oxidativo do diazepam e clordiazepóxido, provocando acúmulo dos mesmos no plasma. As doses de agentes antidiabéticos e insulina podem alterar-se. Os contraceptivos orais podem antagonizar os efeitos terapêuticos dos anti-hipertensivos, anticonvulsivantes, anticoagulantes orais e hipoglicemiantes. As pacientes devem ser cuidadosamente monitoradas quanto a diminuição das respostas a estas drogas. Reações Adversas: náuseas, vômitos, sangramento intermenstrual, dismenorréia, tensão mamária, cefaléia, enxaqueca, nervosismo, depressão, alterações da libido, edemas e moléstias varicosas. menstruação (perda de sangue) esteja em curso, e assim, sucessivamente durante todo o período que se deseja a contracepção. Se a paciente reiniciar algum ciclo após o dia correto ou no período pós-parto, ela deverá recorrer adicionalmente a um outro método contraceptivo de barreira (diafragma, camisinha), até que tenha utilizado Level® durante 14 dias seguidos. Venda sob prescrição médica. Registro MS 1.0974.0115.

Contra-indicações: o produto não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, nos casos de gravidez comprovada ou suspeita; tromboflebites ou histórico de doenças tromboembólicas; tumor no fígado; tumor no endométrio, tumor nas mamas ou outra neoplasia estrógeno-dependente suspeita ou confirmada; sangramento genital de causa desconhecida; icterícia. Interações Medicamentosas: uso de barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, fenilbutazona, sulfonamidas, clorpromazina, penicilinas, rifampicina, neomicina, nitrofurantoína, ampicilina, tetraciclina, cloranfenicol, fenacetina e pirazolona pode provocar menor eficácia contraceptiva. Referências Bibliográficas: (1) Bula Produto.(2) Vlieg AH, 2009 The venous thrombotic risk of oral contraceptives, effects of oestrogen dose and progestogen type: results of the MEGA case-control study. BMJ. 2009;339:b3164.(3) Acher DF. Matheus R, DelConte A et. al efficacy and safety of a low-dose Monoghasic combination oral contraceptive containing 100 mcg levonorgestrel and 20 mcg de ethinil estradiol (Alesse). Am J Obstet Gynecol999;181:s3944. (4) Revista Kairos abril/2010.((5) Miranova é um medicamento de marca registrada da Bayer Schering.

DTN-FOL® – ácido fólico 400 mcg e acetato de dextroalfatocoferol 10 mg. Forma farmacêutica e apresentação: Cápsula gelatinosa mole: frasco contendo 90 cápsulas. Uso adulto. Composição: Cápsula gelatinosa mole. Cada cápsula contém: ácido fólico 400 mcg, acetato de dextroalfatocoferol 10 mg (vitamina E). Excipientes: óleo de soja, gordura vegetal, cera de abelha, lecitina de soja, butilhidroxitolueno, corante amarelo crepúsculo, corante ver¬melho ponceau, dióxido de titânio, gelatina, glicerina, metilparabeno, propilparabeno e água. Indicações: DTN-FOL® está especificamente indicado para a preven¬ção de distúrbios do tubo neural relacionados à deficiência de ácido fólico, em mulheres que estejam em idade fértil, especialmente as que desejam engravidar. As mulheres que faziam uso de anticoncepcionais e interromperam o tratamento para programar uma gestação, têm uma indicação absoluta. Modo de Usar e Cuidados de Conservação Depois de Aberto: Ingerir a cápsula inteira com água. Evitar o contato da cápsula com a umidade. Após abertura do frasco, mantê-lo sempre fechado com a tampa. Posologia: Recomenda-se a ingestão diária de uma cápsula de DTN-FOL®, contendo 400 microgramas de ácido fólico e 10 miligramas de vitamina E, a todas as mulheres em idade fértil e que tenham vida sexual ativa. Para uma melhor ação, a ingestão diária de DTN-FOL® deve ser iniciada com mínimo de 3 meses de antecedência da fecundação. A medicação deve ser prolongada pelo menos durante o primeiro trimestre da gestação. Registro MS – 1.0974.0202Farm. Resp.: Dr. Dante Alario Junior CRF-SP n° 5143. Material de distribuição e uso exclusivo aos profissionais de saúde. MAIO 2010.

Pantogar ® - queratina, cistina e associações. Forma Farmacêutica e Apresentações: Caixa com 30 e 90 cápsulas. Uso adulto ou pediátrico (crianças maiores de 12 anos) via oral. Composição: Cada cápsula contém: pantotenato de cálcio 60 mg, cistina 20 mg, nitrato de tiamina 60 mg, levedura medicinal 100 mg, queratina 20 mg, ácido aminobenzóico 20 mg, excipientes: celulose microcristalina, talco, estearato de magnésio, povidona, dióxido de silício. Indicações: Perda difusa de cabelos (perda de cabelo por razões desconhecidas). Alterações degenerativas na estrutura de cabelo (cabelo enfraquecido, fino, não


maleável, quebradiço, sem vida, opaco e sem cor), cabelos danificados pela luz do sol e radiação UV, prevenção do aparecimento de fios brancos. Desordens no crescimento das unhas (unhas quebradiças, rachadas e pouco maleáveis). Contra-indicações: hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Advertências e precauções: Uma vez que a formação dos cabelos ocorre lentamente, é importante tomar Pantogar® regularmente na dose prescrita por um período de 3 a 6 meses para garantir o sucesso do tratamento.Pantogar® não é indicado para alopécia cicatricial ou androgenética/convencional (calvície masculina). Entretanto, nestes casos, Pantogar® pode fortalecer os cabelos remanescentes. A alopécia cicatricial se caracteriza pela ausência ou diminuição definitiva dos pêlos, podendo ser causada por traumas, queimaduras químicas ou físicas, infecções por fungos, bactérias, vírus ou outros parasitas, câncer interno e doenças, tais como: líquem plano pilar, lupus eritematoso, esclerodermia, mucinose folicular. Se os sintomas persistirem ou se o objetivo do tratamento não for alcançado, consulte seu médico. Interações medicamentosas e/ou alimentos: Não são conhecidos relatos de interação de Pantogar® com outros medicamentos, alimentos, tabaco ou álcool. Entretanto, caso tenha sido tratado com um medicamento que contenha uma sulfonamida (por exemplo: sulfabenzamida, sulfacetamida, sulfacloropiridazina, sulfacrisoidina, sulfadiazina, sulfametoxazol), informe seu médico antes de usar Pantogar®. Restrições a grupos de risco: Gravidez: Recomenda-se que Pantogar® seja utilizado apenas na segunda metade da gestação. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Lactação: Não são conhecidas restrições para o uso do produto durante a lactação. Pediatria: Não se recomenda o uso do produto por crianças menores de 12 anos de idade, uma vez que não foram realizados estudos específicos para esta faixa etária. Geriatria (idosos): Não são conhecidas restrições para o uso do produto por pacientes idosos. Insuficiência renal/hepática Não são conhecidas restrições para o uso do produto por pacientes com insuficiência renal ou hepática. Modo de usar e Posologia: Se não houver orientação médica contrária, seguir exatamente a dosagem abaixo: Adultos: 1 cápsula, 3 vezes ao dia, por via oral. Crianças maiores de 12 anos de idade: 1 a 2 cápsulas ao dia, de acordo com a idade, por via oral. A duração média do tratamento é de 3 a 6 meses. Se necessário, o tratamento pode ser continuado ou repetido. Reações adversas: Foram relatados raros casos de reações de intolerância ao medicamento, tais como: aumento repentino do suor, pulso acelerado, reações dermatológicas como coceira e urticária ou desconforto gastrointestinal como queimação, náuseas, gases e dor abdominal. Superdose: Não são conhecidos relatos de superdosagem com Pantogar ®. Na eventualidade da ingestão acidental de doses muito acima das preconizadas, recomenda-se adotar as medidas habituais de controle das funções vitais. Venda sob prescrição médica Registro MS 1.0974.0196. FEVEREIRO 2009

Interações medicamentosas e/ou alimentos: Não são conhecidos relatos de interação de Pantogar® com outros medicamentos, alimentos, tabaco ou álcool.

Contra-indicações: hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Aradois H® - combinação de losartana potássica + hidroclorotiazida. Forma farmacêutica e apresentações: Comprimido revestido 50 mg + 12,5 mg ou 100 mg + 25 mg de losartana potássica+ hidroclorotiazida. Caixa com 30 e 60 comprimidos. USO ORAL. USO ADULTO. • Composição: Comprimido revestido Cada comprimido 50 mg + 12,5 mg contém: losartana potássica 50 mg, hidroclorotiazida 12,5 mg. Excipientes: dióxido de silício coloidal, lactose, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, dióxido de titânio, laurilsulfato de sódio, hipromelose, macrogol, etilcelulose e óxido de ferro amarelo. Cada comprimido 100 mg + 25 mg contém: losartana potássica 100 mg, hidroclorotiazida 25 mg. Excipientes: dióxido de silício coloidal, lactose, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, dióxido de titânio, laurilsulfato de sódio, Indicações: é indicado no tratamento da hipertensão arterial, onde é mais adequada a terapia combinada. Posologia: Como terapia inicial em pacientes com hipertensão arterial grave. A dose inicial usual e a dose de manutenção é de 1 comprimido revestido de Aradois H (50/12,5 mg), uma vez ao dia. Para pacientes que não respondem bem ao tratamento, a dose pode ser aumentada para mais 1 comprimido revestido de Aradois H (50/12,5 mg), uma vez ao dia ou 1 comprimido de Aradois H (100/25 mg). Contra-indicações: Pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula ou a outros medicamentos derivados da sulfonamida. Pacientes com anúria. Precauções e Advertências: losartanahidroclorotiazida: Hipersensibilidade: angioedema. Aradois H® não é recomendado em pacientes com insuficiência hepática ou com insuficiência renal grave (depuração de creatinina < 30 ml/min) -losartana: Insuficiência renal e hepática: Como conseqüência da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona, foram reportadas mudanças na função renal em indivíduos suscetíveis tratados com losartana potássica. -hidroclorotiazida: Desequilíbrio hidroeletrolítico e hipotensão: Assim como para todas as terapias anti-hipertensivas pode ocorrer hipotensão sintomática em alguns pacientes. Gravidez: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Interações Medicamentosas: Losartana: o uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos de sais contendo potássio podem levar a um aumento de potássio sérico. Hidroclorotiazida: quando administradas concomitantemente, as seguintes drogas podem interagir com os diuréticos tiazídicos: Álcool, barbituratos ou narcóticos: Pode ocorrer potencialização da hipotensão ortostática. Antidiabéticos orais ou insulinas: Pode ser necessário o ajuste posológico destes medicamentos. Outras drogas anti-hipertensivas: Efeito aditivo. Colestiramina e resinas de colestipol. Corticosteróides e ACTH. Aminas pressoras (por exemplo, adrenalina). Relaxantes não despolarizantes do músculo esquelético. (por exemplo, tubocurarina). Lítio. Antiinflamatórios não esteroidais. Reações Adversas: Em geral o tratamento com losartana potássica + hidroclorotiazida foi bem tolerado. Na maioria dos casos as expe-


riências adversas foram leves e transitórias e não requereram a descontinuação da terapia. Em estudos clínicos controlados em hipertensão essencial, tontura foi o único efeito adverso relatado como relacionado à droga e que ocorreu com incidência maior que a do placebo em 1% ou mais dos pacientes tratados com losartana potássica e hidroclorotiazida. As seguintes reações adversas têm sido relatadas após a comercialização: Hipersensibilidade: Raramente tem sido relatado angioedema, incluindo edema de laringe e glote causando obstrução de respiração e/ou edema de face, lábios, faringe e/ ou língua em pacientes tratados com losartana; alguns destes pacientes previamente apresentaram angioedema com outras drogas incluindo inibidores da ECA. Gastrintestinal: hepatite foi raramente relatada em pacientes tratados com losartana; diarréia. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Registro MS 1.0974.0140. Farm. Resp.: Dr. Dante Alario Junior CRF-SP n° 5143. FEVEREIRO 2009

Contra-indicações: Pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula ou a outros medicamentos derivados da sulfonamida. Interações Medicamentosas: Losartana: o uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos de sais contendo potássio podem levar a um aumento de potássio sérico. Hidroclorotiazida: quando administradas concomitantemente, as seguintes drogas podem interagir com os diuréticos tiazídicos: Álcool, barbituratos ou narcóticos: Pode ocorrer potencialização da hipotensão ortostática. Aradois® (losartana potássica). Forma farmacêutica e apresentações: Comprimido 25 mg, 50mg ou 100mg concentração. Caixa com 30 e 60 comprimidos. USO ORAL. USO ADULTO. Composição: Comprimido revestido Cada comprimido de 25 mg contém: losartana potássica 25 mg. Excipientes: amidoglicato de sódio, lactose, celulose, dióxido de sílicio coloidal, estearato de magnésio, cloreto de metileno, etilcelulose, hipromelose, macrogol, óxido de ferro amarelo, dióxido de titânio, Cada comprimido de 50 mg contém: losartana potássica 50 mg. Excipientes: amidoglicato de sódio, lactose, celulose, dióxido de sílicio coloidal, estearato de magnésio, etilcelulose, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio. Cada comprimido de 100 mg contém: losartana potássica 100 mg. Excipientes: amidoglicato de sódio, lactose, celulose, dióxido de sílicio coloidal, estearato de magnésio, etilcelulose, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio. Indicações: Aradois® é indicado para o tratamento da hipertensão. Aradois® é indicado para o tratamento da insuficiência cardíaca, quando o tratamento com inibidor da ECA, não é mais considerado adequado. É indicado para reduzir o risco de morbidade e mortalidade cardiovascular avaliado pela incidência combinada de morte cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda. Proteção renal em pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria: Aradois® é indicado para retardar a progressão da doença renal avaliada pela redução da incidência combinada de duplicação da creatinina sérica, insuficiência renal terminal (necessidade de diálise ou transplante renal) ou morte; e para reduzir a proteinúria. Posologia: Hipertensão:A dose usual inicial e de manutenção é de 50 mg uma vez ao dia para a maioria dos pacientes. O efeito anti-hipertensivo máximo é alcançado 3 a 6 semanas após o início do tratamento. Redução do risco de morbidade cardiovascular em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda: A dose usual inicial de Aradois® é de 50 mg uma vez ao dia. Insuficiência cardíaca: A dose inicial de Aradois® para pacientes com insuficiência cardíaca é de 12,5 mg uma vez ao dia. Geralmente, a dose deve ser titulada a intervalos semanais (isto é, 12,5 mg/dia, 25 mg/dia,50 mg/dia) até a dose usual de manutenção de 50 mg uma vez ao dia, de acordo com a tolerabilidade do paciente.Proteção renal em pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria: A dose inicial é de 50 mg uma vez ao dia. Contra-indicações: Aradois® é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente do produto. Precauções e advertências: Gerais Hipersensibilidade: angiodema, hipotensão e desequilíbrio hidroeletrolitico. Em pacientes que apresentam depleção de volume intravascular, pode ocorrer hipotensão sintomática. Essas condições devem ser corrigidas antes da administração de Aradois® , ou deve-se utilizar dose inicial mais baixa. Insuficiência renal: como conseqüência da inibição do sistema renina-angiotensina, foram relatadas, em indivíduos susceptíveis as alterações na função renal, inclusive insuficiência renal; essas alterações podem ser reversíveis com a descontinuação do tratamento. Gravidez: primeiro, segundo e terceiro trimestres: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Lactação: Não se sabe se losartana é excretada no leite humano. Uma vez que muitos fármacos são excretados no leite humano e por causa do potencial de efeitos adversos para o lactente, deve-se optar por suspender a amamentação ou o tratamento com Aradois® levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe. Pediatria: a segurança e a eficácia em crianças ainda não foram estabelecidas. Interações medicamentosas: Em estudos clínicos realizados com hidroclorotiazida, digoxina, varfarina, cimetidina, fenobarbital, cetoconazol e eritromicina não foram identificados interações medicamentosas de importância clínica. Houve relatos de redução dos níveis do metabólito ativo pela rifampicina e pelo fluconazol. Não foram avaliadas as conseqüências clínicas dessas interações. A exemplo do que ocorre com outros fármacos que bloqueiam a angiotensina II ou seus efeitos, o uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, triantereno, amilorida), suplementos de potás-


sio ou substitutos do sal que contém potássio pode resultar em aumento do potássio sérico. O efeito anti-hipertensivo da losartana, a exemplo do que ocorre com os outros anti-hipertensivos, pode ser atenuado pelo antiinflamatório não esteróide, a adometacina. Reações adversas: Em estudos clínicos controlados de hipertensão, verificou-se que Aradois®, em geral, é bem tolerado; os efeitos adversos foram em geral de natureza leve e transitória e não requereram a descontinuação do tratamento. A incidência geral de efeitos colaterais relatados comAradois® foi comparável à do placebo. Em estudos clínicos controlados de hipertensão essencial, tontura foi o único efeito adverso relatado como relacionado à medicação com incidência superior à do placebo, em 1% ou mais dos pacientes tratados com Aradois®. Além disso, efeitos ortostáticos relacionados à dose foram observados em menos de 1% dos pacientes. Raramente foi relatada erupção cutânea, embora a incidência em estudos clínicos controlados tenha sido menor do que a do placebo. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Registro MS 1.0974.0120. Farm. Resp.: Dr. Dante Alario Junior CRF-SP n° 5143. FEVEREIRO 2009

Contra-indicações: Aradois® é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente do produto. Interações medicamentosas: Houve relatos de redução dos níveis do metabólito ativo pela rifampicina e pelo fluconazol. Vonau Flash®

- Apresentações: Comprimido de desintegração oral 8 mg e 4mg. Caixa com 10 comprimidos. Composição: Comprimido de Desintegração Oral. Cada comprimido de 4 mg contém: cloridrato de ondansetrona 5 mg (equivalente a 4 mg de ondansetrona base). Excipientes: manitol, celulose microcristalina, crospovidona, estearato de magnésio, dióxido de silício coloidal, óxido de ferro vermelho, aroma de morango e aspartamo. Cada comprimido de 8 mg contém:cloridrato de ondansetrona 10 mg (equivalente a 8 mg de ondansetrona base). Excipientes: manitol, celulose microcristalina, crospovidona, estearato de magnésio, dióxido de silício coloidal, aroma de morango e aspartamo. Indicações: Vonau Flash® é indicado na prevenção e tratamento de náuseas e vômitos em geral. Contra-indicações: O produto não deve ser usado em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Modo de Usar e Cuidados de Conservação Depois de Aberto: Vonau Flash® deve ser administrado por via oral. Instruções para uso e manuseio de Vonau Flash® (comprimido de desintegração oral): Remover o comprimido da embalagem, com as mãos secas, e colocar imediatamente na ponta da língua para que este se dissolva em segundos, engolir com saliva. Não é necessário administrar com líquidos. Posologia: Prevenção de náusea e vômito em geral: Uso adulto: 16 mg de ondansetrona (2 comprimidos de 8 mg). Uso pediátrico: Para pacientes maiores de 10 anos, recomenda-se a dose de 4 a 8 mg de ondansetrona (1 a 2 comprimidos de 4 mg). Para crianças de 2 a 10 anos: - pacientes com peso superior a 30 kg de peso: recomenda-se a dose de 4 mg de ondansetrona (1 comprimido de 4 mg). Para crianças com 6 meses a 2 anos de idade, recomenda-se a dose de 2 mg de ondansetrona (1/2 comprimido de 4 mg) Em face da reconhecida eficácia e segurança do produto administrado em lactentes com idade acima de seis meses até 2 anos ou peso corpóreo acima de 8 Kg a posologia é de 0,2 a 0,4 mg/Kg de peso por dose. Reações adversas: Entre as várias reações documentadas, não existem evidências, em todos os casos, de reações com o uso de ondansetrona. Reações como diarréia, tontura, reações extrapiramidais não se mostraram significativamente diferentes em relação ao placebo. O aumento significativo das concentrações plasmáticas de enzimas hepáticas foi demonstrado em 1 a 2% dos pacientes que receberam ondansetrona associada a ciclofosfamida, embora tais elevações tenham sido transitórias e sem relação com a dose ou duração da terapia. Observou-se a presença de exantema cutâneo em 1% dos pacientes que receberam ondansetrona na vigência da quimioterapia. Os raros casos relatados de anafilaxia, broncospasmo, taquicardia, angina, hipocalemia, alterações eletrocardiográficas, oclusões vasculares e convulsões não demonstraram, com exceção de broncospasmo e anafilaxia, relação comprovada com a ondansetrona. Casos raros e isolados, não relacionados com pesquisas clínicas, foram relatados como secundários a administração injetável da droga, entre os quais são citados: rubor, reações de hipersensibilidade, algumas vezes graves (por exemplo: anafilaxia, angioedema, broncospasmo, hipotensão, hipopnéia, edema de glote e estridor). Foram também relatados casos de laringospasmo, parada cardiorespiratória e choque durante a administração injetável

Contra-indicações: o produto não deve ser usado em pacientes com hipersensibilidade aos

componentes da fórmula. Interações medicamentosas: A ondansetrona é metabolizada no fígado pelas enzimas do sistema citocromo P450, e portanto, os indutores ou inibidores dessas enzimas podem alterar a sua depuração (clearance) e, consequentemente, a meia-vida plasmática. De acordo com os dados disponíveis, não há necessidade de ajuste de dose desses medicamentos em caso de uso concomitante. Referências Bibliográficas: (1) GRIMSEHL K. et al. Comparison of cyclizine and ondansetron for the prevention of postoperative nausea and vomiting in day-case gynaecological surgery. Anaesthesia, v. 57, p. 61-65, 2002. (2) HIGGINS G.A. et al. 5-HT3 antagonists injected into the area postrema inhibit cisplatin induced emesis in the ferret. Br. J. Pharmacol., v.97, p.247-255, 1989. (3) CULY CR. Ondansetron, a review of it’s use as an antrimetic in children. Paediatric Drugs. 2001; 3(6), 441-479. (4) Malins A.F. et al. Nausea and vomiting after gynaecological laparoscopy: comparison of premedication with oral ondansetrona, metoclopramide and placebo BR J. Anaesth. 1994. 72(2):231-3. (5) SUEN T.K.L. et al,. Ondansetron 4 mg for the prevention of nausea and vomiting after minor laparoscopic gynaecological surgery. Anesth. Intensive Care, v. 22, p. 142-146, 1994. (6) KARIM F. et al. Role of 5-HT3 antagonists in the prevention of emesis caused by anticancer therapy. Biochem. Pharmacol., v.52, p.685-692, 1996. (7) COHEN IT. An Overview of the clinical use of ondasnsetron in preschool age children. Ther and clini Risk Mamag. 2007: 3(2); 333-339. (8) ROSENBERG, M. J. et al. Oral contraceptive discontinuation: a prospective evaluation of frequency and reasons. Am. J. Obstet. Gynecol., v. 179, n. 3, p. 577-582, 1998; (9) VON HERTZEN, H. et al. Emergency contraception with levonorgestrel or the Yuzpe regimen. Task Force on Postovulatory Methods of Fertility Regulation. Lancet, v. 352, n. 9144, p. 1939, 1998; Referências Bibliográficas: (10) Plasil é marca registrada do laboratório Sanofi-Aventis. (11) Dramim e Dramin B6 são marcas registradas do laboratório Nycomed. (12) Meclin - Bula do produto - é marca registrada do laboratório Apsen (13) Bula do Produto. (14) Abreu MP, Vieira JL, Silva IF, Miziara LEPG, Fofano R - Eficácia do Ondansetron, Metoclopramida, Droperidol e Dexametasona na Prevenção de Náusea e Vômito após Laparoscopia Ginecológica em Regime Ambulatorial. Estudo Comparativo. Rev Bras Anestesiol 2006; 56: 1: 8 - 15.(15) Revista Kairos, Maio 2010.


Vitaminerals Plus é um suplemento vitamínico e mineral com uma fórmula nutricional balanceada, desenvolvida para homens e mulheres em diferentes faixas etárias. Vitaminerals Plus contém os mais importantes minerais na forma de aminoácidos quelatos, o que proporciona maior absorção que os minerais comuns, assim como maior efetividade funcional. Consumir Vitaminerals Plus conforme recomendação constante na embalagem, ou no folheto informativo do produto. Composição: Cálcio (Cálcio citrato glicina quelato e Dicálcio malato), Magnésio (Magnésio bis-glicina quelato), Vitamina C (Ácido ascórbico), Niacina (Vitamina B3), Ferro (Ferro bis-glicina quelato), Vitamina E (D-alfa-tocoferol), Zinco (Zinco bis-glicina quelato), Ácido pantotênico (Vitamina B5), Manganês (Manganês bis-glicina quelato), Riboflavina (Vitamina B2), Tiamina (Vitamina B1), Piridoxina (Vitamina B6), Cobre (Cobre dicotinato glicina quelato), Vitamina A (Retinol), Ácido fólico, Iodo (Kelp), Molibdênio (Molibdênio aminoácido quelato), Cromo (Cromo aminoácido quelato), Selênio (Selênio aminoácido complexado), Biotina, Vitamina D (Colecalciferol), Cianocobalamina (Vitamina B12). Excipientes: Celulose microcristalina e croscarmelose sódica (estabilizantes), Ácido esteárico (glaceante), Estearato de magnésio (lubrificante) e Dióxido de silício (antiumectante). NÃO CONTÉM GLÚTEN. Farm Resp,: Dr Luiz Eduardo Ferrer – CRF SP 31.579, registro do produto: MS6651500140011. 1.Huskisson E; Maggini S; Ruf M. The role of vitamins and minerals in energy metabolism and well-being. J Int Med Res 2007; 35:277-289. 2.National Research Council. Recommended dietary allowances.Washington DC: National Academy Press, 10 ed, 1989, p. 174-184. 3.Mahan LK; Scoot-Stump S. Krause. Alimentos nutrição e dietoterapia. São Paulo Editora Roca,2001, 10 edição. 4.AAFCO. 1996. Official Publication. Association of American Feed Control Officials, Inc, Office of the Indiana State Chemist, West Lafayette. 5.Ashmead HD. Comparative intestinal absorption and subsequent metabolism of metal amino acid chelates and inorganic metal salts. Biological trace element research, Washington DC: ACS, Cap 24:306-319, 1991. 6.Ashmead HD; Graff D; Ashmead H. Intestinal Absorption of Metal Ions Chelates. Springfield: Charles C. Thomas, 1985. 7.Olivares M, et al. Milk inhibits and ascorbic acid favours ferrous bisglicyne chelate biovailability in humans. J Nutr 1997; 127: 1407-1411. 8.Pineda O, Ashmed HD, Perez JM, Lemus C. Effectiveness of iron amino acid chelate on thetreatment of iron deficiency in adolescents. J Appl Nutr 1994; 46:2-11.9.Pineda O. Effectiveness of treatment of iron deficiency anemia in infants and young children with ferrous bis glycinate chelate. Nutrition 2001; 17:381-384. 10.Schuette AS et al. Bioavalability of magnesium diglycinate vs magnesium oxide in patients with ileal resection. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition 1994; 18:(05) 430-435. 11.Schlomerich J; Freuderman A; Kottgen E et al. iovaiability of zinc from zinc-histidine complexes. I Comparision with zinc sulfate in healthy men. Am J Clin Nutr 1987; 45:1480-1486.12.Nielsen P; Gabbe EE; Fischer R; Heinrich HC. Bioavailability of iron from oral ferric polymaltose in humans. Arzneimittelforschung 1994; 44(6): 743-748. 13.Tondeur MC; Schauer CS; Chtistofides AL; Asante KP et al. Determination of iron absorption from intrinsically labeled. microencapsulated ferrous fumarate (sprinkles) in infants with different iron and hematologic status by using a dual-stable isotope meted. Am J Clin Nutr 2004; 80: 1436-1444. 14.Neuvonen PJ; Kivisto KT; Lehto P. Interference of dairy products with the absorption of ciprofloxacin. Clinical Pharmacology and Therapeutics, St. Louis MO, v.50, p.498502, 1991. 15.Welling PG. Interactions affecting drug absorption. Clinical Pharmacokinetics, 1984; 9 (5): 404-434. 16.Augusto ALP; Alves DC. Terapia Ocupacional. São Paulo: Atheneu 1995, p. 293. 17.Morck TA; Lynch SR; Cook JD. Inhibition of food iron absorption by coffee. Am J Clin Nutr 1983; 37:416. 18.Wintergerst ES; Maggini S; Horning DH. Contribution of selected vitamins and trace elements to immune function. Ann Nutr Metab 2007; 51:301-323.

Tantin

Apresentação: Comprimido revestido. Caixa com 1 blister ou 3 blisteres com 28 comprimidos cada . USO ADULTO. Composição: Cada comprimido rosa contém: gestodeno 0,060 mg, etinilestradiol 0,015 mg, Excipientes: polacrilina potássica, lactose, celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxidode titânio, macrogol, hipromelose, óxido de ferro vermelho, cloreto de metileno. Cada comprimido branco contém: Excipientes q.s.p. 1 comprimido, Excipientes: polacrilina potássica, lactose, celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de titânio, macrogol, hipromelose. Contra-Indicações: Lactação – Pequenas quantidades de contraceptivos esteroidais e/ou metabólitos foram identificados no leite materno e poucos efeitos adversos foram relatados em lactentes, incluindo icterícia e aumento das mamas. A lactação pode ser influenciada pelos contraceptivos orais combinados, uma vez que podem reduzir a quantidade e alterar a composição do leite materno. Em geral, não deve ser recomendado o uso de contraceptivos orais combinados até que a lactante tenha deixado totalmente de amamentar a criança. Pediatria – Este medicamento não é indicado para o uso em crianças. Geriatria (idosos) – Tantin® não é indicado para pacientes idosas. Precauções e advertências: Fumar cigarros aumenta o risco de efeitos colaterais cardiovasculares sérios decorrente do uso de contraceptivos orais combinados. Este risco aumenta com a idade e com o consumo intenso (em estudos epidemiológicos, fumar 15 ou mais cigarros por dia foi associado a risco significativamente maior) e é bastante acentuado em mulheres com mais de 35 anos de idade. Mulheres que tomam contraceptivos orais combinados devem ser firmemente aconselhadas a não fumar. Interações medicamentosas: Interações entre etinilestradiol e outras substâncias podem diminuir ou aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol, respectivamente. * Embora o ritonavir seja um inibidor do citocromo P450 3A4, demonstrou-se que esse tratamento diminui as concentrações séricas de etinilestradiol. Posologia: A cartela de Tantin® contém 28 comprimidos, sendo 24 comprimidos cor de rosa com hormônios e 4 comprimidos inertes de cor branca. Iniciar tomando um comprimido cor de rosa no primeiro dia do ciclo (primeiro dia de sangramento). Assim, diariamente, durante 24 dias consecutivos, deve-se tomar 1 comprimido cor de rosa de Tantin®; terminados os comprimidos cor-de-rosa, deve-se continuar tomando 1 comprimido branco de Tantin® por mais 4 dias consecutivos, seguindo a ordem indicada no blíster. O fluxo menstrual deve ocorrer nestes dias, após o término dos comprimidos cor de rosa. A embalagem seguinte deverá ser iniciada no dia seguinte ao término dos comprimidos brancos, sem intervalo, mesmo que a hemorragia por supressão esteja em curso. Como começar a tomar Tantin® Sem uso anterior de contraceptivo hormonal (no mês anterior): o primeiro comprimido deve ser tomado no 1º dia do ciclo natural (ou seja, o primeiro dia de sangramento menstrual). Pode-se iniciar o tratamento entre o 2º e o 7º dia, mas recomenda-se a utilização de método contraceptivo não hormonal (como preservativo e espermicida) nos primeiros 7 dias de administração durante o primeiro ciclo. Quando se passa a usar Tantin® no lugar de outro contraceptivo oral: deve-se começar a tomar Tantin® de preferência no dia seguinte ao último comprimido ativo do contraceptivo oral combinado anterior ter sido ingerido ou, no máximo, no dia seguinte ao intervalo habitual sem comprimidos ou com comprimido inerte do contraceptivo oral combinado anterior. Quando se passa a usar Tantin®no lugar de outro método com apenas progestogênio (mini-pílulas, injetável, implante): pode-se interromper a mini-pílula em qualquer dia e deve-se começar a tomar Tantin® no dia da remoção do implante ou, no caso de utilização de contraceptivo injetável, devese esperar o dia programado para a próxima injeção. Em todas essas situações, a paciente deve ser orientada a utilizar outro método não-hormonal de contracepção durante os 7 primeiros dias de administração dos comprimidos. Após aborto no primeiro trimestre: pode-se começar a tomar Tantin® imediatamente. Não são necessários outros métodos contraceptivos. Após parto ou aborto no segundo trimestre: como o pós-parto imediato está associado a aumento do risco de tromboembolismo, o tratamento com contraceptivos orais combinados não deve começar antes do 28º dia após o parto ou aborto no segundo trimestre. Deve-se orientar a paciente a utilizar outro método não-hormonal de contracepção durante os 7 primeiros idas de administração dos comprimidos. Entretanto, se já tiver ocorrido relação sexual, a possibilidade de gravidez antes do início da utilização do contraceptivo oral combinado deve ser descartada ou devese esperar receberem um contraceptivo oral combinado, devem ser rigorosamente monitorizadas e, se a condição reaparecer, o tratamento com contraceptivo oral combinado deve ser interrompido. Venda sob prescrição médica. Registro MS1.0974.0142. * Comparado aos regimes de 21 dias contendo 20mcg. Referências Bibliográficas: (1) Gestodene Study Group. The safety and contraceptive efficacy of 24-day low dose oral contraceptive regimen containing gestodene 60 mcg and ethinylestradiol 15 mcg.Eur J Contracept Reprod Health Care 1999; 4 (Suppl 2:)9-15 (2) Sullivan H, FurnissH, Spona J, Elstein M . Effect of 21-day and 24-day oral contraceptive regimens containing gestodene (60 mcg) and ethinylestradiol (15 mcg) on ovarian activity. Fertil Steril.1999 Jul:72 (1);115-20

Contra-Indicações: Lactação – Pequenas quantidades de contraceptivos esteroidais e/ou metabólitos foram identificados no leite materno e poucos efeitos adversos foram relatados em lactentes, incluindo icterícia e aumento das mamas. Interações medicamentosas: Interações entre etinilestradiol e outras substâncias podem diminuir ou aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol, respectivamente.


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